Aula 03 AFRFB 2009 DIREITO PREVIDENCIARIO EM EXERCÍCIOS

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Aula 3: Empresa, Equiparados a Empresa e Empregador 
Doméstico – Conceito Previdenciário 
1 – Considerando-se o conceito de “empresa” estabelecido pela 
Legislação Previdenciária, assinale a alternativa correta: 
a) O conceito previdenciário de empresa se confunde com o conceito de 
empresa adotado pelo Direito Empresarial, estabelecido no art. 966 do Código 
Civil. 
 
b) No conceito previdenciário de empresa inclui-se apenas o empresário 
individual e a sociedade empresária com fins lucrativos que possua 
personalidade jurídica. 
c) Para fins previdenciários, considera-se empresa somente a sociedade, não 
estando incluídas as associações, as cooperativas e os órgãos da 
Administração Pública Direta. 
d) No conceito previdenciário de empresa inclui-se o empresário individual, a 
sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com 
fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da administração 
pública direta, indireta e fundacional. 
 
e) Considera-se empresa, para fins previdenciários, toda e qualquer pessoa 
física ou jurídica que contrate um ou mais segurados a seu serviço. 
Gabarito Comentado: 
A resposta correta é a opção “d”, com base no art. 15 da Lei 8.212/91 e no art. 
12 do RPS. O legislador, ao estabelecer o conceito de empresa para fins 
previdenciários, buscou evitar a elisão ao pagamento da contribuição 
previdenciária em decorrência de aspectos meramente formais. O conceito de 
empresa, para fins previdenciários, tem perfil próprio e denota a autonomia 
didática do direito previdenciário. 
A amplitude do conceito de “empresa” para fins previdenciários leva em 
consideração o fato de que o trabalhador é o beneficiário direto do sistema 
protetivo e a empresa, que o remunera, é a beneficiária indireta, uma vez que 
não terá a obrigação de remunerar seu contratado nos períodos em que este 
esteja afastado por inatividade (vale dizer, em gozo de benefício). 
Pode-se dizer que o aspecto fundamental para qualificar o sujeito passivo da 
contribuição previdenciária é a utilização de mão-de-obra remunerada para a 
execução de uma dada atividade, mesmo que seja esta não-econômica. 
Portanto, a finalidade lucrativa é irrelevante para configurar uma empresa em 
âmbito previdenciário. 
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Até mesmo a pessoa física, no exercício de alguma atividade remunerada, que 
vier a contratar e remunerar outra para auxiliá-la, estará incluída no conceito 
amplo de empresa, nesse caso particular como equiparado a empresa. 
A opção “a” é incorreta, pois o conceito previdenciário de empresa é distinto do 
adotado pelo direito empresarial, que adotou o perfil objetivo para classificar a 
empresa e/ou empresário, isto é, a empresa como sendo o objeto do direito e a 
sociedade, seu sujeito: 
“art. 966 – Código Civil: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”. 
Para fins previdenciários o legislador adotou o perfil subjetivo de empresa, para 
o qual, tanto a pessoa jurídica como a pessoa física que organize a produção 
ou circulação de bens será identificada com a própria empresa. 
A opção “b”, pelo exposto, também é incorreta, e a finalidade de lucro não é 
relevante para caracterizar uma empresa perante a previdência social. A 
própria redação do inciso I, do art. 15, da Lei 8.212/91 destaca a expressão 
“com fins lucrativos ou não“. 
A opção “c” é incorreta porque restringe o conceito à sociedade e excluiu, 
erroneamente, os órgãos públicos, as associações e as cooperativas, estas 
duas últimas qualificadas pelo legislador como equiparados a empresa. 
Mesmos os órgãos da Administração Pública, que em essência não possuem 
personalidade jurídica, serão caracterizados como empresa e, realizando a 
contratação de mão-de-obra, que se qualifique como segurado do RGPS, ou 
contratem cooperativa de trabalho a seu serviço, estarão obrigados ao 
cumprimento das obrigações previdenciárias como as demais empresas 
(recolhimento, de contribuições previdenciárias, elaboração e entrega de GFIP, 
etc). 
Por fim, a opção “e” é incorreta porque ampliou demasiadamente o conceito. O 
empregador doméstico, por exemplo, é uma pessoa física que contrata 
segurado a seu serviço e não se caracteriza como empresa, mas sim, apenas, 
como empregador doméstico. Um candidato a um cargo eletivo (como 
vereador, deputado, etc) que contrate uma pessoa física para distribuir 
panfletos de sua propaganda política, não será equiparado a empresa, pois 
para que isso ocorresse, teria que se configurar, preliminarmente, como 
segurado CI (o que não acontece, pois o mero candidato a cargo eletivo não 
exerce atividade remunerada), muito embora a pessoa física contratada seja 
segurado obrigatório, por estar exercendo atividade remunerada. 
 
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2 – Com base nos conceitos de empresa e de empregador doméstico, 
constantes na legislação previdenciária, é correto afirmar: 
a) O empregador doméstico inclui-se no conceito de empresa, uma vez que 
contrata segurado empregado doméstico para prestar-lhe serviço e está sujeito 
a todas as obrigações impostas às empresas em geral. 
b) O profissional liberal que contrate, mediante remuneração, ainda que em 
caráter eventual, pessoa física a seu serviço, será um equiparado a empresa. 
c) O segurado contribuinte individual que contratar uma pessoa física a seu 
serviço só será equiparado a empresa se a contratação for com vínculo 
empregatício. 
d) As cooperativas só se caracterizam como equiparadas a empresa em 
relação às pessoas físicas que contratem como empregados ou autônomos, 
não ocorrendo a equiparação em relação aos seus cooperados. 
e) Uma prefeitura municipal que contrate e remunere segurado vinculado ao 
RGPS só estará caracterizada como empresa, para fins previdenciários, no 
caso de contratar pessoa física para exercer cargo em comissão. 
Gabarito Comentado: 
O gabarito da questão é a letra “b”. 
Um profissional liberal, por exercer atividade remunerada por conta própria, se 
configura como segurado contribuinte individual do RGPS. Sendo um CI, ao 
contratar pessoa física a seu serviço, ficará também caracterizado como 
equiparado a empresa (art. 15, parágrafo único, Lei 8.212/91). Portanto, 
conforme descrito no citado dispositivo legal, equipara-se a empresa “o 
contribuinte individual que contrata segurado a seu serviço”. 
É importante destacar a expressão “contrata segurado a seu serviço” para 
alertar que o legislador não restringiu a equiparação do CI aos casos de 
contratação apenas de segurado empregado. Dizemos isso, porque, na prática, 
os médicos, dentistas, advogados e demais pessoas físicas contratantes de 
mão-de-obra não têm dificuldade de reconhecer a hipótese de equiparação 
quando eles contratam um ou mais empregados. No entanto, se esses 
profissionais (ou outro CI) vierem a contratar segurado contribuinte individual, 
também estarão caracterizados como equiparado a empresa, assumindo a 
quase totalidade das obrigações legais aplicáveis às empresas em geral. 
Ao dizer que o CI que contrate outro segurado a seu serviço é equiparado a 
empresa, se está afirmando que ele reúne em si as condições de segurado CI, 
em relação aos seus serviços prestados a terceiros, e ao mesmo tempo, é 
equiparado a empresa em relação aos segurados que ele contrate. 
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Para exemplificar, imaginemos um prestador de serviço de frete e transporte de 
cargas que trabalha por conta própria fazendo mudanças. Ao prestar seus 
serviços a pessoas físicas e/ou jurídicas se qualifica como segurado obrigatório 
do RGPS na condição de CI. Entretanto, se ele vier a contratar um ou mais 
ajudantes para lhe atuarem na realização dos serviços, ficará caracterizado, 
também, como um equiparado a empresa. Nesse caso, deverá obter, junto à 
Receita Federal do Brasil, uma matrícula CEI (Cadastro Específico do INSS) 
como empregador (equiparado a empresa). Essa matrícula CEI será utilizada 
para recolhimento das contribuições patronais (devidas como equiparado) e 
das contribuições dos seus empregados. 
É importante ressaltar que as contribuições recolhidas no CEI não excluem o 
recolhimento das contribuições próprias como segurado CI, a serem efetuadas 
na inscrição como CI. 
Sendo um equiparado a empresa, será obrigado a efetuar o recolhimento da 
contribuição patronal incidente sobre a remuneração de seus empregados e 
demais pessoas físicas contratadas e elaborar e entregar GFIP como as 
informações dos mesmos (remuneração, categoria, etc). 
A letra “a” é incorreta porque o empregador doméstico não é empresa nem 
tampouco equiparado a empresa. 
A letra “c” é incorreta com base no que foi exposto acima sobre o CI 
equiparado. 
A letra “d” está incorreta porque a cooperativa é equiparada a empresa 
independentemente da espécie de segurado que contrate. 
E a opção “e” está incorreta porque as prefeituras municipais são órgãos 
públicos da Administração Pública Direta municipal e, por isso, equiparados a 
empresas, assim como os demais órgãos nas esferas federal e estadual, na 
forma definida pelo art. 15, parágrafo único, da Lei 8.212/91 (ou no art. 12, 
parágrafo único, do RPS). 
 
3 – Acerca do conceito legal de “empregador doméstico” é correto 
afirmar: 
a) O empregador doméstico, embora possua algumas peculiaridades, é 
considerado como empresa para fins previdenciários. 
b) O empregador doméstico se configura, de acordo com a legislação 
previdenciária, como equiparado a empresa. 
c) Considera-se empregador doméstico a pessoa ou família que admite 
empregado doméstico a seu serviço, em atividade sem fins lucrativos. 
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d) Pelo fato de contratar segurado empregado doméstico, o empregador 
doméstico se configura como segurado contribuinte individual. 
e) O empregador doméstico deve estar inscrito na Previdência Social, pois 
além de empregador é, também, segurado obrigatório do RGPS. 
Gabarito Comentado: 
O gabarito da questão é a letra “c”. É o que dispõe o art. 12, inciso II, do RPS. 
A característica principal que identifica um segurado empregado doméstico é o 
fato prestar serviço em âmbito familiar em atividade sem finalidade de lucro. 
Por conseguinte, empregador doméstico é aquele que contrata o segurado 
empregado doméstico a seu serviço. 
As opções “a” e “b” são incorretas porque o empregador doméstico, ainda que 
seja empregador, não é considerado como sendo empresa nem tampouco 
como equiparado a empresa, conceito já explicado nas questões anteriores. 
Aliás, a razão da distinção ocorre porque o empregador doméstico possui 
forma de participação no custeio distinta das empresas e não está sujeito às 
mesmas obrigações atribuídas às empresas, como por exemplo, não está 
obrigado, em regra, a entregar GFIP mensalmente, pois tal obrigação só lhe é 
exigível no caso em que optar pelo depósito do FGTS em favor de seu 
empregado doméstico, não está obrigado à apresentação de Certidão Negativa 
de Débito para realizar determinados atos e não está sujeito a escriturar livros 
contábeis. 
A letra “d” é incorreta porque o fato de contratar empregado doméstico não faz 
com que o empregador doméstico seja um CI. É importante lembrar que o 
exercício de atividade remunerada é que resulta na filiação da pessoa física 
como segurado do RGPS e não o fato de contratar outra pessoa a seu serviço. 
A opção “e” é incorreta pelo motivo exposto para a opção anterior. O 
empregador doméstico não se torna segurado pelo fato de contratar 
empregado doméstico. Logo, não precisa estar inscrito na Previdência Social 
pois não é segurado do RGPS. A sua contribuição (12%) assim como a 
descontada de seu empregado doméstico (8, 9 ou 11%) devem ser recolhidas 
em favor do número de inscrição do empregado doméstico (NIT – Número de 
Inscrição do Trabalhador). 
No caso em o empregador doméstico opte por efetuar depósito do FGTS 
mensal em favor de seu empregado é que deverá obter uma matrícula CEI (de 
empregador doméstico) para indicá-la no campo próprio da GFIP (Guia de 
Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social). 
A dona-de-casa, por exemplo, por não exercer atividade remunerada, não se 
configura como segurada obrigatória do RGPS, podendo ser segurada 
facultativa, se desejar. 
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Mas a contribuição do empregador doméstico tem por objetivo exclusivo o 
custeio das prestações previdenciárias em favor de seu empregado doméstico, 
não existindo qualquer ligação com a sua possível situação como segurado 
facultativo. 
4 – Equipara-se a empresa, de acordo com a Legislação Previdenciária, 
exceto: 
a) O proprietário ou dono de obra de construção civil em relação a segurado da 
empresa construtora que lhe presta serviço. 
b) A cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou 
finalidade. 
c) A missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeira. 
d) O operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra de que trata a Lei 
8.630/93. 
e) O contribuinte individual, em relação a segurado que lhe presta serviço. 
Gabarito comentado: 
A opção incorreta é a letra “a”, sendo o gabarito da questão. De acordo com o 
art. 12, parágrafo único, inciso IV, do RPS o equiparado a empresa é o 
proprietário ou dono de obra de construção civil (pessoa física) em relação ao 
segurado por ele diretamente contratado, para executar a obra e não o 
segurado da empresa construtora. Se a obra de construção civil, cujo 
responsável seja uma pessoa física, for executada por uma construtora, sem 
que ocorra contratação de mão-de-obra diretamente pela pessoa física 
(proprietário ou dono-da-obra) esta não se configurará como equiparado a 
empresa. 
As demais opções estão corretas, pois todas citam entidades definidas como 
equiparados a empresa nos incisos do parágrafo único do art. 12 do RPS. 
As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica 
próprias, constituídas no interesse de seus associados. Para fins 
previdenciários, as cooperativas, tal como as associações, são equiparadas a 
empresa e, portanto, se sujeitam ao recolhimento das contribuições 
previdenciárias e a algumas outras obrigações impostas às demais empresas. 
O fato de não possuírem finalidade lucrativa não descaracteriza seu 
enquadramento previdenciário. 
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5 – Com base no que dispõem a Lei 8.212/91, que instituiu o Plano de 
Custeio da Seguridade Social, e o Regulamento da Previdência Social, é 
possível afirmar que se enquadre no conceito previdenciário de empresa 
ou equiparado a empresa, exceto: 
a) Antônio, advogado especializado em causas trabalhistas, que trabalha por 
conta própria, e contratou uma secretária para auxiliá-lo no controle dos 
horários de suas audiências. 
b) Jonas é proprietário de uma Van e realiza transporte de passageiros da 
Zona Sul ao Centro do RJ, ida e volta, contratou João para cobrar as 
passagense ajudar na entrada e saída dos clientes no veículo. 
c) Silvia trabalha em sua residência fazendo bolos, doces e salgados para 
festas. Para ajudá-la, contratou Maria, que inclusive atende telefone e agenda 
a entrega dos produtos em hora e local pré-determinados. 
d) a sociedade “Projetos de Engenharia Elétrica Ltda”, constituída por 3 sócios, 
com apenas 2 deles sendo sócios administradores. 
e) Carlos, desejando construir sua casa própria, contrata a Construtora 
Quantum Edificante S/A, que coloca 1 engenheiro, 2 pedreiros e 1 servente 
para execução da obra de construção civil. 
Gabarito comentado: 
A resposta da questão é a letra “e”, haja vista que Carlos é apenas contratante 
de uma pessoa jurídica (a Construtora Quantum Edificante S/A), que irá 
executar a obra. Não tendo contratado diretamente os segurados da obra, não 
é equiparado a empresa, nem tampouco empresa. 
Na letra “a”, Antônio se configura como equiparado a empresa, conforme 
estabelece o art. 12, parágrafo único, inciso I, do RPS, pois sendo um 
prestador de serviço por conta própria é segurado obrigatório como CI. Ao 
contratar a secretária (que se configura como segurada empregada), passa a 
se enquadrar, também, como equiparado a empresa, ficando obrigado a 
recolher as contribuições patronais previdenciárias, juntamente com a 
contribuição a ser descontada de sua empregada, e a declarar em GFIP essas 
informações, mensalmente. 
A letra “b” descreve situação semelhante, pois Jonas é segurado obrigatório 
como CI e, por ter contratado o ajudante, fica também como equiparado a 
empresa. 
Na letra “c”, Silvia, por exercer atividade remunerada, é segurada obrigatória 
filiada ao RGPS como CI. Ao contrário do que possa parecer, Maria não é 
empregada doméstica mas sim segurada empregada, pois o fato de prestar 
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serviço na residência de Silvia, em atividade com fins lucrativos, impede sua 
caracterização como empregada doméstica. 
A letra “d” não deixa dúvidas, pois se trata de uma pessoa jurídica e, portanto, 
caracterizada como “empresa” para fins previdenciários. É irrelevante a 
questão de um dos sócios não possuir poder de gestão na sociedade. 
6 – Com base nas definições de empresa e equiparados contidas na 
Legislação Previdenciária, avalie as afirmativas a seguir e escolha a 
correta: 
a) A Secretaria Municipal de Transportes do Município XY não se enquadra no 
conceito de empresa para fins previdenciários, não estando, portanto, sujeita 
às obrigações impostas pela legislação. 
b) Um produtor rural pessoa física, que contrate segurado para prestar-lhe 
serviços em sua lavoura, não estará configurado como equiparado a empresa, 
já que nem mesmo é segurado obrigatório do RGPS. 
c) Os Sindicatos de Empregados de Edifícios Residenciais e Comerciais não 
são considerados como empresa para fins previdenciários. 
d) A Associação dos Moradores de determinado bairro, legitimamente 
constituída, não é considerada empresa, para fins previdenciários, não estando 
sujeita às obrigações impostas pela legislação. 
e) O Condomínio do Edifício Irmãos Unidos configura-se como equiparado a 
empresa para fins previdenciários e, por isso, está sujeito às obrigações 
estabelecidas na legislação em relação aos seus empregados e demais 
segurados que vier a contratar para realização de serviços. 
Gabarito comentado: 
A resposta da questão é a letra “e”. 
Os condomínios residenciais ou comerciais têm natureza jurídica de 
associações e, dessa maneira, equiparados a empresa com base no disposto 
no art. 12, parágrafo único, inciso II, do RPS. 
A letra “a” está incorreta, pois as Secretarias Municipais de Transportes dos 
municípios da Federação são órgãos da administração pública municipal e, 
portanto, empresa para fins previdenciários. 
A opção “b” possui 2 incorreções. Em primeiro lugar, o produtor rural pessoa 
física é segurado CI. Ao contratar empregado para prestar-lhe serviço, se 
configura também como equiparado a empresa (art. 12, parágrafo único, inciso 
I, RPS). 
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A letra “c” é também incorreta porque os sindicatos têm natureza jurídica de 
associação, sendo equiparados a empresa, conforme estabelecido no art. 15, 
parágrafo único, da Lei 8.212/91 (e no art. 12, parágrafo único, inciso II, do 
RPS). 
Por fim, a letra “d” é incorreta pelo mesmo fundamento da opção “c”. 
7 – Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja 
verdadeiro ou falso. Em seguida, marque a opção que contenha a exata 
seqüência. 
( ) Um candidato a cargo eletivo se configura como segurado obrigatório do 
RGPS na condição de contribuinte individual e como equiparado a empresa, 
em relação às pessoas que contratar para lhe prestarem serviços nos períodos 
de eleição. 
( ) Uma Entidade Beneficente de Assistência Social, isenta de contribuições 
previdenciárias, não é considerada empresa, nem equiparada a empresa, para 
fins previdenciários, em face do gozo da isenção. 
( ) As Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista são 
consideradas empresa para fins previdenciários. 
a) F, F, V. 
b) F, F, F. 
c) V, F, F. 
d) V, F, V. 
e) V, V, V. 
Gabarito comentado: 
O primeiro asserto (ou proposição afirmativa) é falso porque o candidato a 
cargo eletivo, apenas por ser um candidato, não está exercendo atividade 
remunerada e, portanto, não é segurado obrigatório do RGPS. Logo, também 
não é equiparado a empresa, pois para que isso ocorresse, ele teria que ser 
um CI. O simples fato de contratar pessoas físicas a seu serviço não lhe 
configura como equiparado a empresa. As pessoas físicas contratadas pelo 
candidato são seguradas CI(s), pois exercem atividade remunerada e ficam 
obrigadas a recolher as suas contribuições previdenciárias (como será 
explicado nas aulas seguintes). 
A segunda afirmativa é falsa, pois o fato de uma entidade beneficente ser 
isenta de contribuições não afasta a sua configuração como equiparada a 
empresa, para fins previdenciários. As EBAS se encaixam no conceito amplo 
estabelecido pelo legislador, quando, no parágrafo único do art. 15 da Lei 
8.212/91, mencionou “a entidade de qualquer natureza ou finalidade”. 
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A terceira afirmativa é verdadeira, pois as empresas públicas, assim como as 
sociedades de economia mista, integram a denominada Administração Pública 
Indireta, do respectivo ente federativo (U, E, DF ou M). 
Portanto, o gabarito é a letra “a”, que apresenta a seqüência correta: F, F e V. 
8 – Avalie cada um dos itens a seguir e assinale V (se for verdadeiro) e F 
(se for falso), e escolha a alternativa com a seqüência correta: 
I - A governanta, o mordomo, o piloto de helicóptero ou qualquer outra pessoa 
física contratada para prestar serviços de natureza contínua, a pessoa ou 
família, em atividade sem fins lucrativos, é segurado empregado doméstico e 
seu contratante é empregador doméstico. 
II - A pessoa física que contrata uma babá para cuidar de seus filhos não se 
configura como empregador doméstico, por não estar exercendo atividade 
remunerada que lhe configure como segurada obrigatória do RGPS como 
contribuinte individual. 
III - O motorista contratado por uma família, ainda que preste serviços 
contínuos aos seus integrantes, não é segurado empregado doméstico do 
RGPS, nem tampouco a pessoa responsável por sua contratação será 
empregador doméstico. 
a) Os itens I e III são falsos. 
b) Os itens II e III são verdadeiros. 
c) Apenas o item III é falso. 
d) Apenas o item I é verdadeiro. 
e) Todos os itens são falsos. 
Gabarito comentado: 
O item I é verdadeiro. A pessoa física contratada para prestar serviço de 
natureza contínua a outrapessoa física ou a uma família, em atividade que não 
tenha finalidade lucrativa, é segurado empregado doméstico, conforme 
conceito disposto no art. 9º, inciso II, do RPS. A pessoa física que contrata 
empregado doméstico é um empregador doméstico, conforme art. 12, inciso II, 
do RPS (empregador doméstico - aquele que admite a seu serviço, mediante 
remuneração, sem finalidade lucrativa, empregado doméstico).. 
O item II é falso, pois conforme dispositivos mencionados, para a 
caracterização de uma pessoa física como empregadora doméstica basta que 
ela contrate uma outra pessoa física que se configure como empregado 
doméstico. Logo, não sendo o empregador doméstico um equiparado a 
empresa, não é exigível que ele (contratante) seja segurado CI para se 
enquadrar como empregador doméstico. 
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O item III é integralmente falso. O motorista contratado por pessoa ou família, 
por tudo que foi exposto acima, é segurado empregado doméstico e o seu 
contratante é empregador doméstico. 
O gabarito da questão é a letra “d”, pois apenas o item I é verdadeiro. 
9 – A respeito do conceito previdenciário de empresa ou de empregador 
doméstico, assinale a assertiva incorreta. 
a) Empresa – o empresário individual ou a sociedade que assume o risco de 
atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos, excluindo-se os 
órgãos e entidades da administração pública direta, indireta ou fundacional. 
b) Empregador doméstico – a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem 
finalidade lucrativa, empregado doméstico. 
c) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei no 8.213/91, o contribuinte 
individual em relação a segurado que lhe presta serviço. 
d) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei no 8.213/91, a cooperativa. 
e) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei no 8.213/91, a associação ou 
entidade de qualquer natureza ou finalidade. 
Gabarito comentado: 
A opção incorreta é a letra “a”, pois com base no que foi exposto nas questões 
anteriores, a finalidade de lucro é irrelevante para configurar a empresa e não 
estão excluídos do conceito os órgãos e as entidades da administração direta, 
indireta ou fundacional. 
As demais opções estão corretas e de acordo com o disposto pela legislação 
previdenciária em vigor. 
10 – Assinale a alternativa correta. 
a) Toda e qualquer pessoa física que contrate uma ou mais pessoas físicas 
para lhe prestar serviço é equiparado a empresa para fins previdenciários. 
b) A empresa que contrate um CI que se configure como equiparado a 
empresa (por ter contratado um segurado a seu serviço) não será devedora de 
contribuição previdenciária em decorrência de estar, na prática, contratando 
com outra empresa. 
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c) O Microempreendedor Individual (MEI), definido pela Lei Complementar 
123/2006, com alterações posteriores, optante pela sistemática do Simples 
Nacional, se vier a contratar um único empregado, com remuneração igual a 
um salário-mínimo ou ao piso salarial da categoria, não perde sua condição de 
MEI e, em relação ao segurado contratado, assume a condição semelhante a 
de um equiparado a empresa. 
d) Um representante comercial autônomo que contrate empregado para auxiliá-
lo nas suas funções será um contribuinte individual mas não assumirá a 
condição de equiparado a empresa. 
e) Um mecânico autônomo de veículos, sem inscrição no INSS, que contrate 
outro(s) segurado(s) para atuar(em) em sua oficina, não é equiparado a 
empresa, pois não está, ainda, em face da falta da inscrição, caracterizado 
como segurado contribuinte individual do RGPS. 
Gabarito comentado: 
A letra “a” é falsa, pois nem toda pessoa física que contrate outra a seu serviço 
assumirá a condição de equiparado a empresa. Se, por exemplo, pegamos um 
táxi particular na rua, estamos contratando o serviço de um transportador 
autônomo (que é um segurado CI) e, nem por isso, somos equiparados a 
empresa. 
Como já explicado nas questões anteriores, para que uma pessoa física 
contratante de mão-de-obra se configure como equiparado a empresa, em 
regra, será necessário, antes de mais nada, que ela se caracterize como CI. 
A letra “b” está incorreta. Uma empresa que contrate um CI, ainda que este 
esteja na situação de equiparado a empresa, ficará sujeita ao recolhimento das 
contribuições previdenciárias decorrentes da contratação de um segurado CI 
(as contribuições serão tratadas em aula específica). Isso se passa porque a 
equiparação do CI a empresa ocorre em relação ao segurado por ele 
contratado. Ou seja, ele continua prestando serviço como pessoa física (sem 
vínculo). Mas, no tocante ao segurado que tenha contratado, terá que cumprir 
obrigações impostas às empresas. 
A letra “c” está correta é o gabarito da questão. O MEI (definido no art. 18-A, 
§1º, da LC 123/06) poderá permanecer enquadrado como tal caso possua um 
único empregado que receba exclusivamente 1 (um) salário mínimo ou o piso 
salarial da categoria profissional, conforme dispõe o art. 18-C da mesma lei 
complementar. O art. 18-C, parágrafo único, incisos I a III, da LC 123/06 
estabelece obrigações atinentes aos equiparados a empresa. 
A letra “d” é incorreta porque o representante comercial autônomo é um CI e, 
ao contratar segurado a seu serviço, assume a condição simultânea de 
equiparado a empresa. 
CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS 
 P/ RECEITA FEDERAL 
PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE 
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Por fim, a letra “e” é incorreta, pois o fato de o mecânico autônomo não possuir 
inscrição no INSS não desconfigura a sua condição legal de segurado 
obrigatório do RGPS, enquadrado como CI. Portanto, caso contrate outros 
segurados a seu serviço, para atuarem na oficina mecânica, assumirá a 
condição de equiparado a empresa, devendo obter uma matrícula CEI junto à 
Receita Federal do Brasil.