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SINAIS CLÍNICOS Loxoscelismo- Síndrome relacionada ao acidente cutâneo ou cutânea visceral. Na cutânea há lesão dermonecrótica de difícil cicatrização que vai aumentando de tamanho, varia de acordo com a quantidade de veneno inoculado e predisposição do animal. As alterações são essencialmente locais com a ferida que facilita pela fosfolipase A2 a lise de eritrócitos, ativando o sistema complemento que atrai células polimorfonucleares para o local da picada predispondo inflamação, há aumento da permeabilidade com extravasamento do sangue para o tecido, o que gera isquemia devido a formação de microtrombos que com o passar do tempo leva à necrose tecidual, até 1 semana depois da COMPOSIÇÃO DO VENENO Os principais são fosfolipase D, metaloproteases e enzima hialuronidase. Fosfolipase D- Gera lesão dermonecrótica, hemólise, agregação plaquetária e leucocitária. Metaloproteases- Lise do fibrinogênio, fibrinogenolítica. Hialuronidase- Difusão e aprofundamento do veneno. Catalisa a hidrólise do tecido conjuntivo e quebra o ácido hialurônico. picada . A forma cutânea ocorre em 80% dos acidentes. Na cutânea visceral há lesão dermonecrótica com complicações sistêmicas como insuficiência renal aguda. Há choque hipovolêmico por episódios e focos de hemorragia, icterícia podendo haver lesão hepática, hemólise intravascular associada a hematúria e hemoglobinúria. Efeito nefrotóxico por ação direta do veneno provocando edema glomerular, nefrose tubular e depósito de hemoglobina que ao longo do tempo contribui com lesões renais, levando a um quadro de insuficiência renal aguda. ARANEISMO Tox ico log ia No Brasil são dois gêneros de importância, o Loxosceles (aranha marrom) e a Phonetria (aranha armadeira). Ocorrência maior em pequenos animais e principalmente gatos. Em grandes animais é quase inexistente por terem a pele grossa. Lososceles- São pequenas, com corpos variando de 8-15mm e membros de 30mm, hábito noturno e não saõ agressivas. Maior parte dos acidentes se dá pelo animal comprimindo a aranha com o próprio corpo. Habitam ambientes intradomiciliares, de outubro a abril que é de fase reprodutiva e de calor acelarendo e aumentando o metabolismo então saem mais para caçar e é a epóca de chuvas que acabam alagando seus lares fazendo com que saiam . Picada é indolor. Phoneutria Fonte: BioDiversity Phoneutria Fonte: Fauna news loxosceles Fonte: wikipedialoxosceles Fonte: BioDiversity DIAGNÓSTICO DEFINITIVO Dificilmente é baseado na identificação da aranha, diagnóstico geralmente é presuntivo a partir da anamnese, epidemiologia e sinais clínicos. ACHADOS LABORATORIAIS ureia, creatinina e potássio aumentam. Efeito cardiotóxico, hepatotóxico, CK e CK-Mb, AST e ALT aumentadas. Lesão dermonecrótica de difícil cicatrização, pode incluir no diagnóstico diferencial. TRATAMENTO Em IRA, fluidoterapia com diurético. Na ferida limpeza diária, ATB sistêmico em alguns casos, compressas de ARANEISMO Tox ico log ia água fria para diminuir a sensibilidade dolorosa naquela região, AINE, analgésico (opióide em casos de muita dor como um tramadol). Pode se tentar alcalinizar a urina com bicabornato de sódio, corticoterapia sistêmica, alcalinizante para precipitação de hemoglobina nos rins e transfusão sanguínea.