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Aula 17_Responsabilidade Tributária

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CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E 
ICMS/RJ 
PROFESSOR: EDVALDO NILO 
 
 
Responsabilidade Tributária. Conceito. Responsabilidade dos 
Sucessores. Responsabilidade de Terceiros. Responsabilidade por 
Infrações 
 
1. Responsabilidade Tributária. Conceito. 
 
 
O sujeito passivo é o devedor da relação jurídico-tributária. 
 
Nesse rumo, conforme falei na aula passada, de acordo com o CTN há 
dois tipos de sujeitos passivos da obrigação principal: 
 
(i) sujeito passivo direto que é o contribuinte (art. 121, inc. I, do CTN), 
sendo aquele que tem uma relação pessoal e direta com o fato gerador. 
 
(ii) sujeito passivo indireto que é o responsável tributário (art. 121, 
inc. II, do CTN), sendo uma terceira pessoa escolhida por lei para pagar o 
tributo, sem que tenha realizado o fato gerador. 
 
Desta forma, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade 
pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da 
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou 
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da 
referida obrigação, de acordo com o art. 128 do CTN. 
 
Com efeito, a lei formal, ao designar o terceiro como responsável 
tributário, pode excluir a responsabilidade tributária do contribuinte ou atribuí-la 
ao contribuinte em caráter supletivo do cumprimento da obrigação tributária, 
hipótese de responsabilidade tributária propriamente dita. 
 
Cabe aqui distinguir a responsabilidade por transferência e a 
responsabilidade por substituição. 
 
Na responsabilidade por transferência, como sujeito passivo da relação 
tributário pode aparecer o contribuinte e/ou o responsável tributário, de forma 
solidária ou subsidiária. 
 
Assim, tal responsabilidade é denominada de superveniente, derivada 
ou de 2°grau. 
 
Nessa senda, originariamente, o sujeito passivo é o contribuinte e, 
posteriormente, em razão de acontecimento superveniente ao fato gerador, a 
responsabilidade tributária é transferida ao responsável tributário. 
 
Já na responsabilidade por substituição, o sujeito passivo da relação 
tributária é o responsável tributário, desde o início da relação jurídico-tributária. 
 
 
Por isto, é denominada de responsabilidade originária ou de 1° grau, 
 
 
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pois a lei criadora do tributo estabelece que o sujeito passivo seja de pronto o 
responsável tributário. 
 
Desta maneira, em princípio, não existe relação jurídico-tributária entre 
o Fisco e o substituído, sendo o substituto totalmente responsável pelo débito 
tributário e chamado por parte minoritária da doutrina de sujeito passivo direto. 
 
Tema que cabe ser discutido na responsabilidade por substituição é a 
responsabilidade do contribuinte substituído, em caso de não recolhimento do 
tributo pelo substituto. 
 
No caso, conforme o art. 128 do CTN, a lei pode excluir a 
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do 
cumprimento total ou parcial da referida obrigação. 
 
Em outras palavras, é a lei formal de cada tributo que deve tratar sobre 
a matéria. 
 
Decerto, pode a lei estabelecer o dever de pagar o tributo ao substituto 
e excluir o substituído ou o dever de pagar o tributo ao substituto, porém, o 
substituído continua obrigado supletivamente. 
 
Ou seja, para provas de concurso, vamos adotar a lei específica do 
tributo ou o art. 128 do CTN. 
 
Contudo, nas questões da ESAF, vamos perceber que em duas provas 
recentes (2007 e 2008) a banca adotou equivocadamente a compreensão geral 
(sem especificar qualquer tipo de tributo) que deve existir responsabilidade 
supletiva do substituído, apesar das críticas severas de todos os professores 
de direito tributário especializados que eu conheço, em razão exatamente da 
opção (“ou”) estabelecida expressamente pelo art. 128 do CTN. 
 
Assim, a doutrina dominante estabelece os seguintes tipos de 
responsabilidade tributária: 
 
 
(i) responsabilidade por substituição prevista no art. 150, §7°, da 
CF/88 e de acordo com o art. 128 do CTN; 
 
(ii) responsabilidade por transferência, esta comporta três 
situações possíveis: (iia) responsabilidade por solidariedade 
(arts. 124 e 125 do CTN); (iib) responsabilidade dos sucessores 
(arts. 129 a 133 do CTN)e (iiic) responsabilidade de terceiros, 
também chamada por parte da doutrina de responsabilidade 
por substituição ou transferência por substituição (arts. 134 e 
135 do CTN). 
 
 
(iii) responsabilidade por infração à legislação (arts. 136 a 138 
 
 
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do CTN). 
 
Com efeito, anotamos que a responsabilidade tributária deve ser 
sempre prevista em lei formal e abrange os tributos e as multas tributárias, eis 
que o CTN fala em responsabilidade pelo crédito tributário. 
 
 
Passamos a detalhar cada um dos tipos de responsabilidade tributária. 
 
 
2. Substituição tributária “para frente”, Substituição tributária “para trás” 
e Retenção na fonte. 
 
A substituição tributária objetiva proporcionar maior eficiência e 
segurança na arrecadação e fiscalização tributária. 
 
Neste sentido, pode ocorrer a substituição tributária “para frente” e a 
substituição tributária “para trás”. 
 
O instituto denominado de substituição tributária para frente ou 
substituição tributária subseqüente ou progressiva, que é juridicamente 
realizável no pagamento de imposto ou contribuição é previsto no art. 150, 
§7°, da CF/88, fruto da Emenda Constitucional (EC) n° 3/93, que afirma: 
 
“A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a 
condição de responsável pelo pagamento de imposto ou 
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, 
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, 
caso não se realize o fato gerador presumido”. 
 
Destacamos que o STF entendeu pela legitimidade desta sistemática, 
mesmo antes da EC n° 3/93. 
 
Decerto, a pessoa que a lei ordena que substitua o contribuinte é 
chamada de “responsável por substituição” ou, ainda, “contribuinte substituto”, 
ou “substituto tributário”. 
 
Este é uma terceira pessoa escolhida pela lei, que vem e ocupar o 
lugar do contribuinte, antes da ocorrência do fato gerador. 
 
Destarte, acontece a antecipação do recolhimento do tributo cujo fato 
gerador ocorrerá (se ocorrer) em um momento posterior (“para frente”). 
 
Isto é, o crédito tributário pode ser exigido antes da ocorrência do fato 
gerador da obrigação principal. 
 
Neste sentido, a substituição tributária para frente é considerada uma 
ficção jurídica, pois ocorre a antecipação do pagamento do tributo, sem que se 
disponha de base de cálculo apta a dimensionar o fato gerador, uma vez que 
 
 
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este ainda não ocorreu (fato gerador presumido). 
 
Deste modo, na substituição tributária pra frente, o responsável 
tributário deve pagar um ou mais tributos (impostos ou contribuições), 
incidentes sobre situações futuras. 
 
Assim, exemplificando, os impostos incidentes em toda uma "cadeia 
produtiva" poderão ser pagos antecipadamente, deformando o caráter 
plurifásico de tributos como o ICMS e o IPI. 
 
Por conseguinte, tais impostos passam a ter caráter monofásico, eis 
que acontece o pagamento por antecipação e não mais diversos pagamentos 
em toda a cadeia produtiva, propiciando comodidade e praticidade ao fisco. 
 
Com efeito, no ICMS, o art. 6° da LC 87/06 dispõe que a lei estadual 
poderá atribuir a contribuinte do impostoou a depositário a qualquer título a 
responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição 
de substituto tributário. 
 
Nessa senda, por exemplo, normalmente, no caso de veículos novos, 
ao deixarem a indústria em direção às concessionárias, deve-se pagar o ICMS, 
antes mesmo de ocorrer o fato gerador. 
 
 
Do mesmo modo, nas indústrias de cigarro e refrigerante, em que o 
ICMS é recolhido na saída da indústria. 
 
Podemos citar igualmente o caso do ICMS que é recolhido nas 
refinarias de combustíveis e não nos postos varejistas. Ou seja, o recolhimento 
do ICMS se dá novamente antes da ocorrência do fato gerador. 
 
Noutro ponto, nas contribuições tributárias para o financiamento da 
seguridade social (COFINS) e para o programa de integração social (PIS) 
também acontece a substituição tributária pra frente. As refinarias, por 
exemplo, são responsáveis tributárias pelo pagamento antecipado destas 
contribuições, que, em tese, deveriam ser devidas pelos distribuidores e 
comerciantes varejistas de combustíveis. 
 
Ponto importante e muito cobrado em concurso é a restituição do 
imposto ou contribuição na substituição tributária para frente. 
 
A CF/88 estabelece que deva ser assegurado a imediata e preferencial 
restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido (CF, 
art. 150, §7°). 
 
Com base em tal dispositivo, o art. 10 da LC 87/06 (ICMS) estatui que 
é assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do 
 
 
 
 
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imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato 
gerador presumido que não se realizar. 
 
E a interpretação ainda atual do STF é exatamente esta, ou seja, a 
restituição restringe-se apenas à hipótese de não ocorrer o fato gerador 
presumido, não havendo que se falar em tributo pago a maior ou a menor 
por parte do contribuinte substituído (ADI 1.851/AL, RE 309.405-ED/MT, AI 
337.655-AgR/RS, RE 373.011-AgR). 
 
É relevante salientarmos a seguinte decisão (leading case1) que 
atualmente prevalece no STF, a saber: 
 
“A EC n. 03/93, ao introduzir no art. 150 da CF/88 o § 7º, 
aperfeiçoou o instituto, já previsto em nosso sistema jurídico- 
tributário, ao delinear a figura do fato gerador presumido e ao 
estabelecer a garantia de reembolso preferencial e imediato do 
tributo pago quando não verificado o mesmo fato a final. 
 
A circunstância de ser presumido o fato gerador não constitui 
óbice à exigência antecipada do tributo, dado tratar-se de sistema 
instituído pela própria Constituição, encontrando-se 
regulamentado por lei complementar que, para definir-lhe a base 
de cálculo, se valeu de critério de estimativa que a aproxima o 
mais possível da realidade. 
 
A lei complementar, por igual, definiu o aspecto temporal do fato 
gerador presumido como sendo a saída da mercadoria do 
estabelecimento do contribuinte substituto, não deixando margem 
para cogitar-se de momento diverso, no futuro, na conformidade, 
aliás, do previsto no art. 114 do CTN, que tem o fato gerador da 
obrigação principal como a situação definida em lei como 
necessária e suficiente à sua ocorrência. 
 
 
O fato gerador presumido, por isso mesmo, não é provisório, mas 
definitivo, não dando ensejo a restituição ou complementação 
do imposto pago, senão, no primeiro caso, na hipótese de 
sua não-realização final. 
 
Admitir o contrário valeria por despojar-se o instituto das 
vantagens que determinaram a sua concepção e adoção, como a 
redução, a um só tempo, da máquina-fiscal e da evasão fiscal a 
dimensões mínimas, propiciando, portanto, maior comodidade, 
economia, eficiência e celeridade às atividades de tributação e 
arrecadação". (ADI 1.851) 
 
 
 
1 Precedente ou jurisprudência fundamental, que está origem das demais decisões 
no mesmo sentido. 
 
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Por sua vez, também existe a substituição tributária “para trás” ou 
regressiva, com base no art. 128 do CTN. 
 
 
Ao contrário da substituição “para frente”, na substituição tributária 
“para trás” ocorre a postergação (adiamento ou diferimento) do pagamento do 
tributo para momento posterior à ocorrência do fato gerador, ou seja, não há 
contemporaneidade do pagamento com o fato gerador. 
 
 
O saudoso Celso Ribeiro Bastos pontua exemplarmente tal instituto: 
 
“O diferimento é o não recolhimento do ICMS em determinada 
operação ficando adiado para etapa posterior. Por esta técnica, o 
pagamento do imposto incidente sobre a saída de determinada 
mercadoria (no caso do ICMS) é transferido para as etapas 
posteriores de sua circulação.” 
 
Deste modo, por exemplo, adia-se o pagamento do ICMS por mera 
conveniência da administração fiscal, uma vez que o substituído (produtor rural 
– leite cru ou cana em caule; ferro velho) não dispõe de aparato contábil para 
efetuar o recolhimento tributário, razão pela qual o ônus tributário recai sobre o 
substituto legal tributário (fábrica de laticínio; usina de cana de açúcar; fábrica 
que utiliza da sucata). 
 
Portanto, deve-se recolher o tributo na “entrada” do bem do 
estabelecimento adquirente. 
 
 
Por fim, realçamos o instituto da retenção na fonte. 
 
O parágrafo único do art. 45 do CTN é o exemplo clássico da retenção 
na fonte, dispondo que “a lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos 
proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e 
recolhimento lhe caibam”. 
 
Decerto, existe uma discussão doutrinária forte sobre a natureza 
jurídica da retenção na fonte. 
 
 
São três correntes: (i) é uma espécie de substituição tributária “pra 
trás”; (ii) é uma espécie de responsabilidade tributária simples, nos termos do 
art. 121, II, do CTN; (iii) é uma obrigação tributária acessória ou dever 
instrumental do agente arrecadador. 
 
O que importa realmente é você saber o atual entendimento do STJ, 
que é o seguinte: 
 
(a) a falta de retenção do imposto de renda (IR) pela fonte 
pagadora não isenta o contribuinte do pagamento do tributo, 
 
 
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pois é ele quem tem relação direta e pessoal com a situação que 
configura o fato gerador da exação. Isto é, a falta de cumprimento 
do dever de recolher na fonte pelo responsável tributário, não 
exclui a obrigação do contribuinte, que auferiu a renda, de 
oferecê-la à tributação (ERESP 644.223/SC e 380.081/SC); 
 
(b) a responsabilidade do contribuinte só será excluída se ocorrer 
comprovação de que a fonte pagadora reteve o IR a que estava 
obrigada (REsp 795.131⁄AL). 
 
(c) o contribuinte continua obrigado a declarar o valor por ocasião 
do ajuste anual do IR, podendo, inclusive, receber restituição ou 
ser obrigado a suplementar o pagamento do IR (REsp 
652.293⁄PR). 
 
 
Vamos para as questões: 
 
26. (AFRF/2003 /ESAF) O texto abaixo sobre substituição tributária é 
reprodução do § 7º do art. 150 da Constituição Federal. Assinale a 
opção que preenche corretamente as lacunas do texto. 
“_____[I]______ poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação 
tributária a condição de _____[II]_____ pelo pagamento 
_______[III]_____, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, 
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, 
caso ______[IV]_______ o fato gerador presumido.” 
a) [I] A lei...[II] responsável...[III] de impostos ou contribuição...[IV] 
não se realize. 
b) [I] A legislação tributária...[II]substituto tributário...[III] de 
tributos...[IV] não ocorra. 
c) [I] Resolução do CONFAZ...[II] responsável...[III] do ICMS...[IV] se 
efetive. 
d) [I] Somente lei complementar...[II] substituto tributário...[III] do 
ICMS...[IV] não se materialize. 
e) [I] Medida Provisória...[II] substituto legal...[III] de impostos e 
contribuições...[IV] ocorra. 
 
A resposta é a letra “a”, pois, segundo a literalidade do § 7° do art. 150, 
da CF/88, “A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a 
condição de responsável pelo pagamento de impostos ou contribuição, cujo 
fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial 
restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido”. 
 
27. (Juiz Federal/5ª Região/1999) Em nosso sistema tributário, a 
característica mais marcante da substituição progressiva decorre 
a) da presunção da ocorrência do fato gerador. 
b) da ruptura do nexo de solidariedade entre o contribuinte e o 
substituto. 
 
 
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c) da inexistência do lançamento tributário. 
d) dos efeitos acumulativos do pagamento do tributo. 
e) da progressividade das alíquotas. 
 
A resposta é a letra “a”, pois a característica mais marcante da 
substituição tributária progressiva ou “pra frente” decorre essencialmente da 
presunção da ocorrência do fato gerador. 
 
28. (TCE/PE/2004/CESPE/UNB) A situação jurídica em que uma 
sociedade comercial que se dedica ao comércio varejista de venda 
de refrigerantes, cujo ICMS foi retido pelo distribuidor que recolheu, 
diretamente ao Estado, o valor de tal tributo, denomina-se 
substituição tributária para trás. 
 
O enunciado é falso, eis que não é a substituição tributária “para trás”, 
mas sim a substituição tributária “para frente” ou progressiva a situação 
caracterizada na questão. 
 
29. (AFRF/2005/TA/ESAF) A lei tributária pode atribuir 
responsabilidade solidária: 
a) a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva 
obrigação. 
b) a diversas pessoas, cabível a invocação, por elas, do benefício de 
ordem, não do benefício de divisão. 
c) quando não haja comunhão de interesses relativamente à 
situação que constitua fato gerador da obrigação principal. 
d) restrita às hipóteses expressas no Código Tributário Nacional. 
e) a quem tenha interesse comum no fato imponível, caso em que 
será exigível o tributo, integralmente, de cada um dos coobrigados. 
 
 
De acordo com o art. 128 do CTN, a resposta é a letra “a”. 
 
30. (ESAF/Procurador da Fazenda Nacional/2007.2) A ______ 
decorre de disposição de lei, atribuindo ao contribuinte-substituto a 
responsabilidade pela retenção do imposto em relação ao fato 
gerador futuro a que está vinculado. 
Em caso do não-cumprimento da obrigação pelo contribuinte- 
substituto, recai sobre o contribuinte substituído a chamada 
________ de recolher o imposto devido na operação. 
Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou 
rendas, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, 
desde o momento em que __________. 
Assinale a opção que contém as palavras que preencham de forma 
correta as lacunas acima. 
a) tributação indireta / repercussão tributária o crédito tributário seja 
objeto de execução fiscal ajuizada. 
 
 
 
 
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b) substituição tributária / responsabilidade supletiva/regularmente 
inscrito como dívida ativa. 
c) translação da responsabilidade tributária/responsabilidade 
derivada o juiz despache a petição inicial de execução fiscal. 
d) substituição tributária / responsabilidade para trás o devedor seja / 
citado. 
e) alteração da responsabilidade/responsabilidade cardeal/ 
notificado o contribuinte da constituição do crédito tributário. 
 
Esta questão trata de dois temas, que são a substituição tributária e a 
inscrição em dívida ativa. 
 
 
Nesse rumo, a resposta considerada como certa foi a letra “b”. 
 
De acordo com a interpretação do §7°, do art. 150, da CF/88, pode-se 
dizer que a substituição tributária decorre de disposição de lei, atribuindo ao 
contribuinte-substituto a responsabilidade pela retenção do imposto em relação 
ao fato gerador futuro a que está vinculado. 
 
Por sua vez, o segundo item estabelece um enunciado polêmico: “Em 
caso do não-cumprimento da obrigação pelo contribuinte-substituto, recai sobre 
o contribuinte substituído a chamada responsabilidade supletiva de recolher o 
imposto devido na operação”. 
 
É polêmico, pois, de acordo com o art. 128 do CTN, a lei pode excluir a 
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do 
cumprimento total ou parcial da referida obrigação. 
 
Trovando em miúdos, é a lei formal de cada tributo que deve tratar 
sobre a matéria. Decerto, pode a lei estabelecer o dever de pagar o tributo ao 
substituto e excluir o substituído ou o dever de pagar o tributo ao substituto, 
porém, o substituído continua obrigado supletivamente. 
 
E o enunciado não se refere especificadamente a qualquer tributo, 
devendo-se aplicar a opção do art. 128 do CTN. 
 
 
Já o terceiro item, está de acordo com o art. 185 do CTN, dispondo que 
“presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, por 
sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, desde o momento em 
que regularmente inscrito como dívida ativa. 
 
31. (FTE/AL/2002/CESPE/UNB) No sistema tributário brasileiro, o 
crédito tributário pode ser exigido antes da ocorrência do fato 
gerador da obrigação principal. 
 
 
É verdadeira, de acordo com a sistemática da substituição tributária 
“pra frente”. 
 
 
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32. (AFRE MG/2005/ESAF) Assinale a opção correta. 
“A lei poderá atribuir a sujeito passivo da obrigação tributária a 
condição de responsável pelo pagamento de imposto ou 
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, 
assegurada a imediata restituição da quantia paga, caso não se 
realize o fato gerador presumido” – art. 150, § 7º da CRFB/88. O 
dispositivo referido veicula: 
a) o instituto da substituição tributária para frente. 
b) o lançamento por homologação. 
c) um privilégio do crédito tributário. 
d) hipótese de responsabilidade por sucessão. 
e) sujeição passiva extraordinária. 
 
 
 
aula. 
 
 
A resposta é a letra “a”, conforme exaustivamente exposto em “sala” de 
 
 
33. (ESAF/AFE/2007/CE) No regime de substituição tributária, o 
entendimento atual do Supremo Tribunal Federal permite afirmar-se 
que: 
a) a operação realizada por preço inferior ao que tenha servido de 
base para o cálculo do imposto faz nascer o direito à compensação 
da diferença. 
b) existe a responsabilidade solidária sobre o tributo. 
c) assegura-se ao contribuinte substituído o direito à restituição do 
valor pago em qualquer hipótese. 
d) a restituição ocorre apenas nas hipóteses em que o fato gerador 
presumido não vier a acontecer. 
e) assegura-se ao contribuinte substituído o direito à restituição do 
valor pago apenas na hipótese em que este (substituído) venha a 
assumir também a condição de substituto. 
 
 
 
AL). 
 
 
É a letra “d”, de acordo com a jurisprudência atual do STF (ADI 1851-4- 
 
 
34. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2009) O caminhão tanque de uma 
distribuidora de combustível, sujeita ao regime de substituição 
tributária, transportava, pela rodovia Castelo Branco, gasolina para 
distribuição em postos de combustíveis na cidade de Bauru. Durante 
o trajeto,sofreu um acidente e perdeu todo o combustível 
transportado. Neste caso, nos termos da Constituição Federal, e 
com relação ao ICMS substituição tributária, é correto afirmar que 
(A) trata-se de causa de remissão do crédito tributário e, portanto, o 
ICMS não será devido. 
(B) trata-se de causa de anistia do crédito tributário e, portanto, o 
ICMS não será devido. 
 
 
 
 
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(C) a distribuidora poderá compensar o ICMS devido nesta operação 
com o montante cobrado nas anteriores. 
(D) trata-se de causa de isenção do crédito tributário e, portanto, o 
ICMS não será devido. 
(E) é assegurada a imediata restituição da quantia paga a título de 
ICMS, posto não ter ocorrido o fato gerador presumido. 
 
No caso, a interpretação do texto leva ao entendimento de que a 
distribuidora de combustível já havia antecipado o pagamento do ICMS e não 
ocorreu a futura e real venda de combustível ao chamado popularmente de 
posto de “gasolina”. 
 
Assim, a resposta é a letra “e”, pois caso não ocorra o fato gerador 
presumido, o §7°, do art. 150, da CF/88, assegura que deve acontecer à 
imediata restituição da quantia já paga. 
 
35. (FGV/AFE/RJ/2009) Com relação ao instituto da substituição 
tributária, aplicado ao ICMS, analise as seguintes afirmativas: 
I. Trata-se de um mecanismo legal pelo qual a responsabilidade pelo 
pagamento do imposto pode ser atribuída a sujeito passivo outro que 
não o contribuinte, destinatário constitucional do tributo. 
II. A chamada “substituição tributária para frente” tem relação direta 
com o instituto da responsabilidade por sucessão prevista no artigo 
129 do Código Tributário Nacional. 
III. Trata-se de uma decorrência lógica do perfil plurifásico do ICMS. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
 
 
O item I é verdadeiro, de acordo com o §7°, do art. 150, da CF/88. 
. 
O item II é falso, a substituição tributária para “frente” não tem relação 
direta com o instituto da responsabilidade por sucessão prevista no artigo 129 
do CTN, mas sim com o §7°, do art. 150, da CF/88 e o art. 128 do CTN, 
quando fixa que a lei pode estabelecer a responsabilidade tributária. 
 
O item III é falso, eis que na substituição tributária “pra frente” acontece 
o recolhimento antecipado do tributo. Portanto, não ocorrem diversos 
pagamentos da cadeia produtiva, mas somente o pagamento do tributo pelo 
substituto tributário. 
 
Destacamos que esta alternativa não é fácil na “agonia” da prova. Por 
exemplo, a alternativa estaria correta se o enunciado estabelece-se que a 
 
 
 
 
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substituição tributária é aplicada nos tributos que têm o perfil plurifásico. Acho 
que, em decorrência deste fato, muitos candidatos erraram tal questão. 
 
De pronto, visualizaram que a substituição tributária é aplicada no IPI e 
no ICMS e, por conseguinte, o item estaria correto. 
 
 
Portanto, a resposta é a letra “a”. 
 
36. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2009) Considere a seguinte 
situação: diretores de uma empresa que está sendo adquirida por 
outra pactuaram com a adquirente que suportarão o pagamento do 
ICMS devido até a data do ato da aquisição. Neste caso, a Fazenda 
(A) poderá cobrar o ICMS da empresa adquirente, posto que as 
convenções particulares não podem ser opostas à Fazenda Pública. 
(B) não poderá investir contra a empresa adquirente, posto que, por 
convenção particular, foi alterado o sujeito passivo da obrigação 
tributária. 
(C) não poderá investir contra a empresa adquirente, posto que esta 
não praticou o fato gerador da obrigação tributária. 
(D) poderá cobrar o ICMS da empresa adquirente pelo regime da 
substituição tributária para frente. 
(E) poderá responsabilizar os diretores por descumprimento do 
dever de pagar o tributo. 
 
A resposta desta questão é a combinação dos arts. 123 e 133 do CTN, 
que será explicado no próximo ponto desta aula. Portanto, é a letra “a”. 
 
37. (CESPE/Promotor de Justiça/RN/2009) A lei pode atribuir a 
terceiro responsabilidade tributária originária pelo cumprimento da 
obrigação tributária como sujeito passivo direto, a fim de facilitar a 
fiscalização e o recolhimento do tributo devido. A respeito desse 
assunto, é correto afirmar que 
A o enunciado corresponde a responsabilidade por sucessão. 
B o enunciado cuida de responsabilidade por solidariedade. 
C a lei não pode impor a terceiro a referida responsabilidade. 
D o enunciado trata de responsabilidade por substituição, cujas 
modalidades são de substituição para frente e substituição para trás. 
E a atribuição de responsabilidade a terceiro, pelo pagamento de 
obrigação tributária, pode ser instituída por ato administrativo, desde 
que haja previsão de todos os fatos que a geraram. 
 
A resposta é a letra “d”. Lembro que é corrente minoritária denomina o 
substituto tributário de sujeito passivo direto, que, segundo classificação 
doutrinária dominante, é o contribuinte que tem relação pessoal e direta com a 
situação que constitua o respectivo fato gerador (CTN, art. 121, I). 
 
 
 
 
 
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(CESPE/Delegado da Polícia Federal/2004) A fiscalização tributária 
apreendeu em estabelecimento farmacêutico controle paralelo de 
vendas de três anos anteriores à fiscalização, sem emissão de notas 
fiscais, de cápsulas para emagrecimento compostas de substância 
capaz de causar dependência psíquica e acionou imediatamente a 
polícia, que efetuou a prisão em flagrante do sócio-gerente por 
tráfego de entorpecente, já que tal substância estava estocada em 
prateleira, vindo a ser proferida sentença condenatória com trânsito 
em julgado. Com base na situação hipotética acima, julgue os itens a 
seguir. 
 
 
Esta questão trata de vários temas. 
 
38. A lei não descreve atos ilícitos como hipótese de incidência do 
tributo, entretanto, a autoridade fazendária poderá exigir o tributo 
decorrente da venda dos psicotrópicos. 
 
 
É verdadeira, de acordo com o art. 118, I, do CTN. 
 
39. O proprietário do estabelecimento cometeu, em tese, crime 
contra a ordem tributária. 
 
É verdadeira. Este tema não cai na prova do dia 5 e 6 de Dezembro, 
pois é um crime tributário praticado por particular e não por funcionário público. 
 
De acordo com o art. 1°, da Lei 8.137/90, constitui crime contra a 
ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer 
acessório, mediante as seguintes condutas: I - omitir informação, ou prestar 
declaração falsa às autoridades fazendárias; II - fraudar a fiscalização 
tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer 
natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; III - falsificar ou alterar 
nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento 
relativo à operação tributável; IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar 
documento que saiba ou deva saber falso ou inexato; V - negar ou deixar de 
fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a 
venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou 
fornecê-la em desacordo com a legislação. 
. 
40. Se o estabelecimento em consideração for uma farmácia de 
manipulação e tiver fabricado as cápsulas apreendidas, o município 
poderá cobrar o ICMS devido sobre as vendas realizadas.É falsa, eis que o município não pode cobrar ICMS, mas somente os 
Estados e o Distrito Federal. 
 
 
 
 
 
 
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41. A responsabilidade penal tributária e a tributária penal não se 
confundem, apesar de ambas adotarem a responsabilidade 
subjetiva. 
 
É falsa. A responsabilidade penal tributária e a tributária penal 
realmente não se confundem. 
 
Porém, a responsabilidade penal tributária é subjetiva e a 
responsabilidade tributária penal, em regra, é objetiva, segundo os termos do 
art. 136 do CTN, que estabelece: “Salvo disposição de lei em contrário, a 
responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção 
do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos 
do ato”. 
 
42. Na hipótese considerada, se o produto comercializado for sujeito 
a substituição tributária, não gerará, para a farmácia, obrigação de 
recolher ICMS. 
 
A resposta está correta. O enunciado trata de uma hipótese. Se o 
produto comercializado for sujeito a substituição tributária, a obrigação de 
recolher ICMS é dos fabricantes das cápsulas para emagrecimento e não do 
comerciante farmacêutico. 
 
43. (CESPE/Auditor INSS/1998) Qualquer pessoa, 
independentemente de sua relação com o fato gerador da obrigação 
tributária, pode ser apontada pela lei como responsável tributário. 
 
É falsa, pois, de acordo com o art. 128 do CTN, sem prejuízo do 
disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a 
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato 
gerador da respectiva obrigação. 
 
 
3. Responsabilidade dos Sucessores. 
 
Antes de comentar o item, vamos citar os importantes arts. 129 a 133 
do CTN, que tratam da responsabilidade tributária dos sucessores, eis que 
muitas questões apenas cobram a literalidade dos dispositivos. 
 
 
Então, faça a leitura bem atenta destas regras, a saber: 
 
Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos 
tributários definitivamente constituídos ou em curso de constituição à 
data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente aos 
mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias 
surgidas até a referida data. 
 
 
 
 
 
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Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato 
gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens 
imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços 
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se 
na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do 
título a prova de sua quitação. 
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub- 
rogação ocorre sobre o respectivo preço. 
 
 
Art. 131. São pessoalmente responsáveis: 
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens 
adquiridos ou remidos; II - o sucessor a qualquer título e o 
cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data 
da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao 
montante do quinhão do legado ou da meação; III - o espólio, 
pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da 
sucessão. 
 
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, 
transformação ou incorporação de outra ou em outra é 
responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas 
pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou 
incorporadas. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de 
extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a 
exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer 
sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão 
social, ou sob firma individual. 
 
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que 
adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou 
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a 
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob 
firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao 
fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: 
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade; 
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na 
exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da 
alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, 
indústria ou profissão. 
§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de 
alienação judicial: I – em processo de falência; II – de filial ou 
unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. 
§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o 
adquirente for: I – sócio da sociedade falida ou em recuperação 
judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em 
 
 
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recuperação judicial; II – parente, em linha reta ou colateral 
até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou 
em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou III – 
identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação 
judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. 
§ 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de 
empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta 
de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 
(um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser 
utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de 
créditos que preferem ao tributário. 
 
Na responsabilidade dos sucessores, percebe-se que a obrigação 
tributária se transfere para outro devedor em virtude do “desaparecimento” do 
devedor original ou por venda do imóvel ou do estabelecimento empresarial, 
sendo que, em princípio, a obrigação tributária se transfere para o comprador. 
 
Desta forma, disserta-se que é importante, para fins de atribuição da 
responsabilidade por sucessão, a data da ocorrência do fato gerador e não a 
data da constituição do crédito tributário. 
 
Assim, segundo o art. 129 do CTN, esta responsabilidade se aplica 
por igual aos créditos tributários definitivamente constituídos ou em curso de 
constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos 
posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações 
tributárias surgidas até a referida data. 
 
 
Decerto, a doutrina classifica os casos de responsabilidade dos 
sucessores da seguinte forma: (i) responsabilidade por sucessão imobiliária 
(CTN, art. 130); (ii) responsabilidade por sucessão pessoal (CTN, art. 131); (iii) 
responsabilidade por sucessão empresarial (CTN, arts. 133 e 133). 
 
Nesse rumo, por exemplo, a responsabilidade por sucessão acontece 
no caso em que (a) o proprietário de determinado imóvel urbano falece sem 
pagar IPTU, passando a responsabilidade para o espólio (bens que alguém, 
morrendo, deixou), conforme art. 131, III, do CTN; (b) bem móvel é alienado 
(vendido) com dívidas de IPVA (art. 131, I, do CTN); (c) bem imóvel é alienado 
com dívidas de IPTU (art. 130 do CTN), dentre outros exemplos. 
 
Deste modo, na responsabilidade por sucessão imobiliária os créditos 
tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio 
útil ou a posse de bens imóveis (IPTU, ITR), e bem assim os relativos a taxas 
pela prestação de serviços referentes a tais bens (taxa de lixo domiciliar), ou a 
contribuições de melhoriasobre a valorização do imóvel, subrogam-se na 
pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova 
de sua quitação (CTN, art. 130). 
 
 
 
 
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O título que prova a quitação tributária é, por exemplo, a certidão 
negativa de débitos tributários. 
 
No caso, o arrematante em hasta pública (leilão) não é responsável 
tributário pelo pagamento do tributo sobre bens imóveis, ocorrendo a sub- 
rogação real sobre o preço do bem arrematado, conforme o parágrafo único do 
art. 130 do CTN. 
 
 
 
tema: 
 
 
Vejamos a seguinte decisão jurisprudencial esclarecedora sobre o 
 
 
“Consoante o art. 130 do CTN, parágrafo único, há sub-rogação do 
crédito tributário sobre o preço pelo qual arrematado o bem em 
hasta pública. O adquirente recebe o imóvel desonerado dos 
ônus tributários devidos até a data da realização da praça.” 
(STJ. AgRg no REsp 849025/RS) 
 
 
Todavia, devemos esclarecer que atualmente a jurisprudência do STJ 
tem estendido tal regra também aos bens móveis e semoventes. 
 
 
Senão, vejamos: 
 
 
“O credor que arremata veículo em relação ao qual pendia débito de 
IPVA não responde pelo tributo em atraso. O crédito proveniente do 
IPVA subroga-se no preço pago pelo arrematante. Alcance do art. 
130, parágrafo único, do CTN. 
Se, entretanto, o bem foi adjudicado ao credor, é encargo deste, 
depositar o valor correspondente ao débito por IPVA. (REsp 
905.208/SP, DJ 31⁄10⁄2007) 
 
“A arrematação de bem em hasta pública é considerada como 
aquisição originária, inexistindo relação jurídica entre o arrematante 
e o anterior proprietário do bem. 
Os débitos anteriores à arrematação subrogam-se no preço da 
hasta. Aplicação do artigo 130, § único do CTN, em interpretação 
que se estende aos bens móveis e semoventes. (REsp Nº 
807.455/RS, DJ 11/11/2008). 
 
Ainda sobre o art. 130, parágrafo único, do CTN, o STJ também já 
decidiu que se edital do leilão prevê a responsabilidade do arrematante por 
dívidas tributárias, há a renúncia tácita do adquirente do bem, que é apta a 
afastar a incidência do dispositivo no caso. 
 
Isto é, prestigiando-se as normas do leilão, o STJ compreende que 
aquele que participa do leilão, inclusive procedendo a arrematação do bem, 
aceita as condições contidas no edital do leilão e, por consequência, renúncia 
 
 
 
 
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tacitamente ao disposto no parágrafo único do artigo 130 do CTN (por exemplo, 
REsp Nº 716.438/PR, DJ 17/12/2008). 
. 
Por outro lado, na responsabilidade por sucessão pessoal, existem três 
regras fundamentais: (a) o adquirente ou remitente, responde pelos tributos 
relativos aos bens adquiridos ou remidos (é a regra geral - art. 131, I); (b) o 
sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, responde pelos tributos devidos 
pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta 
responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação (art. 131, 
II); (c) o espólio, responde pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da 
abertura da sucessão (art. 131, III). 
 
Na hipótese dos incisos II e III, do art. 131, do CTN, denominado 
também de sucessão causa mortis ou hereditária, verificamos algumas 
hipóteses relevantes: 
 
 
(i) tributos devidos pelo de cujus (“morto”) até a data da morte 
(“abertura da sucessão”), o responsável é o espólio; 
 
(ii) tributos devidos pelo de cujus não pagos pelo espólio até a data 
da partilha ou adjudicação, responde o sucessor a qualquer título 
e o cônjuge meeiro, limitado ao montante do seu respectivo quinhão 
(bens transferidos a cada um); 
 
(iii) fatos geradores ocorridos após a partilha ou adjudicação, os 
sucessores e o cônjuge meeiro são contribuintes e não 
responsáveis. 
 
Destacamos que o sucessor a qualquer título é considerado o indivíduo 
que passa a ser proprietário do bem em razão do falecimento do proprietário 
anterior. 
 
E a responsabilidade tributária é limitada à data da partilha ou da 
adjudicação, porque, a partir desse momento, o sucessor adquire a condição 
de proprietário do bem. Decerto, a responsabilidade tributária é limitada ao 
valor do bem transferido. 
 
Lembramos aqui também o entendimento da jurisprudência do STJ 
afirmando que, além do tributo, também pode ser cobrada a multa aplicada 
antes da sucessão, a saber: 
 
“É iterativo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça no 
sentido de que a multa aplicada antes da sucessão incorpora-se ao 
patrimônio do contribuinte, podendo ser exigida do sucessor nas 
hipóteses que restar configurada a responsabilidade por sucessão” 
(STJ. REsp 530811/PR. DJ de 26/03/07) 
 
 
 
 
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Noutro ponto, na responsabilidade por sucessão empresarial, de 
acordo com os incisos I e II, do art. 133 do CTN, a pessoa natural ou jurídica de 
direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou 
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva 
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome 
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento 
adquirido, devidos até à data do ato: 
 
(i) integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade; 
 
 
(ii) subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na 
exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da 
alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, 
indústria ou profissão. Aqui há benefício de ordem, devendo-se 
cobrar a dívida tributária do alienante e, na hipótese de 
inadimplência deste, cobra-se do adquirente. 
 
O entendimento atual do STJ é também que o sucessor responde pela 
multa, a saber: 
 
“A responsabilidade tributária não está limitada aos tributos devidos 
pelos sucedidos, mas também se refere às multas, moratórias ou 
de outra espécie, que, por representarem dívida de valor, 
acompanham o passivo do patrimônio adquirido pelo sucessor. 
Nada obstante os art. 132 e 133 apenas refiram-se aos tributos 
devidos pelo sucedido, o art. 129 dispõe que o disposto na Seção II 
do CTN aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente 
constituídos ou em curso de constituição, compreendendo o crédito 
tributário não apenas as dívidas decorrentes de tributos, mas 
também de penalidades pecuniárias (art. 139 c/c § 1º do art. 113 do 
CTN).” (REsp 1017186/SC, DJe 27/03/2008) 
 
Destacamos que a Lei Complementar 118/2005, como objetivo de 
adequar o CTN a nova Lei de recuperação judicial, extrajudicial e falência do 
empresário e da sociedade empresária (11.101/2005), acrescentou algumas 
regras ao art. 133 do CTN. 
 
Primeiro, visando satisfazer os credores do falido e também a 
recuperação judicial da empresa, estabeleceu que art. 133 não se aplica na 
hipótese de alienação judicial: (a) em processo de falência; (b) de filial ou 
unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial (CTN, §1°, do 
art. 133). 
 
Segundo, objetivando evitar fraudes neste último procedimento, dispõe 
que não se aplica o § 1° do art. 133 quando o adquirente for: (a) sócio da 
sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo 
 
 
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devedor falido ou em recuperação judicial; (b) parente, em linha reta ou 
colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, dodevedor falido ou em 
recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou (c) identificado como 
agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de 
fraudar a sucessão tributária. 
 
Terceiro, com o objetivo de preservar a ordem de classificação dos 
créditos na falência, dispõe que, em processo da falência, o produto da 
alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá 
em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) 
ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o 
pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao 
tributário. 
 
Por sua vez, na sucessão societária, de acordo com o art. 132 do CTN, 
a pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou 
incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à 
data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, 
transformadas ou incorporadas. 
 
Desse modo, a pessoa jurídica resultante da operação societária será 
responsável pelos tributos devidos até a data do ato das respectivas 
operações. 
 
Com efeito, destacamos que são quatro, segundo o ordenamento 
vigente, os casos de operações societárias, pelas quais as sociedades 
empresariais mudam o seu perfil societário, com o objetivo de dotá-las de 
forma mais adequada à realização dos negócios sociais e do cumprimento das 
obrigações tributárias, que são as seguintes: 
 
(i) Fusão, sendo a operação pela qual se unem duas ou mais 
sociedades para formar sociedade nova; 
 
(ii) Transformação, que é a operação de mudança de tipo 
societário, por exemplo, a sociedade empresarial limitada torna-se 
sociedade anônima, ou vice-versa; 
 
(iii) Incorporação, considerada a operação pela qual uma ou mais 
sociedades são absorvidas por outra; 
 
(iv) Cisão, que pode ser total ou parcial. A cisão total é a operação 
pela qual se extingue uma pessoa jurídica, transferindo todo o seu 
patrimônio para outras duas pessoas jurídicas. Já a cisão parcial 
acontece quando houver apenas a subtração de parte de patrimônio 
de uma pessoa jurídica, com o objetivo de compor o patrimônio de 
outras pessoas jurídicas. 
 
 
 
 
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Constata-se que o art. 132 do CTN não fez menção explícita a cisão. 
 
Entretanto, o entendimento é que o CTN não faz referência expressa 
em virtude do conceito de cisão ser somente normatizado pela Lei de 
Sociedades Anônimas – S/A (Lei 6.404/76), não afastando, por conseguinte, a 
sua inclusão dentre as hipóteses de responsabilidade tributária por sucessão 
previstas no art. 132 do CTN, considerando-se a cisão como uma espécie de 
transformação. 
 
 
Vejamos algumas decisões neste sentido: 
 
“A empresa resultante de cisão que incorpora parte do patrimônio da 
outra responde solidariamente pelos débitos da empresa cindida.” 
(STJ, REsp 970585/RS, DJe 07/04/2008) 
 
“No caso de fusão, transformação (cisão) ou incorporação, a empre- 
sa primitiva, da qual surgiu uma nova, somente será responsável 
tributária pelos fatos geradores ocorridos até a data da fusão, 
transformação (cisão) ou incorporação.” (TRF-1ª Região. AC 
94.01.25061-8/BA) 
 
“A empresa que sucede outra empresa, objeto de cisão, é res- 
ponsável tributária, por sucessão, (arts. 132 e 133 do CTN).” (TRF- 
1ª Região. AC 1997.33.00.001849-7/BA) 
 
 
“A cisão implica solidariedade, aplicando-se ao caso o art. 132 do 
CTN e o art. 233 da Lei 6.404/76” (TRF-4ª Região. AMS 
2005.71.08.010323-8/RS. DJe de 25/04/07.) 
 
 
Vamos para as questões: 
 
44. (TTN/94/ESAF) Um tabelião perante o qual se praticou ato que 
consista em fato gerador de tributo, e mostrando-se impossível a 
exigência do cumprimento da obrigação tributária principal de 
qualquer das partes no ato, 
a) é responsável pelo tributo, solidariamente. 
b) é sujeito passivo originário 
c) é contribuinte solidário 
d) é contribuinte, sem solidariedade 
e) não pode ser sujeito passivo, mas está obrigado a prestar todos 
os esclarecimentos que lhe sejam pedidos pela Fazenda Pública 
 
A resposta é a letra “a”, segundo o art. 134, V, do CTN, que trataremos 
no próximo item. 
 
45. (TTN/94/ESAF) “A” arrematou em hasta pública um imóvel, 
sendo certo que o anterior proprietário, “B”, há quatro anos deixava 
 
 
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de pagar o imposto sobre a propriedade territorial urbana. Esse 
crédito tributário 
a) deve ser cobrado de B, que é o contribuinte. 
b) deve ser cobrado de A, que é o responsável. 
c) deve ter-se como sub-rogado no preço da arrematação. 
d) deve ser cobrado do oficial do registro de imóveis, que é o 
contribuinte. 
e) não pode ser mais cobrado, pois já se encontra alcançado pela 
prescrição. 
 
 
 
CTN. 
 
 
A resposta é a letra “c”, conforme o parágrafo único do art. 130 do 
 
 
 
46. (AFRF/2000/ESAF) 
(i) Os créditos tributários relativos ao imposto territorial rural sub- 
rogam-se na pessoa do adquirente do imóvel? 
(ii) E se constar do título a prova de sua quitação, é o adquirente 
responsável por esses créditos tributários? 
(iii) Responde o espólio pelos tributos devidos pelo falecido até a 
data da abertura da sucessão? 
a) sim, sim, sim. 
b) não, não, sim. 
c) sim, não, não. 
d) não, não, não. 
e) sim, não, sim. 
 
O item I a resposta foi sim, segundo a banca examinadora, pois os 
créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o 
domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela 
prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, 
subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes. Porém, deveria ser 
ressalvada a hipótese de constar do título de aquisição a prova de quitação do 
ITR. 
 
O item II é não, pois se constar do título a prova de sua quitação, é o 
tabelião responsável por esses créditos tributários, em razão do art. 134, VI, do 
CTN. 
O item III é sim, de acordo com o art. 131, III, do CTN. 
 
 
Portanto, a resposta é a letra “e”. 
 
 
47. (PFN/1998/ESAF) Assinale a opção correta. 
a) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, 
transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável 
por sucessão pelos tributos cujos fatos geradores ocorrerem a partir 
da data do ato, e as pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, 
 
 
 
 
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transformadas ou incorporadas, são responsáveis exclusivas pelos 
tributos devidos até essa data. 
b) Na liquidação de uma sociedade em nome coletivo, há 
responsabilidade dos sócios-gerentes pelas dívidas relativas a seus 
atos, mas esta é limitada à proporção de sua participação no capital 
social. 
c) A responsabilidade do agente, por infrações, depende da 
existência do elemento subjetivo (dolo ou culpa), salvo disposição de 
lei em contrário. 
d) Segundo decorre do Código Tributário Nacional (CTN), a lei não 
pode atribuir de modo implícito a responsabilidade pelo crédito 
tributário a terceira pessoa, nem a quem seja desvinculado do fato 
gerador da respectiva obrigação. 
e) O disposto na Seção da Responsabilidade dos Sucessores, no 
CTN, restringe-se aos créditos tributários definitivamente 
constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela 
referidos, não se aplicando aos constituídos posteriormente aos 
mesmos atos, ainda que relativos a obrigações tributárias surgidas 
até a referidadata. 
 
A letra “a” é falsa, porque a pessoa jurídica de direito privado que 
resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é 
responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de 
direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas (CTN, art. 132). 
 
A letra “b” é falsa, porque na liquidação de uma sociedade em nome 
coletivo, há responsabilidade dos sócios-gerentes pelas dívidas relativas a 
seus atos, apenas pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias 
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, 
contrato social ou estatutos (CTN, art. 135, III). 
 
A letra “c” é falsa, porque a responsabilidade do agente, por infrações, 
independe da existência do elemento subjetivo (dolo ou culpa), salvo 
disposição de lei em contrário, conforme expresso no art. 136 do CTN. 
 
A letra “d” é verdadeira, pois, segundo decorre do art. 128 do CTN, a lei 
não pode atribuir de modo implícito a responsabilidade pelo crédito tributário a 
terceira pessoa, nem a quem seja desvinculado do fato gerador da respectiva 
obrigação. 
 
A letra “e” é falsa, uma vez que o disposto na Seção da 
Responsabilidade dos Sucessores (arts. 129 a 133), no CTN, aplica-se por 
igual aos créditos tributários definitivamente constituídos ou em curso de 
constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente 
aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a 
referida data (CTN, art. 129). 
 
 
 
 
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48. (ESAF/Auditor Fiscal/Natal/2008) Sobre a responsabilidade 
tributária, assinale a única opção correta. 
a) O responsável tributário integra a relação jurídico tributária como 
devedor de um tributo, mesmo que não possua vinculação com o 
fato gerador da obrigação. 
b) Segundo a doutrina majoritária, a responsabilidade “por 
substituição” compreende as situações de responsabilidade “por 
sucessão” e “de terceiros”. 
c) Na transferência da obrigação tributária relativa a um bem imóvel, 
decorrente da morte do proprietário, o espólio torna-se sujeito 
passivo na condição de contribuinte. 
d) Na responsabilidade por substituição, a ausência de retenção ou 
pagamento do tributo pelo responsável não exime a obrigação do 
contribuinte em cumprir a obrigação principal. 
e) No caso de arrematação de bem móvel em hasta pública pelo 
credor, o arrematante adquire o bem livre de quaisquer ônus, não se 
investindo na figura de responsável pelo pagamento de tributos 
cujos fatos geradores tenham ocorrido até a data da aquisição. 
 
A letra “a” é falsa, porque o responsável tributário integra a relação 
jurídico-tributária como devedor de um tributo apenas quando possua 
vinculação com o fato gerador da obrigação. (CTN, art. 128). 
 
A letra “b” é falsa, uma vez que, segundo a doutrina majoritária, a 
responsabilidade por transferência comporta três situações possíveis: (ii) 
responsabilidade por solidariedade (arts. 124 e 
125 do CTN); (ii) responsabilidade dos sucessores (arts. 129 a 
133 do CTN) e (iii) responsabilidade de terceiros (arts. 134 e 135 do 
CTN). 
 
 
A letra “c” é falsa, uma vez que o espólio é pessoalmente responsável 
pelos tributos devidos pelo “de cujus” até a data da abertura da sucessão 
(CTN, art. 131, III). Isto é, o espólio é responsável tributário e não contribuinte. 
 
A letra “d” é foi considerada verdadeira pela banca. Porém, segundo o 
art. 128 do CTN, “sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de 
modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, 
vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a 
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do 
cumprimento total ou parcial da referida obrigação. 
 
Isto é, existe uma opção do legislador ordinário. Portanto, como a 
questão não específica o tributo, entendo que deveria ser considerada 
incorreta, o que não aconteceu. 
 
A letra “e” segundo a banca também é falsa, adotando-se o 
entendimento expresso no parágrafo único do art. 130 do CTN, estabelecendo 
que no caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o 
 
 
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respectivo preço. Porém, segundo interpretação literal, o caso é de bens 
imóveis, conforme o caput do próprio art. 130 do CTN. 
 
49. (ESAF/Procurador da Fazenda Nacional/2007.2/adaptada) 
Leia o enunciado e indique a opção correta, entre as cinco que se 
seguem. 
Segundo o art. 133 do Código Tributário Nacional (CTN), a pessoa 
natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por 
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, 
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a 
mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, 
responde integralmente pelos tributos, relativos ao fundo ou 
estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato, se o alienante 
cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade. No entanto, 
segundo o mesmo Código, 
a) a responsabilidade tributária será apenas subsidiária com o 
alienante, se este prosseguir na exploração, e se tratar de alienação 
judicial em processo de falência. 
b) não haverá responsabilidade do adquirente, integral ou 
subsidiária, quando se tratar de alienação judicial em processo de 
falência, salvo quando o adquirente for sócio da sociedade falida ou 
em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor 
falido ou em recuperação judicial; parente, em linha reta ou colateral 
até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou 
em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou 
identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação 
judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. 
c) não haverá responsabilidade integral do adquirente em caso de 
alienação judicial em processo de falência, mas subsiste a 
subsidiária. 
d) não haverá responsabilidade do adquirente em caso de alienação 
consensual, extra-processo, de cuja deliberação haja participado o 
representante da Fazenda Nacional. 
e) a responsabilidade tributária do falido será excluída, no caso de 
alienação determinada pelo juízo universal de falência. 
 
 
A resposta é a letra “b”, de acordo com o art. 133, §§1° e 2°, do CTN. 
 
50. (ESAF/Procurador da Fazenda Nacional/2007.1) A pessoa 
natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por 
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, 
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a 
mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, 
responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento 
adquirido, devidos até a data do ato, subsidiariamente com o 
alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar, dentro de seis 
meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou 
 
 
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em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. No entanto, há 
casos em que isso não ocorrerá. Entre os casos em que não haverá 
responsabilidade por sucessão, está a de qualquer alienação judicial 
a) a sócio da falida. 
b) a sociedade controlada pelo devedor em recuperação judicial. 
c) em processo de falência, a um concorrente do devedor que não 
tenharelação com ele nem com sócio seu. 
d) em processo de liquidação extrajudicial quando a relação com o 
devedor é de mero cunhadio. 
e) em processo de falência quando a relação com o falido for até o 
quinto grau. 
 
 
A resposta é a letra “c”, de acordo com o art. 133, §§1° e 2°, do CTN. 
 
51. (FGV/AFE/RJ/2009) A respeito da aquisição, a qualquer título, 
de fundo de comércio, estabelecimento comercial, industrial ou 
profissional, para fins de responsabilidade tributária, é correto 
afirmar que: 
(A) implicará sempre, para o adquirente, responsabilidade integral. 
(B) não haverá responsabilidade do adquirente na hipótese de se 
tratar de alienação judicial de filial ou unidade produtiva isolada em 
processo de recuperação judicial. 
(C) a extensão da responsabilidade do adquirente não se altera em 
função do fato de o alienante (do estabelecimento) cessar a 
exploração de comércio, indústria ou atividade. 
(D) nos casos de aquisição de mero estabelecimento, não há que se 
falar em responsabilidade por sucessão, o que apenas ocorre nos 
casos de aquisição da própria pessoa jurídica titular do 
estabelecimento. 
(E) o contrato firmado com o alienante, pelo qual este assume a 
responsabilidade pelos débitos gerados durante sua gestão, poderá 
ser oposto, pelo adquirente, ao Fisco. 
 
A letra “b” é a correta, pois, em regra, o art. 133, §1°, inc. II, do CTN 
estabelece a exclusão da responsabilidade tributária do adquirente de unidade 
produtiva isolada ou filial, no curso de processo de recuperação judicial, com o 
objetivo de incentivar a arrematação do estabelecimento empresarial. 
 
52. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2009) A responsabilidade tributária 
deve vir prevista em lei, como decorrência dos princípios da 
legalidade e da tipicidade. Com previsão no Código Tributário 
Nacional, é responsável tributário 
(A) o alienante de estabelecimento comercial, pelos tributos cujos 
fatos geradores sejam anteriores à alienação. 
(B) o adquirente de estabelecimento comercial, pelos tributos cujos 
fatos geradores sejam anteriores à alienação, quando o alienante só 
 
 
 
 
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retomar a exploração de comércio, indústria ou atividade seis meses 
após a alienação. 
(C) o alienante de veículo automotor e o alienante de bem imóvel, 
pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores à alienação. 
(D) o incapaz submetido ao poder familiar, tutela ou curatela, pelos 
tributos cujos fatos geradores tenha praticado. 
(E) cada um dos sócios por obrigações tributárias resultantes de 
atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato 
ou estatuto social de empresa, independentemente da qualidade de 
representante legal. 
 
 
A letra “b” é a correta, conforme o art. 133, I e II, do CTN. 
 
(CESPE/Procurador Federal/2007) A BM Confecções Ltda. adquiriu 
o estabelecimento empresarial da Divina Vestuário Feminino Ltda., 
continuando a exploração da atividade deste estabelecimento, sob 
outra razão social. Quanto à situação hipotética acima e às normas 
atinentes à obrigação tributária, julgue os itens a seguir. 
 
53. A responsabilidade tributária da BM Confecções Ltda. abrange 
as multas moratórias e punitivas devidas pela Divina Vestuário 
Feminino Ltda., por expressa disposição legal. 
 
É falsa, pois, por expressa disposição legal (CTN, art. 133, I e II), a 
responsabilidade tributária da BM Confecções Ltda. abrange apenas os 
tributos. 
 
 
Ressaltamos que no entendimento do STJ é outro, a saber: 
 
“A responsabilidade tributária não está limitada aos tributos devidos 
pelos sucedidos, mas abrange as multas, moratórias ou de outra 
espécie, que, por representarem penalidade pecuniária, 
acompanham o passivo do patrimônio adquirido pelo sucessor. 
Segundo dispõe o artigo 113, § 3º, do CTN, o descumprimento de 
obrigação acessória faz surgir, imediatamente, nova obrigação 
consistente no pagamento da multa tributária. A responsabilidade do 
sucessor abrange, nos termos do artigo 129 do CTN, os créditos 
definitivamente constituídos, em curso de constituição ou 
„constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a 
obrigações tributárias surgidas até a referida data‟, que é o caso dos 
autos”. (REsp 959389 / RS DJe 21/05/2009). 
 
54. A BM Confecções Ltda. responderá integralmente pelos tributos 
devidos pela Divina Vestuário Feminino Ltda. até a data do ato de 
aquisição do estabelecimento empresarial, se a alienante cessar a 
exploração da atividade. 
 
 
 
 
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É verdadeira, de acordo como art. 133, I, do CTN. 
 
55. (CESPE/Procurador Estadual/ES/2008) Se, no curso de ação 
de execução fiscal, certo contribuinte adquirir, em leilão judicial, um 
veículo automotor cujo antigo proprietário não tenha quitado as 
dívidas do imposto sobre a propriedade de veículos automotores 
(IPVA) e de multas por excesso de velocidade, nesse caso, a 
arrematação terá o efeito de extinguir os ônus que incidem sobre o 
bem arrematado, passando este ao arrematante livre e 
desembaraçado dos encargos tributários. 
 
 
A CESPE cobrou a jurisprudência do STJ, a saber: 
 
“TRIBUTÁRIO - ARREMATAÇÃO JUDICIAL DE VEÍCULO - 
DÉBITO DE IPVA - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA - CTN, 
ART. 130, PARÁGRAFO ÚNICO. 
1. A arrematação de bem em hasta pública é considerada como 
aquisição originária, inexistindo relação jurídica entre o 
arrematante e o anterior proprietário do bem. 
2. Os débitos anteriores à arrematação subrogam-se no preço da 
hasta. Aplicação do artigo 130, § único do CTN, em interpretação 
que se estende aos bens móveis e semoventes”. 
 
(CESPE/Auditor INSS/1997) Cabe aos estados e ao DF instituir o 
IPVA (Constituição, art. 155). Um cidadão, servidor público sob 
investigação com base na Lei da Improbidade Administrativa (Lei nº 
8.429, de 02/06/1992), possui quatro automóveis importados, com 
valor unitário de R$ 60.000,00, das marcas AA, BB, CC e DD e 
resolve alienar o da marca CC a um cunhado seu, por R$ 60.000,00. 
Depois da alienação, gasta todo o dinheiro da alienação e vem a 
falecer, deixando, por testamento, os outros três automóveis, um 
para cada um de seus três filhos, seus únicos herdeiros. Na data do 
óbito, o servidor devia, em tributos federais, o valor de R$ 
300.000,00 e os automóveis eram seu único patrimônio. Diante 
dessa situação, julgue os itens abaixo. 
 
 
Esta questão é muito boa. 
 
56. Os sucessores do contribuinte falecido não serão legalmente 
obrigados a responder, individualmente, por mais do que R$ 
60.000,00. 
 
 
É certa, de acordo com o art. 131, II, do CTN. 
 
57. O espólio, se fosse constituído de patrimônio superior à dívida 
tributária surgida até a data da abertura da sucessão, suportaria todo 
o valor do crédito da Fazenda Pública. 
 
 
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É certa, de acordo com o art. 131, III, do CTN. 
 
58. O adquirente do veículo CC responderá pelos tributos incidentes 
sobre o automóvel, ainda que anteriores à venda. 
 
 
É certa, de acordo com o art. 131, I, do CTN. 
 
59. Se a venda houvesse sido de bem imóvel e existisse, na 
escritura de compra e venda, a prova da quitação dos tributos sobre 
ele incidentes, o adquirente não responderia por eles. 
 
 
É certa, de acordo com o caput, do art. 130, do CTN. 
 
60. Se o servidor fosse casado, o cônjuge sobrevivente responderia, 
em qualquer caso, pela integralidade da dívida tributária. 
 
 
É falsa, de acordo com o art. 131, II,do CTN. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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