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CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 1 www.pontodosconcursos.com.br AULA 01: Conceitos Macroeconômicos Básicos. Identidades Macroeconômicas fundamentais. Formas de mensuração do Produto e da Renda Nacional. O produto nominal x o produto real. Números índices. O Sistema de contas nacionais. Contas nacionais no Brasil. Noções sobre o balanço de pagamentos. Macroeconomia aberta. Estrutura do balanço de pagamentos. Regimes Cambiais.Crises Cambiais. • Síntese fundamental de Introdução aos agregados macroeconômicos: • Síntese fundamental de Contas Nacionais: Primeira fórmula: Identidade Investimento = Poupança Conta de Capital ou de acumulação Investimento Poupança Formação Bruta de Capital fixo (FBCF) Investimentos do governo (Ig) Variação de estoques ( Ve) Poupança bruta do setor privado (Sp) Poupança do governo em conta corrente (Sg) Poupança externa (Se) Investimento total bruto Poupança Total Daí, vem a fórmula a ser memorizada: FBCF + Ve + Ig = Sp + Sg + Se CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 2 www.pontodosconcursos.com.br Segunda fórmula: Poupança Externa = saldo deficitário do BP em conta corrente = passivo externo líquido Conta das transações correntes com o resto do mundo. Débito (aplicações dos recursos) Crédito (origens dos recursos) + Exportação bens/serviços + Rendas recebidas do exterior + Importação bens /serviços + Rendas enviadas para o exterior + Saldo das transações correntes com o resto do mundo Total de recebimentos Utilização dos recebimentos E assumimos também que Se = - TC em que: Se = - ( X – M) + RLEE Se = - X + M + RLEE Se = M – X + RLEE Terceira Fórmula: CONSUMO INTERMEDIÁRIO Produção Total - Produção Final = Consumo Intermediário Y total – Yfinal = C intermediário Y total = C intermediário + Cfinal + G + I + X – M • Síntese fundamental de Balanço de Pagamentos: A) Balança Comercial Exportações de bens e mercadorias Importações de bens e mercadorias B) Balança de Serviços Rendas de capitais ou serviços de fatores (juros, lucros, dividendos) Serviços não-fatores (viagens internacionais, fretes, seguros, despesas governamentais, royalties, assistência técnica, aluguéis de equipamentos) C) Transferências Unilaterais ( donativos em divisas ou mercadorias) CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 3 www.pontodosconcursos.com.br D) Saldo em conta corrente do Balanço de Pagamentos = A + B + C E) Movimento de Capitais Autônomos ou Balanço de Capitais Investimentos diretos líquidos Reinvestimentos Empréstimos e financiamentos Amortizações Capitais de curto prazo F) Erros e Omissões G) Saldo do Balanço de Pagamentos ( D + E + F) H) Financiamento do resultado ou Capitais Compensatórios Haveres e obrigações no exterior (variação das reservas cambiais internacionais) Empréstimos de regularização do FMI Atrasados comerciais NOVO BALANÇO DE PAGAMENTOS1 A) Balança Comercial B) Balança de Serviços e Rendas De acordo com a classificação adotada na metodologia na 5ª edição do Manual de Balanço de Pagamentos do FMI, o agrupamento serviços foi alterado quanto a sua composição. Itens anteriormente alocados como serviços migraram para outras contas. Como exemplo, pode-se citar os salários e ordenados que passaram a compor o item rendas e operações com derivativos que ganharam uma categoria própria inserida na conta financeira. C) Transferências Unilaterais ( donativos em divisas ou mercadorias) D) Saldo em conta corrente do Balanço de Pagamentos = A + B + C E) Contas de Capitais ou Conta Financeira Transferências unilaterais de capital (receita e despesa) compreendem os ingressos e remessas para o exterior a título de transferências de patrimônio de migrantes. Anteriormente à 5ª edição do Manual de Balanço de Pagamentos, esses valores eram alocados em transferências correntes. Bens não financeiros não produzidos relaciona-se com a venda ou compra de marcas ou patentes. Esta série iniciou-se em 2000, quando 1 As mudanças inseridas no novo balanço de pagamentos são basicamente de forma e não de conteúdo. Houve apenas uma maior detalhamento das contas, principalmente, da conta capital ou financeira. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 4 www.pontodosconcursos.com.br foram criados os códigos de natureza das operações para a cessão de marcas e patentes. Anteriormente, só existia a codificação para a licença de uso de marcas e patentes (alocadas em serviços – royalties e licenças). E.1) Investimentos diretos líquidos Representa o somatório dos valores líquidos de investimento brasileiro direto no exterior e investimento estrangeiro direto no Brasil. Compõem os investimentos diretos a participação no capital de empresas e os empréstimos intercompanhia. E.2) Investimentos em carteiras Registra os fluxos líquidos de ativos: (Investimento brasileiro em carteira - IBC) e passivos (Investimento estrangeiro em carteira - IEC), constituídos por valores mobiliários comumente negociados em mercados secundários de títulos. E.3) Derivativos Registra os fluxos financeiros relativos à liquidação de haveres e obrigações decorrentes de operações de swap, opções e futuros e os fluxos relativos aos prêmios de opções. Não inclui os fluxos de depósitos de margens de garantia vinculados às operações em bolsas de futuros, alocados em outros investimentos de curto prazo. E.4) Outros investimentos Representa o somatório dos valores líquidos dos ativos e passivos relacionados a créditos comerciais, empréstimos e financiamentos, moeda e depósito e outros ativos e passivos a curto e a longo prazos. Compreendem outros investimentos brasileiros e outros investimentos estrangeiros. F) Erros e Omissões G) Saldo do Balanço de Pagamentos ( D + E + F) H) Haveres da Autoridade Monetária Representa a variação das reservas internacionais do país, no conceito de liquidez internacional, deduzidos os ajustes relativos a valorizações/desvalorizações das moedas estrangeiras em relação ao dólar americano e os ganhos/perdas relativos a flutuações nos preços dos títulos e do ouro. Um sinal negativo indica aumento nos haveres. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 5 www.pontodosconcursos.com.br RELAÇÃO ENTRE O FLUXO INTERNACIONAL DE RECURSOS PARA ACUMULAÇÃO DE CAPITAL (I –S) E O FLUXO INTERNACIONAL DE BENS E SERVIÇOS (Nx) Conta Capital Conta Corrente Recursos externos Superavitária Deficitária Captação líquida Deficitária Superavitária Transferência líquida SÍNTESE DE PRODUTO NOMINAL x PRODUTO REAL – NÚMEROS- ÍNDICE. O PIB pode ser valorado a preços correntes ou a preços constantes. É valorado a preços correntes (caracterizando o PIB nominal) quando os bens e serviços finais são valorados a preços desse ano e é valorado a preços constantes (caracterizando o PIB real) quando os bens e serviços finais são trazidos para preços de um ano determinado. Os valores expressam-se em termos nominais (ou em preços correntes) quando não foram eliminados os efeitos do crescimento dos preços ou em termos reais (preços constantes) quando foram eliminados esses efeitos. O índice de preços é um exemplo de número índice e nada mais é do que um fator (deflator) empregado para descontar o efeito da inflação e transformar um valor nominal em um valor real. Os mais conhecidos são os índices de Laspeyres, Paasche e Fischer. O índice de Laspeyres ou método da época básica, que constitui uma média ponderada de relativos,sendo os fatores de ponderação determinados a partir de preços e de quantidades da época básica. Para o índice Laspeyres de preços: Lp = ∑ P1.Q0 x 100 ∑P0.Q0 onde: P1 é o preço do bem na época atual (recente); P0 é o preço do bem na época base (antiga); Q0 é a quantidade do bem na época base (antiga); O índice agregativo proposto por Paasche é, na sua fórmula original, uma média harmônica ponderada de relativos, sendo os pesos calculados com base nos preços e nas quantidades dos bens na época atual. A base de ponderação no índice de Paasche é, portanto, a época atual. Pp = ∑P1.Q1 x 100 ∑P0.Q1 CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 6 www.pontodosconcursos.com.br Cabe repisar que essa aula é matéria certa de cobrança na prova da ESAF, principalmente, o assunto Contas Nacionais que, invariavelmente, aparece com freqüência nesse tipo de prova. Acredito que aparecerão pelo menos duas questões, talvez três de Contas Nacionais e Balanço de Pagamentos. Já números-índices pode não ser cobrado ou aparecer “dentro” de uma questão de Contas Nacionais. QUESTÕES PROPOSTAS E GABARITO: 01- Sobre regimes cambiais, bolha especulativa e esterilização cambial, é correto afirmar que: a) Quando os preços de bens e serviços ajustam-se lentamente, os mercados de ativos também seguem a mesma lógica e a esse fenômeno denominamos overshooting. b) A existência de uma bolha especulativa significa que é fácil para o investidor ganhar com ela. c) Uma bolha especulativa representa que a taxa de câmbio desvia-se para longe do valor do equilíbrio ditado pelos fundamentos macroeconômicos, orientada por previsões autoconfirmadoras. d) A taxa de câmbio efetiva está ancorada na possibilidade nula de haver movimentos de depreciação ou desvalorização. e) A esterilização cambial é um mecanismo de mercado que visa expandir os influxos de capitais estrangeiros e provocar aumento de renda doméstica e de produção. 02- Sobre regimes cambiais, não é correto afirmar que: a) O câmbio fixo, quando adotado pelos países da Asia, provocou mudanças significativas na política cambial da região. b) No Brasil até janeiro de 1999, tínhamos liberdade de movimento internacional de capitais e taxa fixa de câmbio, mas não apresentávamos política monetária independente, focada no controle da inflação doméstica. c) Para o êxito da política de esterilização cambial, faz-se extremamente importante o controle da conta de capitais. d) A completa liberalização da conta capital é recomendável para um cenário de globalização de mercados irrestritamente. 03- (FGV/ECONOMISTA/COMPANHIA DE GÁS/RN-2006) O Produto Nacional Líquido a custo de fatores de uma economia, em certo período, alcançou o valor de $ 713.000. Considerando que o nível geral de preços variou de 15%, é correto deduzir que o valor real daquele agregado é: CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 7 www.pontodosconcursos.com.br a) $ 106.950. b)$ 475.333. c)$ 620.000. d)$ 723.695. e) $ 819.950. 04 – (CESGRANRIO/Economista-PETROBRAS-2005) Um país produz um único bem final, o pão, que é consumido por seus habitantes. O processo de produção do pão é descrito a seguir. Produto Valor do produto Insumos Valor Adicionado Trigo 10 0 10 Farinha 15 10 5 Pão 20 15 5 Neste caso, o valor adicionado e o valor bruto da produção são, respectivamente, iguais a: a) 5 e 20 b) 20 e 20 c) 20 e 5 d) 20 e 45 e) 45 e 20 05-(VUNESP/CMSP/2007) Em uma economia fechada e sem governo, que produz apenas laranjas e peixes, em 2005 foram produzidas 1000 laranjas ao preço unitário de $1 e 1000 peixes ao preço unitário de $1. Em 2006, foram produzidas 1500 laranjas ao preço de $2 cada e 600 peixes ao preço de $ 3 a unidade. A partir dessa informação, pode-se afirmar que as variações dos PIB nominal e real entre 2006 e 2005 foram, respectivamente: a) 50% e 25% b) 140% e 80% c) 10% e 5% d) 100% e 0% e) 140% e 5% 06- Assinale a assertiva correta referente ao tema produto nominal x produto real e números-índices. Considere uma economia que produz somente três tipos de frutas: maças, laranjas e bananas. Para o ano base (alguns anos atrás), os dados de produção e de preço são os seguintes: CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 8 www.pontodosconcursos.com.br Frutas Quantidade Preço Maça 3.000 sacos R$ 2,00 por saco Banana 6.000 cachos R$ 3,00 por cacho Laranja 8.000 sacos R$ 4,00 por saco Para o ano corrente, os dados de produção e preço são os seguintes: Frutas Quantidade Preço Maça 4.000 sacos R$ 3,00 por saco Banana 14.000 cachos R$ 2,00 por cacho Laranja 32.000 sacos R$ 5,00 por saco a) O valor real do PIB no ano corrente é R$ 200.000,00. b) Taxa de crescimento real do PIB entre o ano base e o ano corrente foi 218%. c) A taxa de crescimento do deflator implícito do PIB entre o ano base e o ano corrente foi de 8,9%. d) A inflação medida por um índice de preços fixos que toma a produção do ano base como referência foi superior à inflação medida pelo deflator implícito do PIB. e) A variação do PIB real será sempre igual ou menor que sua variação nominal. Gabarito: FVFFF 07 –(ESAF/AFRF – 2001) Considere uma economia hipotética que produza apenas 3 bens finais: arroz, feijão e carne, cujos preços (em unidades monetárias) e quantidades ( em unidades físicas), para os períodos 1 e 2, encontram-se na tabela a seguir: Período Arroz Preço qtde Feijão Preço qtde Carne Preço qtde 1 2,20 10 3,00 13 8,00 13 2 2,30 11 3,50 14 15,00 8 Considerando que a inflação utilizada para o cálculo do Produto Real Agregado desta economia foi de 59,79% entre os dois períodos, podemos afirmar que: a) o Produto Nominal cresceu 17,76% enquanto o Produto Real cresceu apenas 2,26%. b) o Produto Nominal cresceu 12,32% ao passo que não houve alteração no Produto Real. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 9 www.pontodosconcursos.com.br c) o Produto Nominal cresceu 17,76% ao passo que o Produto Real caiu 26,26%. d) o Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto Real caiu 42,03%. e) o Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto Real caiu 59,79%. 08 – (Economista-Petrobras- 1997) Considere uma economia com apenas dois produtos finais A e B e analise as informações de vendas em bilhões de reais e preços para estes produtos, para dois anos, que estão no quadro abaixo: Ano Qtde do bem A Preço do bem A Qtde do bem B Preço do bem B 1 200 10 1.000 6 2 1.500 2 1.500 10 Sendo assim, a variação percentual do PIB real, entre os anos 1 e 2, utilizando o ano 1 como base, é de: a) 115% b) 125% c) 200% d) 225% e) 300% 09- (ESAF/ENAP-2006) Considere os seguintes dados extraídos da conta de bens e serviços de um sistema de contas nacionais que segue a metodologia adotada no Brasil: Produção = 6000 Importação de bens e serviços = 250 Impostos sobre produto = 550 Consumo intermediário = 2850 Formação Bruta de capital fixo = 430 Variação de estoques = 25 Exportação de bens e serviços = 235 Com base nesses dados, o consumo final foi de: a) 2890 b) 3010 c) 3285 d) 3005 e) 3260 CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 10 www.pontodosconcursos.com.br 10-(ESAF-AFC-STN-2008) Considere os seguintes dados, em unidades monetárias, referentes a uma economia hipotética: Consumo do Governo: 200 Transferências realizadas pelo Governo: 100 Subsídios: 20 Impostos Diretos: 300 Impostos indiretos: 400 Outras receitas correntes do governo: 120 Exportações de bens e serviços: 100 Importações de bens e serviços: 200Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100 Variação de Estoques: 100 Poupança Bruta do Setor Privado: 200 Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 950 b) 900 c) 700 d) 750 e) 800 11-(ESAF/APO-MPOG-2008) No que diz respeito a agregados macroeconômicos e identidades contábeis, pode-se afirmar que os principais agregados derivados das contas nacionais são as medidas de Produto, Renda e Despesa. Assinale a única opção falsa no que se refere a agregados macroeconômicos. a) As medidas de Produto, Renda e Despesa, universalmente utilizadas, representam sínteses do esforço produtivo de um país em um determinado período de tempo, revelando várias etapas de atividade produtiva. b) O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é uma medida que se obtém dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período. c) O PIB per capita é um bom indicador de bem-estar da população residente no mesmo período. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 11 www.pontodosconcursos.com.br d) A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade de residentes. e) O PIB, avaliado pela ótica do produto, mede o total do valor adicionado produzido por firmas operando no país, independentemente da origem do seu capital. 12-(ESAF/ESPECIALISTA/MPOG-2008) Considere os seguintes dados para uma economia hipotética: Investimento privado: 200 Poupança privada: 100 Poupança do governo: 50 Déficit em transações correntes: 100 Com base nestas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que o investimento público e o déficit público são, respectivamente, a) zero e 50. b) 50 e 50. c) 50 e zero. d) zero e zero. e) 50 e 100. 13-(ESAF/ESPECIALISTA/MPOG-2008) Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia hipotética: Exportações de bens e serviços não fatores: 100; Importações de bens e serviços não fatores: 200; Renda líquida enviada ao exterior: 50; Variação de estoques: 50; Formação bruta de capital fixo: 260; Depreciação: 10; Saldo do governo em conta corrente: 50. Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança externa e a poupança líquida do setor privado são, respectivamente: a) 50 e 50. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 12 www.pontodosconcursos.com.br b) 100 e 150. c) 50 e 100. d) 100 e 50. e) 150 e 100. 14- (ESAF/ESPECIALISTA/MPOG-2008) A conta de bens e serviços do sistema de contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados para 2005 (em R$ 1.000.000): Produção: 3.786.683; Importação de bens e serviços: 247.362; Impostos sobre produto: 306.545; Subsídios aos produtos: 1.559; Despesas com consumo final: 1.721.783; Formação bruta de capital fixo: 342.237; Variação de estoques: 5.739; Exportação de bens e serviços: 324.842 Com base nestas informações, pode-se afirmar que o consumo intermediário foi de: a) 2.133.019 b) 1.944.430 c) 1.946.019 d) 2.231.014 e) 1.942.901 15-(ESAF-APO-SP-2009) O objetivo da Contabilidade Nacional é fornecer uma aferição macroscópica do desempenho real de uma economia em determinado período de tempo: quanto ela produz, quanto consome, quanto investe, como o investimento é financiado, quais as remunerações dos fatores de produção. Assim, baseado nos conceitos de Contas Nacionais, não se pode dizer que: a) a Renda Nacional é igual ao Produto Nacional Líquido, a preço de mercado. b) o Investimento corresponde ao acréscimo de estoque físico de capital, compreendendo a formação de capital fixo mais a variação de estoques. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 13 www.pontodosconcursos.com.br c) a Renda Disponível do Setor Público corresponde ao total da arrecadação fiscal, deduzidos os subsídios e as transferências ao setor privado. d) a diferença entre a renda líquida enviada ao exterior e o saldo das importações e exportações de bens e serviços não-fatores é chamada de Poupança Externa (Se). e) o Produto afere o valor total da produção da economia em determinado período de tempo. 16- As Contas Nacionais do Brasil fornecem os seguintes dados (valores hipotéticos, em milhões de reais): I. Renda Nacional Líquida a custo de fatores: 5.000 II. Impostos Indiretos: 1.000 III. Impostos Diretos: 500 IV. Subsídios: 100 V. Transferências: 200 VI. Depreciação: 400 VII. Renda Líquida enviada ao exterior: 0 Os índices de carga tributária bruta e líquida serão, respectivamente (desprezando-se os algarismos a partir da terceira casa decimal): a) 30,00 e 25,24. b) 19,04 e 14,29. c) 24,00 e 19,05. d) 27,77 e 23,02. e) 23,80 e 19,04. 17- Aponte a alternativa correta: a) O investimento em ações é um componente do investimento agregado, no sentido da contabilidade social. b) Não existe dupla contagem quando se agrega o valor adicionado da indústria de pneus com o valor adicionado da indústria de automóveis. c) A diferença entre o PIB e o PNB é dada pelas exportações e pelas importações. d) A renda a custo de fatores é calculada a partir do produto a preços de mercado, retirado o valor dos impostos diretos e somados os subsídios governamentais. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 14 www.pontodosconcursos.com.br e) A renda líquida dos fatores externos inclui o valor das amortizações de empréstimos financeiros tomados pelo país. (TREINAMENTO AVANÇADO-AFRFB-ESAF-2009) Com os dados a seguir, para uma economia hipotética, responda às questões 18 e 19: Produto Nacional Líquido a custo de fatores 1.500 Exportações de bens e serviços de não-fatores 100 Importações de bens e serviços de não-fatores 200 Tributos diretos 150 Tributos indiretos 200 Depreciação 60 Saldo do governo em conta corrente 150 Subsídios governamentais 80 Saldo do Balanço de Pagamentos em conta corrente (déficit) 40 18- O Produto Interno Bruto, a preços de mercado (PIBpm) é igual a: a) 1.800 b) 1.620 c) 1.700 d) 1.660 e) 1.680 19- Uma das alternativas abaixo é correta. Identifique-a: a) A dívida externa cresceu 190, no período. b) O passivo externo líquido cresceu 40, no período. c) A disponibilidade interna de bens e serviços é igual a 1.820. d) A carga tributária bruta foi, aproximadamente, de 19% do PIB a preços de mercado. e) A economia remeteu ao exterior poupança líquida igual a 40. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 15 www.pontodosconcursos.com.br 20- A partir das informações extraídas de um sistema de contas nacionais, assinale a resposta correta. Consumo Intermediário 1.100.036 Renda Disponível Bruta 1.122.522 Exportações 178.000 Consumo Final 655.836 Impostos sobre produtos 84.957 Produção 1.988.123 Importações 140.000 Variação de estoques 10.350 Transferências de capital líquidas enviadas ao resto do mundo 36 a) A chamada poupança bruta somou 466.886. b) A formação bruta de capital fixo desta economia foi de 268.858. c) O saldo externo desta economia no período foi de 3.000. d) O Produto Interno Bruto da economia brasileira para o período em análise foi de 937.044. e) As necessidades de financiamento externo da economia brasileira no período foram de 1.500. 21- Sobre contas nacionais, avalie o que se pede: a) Se a poupança externa for igual ao déficit público, a poupança do setor privado será idêntica ao investimento. b) A conta de capitais será negativa quando a poupança doméstica for menor que o investimento. c) O aumento do passivo externo líquido de um país em determinado período de tempo é equivalenteao déficit, nesse mesmo período, dos movimentos de capitais autônomos e compensatórios. 22- O Produto Interno Bruto (PIB) de um país é o valor monetário de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do país no período de um ano. A partir desse conceito, julgue os itens a seguir. a) Segundo a ótica do valor adicionado, o preço dos ônibus adquiridos pelas empresas do setor de transporte urbano não é computado no cálculo do PIB desse setor. b) Pela ótica da renda, o cálculo do PIB do setor de transporte urbano inclui os salários pagos para os motoristas dos ônibus das empresas desse setor. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 16 www.pontodosconcursos.com.br c) Se o capital de uma empresa de transporte urbano for totalmente internacional (empresa multinacional), o valor da produção dessa empresa não deve entrar no cálculo do PIB. d) No cálculo do PIB, não se considera a excessiva poluição dos ônibus de transporte urbano, que é um problema do setor. e) Por melhorar o bem-estar da população, contemplando uma demanda até então não atendida, o transporte público clandestino tem sido considerado no cálculo do PIB. 23-(ESAF-MPOG-EPPGG-2009) Considere os seguintes dados extraídos de um Sistema de Contas Nacionais, em unidades monetárias: Produto Interno Bruto: 1.162; Remuneração dos empregados: 450; Rendimento misto bruto (rendimento de autônomos): 150; Impostos sobre a produção e importação: 170; Subsídios à produção e importação: 8; Despesa de consumo final: 900; Exportação de bens e serviços: 100; Importação de bens e serviços: 38. Com base nessas informações, os valores para a formação bruta de capital fixo e para o excedente operacional bruto serão, respectivamente, a) 300 e 362 b) 200 e 450 c) 400 e 200 d) 200 e 400 e) 200 e 262 24-(ESAF-MPOG-EPPGG-2009) Considere os seguintes dados extraídos de um Sistema de Contas Nacionais extraídas das contas de produção de renda: Produção: 2.500; Impostos sobre produtos: 150; Produto Interno Bruto: 1.300; Impostos sobre a produção e de importação: 240; Subsídios à produção: zero; Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 17 www.pontodosconcursos.com.br autônomos: 625. Com base nessas informações, é correto afirmar que o consumo intermediário e a remuneração dos empregados são, respectivamente: a) 1.350 e 440 b) 1.350 e 435 c) 1.200 e 410 d) 1.200 e 440 e) 1.300 e 500 25-(ESAF-MPOG-EPPGG-2009) Considere os seguintes saldos, em unidades monetárias, para as contas dos Balanços de Pagamentos: Balanço comercial: - 700; Balanço de serviços: - 7.000; Balanço de rendas: - 18.000; Transferências unilaterais: + 1.500; Conta Capital: + 300; Investimento Direto: + 30.500; Investimento em Carteira: + 7.000; Derivativos: - 200; Outros investimentos na conta financeira = -18.000; Erros e omissões: + 2.500. Considerando esses lançamentos, é correto afirmar que a conta Haveres da Autoridade Monetária apresentou saldo de: a) + 2.000 b) – 2.100 c) – 2.900 d) zero e) + 2.100 26-(ESAF/ESPECIALISTA/MPOG-2008) Com relação ao comportamento da balança comercial a partir de 1990 até o presente momento, é correto afirmar que: a) após a implantação do Plano Real, o Brasil passa da condição de deficitário para superavitário comercial. Isto pode ser explicado pelos efeitos da estabilidade de preços sobre a balança comercial. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 18 www.pontodosconcursos.com.br b) na maior parte da segunda metade da década de 90, o Brasil apresentou déficits na balança comercial. Essa situação se reverte no início do século atual, em parte pelo comportamento da taxa de câmbio, pelo menos até o ano de 2002, e em parte pelo comportamento dos preços de vários itens da pauta de exportação brasileira. c) no ano de 1999, o Brasil apresentou o maior superávit na balança comercial dos últimos 20 anos. A explicação pode ser encontrada pela forte desvalorização sofrida pelo Real naquele ano. d) o século atual tem sido caracterizado como um período de déficits na balança comercial. Tais déficits podem ser explicados pela valorização que o Real passa a apresentar a partir de 2002. e) apesar da valorização do Real após o ano de 1994, o Brasil apresentou superávits na balança comercial durante toda a década de 1990. 27-(ESAF/APO-MPOG-2008) Pode-se afirmar que o Balanço de Pagamentos de um país é um resumo contábil das transações econômicas que este país faz com o resto do mundo, durante certo período de tempo. No que tange a Balanço de Pagamentos, assinale a única opção falsa. a) Na contabilização dos registros das transações efetuadas, adota-se o método das partidas dobradas. b) Sob a ótica do Balanço de Pagamentos, as transações internacionais podem ser de duas espécies: as transações autônomas e as transações compensatórias. c) O Brasil, ao longo de muitos anos, apresentou déficit na conta de transações correntes, que tinha que ser financiada por meio da entrada de capitais, levando ao aumento da divisa externa do país. d) O déficit em conta corrente do Balanço de Pagamentos corresponde à poupança interna da economia, isto é, à diferença entre investimento e poupança interna na conta capital do sistema de Contas Nacionais. e) Os fluxos do Balanço de Pagamentos afetam a posição internacional de investimentos do país. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 19 www.pontodosconcursos.com.br 28-(ESAF/APO-MPOG-2008) A atuação econômica do governo na área externa pode dar-se por meio da política cambial ou da política comercial. A política cambial refere-se a alterações na taxa de câmbio. No que diz respeito à política cambial, aponte a única opção falsa. a) Regime de taxas fixas de câmbio, onde o Banco Central fixa antecipadamente a taxa de câmbio, com a qual o mercado deve operar. b) A política adotada, na maioria dos países, e a chamada “flutuação suja”, na qual é adotado o regime de bandas cambiais, com o mercado de divisas, determinando a taxa de câmbio, mas com intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra. c) No regime de taxas flexíveis de câmbio, o Banco Central é o principal agente nesse mercado, tanto na compra como na venda de divisas, o que lhe permite, praticamente, manter a taxa de câmbio nos níveis em que ele deseja. d) Regime de bandas cambiais, onde o Banco Central fixa limites superior e inferior, dentro dos quais a taxa de câmbio pode flutuar. e) Regime de taxas flutuantes, onde a taxa de câmbio é determinada pelo mercado, pela oferta e pela demanda de moeda estrangeira. 29- (TREINAMENTO AVANÇADO – ESAF-AFRFB-2009) Sobre Contas Nacionais e Balanço de Pagamentos, tópicos essenciais em Macroeconomia, analise as assertivas abaixo e marque a assertiva correta: I) A conta financeira ou de capital não apresenta impacto nas reservas cambiais, isto é, o saldo positivo da conta financeira demonstra que o país absorveu mais capitais do exterior como investimento direto ou investimentos em carteira, mas que não tem repercussão alguma no saldo do balanço de pagamentos. II) Em economias abertas, a poupança externa (saída de capital estrangeiro) serve para financiar a taxa de investimento doméstica da economia na ausência ou insuficiência da poupança governamental ou das famílias e empresas nacionais. III) A poupança externa ou saldo positivo do balanço de pagamentos em conta corrente ou passivo externo líquido é mensurada, na ótica nacional, pelo montante enviado com as importações mais as rendas líquidas recebidas do exterior menos o montante recebido com as exportações. a) se I e II estiverem corretas. b) se II e II estiverem corretas. c) se I,II e III estiverem incorretas. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 20 www.pontodosconcursos.com.br d) se I, II e III estiverem corretas. e) se apenas I estiver correta. 30- (TREINAMENTO AVANÇADO – ESAF-AFRFB-2009) Segundo o caderno de Economia da Folha de S. Paulo, de 10/06/2009, pp. 21c, “ O Brasil vai colocar US$ 10 bilhões agora, e se for chamado, pode aportar mais US$ 4 bilhões para elevar o capital do FMI. O aporte ao FMI não reduzirá as reservas internacionais brasileiras e será realizado assim que a diretoria do fundo concluir a emissão do bônus que será subscrito não só pelo Brasil, mas também pela China (US$ 50 bilhões), pela Rússia (US$ 10 bilhões) e pela Índia, que ainda não anunciou o valor do aporte. Dessa forma, os Brics (sigla para Brasil, Rússia, Índia e China) vão colaborar para reduzir a vulnerabilidade internacional. Assinale a assertiva incorreta diante desse contexto: a) A elevação dos recursos do FMI contribui para resgatar a imagem da instituição e ajuda a suprir problemas de liquidez de alguns países que sentiram a crise global de forma mais acentuada. b) Pela primeira vez na história, o Brasil está encontrando condições de solidez para emprestar ao FMI, passando de contumaz devedor internacional para credor. c) Os empréstimos de regularização do FMI se encontram na conta de capitais compensatórios ou financiamento do resultado assim como os atrasados comerciais, os haveres de autoridade monetária e os financiamentos e amortizações privados. d) Pelo fato dos países estarem retraindo ou suspendendo parte importante dos novos investimentos e da crise no comércio exterior, a ajuda dos países emergentes contribui também para que os mesmos possam alavancar suas trocas externas. Não se trata de uma ação humanitária, mas de uma atuação geopolítica, estratégica de fato. e) Quando o saldo do balanço de pagamentos for negativo, a conta de capitais compensatórios é utilizada através da “queima” das reservas cambiais, em um primeiro momento. Caso essa medida não seja suficiente, os empréstimos ao FMI podem ser solicitados e, em última instância, o país decreta a moratória ou atrasados comerciais. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 21 www.pontodosconcursos.com.br 31- (TREINAMENTO AVANÇADO – ESAF-AFRFB-2009) Sobre Contas Nacionais e Balanço de Pagamentos, tópicos essenciais em Macroeconomia, analise as assertivas abaixo e marque a assertiva correta: I) A conta financeira ou de capital não apresenta impacto nas reservas cambiais, isto é, o saldo positivo da conta financeira demonstra que o país absorveu mais capitais do exterior como investimento direto ou investimentos em carteira, mas que não tem repercussão alguma no saldo do balanço de pagamentos. II) Em economias abertas, a poupança externa (saída de capital estrangeiro) serve para financiar a taxa de investimento doméstica da economia na ausência ou insuficiência da poupança governamental ou das famílias e empresas nacionais. III) A poupança externa ou saldo positivo do balanço de pagamentos em conta corrente ou passivo externo líquido é mensurada, na ótica nacional, pelo montante enviado com as importações mais as rendas líquidas recebidas do exterior menos o montante recebido com as exportações. a) se I e II estiverem corretas. b) se II e II estiverem corretas. c) se I, II e III estiverem incorretas. d) se I, II e III estiverem corretas. e) se apenas I estiver correta. 32- (TREINAMENTO AVANÇADO – ESAF-AFRFB-2009) Segundo o caderno de Economia da Folha de S. Paulo, de 10/06/2009, pp. 21c, “ O Brasil vai colocar US$ 10 bilhões agora, e se for chamado, pode aportar mais US$ 4 bilhões para elevar o capital do FMI. O aporte ao FMI não reduzirá as reservas internacionais brasileiras e será realizado assim que a diretoria do fundo concluir a emissão do bônus que será subscrito não só pelo Brasil, mas também pela China (US$ 50 bilhões), pela Rússia (US$ 10 bilhões) e pela Índia, que ainda não anunciou o valor do aporte. Dessa forma, os Brics (sigla para Brasil, Rússia, Índia e China) vão colaborar para reduzir a vulnerabilidade internacional. Assinale a assertiva incorreta diante desse contexto: CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 22 www.pontodosconcursos.com.br a) A elevação dos recursos do FMI contribui para resgatar a imagem da instituição e ajuda a suprir problemas de liquidez de alguns países que sentiram a crise global de forma mais acentuada. b) Pela primeira vez na história, o Brasil está encontrando condições de solidez para emprestar ao FMI, passando de contumaz devedor internacional para credor. c) Os empréstimos de regularização do FMI se encontram na conta de capitais compensatórios ou financiamento do resultado assim como os atrasados comerciais, os haveres de autoridade monetária e os financiamentos e amortizações privados. d) Pelo fato dos países estarem retraindo ou suspendendo parte importante dos novos investimentos e da crise no comércio exterior, a ajuda dos países emergentes contribui também para que os mesmos possam alavancar suas trocas externas. Não se trata de uma ação humanitária, mas de uma atuação geopolítica, estratégica de fato. e) Quando o saldo do balanço de pagamentos for negativo, a conta de capitais compensatórios é utilizada através da “queima” das reservas cambiais, em um primeiro momento. Caso essa medida não seja suficiente, os empréstimos ao FMI podem ser solicitados e, em última instância, o país decreta a moratória ou atrasados comerciais. 33-(TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) Numa economia hipotética, durante um determinado ano, foram efetuadas as seguintes transações com o exterior: - Exportação de mercadorias à vista: 1.000 - Amortizações pagas: 300 -Doações recebidas: 200 - Lucros remetidos para o exterior: 300 - Importações de mercadorias à vista: 800 - Empréstimos obtidos junto ao FMI: 150 - Fretes e seguros pagos: 200 - Juros pagos: 100 - Investimentos diretos: 200 Com base nesses dados, os resultados da Balança Comercial (BC), da Balança de Transações Correntes (BTC), para a Balança ou Conta de Capitais Autônomos (BKA) e para o saldo do Balanço de Pagamentos (BP) são, respectivamente: a) BC = 200; BTC = - 200; BKA= -100; BP = -300. b)BC = 200; BTC = -200; BKA= -100; BP = 300. c)BC = -200; BTC= 0; BKA = -100. BP= 300. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 23 www.pontodosconcursos.com.br d)BC = 200; BTC= 200; BKA= 100; BP =300. e) BC= -200; BTC= -200; BKA = 200; BP=-300. 34- Admita que as seguintes operações foram realizadas entre o Brasil e o exterior num dado período: Um grupo japonês realiza investimento de 500 milhões de dólares na privatização da Vale do Rio Doce. Companhias estrangeiras instaladas no Brasil remetem lucros de 50 milhões de dólares ao exterior. Uma agência de turismo brasileira efetua pagamentos a uma cadeia de hotéis norte-americana no valor de 20 milhões de dólares, referentes a serviços de hospedagem a turistas brasileiros. Uma montadora francesa de automóveis investe 100 milhões de dólares na construção de uma fábrica no Paraná. O Brasil importa, pagando à vista, 180 milhões de dólares em automóveis coreanos. O Brasil paga ao exterior 50 milhões de dólares em fretes. O Banco Central do Brasil refinancia, junto a um credor norte- americano, o pagamento de juros vencidos no valor de 80 milhões de dólares. Uma companhia aérea americana realiza uma compra à vista de aviões brasileiros no valor de 150 milhõesde dólares. Uma indústria brasileira de autopeças importa maquinário da Alemanha no valor de 60 milhões de dólares, financiados a longo prazo por um banco alemão. Classifique as seguintes afirmações, sobre balanço de pagamentos, como corretas ou incorretas: a) O déficit no balanço comercial é de 30 milhões. b) O movimento autônomo de capitais é de 660 milhões. c) O déficit em transações correntes é de 290 milhões. GABARITO DAS QUESTÕES: 01-C 18-B 02-D 19-B 03-C 20-B 04-D 21-VFF 05-E 22-VVFVF 06- 23-D 07-C 24-B 08-C 25-E 09-E 26-B 10-E 27-D CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 24 www.pontodosconcursos.com.br 11-C 28-B 12-C 29-C 13-E 30-C 14-B 31-C 15-A 32-C 16-E 33-A 17-B 34-FFV CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 25 www.pontodosconcursos.com.br QUESTÕES COMENTADAS: 01- Sobre regimes cambiais, bolha especulativa e esterilização cambial, é correto afirmar que: a) Quando os preços de bens e serviços ajustam-se lentamente, os mercados de ativos também seguem a mesma lógica e a esse fenômeno denominamos overshooting. b) A existência de uma bolha especulativa significa que é fácil para o investidor ganhar com ela. c) Uma bolha especulativa representa que a taxa de câmbio desvia-se para longe do valor do equilíbrio ditado pelos fundamentos macroeconômicos, orientada por previsões autoconfirmadoras. d) A taxa de câmbio efetiva está ancorada na possibilidade nula de haver movimentos de depreciação ou desvalorização. e) A esterilização cambial é um mecanismo de mercado que visa expandir os influxos de capitais estrangeiros e provocar aumento de renda doméstica e de produção. Comentários: A assertiva A está incorreta porque quando os preços de bens ajustam-se lentamente, mas os mercados de ativos ajustam-se imediatamente, a taxa de câmbio ultrapassa (overshoots), no curto prazo, o seu equilíbrio de longo prazo. A assertiva B está incorreta porque saber que uma bolha deve estourar no futuro não significa que os investidores possam acreditar que seguramente irão lucrar com troca de moedas (ou vender a moeda a descoberto), porque não se sabe por quanto tempo a bolha continuará, e o investidro que não acompanhar a tendência perceberá perdas se ela não for revertida. Isto foi o que aconteceu a todos aqueles que, em 1983 ou 1984, previram a depreciação do dólar de forma prematura. A assertiva C está correta porque uma bolha desse tipo surgiria da seguinte forma: no período 0, por alguma razão, os especuladores passam a julgar, subitamente, que a moeda irá se depreciar no período 1. Por exemplo, mesmo sem nenhuma razão para esperar uma mudança futura nos fundamentos, os especuladores podem formar as suas expectativas simplesmente extrapolando desvio normal e transitório da taxa de câmbio. Para se proteger da temida depreciação, eles vendem a moeda doméstica, diminuindo seu preço no período 0. A assertiva D está incorreta porque a taxa de câmbio efetiva, que se baseia em uma média ponderada de taxas de câmbio da moeda doméstica em relação às moedas de diversos países. Geralmente, os pesos utilizados nessa ponderação são as participações relativas, no CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 26 www.pontodosconcursos.com.br comércio com o país doméstico, dos países cujas moedas foram selecionadas. A assertiva E está incorreta porque a esterilização é um mecanismo administrativo que visa evitar que o forte influxo de capitais estrangeiros – via investimento, entrada de divisas provenientes das exportações e influxo de capitais especulativos – cause valorização da moeda em questão. O mecanismo foi introduzido na China em 1994, durante a última mudança significativa do sistema cambial chinês, quando o país aboliu o sistema de bandas duais e iniciou o processo de conversibilidade da conta corrente. A taxa oficial sofreu forte desvalorização em 1994, e o câmbio passou a ser controlado, com uma estreita margem de flutuação. No ano seguinte, o câmbio chinês foi de fato atrelado de forma fixa ao dólar, e o controle sobre a conta de capitais, acentuado. Manter a moeda desvalorizada e num patamar praticamente fixo por mais de dez anos foi parte de uma política econômica que visava não apenas tornar as exportações chinesas competitivas, mas especialmente manter o setor externo razoavelmente imune a abalos no sistema financeiro internacional. Apesar da conta corrente conversível, o que garante a concretização ágil das operações de comércio exterior, o governo chinês mantém ativo controle sobre a conta de capitais, restringindo a entrada de recursos de curto prazo e definindo o teto de operações em moeda estrangeira que os bancos podem oferecer. O mecanismo que mantém o câmbio estável e permite a convivência entre a conta de capitais controlada e a conta corrente conversível, elemento crucial para a manutenção da estabilidade econômica chinesa na última década, é a esterilização de moedas estrangeiras. Gabarito: C 02- Sobre regimes cambiais, não é correto afirmar que: a) O câmbio fixo, quando adotado pelos países da Asia, provocou mudanças significativas na política cambial da região. b) No Brasil até janeiro de 1999, tínhamos liberdade de movimento internacional de capitais e taxa fixa de câmbio, mas não CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 27 www.pontodosconcursos.com.br apresentávamos política monetária independente, focada no controle da inflação doméstica. c) Para o êxito da política de esterilização cambial, faz-se extremamente importante o controle da conta de capitais. d) A completa liberalização da conta capital é recomendável para um cenário de globalização de mercados irrestritamente. Comentários: A assertiva A está correta porque e a flexibilização anunciada por China e Malásia foi acompanhada por outros países e, desta forma, provocou uma mudança estrutural na política cambial da região. Passada a crise asiática, o regime de câmbio fixo e desvalorizado foi adotado por diversas economias na tentativa de afastar especuladores e, ao mesmo tempo, impulsionar a recuperação econômica por meio das exportações. Mais recentemente, a manutenção do câmbio chinês próximo a 8,28 yuan por dólar impedia o fim do controle cambial no restante da Ásia, em função da competitividade que os produtos chineses adquiriram em terceiros mercados. Críticos do controle, no entanto, já vinham argumentando que o câmbio fixo traz distorções e limita severamente a flexibilidade das políticas econômicas dos países asiáticos. A assertiva B está correta porque a política macroeconômica de um país pode ter, no máximo, duas dentre três metas: (a) liberdade de movimento internacional de capitais; (b) taxa fixa de câmbio; (c) política monetária independente, focada no controle da inflação doméstica. Para fazer um paralelo, no Brasil até janeiro de 1999, tínhamos (a) e (b), porém não contávamos com (c). A liberdade para a movimentação de capitais era e ainda é restrita, mas, dados os incentivos, o mercado acaba encontrando meios de tornar poroso o sistema de controles. Assim, o Banco Central administrava a taxa de juros SELIC unicamente para viabilizar a taxa de câmbio determinada pelo regime de banda cambial. Diante das crises dos países do sudeste asiático e da Rússia, o Banco Central do Brasil foi forçado, em 1998, a elevar dramaticamente a taxa de juros para tentar estancar a considerável fuga de capitais do país e manter o regime cambial intacto. O final da história é conhecido: a situação cambial tornou-se insustentável e ficamos, a partir de janeiro de 1999, com (a) e (c), abrindo mão do controle da taxa de câmbio. Ao longo dos últimos doze anos,muitos países viveram experiências semelhantes à nossa, desde emergentes, como Rússia, México, Chile, Peru, Argentina, Uruguai, Coréia, Indonésia, Filipinas e Tailândia, até desenvolvidos, como Inglaterra e Suécia. A assertiva C está correta porque para que a esterilização seja eficaz e controlável, é importante que o controle da conta de capitais seja CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 28 www.pontodosconcursos.com.br confiável. Para tanto, o governo chinês tem que estimular a entrada de investimento estrangeiro direto, ao passo que deve restringir o influxo de investimentos em portfólio e os empréstimos offshore de curto prazo das empresas estrangeiras. O resultado positivo deste controle, até agora, é que grande parte da dívida externa chinesa é predominantemente de médio e longo prazos. O ponto crítico tem sido controlar de fato a entrada do capital de curto prazo, que assume fatias crescentes do ingresso de capital estrangeiro na China. A assertiva D está incorreta porque a livre mobilidade de capitais em uma economia ainda sujeita à instabilidade macroeconômica pode prejudicar consideravelmente os próprios esforços para estabilizar a economia. Para não compreender os esforços de ordenamento da economia, a completa liberalização da economia deverá vir com a estabilização da economia. Embora depauperada pela inflação, a moeda nacional representa importante instrumento de soberania nacional e deve ser defendida a qualquer custo através das políticas monetária e cambial praticadas pelo Banco Central. A completa liberdade cambial, se fomentada indevidamente em um contexto de instabilidade macroeconômica prejudicaria, de forma duradoura, através das fugas de capital que poderia provocar a saúde da moeda nacional e a capacidade do Banco Central de desempenhar uma de suas funções essenciais: a condução da política monetária. Nessas condições, a política cambial procurará preservar a estabilidade das relações do Brasil com o exterior, resguardando o papel ativo que deve ser desempenhado pelo Banco Central na defesa intransigente da moeda nacional. Gabarito: D 03- (FGV/ECONOMISTA/COMPANHIA DE GÁS/RN-2006) O Produto Nacional Líquido a custo de fatores de uma economia, em certo período, alcançou o valor de $ 713.000. Considerando que o nível geral de preços variou de 15%, é correto deduzir que o valor real daquele agregado é: a) $ 106.950. b)$ 475.333. c)$ 620.000. d)$ 723.695. e) $ 819.950. Comentários: Sabemos que o Produto Nacional Líquido a custo de fatores ( com impostos e sem subsídios) alcançou $713.000 e também reconhecemos CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 29 www.pontodosconcursos.com.br que tal agregado é nominal, isto é, não sofreu ainda o impacto da inflação ou deflação do período. A inflação no período observado é de 15%, ou seja, o produto nacional líquido a custo de fatores deve ser deflacionado em 15%. Dessa forma, sabemos que: Produto nacional líquido $ 713.000 ( produto nominal) Inflação do período: 15% Produto nacional líquido $ 620.000 (produto real) $ 713.000 _______ 115% x _______ 100% 115x = 713.000 x = $620.000 Gabarito: C 04 – (CESGRANRIO/Economista-PETROBRAS-2005) Um país produz um único bem final, o pão, que é consumido por seus habitantes. O processo de produção do pão é descrito a seguir. Produto Valor do produto Insumos Valor Adicionado Trigo 10 0 10 Farinha 15 10 5 Pão 20 15 5 Neste caso, o valor adicionado e o valor bruto da produção são, respectivamente, iguais a: a) 5 e 20 b) 20 e 20 c) 20 e 5 d) 20 e 45 e) 45 e 20 Comentários: Questão típica da década passada. Essencialmente trivial, sem a necessidade de maiores explanações. O valor adicionado é dado pelo consumo final menos o somatório dos consumos intermediários, isto é, para a tabela em comento, o valor do produto menos os insumos utilizados nas diversas etapas da produção. Dessa forma, tem-se: 10 – 0 + 15 – 10 + 20 – 15 = 20. Lembrem-se: Valor Adicionado = Consumo Final – Somatório dos Consumos Intermediários. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 30 www.pontodosconcursos.com.br Já o valor bruto da produção é o valor primário sem desconsiderar a utilização dos consumos intermediários. É o valor “viesado” pela duplicidade. Registram-se aqui: 10 + 15 + 20 = 45. Gabarito:D 05-(VUNESP/CMSP/2007) Em uma economia fechada e sem governo, que produz apenas laranjas e peixes, em 2005 foram produzidas 1000 laranjas ao preço unitário de $1 e 1000 peixes ao preço unitário de $1. Em 2006, foram produzidas 1500 laranjas ao preço de $2 cada e 600 peixes ao preço de $ 3 a unidade. A partir dessa informação, pode-se afirmar que as variações dos PIB nominal e real entre 2006 e 2005 foram, respectivamente: a) 50% e 25% b) 140% e 80% c) 10% e 5% d) 100% e 0% e) 140% e 5% Comentários: Só a título de registro, pois a banca FGV é a única, salvo melhor juízo, que tem se utilizado em suas provas de concursos do tópico deflacionamento do produto, que vem a ser uma aplicação do estudo de números-índices. Pelo menos, ela foi criteriosa ao utilizar poucos dados (apenas dois produtos) e valores pequenos, o que facilita o cálculo. O PIB pode ser valorado a preços correntes ou a preços constantes. É valorado a preços correntes (caracterizando o PIB nominal) quando os bens e serviços finais são valorados a preços desse ano e é valorado a preços constantes (caracterizando o PIB real) quando os bens e serviços finais são trazidos para preços de um ano determinado. Os valores expressam-se em termos nominais (ou em preços correntes) quando não foram eliminados os efeitos do crescimento dos preços ou em termos reais (preços constantes) quando foram eliminados esses efeitos. Temos o seguinte quadro referente aos dados assumidos na questão: Ano Preço da laranja Qtde laranja Preço do peixe Qtde. peixe 2005 $1 1.000 $1 1.000 2006 $2 1.500 $3 600 Calculando-se o produto agregado nominal e sua variação percentual: Ano Produto agregado Variação percentual CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 31 www.pontodosconcursos.com.br nominal 2005 2.000 - 2006 4.800 140% Como podemos agora creditar qual parcela dos 140% de crescimento do produto registrado no ano 2006 deve-se ao crescimento do produto de fato e qual corresponde a um incremento no nível de preços ( taxa de inflação)? Daí, vem a importância dos números índice (índices de preço) na economia. O índice de Laspeyres ou método da época básica, que constitui uma média ponderada de relativos, sendo os fatores de ponderação determinados a partir de preços e de quantidades da época básica. Por conseguinte, no índice de Laspeyres, a base de ponderação é a época básica, daí a denominação método da época básica. Trata-se, portanto, de um índice em que os pesos são fixos na época básica. Isso não é o mesmo que dizer que a ponderação é fixa, o que ocorre quando os pesos independem da base de comparação. Nesse índice, os pesos variam ao mudar a época básica, o que o caracteriza como um índice agregativo ponderado, com ponderação referida à época básica. Importante notar que, enquanto, no índice de preço a diferença da importância gasta se deve à variação nos preços, no índice de quantidade, ela se reporta às variações nas quantidades adquiridas, uma vez que os preços permanecem constantes. Utilizando-se do índice de Laspeyres, obtemos: Lq (2005) = 1 Lq (2006) = 1.500 x1 + 600x1= 2.100 = 1,05 1000x 1 +1000x1 2.000 Calculando-se o produto agregado real e sua variação: Ano Produto nominal Lq Produto real (base = 0) Variação real anual (%) 2005 2000 1 2000 - 2006 4800 1,05 2100 5%Gabarito:E 06- Assinale a assertiva correta referente ao tema produto nominal x produto real e números-índices. Considere uma economia que produz somente três tipos de frutas: maças, laranjas e bananas. Para o ano base (alguns anos atrás), os dados de produção e de preço são os seguintes: CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 32 www.pontodosconcursos.com.br Frutas Quantidade Preço Maça 3.000 sacos R$ 2,00 por saco Banana 6.000 cachos R$ 3,00 por cacho Laranja 8.000 sacos R$ 4,00 por saco Para o ano corrente, os dados de produção e preço são os seguintes: Frutas Quantidade Preço Maça 4.000 sacos R$ 3,00 por saco Banana 14.000 cachos R$ 2,00 por cacho Laranja 32.000 sacos R$ 5,00 por saco a) O valor real do PIB no ano corrente é R$ 200.000,00. b) Taxa de crescimento real do PIB entre o ano base e o ano corrente foi 218%. c) A taxa de crescimento do deflator implícito do PIB entre o ano base e o ano corrente foi de 8,9%. d) A inflação medida por um índice de preços fixos que toma a produção do ano base como referência foi superior à inflação medida pelo deflator implícito do PIB. e) A variação do PIB real será sempre igual ou menor que sua variação nominal. Comentários: a) O valor real do PIB no ano corrente é R$ 200.000,00. PIB real no ano corrente Frutas Q.corrente x P base PIB real Maça 4.000x2 8.000 Banana 14.000x3 42.000 Laranja 32.000x4 128.000 Total 178.000 A assertiva A está incorreta. b) Taxa de crescimento real do PIB entre o ano base e o ano corrente foi 218%. PIB real no ano base Frutas Q.base x P base PIB base Maça 3.000x2 6.000 Banana 6.000x3 18.000 Laranja 8.000x4 32.000 Total 56.000 A taxa de crescimento real do PIB entre o ano base e o ano corrente será obtida através: Tx base/corrente = 178.000 – 56.000 = 122.000 = 2,1785 56.000 56.000 Tx base/corrente = 217,85% CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 33 www.pontodosconcursos.com.br A assertiva B está correta. c) A taxa de crescimento do deflator implícito do PIB entre o ano base e o ano corrente foi de 8,9%. PIB real no ano corrente Frutas Q.corrente x P corrente PIB corrente Maça 4.000x3 12.000 Banana 14000x2 28.000 Laranja 32.000x5 160.000 Total 200.000 A taxa de crescimento do deflator implícito (Di) será obtida por: Di = 200.000 – 178.000 = 22.000 = 0,1236 178.000 178.000 Di = 0,1236 x100 Di = 12,3596 = 12,4% A assertiva C está incorreta. d) A inflação medida por um índice de preços fixos que toma a produção do ano base como referência foi superior à inflação medida pelo deflator implícito do PIB. PIB no ano base Frutas Q.base x P corrente PIB base Maça 3.000x3 9.000 Banana 6.000x2 12.000 Laranja 8.000x5 40.000 Total 61.000 Já sabemos que o PIB real do ano base é igual a 56.000 (vide assertiva b), a taxa de inflação é traduzida por: Inf = 61.000 – 56.000 = 5.000 = 0,0893 56.000 56.000 Inf = 0,0893 x100 Inf = 8,9286 Inf = 8,9%. A assertiva D está incorreta. e) A variação do PIB real será sempre igual ou menor que sua variação nominal. A variação do PIB nominal é decomposta em dois vetores, a saber: de variação de quantidade ( variação do PIB real) e variação de preços. Segundo a fórmula a seguir tem-se: Iv = Iq x Ip. A variação do PIB real pode ser maior do que a variação observada no PIB nominal em se tratando de uma variação negativa no vetor preços (deflação) combinada com um crescimento do produto real. É o caso CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 34 www.pontodosconcursos.com.br típico do Deflator Implícito do Produto Interno Bruto cuja apuração é realizada pelo IBGE. A assertiva E está incorreta. Gabarito: FVFFF 07 –(ESAF/AFRF – 2001) Considere uma economia hipotética que produza apenas 3 bens finais: arroz, feijão e carne, cujos preços (em unidades monetárias) e quantidades ( em unidades físicas), para os períodos 1 e 2, encontram-se na tabela a seguir: Período Arroz Preço qtde Feijão Preço qtde Carne Preço qtde 1 2,20 10 3,00 13 8,00 13 2 2,30 11 3,50 14 15,00 8 Considerando que a inflação utilizada para o cálculo do Produto Real Agregado desta economia foi de 59,79% entre os dois períodos, podemos afirmar que: a) o Produto Nominal cresceu 17,76% enquanto o Produto Real cresceu apenas 2,26%. b) o Produto Nominal cresceu 12,32% ao passo que não houve alteração no Produto Real. c) o Produto Nominal cresceu 17,76% ao passo que o Produto Real caiu 26,26%. d) o Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto Real caiu 42,03%. e) o Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto Real caiu 59,79%. Comentários: Calcularemos, em um primeiro momento, o produto nominal da economia, da seguinte forma: Produto Agregado nominal = 2,3x11 + 3,5x14 + 15x8 = 194,3 = 2,2x10 + 3,0x13 + 8x13 165 = 1,1776( 17,76%) Resta-nos agora apenas as opções a e c, pois somente elas detectaram crescimento do produto nominal da ordem de 17,76%. Agora, temos que creditar qual parcela dos 17,76% corresponde ao crescimento do produto e qual é explicada pela taxa de inflação. Utilizando-se do índice de Laspeyres, obtemos: CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 35 www.pontodosconcursos.com.br Lp (1) = 1 Lp(2) = 2,3x10 + 3,5x13 + 15x13 = 263,5 =1,5970 (59,7%) 2,2x10 + 3x13 + 8x13 165 Período Produto nominal Lp Produto real (base = 0) Variação real anual (%) 1 165 1 165 - 2 194,3 1,5970 121,67 - 26,26 A tabela acima demonstra que a economia apresentou um decréscimo da ordem de 26,26% entre o período 0-1. A partir da utilização do índice de Laspeyres de preços, para a série referente ao valor do produto real da economia no período 0-1 (a preços do ano zero), os valores tornam-se comparáveis e nos permitem saber o que de fato aconteceu, ou seja, que parcela da variação nominal observada se deve a crescimento de quantidades produzidas e que parte expressa variação dos preços. Nesse exercício, temos a situação em que nada é explicado pelo crescimento do produto. A variação de preços (inflação) mais do que compensa qualquer possibilidade de crescimento do produto. Gabarito: C 08 – (Economista-Petrobras- 1997) Considere uma economia com apenas dois produtos finais A e B e analise as informações de vendas em bilhões de reais e preços para estes produtos, para dois anos, que estão no quadro abaixo: Ano Qtde do bem A Preço do bem A Qtde do bem B Preço do bem B 1 200 10 1.000 6 2 1.500 2 1.500 10 Sendo assim, a variação percentual do PIB real, entre os anos 1 e 2, utilizando o ano 1 como base, é de: a) 115% b) 125% c) 200% d) 225% e) 300% Comentários: O PIB é igual ao somatório dos valores dos bens produzidos em cada ano. Pode-se calcular a variação do PIB sob o prisma nominal ou real. A CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 36 www.pontodosconcursos.com.br variação nominal se dá a preços correntes, enquanto que a variação real corresponde aos preços constantes, para que se exclua o efeito preço da variação física da produção. Vamos aos cálculos do PIB sob as duas óticas: PIB nominal de cada ano: Ano 1: 200x10 + 1000x6= 8.000 Ano 2: 1.500x2 + 1.500x10 = 18.000 A variação em termos nominais é igual a 18.000/8000 = 2,25 ou 125%. PIB real de cada ano ( admitindo-se constantes os preços do ano 1) Ano 1: 200x10 + 1.000 x6 = 8.000 Ano 2: 1.500x10 +1.500x6 = 24.000 A variação em termos reais é igual a 24.000/8.000= 3,00 ou 200%. Gabarito: C 09- (ESAF/ENAP-2006) Considere os seguintes dados extraídos da conta de bens e serviços de um sistema de contas nacionais que segue a metodologia adotada no Brasil: Produção = 6000 Importação de bens e serviços = 250 Impostos sobre produto = 550 Consumo intermediário = 2850 Formação Bruta de capital fixo = 430 Variação de estoques = 25 Exportação de bens e serviços = 235 Com base nesses dados, o consumo final foi de: a) 2890 b) 3010 c) 3285 d) 3005 e) 3260 Comentários: Devemos ter em mente que a produção corresponde ao valor bruto da produção a custo de fatores ao passo que consumo intermediário corresponde à compra de insumos e matérias-primas durante o caminho do processo de produção. O PIB a preços de mercado fica assim calculado: CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 37 www.pontodosconcursos.com.br PIB p.m. = Produção + II – CI PIB p.m = 6.000 + 550 – 2.850 = 3.700 O PIB sob a ótica do produto deve ser o mesmo daquele observado pela ótica da demanda, ou seja: PIB p.m = DIB = C + I + G + X – M, ou: PIB p.m = C + G + FBCF + VE + X- M Vale lembrar que pela metodologia nova o consumo final corresponde ao somatório dos gastos dos atores privados (famílias) – C- com os gastos do setor público – G -. Logo, C + G. 3.700 = C + G + 430 + 25 + 235 – 250 3.700 = C + G + 440 C + G = 3.260 Gabarito: E 10-(ESAF-AFC-STN-2008) Considere os seguintes dados, em unidades monetárias, referentes a uma economia hipotética: Consumo do Governo: 200 Transferências realizadas pelo Governo: 100 Subsídios: 20 Impostos Diretos: 300 Impostos indiretos: 400 Outras receitas correntes do governo: 120 Exportações de bens e serviços: 100 Importações de bens e serviços: 200 Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100 Variação de Estoques: 100 Poupança Bruta do Setor Privado: 200 Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 950 b) 900 c) 700 d) 750 e) 800 Comentários: Considerando as identidades macroeconômicas básicas requer o conhecimento da identidade poupança (S) investimento (I) bem como da poupança externa (Se). A inovação dessa questão é o aparecimento CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 38 www.pontodosconcursos.com.br de uma das contas nacionais que não era mais requistada: a conta corrente das administrações públicas, a saber: Conta corrente das Administrações Públicas Débito Crédito Consumo final das APUs Subsídios Transferências de assistência e previdência Juros da dívida pública interna Poupança em conta corrente Tributos indiretos Tributos diretos Outras receitas correntes líquidas Acumulação Bruta lnterna Financiamento da Acumulação Bruta Interna Calculemos, portanto, a poupança do governo ou saldo em conta corrente do governo (Sg) que nada mais é do que o somatório de toda a arrecadação do setor público (basicamente, impostos, taxas e contribuições) deduzidos todos os gastos correntes e de capital realizados pelo governo. Débito Crédito Consumo final das APUs =200 Subsídios =20 Transferências de assistência e previdência =100 Juros da dívida pública interna =0 Poupança em conta corrente = 500 Tributos indiretos = 400 Tributos diretos = 300 Outras receitas correntes líquidas =120 Acumulação Bruta lnterna Financiamento da Acumulação Bruta Interna Dessa forma, vem: Sg = 300 + 400 + 120 – 200 -100 - 20 = 500 Representamos a seguir as citadas identidades: Identidade investimento = poupança FBCF + VE = Sp + Sg + Se FBCF + 100 = 200 + 500 + Se (1) Poupança externa Se = M – X + RLEE Se = 200 – 100 + 100 Se = 200 Retornando à identidade (1), substituindo Se = 200, vem: FBCF + 100 = 200 + 500 + 200 FBCF = 900 – 100 FBCF = 800 Gabarito: E CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 39 www.pontodosconcursos.com.br 11-(ESAF/APO-MPOG-2008) No que diz respeito a agregados macroeconômicos e identidades contábeis, pode-se afirmar que os principais agregados derivados das contas nacionais são as medidas de Produto, Renda e Despesa. Assinale a única opção falsa no que se refere a agregados macroeconômicos. a) As medidas de Produto, Renda e Despesa, universalmente utilizadas, representam sínteses do esforço produtivo de um país em um determinado período de tempo, revelando várias etapas de atividade produtiva. b) O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é uma medida que se obtém dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período. c) O PIB per capita é um bom indicador de bem-estar da população residente no mesmo período. d) A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade de residentes. e) O PIB, avaliado pela ótica do produto, mede o total do valor adicionado produzido por firmas operando no país, independentemente da origem do seu capital. Comentários: A assertiva “A” está correta porque temos três óticas de cômputo de toda a riqueza nacional produzida pela economia em certo período de tempo. A identidade macroeconômica fundamental determina que o Produto=Renda=Despesa. A ótica da despesa ou ótica do dispêndio avalia o produto de uma economia considerando a soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos no período que não foram distribuídos na produção de outros bens e serviços. Pela ótica do produto, a avaliação do produto total da economia consiste no valor efetivamente adicionado pelo processo produtivo em cada unidade. Constitui o total de bens e serviços gerados na cadeia produtiva e é o cálculo mais conhecido nas estatísticas oficiais. E, finalmente, pela ótica da renda, podemos avaliar o produto gerado pela economia num determinado período de tempo, considerando o montante total das remunerações pagas a todos os fatores de produção. É composto pelo somatório de salários, juros, lucros e aluguéis. A assertiva “B” está correta e a assertiva “C” está incorreta porque o PIB reflete toda a produção de riquezas (bens e serviços finais) CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 40 www.pontodosconcursos.com.br de uma determinada região em um certo período de tempo, mas não consegue exprimir a qualidade de vida ou bem-estar dessa população em função de só levar em conta o aspecto puramente monetário. Não se têm aqui indicadores de distribuição de renda, expectativa de vida, escolaridade, dentre outros. Deve, portanto, para uma medição mais real do bem-estar coletivo, estar associado a indicadores como o IDH e o coeficiente de Gini. A assertiva “D” está correta, segundo a banca examinadora, mas cabe uma ressalva que é a utilização indevida da palavra “residentes” em substituição ao termo correto “nacionais”, posto que a renda nacional bruta é composta pelos recebimentos dos fatores de produção eminentemente nacionais, independente do local de produção. Já a renda interna bruta é que é composta pelos recebimentos dos fatores de produção dos residentes, dos locais, independente da nacionalidade dos fatores de produção. A assertiva E está correta porque a identidade produto=dispêndio=renda significa que, quando avaliamos o produto global, podemos somar o valor de todos os bens finais produzidos (ótica do dispêndio) ou, alternativamente, somar os valores adicionados em cada unidade produtiva (ótica do produto) ou, ainda, somar as remunerações pagas a todos os fatores de produção (ótica da renda). Gabarito: C 12-(ESAF/ESPECIALISTA/MPOG-2008) Considere os seguintes dados para uma economia hipotética: Investimento privado: 200 Poupança privada: 100 Poupança do governo: 50 Déficit em transaçõescorrentes: 100 Com base nestas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que o investimento público e o déficit público são, respectivamente, a) zero e 50. b) 50 e 50. c) 50 e zero. d) zero e zero. e) 50 e 100. Comentários: CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 41 www.pontodosconcursos.com.br Como não podia ser diferente a ESAF abusou da cobrança de questões sobre Contas Nacionais, essencialmente, a identidade macroeconômica I=S. Dessa forma, temos: Ip + Ig = Sp + Sg + Se Substituindo na identidade acima, os valores fornecidos na questão: 200 + Ig = 100 +50 + 100 200 + Ig = 250 Ig = 50 Sabemos que o déficit público (DP) é dado pelo excesso de investimento governamental face à poupança do governo em conta corrente, ou seja, DP = Ig – Sg = 50 – 50 = 0 Logo, DP = 0, ou seja, não há déficit público para essa economia. A questão acaba aqui e a assertiva “C” está correta. Contudo, somente para novos estudos e preparação para novos concursos, podemos também relatar que DP = Ig – Sg (1) e Ip + Ig = Sp + Sg + Se (2) Da combinação das duas equações, podemos assumir que: Ig – Sg = Sp + Se – Ip Logo, equacionalmente, temos: DP = (Sp – Ip) + Se DP = 100 – 200+ 100 = 0 Gabarito: C 13-(ESAF/ESPECIALISTA/MPOG-2008) Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia hipotética: Exportações de bens e serviços não fatores: 100; Importações de bens e serviços não fatores: 200; Renda líquida enviada ao exterior: 50; Variação de estoques: 50; Formação bruta de capital fixo: 260; Depreciação: 10; Saldo do governo em conta corrente: 50. Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança externa e a poupança líquida do setor privado são, respectivamente: a) 50 e 50. b) 100 e 150. c) 50 e 100. d) 100 e 50. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 42 www.pontodosconcursos.com.br e) 150 e 100. Comentários: Atenção para essa questão bem recente. Fácil, mas é necessário entender a sistemática desde o início, pois se utiliza de uma identidade e uma conta do sistema de contas nacionais. A ESAF tem se especializado nessa questão e podemos perceber questões idênticas elaboradas por essa banca para a prova da ENAP/2006, STN/2005, comentadas literalmente no nosso livro Economia em questões, da editora Campus, no capítulo sobre Contas Nacionais. O investimento tomado como somatório de investimentos do governo e investimentos da iniciativa privada pode ser lido como somatório de formação bruta de capital fixo mais variação de estoques, portanto, I = FBCF + VE. Sobre a depreciação, ela será considerada para uniformizar a identidade, isto é, se do lado da poupança temos a mesma de forma líquida (como requisitado na questão), do lado do investimento também temos que ter a mesma como líquido, ou seja, excluir a depreciação, pois Investimento bruto - depreciação = investimento líquido. Através da identidade macroeconômica investimento(I) igual à poupança (S), temos que a formação bruta de capital fixo mais a variação de estoques corresponde ao somatório das poupanças do setor privado, do setor governo e do resto do mundo. Daí, vem que FBCF + Ve - D = Spl + Sg + Se. 260 + 50 – 10 = Spl + 50 + Se, que será descoberta a partir da conta das transações correntes com o resto do mundo. Senão, vejamos: Conta das transações correntes com o resto do mundo Débito (aplicações dos recursos) Crédito (origens dos recursos) + Exportação bens/serviços + Rendas recebidas do exterior + Importação bens/serviços + Rendas enviadas ao exterior + Saldo das transações correntes com o resto do mundo Total de recebimentos Utilização dos recebimentos Ora, a poupança externa ou passivo externo líquido ou saldo deficitário do BP em transações correntes se resume ao montante de importações (200) menos o volume das exportações (100) mais a renda líquida enviada ao exterior (50). Surge, então, uma poupança externa de 150. Se = M – X + RLEE Agora, basta que retornemos à equação anterior. 260 + 50 – 10 = Spl + 50 + Se 300 = Sp + 50 + 150 Spl = 100 Gabarito: E CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 43 www.pontodosconcursos.com.br 14- (ESAF/ESPECIALISTA/MPOG-2008) A conta de bens e serviços do sistema de contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados para 2005 (em R$ 1.000.000): Produção: 3.786.683; Importação de bens e serviços: 247.362; Impostos sobre produto: 306.545; Subsídios aos produtos: 1.559; Despesas com consumo final: 1.721.783; Formação bruta de capital fixo: 342.237; Variação de estoques: 5.739; Exportação de bens e serviços: 324.842 Com base nestas informações, pode-se afirmar que o consumo intermediário foi de: a) 2.133.019 b) 1.944.430 c) 1.946.019 d) 2.231.014 e) 1.942.901 Comentários: Essa questão foi reproduzida, só com alterações de valores, nas provas de AFRF/2005 e ENAP/2006. Importante observar que a questão mencionou a metodologia nova (atualmente em vigor no Brasil) através da conta de bens e serviços. Tabela 1 – Economia Nacional – Conta de bens e serviços Recursos Operações e Saldos Usos 3.786.683 Produção 247.362 Importação de bens e serviços 306.545 (-) 1.559 Impostos sobre produtos Subsídios aos produtos Consumo intermediário CI=? Despesas de consumo final 1.721.783 Formação bruta de capital fixo 342.237 Variação de estoques 5.739 Exportação de bens e serviços 324.842 CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 44 www.pontodosconcursos.com.br 4.339.031 Total Da tabela , vem: 3.786.683 + 247.362 + 306.545 – 1.559 = CI + 1.721.783 + 342.237 + 5.739 + 324.842 4.339.031 = CI + 2.394.601 CI = 1.944.430 Agora façamos utilizando a metodologia antiga de Contas Nacionais. Já sabemos da conta de produção, a qual identifica as transações da atividade produtiva, que a oferta é igual à produção. Conta de Produção Débito Crédito + Produto Interno Bruto (PIB) a custo de fatores + Remuneração dos empregados + Excedente operacional bruto + Tributos indiretos - Subsídios + Consumo Final das Famílias + Consumo Final das Administrações Públicas + Formação Bruta de Capital Fixo + Variação de estoques + Exportação bens/serviços não- fatores - Importação de bens/serviços não- fatores PIB a preços de mercado Despesa interna bruta a preços de mercado Dessa forma, nossa conhecida identidade Y = C + I + G + X – M fica de certa forma transformada pelas óticas da demanda e da oferta. Assim, da ótica da oferta, ao valor total da produção, agregam as importações e a tributação líquida sobre os produtos (3.786.683 + 247.362 + 306.545 – 1.559) e do lado da demanda aparece o requerido consumo intermediário mais a demanda final (1.721.783 + 342.237 + 5.739 + 324.842 + CI). Logo, consumo intermediário é igual a 1.944.430. Gabarito: B 15-(ESAF-APO-SP-2009) O objetivo da Contabilidade Nacional é fornecer uma aferição macroscópica do desempenho real de uma economia em determinado período de tempo: quanto ela produz, quanto consome, quanto investe, como o investimento é financiado, quais as remunerações dos fatores de produção. Assim, baseado nos conceitos de Contas Nacionais, não se pode dizer que: a) a Renda Nacional é igual ao Produto Nacional Líquido, a preço de mercado. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 45 www.pontodosconcursos.com.br b) o Investimento corresponde ao acréscimo de estoque físico de capital, compreendendo a formação de capital fixo mais a variação de estoques. c) a Renda Disponível do Setor Público corresponde ao total da arrecadação
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