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CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 1 www.pontodosconcursos.com.br Aula 4: Competência Tributária 1. Competência Tributária. A competência tributária é o poder conferido à União, aos Estados- membros, ao Distrito Federal e aos Municípios de instituir tributos por meio do processo legislativo discriminado nas normas constitucionais. Sendo assim, decorre do princípio federativo, que somente as pessoas que detêm poder de legislar possuem competência tributária ou, em outros termos, “poder de tributar”. Portanto, as pessoas dotadas de poder de legislar a respeito da criação ou instituição dos tributos são os entes federativos ou as pessoas políticas, isto é, a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios. Neste sentido, devemos entender que a CF/88 não institui os tributos, mas sim outorga a competência tributária para os entes federativos criarem os tributos e descreve de que forma esta competência pode ser exigida. Por outro lado, ressaltamos que a competência legislativa é o gênero do qual se origina a competência tributária, que é uma espécie de competência legislativa para a criação de tributos. Decerto, tanto a competência legislativa como a competência tributária estão previstas no texto constitucional. A competência legislativa classifica-se como exclusiva, privativa, concorrente, suplementar, local e residual. A competência legislativa exclusiva ocorre quando atribuída a apenas um ente da federação, com a exclusão de todos os demais (art. 21). Como exemplo, é competência legislativa exclusiva do Congresso Nacional de resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional, conforme o art. 49, I, da CF/88. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 2 www.pontodosconcursos.com.br Lembre que o Poder Legislativo federal é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A competência legislativa privativa acontece quando enumerada como própria de uma entidade (União, no caso brasileiro), com possibilidade, ao contrário da competência exclusiva, de delegação ou suplementariedade, conforme previsto no art. 22 da CF/88. Deste modo, a União é competente privativamente para legislar sobre desapropriação (art. 22, II), podendo a lei complementar autorizar os Estados e o Distrito federal a legislar sobre questões específicas relacionadas a este tema. A competência legislativa concorrente é aquela que pode ser exercida por mais de uma pessoa política. A Constituição Federal estabelece, por exemplo, que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário (art. 24, I) Neste caso, é fundamental deixar claro que no âmbito da legislação concorrente no sistema jurídico brasileiro, a competência da União limitar- se-á a estabelecer normas gerais. Assim, a competência da União para legislar sobre normas gerais de direito tributário não exclui a competência suplementar dos Estados e do Distrito Federal, eis que inexistindo lei federal (União) sobre normas gerais de direito tributário, os Estados e o Distrito Federal exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. E a superveniência de lei federal sobre normas gerais de direito tributário suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário, de acordo com o que está estabelecido nos §§1° a 4°, do art. 24, da CF/88. Com efeito, a competência legislativa suplementar significa exatamente a competência de poder de fixar normas que desdobrem o conteúdo de normas gerais da União (art. 24, §2°, da CF/88) ou que preencham a ausência ou omissão destas normas gerais (art. 24, §3°, da CF/88). Do mesmo modo, não se esqueça que a CF/88 também estabelece a competência dos Municípios para suplementar a legislação federal e a CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 3 www.pontodosconcursos.com.br estadual no que couber e para instituir e arrecadar os tributos de sua competência, segundo os incisos II e III do art. 30. Já a competência legislativa local é dos Municípios e do Distrito Federal, uma vez que a CF/88 disciplina que compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local. E o Distrito Federal possui competência legislativa municipal e estadual. Como exemplo, é competência local do Município fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial (Súmula 645 do STF). Por fim, a competência legislativa residual é pertencente aos Estados e ao Distrito Federal, pois a CF/88 determina que são reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição (art. 25, §1°). Ou seja, todas as competências que não são da União ou dos Municípios podem ser exercidas pelos Estados-membros. Sobre a competência legislativa, é necessário realçarmos algumas decisões relevantes do STF a respeito de temas ligados ao direito tributário: (i) “IPVA — Disciplina. Mostra-se constitucional a disciplina do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores mediante norma local. Deixando a União de editar normas gerais, exerce a unidade da federação a competência legislativa plena — § 3º do artigo 24, do corpo permanente da Carta de 1988 —, sendo que, com a entrada em vigor do sistema tributário nacional, abriu-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a via da edição de leis necessárias à respectiva aplicação — § 3º do artigo 34 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Carta de 1988.” (AI 167.777-AgR); (ii) “IPVA. Lei estadual. Alíquotas diferenciadas em razão do tipo do veículo. Os Estados-membros estão legitimados a editar normas gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência concorrente prevista no artigo 24, § 3º, da Constituição do Brasil. Não há tributo progressivo quando as alíquotas são diferenciadas segundo critérios que não levam em consideração a capacidade contributiva.” (RE 414.259-AgR); (iii) “A falta de Lei Complementar da União que regulamente o adequado tratamento tributário do ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas, (CF, art. 146, III, c), o regramento da matéria pelo legislador constituinte estadual não excede os lindes da competência CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 4 www.pontodosconcursos.com.br tributária concorrente que lhe é atribuída pela Lei Maior (CF, art. 24, § 3º).” (ADI 429-MC); (iv) “Custas dos serviços forenses: matéria de competência concorrente da União e dos Estados (CF 24, IV), donde restringir-se o âmbito da legislação federal ao estabelecimento de normas gerais, cuja omissão não inibe os Estados, enquanto perdure, de exercer competência plena a respeito (CF, art. 24, §§ 3º e 4).” (ADI 1.926-MC). (v) “Lei estadual que determina que os municípios deverão aplicar, diretamente, nas áreas indígenas localizadas em seus respectivos territórios, parcela (50%) do ICMS a eles distribuída — Transgressão à cláusula constitucional da não-afetação da receita oriunda de impostos (CF, art. 167, IV) e ao postulado da autonomia municipal (CF, art. 30, III) — Vedação constitucional que impede, ressalvadas as exceções previstas na própria Constituição, a vinculação, a órgão, fundo ou despesa, do produto da arrecadação de impostos — Inviabilidade de o estado-membro impor, ao município, a destinação de recursos e rendas que a este pertencem por direito próprio — Ingerência estadual indevida em tema de exclusivo interesse do município — Doutrina — Precedentes” (ADI 2.355); (vi) “A Constituição Estadual não pode estabelecer limite para o aumento de tributos municipais”(Súmula 69 do STF ainda vigente). Noutra perspectiva, a competência tributária classifica-se como exclusiva, residual, extraordinária, comum e cumulativa. A competência tributária exclusiva ou privativa1 se refere a competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para instituir os tributos que a Constituição prevê especificamente apenas para cada ente federativo, a saber: Competência exclusiva ou privativa da União (i) Impostos: a) imposto sobre importação de produtos estrangeiros (II) – art. 153, I; b) imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE) – art. 153, II; c) imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR) – art. 153, III; d) imposto sobre 1Segundo denominação equivocada da CF/88, uma vez que a competência tributátia não é passível de delegação para terceiros. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 5 www.pontodosconcursos.com.br produtos industrializados (IPI) – art. 153, IV; e) imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) – art. 153, V; f) imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) – art. 153, VI; g) imposto sobre grandes fortunas (IGF) – art. 153, VII. (ii) Empréstimos Compulsórios (art. 148): a) empréstimo por calamidade ou guerra externa (art. 148, I); b) empréstimo por investimento público urgente e de relevância nacional (art. 148, II); (iii) Contribuições especiais ou parafiscais: a) contribuições de seguridade social (art. 195, art. 239; ADCT, art. 74, 75, 84 e 90); b) contribuições sociais (art. 212, § 5º e art. 240); c) contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas, também denominadas de corporativas (art. 149); d) contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE) – art. 149 e art. 177, § 4º. Competência exclusiva ou privativa dos Estados e do Distrito Federal (i) Impostos (CF, art. 155): a) impostos sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD) – art. 155, I; b) impostos sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) – art. 155, II; c) imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA) – art. 155, III. Competência exclusiva ou privativa dos Municípios e do Distrito Federal (i) Impostos (CF, art. 156): a) imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU) art. 156, I; b) impostos sobre transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI) – art. 156, II; c) imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), não compreendidos no ICMS, definidos em lei complementar – art. 156, III; (ii) Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública (COSIP ou CIP) - art. 149-A. A competência tributária residual se refere a competência da União para instituir mediante lei complementar, impostos não previstos na sua competência, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição (art. 154, I). CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 6 www.pontodosconcursos.com.br Por sua vez, é importante você saber que parte da doutrina entende que os Estados-membros também possuem competência tributária residual, com fundamento na sua competência residual prevista no art. 25, §1°, da CF/882, afirmando que é competência tributária residual dos Estados- membros instituírem taxas e contribuições de melhoria. Ou seja, as taxas e contribuições de melhoria que não sejam de competência político- administrativa da União ou dos Municípios podem ser criadas pelos Estados-membros. A competência tributária extraordinária é a competência da União para instituir na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação (art. 154, II). A competência tributária comum ou concorrente é a competência de todos os entes políticos para instituição de taxas, contribuições de melhoria e contribuição previdenciária dos seus servidores, dentro da esfera de competência político-administrativa de cada um. Competência comum ou concorrente da União, Estados-membros, DF e Municípios (i) Taxas (art. 145, II): a) taxas de polícia; b) taxas de serviço. (ii) Contribuições de Melhoria (art. 145, III. da CF/88) (iii) Contribuição previdenciária (art. 149, §1º). Por fim, a competência tributária cumulativa é a competência da União para instituir, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais (art. 147, da CF/88). Por sua vez, destacamos que a pessoa política que detém a competência tributária para instituir o tributo também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. 2 “São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 7 www.pontodosconcursos.com.br Por conseguinte, a doutrina atribui algumas características à competência tributária3, a saber: (i) Indelegabilidade, entendida como a impossibilidade do ente federativo delegar a terceiros a sua competência para instituir o tributo. Destacamos que não desobedece a característica da indelegabilidade o ato legal de determinado ente federativo que conferi a outra pessoa jurídica de direito público, as funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária. Tais atribuições, segundo o art. 7°, do CTN, compreendem as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir, sendo que estas atribuições podem ser revogadas, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. Neste sentido, também não constitui delegação de competência tributária o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos (§3°, do art. 7°, do CTN). Aqui é o que acontece diuturnamente com as instituições financeiras que arrecadam o tributo. Arrecadar significa receber, descontar ou reter o pagamento do tributo, isto é, as instituições financeiras não podem fiscalizar ou cobrar o pagamento do tributo, o que é competência apenas de entidades de direito público, dotadas de poder de império, tais como a Receita Federal do Brasil (fiscalizar) e a Procuradoria da Fazenda Nacional (cobrar o tributo por meio da execução fiscal). Por este fundamento, já decidiu o STJ (Resp 28.675/PR), por exemplo, que a arrecadação de tributos não transforma gerente de banco comercial em autoridade pública. 3 Pergunta da prova discursiva para Procurador do Estado de Alagoas (aplicação em 25/01/2009): “Discorra acerca da competência tributária, abordando, necessariamente, a sua definição, bem como a identificação e a definição das suas características, estabelecidas na Constituição Federal e no Código Tributário Nacional, detalhando cada uma delas”. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 8 www.pontodosconcursos.com.br Por outro lado, cabe aqui distinguir competência tributária e capacidade tributária ativa, que significa a possibilidade dedeterminada pessoa figurar como sujeito ativo ou no polo ativo (credor) da relação jurídico-tributária, sendo a pessoa competente para exigir o cumprimento da obrigação tributária. Assim, o próprio art. 7° dispõe sobre esta possibilidade de delegação da capacidade tributária ativa, quando dispõe que as atribuições de fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária pode ser conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. Por outro lado, de forma mais técnica, existem autores que afirmam que a atribuição da capacidade tributária para outra pessoa política dá-se por outorga, que seria o nome mais adequado para dizer que deve ser sempre por lei. Mas os concursos públicos, na grande maioria das vezes, falam em delegação da capacidade tributária ativa por lei e não em outorga. O exemplo clássico de delegação da capacidade tributária ativa era o das contribuições previdenciárias que cobradas pelo INSS (autarquia federal). A competência tributária era da União, mas a capacidade tributária ativa era do INSS. Outro exemplo é o da possibilidade do ITR de competência tributária da União ser fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem (art. 153, §4°, III, da CF/88). Do mesmo modo, estabelece-se que a lei federal pode cometer aos Estados, ao Distrito Federal ou aos Municípios o encargo de arrecadar os impostos de competência da União cujo produto lhes seja distribuído no todo ou em parte, aplicando-se esta regra à arrecadação dos impostos de competência dos Estados, cujo produto estes venham a distribuir, no todo ou em parte, aos respectivos Municípios (art. 84 do CTN). (ii) Incaducabilidade ou imprescritibilidade ou, ainda, não sujeita a decadência, a significar que o não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído, de acordo com o art. 8º do CTN, ou seja, a pessoa política pode exercer competência tributária estabelecida no texto constitucional a qualquer tempo. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 9 www.pontodosconcursos.com.br (iii) Inalterabilidade, no sentido que o próprio ente federativo competente para instituir determinados tributos pelo texto constitucional não pode ampliar por meio de norma ordinária (infraconstitucional) a sua competência tributária. Por exemplo, o Distrito Federal não pode ampliar a sua competência tributária por meio de lei distrital. A Constituição Federal estabelece as competências tributárias de forma rígida. Entretanto, destacamos que esta característica não impede a alteração da competência tributária por meio de reforma constitucional, desde que tal modificação pelo poder constituinte derivada não seja tendente a abolir a autonomia financeira do ente federado, o que acarretaria violação a forma federativa de Estado (art. 60, §4°, I, da CF/88). De tal modo, não violou a forma federativa de Estado brasileira a Emenda Constitucional n. 3/1993, que extinguiu a competência dos Estados e do Distrito Federal para instituir o Adicional ao Imposto sobre a Renda (AIR) e a competência dos Municípios e do Distrito Federal para criar o Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e Gasosos (IVVC), uma vez que a perda da arrecadação decorrente da extinção desses impostos não foi tendente a abolir a autonomia financeira dos respectivos entes federativos. (iv) Irrenunciabilidade, conforme a qual não pode o ente federativo renunciar a competência tributária, em virtude do postulado da indisponibilidade do interesse público; (v) Facultatividade, uma vez que a competência tributária é uma faculdade que pode ou não ser utilizada pela pessoa política, criando ou não o tributo, ou ainda, criando-o somente em parte. Todavia, diga-se que, depois de instituído o tributo, não há mais facultatividade para a administração, uma vez que a atividade de cobrança é vinculada, conforme bem previsto no art. 142 do CTN. Salientamos, ainda, que a Lei Complementar 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece que constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 10 www.pontodosconcursos.com.br arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação (art.11). Por sua vez, o Professor Paulo de Barros Carvalho também faz crítica severa a esta característica facultatividade da competência tributária, referindo-se especificadamente ao ICMS, a saber: “Por sua índole eminentemente nacional, não é dado a qualquer Estado-Membro ou Distrito Federal operar por omissão, deixando de legislar sobre esse gravame. Caso houvesse uma só unidade da federação que empreendesse tal procedimento e o sistema do ICMS perderia consistência, abrindo-se ao acaso das manipulações episódicas, tentadas com tanta freqüência naquele clima que conhecemos por ‘guerra fiscal’. Seria efetivamente um desastre para a sistemática impositiva da exação que mais recursos carreia para o erário do País. O ICMS deixaria, paulatinamente,de existir”. Todavia, ressaltamos que a facultatividade continua sendo considerada como característica da competência tributária pela grande maioria dos doutrinares. Vamos para as questões: 1. (AFTN/94/ESAF) Afirmação 1: A denominação é irrelevante para determinar a natureza jurídica específica do tributo. Afirmação 2: A competência tributária é delegável. Afirmação 3: A atribuição da função de arrecadar tributos não constitui delegação de competência. Afirmação 4: A atribuição da função de fiscalizar tributos compreende as garantias e os privilégios processuais que competem ao ente tributante que a conferir. Consideradas essas quatro afirmações, pode-se dizer que elas são, respectivamente, a) verdadeira, verdadeira, falsa e verdadeira. b) verdadeira, falsa, verdadeira e verdadeira. c) falsa, falsa, verdadeira e verdadeira. d) verdadeira, falsa, verdadeira e falsa. e) verdadeira, falsa, falsa e verdadeira. 2. (AFRF/2005/ESAF) Competência tributária é o poder que a Constituição Federal atribui a determinado ente político para que este institua um tributo, descrevendo-lhe a hipótese de incidência, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de cálculo e a alíquota. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 11 www.pontodosconcursos.com.br Sobre a competência tributária, avalie o asserto das afirmações adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. ( ) O não-exercício da competência tributária por determinada pessoa política autoriza a União a exercitar tal competência, com base no princípio da isonomia. ( ) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. a) F, V, F. b) F, F, V. c) F, V, V. d) V, F, V. e) V, V, V. 3. (PFN/2004/ESAF) Considerados os temas competência tributária e capacidade tributária ativa, marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( )A competência tributária é delegável. ( )A capacidade tributária ativa é indelegável. ( )A União é quem detém a competência tributária no que toca às contribuições sociais para o financiamento da Seguridade Social. ( )Lei complementar podedelegar a qualquer pessoa jurídica de direito público a competência tributária. a) V, F, V, V. b) F, V, F, V. c) F, F, V, F. d) V, V, V, F. e) F, V, F, F. 4. (ESAF/Procurador do DF/2007.1) Assinale a opção correta. O Distrito Federal, entidade integrante da República Federativa do Brasil, pode instituir: a) imposto sobre propriedade territorial rural; imposto sobre transmissão causa mortis de quaisquer bens ou direitos, contribuição de melhoria e contribuições sociais de quaisquer espécies. b) impostos extraordinários, taxas e empréstimos compulsórios. c) imposto sobre doação de quaisquer bens ou direitos; taxas pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis; contribuições de interesse de categorias econômicas. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 12 www.pontodosconcursos.com.br d) contribuição para o custeio de sistemas de previdência e assistência social de seus servidores; imposto sobre serviços de qualquer natureza; taxas, em razão do exercício do poder de polícia. e) imposto sobre propriedade predial e territorial urbana; contribuição de melhoria; contribuições sociais e contribuição de intervenção no domínio econômico. 5. (ATN/Recife/2003/ESAF) Avalie as formulações seguintes, observadas as disposições pertinentes ao tema "competência tributária", constantes do Código Tributário Nacional, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta. I - É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. II - Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. III - A atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. IV - A atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. a) Apenas as formulações I, II e III são corretas. b) Apenas as formulações II, III e IV são corretas. c) Apenas as formulações I, III e IV são corretas. d) Apenas as formulações II e IV são corretas. e) Todas as formulações são corretas. 6. (ATN/Fortaleza/2003/ESAF) A respeito do tema competência para instituir impostos, é correto afirmar: a) aos Estados e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros impostos que a Constituição Federal lhes atribui, o imposto sobre propriedade de veículos automotores e o imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis situados em seus territórios. b) o imposto sobre serviços de transportes intermunicipais é de competência do Município em que se iniciarem as prestações dos serviços. c) os impostos sobre propriedade predial e territorial urbana e sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos são de competência dos Municípios. d) compete ao Distrito Federal instituir os impostos que cabem aos Municípios, sem prejuízo da competência que a Constituição Federal lhe assegura para instituir outros impostos expressamente indicados. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 13 www.pontodosconcursos.com.br e) por força de emenda constitucional promulgada recentemente, a competência para instituir o imposto sobre propriedade territorial rural foi transferida da União para os Estados e o Distrito Federal. 7. (Procurador/RS/97) A competência tributária para criar tributos está discriminada: a) na Constituição Federal e é indelegável. b) no Código Tributário Nacional e é indelegável. c) na Constituição Federal e é delegável. d) no Código Tributário Nacional e é delegável. e) no Código Tributário Nacional e na Constituição e é delegável. 8. (ATE/MS/2001 – ESAF) Em tema de competência legislativa sobre matéria de Direito Tributário, é correta a afirmação de que: a) Os Estados têm competência para legislar suplementarmente sobre normas gerais de Direito Tributário. b) Mesmo na ausência de lei federal sobre normas gerais de Direito Tributário, é vedado aos Estados exercer essa competência legislativa. c) A eficácia de lei estadual sobre normas gerais de Direito Tributário fica mantida ante a superveniência de lei federal da mesma natureza, mesmo no que lhe for contrário. d) No âmbito da competência concorrente para legislar sobre Direito Tributário os Estados só podem legislar sobre normas gerais. e) A legislação tributária dos Estados é aplicada nos respectivos Municípios, em virtude de estes não terem competência para legislar sobre Direito Tributário. 9. (AFTN/94/ESAF) A Constituição da República prevê que, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, § 3º). Tendo em vista isto e, quando for o caso, o disposto no Código Tributário Nacional, é razoável dizer que a) o não-exercício, pela União, da competência para legislar sobre normas gerais de direito tributário, a defere aos Estados, para atender a suas peculiaridades. b) o não-exercício da competência para instituir tributos a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que tal competência cabia originalmente. c) a competência da União para legislar sobre normas de direito tributário exclui a competência suplementar dos Estados. d) em matéria de direito tributário a competência da União, além de legislar sobre seus próprios tributos e sobre normas gerais, poderá fazê-lo em relação à competência não exercida pelos Estados e Municípios e) faltando norma geral sobre o encargo ou a função de arrecadar tributo municipal, o Estado poderá supletivamente cometer um e outro a pessoas de direito privado. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 14 www.pontodosconcursos.com.br 10. (AFTN/96/ESAF) União, Estados, Municípios e Distrito Federal a) podem delegar capacidade para instituir, arrecadar e fiscalizar um tributo. b) podem delegar capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo. c) podem delegar capacidade para instituir e arrecadar um tributo. d) podem delegar capacidade para instituir e fiscalizar um tributo. e) não podem delegar capacidade tributária ativa. 11. (AFTE/PI/2001/ESAF/Adaptada) Assinale a opção correta. a) A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os entes políticos para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a sua soberania, e a capacidade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no pólo ativo de uma relação jurídico-tributária. b) A competência tributária é a aptidão para arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais, e a capacidade tributária ativa é a aptidão para instituí- los, sempre por meio de lei. c) A competência tributária e a capacidade tributária ativa são indelegáveis, ainda que por meio de lei. d) A competência tributária é, em determinadas situações, delegável, por meio de lei, mas a capacidade tributária ativa é indelegável. e) A atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente daquela que dispõe da competência tributária só pode ser revogada de comum acordo entre ao titular da competência tributária e a pessoa jurídica a quem foi delegada a capacidade tributária ativa. 12. (AFPS/2002/ESAF) Em relação ao tema competência tributária, é correto afirmar que: a) a Constituição atribui à União competência residual para instituir impostos, contribuições para a seguridadesocial e taxas. b) a instituição de empréstimos compulsórios requer lei complementar da União, dos Estados ou do Distrito Federal, conforme competência que a Constituição confere a cada um desses entes da Federação. c) para instituir impostos com fundamento na competência residual, é imprescindível, além da competência tributária, veiculação da matéria por lei complementar e observância dos princípios constitucionais da não- cumulatividade e da identidade plena com outros impostos discriminados na Constituição, no que se refere a fato gerador e base de cálculo. d) somente a União tem competência residual para instituir impostos. e) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm competência para instituir impostos, taxas, contribuição de melhoria e contribuição de intervenção no domínio econômico, que a Constituição lhes reserva. 13. (CESPE/UNB/PGE-PI/2008). A CF, ao disciplinar as competências tributárias das unidades da Federação, criou a competência residual. A respeito da competência tributária residual, assinale a opção correta. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 15 www.pontodosconcursos.com.br (A) A competência tributária residual é aquela que possibilita aos estados instituírem tributos já criados na esfera federal. (B) Esse tipo de competência rege a criação de tributos pela União na iminência de guerra externa. (C) A competência tributária residual tem origem no fato de ser possível a todas as unidades da Federação criar taxas. (D) A criação de novos tributos não previstos na CF depende de aprovação de lei complementar Federal. (E) A competência tributária residual é exclusiva da União, que pode criar tributos cumulativos. 14. (CESPE/UNB/Juiz Federal/2007) A indelegabilidade restringe-se à competência tributária, e não abrange as funções fiscais de fiscalização e arrecadação, podendo este último encargo ou função ser cometido a pessoa jurídica de direito privado, sem que isso constitua ato de delegação. A primeira questão é a letra “b” (verdadeira, falsa, verdadeira e verdadeira). A afirmação 1 é verdadeira, eis que a denominação é irrelevante para determinar a natureza jurídica específica do tributo, de acordo com o art. 4°, I, do CTN. A afirmação 2 é falsa, uma vez que a competência tributária tem como uma de suas características principais a indelegabilidade, isto é, o ente político não pode delegar a competência para instituir o tributo a terceiros. A afirmação 3 é verdadeira, uma vez que a atribuição da função de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, não constitui delegação de competência tributária. A afirmação 4 é verdadeira, uma vez que a atribuição da função de fiscalizar tributos compreende as garantias e os privilégios processuais que competem ao ente tributante que a conferir, conforme §1°, do art. 7°, do CTN. A segunda questão é letra “d” (V, F, V). O primeiro item é verdadeiro, porque a competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 16 www.pontodosconcursos.com.br ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, conforme dispõe expressamente o art. 7°, caput, do CTN. O segundo item é falso, porque o não-exercício da competência tributária por determinada pessoa política não autoriza a União a exercitar tal competência, com base no princípio da isonomia. O CTN dispõe expressamente no art. 8°, caput, que o não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. O terceiro item é verdadeiro, pois a pessoa política que detém a competência tributária para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. Por exemplo, o Município de Salvador é competente para estabelecer isenções referentes ao ISS de sua competência, observadas as normas constitucionais (tal como o princípio da igualdade) e as normas estabelecidas nos arts. 175 a 179 do CTN (normas atinentes as isenções tributárias). A terceira questão é letra “c” (F, F, V, F). O primeiro e quarto itens são falsos, porque há competência tributária é indelegável, conforme o art. 7°, caput, do CTN. O segundo item é falso, porque a capacidade tributária ativa é delegável. Por outro lado, de forma mais técnica, existem autores que afirmam corretamente que a atribuição da capacidade tributária dá-se por outorga, por lei. Decerto, a capacidade tributária ativa significa a possibilidade de determinada pessoa figurar como sujeito ativo (credor) da relação tributária, sendo a pessoa competente para exigir o cumprimento da obrigação tributária. Assim, o próprio art. 7° dispõe sobre esta possibilidade, quando dispõe que as atribuições de fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária pode ser conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. O terceiro item é verdadeiro, segundo o art. 149, da CF/88. A quarta questão é letra “d”. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 17 www.pontodosconcursos.com.br O Distrito Federal, entidade integrante da República Federativa do Brasil, pode instituir: contribuição para o custeio de sistemas de previdência e assistência social de seus servidores (art. 149, §1°, da CF/88); imposto sobre serviços de qualquer natureza (art. 156, III, da CF/88); taxas, em razão do exercício do poder de polícia (art. 145, II, da CF/88). A quinta questão é letra “b”. Apenas as formulações II, III e IV são corretas. O primeiro item é incorreto, porque é permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos (art. 7°, §3°, do CTN). O segundo item é correto, porque Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos (parágrafo único, do art. 6°, do CTN). O terceiro item é correto, eis que a atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido, segundo o art. 7°, §2°, do CTN. O quarto item é correto, uma vez que a atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir, de acordo com o art. 7°, §1°, do CTN. A sexta questão é letra “d”, uma vez compete ao Distrito Federal instituir os impostos que cabem aos Municípios (art. 147 da CF/88), sem prejuízo da competência que a Constituição Federal lhe assegura para instituir outros impostos expressamente indicados. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 18 www.pontodosconcursos.com.br A letra “a” é incorreta, uma vez que aos Municípios e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros impostos que a Constituição Federal lhes atribui, o imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis situados em seus territórios (ITBI). A letra “b” é incorreta, uma vez que o imposto sobre serviços de transportes intermunicipais é de competênciados Estados-membros e do Distrito Federal. A letra “c” é incorreta, pois o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU) é de competência dos Municípios e do DF, mas o imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos foi extinto pela Emenda Constitucional n. 3/93. A letra “e” é incorreta, eis que a competência para instituir o imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) continua a ser da União. A sétima questão é letra “a”. A competência tributária para criar tributos está discriminada na Constituição Federal e é indelegável. Por exemplo, o art. 156 da CF/88 dispõe: “Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana (IPTU); II - transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III - serviços de qualquer natureza (ISS ou ISSQN), não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar”. A oitava questão é letra “a”, porque em tema de competência legislativa sobre matéria de Direito Tributário, é correta a afirmação de que os Estados têm competência para legislar suplementarmente sobre normas gerais de Direito Tributário, de acordo com o §2°, do art. 24, da CF/88. A letra “b” é incorreta, uma vez que na ausência de lei federal sobre normas gerais de Direito Tributário, não é proibido aos Estados exercer a competência legislativa plena, para atender as suas particularidades, segundo §3°, do art. 24, da CF/88. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 19 www.pontodosconcursos.com.br A letra “c” é incorreta, uma vez que o Estado legisla para tender as suas particularidades (§3°, do art. 24, da CF/88) e a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário, conforme art. 24, I e §4°, da CF/88. A letra “d” é incorreta, pois o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU) é de competência dos Municípios e do DF, mas o imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos foi extinto pela Emenda Constitucional n. 3/93. A letra “e” é incorreta, eis que a doutrina e a jurisprudência dominante entendem que os Municípios possuem competência para legislar sobre Direito Tributário, conforme os arts. 30, III c/c 156, I a III, da CF/88. Estabelece o art. 30, III, da CF/88: “Compete aos Municípios: instituir e arrecadar os tributos de sua competência”. A nona questão é letra “a”. A Constituição da República prevê que, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, § 3º). Tendo em vista isto e, quando for o caso, o disposto no Código Tributário Nacional, é razoável dizer que o não-exercício, pela União, da competência para legislar sobre normas gerais de direito tributário, a defere aos Estados, para atender a suas peculiaridades A letra “b” é incorreta, uma vez que o não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído (art. 8°, do CTN). A letra “c” é incorreta, uma vez que a competência da União para legislar sobre normas de direito tributário não exclui a competência suplementar dos Estados, segundo o §2°, do art. 24, da CF/88. A letra “d” é incorreta, pois, em matéria de direito tributário, a competência da União é para legislar sobre seus próprios tributos e sobre normas gerais (art. 24, I, da CF/88). Não pode, por exemplo, a União instituir o IPTU de competência dos Municípios. Lembre novamente do art. 8° do CTN, dispondo que o não-exercício da competência tributária não a CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 20 www.pontodosconcursos.com.br defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. A letra “e” é incorreta, eis que o Estado-membro não pode legislar sobre matéria de competência dos Municípios. A décima é letra “b”. A União, Estados, Municípios e Distrito Federal podem delegar capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo, de acordo com o art. 7°, do CTN. A décima primeira é letra “a”, que dispõe sobre as definições adequadas de competência tributária e capacidade tributária ativa, a saber: “A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os entes políticos para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a sua soberania, e a capacidade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no pólo ativo de uma relação jurídico-tributária”. A décima segunda é letra “d”, conforme o art. 154, I, da CF/88, estabelecendo que a União poderá instituir mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não- cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição. Destacamos também que União tem competência residual para instituir contribuições para garantir a manutenção ou expansão da seguridade social (§4°, do art. 195 da CF/88). Neste caso, a contribuição residual ou nova contribuição social (art. 154, I, da CF/88) não pode ter base de cálculo ou fato gerador igual à de qualquer contribuição social já discriminada na CF/88 (por exemplo, COFINS, CSLL etc.), mas pode ter base de cálculo igual ou fato gerador semelhante à de imposto já descrito na CF/88(por exemplo, IR, IPI, II, IE, IOF etc.), conforme interpretação do STF. A letra “a” é incorreta, uma vez que a Constituição não atribui à União competência residual para instituir taxas. A letra “b” é incorreta, uma vez que os Estados e o Distrito Federal não têm competência para a instituição de empréstimos compulsórios. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 21 www.pontodosconcursos.com.br A letra “c” é incorreta, pois na competência residual da União para instituir impostos não deve existir identidade com outros impostos discriminados na Constituição, no que se refere a fato gerador e base de cálculo, mas sim o contrário. A letra “e” é incorreta, eis que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não têm competência para instituir contribuição de intervenção no domínio econômico. Na décima terceira foi considerada como certa a letra “d”, exatamente porque o art. 154, I, da CF/88, estabelece que a União poderá instituir mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição. A décima quarta (14) é verdadeira, uma vez que a indelegabilidade restringe-se à competência tributária, e não abrange as funções fiscais de fiscalização e arrecadação, podendo este último encargo ou função ser cometido a pessoa jurídica de direito privado, sem que isso constitua ato de delegação, de acordo com a interpretação adequada do art. 7° do CTN. Até a próxima e forte nos estudos. QUESTÕES TRATADAS EM AULA 1. (AFTN/94/ESAF) Afirmação 1: A denominação é irrelevante para determinar a natureza jurídica específica do tributo. Afirmação 2: A competência tributária é delegável. Afirmação 3: A atribuição da função de arrecadar tributos não constitui delegação de competência. Afirmação 4: A atribuição da função de fiscalizar tributos compreende as garantias e os privilégios processuais que competem ao ente tributante que a conferir. Consideradas essas quatro afirmações, pode-se dizer que elas são, respectivamente, a) verdadeira, verdadeira, falsa e verdadeira. b) verdadeira, falsa, verdadeira e verdadeira. c) falsa, falsa, verdadeirae verdadeira. d) verdadeira, falsa, verdadeira e falsa. e) verdadeira, falsa, falsa e verdadeira. 2. (AFRF/2005/ESAF) Competência tributária é o poder que a Constituição Federal atribui a determinado ente político para que este institua um tributo, descrevendo-lhe a hipótese de incidência, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de cálculo e a alíquota. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 22 www.pontodosconcursos.com.br Sobre a competência tributária, avalie o asserto das afirmações adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. ( ) O não-exercício da competência tributária por determinada pessoa política autoriza a União a exercitar tal competência, com base no princípio da isonomia. ( ) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. a) F, V, F. b) F, F, V. c) F, V, V. d) V, F, V. e) V, V, V. 3. (PFN/2004/ESAF) Considerados os temas competência tributária e capacidade tributária ativa, marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( )A competência tributária é delegável. ( )A capacidade tributária ativa é indelegável. ( )A União é quem detém a competência tributária no que toca às contribuições sociais para o financiamento da Seguridade Social. ( )Lei complementar pode delegar a qualquer pessoa jurídica de direito público a competência tributária. a) V, F, V, V. b) F, V, F, V. c) F, F, V, F. d) V, V, V, F. e) F, V, F, F. 4. (ESAF/Procurador do DF/2007.1) Assinale a opção correta. O Distrito Federal, entidade integrante da República Federativa do Brasil, pode instituir: a) imposto sobre propriedade territorial rural; imposto sobre transmissão causa mortis de quaisquer bens ou direitos, contribuição de melhoria e contribuições sociais de quaisquer espécies. b) impostos extraordinários, taxas e empréstimos compulsórios. c) imposto sobre doação de quaisquer bens ou direitos; taxas pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis; contribuições de interesse de categorias econômicas. d) contribuição para o custeio de sistemas de previdência e assistência social de seus servidores; imposto sobre serviços de qualquer natureza; taxas, em razão do exercício do poder de polícia. e) imposto sobre propriedade predial e territorial urbana; contribuição de melhoria; contribuições sociais e contribuição de intervenção no domínio econômico. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 23 www.pontodosconcursos.com.br 5. (ATN/Recife/2003/ESAF) Avalie as formulações seguintes, observadas as disposições pertinentes ao tema "competência tributária", constantes do Código Tributário Nacional, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta. I - É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. II - Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. III - A atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. IV - A atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. a) Apenas as formulações I, II e III são corretas. b) Apenas as formulações II, III e IV são corretas. c) Apenas as formulações I, III e IV são corretas. d) Apenas as formulações II e IV são corretas. e) Todas as formulações são corretas. 6. (ATN/Fortaleza/2003/ESAF) A respeito do tema competência para instituir impostos, é correto afirmar: a) aos Estados e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros impostos que a Constituição Federal lhes atribui, o imposto sobre propriedade de veículos automotores e o imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis situados em seus territórios. b) o imposto sobre serviços de transportes intermunicipais é de competência do Município em que se iniciarem as prestações dos serviços. c) os impostos sobre propriedade predial e territorial urbana e sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos são de competência dos Municípios. d) compete ao Distrito Federal instituir os impostos que cabem aos Municípios, sem prejuízo da competência que a Constituição Federal lhe assegura para instituir outros impostos expressamente indicados. e) por força de emenda constitucional promulgada recentemente, a competência para instituir o imposto sobre propriedade territorial rural foi transferida da União para os Estados e o Distrito Federal. 7. (Procurador/RS/97) A competência tributária para criar tributos está discriminada: a) na Constituição Federal e é indelegável. b) no Código Tributário Nacional e é indelegável. c) na Constituição Federal e é delegável. d) no Código Tributário Nacional e é delegável. e) no Código Tributário Nacional e na Constituição e é delegável. 8. (ATE/MS/2001 – ESAF) Em tema de competência legislativa sobre matéria de Direito Tributário, é correta a afirmação de que: CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 24 www.pontodosconcursos.com.br a) Os Estados têm competência para legislar suplementarmente sobre normas gerais de Direito Tributário. b) Mesmo na ausência de lei federal sobre normas gerais de Direito Tributário, é vedado aos Estados exercer essa competência legislativa. c) A eficácia de lei estadual sobre normas gerais de Direito Tributário fica mantida ante a superveniência de lei federal da mesma natureza, mesmo no que lhe for contrário. d) No âmbito da competência concorrente para legislar sobre Direito Tributário os Estados só podem legislar sobre normas gerais. e) A legislação tributária dos Estados é aplicada nos respectivos Municípios, em virtude de estes não terem competência para legislar sobre Direito Tributário. 9. (AFTN/94/ESAF) A Constituição da República prevê que, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, § 3º). Tendo em vista isto e, quando for o caso, o disposto no Código Tributário Nacional, é razoável dizer que a) o não-exercício, pela União, da competência para legislar sobre normas gerais de direito tributário, a defere aos Estados, para atender a suas peculiaridades. b) o não-exercício da competência para instituir tributos a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que tal competência cabia originalmente. c) a competência da União para legislar sobre normas de direito tributário exclui a competência suplementar dos Estados. d) em matéria de direito tributário a competência da União, além de legislar sobre seus próprios tributos e sobre normas gerais, poderá fazê-lo em relação à competência não exercida pelos Estados e Municípios e) faltando norma geral sobre o encargo ou a função de arrecadar tributo municipal, o Estado poderá supletivamente cometer um e outro a pessoas de direito privado. 10.(AFTN/96/ESAF) União, Estados, Municípios e Distrito Federal a) podem delegar capacidade para instituir, arrecadar e fiscalizar um tributo. b) podem delegar capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo. c) podem delegar capacidade para instituir e arrecadar um tributo. d) podem delegar capacidade para instituir e fiscalizar um tributo. e) não podem delegar capacidade tributária ativa. 11. (AFTE/PI/2001/ESAF/Adaptada) Assinale a opção correta. a) A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os entes políticos para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a sua soberania, e a capacidade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no pólo ativo de uma relação jurídico-tributária. b) A competência tributária é a aptidão para arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais, e a capacidade tributária ativa é a aptidão para instituí-los, sempre por meio de lei. c) A competência tributária e a capacidade tributária ativa são indelegáveis, ainda que por meio de lei. d) A competência tributária é, em determinadas situações, delegável, por meio de lei, mas a capacidade tributária ativa é indelegável. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 25 www.pontodosconcursos.com.br e) A atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente daquela que dispõe da competência tributária só pode ser revogada de comum acordo entre ao titular da competência tributária e a pessoa jurídica a quem foi delegada a capacidade tributária ativa. 12. (AFPS/2002/ESAF) Em relação ao tema competência tributária, é correto afirmar que: a) a Constituição atribui à União competência residual para instituir impostos, contribuições para a seguridade social e taxas. b) a instituição de empréstimos compulsórios requer lei complementar da União, dos Estados ou do Distrito Federal, conforme competência que a Constituição confere a cada um desses entes da Federação. c) para instituir impostos com fundamento na competência residual, é imprescindível, além da competência tributária, veiculação da matéria por lei complementar e observância dos princípios constitucionais da não-cumulatividade e da identidade plena com outros impostos discriminados na Constituição, no que se refere a fato gerador e base de cálculo. d) somente a União tem competência residual para instituir impostos. e) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm competência para instituir impostos, taxas, contribuição de melhoria e contribuição de intervenção no domínio econômico, que a Constituição lhes reserva. 13. (CESPE/UNB/PGE-PI/2008). A CF, ao disciplinar as competências tributárias das unidades da Federação, criou a competência residual. A respeito da competência tributária residual, assinale a opção correta. (A) A competência tributária residual é aquela que possibilita aos estados instituírem tributos já criados na esfera federal. (B) Esse tipo de competência rege a criação de tributos pela União na iminência de guerra externa. (C) A competência tributária residual tem origem no fato de ser possível a todas as unidades da Federação criar taxas. (D) A criação de novos tributos não previstos na CF depende de aprovação de lei complementar Federal. (E) A competência tributária residual é exclusiva da União, que pode criar tributos cumulativos. 14. (CESPE/UNB/Juiz Federal/2007) A indelegabilidade restringe-se à competência tributária, e não abrange as funções fiscais de fiscalização e arrecadação, podendo este último encargo ou função ser cometido a pessoa jurídica de direito privado, sem que isso constitua ato de delegação. GABARITO 1. B 2. D 3. C 4. D 5.B 6. D 7. A 8. A 9. A 10. B 11. A 12. D 13. D 14. VERDADEIRA
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