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Pincel Atômico - 02/01/2024 21:28:19 1/4 MARISTELA CRISTINA OLIVEIRA FRANCO E CASTRO Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 6 (16382) Atividade finalizada em 31/08/2023 21:49:16 (1075956 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: HISTÓRIA DO BRASIL COLONIAL E IMPERIAL [837665] - Avaliação com 6 questões, com o peso total de 1,67 pontos [capítulos - 3] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-FEV2022 - SGegu0A010423 [88279] Aluno(a): 91447814 - MARISTELA CRISTINA OLIVEIRA FRANCO E CASTRO - Respondeu 4 questões corretas, obtendo um total de 1,11 pontos como nota [354509_445 04] Questão 001 O que foi o Quilombo de Palmares? Foi uma importante fazenda produtora de açúcar na região do atual estado de Alagoas Foi um local de fuga de escravos, liderado por Palmares, próximo ao Recôncavo Baiano Foi um movimento de escravos a favor da abolição, que surgiu no período colonial X Foi o maior quilombo do período colonial, que existiu na região do atual estado de Alagoas. Foi um local fundado por escravos na Bahia no qual os filhos dos cativos nasciam livres [354509_445 96] Questão 002 (ENADE 2014) Tratado Proposto a Manuel da Silva Ferreira pelos seus escravos durante o tempo em que se conservaram levantados (c.1789) “Meu senhor, nós queremos paz e não queremos guerra; se meu senhor também quiser nossa paz há de ser nessa conformidade, se quiser estar pelo que nós quisermos saber. (...) Para o seu sustento tenha lancha de pescaria ou canoas do alto, e quando quiser comer mariscos mande os seus pretos Minas. (...) Os atuais feitores não os queremos, faça eleição de outros com nossa aprovação. (...) A estar por todos artigos acima, e conceder-nos estar sempre de posse da ferramenta, estamos prontos para o servirmos como dantes, porque não queremos seguir os maus costumes dos mais Engenhos. Podemos brincar, folgar, e cantar em todos os tempos que quisermos sem que nos impeça e nem seja preciso licença.” REIS, J. J.; SILVA, E. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 1989, p. 123. A importância da utilização da fonte documental acima apresentada relaciona-se, sobretudo, ao seu potencial de problematização histórica. Nesse sentido, assinale a alternativa que qualifica o referido documento e o relaciona diretamente ao seu valor historiográfico. O conteúdo da fonte abre caminhos analíticos para a revisão de conceitos como o de resistência negra escrava. O documento nega as relações conflituosas entre senhores e escravos, ao demonstrar que os cativos tinham condições plenas de argumentarem em favor de suas próprias causas. Os detalhes da narrativa revelam o exotismo e as peculiaridades da vida do negro escravo no ambiente citadino e rural. X A narrativa evidencia o grau de instrução dos escravos, que emitiam documentos para registrar a luta pelos seus direitos. Pincel Atômico - 02/01/2024 21:28:19 2/4 O texto é indicativo de um levante isolado, com características chantagistas, em um contexto de escravidão. [354509_446 01] Questão 003 (ENADE 2014) Mapa das rotas atlânticas entre África e Brasil XVI a XVIII ALENCASTRO, L. F. O trato dos viventes. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 250. O Brasil é um país extraordinariamente africanizado. E só a quem não conhece a África pode escapar o quanto há de africano nos gestos, nas maneiras de ser e de viver e no sentimento estético do brasileiro. Por sua vez, em toda a outra costa atlântica podem-se facilmente reconhecer os brasileirismos. SILVA, A. C. O Brasil, a África e o Atlântico no século XIX. Estudos Avançados. 1994, p. 39-40. Considerando o diálogo atlântico estabelecido entre europeus, africanos e brasileiros entre os séculos XVI e XVIII, referido no mapa e no fragmento do texto, avalie as afirmações a seguir. I. Os portugueses, pioneiros nas expedições de exploração da costa atlântica africana, desde o início estavam interessados no comércio de escravos, que seriam vendidos, inicialmente, na Europa e depois nas ilhas atlânticas, no Caribe e na América Espanhola. II. A multiplicação das rotas comerciais transatlânticas estabelecidas pelos europeus ao longo dos séculos XVI e XVIII, conforme observado no mapa, favoreceu o crescimento de cidades do interior africano, visto que muitos povos buscavam nessa região, refúgio diante das capturas ou do aprisionamento por guerra para o comércio de escravos. III. Os intercâmbios produzidos pelo comércio atlântico promoveram a mútua influencia entre Brasil e África, como pode ser comprovado pelos laços estabelecidos entre comerciantes baianos e africanos da Costa da Mina, em virtude do interesse desses últimos no tabaco produzido na Bahia. IV. O aumento da produção açucareira no século XVII desencadeou uma demanda considerável por escravos que, nesse período, foram fornecidos pelos portos da Costa da Mina e de Angola, estreitando ainda mais as relações desses com Salvador e o Rio de Janeiro. É correto apenas o que se afirma em I e III. I. II e IV. Pincel Atômico - 02/01/2024 21:28:19 3/4 X III e IV. II. [354509_445 05] Questão 004 O que são “remanescentes das comunidades dos quilombos”, termo utilizado na Constituição Brasileira? São restos arqueológicos dos quilombos do período colonial, protegidos pela Constituição. X São povoados constituídos por famílias descendentes dos moradores dos quilombos fundados durante o período escravocrata no Brasil. São comunidades que vivem de maneira semelhante aos quilombos do século XVII. São cidades que guardam museus referentes aos quilombos que existiam próximos àquelas localidades na época colonial. São povoados indígenas que lutam para terem os mesmos direitos que a população branca do Brasil. [354510_446 06] Questão 005 (ENADE 2005) Desde o século XVI, as Bandeiras marcaram o período colonial brasileiro. Partiam da Capitania de São Vicente, mais especialmente de Porto Feliz, às margens do rio Tietê, rumo ao interior desconhecido pelos portugueses. Além da prospecção de metais preciosos, as Bandeiras tinha como objetivo central a organização da exploração da pecuária nos pampas. a contenção do expansionismo espanhol na região platina. a preação de indígenas para o trabalho compulsório. o início da extração do látex na Amazônia. X o desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar pelas capitanias. [354510_446 08] Questão 006 ''A escravidão mercantil africana do período moderno é um sistema que se enraizou cruelmente na história brasileira, e que guarda marcas profundas no nosso cotidiano. O país não só foi o último a abolir essa forma perversa de mão de obra nas Américas, como aquele que mais recebeu africanos saídos de seu continente de maneira compulsória, além de ter contado com escravos em todo o território. Com as primeiras levas chegando em 1550 e as últimas na década de 1860, já que existem registros de envio ilegal de africanos entre 1858 e 1862, estima-se que 4,8 milhões de africanos tenham desembarcado no Brasil. Tais dados fizeram do Brasil colonial e pós-colonial uma sociedade mestiçada mas também profundamente marcada pela presença africana. (...) A escravidão – indígena e africana – esteve presente, de modo combinado e diverso, em várias partes do Brasil, e apresentou diferentes feições econômicas, culturais e demográficas”. SCHWARCZ, Lilia Moritz. GOMES, Flávio dos Santos (orgs.) Dicionário da escravidão e liberdade. 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. Atualmente é possível encontrar em certos livros revisionistas uma tentativa de transferir para os próprios africanos as mazelas decorridas do tráfico de escravos. Esses autores argumentam que a escravidão já existia na África e que os africanos escravizados eram vendidos pela própria população daquela região. Qual o principal problema desse argumento segundo os especialistas sobre o tema? O argumento presentenesses livros induz ao erro por afirmar que a escravidão já existia no continente africano, o que não é correto. Em diferentes partes da África era possível encontrar a servidão por dívida, que poderia ser paga com o trabalho e esse servo, dispensado dos serviços, o que é uma modalidade diferente da escravidão imposta pelos portugueses. Pincel Atômico - 02/01/2024 21:28:19 4/4 O principal problema desse argumento é que ele não trata do envolvimento das outras potências europeias como Espanha, França e Holanda no tráfico negreiro, relacionando apenas os portugueses como responsáveis por todo o comércio atlântico de africanos escravizados. Esses livros revisionistas buscam diminuir a agência dos próprios africanos dentro da estrutura escravocrata montada pelos europeus, o que nos dias de hoje é um desserviço e vai de encontro aos movimentos negros que buscam discutir a herança deixada pela escravidão na sociedade brasileira atual. X O problema central desses argumentos é igualar o impacto da escravidão que servia ao tráfico negreiro à escravidão comumente encontrada nas sociedades africanas em tempos anteriores. O tráfico Atlântico modificou a estrutura social e introduziu a ideia do escravo enquanto “mercadoria”, que não existia nos costumes daquelas sociedades. Os livros revisionistas que trazem esse argumento não levam em conta o passado de luta das sociedades africanas contra a escravidão em seus territórios. Isso deve ser pensado quando se discute a participação dos próprios africanos no comércio de escravos pois essa informação está distorcida.
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