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DISCIPLINA DE ACIDENTES DE TRÂNSITO MANAUS/AM 10 a 12 de Fevereiro de 2017 Professores: Alexandre Moreira Vaz alemovaz@hotmail.com Wilson Toresan Junior wtoresan@gmail.com Alexandre Moreira Vaz (Resumo das Principais Atividades) Perito Criminal Federal desde 2006 Instrutor da Academia Nacional de Polícia (ANP) Ex-Policial Rodoviário Federal Professor convidado da Univ. Federal de Goiás Outros trabalhos: Ex-Instrutor do SENAC/GO Analista da SEFAZ/GO e do Banco BBC Prof. Colégio Hugo de Carvalho (Colégio Militar) Microsoft Solution Providers OBJETIVO DA DISCIPLINA OBJETIVO DA DISCIPLINA O objetivo da disciplina é possibilitar que o aluno adquira os conhecimentos necessários para realizar uma análise pericial de um local de acidente de tráfego, fazendo uso de algumas das mais difundidas técnicas e metodologias existentes. METODOLOGIA DE ENSINO METODOLOGIA DE ENSINO Apresentação de slides com os principais conceitos, metodologias e técnicas usados na área. Discussão dos conteúdos apresentados. METODOLOGIA DE ENSINO Estudos em grupo com o acompanhamento do professor. Exemplos e resolução de exercícios em sala de aula. Apresentação de vídeos. METODOLOGIA DE ENSINO Alguns casos práticos e de repercussão serão abordados durante o curso, instigando os alunos a buscar respostas aos problemas apresentados com base no conteúdo ministrado. Participação em sala: 1,0 ponto. Resolução de exercícios ou trabalho: 9,0 pontos. AVALIAÇÃO Bibliografia R$ 62,00 em 11/08/16 R$ 188,00 em 11/08/16 R$ 130,00 em 11/08/16 http://www.millenniumeditora.com.br/produtos_descricao.asp?codigo_produto=2895 http://www.millenniumeditora.com.br/produtos_descricao.asp?codigo_produto=2901 INTRODUÇÃO ACIDENTES DE TRÂNSITO Conceito de Trânsito Código de Trânsito Brasileiro Capítulo I – Disposições Preliminares Art. 1º ... § 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. 12 Video 1 – Trânsito na India 13 ../../../2016-SEGUNDO_SEMESTRE/Modulo 1/Videos/Video 1 - Transito na Índia.mp4 FONTE: JATO DO BRASIL INFORMAÇÕES AUTOMOTIVAS LTDA. FROTA BRASILEIRA Em outubro de 2016 o Brasil tinha 93.305.422 veículos, de acordo com base de dados mantida pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito): 51.017.596 automóveis 20.821.872 motocicletas 6.827.244 caminhonetes 3.027.715 camionetas 2.677.957 caminhões....Dentre outros Conceito de Acidente de Trânsito ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 10.697 : Pesquisa de acidentes de trânsito – Terminologia (1989) “Todo evento não premeditado de que resulte dano em veículo ou na sua carga e/ou lesões em pessoas e/ou animais, em que pelo menos uma das partes está em movimento nas vias terrestres ou áreas abertas ao público. Pode originar-se, terminar ou envolver veículo parcialmente na via pública.” 16 Conceito Clássico de Acidente de Trânsito “Incidente involuntário do qual participam, pelo menos, um veículo em movimento, pedestres e obstáculos fixos, isolado ou conjuntamente, ocorrido numa via terrestre, resultando danos ao patrimônio, lesões físicas ou morte.” Fonte: Livro Dinâmica de Acidentes de Trânsito. Osvaldo Negrini Neto e Rodrigo Kleinubing. 4ª edição, 2012. Editora Millenni um. 17 Conceito Sistêmico de Acidente de Trânsito “Evento imprevisível resultante da interação de fatores causais humanos, veiculares e viário-ambientais, onde na ausência de um destes fatores causais, o evento provavelmente não teria ocorrido.” Acidentes de Trânsito: Introdução Fonte: Livro Dinâmica de Acidentes de Trânsito. Osvaldo Negrini Neto e Rodrigo Kleinubing. 4ª edição, 2012. Editora Millenni um. 18 19 Modelo Sistêmico Considera que os acidentes de trânsito sejam eventos interativos, em relação aos fatores intervenientes na circulação. Exemplo de estudo de causas: Fonte: Livro Dinâmica de Acidentes de Trânsito. Osvaldo Negrini Neto e Rodrigo Kleinubing. 4ª edição, 2012. Editora Millennium. Acidentes de Trânsito: Introdução Dados Estatísticos Número de Mortos Anualmente em Acidentes de Trânsito no Brasil. Fonte: DATASUS – Ministério da Saúde. http://www.vias-seguras.com/os_acidentes/estatisticas/estatisticas_nacionais PERGUNTA Quais os principais questionamentos (ou quesitações) relacionados a acidentes de tráfego que são comumente feitos por advogados, delegados, juízes, promotores e outros atores do sistema jurídico-penal brasileiro? PARA IR PENSANDO NO ASSUNTO COMUMENTE TEMOS: As perguntas e respostas estão ligadas, sobretudo, ao que chamamos de causas determinantes e suas variáveis. Alguns exemplos: ALGUNS EXEMPLOS DE QUESITAÇÕES 1. É possível calcular as velocidades em que os veículos trafegavam e, caso seja possível, determinar se alguma dessas velocidades excedia o(s) limite(s) estabelecido(s) para a(s) via(s)? ALGUNS EXEMPLOS DE QUESITAÇÕES 2. É possível determinar se houve desrespeito à sinalização de PARE no local do acidente? 3. É possível determinar o(s) culpado(s) pela ocorrência do acidente? PARA IR PENSANDO NO ASSUNTO CAUSA DETERMINANTE • A “descoberta” da Causa Determinante, ou seja, o(s) fator(es) que mais influenciou(aram) na ocorrência, levará o Perito a identificar quem seria(m) o(s) “culpado(s)”. • Ademais, possibilita descrever de forma mais precisa a “dinâmica” do fato. PARA PENSAR UM POUCO MAIS... É possível ao especialista (Assistente Pericial ou Perito) calcular de forma precisa a velocidade em que se encontrava um veículo no momento do acidente? VÍDEO VEÍCULO PARCIALMENTE DESTRUÍDO Sempre existirá um certo nível de imprecisão e erro nos cálculos a serem efetuados pelo especialista!! IMPRECISÃO NAS MEDIÇÕES E CÁLCULOS Mesmo um radar ou um fotossensor pode ser impreciso durante o seu funcionamento. IMPRECISÃO NAS MEDIÇÕES E CÁLCULOS “LEGISLAÇÃO – VELOCIDADE” § 1º Para configuração das infrações previstas no art. 218 do CTB, a velocidade considerada para efeito da aplicação da penalidade será o resultado da subtração da velocidade medida pelo instrumento ou equipamento pelo erro máximo admitido previsto na legislação metrológica em vigor, conforme tabela de valores referenciais de velocidade e tabela para enquadramento infracional constantes do Anexo II. IMPRECISÃO NAS MEDIÇÕES E CÁLCULOS “LEGISLAÇÃO – VELOCIDADE” Resumindo: quando for realizada uma autuação por excesso de velocidade considera-se => 7 Km/h a menos quando medida uma velocidade de até 100 Km/h. 7% a menos para valores medidos superiores a 100 Km/h. IMPRECISÃO NAS MEDIÇÕES E CÁLCULOS MESMO QUE O EVENTO SEJA FILMADO Sabemos que os cálculos são baseados nas velocidades médias: Vm = ΔS / ΔT Vm => VELOCIDADE MÉDIA ΔS => VARIAÇÃO DO ESPAÇO ΔT => VARIAÇÃO DO TEMPO IMPRECISÃO NAS MEDIÇÕES E CÁLCULOS ALGUNS EXEMPLOS DE VARIÁVEIS Distâncias. Ângulos antes e após a colisão. Coeficientes de atrito. Tempos de percepção e reação do(s) condutor(es) e/ou pedestre(s), etc. IMPRECISÃO NAS MEDIÇÕES E CÁLCULOS Um artigo apresentado no VII Seminário Nacional de Perícias de Acidentes de Trânsito (2010) pelo Perito Criminal do DF Maurício S. Sercheli mostrou resultados interessantes sobre a propagação de erros quando são efetuados cálculos de velocidades. IMPRECISÃO NAS MEDIÇÕES E CÁLCULOS Propagação de erros => os valores podem ser inferiores a 10%, desde que seja feito um bom trabalho em campo. Dessa forma, o sucesso nos cálculos e, por conseguinte, a correta interpretação da dinâmica da ocorrência => DEPENDE DO QUÃO PRECISO É ESSE TRABALHO Código de Trânsito Brasileiro O Código de Trânsito Brasileiro é composto de 341 artigos, divididos em 20 capítulos e dois anexos. ../Legislacao/Codigo de Transito Brasileiro - Denatran - 2008.pdf LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR AO CTB * CONVENÇÃO SOBRE TRÂNSITO VIÁRIO DE VIENA; * LEIS, DECRETOS, DECRETOS-LEI, RESOLUÇÕES, PARECERES E DECISÕES DO CONTRAN. Acesso on-line: www.denatran.gov.br http://www.denatran.gov.br/ LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) CTB - CONCEITO DE VIAS TERRESTRES ... Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. (...) LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) CTB - CONCEITO DE VIAS TERRESTRES PRAIAS E VIAS DE CONDOMÍNIOS COMO VIAS PÚBLICAS ... Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública e as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas. (...) LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) PREFERÊNCIA DE PASSAGEM ...Art. 29. ... III - quando veículos, transitando por fluxos que se cru- zem, se aproximarem de local não sinalizado, terá prefe- rência de passagem: a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando por ela; b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela; c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor. (...) POR ACASO JÁ VIRAM ALGUÉM TRANSITAR EM UMA ROTATÓRIA DA MANEIRA INCORRETA? LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) PRIORIDADE DE PASSAGEM, CIRCULAÇÃO E PARADA ... VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e sal- vamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identifica- dos por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, observadas as seguin- tes disposições: LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) PRIORIDADE DE PASSAGEM, CIRCULAÇÃO E PARADA a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário; b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver passado pelo local; LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) PRIORIDADE DE PASSAGEM, CIRCULAÇÃO E PARADA c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência; d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste Código; (...) LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) “RESPONSABILIDADE” DE UM VEÍCULO EM RELAÇÃO A OUTRO E AOS DEMAIS COMPONENTES DA VIA DE TRÁFEGO ... Art. 29. ... § 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres. (...) LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) CUIDADOS AO APROXIMAR-SE DE CRUZAMENTOS ... Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruza- mento, o condutor do veículo deve demonstrar pru- dência especial, transitando em velocidade modera- da, de forma que possa deter seu veículo com segu- rança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência. (...) LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) CUIDADOS AO APROXIMAR-SE DE CRUZAMENTOS O QUE PODE SER CONSIDERADO PRUDÊNCIA AO SE APROXIMAR DE UM CRUZAMENTO? LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) OBSTRUÇÃO DO TRÂNSITO DA VIA TRANSVERSAL ... Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito transversal. (...) LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) OBSTRUÇÃO DO TRÂNSITO DA VIA TRANSVERSAL Resolução 236/2007 - Contran Art.1º Fica aprovado, o Volume IV – Sinalização Horizontal, do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, anexo a esta Resolução. “área da pista em que não devem parar os veículos, para não prejudicar a circulação”. LEGISLAÇÃO RELACIONADA IMOBILIZAÇÃO NO LEITO VIÁRIO ... Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária de um veículo no leito viário, em situação de emergência, deverá ser providenciada a imediata sinalização de advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN. (...) LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) CIRCULAÇÃO DE CICLOMOTORES ... Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita da pista de rolamento, preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou no bordo direito da pista sempre que não houver acostamento ou faixa própria a eles destinada, proibida a sua circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas das vias urbanas. (...) LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) CIRCULAÇÃO DE BICICLETAS ... Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferên- cia sobre os veículos automotores. (...) LEGISLAÇÃO VELOCIDADES MÁXIMAS PERMITIDAS LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) VELOCIDADES MÁXIMAS PERMITIDAS ... Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições de trân- sito. § 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de: LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) VELOCIDADES MÁXIMAS PERMITIDAS I - nas vias urbanas: a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido; b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais; c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras; d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais. LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) VELOCIDADES MÁXIMAS PERMITIDAS II - nas vias rurais : a) nas rodovias de pista dupla: 1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para automóveis, camionetas e motocicletas;2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veículos; 3. (revogado); b) nas rodovias de pista simples: 1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis, camionetas e motocicletas; 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veículos; c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por hora). VÍDEO – ALGUMAS MUDANÇAS NO CTB ../../../../_Projeto de Novo Acidentes de Tráfego/Videos/Jornal Hoje - Mudanças no Código de Trânsito Brasileiro começam nesta terça (1º).MP4 LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) VELOCIDADE MÍNIMA PERMITIDA ... Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima estabelecida, res- peitadas as condições operacionais de trânsito e da via. (...) LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) NECESSIDADE DE REMOÇÃO DO VEÍCULO DO LOCAL (ACIDENTE SEM VÍTIMA) ... Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente sem vítima, de adotar providências para remover o veículo do local, quando necessária tal medida para assegurar a segurança e a fluidez do trânsito: Infração - média; Penalidade - multa. (...) LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) PROCEDIMENTOS (ACIDENTES COM VÍTIMAS) ... Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima: I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo; II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de evitar perigo para o trânsito no local; III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da polícia e da perícia; LEGISLAÇÃO RELACIONADA PROCEDIMENTOS (ACIDENTES COM VÍTIMAS) IV - de adotar providências para remover o veículo do local, quando determinadas por policial ou agente da autoridade de trânsito; V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações necessárias à confecção do boletim de ocorrência: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir; Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação. (...) LEGISLAÇÃO RELACIONADA “LEI DO FAROL” Lei 13.290/2016 LEGISLAÇÃO RELACIONADA (CTB) CRIMES DE TRÂNSITO Dos artigos 291 ao 312 do CTB - Exemplos • Prática de racha • Dirigir sobre influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência • Lesão corporal culposa • Homicídio culposo VÍDEOS ALGUMAS ESTATÍSTICAS ESTATÍSTICAS MUNDIAIS (VÍTIMAS POR ANO) CERCA DE 1,3 MILHÕES DE MORTOS. CERCA 50 MILHÕES DE FERIDOS. NEM TUDO É O QUE PARECE SER... O Assistente Pericial ou Perito deve sempre observar o rigor científico em suas análises. Por isso, não tire conclusões com base no que “fulano disse...”, ou mesmo na simples análise superficial daquela situação. Quem já não ouviu as frases “está na cara que é isso que aconteceu...” ou “tenho CERTEZA que...” PARA RELAXAR UM POUCO (E REFLETIR) CLASSIFICAÇÃO VIAS DE TRÁFEGO VIAS DE TRÁFEGO (TRÂNSITO) De acordo com a Lei 9503/97, ou seja, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), via é a “superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central”. VIAS DE TRÁFEGO As vias subdividem-se em: Urbanas Rurais CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS DE TRÁFEGO VIAS URBANAS CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS VIAS URBANAS De acordo com o CTB, as vias urbanas têm como principal característica possuírem imóveis edificados ao longo de sua exten- são. VIAS URBANAS DENOMINAÇÕES São elas: ruas, avenidas, vielas, alamedas, travessas ou caminhos similares abertos à circulação pública, situados na área urbana. VIAS URBANAS DENOMINAÇÕES - EXEMPLOS VIELA BECO VIAS URBANAS DENOMINAÇÕES - EXEMPLOS AVENIDA ALAMEDA VIAS URBANAS CLASSIFICAÇÃO Uma via urbana pode ser: Local Coletora Arterial De trânsito rápido VIAS URBANAS - CLASSIFICAÇÃO VIA LOCAL • Caracterizada por interseções em nível não semaforizadas. • Destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas. • No caso da inexistência de sinalização, a velocidade limite é de 30 Km/h. VIAS URBANAS - CLASSIFICAÇÃO VIA COLETORA • Via destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais. • Tem limite de velocidade de 40 Km/h, no caso de não existir sinalização. CAJAZEIRAS (SALVADOR/BA) VIAS URBANAS - CLASSIFICAÇÃO VIA ARTERIAL • Caracterizam-se por terem interseções em nível, geralmente controladas por semáfo- ros, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais. • Tem limite de velocidade de 60 Km/h no caso de não existir sinalização. AVENIDA PAULISTA VIAS URBANAS - CLASSIFICAÇÃO VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO •São caracterizadas por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível. •Velocidade limite de 80 Km/h no caso de não existir sinalização indicando outro limite. CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS DE TRÁFEGO VIAS RURAIS CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS VIAS RURAIS • Normalmente existem poucas edificações em sua extensão. • Tem a função de interligar municípios, estados, países locais de difícil acesso. VIAS RURAIS CLASSIFICAÇÃO Dividem-se em: • Rodovias • Estradas VIAS RURAIS - CLASSIFICAÇÃO RODOVIAS Vias rurais pavimentadas. Veículos de pequeno porte: 110 Km/h. Demais veículos: 90 Km/h. RODOVIA ANHANGUERA VIAS RURAIS - CLASSIFICAÇÃO ESTRADAS • Vias rurais não pavimentadas. • Limite de velocidade sem sinalização: 60 Km/h. Empiricamente observa-se nesse tipo de via a não aplicação das normas de trânsito que garantem uma boa segurança na circulação dos veículos. VÍDEO – CONDIÇÕES DAS RODOVIAS (PESQUISA 2016) ../../../../_Projeto de Novo Acidentes de Tráfego/Videos/Situacao_Rodovias.MP4 EXERCÍCIO 1 CLASSIFIQUE AS VIAS DE TRÁFEGO NAS FIGURAS A SEGUIR MARGINAL BOTAFOGO (GOIÂNIA/GO) BECO DA LIBERDADE/IZABEL VIRIÇO (MOSSORÓ/RN). TOSCANA – ITÁLIA. SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO Nas perícias de acidentes de tráfego, observe com atenção a sinalização existente, pois isso pode definir uma possível culpabilidade na ocorrência. SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO SINALIZAÇÕES DE TRÂNSITO PRINCIPAIS CATEGORIAS As sinalizações subdividem-se em algumas categorias, sendo as principais para o nosso estudo: Vertical Horizontal Luminosa SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO ORDEM DE PREVALÊNCIA Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de pre- valência: I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais; II – as indicações do semáforo sobre os demais sinais; III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito. NOVOS VALORES DAS MULTAS DE TRÂNSITO Novo artigo 258 (a contar de 01/11/16 - Redação do artigo 258 dada pela Lei n. 13.281/16): As infrações punidas com multa classificam-se, de acordo com sua gravidade, em quatro categorias: I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e quarenta e sete centavos); II - infração de natureza grave, punida com multa no valor de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três centavos); III - infração de natureza média, punida com multa no valor de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos); IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor de R$ 88,38 (oitenta e oitoreais e trinta e oito centavos). § 1º (REVOGADO). § 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator multiplicador ou índice adicional específico é o previsto neste Código. SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO CLASSIFICAÇÃO SINALIZAÇÃO VERTICAL SINALIZAÇÃO VERTICAL DEFINIÇÃO DO CTB “Elementos colocados na posição vertical, fixados ao lado ou suspensos sobre a pista transmitindo mensagens de caráter per- manente e, eventualmente, variáveis, mediante símbolo ou legendas pré- reconhecidas e legalmente instituídas como sinais de trânsito.” Placa R-1 Parada obrigatória Placa R-2 Dê a pre- ferência. Placa R-19 Velocidade máxima permitida Placa R-3 Sentido proibido. EXEMPLO DE SINALIZAÇÕES VERTICAIS SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO CLASSIFICAÇÃO SINALIZAÇÃO HORIZONTAL SINALIZAÇÃO HORIZONTAL Esse tipo de sinaliza- ção, como o próprio nome sugere, é pintada ou afixada na superfície da via de tráfego. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL FINALIDADE - CTB “A sinalização horizontal tem a finalidade de transmitir e orientar os usuários sobre as condições de utilização adequada da via, compreendendo as proibições, restrições e informações que lhes permitam adotar comportamento adequado, de forma a aumentar a segurança e ordenar os fluxos de tráfego.” SINALIZAÇÃO HORIZONTAL EXEMPLOS DO CTB SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO CLASSIFICAÇÃO SINALIZAÇÃO LUMINOSA • Observe com atenção quando da realização do levantamento de um local de acidente de tráfego. • Principal tipo de sinalização luminosa => SEMAFÓRICA SINALIZAÇÃO LUMINOSA EXEMPLOS DE SEMÁFOROS PARA VEÍCULOS E PEDESTRES SINALIZAÇÃO LUMINOSA PERGUNTA PARA DEBATE Como uma sinalização luminosa poderia ser usada para auxiliar o especialista na conclusão sobre a culpabilidade de um acidente de tráfego? SINALIZAÇÃO LUMINOSA DEBATE • Existem várias situações de difícil análise como, por exemplo, avanços de sinais vermelhos. • Na análise procure saber se existe algum equipamento que permite a captura de imagens, como uma câmera de segurança um mesmo um radar fixo (“pardal”) no semáforo, por exemplo. SINALIZAÇÃO LUMINOSA DEBATE • Pode ser feita uma consulta ao Órgão Executivo de Trânsito ou à empresa que presta os serviços de manutenção dos equipamentos. • Ou uma visita ao proprietário do sistema de segurança. SINALIZAÇÃO LUMINOSA DEBATE • Buscar ouvir testemunhas (com ressalvas, obviamente), pois a colisão no cruzamento pode ter causado grande tumulto. • Observar marcas de frenagem: “pode indicar” uma reação de quem estava circulando na via onde fluía o trânsito (sinal verde). SINALIZAÇÃO LUMINOSA EXEMPLO DE CASO PRÁTICO SEMÁFORO E CÂMERA DE VÍDEO DE UM COMÉRCIO EXERCÍCIO 2 DETERMINAR A SITUAÇÃO EM QUE ESTAVA O SEMÁFORO NO MOMENTO DO ACIDENTEDE TRÁFEGO CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS Os veículos são classificados com base em suas características quanto à: • Tração • Tipo • Espécie CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS QUANTO À TRAÇÃO QUANTO À TRAÇÃO a) Automotor. b) Reboque ou semirreboque. c) Elétrico. d) De propulsão humana. e) De tração animal. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS QUANTO À ESPÉCIE Passageiros. Carga. Misto. Tração. Competição. Especial. Coleção. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS QUANTO AO TIPO CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMÓVEL • Veículo automotor destinado ao transporte de passageiros. • Capacidade para até oito pessoas, exclusive o condutor. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS EXEMPLOS AUTOMOTOR / PASSAGEIRO / AUTOMÓVEL AUTOMOTOR/COLEÇÃO/AUTOMÓVEL CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS CAMINHONETE • Veículo primariamente destinado ao trans- porte de carga. • Peso bruto total de até três mil e quinhentos quilogramas (3.500 Kg). CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS CAMINHONETE O normal é que uma caminhonete (classificada como tal) tenha o compar- timento de carga (principal) separado do compartimento onde ficam os passageiros (cabina ou cabine). Mas você poderá ver registros no órgão de trânsito com informações diferentes. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMOTOR / CARGA / CAMINHONETE CAMINHONETE MARCA FORD, MODELO F-1000 CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMOTOR / CARGA / CAMINHONETE CAMINHONETE MARCA FIAT, MODELO STRADA CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS CAMIONETA • Veículo misto. • Destinado ao transporte de passageiros e carga no “mesmo” compartimento. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMOTOR / MISTO / CAMIONETA CAMIONETA MARCA BMW CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS CAMIONETA ALGUNS DEVEM ESTAR SE PERGUNTANDO: Os automóveis onde o bagageiro é no mesmo compartimento dos passageiros não poderiam ser considerados camionetas? CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS ANTIGAMENTE ALGUNS VEÍCULOS ERAM COMUMENTE CLASSIFICADOS COMO: AUTOMOTOR / MISTO / AUTOMÓVEL EXEMPLOS: VEÍCULOS MARCA VOLKSWAGEN, MODELOS PARATI E GOL. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS CAMIONETA x AUTOMÓVEL Diferenças básicas (às vezes, sutis) => PROJETO DOS COMPARTIMENTOS DE CARGA DAS CAMIONETAS POSSIBILITA O TRANSPORTE DE UM MAIOR VOLUME SE COMPARADO A UM AUTOMÓVEL PROJETO DA ESTRUTURA MAIS REFORÇADA. X CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS CAMINHÃO-TRATOR • Veículo automotor destinado a tracionar ou arrastar outro veículo. • Comumente conhecido por muitos como “cavalinho” ou “cavalo”. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS CAMINHÃO-TRATOR • Muitas pessoas acabam confundindo, não o dissociando dos outros veículos que ele traciona, como os reboques e os semir- reboques. • Conjunto com semirreboque => comumente chamado de forma genérica de “carreta”. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMOTOR / TRAÇÃO / CAMINHÃO-TRATOR EXEMPLO: CAMINHÃO-TRATOR MARCA SCANIA CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS CAMINHÃO • Diferente do caminhão-trator, o caminhão é preparado de fábrica para receber uma carroceria (ou carroçaria). • O Anexo I do CTB não traz o conceito de caminhão. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS CAMINHÃO OBSERVAR COM ATENÇÃO!! • Observando o conceito incluído no CTB para caminhonetes => o peso bruto total de um caminhão deve ser superior a 3.500 Kg (três mil e quinhentos quilogramas. • Peso Bruto Total (PBT) => “peso” do veículo + capacidade de carga (existe também o termo PBTC). CAMINHÃO DE CARROCERIA ABERTA COMUMENTE CONHECIDO COMO GRANELEIRO. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMOTOR / CARGA / CAMINHÃO CAMINHÃO DE CARROCARIA FECHADA COMUMENTE CONHECIDO COMO BAÚ. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMOTOR / CARGA / CAMINHÃO CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS SEMIRREBOQUE Este é um tipo de veículo cujas características também causam confusão em um grande número de pessoas que não trabalham na área. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS SEMIRREBOQUE • Veículo de um ou mais eixos que se apoia na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de articulação. • Importante diferença em relação ao reboque. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS CARGA / SEMIRREBOQUE SEMIRREBOQUE “TIPO” CARROCERIA FECHADA POPULARMENTE CONHECIDO COMO BAÚ. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS REBOQUE • Conceito do CTB: veículo destinado a ser engatado atrás de um veículo automotor. • Os reboques de maior porte normalmente se auto-sustentam, ou seja, não precisam estar apoiados sobre outros veículos (ou qualquer outro tipo de apoio) além dos seus rodados (conjuntos de rodas e pneus). CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS REBOQUE Assim como ocorre comos semirreboques, muitas pessoas chamam o conjunto formado com o caminhão-trator simplesmente de “carreta”. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS CARGA / REBOQUE REBOQUE COMUMENTE UTILIZADO PARA O TRANSPORTE DE CANA-DE-AÇÚCAR. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS CICLOMOTOR • Veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna. • Cilindrada => até cinquenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas). • Velocidade máxima => até cinquenta quilômetros por hora. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMOTOR / PASSAGEIRO / CICLOMOTOR CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS MOTOCICLETAS E ASSEMELHADOS • Diferente do ciclomotor, a potência de uma motocicleta é superior a 50 cilindradas. • Velocidade (comumente) superior a 50 Km/h. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS MOTOCICLETAS E ASSEMELHADOS Motocicleta => veículo automotor de duas rodas, com ou sem side-car, dirigido por condutor em posição montada. Motoneta => veículo automotor de duas rodas, dirigido por condutor em posição sentada. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMOTOR / PASSAGEIRO / MOTOCICLETA CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMOTOR / PASSAGEIRO / MOTONETA CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS MOTOCICLETA COM SIDE-CAR CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS MOTOCICLETAS E ASSEMELHADOS Triciclo => veículo de três rodas, com ou sem side-car, normalmente dirigido por condutor em posição sentada. Quadriciclo => veículo de quatro rodas, normalmente dirigido por condutor em posição sentada. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMOTOR / PASSAGEIRO / TRICICLO CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMOTOR / PASSAGEIRO / QUADRICICLO CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS MICRO-ÔNIBUS Veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para até vinte passageiros. Possíveis modificações podem alterar esta capacidade. Contudo, a classificação não se altera. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMOTOR / PASSAGEIRO / MICRO-ÔNIBUS CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS ÔNIBUS Veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para mais de vinte passageiros, ainda que, em virtude de adaptações com vista à maior comodidade destes, transporte número menor. CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMOTOR / PASSAGEIRO / ÔNIBUS CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS ÔNIBUS Dessa forma, veículos que foram adaptados, mas que têm as características retrocitadas, são considerados ônibus (ex.: ônibus de bandas de música). EXERCÍCIO 3 CLASSIFIQUE OS SEGUINTES VEÍCULOS MOSTRADOS NAS FIGURAS A SEGUIR PESO BRUTO TOTAL SUPERIOR A 3.500 KG. PBT SUPERIOR A 3.500 KG!!! OBSERVE QUE EXISTEM TRÊS DIFERENTES VEÍCULOS NESTA FIGURA. TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO TIPIFICAÇÃO DE UM ACIDENTE IMPORTÂNCIA DA TIPIFICAÇÃO A tipificação visa, sobretudo: Facilitar a leitura e interpretação de documentos redigidos pelos profissionais que atuam na área, utilizando para tanto nomenclaturas “padronizadas”. TIPIFICAÇÃO DE UM ACIDENTE IMPORTÂNCIA DA TIPIFICAÇÃO Uma correta tipificação nos leva, juntamente com a análise dos demais vestígios existentes → MELHOR ANÁLISE DA DINÂMICA E, DESTA FORMA, DA POSSÍVEL CAUSA DETERMINANTE. TIPIFICAÇÃO DE UM ACIDENTE IMPORTÂNCIA DA TIPIFICAÇÃO Imagine que você chegue para realizar a análise pericial de um acidente e observe dois veículos estacionados no acostamento. O primeiro deles com a maior parte dos danos no lado esquerdo de sua porção anterior (lado esquerdo de sua frente); o segundo, na porção posterior de sua lateral esquerda (parte traseira da lateral esquerda, ou seja, do lado do condutor). TIPIFICAÇÃO DE UM ACIDENTE IMPORTÂNCIA DA TIPIFICAÇÃO SUGESTÕES DE COMO TERIA SIDO A INTERAÇÃO DESTES DOIS VEÍCULOS? TIPIFICAÇÃO DE UM ACIDENTE COLISÃO FRONTAL Ocorre quando os veículos colidem com as suas porções anteriores (dianteiras): No momento da ocorrência, geralmente os veículos estão trafegando na mesma direção, mas em sentidos opostos. COLISÃO FRONTAL COLISÃO FRONTAL ENTRE DOIS ÔNIBUS COLISÃO SEMI-FRONTAL VÍDEOS ../../Videos/Acidente Impressionante Ultrapassagem.MP4 TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES COLISÃO LATERAL • Veículos colidem com maiores impactos em suas regiões laterais. • Pode ocorrer com os veículos trafegando no mesmo sentido ou em sentidos opostos. TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES COLISÃO LATERAL Pode ser visto em boletins de acidentes (BATs/BOATs) e outros documentos o uso do termo abalroamento (sobretudo quando um dos veículos estava parado ou estacionado). COLISÃO LATERAL TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES COLISÃO TRASEIRA OU POSTERIOR • Um dos veículos sofre uma colisão em sua porção posterior (traseira). • Geralmente eles estão trafegando na mesma direção e sentido. COLISÃO TRASEIRA TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES COLISÃO TRANSVERSAL (PERPENDICULAR) • Colisão de veículos trafegando em vias comumente transversais. • Obviamente, o ângulo no qual ocorre a colisão não precisa ser exatamente 90º. • Pode ser visto também o termo abalroamento em boletins de acidente e outros documentos. COLISÃO TRANSVERSAL TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES COLISÃO COM OBJETO FIXO (CHOQUE) • Colisão (de um veículo) com um ou mais objetos que não se encontram em movimento. • Comumente: região anterior (frente) ou posterior (traseira). COLISÃO COM OBJETO FIXO (CHOQUE) ACIDENTE DA LINHA AMARELA ALGUMAS OUTRAS INFORMAÇÕES O motorista admite que estava falando em um rádio-comunicador. Constatou-se uma velocidade de 95 Km/h. O motorista está respondendo por homicídio culposo (cinco vezes) e lesão corporal culposa (três vezes). TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES COLISÃO EM CADEIA (TAMPONAMENTO OU ENGAVETAMENTO) • Vários veículos colidem entre si. •Comumente são mais afetadas as regiões anteriores (frentes) e posteriores (traseiras) dos veículos. COLISÃO EM CADEIA ../../Videos/engavetamento.mp4 TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES CAPOTAMENTO • Veículo gira em um ou mais dos seus eixos em um ângulo igual ou superior a 180º (obviamente, um giro realizado somente no solo não se enquadra nesta definição). • Nem sempre a posição de repouso final do veículo é sobre o seu teto. CAPOTAMENTO VÍDEO SIMULADOR DE CAPOTAMENTO TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES TOMBAMENTO • Comumente, o veículo não realiza um giro perpendicular completo em relação ao seu eixo longitudinal. • O veículo fica apoiado em uma de suas laterais após o sinistro, ou seja, em sua posição de repouso pós-acidente. TOMBAMENTO ../../Videos/Caminhão de trio elétrico que transportava um time de futebol tombou no interior de São Paulo.MP4 TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES SAÍDA DE PISTA • O veículo sai totalmente da pista, podendo ir parar, por exemplo, no canteiro central da via. • Após a saída de pista pode haver também um capotamento, tombamento ou mesmo uma colisão com objeto fixo. SAÍDA DE PISTA TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES SAÍDA DE PISTA COM PRECIPITAÇÃO • Veículo “alça voo”. • Queda livre logo em sequência. TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES SAÍDA DE PISTA (COM PRECIPITAÇÃO) PERGUNTA AOS NOBRES ALUNOS: É possível estimar a velocidade em que o veículo teria “alçado voo”, ou seja, saiu da pista e iniciou a sua trajetória de queda? Se possível, em que condições seriam mais precisos esses cálculos? TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES SAÍDA DE PISTA COM PRECIPITAÇÃO • Trajetória parabólica. • Podem ser usadas fórmulas específicas que permitem ao especialista estimar a velocidadedo veículo momentos antes do início da queda, ou seja, quando da saída de pista. TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES ATROPELAMENTO • Nesse tipo de acidente de tráfego, um ou mais veículos colidem com pessoas ou animais. • Alguns profissionais da área consideram que ciclistas e outros veículos menores interagindo com veículos maiores podem se enquadrar nesta definição. ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV ../../Videos/Atropelamento de ciclistas Massa Critica 25022011.mp4 - YouTube.FLV VÍDEO – CONDENAÇÃO (CASO DE PORTO ALEGRE) ../../../2016-SEGUNDO_SEMESTRE/Videos/Caso_Ciclistas_Porto_Alegre.MP4 TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES ATROPELAMENTO No caso de Morte ou ferimento de pessoas => Lembre-se que outros procedimentos legais devem ser tomados, tanto por parte do profissional que primeiro atender a ocorrência (agente de trânsito, policial) como por parte do Perito ou Assistente Pericial, conforme visto no tópico de Legislação. ATROPELAMENTO TIPIFICAÇÃO DOS ACIDENTES OUTROS No caso de acidentes que tenham algum diferencial em relação aos citados nos itens anteriores, é necessária uma tipificação particularizada por parte do especialista que atender a ocorrência. ../../../../_Projeto de Novo Acidentes de Tráfego/Videos/Colisao_Seguida_Incendio.MP4 ../../../../_Projeto de Novo Acidentes de Tráfego/Videos/Colisao_Seguida_Incendio.MP4 ../../../../_Projeto de Novo Acidentes de Tráfego/Videos/Colisao_Seguida_Incendio.MP4 ../../../../_Projeto de Novo Acidentes de Tráfego/Videos/Colisao_Seguida_Incendio.MP4 ../../../../_Projeto de Novo Acidentes de Tráfego/Videos/Colisao_Seguida_Incendio.MP4 ../../../../_Projeto de Novo Acidentes de Tráfego/Videos/Colisao_Seguida_Incendio.MP4 ../../../../_Projeto de Novo Acidentes de Tráfego/Videos/Colisao_Seguida_Incendio.MP4 ../../../../_Projeto de Novo Acidentes de Tráfego/Videos/Colisao_Seguida_Incendio.MP4 ../../../../_Projeto de Novo Acidentes de 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Um veículo pode incendiar-se. 2. Pode ocorrer uma precipitação seguida de afundamento em um rio ou lago (logo, pode ser acrescentada essa informação à saída de pista, por exemplo). 3. Uma rocha pode rolar sobre um veículo. VÍDEO “CRASH TEST” A 192 KM/H EXERCÍCIO 4 IDENTIFICAR OS ACIDENTES DE TRÁFEGO NAS FIGURAS A SEGUIR VISÃO A PARTIR DO INTERIOR DE UM DOS VEÍCULOS ENVOLVIDOS NO SINISTRO. DOIS VEÍCULOS PARADOS NO ACOSTAMENTO: O DA FRENTE É UM CAMINHÃO COM CARROCERIA BASCULANTE. VEÍCULOS ENCONTRAM-SE PARTE NA CALÇADA E PARTE NA VIA APÓS DERRUBAR ÁRVORE E MURETA. CINCO VEÍCULOS ENVOLVIDOS NO MESMO ACIDENTE. VEÍCULOS INCENDIADOS APÓS COLISÃO: CAMINHÃO-TRATOR, SEMIRREBOQUE E AUTOMÓVEL. VÍDEOS CASO DO EX-DEPUTADO RIBA CARLI FILHO – CURITIBA/PR SITUAÇÃO DO CASO RIBAS CARLI FILHO – CURITIBA/PR (01/12/2016) Para a assistência de acusação, representada pelo advogado Elias Mattar Assad, os dois últimos recursos da defesa não devem trazer alterações de ordem prática. Para ele, o embargo de declaração apenas apontaria possíveis erros no texto do acórdão. “A decisão do STJ é definitiva. Já no STF, o recurso deve ser apreciado de acordo com a decisão que tivemos do órgão colegiado”, afirma. Na opinião de Assad, a defesa esgotou todas as possibilidades para evitar o julgamento. “Foi consolidado no STJ e STF o entendimento de que o caso é de júri popular e não foi um mero acidente. Temos agora só uma questão burocrática”, diz. A expectativa de Assad é de que o ex-deputado seja julgado por duplo homicídio doloso eventual até maio de 2017. Carli Filho é acusado de ter matado Gilmar de Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida, durante uma ocorrência de trânsito, em 2009. Ele responde pelo crime de homicídio doloso eventual. Na época, um exame no hospital onde foi atendido mostrou que o ex- deputado tinha 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue. Como o exame foi feito enquanto ele estava desacordado, o material já foi desconsiderado pela Justiça. Fonte: http://www.tribunapr.com.br/noticias/curitiba-regiao/mesmo-apos-duas-novas-decisoes- carli-filho-segue-sem-data-para-julgamento/ CONCEITOS RELACIONADOS À DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO Após conhecer alguns dos conceitos e temas relacionados à legislação de trânsito, tipos de acidentes, vias e veículos, chegou o momento de abordarmos as principais definições e termos técnicos utilizados na área para descrever a dinâmica de uma ocorrência de tráfego. CONCEITOS RELACIONADOS À DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DO ACIDENTE CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DO ACIDENTE Engloba toda a área analisada pelo especialista na busca do esclarecimento da dinâmica da ocorrência de tráfego. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DO ACIDENTE PODEM FAZER PARTE DO SÍTIO DO ACIDENTE: Os veículos envolvidos na ocorrência CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DO ACIDENTE PODEM FAZER PARTE DO SÍTIO DO ACIDENTE Pontos onde foram visualizadas marcas pneumáticas, de arrastamento, etc. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DO ACIDENTE PODEM FAZER PARTE DO SÍTIO DO ACIDENTE As faixas de rolamento da via e outras obras de arte, como defensas e viadutos. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DO ACIDENTE PODEM FAZER PARTE DO SÍTIO DO ACIDENTE Pontos próximos onde foram encontrados objetos que de alguma forma tiveram “participação” ou influência no acidente. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DO ACIDENTE PODEM FAZER PARTE DO SÍTIO DO ACIDENTE As construções particulares e/ou públicas que sofreram danos durante a ocorrência. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DO ACIDENTE PODEM FAZER PARTE DO SÍTIO DO ACIDENTE Qualquer construção ou vegetação que teve influência (direta ou indireta) no fato. Porções de terra, areia ou cascalho espalhados na via próximos ao local da colisão. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DO ACIDENTE PODEM FAZER PARTE DO SÍTIO DO ACIDENTE CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE COLISÃO OU IMPACTO O sítio de colisão ou impacto é a área na via (ou fora dela) onde efetivamente houve a interação entre o(s) veículo(s) e outros “participantes” diretos do acidente, o que pode englobar construções e outros objetos fixos, pessoas e animais. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE COLISÃO OU IMPACTO •Sítio do Acidente => engloba todos os elementos que direta ou indiretamente influenciaram ou “participaram” do acidente. Por exemplo: um buraco 15 metros antes do sítio de colisão poderá fazer parte do sítio do acidente. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DO ACIDENTE X SÍTIO DE COLISÃO • Sítio de colisão => área na via que demarca a interação entre o(s) veículo(s) e os demais elementos diretamente envolvidos. Por exemplo: em uma colisão com objeto fixo você poderá demarcar somente a área onde houve interação direta entre o veículo e o objeto (suponhamos, um poste) como PC. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DO ACIDENTE X SÍTIO DE COLISÃO SÍTIO DO ACIDENTE x SÍTIO DE COLISÃO OU IMPACTO CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE PERCEPÇÃO • Local (geralmente na via) onde o condutor do veículo percebe que existe um perigo iminente. • Ou seja: o local no qual ele conclui que, caso não execute nenhuma ação preventiva, corre um sério risco de acidentar-se. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE PERCEPÇÃO (SP) Obviamente, existe um intervalo de tempo entre a visualização do perigo (pouco antes do Sítio de Percepção) e o envio da mensagem para o cérebro para uma conclusão do condutor. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO TEMPO DE PERCEPÇÃO (TP) Visualização de um possível perigo => EXISTE UM INTERVALO PARA... Processamento da Informação => E UM OUTRO INTERVALO PARA... Uma resposta do cérebro confirmando que aquilo é realmente uma ameaça à integridade. QUANTO TEMPO? CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO TEMPO DE PERCEPÇÃO(TP) Esse intervalo de tempo usado para o processamento e resposta é o que chamamos de... TEMPO DE PERCEPÇÃO CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO TEMPO DE PERCEPÇÃO (TP) EM MÉDIA 0,1 SEGUNDO PARA O PROCESSAMENTO E INTERPRETAÇÃO DA IMAGEM!!! A medida desse intervalo varia de acordo com alguns fatores: Idade do condutor. Estado de saúde. Alterações físicas ou mentais, etc. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO TEMPO DE PERCEPÇÃO (TP) Notícias (Revista Isto É: Sistema de montadora europeia monitora o sono do motorista e indica a hora de parar). CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO TEMPO DE PERCEPÇÃO (TP) Tempo de Percepção (TP) 258 Vídeo: Distração ao volante ../../Videos/video 18 - Riscos de dirigir sem atencao.mp4 Normalmente, em acidentes onde não foi constatado que havia condutores: Alcoolizados Sob efeito de entorpecentes ou medicamentos Em estado de sonolência Com alterações físicas Com alterações mentais CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE PERCEPÇÃO POSSÍVEL (SPP) Então, destaca-se o seguinte raciocínio: Para análise da ocorrência, considera-se que o condutor dirigia atentamente no momento do fato. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE PERCEPÇÃO POSSÍVEL (SPP) Baseados nesta informação: • Estima-se uma área da via na qual o condutor poderia ter visualizado o perigo iminente. • Ou seja: o Sítio de Percepção Possível (SPP) para aquele caso específico. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE PERCEPÇÃO POSSÍVEL (SPP) • Após a análise do local do acidente e da realização dos cálculos possíveis => pode-se concluir que o SPP não coincidiu com o sítio de percepção daquele condutor sob análise. • Ou seja, a situação ideal (ou quase) de reação não ocorreu naquele acidente de tráfego (o que é o mais comum). CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE PERCEPÇÃO REAL (SPR) Dessa forma, dizemos que houve um Sítio de Percepção Real (SPR) diferente do Sítio de Percepção Possível (SPP). CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE PERCEPÇÃO REAL (SPR) CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE REAÇÃO (SR) Após a percepção do perigo e o proces- samento da mensagem pelo cérebro => Inicia-se o processo de reação por parte do condutor => o cérebro envia os comandos aos músculos de forma a executar uma ação na tentativa de evitar o acidente. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE REAÇÃO (SR) • O Sítio de Reação fica a uma distância de X metros do Sítio de Percepção (Real). • O valor de “X” depende da velocidade do veículo, da idade e estado de saúde do condutor, se ele consumiu ou não álcool (ou outra substância entorpecente), horário do dia, etc. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE REAÇÃO (SR) O intervalo de tempo passado entre a percepção do perigo iminente (primeiro processamento do cérebro) e a efetiva reação do condutor é chamado de Tempo de Percepção-Reação ou Tempo de Reação. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO TEMPO DE REAÇÃO (TR) OU TEMPO DE PERCEPÇÃO-REAÇÃO (TPR) Distância de Reação ou Distância de Percepção-Reação é a distância percorrida entre o Sítio de Percepção (Real) e o Sítio de Reação. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO DISTÂNCIA DE REAÇÃO (DR) OU DISTÂNCIA DE PERCEPÇÃO-REAÇÃO (DPR) •Alguns autores definem a distância percorrida entre o Sítio de Percepção e o Sítio de Reação como Distância de Percepção. •E a distância percorrida entre o Sítio de Reação e o Sítio de Colisão como Distância de Reação. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO DISTÂNCIA DE PERCEPÇÃO-REAÇÃO (DPR) OBSERVAÇÃO MECANISMOS DA REAÇÃO DO MOTORISTA O PERIGO PODE SER VISTO O PERIGO É EFETIVAMENTE VISTO O PERIGO É COMPREENDIDO A AÇÃO SE INICIA A AÇÃO SE COMPLETA O OBSTÁCULO SE TORNA VISÍVEL O CONDUTOR ENXERGA O OBSTÁCULO IDENTIFICADA A PROBABILIDADE DE UM ACIDENTE O CONDUTOR RETIRA O PÉ DO ACELERADOR DETECÇÃO RECONHECIMENTO DECISÃO AÇÃO O CONDUTOR PRESSIONA O PEDAL DO FREIO P E R C E P Ç Ã O FASE MENTAL FASE FÍSICA R E A Ç Ã O DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO TEMPO PSICOTÉCNICO É o tempo resultante da soma do Tempo de Percepção e do Tempo de Percepção- Reação. Ou seja, na prática é a definição dada ao intervalo de tempo completo desde o momento em que o condutor vê o perigo iminente até a sua reação. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO TEMPO PSICOTÉCNICO Como já comentado, esse intervalo de tempo sofre influências de fatores como o período do dia, a idade do condutor, as suas condições físicas e mentais, etc. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO TEMPO PSICOTÉCNICO Por vários anos, foram utilizados valores entre 0,75 s e 1,5 s. 275 DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO TEMPO PSICOTÉCNICO CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO TEMPO PSICOTÉCNICO Taoka, um dos grandes estudiosos da área, sugere o uso de tempos maiores para, por exemplo, casos de idosos ou pessoas alcoolizadas. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO TEMPO PSICOTÉCNICO Estudos recentes permitem precisar um pouco mais estes valores, levando-se em conta, dentre outras coisas, dados estatísticos e tabelas que podem ser preenchidas pelo profissional. Novamente as variáveis já citadas são usadas e sugerem médias de tempos maiores que o padrões adotados. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO TEMPO PSICOTÉCNICO CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE REPOUSO FINAL OU IMOBILIZAÇÃO • Posição dos veículos e demais atores após as interações ocorridas durante o acidente. • Pode ser modificado antes da chegada de quem realizará a análise pericial. • Uma mudança pode ou não interferir na compreensão da dinâmica da ocorrência. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE REPOUSO FINAL OU IMOBILIZAÇÃO Legalmente, pode ser necessária a movimen- tação dos veículos para: • Atendimento a vítimas. • Melhor posicionamento de viaturas de resgate. • Fluidez e segurança do trânsito. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO SÍTIO DE REPOUSO FINAL OU IMOBILIZAÇÃO NECESSIDADE DE ALTERAÇÃO DO LOCAL NECESSIDADE DE ALTERAÇÃO DO LOCAL REMOÇÃO DE VEÍCULOS DO LOCAL LEI 5.970/73 Art. 1º. Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente de exame do local, a imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos nele envolvidos, se estiverem no leito da via pública e pre- judicarem o tráfego. (...) REMOÇÃO DE VEÍCULOS DO LOCAL PRESERVAÇÃO DO LOCAL DA OCORRÊNCIA Sempre que possível, observando a integridade das vítimas => SOLICITAR A PRESERVAÇÃO DO LOCAL CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEG DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA (DME) Existe uma área na via a partir do qual, em uma determinada velocidade que está sob análise, o veículo (teoricamente) “nãoescaparia” do acidente, pois não teria como parar em tempo hábil antes do Sítio de Colisão (teórico). CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA Resumidamente, essa distância é resultado do adição da Distância de Percepção-Reação e da distância necessária para a parada completa do veículo de forma segura (através de uma frenagem, por exemplo), tendo como referência limite o sítio onde ocorreria o acidente, ou seja, o Sítio de Colisão teórico. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA Vamos pensar um pouco mais: Fato 1: O condutor se deslocará uma distância de X metros até a sua reação, ou seja, até o seu cérebro enviar os sinais para os seus músculos => Distância de Percepção-Reação CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA Vamos pensar um pouco mais: Fato 2: Quando ele reage (pisando no pedal do freio, por exemplo), o veículo percorrerá ainda Y metros até a parada total => Distância de Frenagem (por exemplo) CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA Logo, ele precisaria de X + Y metros (no mínimo) para, de forma segura, reagir e parar o veículo. Menos do que isso (X + Y), teoricamente ele não escaparia do acidente, ou seja, do Sítio de Colisão teórico nessa análise. CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA Temos duas formas de trabalhar com o PNE: 1.Determinar a DME naquela ocorrência específica (e para aquela via) com base na velocidade estimada após a análise do acidente (levando-se em conta o tempo psicotécnico estimado e os cálculos efetuados com o auxílio das marcas pneumáticas, tipo de pavimento, etc.). DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA E a segunda forma: 2. Pensar em determinar a DME para aquela via com base na velocidade máxima permitida naquele local, o tempo psicotécnico estimado, tipo de pavimento, etc. DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA EXEMPLO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA Imagine um veículo (V1) a 40 Km/h (≈11,1 m/s). Sítio de Percepção Real (PPR) - determinado após a análise do local - a 17,6 m da linha tracejada que divide a pista onde circulava V2. Asfalto seco (coeficiente de atrito - μ = 0,8). Tempo Psicotécnico estimado de 1 s (pessoa jovem – período diurno). EXEMPLO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA Mas, estando a 40 km/h, qual seria a distância mínima necessária, nas condições já descritas, para a parada segura de V1, ou seja, para a percepção, reação e frenagem completa? EXEMPLO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA Sabemos que: dpr => distância de percepção-reação tp => tempo psicotécnico. dfre => distância de frenagem V => velocidade em que transitava o veículo μ => coeficiente de atrito da via EXEMPLO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA 1. A distância de frenagem será ≈ 7,86 m. 2. Logo, nessa velocidade (40 Km/h) e com este tempo psicotécnico (tp=1s), teremos: DME = 11,1 + 7,86 = 18,96 m (dizemos que o veículo deve estar, no mínimo, a essa distância do sítio onde poderia ocorrer o acidente, ou seja, o sítio de colisão teórico para este estudo). EXEMPLO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA OU SEJA Teoricamente, qualquer Sítio de Percepção Real (PPR) do condutor de V1 a menos de 18,96 m de distância da linha tracejada que divide a pista de V2 poderia fazer com que V1 atingisse esse último, estando a 40 Km/h. EXEMPLO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA LOGICAMENTE • V2 poderia frear antes ao perceber o possível embate com V1. • V2 poderia “passar direto” antes de V1 chegar ao sítio da possível colisão. Dentre várias outras possibilidades! EXEMPLO DISTÂNCIA MÍNIMA DE ESCAPADA Esse tipo de raciocínio nos ajuda a determinar se um acidente poderia ter sido evitado, comparando os valores encontrados durante a análise com aquele que é o “ideal” para aquela via. EXERCÍCIO 5 CALCULAR AS DISTÂNCIAS PERCORRIDAS DE ACORDO COM OS TEMPOS PSICOTÉCNICOS DADOS 309 Exercício 5 5. Calcule as distâncias percorridas (em metros) para os seguintes Tempos Psicotécnicos e velocidades de tráfego dos veículos listados a seguir (ou seja, a distância percorrida desde o momento em que é visualizado e identificado o perigo iminente até a efetiva reação por parte do condutor). Considere = 0,8 (asfalto bom/seminovo e pneus dos veículos bons, além de sistema de freios convencionais em pleno funcionamento): 310 Exercício 5 a. TP = 1,25 s (jovem de 22 anos, com boa experiência em direção, sem alterações físicas ou psíquicas, período do dia) - veículo a uma velocidade de 48 Km/h. m32,11 8,0)27,254( )48( )27,254( V DF 22 m66,16 6,3 )25,1(48 6,3 )TPR(V DPR dFRE (distância de frenagem): ‘ dPR (distância de percepção-reação): 311 Exercício 5 b. TP = 1,5 s (pessoa de 55 anos, com pouca experiência em direção, início de noite) - veículo a uma velocidade de 60 Km/h. m69,17 8,0)27,254( )60( )27,254( V DF 22 m25 6,3 )5,1(60 6,3 )TPR(V DPR dFRE (distância de frenagem): dPR (distância de percepção-reação): 312 Exercício 5 c. TP = 1,75 s (senhora de 62 anos, que poucas vezes sai de casa com o veículo, sem alterações físicas ou psíquicas, período noturno) - veículo a uma velocidade de 72 Km/h. m48,25 8,0)27,254( )72( )27,254( V DF 22 m35 6,3 )75,1(72 6,3 )TPR(V DPR dFRE (distância de frenagem): dPR (distância de percepção-reação): 313 Exercício 5 d. TP = 2,0 s (indivíduo de 45 anos, com boa experiência em direção, tendo consumido álcool – o equivalente a quatro latas de cerveja, período diurno) - veículo trafegando a 90 Km/h. m81,39 8,0)27,254( )90( )27,254( V DF 22 m50 6,3 )2(90 6,3 )TPR(V DPR dFRE (distância de frenagem): dPR (distância de percepção-reação): PARA RELAXAR UM POUCO EXERCÍCIO 6 CALCULAR A DISTÂNCIA DO SÍTIO DE PERCEPÇÃO REAL (SPR) 316 Exercício 6. dFRE (distância de frenagem) = 9 m dPR (distância de percepção-reação) = PPR está a uma distância de: 29,51 + 9 = 38,51 m CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO CAUSA DETERMINANTE CONCEITOS DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO CAUSA DETERMINANTE Causa determinante de um acidente de tráfego nada mais é que o(s) acontecimento(s), seja falha humana, mecânica, problema na via, etc., que mais influenciou(aram) na ocorrência do fato. DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO CAUSA DETERMINANTE (EXEMPLO) Um automóvel está transitando a 65 Km/h em uma via cuja velocidade limite é de 60 Km/h. Quando um ônibus para em um ponto, um pedestre começa a atravessar a via na frente do mesmo sem, contudo, dar a devida atenção aos demais veículos que trafegam. Dessa forma, acaba sendo atropelado pelo primeiro veículo descrito, que circulava pela outra faixa de rolamento. CONCEITOS: DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO CAUSA DETERMINANTE (EXEMPLO) DAÍ VEM A PERGUNTA CRUCIAL: É possível afirmar que, caso o primeiro veículo estivesse com a velocidade de 60 Km/h, ou seja, 5 Km/h mais lento, teria sido possível evitar o acidente? Ou a causa determinante foi a entrada inopinada (sem a devida atenção) do pedestre na via? CONCEITOS: DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGOCAUSA DETERMINANTE (EXEMPLO) • Devem ser feitas as medições e cálculos, levando-se em conta a velocidade regulamentar da via, tempo de percepção- reação, estimativa da possível velocidade em que caminhava o pedestre, etc. • Mas tudo aponta como fato determinante a forma como o pedestre adentrou a via, sem os devidos cuidados. 322 VÍDEO ENTRADA INOPINADA DE UMA PEDESTRE NA VIA TIPO DO ACIDENTE TOTAL C/ Morto C/ Ferido S/ Vítima Não Inf. Abalroamento transversal 19.065 589 9.173 9.292 11 Atropelamento 6.221 1.348 4.699 167 7 Atropelamento de animal 4.365 77 1.076 3.197 15 Capotagem 7.352 317 3.849 2.995 191 Choque com objeto fixo 14.699 327 4.190 9.905 277 Colisão frontal 6.218 1.734 3.232 1240 12 Colisão traseira 54.999 590 11.691 42.688 30 Queda de veículo 5.927 237 5.327 322 41 Outros tipos 5.051 83 841 4.086 41 Saída de pista 24.933 665 8.967 14.844 457 Tombamento 6.150 158 2.774 3.176 42 Total 188.925 7.008 63.980 116.791 1.146 NÚMERO DE ACIDENTES POR TIPO E GRAVIDADE – ANO DE 2011 DISTRIBUIÇÃO SEGUNDO A GRAVIDADE DO ACIDENTE (Fonte: DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Dados: Departamento de Polícia Rodoviária Federal) PRINCIPAIS CAUSAS DE UM ACIDENTES DE TRÁFEGO VARIÁVEIS O fator humano é a principal variável dessa complexa equação. Contudo, as estatísticas demonstram que a maioria dos acidentes sofrem a influência de mais de uma causa. Fonte das figuras: A Via como Vilão nos Acidentes - trabalho do Perito Criminal Luciano Gardano Elias Bucharles. PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES EXEMPLOS DE ESTATÍSTICAS VÍDEO PERÍCIA – VEÍCULO DO CANTOR CRISTIANO ARAÚJO ../../Videos/Perícia no local do acidente do Cristiano Araújo - YouTube.MKV VÍDEO RESULTADOS DA PERÍCIA DO VEÍCULO DO CANTOR CRISTIANO ARAÚJO ../../Videos/Polícia Civil apresenta laudo do acidente de Cristiano Araújo - YouTube.MKV RELEMBRANDO CONCEITOS FÍSICOS ASSOCIADOS AOS ACIDENTES DE TRÁFEGO A FÍSICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO • É crucial uma boa compreensão das Leis da Física associadas aos acidentes de tráfego. • São usadas várias tabelas disponibilizadas por especialistas da área e que foram desenvolvidas utilizando-se metodologia científica. A FÍSICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO ANTES DE COMEÇAR, LEMBRE-SE! • Comumente trabalha-se com faixas que são toleráveis dentro de estudos estatísticos. • Para uma maior precisão na aplicação das fórmulas deve-se prezar pela correta análise do sítio do acidente, com observância para as medições efetuadas. A FÍSICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO CÁLCULOS: SÃO NECESSÁRIOS? • Apesar da dificuldade intrínseca, muitas vezes cálculos ajudam na conclusão sobre a Causa Determinante. • Por exemplo => pode-se concluir que o veículo estava acima da velocidade permitida para a via. AS TRÊS LEIS DE NEWTON AS TRÊS LEIS DE NEWTON PRIMEIRA LEI (PRINCÍPIO DA INÉRCIA) "Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento retilíneo e uniforme, a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forças a ele impressas." AS TRÊS LEIS DE NEWTON SEGUNDA LEI (PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA DINÂMICA) “A força resultante sobre um corpo é igual ao produto da massa do corpo pelo da ace- leração do corpo.” F = m.a RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS FÍSICA CLÁSSICA: FORÇA Em física clássica, a força é aquilo que pode alterar (num mesmo referencial assumido inercial) o estado de repouso ou de movimento de um corpo, ou de deformá- lo.” (fonte: http://wikipedia.org) AS TRÊS LEIS DE NEWTON: TERCEIRA LEI (PRINCÍPIO DA AÇÃO E REAÇÃO) “Quando dois corpos interagem, a força provocada por um dos corpos sobre o outro é sempre igual em módulo, possui a mesma direção e sentido contrário à força que o outro corpo exerce sobre ele.” RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS FORÇA PESO VERSUS FORÇA NORMAL • Força peso => “aplicação” da força gravitacional da Terra sobre uma massa. • Força normal => no caso de um corpo em uma superfície, existe uma força de sentido contrário ao peso (para ser mais preciso, a reação ao peso é exercida pelo corpo que está sendo “puxado” pela Terra). RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS FORÇA PESO VERSUS FORÇA NORMAL Normal por fazer um ângulo de 90º em relação à superfície. RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS PRINCÍPIO DA INÉRCIA: OBSERVAÇÃO • Lembre-se => se um corpo está em repouso, existe uma maior dificuldade no rompimento desse estado inicial. • Dessa forma, uma frenagem é mais eficiente se as rodas estiverem na iminência de “travar”. ATRITO RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS ATRITO • O atrito se dá devido à atuação direta das moléculas de um corpo com as da superfície com a qual está em contato, o que dificulta o movimento desse corpo. • Variáveis => material do qual é composto o corpo e a superfície, a aspereza, a rugosidade, o valor da força normal. RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS ATRITO RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS ATRITO “...Cerca de 20% da gasolina usada em um automóvel são consumidos para vencer o atrito no motor e na caixa de transmissão. Por outro lado, se não houvesse atrito, não poderíamos pegar um automóvel para ir a qualquer lugar, e não poderíamos caminhar ou andar de bicicleta. Não poderíamos segurar um lápis e, se pudéssemos, não conseguiríamos escrever...”. Fonte: “Fundamentos de Física - Volume 1”, dos autores Halliday, Resnick e Walker RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS COEFICIENTE DE ATRITO É um coeficiente adimensional que expressa a oposição que mostram as superfícies de dois corpos em contato ao deslizar um em relação ao outro. Geralmente é representado com a letra μ (mi). Fonte: Wikipedia RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS ATRITO • Alguns estudos foram realizados tendo como base de testes a borracha comumente usada em pneus em superfícies como o asfalto seco e molhado, terra, areia, concreto, etc. • A partir daí, foram criadas tabelas usadas pelos profissionais da área de acidentes de tráfego. RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS ATRITO A força de atrito, contrária à força que impulsiona o corpo, pode ser dada pela seguinte fórmula: Fa = μ.N, onde: Fa => Força de atrito (unidade no SI => Newton – N) μ => Coeficiente de atrito (adimensional) N => força normal (unidade no SI => Newton – N) Tipo de superfície Veículo de Passeio Caminhão Concreto seco 0,85 0,65 Asfalto seco 0,8 0,6 Concreto molhado 0,70 - 0,80 0,5 Asfalto molhado 0,45 – 0,80 0,3 Neve compactada 0,15 0,15 Gelo 0,05 0,11 (“seco”) 0,07 (molhado) Terra 0,65 - Lama 0,40 – 0,50 - Cascalho ou areia 0,55 - Neve compactada (veículo com corrente) - 0,6 Gelo “seco” (veículo com corrente) - 0,25 EXEMPLO DE TABELA E COEFICIENTES DE ATRITO RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS COEFICIENTE DE ATRITO MEDIÇÃO DO COEFICIENTE – MEDIÇÃO 1. Acelerômetros. 2. Drag sleds. 3. Radares. 4. De forma um pouco mais simples: pode ser usada uma tábua com uma borracha de pneu em sua superfície inferior e um peso para garantir um contato maior (para a borracha, é claro). Medição do coeficiente de atrito em pista de um aeroporto. COEFICIENTE DE ATRITO ACELERÔMETRO • Instrumento instalado no veículo para medir a aceleração; • Dados fornecidos (software): 1. distância de frenagem; 2. velocidade no início da frenagem; 3. tempo de frenagem; 4. fator de arrasto médio. 351 RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS ATRITO 352 352 A B C A B C ACELERÔMETRO GRÁFICO ENERGIA CINÉTICA353 RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS ENERGIA CINÉTICA • A energia cinética é a energia que está relacionada com o estado de movimento de um corpo. • Este tipo de energia é uma grandeza escalar, que depende da massa e do módulo da velocidade do corpo em questão. Quanto maior o módulo da velocidade do corpo, maior é a energia cinética. • Quando o corpo está em repouso, ou seja, o módulo da velocidade é nulo, a energia cinética é nula. 354 RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS ENERGIA CINÉTICA A fórmula básica para o cálculo da energia cinética de um corpo é: Ec = ½ m.v2, onde: Ec -> energia cinética (unidade no SI: Joule - J) m -> massa do corpo (unidade no SI: quilogramas - kg) v-> velocidade do corpo (unidade no SI: metros por segundo – m/s) 355 ENERGIA POTENCIAL 356 RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS ENERGIA POTENCIAL • A energia potencial é o nome dado a forma de energia quando está “armazenada”, isto é, que pode a qualquer momento manifestar-se, por exemplo, sob a forma de movimento. • Está relacionada com à posição que um determinado corpo ocupa em relação ao referencial adotado. 357 RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL • Quando seguramos um objeto a uma determinada altura “h” e o soltamos, ele adquire uma certa velocidade. • A força da gravidade atua sobre o objeto, imprimindo essa velocidade através de uma aceleração constante. 358 RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL • Dizemos, então, que um corpo tem uma energia potencial que é proporcional ao valor dessa variável (altura “h”). • A aceleração da gravidade varia em cada ponto do planeta, sendo que cada cidade do mundo tem um valor específico para essa “constante”. O valor usado nas equações será de 9,81 m/s2. 359 VÍDEO – EXPERIÊNCIA GRAVIDADE 360 ../../Videos/Brian Cox-Gravidade.MP4 TRABALHO 361 RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS TRABALHO - CONCEITO BÁSICO • Trabalho é a energia “transferida” por uma força ao longo de um deslocamento. • Dentro do nosso contexto, quando um veículo é acelerado ou desacelerado, percorre um espaço de “X metros” na via e “realiza um trabalho”, tendo sido despendida uma energia “Y” para tanto. 362 RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS TRABALHO - FÓRMULA BÁSICA A seguinte fórmula pode ser usada: T = F.d, onde: T: trabalho realizado (unidade no SI: joule - J); F: força na direção do deslocamento (unidade no SI: Newton - N) d: deslocamento (unidade no SI: metro - m) 363 FORÇA E ACELERAÇÃO CENTRÍPETA 364 RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS FORÇA E ACELERAÇÃO CENTRÍPETA 365 MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME Esta variação de direção do vetor velocidade gera uma aceleração centrípeta (direção para o centro do círculo). RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS FORÇA E ACELERAÇÃO CENTRÍPETA 366 EQUAÇÕES A aceleração centrípeta (ac) pode ser calculada com a equação: onde: V é a velocidade do corpo (unidade pelo SI: m/s) R é o raio da trajetória (unidade pelo SI: m) R v a 2 c RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS FORÇA E ACELERAÇÃO CENTRÍPETA 367 A força centrípeta (Fc) está associada (mesma direção e sentido) com a aceleração centrípeta e pode ser calculada com a equação: onde: m é a massa do corpo (unidade pelo SI: kg) V é a velocidade do corpo (unidade pelo SI: m/s) R é o raio da trajetória (unidade pelo SI: m) R v mmaF 2 cc QUANTIDADE DE MOVIMENTO LINEAR E IMPULSO 368 Relembrando alguns Conceitos Quantidade de Movimento Linear 369 Para nos aprofundarmos em nossos estudos, será introduzido um importante conceito da física: quantidade de movimento. RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS QUANTIDADE DE MOVIMENTO LINEAR Quantidade de movimento linear (também chamada de momento linear ou momentum linear) é uma grandeza física vetorial dada pelo produto entre a massa e a velocidade de um corpo. Conservação da quantidade de movimento linear: importante no estudo de colisões em acidentes de tráfego. RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS QUANTIDADE DE MOVIMENTO LINEAR 371 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES Equação: Q => quantidade de movimento linear (unidade pelo SI: kg.m/s) M =>massa do corpo (unidade pelo SI: kg) V => velocidade do corpo (unidade pelo SI: m/s) O vetor quantidade de movimento tem a mesma direção e sentido do vetor velocidade. vmQ RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO LINEAR 372 Em um sistema que não possui forças agindo sobre ele, a quantidade de movimento linear é constante. Leis de Newton. Exemplo para colisão linear entre partículas: DESACELERAÇÃO LONGITUDINAL 373 DESACELERAÇÃO DESACELERAÇÃO MARCAS DE FRENAGEM - EXEMPLOS 377 DESACELERAÇÃO DESACELERAÇÃO ESTIMATIVA DA VELOCIDADE “PERDIDA” PELO VEÍCULO COM A DESACELERAÇÃO LONGITUDINAL • Utilização das marcas de frenagem. • Calculada com base em duas variáveis principais: coeficiente de atrito e distância de frenagem. DESACELERAÇÃO CÁLCULO DA VELOCIDADE DE TRÁFEGO DO VEÍCULO A fórmula básica que pode ser usada na maioria das situações é a seguinte: ou vfre => velocidade de frenagem, dada em m/s; μ => coeficiente de atrito da superfície em estudo d => distância da frenagem (medida no local – em metros). observação: o veículo imobiliza-se ao fim das marcas de frenagem e não interage com outra estrutura. )d(4294,4vfre DESACELERAÇÃO CÁLCULO DA VELOCIDADE DE TRÁFEGO DO VEÍCULO Ou, a mesma fórmula, em Km/h, que é dada por: vfre => velocidade de frenagem, dada em Km/h; μ => coeficiente de atrito da superfície em estudo d => distância da frenagem (medida no local – em metros). DESACELERAÇÃO CÁLCULO DA VELOCIDADE DE TRÁFEGO DO VEÍCULO Caso ocorra uma colisão ao final da frenagem, deve- se descobrir o valor da velocidade de colisão para que se possa calcular a velocidade de tráfego. Opções: utilizar conservação da quantidade de movimento linear ou tentar estimar a energia dissipada nos danos. EXERCÍCIO 7 Para as situações a seguir, calcular a distância necessária para que um automóvel com o sistema de freios funcionando realize uma frenagem completa (pneus normais, ou seja, sem desgastes que atrapalhem na dirigibilidade do veículo). Sugestão: utilizar o coeficiente de atrito médio. 382 DESACELERAÇÃO CÁLCULO DA VELOCIDADE DE TRÁFEGO DO VEÍCULO A fórmula, considerando-se situações de aclive ou declive da via, que pode ser usada nestas situações é a seguinte: Vfre => velocidade de frenagem, dada em m/s; μ: coeficiente de atrito da superfície em estudo d: distância da frenagem (medida no local – em metros). θ: inclinação da via Observação: o veículo imobiliza-se ao fim das marcas de frenagem e não interage com outra estrutura. d)sencos(4294,4vfre DESACELERAÇÃO CÁLCULO DA VELOCIDADE DE TRÁFEGO DO VEÍCULO A fórmula, considerando-se situações de aclive ou declive da via, que pode ser usada nestas situações é a seguinte: Vfre => velocidade de frenagem, dada em km/h; m => coeficiente de atrito da superfície em estudo d =>distância da frenagem (medida no local – em metros). θ => inclinação da via Observação: o veículo imobiliza-se ao fim das marcas de frenagem e não interage com outra estrutura. d)sencos(946,15vfre DESACELERAÇÃO CÁLCULO DA VELOCIDADE DE TRÁFEGO DO VEÍCULO EFICIÊNCIA DA FRENAGEM • Para o uso das fórmulas supracitadas, se parte do princípio que houve a máxima desaceleração do veículo (condutor pisou no freio e estefuncionou adequadamente). • A distribuição (%) de peso do veículo sobre as rodas exerce um papel importante na determinação do percentual de frenagem atuante em cada roda: DESACELERAÇÃO CÁLCULO DA VELOCIDADE DE TRÁFEGO DO VEÍCULO EFICIÊNCIA DA FRENAGEM Quando se percebe que não houve a atuação das quatro rodas durante a frenagem, pode ser usada a seguinte fórmula (resultado em Km/h): Onde “n” é o percentual do peso usado na frenagem. DESACELERAÇÃO CÁLCULO DA VELOCIDADE DE TRÁFEGO DO VEÍCULO EFICIÊNCIA DA FRENAGEM Exemplo: Perda da capacidade de frenagem da roda dianteira esquerda. Perde-se 30% da capacidade de frenagem, restando 70% de eficiência nas outras três rodas. Ou seja, n =0,70. DESACELERAÇÃO CÁLCULO DA VELOCIDADE DE TRÁFEGO DO VEÍCULO EFICIÊNCIA DA FRENAGEM • Gary L. Stephens indica que, para veículos de passeio com motor dianteiro, a eficiência de frenagem de cada roda dianteira será de 35% e de cada roda traseira 15%; com motor traseiro, será de 30% em cada roda dianteira e 20% em cada roda traseira. • Para motocicletas a eficiência de frenagem será de 60% no eixo dianteiro e de 40% no eixo traseiro. VÍDEO – DESACELERAÇÃO Exercício 8. Observando a figura a seguir, determine os valores aproximados - indicados pelas interrogações - sabendo que as marcas de frenagem medidas perfazem um total de 15 m (do Sítio de Reação até os rodados dianteiros de V, em uma superfície de asfalto molhado em boas condições (use μ = 0,65), e sabendo que V1 não chegou a colidir com V2, parando poucos centímetros antes da linha tracejada que divide a pista. Adote um tempo psicotécnico de 1,25 s, com base na informação de que o condutor era jovem e não estava embriagado. Para a Distância Mínima de Escapada, calcule-a baseado na velocidade limite da Via 1 (arterial sem sinalização), ou seja o DMER. 390 Exercício 8. •Obs.1: adote a linha tracejada de divisão da pista como o limite para a não ocorrência do sinistro. •Obs. 2: despreze os poucos centímetros que o veículo permaneceu antes da linha tracejada para os cálculos a serem realizados, ou seja, adote que V1 parou sobre a linha. 391 Exercício 8. Dados do problema: dFRE = 15 m (comprimento das marcas de frenagem) μ = 0,65 tP = 1,25 s V = 60 km/h (velocidade limite para via arterial sem sinalização) Cálculos: Vfre = 15,946.(μ.dFRE) = 15,946. (0,65.(15)) ≈ 49,79 km/h ≈ 13,83 m/s dPR = V.tP / 3,6 = 49,79 .1,25 / 3,6 ≈ 17,28 m PPR = dFRE + dPR = 15 + 17,28 = 32,28 m 392 Exercício 8. Cálculos: ... Considerando-se a velocidade limite de 60 km/h: dFRE = 602 / (254,27.(0,65)) ≈ 21,78 m dPR = 60 . 1,25 / 3,6 ≈ 20,83 m PNE = dFRE + dPR = 21,78 + 20,83 = 42,61 m Conclusão: o veículo estava trafegando com uma velocidade (49,8 km/h) abaixo daquela limite regulamentada para a via (60 km/h). Logo, ele “escapou” por este motivo e colidiria se estivesse no limite da via. 393 Exercício 9 Você foi chamado para atender a um acidente de tráfego em que houve uma colisão perpendicular no período diurno. Tendo chegado ao local uma hora depois do fato, você mediu as marcas de frenagem do automóvel que, a princípio, teria sido o causador do sinistro. Fazendo alguns cálculos no próprio local, tendo como base o comprimento das marcas medidas, você determinou que a velocidade de frenagem desse veículo seria, a princípio, de 47 Km/h (asfalto seco em boas condições). Posteriormente, conversando com ambos os condutores, você descobriu que havia uma chuva de pequeno volume no momento em que ocorreu o fato (chuva essa que parou cerca de 20 minutos depois, de acordo com os mesmos). Observando bem o local, você constatou a existência de pequenas poças de água em alguns pontos, apesar do asfalto no meio da pista estar aparentemente seco. Dessa forma, você definiu que deveria refazer os cálculos levando-se em conta o asfalto molhado. 394 Exercício 9. Pergunta-se: a) Baseado nas informações fornecidas no enunciado, qual teria sido o comprimento medido para as marcas de frenagem durante as análises periciais? b) E, sabendo-se da nova informação sobre a pista estar molhada no momento do acidente, qual a nova velocidade de frenagem calculada? 395 Exercício 9. Pergunta-se: a) Baseado nas informações fornecidas no enunciado, qual teria sido o comprimento medido para as marcas de frenagem durante as análises periciais? = 0,8 (asfalto seco) v ≈ 47 km/h (≈ 13,05 m/s) dFRE = (47)2 / (254,27.(0,8)) ≈ 10,86 m 396 Exercício 9. Pergunta-se: b) E, sabendo-se da nova informação sobre a pista estar molhada no momento do acidente, qual a nova velocidade de frenagem calculada? = 0,65 (asfalto molhado) v = 15,946.(0,65.(10,86)) ≈ 42,36 Km/h ≈ 11,77 m/s 397 DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO VELOCIDADE CRÍTICA DE GUINADA DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO VELOCIDADE CRÍTICA DE GUINADA DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO VELOCIDADE CRÍTICA DE GUINADA DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO VELOCIDADE CRÍTICA DE GUINADA DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO VELOCIDADE CRÍTICA DE GUINADA DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO VELOCIDADE CRÍTICA DE GUINADA DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÂFEGO VELOCIDADE CRÍTICA DE GUINADA DINÂMICA DOS ACIDENTES DE TRÁFEGO VELOCIDADE CRÍTICA DE GUINADA Equação para o cálculo da velocidade crítica de guinada Importante: 1) a aplicação da fórmula requer que a hipótese de movimento circular uniforme seja confirmada. 2) Outras verificações ... Atenção para as unidades utilizadas !!! DETERMINANDO O RAIO DA CURVA VELOCIDADE CRÍTICA DE TOMBAMENTO E CAPOTAMENTO 407 VELOCIDADE CRÍTICA DE TOMBAMENTO E CAPOTAMENTO FÓRMULA (CURVA PLANA) R: raio da trajetória curva desenvolvida pelo CG do veículo (unidade SI: metros). a: altura do centro de massa relativa ao solo (unidade SI: metros). b: bitola (distância entre os rodados de um eixo - unidade SI: metros). 408 a2 bR .973,7V VELOCIDADE CRÍTICA DE TOMBAMENTO E CAPOTAMENTO FÓRMULA (CURVA COM SUPERELEVAÇÃO) R -> raio da trajetória curva desenvolvida pelo CG do veículo (unidade SI: metros). h -> tangente do ângulo de superelevação a -> altura do centro de massa relativa ao solo (unidade SI: metros). b -> bitola (distância entre os rodados de um eixo - unidade SI: metros). VÍDEO: TESTES COM PNEUS