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MORA

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TEORIA DAS OBRIGAÇÕES - MORA 
 
 Art. 394 a 401 do CC. 
 
Considera-se em mora o devedor que não 
efetuar o pagamento e o credor que não quiser 
recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a 
convenção estabelecer” (art. 394). 
 
 Só se caracteriza quando existe uma culpa. 
 
A mora não só quando ocorre retardamento, 
atraso, demora no cumprimento da obrigação, 
mas também quando este se dá na data 
prevista, mas em lugar ou forma diversa da 
estipulada. 
 
o DIFERENÇA ENTRE MORA E 
INADIMPLEMENTO ABSOLUTO: 
 
A mora é quando a obrigação não foi cumprida 
no tempo, lugar ou forma convencionados, mas 
ainda poderá sê-lo, com proveito para o credor. 
 
O inadimplemento absoluto é quando, em razão 
do atraso ou do cumprimento imperfeito, a 
prestação não mais poderá ser feita, ou quando 
se tornar inútil ao credor. 
 
o ESPÉCIES DE MORA: 
 
− Mora do devedor: ocorre quando o 
devedor deixa de cumprir sua obrigação, 
no tempo, modo ou lugar devidos. 
 
− Mora do credor: É quando o credor se 
recusa a receber o pagamento no tempo, 
modo e lugar convencionados. 
 
− Mora ex re: O credor não precisa tomar 
nenhuma medida para constituir o 
devedor em mora, ela ocorre por força de 
lei, pelo simples vencimento da dívida ou 
da prática de ato ilícito (art. 397 - constitui de 
pleno direito em mora o devedor; e 398 - Nas 
obrigações provenientes de ato ilícito, considera-
se o devedor em mora, desde que o praticou). 
 
− Mora ex persona: a caracterização da 
mor depende de uma providência a ser 
tomada pelo credor, interpelando o 
devedor, ou o citando para se defender 
em uma ação. 
 
o EFEITOS DA MORA DO DEVEOR: 
 
− Responsabilidade por perdas e danos: 
Art. 395 – nesse caso, o devedor responde 
pelos prejuízos a que a sua mora der causa (+ 
juros + atualização monetária + honor. Advoc.). 
 
− Conversão em inadimplemento: art. 
395, par. Único – caso a prestação que está em 
mora, se tornar inútil ao credor, este poderá 
rejeitá-la e exigir a satisfação das perdas e 
danos. 
 
− Perpetuatio obligationis: art. 399 – o 
devedor em mora responde pela 
impossibilidade da prestação, embora essa 
impossibilidade resulte de caso fortuito ou de 
força maior, se estes ocorrerem durante o 
atraso. *salvo se provar isenção de culpa, ou 
que o dano sobreviveria ainda quando a 
obrigação fosse oportunamente 
desempenhada. 
 
o EFEITOS DA MORA DO CREDOR: 
 
• Art. 400 – a mora do credor subtrai o 
devedor isento de dolo a responsabilidade pela 
conservação da coisa, obriga o credor a 
ressarcir as despesas empregadas em 
conservá-la, e o sujeita a recebê-la pela 
estimação mais favorável ao credor, se o valor 
oscilar entre o dia estabelecido para o 
pagamento e o de sua efetivação. 
 
 Liberação do devedor quanto ao ônus da 
conservação (em termos); 
 Ressarcimento das despesas com a 
conservação; 
 Receber a coisa pelo valor mais 
favorável ao devedor, caso venha a oscilar; 
 Possibilidade de consignação; 
 
o PURGAÇÃO DA MORA: 
 
É neutralizar seus efeitos. 
 
Aquele que nela incidiu sana sua falta, 
cumprindo a obrigação já descumprida, 
ressarcindo os prejuízos causados à outra 
parte. Mas a purgação só poderá ocorrer se a 
prestação ainda for proveitosa ao credor. 
 
− Por parte do devedor: oferecendo a 
prestação mais a importância dos 
prejuízos decorrentes do dia da oferta; 
 
− Por parte do credor: se oferece esta a 
receber o pagamento, se sujeitando aos 
efeitos da mora até a mesma data;

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