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1. UTFPR Na História do Brasil, em relação ao ciclo minerador, pode-se afirmar que: I) A capital da colônia foi transferida de Salvador para a cidade do Rio de Janeiro. II) Por dois séculos, os paulistas monopolizaram a exploração do ouro, apesar das tentativas fracassadas de outros grupos. III) Ocorreu o povoamento e a urbanização da região das Minas Gerais. Está(ão) correta(s) somente: a. I b. II c. III d. I e II e. I e III 2. UFRJ "Cada ano, vêm nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros, para passarem às minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos, pardos e pretos, e muitos indios, de que os paulistas se servem. A mistura é de toda a condição de pessoas: homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos, e religiosos de diversos institutos, muitos dos quais não têm no Brasil convento nem casa." (Andre João Antonil, 'Cultura e opulência no Brasil por suas drogas e minas'.) Nesse retrato descrito pelo jesuíta Antonil, no início do século XVIII, o Brasil colónia vivia o momento a. do avanço do café na região do Vale do Ribeira e em Minas Gerais. Portugal, no início do século XVIII, percebeu a importância do café como a grande riqueza da colônia, passou então a enviar mais escravos para essa região e a controlá-Ia com maior rigor. b. da decadência do cultivo da cana-de-açúcar no nordeste. Em substituição a esse ciclo, a metrópole passou a investir no algodão; para tanto, estimulou a migração de colonos para a região do Amazonas e do Para. Os bandeirantes tiveram importante papel nesse período por escravizar indígenas, a mão de obra usada nesse cultivo. c. da descoberta de ouro e pedras preciosas no interior da Colónia. A Metrópole, desde o início do século XVIII, buscou regularizar a distribuição das áreas a serem exploradas; como forma de impedir o contrabando e recolher os impostos, criou um aparelho administrativo e fiscal, deslocando soldados para a região das minas. d. da chegada dos bandeirantes à região das minas gerais. Os bandeirantes descobriram o tão desejado ouro, e a Metrópole se viu obrigada a impedir a corrida do ouro; para tanto, criou leis impedindo o trânsito indiscriminado de pessoas na região, deixando os bandeirantes como os guardiões das minas. e. do esgotamento do ouro na região das minas. Sua difícil extração levou pessoas de diferentes condições sociais para as minas, em busca de trabalho, e seu esgotamento dividiu a região em dois grupos - de um lado, os paulistas, e, de outro, os forasteiros, culminando no conflito chamado de Guerra dos Emboabas. 3. UNESP 2011 Entre as características da sociedade da região das Minas Gerais no período da extração de ouro, no século XVIII, podemos citar a. maior mobilidade social que no restante da colônia. b. pequeno desenvolvimento artístico e ausência de estímulo à produção cultural. c. predomínio do meio rural sobre o urbano, como no restante da colônia. d. comércio interno restrito e ausência de setores sociais intermediários. e. menor presença de irmandades religiosas que no restante da colônia. 4. UFRGS 2013 Leia o enunciado abaixo. A sede insaciavel do ouro estimulou a tantos a deixarem suas terras e a meterem-se por caminhos tão ásperos como são os das minas, que dificultosamente se podera dar conta do número de pessoas que atualmente lá estão (...). Cada ano, vêm nas frotas quantidades de portugueses e de estrangeiros para passarem as minas. Das cidades, vilas e recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos, pardos e pretos, e muitos indios, de que os paulistas se servem. ANTONIL, Andre João. Cultura e opulência do Brasil. São Paulo: Melhoramentos; Brasília: INL, 1976. p. 167. ['Ia edição: 1711]. ECONOMIA AÇUCAREIRA A descrição acima refere-se à sociedade formada na região das Minas Gerais, no seculo XVIII. A respeito dessa sociedade, considere as seguintes afirmações. I. A possibilidade de ascensão social era mais facilitada do que na atividade açucareira empreendida no Nordeste. II. A riqueza gerada promoveu o desenvolvimento de uma agricultura em grande escala, voltada para a exportação. III. O desenvolvimento acarretou uma sociedade urbana, heterogênea, composta por comerciantes, funcionários reais, profissionais liberais e escravos. Quais estão corretas? a. Apenas I. b. Apenas II. c. Apenas I e II. d. Apenas I e III. e. Apenas II e III. 5. UNESP Se bem que a base da economia mineira também seja o trabalho escravo, por sua organização geral ela se diferencia amplamente da economia açucareira. (Celso Furtado, 'Formação econômica do Brasil“) A referida diferenciação se expressa a. na relação com a terra que, por ser abundante no nordeste, não se constituía fator de diferenciação social. b. na imposição de controle rígido das exportações de açúcar, medida não tomada em relação ao ouro. c. na pequena lucratividade da economia açucareira e na rapidez com que os senhores de engenho se desinteressaram pela mesma. d. no isolamento da região mineradora, que não mantinha relações comerciais com o resto da colônia, tal como ocorria no nordeste. e. na existência de possibilidades de ascensão social na região das minas, uma vez que o investimento inicial não era, necessariamente, elevado. 6. UPF 2013 Durante o período colonial, o governo português explorava violentamente os habitantes da colônia chamada Brasil. A charge faz referência à chamada Derrama, instituída pelo Marquês de Pombal em 1765. Podemos afirmar que a Derrama era: a. um recurso instituído para cobrar os impostos atrasados. A região das minas deveria entregar a Portugal anualmente 100 arrobas (1500 kg) de ouro; caso essa quantia não fosse entregue, o valor restante seria cobrado de toda a população, que teria que completar em dinheiro o equivalente as 100 arrobas. b. uma cobrança decorrente do fato que os senhores de engenho estavam entregando o açúcar produzido aos holandeses, assim, teriam que pagar a Portugal como imposto o equivalente ao quinto (20%) de todo o valor comercializado com holandeses. c. a incidência de uma taxa de 20% sobre o valor de cada índio escravizado. Como os holandeses estavam dominando, além do Nordeste brasileiro, as regiões da África que forneciam escravos, os bandeirantes paulistas começaram a aprisionar indígenas para vender como escravos aos produtores de açúcar. d. um imposto de 20% sobre cada animal vendido aos mineradores. Os tropeiros levavam o gado existente no território do atual Rio Grande do Sul para vender nas regiões das minas. e. uma penalização sobre os mineradores, que, para não pagar impostos, contrabandeavam o ouro. O governo português decreta que todo o ouro deveria ser entregue às Casas de Fundição e o minerador que desobedecesse a essa ordem, além de perder todo o ouro que tivesse extraído, seria preso. 7. UPF 2012 Sobre a mineração que se desenvolveu no Brasil colonial, podemos afirmar: a. Contribuiu para a decadência do ciclo açucareiro, pois os grandes senhores de engenho abandonaram suas lavouras para se dedicar a mineração. b. Contribuiu para o desenvolvimento da produção açucareira, na medida em que gerava capitais para serem investidos nesta atividade agroexportadora. c. Contribuiu para o desenvolvimento do mercado interno, na medida em que criou um importante centro consumidor de produtos de subsistência de outras regiões. d. Não favoreceu em nada o mercado interno, pois os raros produtos de subsistência que não eram produzidos na região eram importados da Europa. e. Não contribuiu em nada para o mercado interno da Colônia, pois a zona de mineração era centro consumidor de gêneros de subsistência em proporções insignificantes. 8. UNESP 2014 A efervescência que conheceram nas Minas [Gerais, do século XVlll] as artes e as letras também teve feição peculiar. Pela primeira vez na Colônia buscava-se solução própria para a expressão artística. (Laura Vergueiro. Opulênciae miséria das Minas Gerais, 1983.) São exemplos do que o texto afirma: a. a pintura e a escultura renascentistas. b. a poesia e a pintura românticas. c. a arquitetura barroca e a poesia árcade. d. a literatura de viagem e a arquitetura gótica. e. a música romântica e o teatro barroco. 9. ENEM 2017 Na antiga Vila de São José del Rei, a atual cidade de Tiradentes (MG), na primeira metade do século XVIII, mais de cinco mil escravos trabalhavam na mineração aurífera. Construíram sua capela, dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Na fachada, colocaram um oratório com a imagem de São Benedito. A comunidade do século XVIII era organizada mediante a cor, por isso cada grupo tinha sua irmandade: a dos brancos, dos crioulos, dos mulatos, dos pardos. Em cada localidade se construía uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Com a decadência da mineração, a população negra foi levada para arraiais com atividades lucrativas diversas. Eles se foram e ficou a igreja. Mas, hoje, está sendo resgatada a festa do Rosário e o Terno de Congado. CRUZ, L.Fé e identidade cultural. Disponível em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 4 jul. 2012. Na lógica analisada, as duas festividades retomadas recentemente, na cidade mineira de Tiradentes, têm como propósito a. valorizar a cultura afrodescendente e suas tradições religiosas. b. retomar a veneração católica aos valores do passado colonial. c. reunir os elementos constitutivos da história econômica regional. d. combater o preconceito contra os adeptos do catolicismo popular. e. produzir eventos turísticos voltados a religiões de origem africana. 10. ENEM 2016 Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a Colônia tinha acabado de passar por uma explosão populacional. Em pouco mais de cem anos, o número de habitantes aumentara dez vezes. GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. São Paulo: Planeta do Brasil, 2008 (adaptado). A alteração demográfica destacada no período teve como causa a atividade a. cafeeira, com a atração da imigração europeia. b. industrial, com a intensificação do êxodo rural. c. mineradora, com a ampliação do tráfico africano. d. canavieira, com o aumento do apresamento indígena. e. manufatureira, com a incorporação do trabalho assalariado. 11. UFSM 2011 As duas figuras simbolizam dois processos econômicos que se consolidaram e se expandiram no século XVIII, provocando amplas e irreversíveis modificações nos respectivos ecossistemas. As relações históricas entre os dois processos podem ser consideradas a. meramente cronológicas, pois ambos se desenvolveram nos inícios do século XVIII, época em que se expandia, tanto na Europa quanto nas Américas colonizadas pelos europeus, a utilização do trabalho escravo dos negros africanos devidamente controlados e administrados pelos seus proprietários, os membros da elite branca. b. muito tênues, na medida em que apenas representam dois exemplos isolados de destruição predatória dos ambientes naturais, seja para extrair riquezas minerais em zonas rurais despovoadas, seja para promover a urbanização das cidades industriais afetadas pela poluição, prevenindo os efeitos danosos dessa poluição na vida e na saúde da crescente população. c. significativas, pois, desde a assinatura do tratado de Methuen (1703), o Estado português ficou subordinado aos interesses da Inglaterra: como as importações dos 'panos' tecidos pelas manufaturas inglesas custavam mais caro para Portugal do que as receitas com as exportações de 'vinhos' para o mercado inglês, o ouro extraído das regiões mineiras da América colonial Iusitana foi amplamente transferido para o mercado inglês, aí contribuindo para sedimentar as precondições para o desenvolvimento da Revolução Industrial. d. de reciprocidade, pois o processo de urbanização das cidades industriais inglesas inspirou o planejamento urbano das povoações coloniais americanas que se expandiram para o interior, permitindo antecipar e corrigir problemas como: ocupação intensa e acelerada, traçado das ruas e das praças, integração do setor rural com o urbano, articulação com as demais vilas e cidades e com os portos de escoamento da produção mineira. e. de modernização, pois os novos produtos da moderna tecnologia industrial inglesa puderam ser importados pelos proprietários das minas e dos escravos, permitindo incrementar a produção colonial, diminuir os custos e obter maiores lucros, dinamizando a economia e a sociedade da mineração e encaminhando o Estado português para a emancipação da hegemonia da Inglaterra. 12. FGV 2007 "(...) a terra que dá ouro esterilissima de tudo o que se ha mister para a vida humana (...). Porém, tanto que se viu a abundância de ouro que se tirava e a largueza com que se pagava tudo o que la ia, (...) e logo começaram os mercadores a mandar as minas o melhor que chega nos navios do Reino e de outras partes, assim de mantimentos, como de regalo e de pomposo para se vestirem, além de mil bugiarias de França (...) E, a este respeito, de todas as partes do Brasil se começou a enviar tudo o que a terra da, com lucro não somente grande, mas excessivo. (...) E estes preços, tão altos e tão correntes nas minas, foram causa de subirem tanto os preços de todas as coisas, como se experimenta nos portos das cidades e vilas do Brasil, e de ficarem desfomecidos muitos engenhos de açúcar das peças necessarias e de padecerem os moradores grande carestia de mantimentos, por se levarem quase todos aonde hão de dar maior lucro." (Antonil, 'Cultura e opulência do Brasil', 1711) No texto, o autor refere-se a uma das consequências da descoberta e exploração de ouro no Brasil colonial. Trata-se a. do desenvolvimento de manufaturas para abastecer o mercado interno. b. da inflação devido à grande quantidade de metais e procura por mercadorias. c. do incremento da produção de alimentos e tecidos finos na área das minas. d. da redução da oferta de produtos locais e importados na região mineradora. e. do desabastecimento das minas devido à maior importância das vilas litorâneas. 13. UECE 2019 Segundo nos informa Darcy Ribeiro (1995, p.194), em fins do século XVI, a colônia possuía 3 cidades, a maior delas, Salvador, então sede do Governo Geral, contava com aproximadamente 15 mil habitantes; no final do século XVII, salvador tinha em torno de 30 mil habitantes e Recife tinha 20 mil. Ao final do século XVIII, enquanto cidades centenárias como Salvador e Recife tinham por volta de 40 mil e 25 mil habitantes, respectivamente, a jovem cidade de Vila Rica, hoje Ouro Preto, elevada à categoria de Vila somente em 1711, já possuía cerca de 30 mil habitantes. RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 194. O fenômeno demográfico do rápido crescimento populacional de Vila rica (Ouro Preto) no século XVIII é atribuído a. ao processo de interiorização da colonização portuguesa no Brasil a partir da expansão da atividade pecuarista, por meio das correntes do sertão de dentro, oriunda da Bahia, e do sertão de fora originária de Pernambuco. b. à grande migração de colonos e de pessoas oriundas de Portugal para a região que hoje é Minas Gerais, em função das descobertas de jazidas de ouro e pedras preciosas, o que fez surgirem vários centros urbanos na área. c. ao estímulo ao desenvolvimento da colônia, promovido por Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal, secretário de Estado do Reino, sob o reinado de D. José I, que incentivou a indústria e a educação no Brasil. d. à ocupação de vastos espaços do território da colônia por colonos espanhóis das regiões do Potosi e do Rio da Prata, quando ocorreu a União Ibérica (1580-1640), época em que reis hispânicos governaram o reino de Portugal. 14. UNESP 2014 A efervescência que conheceram nas Minas [Gerais, do século XVIII] asartes e as letras também teve feição peculiar. Pela primeira vez na Colônia buscava-se solução própria para a expressão artística. (Laura Vergueiro. Opulência e miséria das Minas Gerais, 1983.) São exemplos do que o texto afirma: a. a pintura e a escultura renascentistas. b. a poesia e a pintura românticas. c. a arquitetura barroca e a poesia árcade. d. a literatura de viagem e a arquitetura gótica. e. a música romântica e o teatro barroco. 15. UNICAMP 2019 Tanto que se viu a abundância do ouro que se tirava e a largueza com que se pagava tudo o que lá ia, logo se fizeram estalagens e logo começaram os mercadores a mandar às Minas Gerais o melhor que chega nos navios do Reino e de outras partes. De todas as partes do Brasil, se começou a enviar tudo o que dá a terra, com lucro não somente grande, mas excessivo. Daqui se seguiu, mandarem-se às Minas Gerais as boiadas de Paranaguá, e às do rio das Velhas, as boiadas dos campos da Bahia, e tudo o mais que os moradores imaginaram poderia apetecer-se de qualquer gênero de cousas naturais e industriais, adventícias e próprias. (Adaptado de André Antonil, Cultura e Opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia-Edusp, 1982, p. 169-171.) Sobre os efeitos da descoberta das grandes jazidas de metais e pedras preciosas no interior da América portuguesa na formação histórica do centro-sul do Brasil, é correto afirmar que: a. A demanda do mercado consumidor criado na zona mineradora permitiu a conexão entre diferentes partes da Colônia que até então eram pouco integradas. b. b) A partir da criação de rotas de comércio entre os campos do sul da Colônia e a região mineradora, Sorocaba e suas feiras perderam a relevância econômica adquirida no século XVII. c. O desenvolvimento socioeconômico da região das minas e do centro-sul levou a Coroa a deslocar a capital da Colônia de Salvador para Ouro Preto em 1763. d. Como o solo da região mineradora era infértil, durante todo o século XVIII sua população importava os produtos alimentares de Portugal ou de outras capitanias. 16. UECE 2017 O início do Séc. XVIII marcou uma importante mudança no processo de colonização do Brasil pela metrópole portuguesa. A descoberta de jazidas de pedras e metais preciosos, no interior do território, promoveu interiorização do povoamento e diversas alterações na administração colonial. Sobre esse período, é correto afirmar que a. apesar de a capital da colônia permanecer no litoral, diversos núcleos urbanos surgiram nas regiões de exploração mineira tais como Vila Rica, Diamantina, Sabará e Mariana. b. a mais importante alteração administrativa foi a transferência da capital da colônia, de Salvador, na Bahia, para Ouro Preto, em Minas Gerais. c. a cobrança de impostos sobre a mineração, como o “quinto”, praticada pela Intendência das Minas, era tolerada pois todos os recursos eram usados na educação e na saúde pública e gratuita para os colonos. d. na atividade mineradora, o uso de trabalho escravo, muito amplo na economia açucareira, era quase inexistente, sobressaindo-se o trabalho livre de imigrantes europeus. 17. UFSM 2015 A igreja de São Francisco (foto), construída em Ouro Preto no século XVIII, é um marco do barroco e da arquitetura brasileira. O contexto histórico que explica a realização dessa obra é criado pelo(a) a. crise do sistema colonial e eclosão das revoltas regenciais. b. deslocamento do centro administrativo da Colônia para a cidade de Ouro Preto. c. exploração econômica das minas de ouro e consolidação da agricultura canavieira d. ciclo da mineração e decorrente diversificação do sistema produtivo. e. distanciamento em relação a autoridade colonial e consequente maior liberdade de expressão. 18. FGV 2017 Podendo-se encontrar na crise do mundo romano do século III o início da profunda perturbação de que sairá o Ocidente medieval, é legítimo considerar as invasões bárbaras do século V como o acontecimento que precipita as transformações, que lhes dá um aspecto catastrófico e que lhes modifica profundamente a aparência. LE GOFF, J. A civilização do Ocidente Medieval. Trad. Lisboa: Estampa, 1983, v. 1, p. 29. A crise do mundo romano e a transição para a Idade Média a. foram decorrentes do fortalecimento do cristianismo que, a partir do século III, tornou-se a religião oficial do Império Romano. b. tiveram entre suas características a diminuição do ingresso de mão de obra escrava e o processo de ruralização social. c. foram marcadas pelas catástrofes naturais e pelas epidemias de peste e lepra que estimularam o deslocamento para as cidades. d. levaram ao fortalecimento das instituições públicas romanas e ao desenvolvimento das atividades mercantis no Mediterrâneo. e. foram particularmente catastróficas na parte Oriental do mundo Romano, pela proximidade geográfica com os povos germânicos. 19. FUVEST 2018 A respeito dos espaços econômicos do açúcar e do ouro no Brasil colonial, é correto afirmar: a. A pecuária no sertão nordestino surgiu em resposta às demandas de transporte da economia mineradora. b. A produção açucareira estimulou a formação de uma rede urbana mais ampla do que a atividade aurífera. c. O custo relativo do frete dos metais preciosos viabilizou a interiorização da colonização portuguesa. d. A mão de obra escrava indígena foi mais empregada na exploração do ouro do que na produção de açúcar. e. Ambas as atividades produziram efeitos similares sobre a formação de um mercado interno colonial. 20. ENEM PPL 2009 No início do século XVIII, a Coroa portuguesa introduziu uma série de medidas administrativas para deter a anarquia, que caracterizava a zona de mineração, e instaurar certa estabilidade. O instrumento fundamental dessa política era a vila. RUSSELL- WOOD, A. J. R.. O Brasil colonial; o ciclo do ouro (1690-1750) In: História da América. São Paulo: Edusp, 1999, v. II, p. 484 (com adaptações). A zona de mineração a que o autor se refere localizava-se; a. nos Andes, no antigo Império Inca. b. em Minas Gerais, região centro-sul da Colônia. c. no chamado Alto Mato Grosso, na atual Bolívia. d. na região das Missões jesuíticas, no Rio Grande do Sul. e. em Pernambuco, onde havia o ouro amarelo e o branco (o açúcar). 21. UFES 2006 A extração do ouro aparentemente simples atraiu milhares de pessoas para a América Portuguesa cuja população estimada passou de 300.000 habitantes em 1690 para 2.500.000 em 1780. Metade deste aumento demográfico ocorreu na região mineradora. Considerando essas informações pode-se afirmar que a. O denominado "ciclo do ouro" possibilitou uma espécie de atração centrípeta para o mercado interno desenvolvido pela mineração e assim contribuiu como fator de integração regional na América Portuguesa. b. A população atraída para a mineração também desenvolveu intensa atividade agrária de subsistência propiciando reconhecida auto-suficiência que inibiu qualquer tipo de polarização. c. O Regimento dos Superintendentes / Guardas-Mores e Oficiais Deputados para as Minas que em 1702 instituiu a Intendência das Minas mantinha rigorosa disciplina militar e constante vigilância na Estrada Real impedindo o ingresso de emboabas e mascates nas regiões de ouro e diamantes. d. O denominado "ciclo do ouro" ocasionou uma espécie de atração centrífuga pois as riquezas auríferas de Goiás e da Bahia contribuíram para financiar simultaneamente o denominado renascimento agrícola no Nordeste do Brasil no final do século XVII. e. A integração regional da América Portuguesa consolidou-se durante a União Ibérica (1580-1640) quando foi removida a linha de Tordesilhas possibilitando a convergência das regiões de pecuária para o grande entreposto comercial que consagrou a região de Minas Gerais. 22. UFU 2001 No Brasil, a sociedade que se estruturou na região das minas possuía características que a diferenciavam do restante da colônia. A esse respeito, assinale a alternativa correta. a. O ouro, os diamantese o comércio possibilitaram a formação de uma sociedade onde a riqueza era distribuída mais eqüitativamente, não se reproduzindo ali os contrastes entre a fortuna de poucos e a pobreza da maioria. b. A intensa miscigenação entre homens brancos e mulheres negras contribuiu para diminuir sensivelmente o preconceito racial, levando os senhores a dispensarem um tratamento humanitário aos seus escravos. c. A arte barroca de Aleijadinho, profundamente influenciada pelos dogmas religiosos da época, foi colocada a serviço da rica elite local, traduzindo um sentimento de conformismo e aceitação da ordem social vigente. d. Era uma sociedade urbanizada e heterogênea, formada por comerciantes, funcionários reais, artesãos, profissionais liberais e escravos, onde a riqueza proporcionada pelo ouro, diamantes e comércio estava concentrada nas mãos de poucos, contrastando com a miséria da maioria da população. 23. FAMERP 2017 A descoberta de ouro, no Brasil do século XVII, provocou, entre outros, a. a formação de núcleos populacionais no interior da colônia e o pagamento, por Portugal, de parte das dívidas com a Inglaterra. b. o fim da economia agrícola monocultora e a clara diferenciação em relação às áreas de colonização espanhola na América. c. o início do extrativismo na colônia e a exploração dos metais nobres brasileiros por multinacionais inglesas e norte-americanas. d. o desenvolvimento de ampla produção agrícola na região das Minas e a autossuficiência alimentar das áreas mineradoras. e. a implantação de vasta rede de transportes na região das Minas e o rápido escoamento do ouro na direção dos portos do Nordeste. 24. PUC-MG 2016 Os ouro-pretanos distribuíam-se pelos seis distritos já mencionados. Nos dois mais populosos – Ouro Preto e Antônio Dias – concentrava-se 50,77% da população, 48,13% dos livres e 56,56% dos cativos. Neste núcleo principal centralizava-se a vida administrativa, militar e religiosa da urbe. (LUNA, Francisco Vidal, COSTA, Iraci Del Nero da. Profissões, Atividades Produtivas e Posse de Escravos em Vila Rica ao Alvorecer do Século XIX. In.: LUNA, Francisco Vidal. Et.al. Escravismo em São Paulo e Minas Gerais. São Paulo: Imprensa Oficial/Edusp, 2009. p. 49) Os habitantes de Vila Rica, capital das Minas, eram de 8.867 indivíduos em 1804 segundo LUNA e COSTA (2009). Os autores analisaram a sociedade do início do século XIX e apontaram as características do processo de povoamento verificado nas Gerais que as distingue de outras áreas, principalmente no que tange ao caráter tipicamente urbano de Vila Rica. Os dados do trecho selecionado também indicam uma distribuição social e confirmam: a. o povoamento da província que se voltou para atividade extrativa e gerou a concentração da população nos povoados que se organizaram junto aos locais de mineração. b. o risco iminente de rebeliões em consequência do grande número de cativos, superior ao de homens livres, que juntos alcançaram precocemente a abolição da escravidão. c. a riqueza das Minas no século XIX, medida principalmente pela posse de escravos. Em Ouro Preto a proporção indica que havia mais de dois escravos por proprietário. d. a diversidade entre as cidades, onde se concentrava a vida administrativa, militar e religiosa, havia muitos homens livres e nas outras áreas o número de cativos era maior. 25. UECE 2007 A corrida do ouro, entre o final do século XVII e a primeira década do século XVIII, foi talvez a maior migração de homens brancos livres na América Portuguesa ao longo de todo o período colonial. Não há nada na história do Brasil que se compare a este movimento. ROMEIRO, Adriana. A Febre do Ouro. Revista Nossa História. Rio de Janeiro: ano III, n. 36, outubro, 2006, p 13/21. No que compete à situação vivida pelos moradores das Gerais na época da corrida do ouro, considere as seguintes afirmativas: I – Nos primeiros tempos, a fome foi companheira fiel dos povoadores que, desconhecendo a pobreza da zona mineradora, se lançavam na aventura do ouro. Nas ondas de fome, ocorridas em períodos críticos, os trabalhadores recorriam à caça para garantir algum sustento. II – O sal era raro, mas a cachaça era farta. Nas condições em que trabalhavam (escravos, na maioria) a aguardente proporcionava um estado de semi-embriaguez que tornava mais suportáveis as condições de trabalho. III – A imagem caótica típica dos relatos dessa época, não correspondia à realidade, uma vez que a fluidez geográfica dos trabalhadores dava-se ao sabor das novas descobertas e do esgotamento das velhas lavras. São corretas a. apenas I e II b. apenas I e III c. apenas II e III d. I, II e III 26. UEG 2006 A sede insaciável do ouro estimulou tantos a deixarem suas terras, a meterem-se por caminhos tão ásperos, como são os das minas, que dificilmente se poderá saber do número de pessoas que, atualmente, lá estão. Mais de 30 mil homens se ocupam, uns em catar, outros em mandar catar o ouro nos ribeiros. ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil, 1711. Belo Horizonte; São Paulo: Itatiaia; Edusp, 1982. p.167. O padre André João Antonil foi um dos mais argutos observadores do mundo colonial. Seu olhar percebia, em detalhes, o processo de produção de riquezas tanto no engenho quanto na atividade mineradora. O ouro transformou em profundidade a vida na colônia, pois a. rompeu com a mediação da metrópole portuguesa no comércio com o continente europeu. A acumulação de metais permitiu aos colonos entabularem negociações diretas com os ingleses para a compra de escravos africanos. b. deslocou para as minas um enorme contingente de homens livres pobres e indígenas, os quais substituíram os negros na busca do metal precioso, constituindo uma sociedade marcada por intensa mobilidade social. c. causou intenso movimento populacional, cujo impacto fez-se sentir tanto no interior da colônia quanto na metrópole, obrigando o rei português a adotar medidas para conter o fluxo migratório para o Brasil. d. definiu uma clara política, adotada pela Coroa portuguesa, de incentivos a novas descobertas, permitindo aos colonos a livre posse das terras (datas) destinadas à mineração, minimizando assim os conflitos decorrentes da cobrança de impostos. e. desestimulou o desenvolvimento da atividade agropastoril nas regiões interioranas, na medida em que a mão-de-obra e os capitais estavam voltados, fundamentalmente, para a extração do minério. 27. UEG 2005 A sede insaciável do ouro estimulou tantos a deixarem suas terras, a meterem-se por caminhos tão ásperos, como são os das minas, que dificilmente se poderá saber do número de pessoas que, atualmente, lá estão. Mais de 30 mil homens se ocupam, uns em catar, outros em mandar catar o ouro nos ribeiros. ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil, 1711. Belo Horizonte; São Paulo: Itatiaia; Edusp, 1982. p.167. O padre André João Antonil foi um dos mais argutos observadores do mundo colonial. Seu olhar percebia, em detalhes, o processo de produção de riquezas tanto no engenho quanto na atividade mineradora. O ouro transformou em profundidade a vida na colônia, pois a. rompeu com a mediação da metrópole portuguesa no comércio com o continente europeu. A acumulação de metais permitiu aos colonos entabularem negociações diretas com os ingleses para a compra de escravos africanos. b. deslocou para as minas um enorme contingente de homens livres pobres e indígenas, os quais substituíram os negros na busca do metal precioso, constituindo uma sociedade marcada por intensa mobilidade social. c. causou intenso movimento populacional, cujo impacto fez-se sentir tanto no interior da colônia quanto na metrópole, obrigando o rei português a adotar medidas para conter o fluxo migratório para o Brasil. d. definiu uma clara política, adotada pela Coroa portuguesa, de incentivos a novas descobertas, permitindo aos colonos a livre posse das terras (datas) destinadas à mineração,minimizando assim os conflitos decorrentes da cobrança de impostos. e. desestimulou o desenvolvimento da atividade agropastoril nas regiões interioranas, na medida em que a mão-de-obra e os capitais estavam voltados, fundamentalmente, para a extração do minério. 28. UNIMONTES 2015 Analise as afirmativas abaixo acerca da cobrança de impostos na região das Minas ao longo do século XVIII, marcando-as com C (correta) ou I (incorreta). ( ) De uma maneira geral, houve dois sistemas básicos de cobrança de impostos na região das Minas: o do quinto e o da capitação. ( ) O quinto consistia na determinação de que a quinta parte de todos os metais extraídos devia pertencer ao rei. O tributo era deduzido do ouro em pó ou em pepitas levadas às casas de fundição. ( ) A capitação foi lançada pela coroa para complementar o quinto e consistia em um imposto cobrado por cabeça diretamente aos escravos que eram obrigados a arcar com os custos do tributo. ( ) A capitação não incidia sobre a população livre mineradora e também não era cobrada sobre os estabelecimentos comerciais. A sequência CORRETA é: a. C, C, I, I. b. I, I, C, C. c. C, I, C, I. d. I, C, I. C. 29. UECE 2010 Desde que os portugueses encontraram o ouro no Brasil, tanto o escoamento da produção colonial quanto o abastecimento das regiões produtoras foram feitos no lombo de animais de carga. SUPRINYAK, Carlos Eduardo. Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 5, n. 52, p 76/77. Com relação ao tema do fragmento acima, analise as afirmações a seguir. I. O comércio de animais de carga gerou imensa prosperidade para aqueles que lidavam com essa atividade, pois os animais que circulavam pelos caminhos das tropas significavam, eles mesmos, intensa atividade econômica. II. Entre os séculos XVIII e XIX, essa atividade comercial, apesar de ter sido alvo de pesados impostos, fortaleceu a economia das regiões Sul e Centro-Sul do Brasil (hoje Sudeste). III. Estes animais viabilizavam o transporte das riquezas no interior da Colônia e não constituíam-se em fonte rentável, posto que tinham longas distâncias a percorrer e morriam facilmente. É correto o que se afirma em a. I, II e III. b. I e II, apenas. c. II e III, apenas. d. I, apenas. 30. PUC-MG A descoberta de ouro em Minas Gerais intensificou a ocupação do interior e as formações urbanas. Sobre os impactos do aumento populacional na região das minas, todas as afirmativas abaixo são corretas, EXCETO: a. O aumento da segmentação alterou a composição social tornando-a mais complexa e mais flexível, mas ainda com características excludentes. b. A presença maciça de escravos levou a uma segregação evidente, confirmada pela demarcação de espaços para negros e para brancos. c. A fiscalização da Coroa tornou-se mais rígida, o que levou a conflitos com a população que vivia nas minas e gerou inúmeros motins. d. O medo de que o ouro se esvaísse ou de que se perdesse o controle na região fez com que a Coroa limitasse a entrada de pessoas nas minas. GABARITO: 1) e, 2) c, 3) a, 4) d, 5) e, 6) a, 7) c, 8) c, 9) a, 10) c, 11) c, 12) b, 13) b, 14) c, 15) a, 16) a, 17) d, 18) b, 19) c, 20) b, 21) a, 22) d, 23) a, 24) a, 25) a, 26) c, 27) c, 28) a, 29) b, 30) b,
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