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CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 8 RECEITAS E DESPESAS INTRODUÇÃO Olá amigos! Como é bom estar aqui! A palavra Receita é utilizada em todo o mundo pela contabilidade para evidenciar a variação positiva da situação líquida patrimonial resultante do aumento de ativos ou da redução de passivos de uma entidade. Por esse enfoque, a receita pode ser classificada em: • Receitas Públicas: aquelas auferidas pelos entes públicos; • Receitas Privadas: aquelas auferidas pelas entidades privadas. O orçamento é instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou privada, e representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em determinado período. Dessa forma, despesa orçamentária é fluxo que deriva da utilização de crédito consignado no orçamento da entidade, podendo ou não diminuir a situação líquida patrimonial. A despesa pode ser classificada quanto à entidade que apropria a despesa: • Despesas Públicas: aquelas efetuadas por entidades públicas. • Despesas Privadas: aquelas efetuadas pelas entidades privadas. O estudo de AFO abrange as Receitas e Despesas Públicas e estes serão os temas desta nossa aula, na qual estudaremos especialmente os conceitos e classificações da receita e da despesa orçamentária brasileira. No processo orçamentário, é notável a relevância da Receita Pública, cuja previsão dimensiona a capacidade governamental em fixar a Despesa Pública e, no momento da sua arrecadação, torna-se instrumento condicionante da execução orçamentária da despesa. As Receitas e Despesas estão envolvidas em situações singulares na Administração Pública, como a sua distribuição e destinação entre as esferas governamentais e o estabelecimento de limites legais impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Dessa forma, assume fundamental importância ao permitir estudos e análises acerca da carga tributária suportada pelos diversos segmentos da sociedade e análises acerca da qualidade do gasto público e do equilíbrio fiscal das contas públicas. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 2 O conhecimento dos conceitos e das classificações da receita e da despesa possibilita a cidadania no processo de fiscalização da arrecadação, bem como o efetivo controle social sobre as Contas dos Governos Federal, Estadual, Distrital e Municipal. Da mesma forma, do lado dos servidores públicos, o conhecimento das Receitas e Despesas Públicas, principalmente em face à LRF, contribui para a transparência das contas públicas e para o fornecimento de informações de melhor qualidade aos diversos usuários, bem como permite estudos comportamentais no tempo e no espaço. As classificações orçamentárias de receitas e despesas são de fundamental importância para a transparência das operações constantes de um orçamento. Toda a informação orçamentária é organizada e veiculada segundo um tipo de classificação. Ademais, é através das várias classificações, ainda, que se implementam planos, os quais explicitam os objetivos e prioridades da ação pública, orçamento e gestão das organizações do setor público, ilustrando, desse modo, sobre o direcionamento político da ação governamental. As receitas estão classificadas, segundo a Lei 4320/64, em dois segmentos: Receitas Correntes e Receitas de Capital, divisão essa que obedece a um critério econômico, dentro da idéia de demonstrar a origem das diversas fontes, conforme derivem do exercício de poder próprio do Estado, de tributar as pessoas e agentes econômicos ou do exercício de atividade econômica. Essas são as Receitas Correntes, sendo Receitas de Capital aquelas que procedem do endividamento ou da transformação de ativos físicos ou financeiros em moeda. Cabe ressaltar, entretanto, que com o advento da Lei complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF) as informações de receita assumiram uma importância fundamental. Vários procedimentos e mecanismos de controle foram estabelecidos nessa lei com base em previsão e arrecadação de receita, o que impõe a necessidade de um cuidado especial no que se refere à qualidade dessas informações. No tocante às despesas, as classificações, basicamente, respondem as principais indagações que habitualmente surgem quando o assunto é gasto orçamentário. Essas informações permitirão a mensuração de desempenho e o controle orçamentário: a cada uma dessas indagações, corresponde um tipo de classificação. Ou seja, quando a pergunta é “para que” serão gastos os recursos alocados, a resposta será encontrada na classificação programática ou, mais adequadamente, de acordo com a portaria n° 42/99, na ESTRUTURA PROGRAMÁTICA; “em que” serão gastos os recursos, a resposta consta da classificação FUNCIONAL; “o que” será adquirido ou “o que” será pago, na classificação por elemento de despesa; “quem” é o responsável pela programação a ser realizada, a resposta é encontrada na classificação INSTITUCIONAL CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 3 (órgão e unidade orçamentária); “qual o efeito ECONÔMICO da realização da despesa”, na classificação por categoria econômica; e “qual a origem dos recursos”, na classificação por fonte de recursos. Já para Rezende, a classificação dos gastos públicos são três: segundo sua finalidade, sua natureza e quanto a seu agente encarregado da execução do gasto. No entanto tem significado semelhante: a finalidade é observada na estrutura programática assim determinada pela Portaria nº 42/99, a natureza na classificação por natureza da despesa e o agente encarregado do gasto pode ser observado na classificação institucional. Dessa forma, são as características básicas de sistemas orçamentários modernos: estrutura programática, econômica e organizacional para alocação de recursos, denominadas de classificações orçamentárias da despesa. A legislação orienta que a classificação da despesa no orçamento público deve ser desdobrada de acordo com os seguintes critérios: institucional (órgão e unidade orçamentária), funcional (função e subfunção), por programas (programa, projeto, atividade e operações especiais) e segundo a natureza (categorias econômicas, grupos, modalidades de aplicação e elementos). Pelo estudo delas compreenderemos todo o conteúdo de nossa prova. Segundo Fabiano Core, ainda com base nas classificações utilizadas em um determinado processo orçamentário, é possível identificar o estágio da técnica adotada. Assim, um orçamento que se estrutura apenas com a informação de elemento de despesa ou objeto de gasto (o que será gasto ou adquirido), além, naturalmente, do aspecto institucional, caracteriza um orçamento tradicional ou clássico. Por apresentar somente uma dimensão, isto é, o objeto de gasto, também é conhecido como um orçamento unidimensional; já o orçamento em que, além do objeto de gasto, encontra-se presente a explicitação do programa de trabalho, representado pelas ações desenvolvidas (em que serão gastos os recursos), corresponderia a um orçamento bidimensional, também conhecido como orçamento de desempenho ou funcional; e o orçamento tridimensional seria aquele que agregaria ao tipo anterior uma outra dimensão, que seria o objetivo da ação governamental (para que serão gastos os recursos), o que tipifica um orçamento-programa. PARTE I – RECEITAS PÚBLICAS 1) (ESAF – Técnico de Nível Superior/ENAP – MPOG – 2006) A receita pública, quanto à sua natureza, é dividida em Orçamentária e Extraorçamentária. Assinale abaixo a única receita que é classificada como Receita Orçamentária. a) Depósitos de terceiros. b) Receita de operações de crédito. c) Salários não-reclamados. CURSO ON-LINE - ECONOMIAE FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 4 d) Operações de crédito por antecipação de receita. e) Cauções em dinheiro. Com o objetivo de atender às necessidades públicas, o Estado possui meios de financiar suas atividades por intermédio dos ingressos públicos: Ingresso público: São considerados ingressos todas as entradas de bens ou direitos, em um certo período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou não se incorporar ao seu patrimônio. Quanto à forma de ingresso ou natureza, a receita pode ser orçamentária, extra- orçamentária ou intra-orçamentária. As receitas orçamentárias são entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo Patrimônio do Poder Público. Segundo o art. 57 da Lei 4320/64, serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento. Atenção: A receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não estiver incluída na lei orçamentária anual. São chamadas também de ingressos orçamentários. As receitas extraorçamentárias não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. São chamadas de ingressos extraorçamentários. São exemplos de receitas extraorçamentárias: • Depósito em caução; • Antecipação de Receitas Orçamentárias – ARO; • Cancelamento de restos a pagar; • Emissão de Moeda; • Outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. As receitas intraorçamentárias são oriundas de operações realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de governo. São chamadas também de ingressos intraorçamentários. Têm a finalidade de discriminar as receitas referentes às operações entre órgãos, fundos, autarquias, fundações públicas, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social. O elemento motivador da criação dessas receitas foi a inclusão, na Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 4 de maio de 2001, da modalidade de aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social”. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 5 Atenção: No conceito de receita orçamentária, estão compreendidas as entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo Patrimônio do Poder Público. Serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento. São extraorçamentárias, portanto excluídas do conceito de receitas orçamentárias, as operações de crédito por antecipação de receita, as emissões de papel-moeda, os salários não-reclamados, as cauções em dinheiro e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros, como os depósitos de terceiros. Resposta: Letra B 2) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Classificam-se como Receitas Correntes Derivadas as receitas: a) de contribuições e de serviços. b) patrimonial, agropecuária e industrial. c) patrimonial, agropecuária, industrial e de serviços. d) tributária e de contribuições. e) tributária e de serviços. As receitas orçamentárias podem ser classificadas de acordo com a coercitividade: I) Receitas Públicas Originárias: São aquelas que provêm do próprio patrimônio do Estado. São os rendimentos que os governos auferem, utilizando os seus próprios recursos patrimoniais ou empresariais, não entendidos como tributos. As receitas originárias correspondem às rendas, como os foros, laudêmios, aluguéis, dividendos, participações (se patrimoniais) e em tarifas (se empresariais). Podem ser: • Patrimoniais: São as receitas que provêm das rendas geradas pelo patrimônio do próprio Estado (mobiliário e imobiliário), tais como as rendas de aluguéis, as receitas decorrentes das vendas de bens, dividendos e participações. Entram ainda neste conceito as receitas decorrentes de pagamento de royalties pela exploração do seu patrimônio por delegatários (concessionários e permissionários) de serviços públicos. • Empresariais: São aquelas provenientes das atividades realizadas pelo Estado como empresário, seja no âmbito comercial, industrial ou de prestação de serviços. II) Receitas Públicas Derivadas: São aquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva. Dessa forma, o Estado exige que o particular entregue uma determinada quantia na forma de tributos ou de multas, exigindo-as de forma compulsória. Procedem do setor privado da economia, isto é, de famílias, CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 6 empresas e do resto do mundo; são devidas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, que desenvolvam atividades econômicas, exceto as que desfrutem de imunidade ou isenção. Segundo o MTO-2010, são receitas públicas derivadas: • Tributos: Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria. • Contribuições: Sociais, Interesse Econômico e Interesse de Categorias. • Empréstimos Compulsórios. Logo, classificam-se como Receitas Correntes Derivadas as receitas de tributos e contribuições. Resposta: Letra D 3) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na conceituação da receita orçamentária brasileira, assinale a única opção errada. a) Tributo é a prestação pecuniária, pois o conceito legal exclui qualquer prestação que não seja representada por dinheiro. b) Tributo é compulsório, pois a obrigatoriedade faz parte de sua essência. c) A criação ou instituição de um tributo depende exclusivamente da lei, não sendo admitidas outras maneiras de criá-lo. d) A cobrança do tributo é uma atividade privada da administração pública que não pode ser exercida por nenhuma outra pessoa. e) No art.145 da Constituição Federal do Brasil, foram definidas as espécies de tributos, quais sejam: impostos e taxas. Vamos agora aprofundar no estudo das receitas orçamentárias, especificamente nas receitas derivadas. Veremos agora as receitas tributárias, as receitas de contribuições e os empréstimos compulsórios. RECEITAS TRIBUTÁRIAS: Para que o Estado possa custear suas atividades, são necessários recursos financeiros. Uma de suas fontes é o tributo, o qual é definido pelo Código Tributário Nacional - CTN: Art. 3º "Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada". Independentemente do nome ou da destinação, o que vai caracterizar o tributo é o seu fato gerador, o qual é a situação definida em lei como necessária e suficiente a sua ocorrência. Assim, é irrelevante sua denominação e a destinação legal do produto de sua arrecadação. Nosso estudo de AFO é coerente com o art. 5º do CTN, o qual define que as espécies de tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria: CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 7 • Imposto: conforme o art. 16, “imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. Sempre que possível, os impostos terãocaráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. • Taxa: de acordo com o art. 77, “as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. • Contribuição de Melhoria: segundo o art. 81, “a contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”. RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES: É o ingresso proveniente de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de intervenção nas respectivas áreas. Apesar da controvérsia doutrinária sobre o tema, suas espécies podem ser definidas da seguinte forma: • Contribuições Sociais: destinadas ao custeio da seguridade social, que compreende a previdência social, a saúde e a assistência social; • Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico: derivam da contraprestação à atuação estatal exercida em favor de determinado grupo ou coletividade. Exemplo de contribuição de intervenção no domínio econômico é o Adicional sobre Tarifas de Passagens Aéreas Domésticas, que são voltadas à suplementação tarifária de linhas aéreas regionais de passageiros, de baixo e médio potencial de tráfego. • Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas: destinadas ao fornecimento de recursos aos órgãos representativos de categorias profissionais legalmente regulamentadas ou a órgãos de defesa de interesse dos empregadores ou empregados. Estas contribuições são destinadas ao custeio das organizações de interesse de grupos profissionais como, por exemplo, a OAB, o CREA, o CRM e assim por diante. Visam também ao custeio dos serviços sociais autônomos prestados no interesse das categorias, como o SESI, o SESC e o SENAI. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 8 Atenção: há a previsão constitucional de uma contribuição confederativa, fixada pela assembléia geral da categoria, e uma outra contribuição prevista em lei, que é a contribuição sindical. A primeira não é tributo uma vez que será instituída pela assembléia geral e não por lei. Já a segunda é instituída por lei, é compulsória e encontra sua regra matriz no art. 149 da Constituição Federal, possuindo assim natureza de tributo. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS: De acordo com a Constituição Federal, a competência para instituição de empréstimos compulsórios é da União, sendo tais tributos temporários e restituíveis, cabendo sua instituição e disciplina dependente de lei complementar. Consiste na tomada compulsória de uma certa importância do particular, a título de empréstimo, com promessa de resgate em certo prazo, e em determinadas condições prefixadas em Lei, para atender situações excepcionais ali estabelecidas. Os recursos arrecadados com os mesmos terão sua aplicação vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. De acordo com o STF, a restituição do empréstimo compulsório deverá ser feita em moeda corrente. Segundo o art. 148 da CF/88, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: • Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; • No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o princípio tributário da anterioridade, o qual veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. a) Correta. O conceito legal de tributo exclui qualquer prestação que não seja pecuniária, ou seja, que não seja representada por dinheiro. b) Correta. Além de ser em dinheiro, a exigência de tributo é compulsória, pois a obrigatoriedade faz parte de sua essência. c) Correta. A instituição de tributo deve ocorrer sempre por lei. d) Correta. O tributo é cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada. e) É a incorreta. No art.145 da Constituição Federal do Brasil, foram definidas as espécies de tributos, quais sejam: impostos, taxas e contribuições de melhoria. Resposta: Letra E 4) (ESAF – Auditor – TCE/GO - 2007) Com relação ao preço público e a sua distinção com a taxa, pode-se afirmar que: a) a tarifa é uma receita pública, retirada de forma coercitiva do patrimônio dos particulares. b) a taxa visa ao lucro enquanto a tarifa visa ao ressarcimento. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 9 c) o preço público é uma espécie de tributo, pois a sua exigência é compulsória e tem por base o poder fiscal do Estado. d) a tarifa pode ser cobrada em razão do exercício do poder de polícia. e) a tarifa é uma receita originária, proveniente da intervenção do Estado, por meio dos seus associados, permissionários, ou concessionários, na atividade econômica. Vamos a uma distinção muito cobrada em prova entre Taxa e Preço Público: Súmula nº 545 do Supremo Tribunal Federal: “Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que a instituiu”. A tarifa é uma receita originária empresarial, pois é proveniente da intervenção do Estado na atividade econômica. Por meio de empresas associadas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos federais estaduais e municipais, são cobradas para permitir o melhoramento e a expansão dos serviços, a justa remuneração do capital e assegurar o equilíbrio econômico e financeiro do contrato. A tarifa é uma contraprestação de serviços de natureza comercial ou industrial, cujo pagamento deve ocorrer somente se existir a utilização do serviço. Por essa ótica o pagamento é considerado voluntário e facultativo. A tarifa visa ao lucro. De acordo com o art. 77 do CTN, “as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”. A taxa é uma receita pública derivada, pois se integra em definitivo ao patrimônio do Estado após ser retirada de forma coercitiva do patrimônio dos particulares. A taxa visa ao ressarcimento. Vamos transcrever o que cita o MTO-2010, o qual faz muito bem essa distinção e é assim que é cobrado nas provas. “Assim, conforme afirmado anteriormente, o preço público decorre da utilização de serviços públicos facultativos (portanto, não compulsórios) que a Administração Pública diretamente ou por meio de delegação a concessionário ou permissionário colocam à disposição da população que poderá contratá-los ou não (Ex: telefone, luz, água, gás encanado). São serviços prestados em decorrência de uma relação contratual, regida pelo direito privado. A taxa decorre de estipulação legal e serve para custear, naquilo quenão forem cobertos pelos impostos, os serviços públicos essenciais à soberania do Estado (a lei não autoriza que outros prestem alternativamente esses serviços) e CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 10 divisíveis prestados ou colocados à disposição diretamente pelo Estado. O tema é regido pelas normas de direito público. Há casos em que é não é simples estabelecer se um serviço é remunerado por taxa ou por preço público. Como exemplo, podemos citar o caso do fornecimento de energia elétrica. Em localidades onde estes serviços forem colocados à disposição do usuário, pelo Estado, mas cuja utilização seja de uso obrigatório, compulsório (por exemplo, a lei não permite que se coloque um gerador de energia elétrica) a remuneração destes serviços é feita mediante taxa e sofrerá as limitações impostas pelos princípios gerais de tributação (legalidade, anterioridade,...). Por outro lado, se a lei permite o uso de gerador próprio para obtenção de energia elétrica, o serviço estatal oferecido pelo ente público, ou por seus delegados, não teria natureza obrigatória, seria facultativo e, portanto, seria remunerado mediante preço público.” As taxas podem ser: • Taxas de Fiscalização ou de Poder de Polícia: são aquelas que têm como fato gerador o exercício do poder de polícia administrativa, tratando-se de um poder disciplinador através do qual o Estado pode intervir nas atividades dos seus cidadãos para garantir a ordem e a segurança. • Taxas de Serviço: são as que têm como fato gerador a utilização de determinados serviços públicos. Distinção entre serviço público e serviço privado, segundo o MTO/2010. É essa que cai em prova de AFO: • Serviço público é aquele que só pode ser desenvolvido pelo regime de direito público, estabelecido por lei e tendo natureza obrigatória de sua prestação, sendo esse serviço essencial à sociedade. A relação jurídica, nesse tipo de serviço, é de verticalidade, ou seja, o Estado atua com supremacia sobre o particular. É receita derivada. • Serviço privado é aquele que o Estado exerce, como se particular fosse. A relação jurídica é de horizontalidade, não existindo supremacia do interesse público sobre o particular. É o Estado exercendo sua atividade como um particular, regulado pelo direito privado. Além disso, os serviços públicos têm que ser específicos e divisíveis. É receita originária. a) Errada. A taxa é uma receita pública derivada, isto é, retirada de forma coercitiva do patrimônio dos particulares, vindo a se integrar no patrimônio do Estado. b) Errada. A tarifa visa ao lucro, a taxa visa ao ressarcimento c) Errada. A tarifa ou preço público é uma receita originária decorrente da utilização de serviços públicos facultativos (portanto, não compulsórios) que a Administração Pública diretamente ou por meio de delegação a concessionário ou permissionário colocam à disposição da população que poderá contratá-los ou CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 11 não (Ex: telefone, luz, água, gás encanado). São serviços prestados em decorrência de uma relação contratual, regida pelo direito privado. d) Errada. As taxas podem ser de cobradas em razão do Poder de Polícia. São aquelas que têm como fato gerador o exercício do poder de polícia administrativa, tratando-se de um poder disciplinador através do qual o Estado pode intervir nas atividades dos seus cidadãos para garantir a ordem e a segurança. e) Correta. A tarifa é receita originária empresarial, ou seja, uma receita proveniente da intervenção do Estado, através dos seus associados, permissionários ou concessionários, na atividade econômica. Resposta: Letra E 5) (ESAF – Analista Jurídico – SEFAZ/CE – 2007) Preços públicos: a) confundem-se com taxas. b) confundem-se com impostos. c) confundem-se com contribuições de melhoria. d) não se confundem com contribuições sociais, porque estas, diferentemente deles, não são vinculadas. e) não se confundem com taxas, porque estas, diferentemente deles, são compulsórias. Os preços públicos não se confundem com os tributos: impostos, taxas e contribuições de melhoria. Também não são vinculados. Não se confundem com taxas, porque estas, diferentemente deles, são compulsórias. Resposta: Letra E 6) (ESAF – APO/SP - 2009) Constituem modalidade de receita derivada, exceto: a) tributos. b) penalidades pecuniárias. c) multas administrativas. d) preços públicos. e) taxas. A tarifa e o preço público são receitas não-tributárias e originárias. Todas as outras alternativas são modalidades de receita derivada, pois são obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva e procedem do setor privado da economia, isto é, de famílias, empresas e do resto do mundo. Resposta: Letra D 7) (ESAF – Técnico de Nível Superior/SPU – MPOG – 2006) Assinale a opção que expressa, corretamente, uma receita de capital. a) a receita tributária. b) a receita patrimonial. c) a conversão, em espécie, de bens ou direitos. d) a receita industrial. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 12 e) a receita de serviços. As naturezas de receitas orçamentárias procuram refletir o fato gerador que ocasionou o ingresso dos recursos aos cofres públicos. É a menor célula de informação no contexto orçamentário para as receitas públicas, devendo, portanto, conter todas as informações necessárias para as devidas vinculações. Face à necessidade de constante atualização e melhor identificação dos ingressos aos cofres públicos, o esquema inicial de classificação foi desdobrado em seis níveis, que formam o código identificador da natureza de receita: • 1º Nível: Categoria Econômica • 2º Nível: Origem • 3º Nível: Espécie • 4º Nível: Rubrica • 5º Nível: Alínea • 6º Nível: Subalínea X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea 1º nível: Categoria Econômica da Receita Este nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. É utilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos, etc.). É codificada e subdividida da seguinte forma: 1. Receitas Correntes; 2. Receitas de Capital; 7. Receitas Correntes Intra-Orçamentárias; 8. Receitas de Capital Intra-Orçamentárias. Vamos a elas: I) Receitas Correntes: classificam-se nessa categoria aquelas receitas oriundas do poder impositivo do Estado - Tributária e de Contribuições; da exploração de seu patrimônio – Patrimonial; da exploração de atividades econômicas - Agropecuária, Industrial e de Serviços; as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes – Transferências Correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores – Outras Receitas Correntes. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 13 II) Receitas de Capital: são as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. Essas receitas são representadas por mutações patrimoniais que nada acrescentam ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de elementos patrimoniais, isto é, um aumento no sistema financeiro (entrada de recursos financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial (saída do patrimônio em troca de recursos financeiros).III) Receitas Intraorçamentárias: Já estudamos em tópicos anteriores. O que acrescentaremos neste tópico é que as novas naturezas de receita intraorçamentárias são constituídas substituindo-se o 1º nível (categoria econômica “1” ou “2”) pelos dígitos “7”, se receita corrente intraorçamentária e “8”, se receita de capital intraorçamentária, mantendo-se o restante da codificação. Atenção: As classificações incluídas não constituem novas categorias econômicas de receita, mas sim meras especificações das categorias corrente e de capital, a fim de possibilitar a identificação das respectivas operações intraorçamentárias e, dessa forma, evitar a dupla contagem de tais receitas. Logo, as receitas de capital são as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. As receitas tributária, patrimonial, industrial e de serviços são receitas correntes. Resposta: Letra C 8) (ESAF – AFC/STN – 2005) A receita na Administração Pública representa as operações de ingressos de recursos financeiros nos cofres públicos. Identifique a opção não pertinente em relação às receitas correntes. a) receitas imobiliárias b) receitas de contribuições sociais c) contribuição de melhoria d) receita de serviços e) alienação de bens móveis e imóveis 2º nível: Origem É a subdivisão das Categorias Econômicas, que tem por objetivo identificar a origem das receitas, no momento em que as mesmas ingressam no patrimônio público. Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e outras). CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 14 No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar se as receitas são compulsórias (tributos e contribuições), provenientes das atividades em que o Estado atua diretamente na produção (agropecuárias, industriais ou de prestação de serviços), da exploração do seu próprio patrimônio (patrimoniais), se provenientes de transferências destinadas ao atendimento de despesas correntes, ou ainda, de outros ingressos. No caso das receitas de capital, distinguem-se as provenientes de operações de crédito, da alienação de bens, da amortização dos empréstimos, das transferências destinadas ao atendimento de despesas de capital, ou ainda, de outros ingressos de capital. Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital são: QUADRO ORIGENS DAS RECEITAS RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL 1. Receita Tributária 2. Receita de Contribuições 3. Receita Patrimonial 4. Receita Agropecuária 5. Receita Industrial 6. Receita de Serviços 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes 1. Operações de Crédito 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital Veremos cada uma delas. I) Origens das Receitas Correntes: • Receita Tributária: são os impostos, taxas e contribuições de melhoria. Fizemos um estudo mais aprofundado nos tópicos anteriores. • Receita de Contribuições: Também fizemos um estudo mais aprofundado nos tópicos anteriores. É o ingresso proveniente de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de intervenção nas respectivas áreas. • Receita Patrimonial: É o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. Por exemplo, temos as receitas de arrendamentos de terrenos da União, que o Poder Público concede à outra parte o gozo temporário de um terreno mediante retribuição, a qual se torna receita patrimonial. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 15 • Receita Agropecuária: É o ingresso proveniente da atividade ou da exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa classificação as receitas advindas da exploração da agricultura (cultivo do solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de animais de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou transformação de produtos agropecuários em instalações existentes nos próprios estabelecimentos. • Receita Industrial: É o ingresso proveniente da atividade industrial de extração mineral, de transformação, de construção e outras, provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. • Receita de Serviços: É o ingresso proveniente da prestação de serviços de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, judiciário, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços. • Transferência Corrente: É o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. • Outras Receitas Correntes: São os ingressos correntes provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Logo, receitas imobiliárias (que são patrimoniais), de contribuições sociais, de contribuição de melhoria e de serviços são receitas correntes. A alienação de bens móveis e imóveis constitui uma receita de capital. Resposta: Letra E 9) (ESAF – AFCE – TCU – 2006) Consoante o disposto na Lei Federal n. 4.320/64 a receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. Aponte a opção falsa com relação a esse tema. a) As Receitas de Capital são as provenientes de operações de crédito, cobrança de multas e juros de mora, alienação de bens, de amortização de empréstimos concedidos, de indenizações e restituições, de transferências de capital e de outras receitas de capital. b) São Receitas Correntes as receitas tributárias, patrimonial, agropecuária, industrial, de contribuições, de serviços e diversas e, ainda, as transferências correntes. c) Os tributos são receitas que a doutrina classifica como derivadas. d) Conceitua-se como Receita Tributária a resultante da cobrança de tributos pagos pelos contribuintes em razão de suas atividades, suas rendas e suas propriedades. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 16 e) Será considerada Receita de Capital o superávit do Orçamento Corrente, segundo disposição da Lei Federal n. 4.320/64. II) Origens das Receitas de Capital: • Operações de Crédito: São os ingressos provenientes da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos obtidos junto a entidades estatais ou privadas. • Alienação de Bens: É o ingresso proveniente da alienação de componentes do ativo permanente. • Amortização de Empréstimos: É o ingresso proveniente da amortização, ou seja, referente ao recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos. • Transferências de Capital: É o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital.• Outras Receitas de Capital: São os ingressos de capital provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. a) É a incorreta. As Receitas de Capital são as provenientes de operações de crédito, alienação de bens, de amortização de empréstimos concedidos, de transferências de capital e de outras receitas de capital. As receitas de indenizações e restituições e de cobrança de multas e juros de mora constituem receitas correntes. b) Correta. São Receitas Correntes as receitas tributárias, patrimonial, agropecuária, industrial, de contribuições, de serviços e diversas e, ainda, as transferências correntes. c) Correta. As receitas derivadas são aquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva. Dessa forma, o Estado exige que o particular entregue uma determinada quantia na forma de tributos ou de multas, exigindo-as de forma compulsória. Procedem do setor privado da economia, isto é, de famílias, empresas e do resto do mundo; são devidas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, que desenvolvam atividades econômicas, exceto as que desfrutem de imunidade ou isenção. d) Correta. A Receita Tributária pode ser definida como a resultante da cobrança de tributos pagos pelos contribuintes em razão de suas atividades, suas rendas e suas propriedades. e) Correta. Segundo o art. 11 da Lei 4320/64: § 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 17 privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. Resposta: Letra A 10) (ESAF – APO/MPOG – 2005 - Adaptada) A Receita Orçamentária é a consubstanciada no orçamento público e consignada na Lei Orçamentária. Aponte a única opção incorreta no que diz respeito às origens de receitas. a) O imposto é um tributo cuja obrigação tem como fato gerador uma situação, independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, sendo pago coativamente. b) A receita de contribuições é uma origem de receitas correntes. c) A contribuição de melhoria corresponde à especialização de serviço público, em proveito direto ou por ato de contribuinte. d) Outras receitas correntes são receitas correntes originárias da cobrança de multas e juros de mora, indenizações e restituições, receita da dívida ativa e receitas diversas. e) As receitas de capital são as provenientes de operações de crédito, alienação de bens, de amortização de empréstimos concedidos, de transferências de capital e de outras receitas de capital. A questão foi adaptada porque trazia o antigo termo “fonte” que foi substituído pelo termo atual “origem”. Atualmente existe a classificação por fontes, mas não guarda relação com o emprego antigo do termo. a) Correta. Conforme o art. 16 do CTN, “imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. b) Correta. As origens das receitas correntes são: Tributária e de Contribuições; da exploração de seu patrimônio – Patrimonial; da exploração de atividades econômicas - Agropecuária, Industrial e de Serviços; as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes – Transferências Correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores – Outras Receitas Correntes. c) É a incorreta. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. d) Correta. São exemplos da origem “outras receitas correntes”: multas e juros de mora, indenizações e restituições e receita da dívida ativa. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 18 e) Correta. As origens das receitas de capital são operações de crédito, alienação de bens, de amortização de empréstimos concedidos, de transferências de capital e de outras receitas de capital. Resposta: Letra C 11) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) A Alienação de Bens, segundo a classificação orçamentária brasileira, é uma Receita de Capital. Identifique entre as receitas relacionadas abaixo, qual a única que pertence ao grupo de Alienação de Bens Imóveis. a) Alienação de Estoques. b) Alienação de Embarcações. c) Alienação de Estoques Reguladores Vinculados à Política de Garantia de Preços Mínimos. d) Alienação de Títulos Mobiliários. e) Alienação de Animais Reprodutores e Matrizes. A questão quer saber qual dentre as rubricas citadas pertence à espécie Alienação de Bens Imóveis. 3º nível: Espécie É o nível de classificação vinculado à Origem, composto por títulos que permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos de tais receitas. Por exemplo, dentro da Origem Receita Tributária (receita proveniente de tributos), podemos identificar as suas espécies, tais como impostos, taxas e contribuições de melhoria (conforme definido na Constituição Federal de 1988 e no Código Tributário Nacional), sendo cada uma dessas receitas uma espécie de tributo diferente das demais. 4º nível: Rubrica É o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de cada espécie de receita uma qualificação mais específica. Agrega determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si. 5º nível: Alínea Funciona como uma qualificação da rubrica. A alínea é o nível que apresenta o nome da receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de recursos financeiros. 6º nível: Subalínea: CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 19 Constitui o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor, pela entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de maior detalhamento da alínea. A questão trata das espécies Alienação de Bens Imóveis e Móveis: • Alienação de Bens Imóveis: Registra o valor total da arrecadação da receita de alienação de bens imóveis, residenciais ou não, de propriedade da União, Estados ou Municípios. Suas rubricas são: Alienação de Imóveis Rurais para Colonização e Reforma Agrária, Produto de Alienações, Alienação de Embarcações, Alienação de Imóveis Rurais, Alienação de Imóveis Urbanos e Alienação de Outros Bens Imóveis. • Alienação de Bens Móveis: Registra o valor total da arrecadação da receita de alienação de bens móveis tais como: títulos, mercadorias, bens inservíveis ou desnecessários e outros. Possui as seguintes rubricas: Alienação de Títulos Mobiliários, Alienação de Estoques, Alienação de Animais Reprodutores e Matrizes e Alienação de Outros Bens Móveis. Logo, Alienação de Embarcações é rubrica da espécie Alienação de Bens Imóveis. Já Alienação de Títulos Mobiliários, Alienação de Estoques, Alienação de Animais Reprodutores e Matrizes são rubricas da espécie Alienação de Bens móveis. Alienação de Estoques Reguladores Vinculados à Política de Garantia de Preços Mínimos é uma subalínea da alínea Alienação de Estoques da Política de Garantia de Preços Mínimos – PGPM da rubrica Alienação de Estoques. O estudante não deve gastar o tempo decorando cada item. Caso se depare com uma questãodesta na prova, o melhor é tentar raciocinar e resolvê-la por eliminação. Coloquei esta questão porque é uma oportunidade de exemplificar o assunto. Resposta: Letra B 12) (ESAF – APO/MPOG - 2008) Segundo o Manual Técnico do Orçamento - 2008, a classificação da receita por natureza busca a melhor identificação da origem do recurso, segundo seu fato gerador. Indique a opção incorreta quanto aos desdobramentos dessa receita. a) Sub-rubrica. b) Origem e espécie. c) Rubrica. d) Categoria econômica. e) Alínea e subalínea. A nossa questão trata do MTO/2008, porém podemos resolvê-la pelo MTO/2010. O examinador pede a alternativa que não faz parte dos desdobramentos da classificação da receita por natureza. Os níveis são: categoria CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 20 econômica, origem, espécie, rubrica, alínea e subalínea. Logo, não há previsão de sub-rubrica. Resposta: Letra A 13) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) No que diz respeito à receita pública, indique a opção falsa. a) A Lei n. 4.320/64 classifica receita pública em orçamentária e extra- orçamentária, sendo que esta apresenta valores que não constam do orçamento. b) A receita orçamentária divide-se em dois grupos: correntes e de capital. c) As receitas correntes compreendem as receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, de alienação de bens, de transferências e outras. d) A receita pública é definida como os recursos auferidos na gestão, que serão computados na apuração do resultado financeiro e econômico do exercício. e) A receita extra-orçamentária não pertence ao Estado, possuindo caráter de extemporaneidade ou de transitoriedade nos orçamentos. a) e) Corretas. As receitas orçamentárias são entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo Patrimônio do Poder Público. Segundo o art. 57 da Lei 4320/64, serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento. Atenção: A receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não estiver incluída na lei orçamentária anual. As receitas extraorçamentárias não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. b) Correta. Entenda o termo “grupos” com um sentido genérico, porque na verdade são duas categorias econômicas: corrente e de capital. c) É a incorreta. Classificam-se na categoria receitas correntes aquelas oriundas do poder impositivo do Estado - Tributária e de Contribuições; da exploração de seu patrimônio – Patrimonial; da exploração de atividades econômicas - Agropecuária, Industrial e de Serviços; as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes – Transferências Correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores – Outras Receitas Correntes. A receita de alienação de bens é classificada como receita de capital. d) Correta. Uma das possíveis definições de receita pública: recursos auferidos na gestão, que serão computados na apuração do resultado financeiro e econômico do exercício. Resposta: Letra C CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 21 14) (ESAF – APO/MPOG - 2008) Identifique o conceito de receita orçamentária que não é pertinente à sua definição. a) Receita patrimonial é uma receita derivada, oriunda da exploração indireta, por parte do Estado das rendas obtidas na aplicação de recursos. b) Receita tributária é uma receita derivada que o Estado arrecada, mediante o emprego de sua soberania, sem contraprestação diretamente equivalente e cujo produto se destina ao custeio das atividades gerais ou específicas que lhe são próprias. c) Receitas de capital são receitas provenientes da realização de recursos financeiros oriundos da constituição de dívida; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do orçamento corrente. d) Receita de serviço é uma receita originária, segundo a qual os recursos ou meios financeiros são obtidos mediante a cobrança pela venda de bens e serviços. e) Outras receitas correntes são receitas originárias, provenientes de multas, cobranças da dívida ativa, restituições e indenizações. a) É a incorreta. As receitas patrimoniais são originárias. São as receitas que provêm das rendas geradas pelo patrimônio do próprio Estado (mobiliário e imobiliário), tais como as rendas de aluguéis, as receitas decorrentes das vendas de bens, dividendos, participações e royalties. b) Correta. As receitas tributárias são derivadas, pois são obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva. c) Correta. As receitas provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente, são denominadas receitas de capital. d) Correta. As receitas de serviço são originárias e compreendem ingressos provenientes da prestação de serviços de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, judiciário, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços. e) Correta. Outras receitas correntes são os ingressos correntes provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores, como multas, dívida ativa, etc. Resposta: Letra A 15) (ESAF – Técnico de Nível Superior/ENAP – MPOG – 2006) Afirma-se que Receita Pública é a soma dos recursos recebidos pelo Estado ou por pessoas de direito público, para atender à cobertura das despesas necessárias ao cumprimento de suas funções. Assim, não se pode afirmar com relação à classificação da receita pública que: CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 22 a) as receitas originárias são aquelas que o Estado aufere das suas próprias fontes de riqueza, em decorrência do seu patrimônio rendoso. b) as receitas compulsórias são receitas não-coercitivas, que têm sua origem na norma jurídica. c) receitas crediárias são receitas que correspondem ao crédito público, mediante a de utilização de operações de empréstimos, contratos bancários, colocação de títulos, entre outros. d) receitas facultativas são receitas que têm sua origem em atos jurídicos convencionais, demonstradores da vontade da pessoa. e) receitas derivadas são receitas que o Estado aufere, tendo como procedência, coercitiva, as pessoas físicas e jurídicas com personalidade jurídica de direito privado, usando a prerrogativa do Estado de tributar suas rendas, patrimônio, operações e transações financeiras. a) Correta. As receitas públicas originárias são aquelas que provêm do próprio patrimônio do Estado. São os rendimentos que os governos auferem, utilizando os seus próprios recursos patrimoniais ou empresariais, não entendidos como tributos. b) É a incorreta. As receitas compulsórias possuem sua origem nas legislações que impõem aos particulares obrigações. Têm sua origem na norma jurídica e são coercitivas, como os tributos e contribuições. c) Correta. As receitas crediáriassão as oriundas de operações de crédito. Incluem os contratos bancários, a colocação de títulos públicos e empréstimos por antecipação de receitas. d) Correta. As receitas facultativas possuem sua origem em atos jurídicos bilaterais, que são aqueles demonstradores da vontade da pessoa. Como exemplos, têm-se os alugueis e as tarifas. e) Correta. As receitas públicas derivadas são aquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva. Dessa forma, o Estado exige que o particular entregue uma determinada quantia na forma de tributos ou de multas, exigindo-as de forma compulsória. Procedem do setor privado da economia, isto é, de famílias, empresas e do resto do mundo; são devidas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, que desenvolvam atividades econômicas, exceto as que desfrutem de imunidade ou isenção. Resposta: Letra B PARTE II – DESPESAS PÚBLICAS 16) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) A classificação institucional da despesa é um critério indispensável para a fixação de responsabilidades e os consequentes controles e avaliações. Aponte a única opção que não pode ser considerada vantagem do critério institucional. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 23 a) Permite comparar imediatamente os vários órgãos, em termos de dotações recebidas. b) Usado de forma predominante, impede que se tenha uma visão global das finalidades dos gastos do governo, em termos das funções precípuas que deve cumprir. c) Permite identificar o agente responsável pelas dotações autorizadas pelo Legislativo, para dado programa. d) Serve como ponto de partida para o estabelecimento de um programa de contabilização de custos dos vários serviços ou unidades administrativas. e) Quando combinado com a classificação funcional, permite focalizar num único ponto a responsabilidade pela execução de determinado programa. A classificação institucional reflete a estrutura organizacional de alocação dos créditos orçamentários, e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. Assim, o agente encarregado do gasto pode ser identificado na classificação institucional. Segundo o art.14 da Lei 4320/64, constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas responsáveis pelos recursos financeiros (dotações) e pela realização das ações. Órgão Orçamentário é o agrupamento de unidades orçamentárias. A classificação institucional aponta “quem faz” a despesa. Ela permite comparar imediatamente as dotações recebidas por cada órgão ou unidade orçamentária, pois identifica o agente responsável pelas dotações autorizadas pelo Legislativo, para dado programa. Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os “órgãos” “Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de Contingência”. No entanto, são um conjunto de dotações que são administradas por órgãos do governo que também têm suas próprias dotações. O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orçamentária: 1º 2º 3º 4º 5º Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 24 Exemplos: O Órgão 02000 SENADO FEDERAL tem as seguintes Unidades Orçamentárias: 02101 Senado Federal, 02103 Secretaria Especial de Informática - Prodasen, 02104 Secretaria Especial de Editoração e Publicação. Todas essas correspondem a uma estrutura administrativa, com pessoal, espaço físico, etc. Mas também tem as seguintes Unidades Orçamentárias: 02901 Fundo Especial do Senado Federal; 02903 Fundo de Informática e Processamento de Dados do Senado Federal, 02904 Fundo da Secretaria Especial de Editoração e Publicação. São Unidades Orçamentárias, mas não correspondem a uma estrutura administrativa, são somente fundos que gerem recursos. Outro exemplo: Órgão: 25000 MINISTÉRIO DA FAZENDA Unidades Orçamentárias: 25101 Ministério da Fazenda 25103 Secretaria da Receita Federal do Brasil 25104 Procuradoria Geral da Fazenda Nacional 25201 Banco Central do Brasil 25203 Comissão de Valores Mobiliários 25208 Superintendência de Seguros Privados 25903 Fundo de Compensação e Variações Salariais* 25904 Fundo de Estabilidade do Seguro Rural* 25913 Fundo Especial de Treinamento e Desenvolvimento* 25914 Fundo de Garantia à Exportação – FGE* * São Unidades Orçamentárias, porém não correspondem a uma estrutura administrativa. Na nossa questão: a) Correta. A classificação institucional permite comparar imediatamente as dotações recebidas por cada órgão ou unidade orçamentária. b) É a incorreta. Trata-se de uma desvantagem. Na classificação institucional temos o agente encarregado do gasto, ou seja, o órgão e a unidade orçamentária. Para que se tenha uma visão global das finalidades dos gastos do governo, é necessário combiná-la com outras classificações, como com a estrutura programática assim determinada pela Portaria nº 42/99 e com a classificação por natureza da despesa. c) Correta. A classificação institucional aponta “quem faz” a despesa, permitindo identificar o agente responsável pelas dotações autorizadas pelo Legislativo, para dado programa. d) Correta. É um ponto de partida importante, pois a classificação institucional nos leva ao agente encarregado do gasto, fundamental para a implantação de um sistema de custos no nível serviço, órgão ou unidade. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 25 e) Correta. Combinada com outras, a classificação institucional nos permite chegar a diversas informações, como focalizar dentro de um programa a responsabilidade por sua execução. Resposta: Letra B 17) (ESAF – APO/SP - 2009) Assinale a opção verdadeira a respeito dos programas de governo. a) Programa é um módulo integrador entre o plano e o orçamento e tem como instrumento de sua realização as ações de governo. b) Programa é o conjunto de ações de uma unidade orçamentária e visa à integração do plano de governo do ente ao orçamento. c) Um programa, do ponto de vista orçamentário, é o conjunto de atividades e projetos relacionados a uma determinada função de governo com vistas ao cumprimento da finalidade do Estado. d) É o conjunto de ações de caráter continuado com vista à prestação de serviços à sociedade. e) Os programas de governo são considerados temporários e permanentes, dependendo das condições de perenidade das ações desenvolvidas pelo ente público. Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano Plurianual – PPA, que é de quatro anos. O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. A estrutura programática tem previsão na Portaria 42/99. A finalidade essencial da classificação programática é demonstrar as realizações do Governo e a efetividade de seu trabalho em prol da população.É a mais moderna das classificações orçamentárias da despesa, tendo surgido visando permitir a representação do programa de trabalho. A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. O programa é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. Em termos de estruturação, na concepção inicial da reforma orçamentária de 2000, o plano deveria terminar no programa e o orçamento começar no programa, o que CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 26 confere a esses instrumentos uma integração desde a origem. O programa, como módulo integrador, e as ações, como instrumentos de realização dos programas. Essa concepção inicial foi modificada nos PPA’s 2000/2003 e 2004/2007, elaborados com nível de detalhamento de ação. Resposta: Letra A 18) (ESAF – Técnico de Nível Superior/ENAP – MPOG – 2006) O Orçamento Público Brasileiro vem sofrendo alterações ao longo das últimas décadas e novas características vêm sendo incorporadas. Nos recentes conceitos associados à estrutura programática da despesa orçamentária, o Programa é o instrumento de organização da atual atuação governamental. Indique qual é o tipo de programa do qual resultam bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade. a) Programa de Gestão de Políticas Públicas. b) Programa de Serviços ao Estado. c) Programa de Apoio Administrativo. d) Programa Finalístico. e) Programas Estratégicos. Os Programas são classificados em dois tipos: • Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de mensuração; • Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas de natureza tipicamente administrativas. Cuidado: Essa é a classificação atual! Alguns livros ainda trazem a antiga classificação em 4 tipos que não existe mais! Logo, o tipo de programa do qual resultam bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade é o programa finalístico. Resposta: Letra D 19) (ESAF – Técnico de Nível Superior/SPU – MPOG – 2006) De acordo com a estrutura programática adotada a partir da Portaria n. 42/1999, o instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo, é classificado como: a) função. b) subfunção. c) programa. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 27 d) projeto e) atividade. Cada programa deve conter objetivo, indicador que quantifica a situação que o programa tenha como finalidade modificar e os produtos (bens e serviços) necessários para atingir o objetivo. A partir do programa são identificadas as ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta. A finalidade do gasto pode ser observada na estrutura programática. As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, etc, e os financiamentos. As ações, conforme suas características, podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais, segundo a Portaria 42/99: • Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: “Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde”. • Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: “Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”. • Operação Especial: Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Consoante o art. 4º da referida Portaria, as ações serão identificadas em termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais nas leis orçamentárias e nos balanços. SUBTÍTULOS (localizador do gasto): Segundo o MTO/2010, as atividades, projetos e operações especiais serão detalhados, ainda, em subtítulos, utilizados CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 28 especialmente para especificar a localização física da ação, não podendo haver, por conseguinte, alteração da finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas. A adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental. A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (NO, NE, CO, SD, SL), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico, quando necessário. A LDO da União veda que na especificação do subtítulo haja referência a mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário, se determinados. Exemplos de Subtítulos: Localizações Padronizadas (uso SOF): 0001 Nacional NA 0002 No Exterior EX Regiões Geográficas (baseada no padrão IBGE): 0010 Na Região Norte NO 0020 Na Região Nordeste NE 0030 Na Região Sudeste SD 0040 Na Região Sul SL 0050 Na Região Centro-Oeste CO Estados da Federação (baseada no padrão IBGE): 0011 No Estado de Rondônia RO 0012 No Estado do Acre AC 0013 No Estado do Amazonas AM 0014 No Estado de Roraima RR 0015 No Estado do Pará PA 0016 No Estado do Amapá AP Etc. Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por esfera orçamentária, grupo de natureza de despesa, modalidade de aplicação, identificador de uso e fonte de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos da ação orçamentária. Na base do Sistema, o campo que identifica o Programa contém quatro (4) dígitos. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 29 1º 2º 3º 4º Programa Já a Ação é identificada por um código alfanumérico de 8 dígitos: 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º Ação Subtítulo Ao observar o 1º dígito do código pode-se identificar o tipo de ação: 1º Dígito Tipo de Ação 1, 3, 5 ou 7 Projeto 2, 4, 6 ou 8 Atividade 0 Operação Especial 9 Ação não Orçamentária (ação sem dotação nos orçamentos na União, mas que participa dos programas do PPA) Repare que os números ímpares são projetos (exceto9) e os pares são atividades (exceto 0). Logo, o instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo, é classificado como atividade. Resposta: Letra E 20) (ESAF – APO/MPOG - 2008) De acordo com a Portaria n. 42, de 14 de abril de 1999, entende-se por Atividade: a) o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos. b) o maior nível de agregação das diversas áreas da despesa que competem ao setor público. c) as despesas que não contribuem para a manutenção das ações do governo. d) um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação do governo. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 30 e) as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente. a) Errada. Segundo o art. 2º da Portaria 42/99, entende-se por programa, o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no PPA. b) Errada. Consoante o § 1º do art.1º, como função deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. c) Errada. Segundo o art. 2º, entende-se por operações especiais as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. d) Correta. Conforme o art. 2º, entende-se por atividade um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo. e) Errada. Consoante o § 2º do art. 1º, a função "Encargos Especiais" engloba as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Resposta: Letra D 21) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) A Classificação Funcional da Despesa Pública no Brasil substituiu a Classificação Funcional- Programática dos dispêndios públicos. Segundo a nova estrutura Funcional, identifique a única resposta falsa. a) A subfunção representa um segmento da função, visando a agregar determinado subconjunto de despesas. b) O subprograma representa uma agregação do programa. c) O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações concorrentes para um objetivo comum. d) A função representa o nível mais elevado de agregação de informações sobre as diversas áreas de despesa que competem ao setor público. e) A atividade é um instrumento de programação que envolve um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente. A classificação funcional, por funções e subfunções, busca responder basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa será realizada. A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. A Portaria 42/99 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata a Lei CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 31 4.320/64; estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá outras providências. Trata-se de uma classificação independente dos programas e de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público. A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função, enquanto que os três últimos dígitos representam a subfunção, que podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária. 1º 2º 3º 4º 5º Função Subfunção A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios. No entanto, tem-se a função “Encargos Especiais”, a qual engloba as despesas em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Nesse caso, as ações estarão associadas aos programas do tipo "Operações Especiais" que constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA. Segundo o art.1º da Lei 11653/08 (Lei do PPA 2008-2011): § 2o Não integram o Plano Plurianual os programas destinados exclusivamente a operações especiais. A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estão relacionadas na Portaria 42/99. As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área específica. Existe a possibilidade de matricialidade na conexão entre função e subfunção, ou seja, combinar qualquer função com qualquer subfunção, mas não na relação entre ação e subfunção. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 32 Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, a programação de um órgão, via de regra, é classificada em uma única função, ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada ação. A exceção à matricialidade encontra-se na função 28 – Encargos Especiais e suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas. Atenção: Muito cobrado em provas! As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estejam vinculadas. Na nossa questão: a) Correta. A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. b) É a incorreta. Não há previsão de subprogramas, tampouco seriam maiores que os programas. c) Correta. O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. d) Correta. A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios. e) Correta. A atividade é um instrumento
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