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Aula 08 AFRFB 2009 ECONOMIA E FINANÇAS

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CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS 
P/ RECEITA FEDERAL 
PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
1
AULA 8 
RECEITAS E DESPESAS 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
A palavra Receita é utilizada em todo o mundo pela contabilidade para 
evidenciar a variação positiva da situação líquida patrimonial resultante do 
aumento de ativos ou da redução de passivos de uma entidade. Por esse enfoque, 
a receita pode ser classificada em: 
 
• Receitas Públicas: aquelas auferidas pelos entes públicos; 
• Receitas Privadas: aquelas auferidas pelas entidades privadas. 
 
O orçamento é instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou 
privada, e representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em 
determinado período. Dessa forma, despesa orçamentária é fluxo que deriva da 
utilização de crédito consignado no orçamento da entidade, podendo ou não 
diminuir a situação líquida patrimonial. 
 
A despesa pode ser classificada quanto à entidade que apropria a despesa: 
• Despesas Públicas: aquelas efetuadas por entidades públicas. 
• Despesas Privadas: aquelas efetuadas pelas entidades privadas. 
 
O estudo de AFO abrange as Receitas e Despesas Públicas e estes serão os 
temas desta nossa aula, na qual estudaremos especialmente os conceitos e 
classificações da receita e da despesa orçamentária brasileira. No processo 
orçamentário, é notável a relevância da Receita Pública, cuja previsão 
dimensiona a capacidade governamental em fixar a Despesa Pública e, no 
momento da sua arrecadação, torna-se instrumento condicionante da execução 
orçamentária da despesa. 
 
As Receitas e Despesas estão envolvidas em situações singulares na 
Administração Pública, como a sua distribuição e destinação entre as esferas 
governamentais e o estabelecimento de limites legais impostos pela Lei de 
Responsabilidade Fiscal. Dessa forma, assume fundamental importância ao 
permitir estudos e análises acerca da carga tributária suportada pelos diversos 
segmentos da sociedade e análises acerca da qualidade do gasto público e do 
equilíbrio fiscal das contas públicas. 
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2
 
O conhecimento dos conceitos e das classificações da receita e da despesa 
possibilita a cidadania no processo de fiscalização da arrecadação, bem como o 
efetivo controle social sobre as Contas dos Governos Federal, Estadual, Distrital 
e Municipal. Da mesma forma, do lado dos servidores públicos, o conhecimento 
das Receitas e Despesas Públicas, principalmente em face à LRF, contribui para a 
transparência das contas públicas e para o fornecimento de informações de 
melhor qualidade aos diversos usuários, bem como permite estudos 
comportamentais no tempo e no espaço. 
 
As classificações orçamentárias de receitas e despesas são de fundamental 
importância para a transparência das operações constantes de um orçamento. 
Toda a informação orçamentária é organizada e veiculada segundo um tipo de 
classificação. Ademais, é através das várias classificações, ainda, que se 
implementam planos, os quais explicitam os objetivos e prioridades da ação 
pública, orçamento e gestão das organizações do setor público, ilustrando, desse 
modo, sobre o direcionamento político da ação governamental. 
 
As receitas estão classificadas, segundo a Lei 4320/64, em dois segmentos: 
Receitas Correntes e Receitas de Capital, divisão essa que obedece a um critério 
econômico, dentro da idéia de demonstrar a origem das diversas fontes, 
conforme derivem do exercício de poder próprio do Estado, de tributar as pessoas 
e agentes econômicos ou do exercício de atividade econômica. Essas são as 
Receitas Correntes, sendo Receitas de Capital aquelas que procedem do 
endividamento ou da transformação de ativos físicos ou financeiros em moeda. 
 
Cabe ressaltar, entretanto, que com o advento da Lei complementar n° 101, de 
4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF) as informações de 
receita assumiram uma importância fundamental. Vários procedimentos e 
mecanismos de controle foram estabelecidos nessa lei com base em previsão e 
arrecadação de receita, o que impõe a necessidade de um cuidado especial no que 
se refere à qualidade dessas informações. 
 
No tocante às despesas, as classificações, basicamente, respondem as principais 
indagações que habitualmente surgem quando o assunto é gasto orçamentário. 
Essas informações permitirão a mensuração de desempenho e o controle 
orçamentário: a cada uma dessas indagações, corresponde um tipo de 
classificação. Ou seja, quando a pergunta é “para que” serão gastos os recursos 
alocados, a resposta será encontrada na classificação programática ou, mais 
adequadamente, de acordo com a portaria n° 42/99, na ESTRUTURA 
PROGRAMÁTICA; “em que” serão gastos os recursos, a resposta consta da 
classificação FUNCIONAL; “o que” será adquirido ou “o que” será pago, na 
classificação por elemento de despesa; “quem” é o responsável pela programação 
a ser realizada, a resposta é encontrada na classificação INSTITUCIONAL 
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(órgão e unidade orçamentária); “qual o efeito ECONÔMICO da realização da 
despesa”, na classificação por categoria econômica; e “qual a origem dos 
recursos”, na classificação por fonte de recursos. Já para Rezende, a classificação 
dos gastos públicos são três: segundo sua finalidade, sua natureza e quanto a 
seu agente encarregado da execução do gasto. No entanto tem significado 
semelhante: a finalidade é observada na estrutura programática assim 
determinada pela Portaria nº 42/99, a natureza na classificação por natureza da 
despesa e o agente encarregado do gasto pode ser observado na classificação 
institucional. Dessa forma, são as características básicas de sistemas 
orçamentários modernos: estrutura programática, econômica e organizacional 
para alocação de recursos, denominadas de classificações orçamentárias da 
despesa. 
 
A legislação orienta que a classificação da despesa no orçamento público deve 
ser desdobrada de acordo com os seguintes critérios: institucional (órgão e 
unidade orçamentária), funcional (função e subfunção), por programas 
(programa, projeto, atividade e operações especiais) e segundo a natureza 
(categorias econômicas, grupos, modalidades de aplicação e elementos). Pelo 
estudo delas compreenderemos todo o conteúdo de nossa prova. 
 
Segundo Fabiano Core, ainda com base nas classificações utilizadas em um 
determinado processo orçamentário, é possível identificar o estágio da técnica 
adotada. Assim, um orçamento que se estrutura apenas com a informação de 
elemento de despesa ou objeto de gasto (o que será gasto ou adquirido), além, 
naturalmente, do aspecto institucional, caracteriza um orçamento tradicional ou 
clássico. Por apresentar somente uma dimensão, isto é, o objeto de gasto, 
também é conhecido como um orçamento unidimensional; já o orçamento em 
que, além do objeto de gasto, encontra-se presente a explicitação do programa de 
trabalho, representado pelas ações desenvolvidas (em que serão gastos os 
recursos), corresponderia a um orçamento bidimensional, também conhecido 
como orçamento de desempenho ou funcional; e o orçamento tridimensional 
seria aquele que agregaria ao tipo anterior uma outra dimensão, que seria o 
objetivo da ação governamental (para que serão gastos os recursos), o que tipifica 
um orçamento-programa. 
 
 
PARTE I – RECEITAS PÚBLICAS 
 
1) (ESAF – Técnico de Nível Superior/ENAP – MPOG – 2006) A receita 
pública, quanto à sua natureza, é dividida em Orçamentária e Extraorçamentária. 
Assinale abaixo a única receita que é classificada como Receita Orçamentária. 
a) Depósitos de terceiros. 
b) Receita de operações de crédito. 
c) Salários não-reclamados. 
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d) Operações de crédito por antecipação de receita. 
e) Cauções em dinheiro. 
 
Com o objetivo de atender às necessidades públicas, o Estado possui meios de 
financiar suas atividades por intermédio dos ingressos públicos: 
 
Ingresso público: São considerados ingressos todas as entradas de bens ou 
direitos, em um certo período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus 
gastos, podendo ou não se incorporar ao seu patrimônio. 
 
Quanto à forma de ingresso ou natureza, a receita pode ser orçamentária, extra-
orçamentária ou intra-orçamentária. 
 
As receitas orçamentárias são entradas de recursos que o Estado utiliza para 
financiar seus gastos, transitando pelo Patrimônio do Poder Público. Segundo o 
art. 57 da Lei 4320/64, serão classificadas como receita orçamentária, sob as 
rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de 
operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento. Atenção: A receita 
pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não estiver incluída na lei 
orçamentária anual. São chamadas também de ingressos orçamentários. 
 
As receitas extraorçamentárias não integram o orçamento público e constituem 
passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à 
autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se 
incorporando ao patrimônio público. São chamadas de ingressos 
extraorçamentários. São exemplos de receitas extraorçamentárias: 
• Depósito em caução; 
• Antecipação de Receitas Orçamentárias – ARO; 
• Cancelamento de restos a pagar; 
• Emissão de Moeda; 
• Outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. 
 
As receitas intraorçamentárias são oriundas de operações realizadas entre 
órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento 
fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de governo. São chamadas 
também de ingressos intraorçamentários. Têm a finalidade de discriminar as 
receitas referentes às operações entre órgãos, fundos, autarquias, fundações 
públicas, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes do 
orçamento fiscal e da seguridade social. 
O elemento motivador da criação dessas receitas foi a inclusão, na Portaria 
Interministerial STN/SOF nº 163, de 4 de maio de 2001, da modalidade de 
aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos 
e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social”. 
 
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Atenção: No conceito de receita orçamentária, estão compreendidas as entradas 
de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo 
Patrimônio do Poder Público. Serão classificadas como receita orçamentária, sob 
as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de 
operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento. São 
extraorçamentárias, portanto excluídas do conceito de receitas orçamentárias, as 
operações de crédito por antecipação de receita, as emissões de papel-moeda, os 
salários não-reclamados, as cauções em dinheiro e outras entradas 
compensatórias no ativo e passivo financeiros, como os depósitos de terceiros. 
Resposta: Letra B 
 
2) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Classificam-se como 
Receitas Correntes Derivadas as receitas: 
a) de contribuições e de serviços. 
b) patrimonial, agropecuária e industrial. 
c) patrimonial, agropecuária, industrial e de serviços. 
d) tributária e de contribuições. 
e) tributária e de serviços. 
 
As receitas orçamentárias podem ser classificadas de acordo com a 
coercitividade: 
 
I) Receitas Públicas Originárias: São aquelas que provêm do próprio 
patrimônio do Estado. São os rendimentos que os governos auferem, utilizando 
os seus próprios recursos patrimoniais ou empresariais, não entendidos como 
tributos. As receitas originárias correspondem às rendas, como os foros, 
laudêmios, aluguéis, dividendos, participações (se patrimoniais) e em tarifas (se 
empresariais). Podem ser: 
 
• Patrimoniais: São as receitas que provêm das rendas geradas pelo 
patrimônio do próprio Estado (mobiliário e imobiliário), tais como as 
rendas de aluguéis, as receitas decorrentes das vendas de bens, dividendos 
e participações. Entram ainda neste conceito as receitas decorrentes de 
pagamento de royalties pela exploração do seu patrimônio por 
delegatários (concessionários e permissionários) de serviços públicos. 
 
• Empresariais: São aquelas provenientes das atividades realizadas pelo 
Estado como empresário, seja no âmbito comercial, industrial ou de 
prestação de serviços. 
 
II) Receitas Públicas Derivadas: São aquelas obtidas pelo Estado mediante sua 
autoridade coercitiva. Dessa forma, o Estado exige que o particular entregue uma 
determinada quantia na forma de tributos ou de multas, exigindo-as de forma 
compulsória. Procedem do setor privado da economia, isto é, de famílias, 
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empresas e do resto do mundo; são devidas por pessoas físicas ou jurídicas de 
direito privado, que desenvolvam atividades econômicas, exceto as que 
desfrutem de imunidade ou isenção. 
Segundo o MTO-2010, são receitas públicas derivadas: 
• Tributos: Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria. 
• Contribuições: Sociais, Interesse Econômico e Interesse de Categorias. 
• Empréstimos Compulsórios. 
 
Logo, classificam-se como Receitas Correntes Derivadas as receitas de tributos e 
contribuições. 
Resposta: Letra D 
 
3) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na 
conceituação da receita orçamentária brasileira, assinale a única opção errada. 
a) Tributo é a prestação pecuniária, pois o conceito legal exclui qualquer 
prestação que não seja representada por dinheiro. 
b) Tributo é compulsório, pois a obrigatoriedade faz parte de sua essência. 
c) A criação ou instituição de um tributo depende exclusivamente da lei, não 
sendo admitidas outras maneiras de criá-lo. 
d) A cobrança do tributo é uma atividade privada da administração pública que 
não pode ser exercida por nenhuma outra pessoa. 
e) No art.145 da Constituição Federal do Brasil, foram definidas as espécies de 
tributos, quais sejam: impostos e taxas. 
 
Vamos agora aprofundar no estudo das receitas orçamentárias, especificamente 
nas receitas derivadas. Veremos agora as receitas tributárias, as receitas de 
contribuições e os empréstimos compulsórios. 
 
RECEITAS TRIBUTÁRIAS: Para que o Estado possa custear suas atividades, 
são necessários recursos financeiros. Uma de suas fontes é o tributo, o qual é 
definido pelo Código Tributário Nacional - CTN: 
 
Art. 3º "Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída 
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada". 
 
Independentemente do nome ou da destinação, o que vai caracterizar o tributo é o 
seu fato gerador, o qual é a situação definida em lei como necessária e suficiente 
a sua ocorrência. Assim, é irrelevante sua denominação e a destinação legal do 
produto de sua arrecadação. 
 
Nosso estudo de AFO é coerente com o art. 5º do CTN, o qual define que as 
espécies de tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria: 
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• Imposto: conforme o art. 16, “imposto é o tributo cuja obrigação tem por 
fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal 
específica, relativa ao contribuinte”. Sempre que possível, os impostos 
terãocaráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica 
do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para 
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos 
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte. 
• Taxa: de acordo com o art. 77, “as taxas cobradas pela União, pelos 
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas 
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do 
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público 
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”. 
As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
• Contribuição de Melhoria: segundo o art. 81, “a contribuição de 
melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para 
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização 
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite 
individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel 
beneficiado”. 
 
RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES: É o ingresso proveniente de 
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de intervenção nas 
respectivas áreas. Apesar da controvérsia doutrinária sobre o tema, suas espécies 
podem ser definidas da seguinte forma: 
• Contribuições Sociais: destinadas ao custeio da seguridade social, que 
compreende a previdência social, a saúde e a assistência social; 
• Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico: derivam da 
contraprestação à atuação estatal exercida em favor de determinado grupo 
ou coletividade. Exemplo de contribuição de intervenção no domínio 
econômico é o Adicional sobre Tarifas de Passagens Aéreas Domésticas, 
que são voltadas à suplementação tarifária de linhas aéreas regionais de 
passageiros, de baixo e médio potencial de tráfego. 
• Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou 
Econômicas: destinadas ao fornecimento de recursos aos órgãos 
representativos de categorias profissionais legalmente regulamentadas ou 
a órgãos de defesa de interesse dos empregadores ou empregados. Estas 
contribuições são destinadas ao custeio das organizações de interesse de 
grupos profissionais como, por exemplo, a OAB, o CREA, o CRM e 
assim por diante. Visam também ao custeio dos serviços sociais 
autônomos prestados no interesse das categorias, como o SESI, o SESC e 
o SENAI. 
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Atenção: há a previsão constitucional de uma contribuição confederativa, fixada 
pela assembléia geral da categoria, e uma outra contribuição prevista em lei, que 
é a contribuição sindical. A primeira não é tributo uma vez que será instituída 
pela assembléia geral e não por lei. Já a segunda é instituída por lei, é 
compulsória e encontra sua regra matriz no art. 149 da Constituição Federal, 
possuindo assim natureza de tributo. 
 
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS: De acordo com a Constituição Federal, 
a competência para instituição de empréstimos compulsórios é da União, sendo 
tais tributos temporários e restituíveis, cabendo sua instituição e disciplina 
dependente de lei complementar. Consiste na tomada compulsória de uma certa 
importância do particular, a título de empréstimo, com promessa de resgate em 
certo prazo, e em determinadas condições prefixadas em Lei, para atender 
situações excepcionais ali estabelecidas. Os recursos arrecadados com os mesmos 
terão sua aplicação vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. De 
acordo com o STF, a restituição do empréstimo compulsório deverá ser feita em 
moeda corrente. 
 
Segundo o art. 148 da CF/88, a União, mediante lei complementar, poderá 
instituir empréstimos compulsórios: 
• Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade 
pública, de guerra externa ou sua iminência; 
• No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante 
interesse nacional, observado o princípio tributário da anterioridade, o 
qual veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que 
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. 
 
a) Correta. O conceito legal de tributo exclui qualquer prestação que não seja 
pecuniária, ou seja, que não seja representada por dinheiro. 
b) Correta. Além de ser em dinheiro, a exigência de tributo é compulsória, pois a 
obrigatoriedade faz parte de sua essência. 
c) Correta. A instituição de tributo deve ocorrer sempre por lei. 
d) Correta. O tributo é cobrado mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada. 
e) É a incorreta. No art.145 da Constituição Federal do Brasil, foram definidas as 
espécies de tributos, quais sejam: impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
Resposta: Letra E 
 
4) (ESAF – Auditor – TCE/GO - 2007) Com relação ao preço público e a sua 
distinção com a taxa, pode-se afirmar que: 
a) a tarifa é uma receita pública, retirada de forma coercitiva do patrimônio dos 
particulares. 
b) a taxa visa ao lucro enquanto a tarifa visa ao ressarcimento. 
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c) o preço público é uma espécie de tributo, pois a sua exigência é compulsória e 
tem por base o poder fiscal do Estado. 
d) a tarifa pode ser cobrada em razão do exercício do poder de polícia. 
e) a tarifa é uma receita originária, proveniente da intervenção do Estado, por 
meio dos seus associados, permissionários, ou concessionários, na atividade 
econômica. 
 
Vamos a uma distinção muito cobrada em prova entre Taxa e Preço Público: 
Súmula nº 545 do Supremo Tribunal Federal: “Preços de serviços públicos e 
taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são 
compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização 
orçamentária, em relação à lei que a instituiu”. 
 
A tarifa é uma receita originária empresarial, pois é proveniente da intervenção 
do Estado na atividade econômica. Por meio de empresas associadas 
concessionárias ou permissionárias de serviços públicos federais estaduais e 
municipais, são cobradas para permitir o melhoramento e a expansão dos 
serviços, a justa remuneração do capital e assegurar o equilíbrio econômico e 
financeiro do contrato. A tarifa é uma contraprestação de serviços de natureza 
comercial ou industrial, cujo pagamento deve ocorrer somente se existir a 
utilização do serviço. Por essa ótica o pagamento é considerado voluntário e 
facultativo. A tarifa visa ao lucro. 
 
De acordo com o art. 77 do CTN, “as taxas cobradas pela União, pelos Estados, 
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas 
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a 
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado 
ao contribuinte ou posto à sua disposição”. A taxa é uma receita pública 
derivada, pois se integra em definitivo ao patrimônio do Estado após ser retirada 
de forma coercitiva do patrimônio dos particulares. A taxa visa ao ressarcimento. 
 
Vamos transcrever o que cita o MTO-2010, o qual faz muito bem essa distinção e 
é assim que é cobrado nas provas. 
 
“Assim, conforme afirmado anteriormente, o preço público decorre da utilização 
de serviços públicos facultativos (portanto, não compulsórios) que a 
Administração Pública diretamente ou por meio de delegação a concessionário 
ou permissionário colocam à disposição da população que poderá contratá-los 
ou não (Ex: telefone, luz, água, gás encanado). São serviços prestados em 
decorrência de uma relação contratual, regida pelo direito privado. 
A taxa decorre de estipulação legal e serve para custear, naquilo quenão forem 
cobertos pelos impostos, os serviços públicos essenciais à soberania do Estado 
(a lei não autoriza que outros prestem alternativamente esses serviços) e 
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divisíveis prestados ou colocados à disposição diretamente pelo Estado. O tema 
é regido pelas normas de direito público. 
Há casos em que é não é simples estabelecer se um serviço é remunerado por 
taxa ou por preço público. Como exemplo, podemos citar o caso do fornecimento 
de energia elétrica. Em localidades onde estes serviços forem colocados à 
disposição do usuário, pelo Estado, mas cuja utilização seja de uso obrigatório, 
compulsório (por exemplo, a lei não permite que se coloque um gerador de 
energia elétrica) a remuneração destes serviços é feita mediante taxa e sofrerá 
as limitações impostas pelos princípios gerais de tributação (legalidade, 
anterioridade,...). Por outro lado, se a lei permite o uso de gerador próprio para 
obtenção de energia elétrica, o serviço estatal oferecido pelo ente público, ou 
por seus delegados, não teria natureza obrigatória, seria facultativo e, portanto, 
seria remunerado mediante preço público.” 
 
As taxas podem ser: 
• Taxas de Fiscalização ou de Poder de Polícia: são aquelas que têm 
como fato gerador o exercício do poder de polícia administrativa, 
tratando-se de um poder disciplinador através do qual o Estado pode 
intervir nas atividades dos seus cidadãos para garantir a ordem e a 
segurança. 
• Taxas de Serviço: são as que têm como fato gerador a utilização de 
determinados serviços públicos. 
 
Distinção entre serviço público e serviço privado, segundo o MTO/2010. É essa 
que cai em prova de AFO: 
• Serviço público é aquele que só pode ser desenvolvido pelo regime de 
direito público, estabelecido por lei e tendo natureza obrigatória de sua 
prestação, sendo esse serviço essencial à sociedade. A relação jurídica, 
nesse tipo de serviço, é de verticalidade, ou seja, o Estado atua com 
supremacia sobre o particular. É receita derivada. 
• Serviço privado é aquele que o Estado exerce, como se particular fosse. 
A relação jurídica é de horizontalidade, não existindo supremacia do 
interesse público sobre o particular. É o Estado exercendo sua atividade 
como um particular, regulado pelo direito privado. Além disso, os serviços 
públicos têm que ser específicos e divisíveis. É receita originária. 
 
a) Errada. A taxa é uma receita pública derivada, isto é, retirada de forma 
coercitiva do patrimônio dos particulares, vindo a se integrar no patrimônio do 
Estado. 
b) Errada. A tarifa visa ao lucro, a taxa visa ao ressarcimento 
c) Errada. A tarifa ou preço público é uma receita originária decorrente da 
utilização de serviços públicos facultativos (portanto, não compulsórios) que a 
Administração Pública diretamente ou por meio de delegação a concessionário 
ou permissionário colocam à disposição da população que poderá contratá-los ou 
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não (Ex: telefone, luz, água, gás encanado). São serviços prestados em 
decorrência de uma relação contratual, regida pelo direito privado. 
d) Errada. As taxas podem ser de cobradas em razão do Poder de Polícia. São 
aquelas que têm como fato gerador o exercício do poder de polícia 
administrativa, tratando-se de um poder disciplinador através do qual o Estado 
pode intervir nas atividades dos seus cidadãos para garantir a ordem e a 
segurança. 
e) Correta. A tarifa é receita originária empresarial, ou seja, uma receita 
proveniente da intervenção do Estado, através dos seus associados, 
permissionários ou concessionários, na atividade econômica. 
Resposta: Letra E 
 
5) (ESAF – Analista Jurídico – SEFAZ/CE – 2007) Preços públicos: 
a) confundem-se com taxas. 
b) confundem-se com impostos. 
c) confundem-se com contribuições de melhoria. 
d) não se confundem com contribuições sociais, porque estas, diferentemente 
deles, não são vinculadas. 
e) não se confundem com taxas, porque estas, diferentemente deles, são 
compulsórias. 
 
Os preços públicos não se confundem com os tributos: impostos, taxas e 
contribuições de melhoria. Também não são vinculados. Não se confundem com 
taxas, porque estas, diferentemente deles, são compulsórias. 
Resposta: Letra E 
 
6) (ESAF – APO/SP - 2009) Constituem modalidade de receita derivada, exceto: 
a) tributos. 
b) penalidades pecuniárias. 
c) multas administrativas. 
d) preços públicos. 
e) taxas. 
 
A tarifa e o preço público são receitas não-tributárias e originárias. 
Todas as outras alternativas são modalidades de receita derivada, pois são obtidas 
pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva e procedem do setor privado da 
economia, isto é, de famílias, empresas e do resto do mundo. 
Resposta: Letra D 
 
7) (ESAF – Técnico de Nível Superior/SPU – MPOG – 2006) Assinale a opção 
que expressa, corretamente, uma receita de capital. 
a) a receita tributária. 
b) a receita patrimonial. 
c) a conversão, em espécie, de bens ou direitos. 
d) a receita industrial. 
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e) a receita de serviços. 
 
As naturezas de receitas orçamentárias procuram refletir o fato gerador que 
ocasionou o ingresso dos recursos aos cofres públicos. É a menor célula de 
informação no contexto orçamentário para as receitas públicas, devendo, 
portanto, conter todas as informações necessárias para as devidas vinculações. 
Face à necessidade de constante atualização e melhor identificação dos ingressos 
aos cofres públicos, o esquema inicial de classificação foi desdobrado em seis 
níveis, que formam o código identificador da natureza de receita: 
 
• 1º Nível: Categoria Econômica 
• 2º Nível: Origem 
• 3º Nível: Espécie 
• 4º Nível: Rubrica 
• 5º Nível: Alínea 
• 6º Nível: Subalínea 
 
X Y Z W TT KK 
Categoria 
Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea 
 
 
1º nível: Categoria Econômica da Receita 
 
Este nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. É 
utilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia 
nacional (formação de capital, custeio, investimentos, etc.). É codificada e 
subdividida da seguinte forma: 
1. Receitas Correntes; 
2. Receitas de Capital; 
7. Receitas Correntes Intra-Orçamentárias; 
8. Receitas de Capital Intra-Orçamentárias. 
Vamos a elas: 
 
I) Receitas Correntes: classificam-se nessa categoria aquelas receitas oriundas 
do poder impositivo do Estado - Tributária e de Contribuições; da exploração de 
seu patrimônio – Patrimonial; da exploração de atividades econômicas - 
Agropecuária, Industrial e de Serviços; as provenientes de recursos financeiros 
recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a 
atender despesas classificáveis em Despesas Correntes – Transferências 
Correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores – 
Outras Receitas Correntes. 
 
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II) Receitas de Capital: são as provenientes da realização de recursos 
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de 
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou 
privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, 
ainda, o superávit do Orçamento Corrente. 
Essas receitas são representadas por mutações patrimoniais que nada acrescentam 
ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de elementos patrimoniais, isto é, 
um aumento no sistema financeiro (entrada de recursos financeiros) e uma baixa 
no sistema patrimonial (saída do patrimônio em troca de recursos financeiros).III) Receitas Intraorçamentárias: Já estudamos em tópicos anteriores. O que 
acrescentaremos neste tópico é que as novas naturezas de receita 
intraorçamentárias são constituídas substituindo-se o 1º nível (categoria 
econômica “1” ou “2”) pelos dígitos “7”, se receita corrente intraorçamentária e 
“8”, se receita de capital intraorçamentária, mantendo-se o restante da 
codificação. 
Atenção: As classificações incluídas não constituem novas categorias 
econômicas de receita, mas sim meras especificações das categorias corrente e de 
capital, a fim de possibilitar a identificação das respectivas operações 
intraorçamentárias e, dessa forma, evitar a dupla contagem de tais receitas. 
 
Logo, as receitas de capital são as provenientes da realização de recursos 
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de 
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou 
privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, 
ainda, o superávit do Orçamento Corrente. As receitas tributária, patrimonial, 
industrial e de serviços são receitas correntes. 
Resposta: Letra C 
 
8) (ESAF – AFC/STN – 2005) A receita na Administração Pública representa as 
operações de ingressos de recursos financeiros nos cofres públicos. Identifique a 
opção não pertinente em relação às receitas correntes. 
a) receitas imobiliárias 
b) receitas de contribuições sociais 
c) contribuição de melhoria 
d) receita de serviços 
e) alienação de bens móveis e imóveis 
 
2º nível: Origem 
 
É a subdivisão das Categorias Econômicas, que tem por objetivo identificar a 
origem das receitas, no momento em que as mesmas ingressam no patrimônio 
público. Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato 
gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e outras). 
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No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar se as 
receitas são compulsórias (tributos e contribuições), provenientes das atividades 
em que o Estado atua diretamente na produção (agropecuárias, industriais ou de 
prestação de serviços), da exploração do seu próprio patrimônio (patrimoniais), 
se provenientes de transferências destinadas ao atendimento de despesas 
correntes, ou ainda, de outros ingressos. No caso das receitas de capital, 
distinguem-se as provenientes de operações de crédito, da alienação de bens, da 
amortização dos empréstimos, das transferências destinadas ao atendimento de 
despesas de capital, ou ainda, de outros ingressos de capital. 
 
Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital são: 
 
QUADRO ORIGENS DAS RECEITAS 
RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL 
1. Receita Tributária 
2. Receita de Contribuições 
3. Receita Patrimonial 
4. Receita Agropecuária 
5. Receita Industrial 
6. Receita de Serviços 
7. Transferências Correntes 
9. Outras Receitas Correntes 
1. Operações de Crédito 
2. Alienação de Bens 
3. Amortização de Empréstimos 
4. Transferências de Capital 
5. Outras Receitas de Capital 
 
 
Veremos cada uma delas. 
I) Origens das Receitas Correntes: 
• Receita Tributária: são os impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
Fizemos um estudo mais aprofundado nos tópicos anteriores. 
• Receita de Contribuições: Também fizemos um estudo mais aprofundado 
nos tópicos anteriores. É o ingresso proveniente de contribuições sociais, 
de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias 
profissionais ou econômicas, como instrumento de intervenção nas 
respectivas áreas. 
• Receita Patrimonial: É o ingresso proveniente de rendimentos sobre 
investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em 
operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos 
permanentes. Por exemplo, temos as receitas de arrendamentos de terrenos 
da União, que o Poder Público concede à outra parte o gozo temporário de 
um terreno mediante retribuição, a qual se torna receita patrimonial. 
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• Receita Agropecuária: É o ingresso proveniente da atividade ou da 
exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa 
classificação as receitas advindas da exploração da agricultura (cultivo do 
solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de animais de 
pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou transformação de 
produtos agropecuários em instalações existentes nos próprios 
estabelecimentos. 
• Receita Industrial: É o ingresso proveniente da atividade industrial de 
extração mineral, de transformação, de construção e outras, provenientes 
das atividades industriais definidas como tal pela Fundação Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 
• Receita de Serviços: É o ingresso proveniente da prestação de serviços de 
transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e 
fiscalização, judiciário, processamento de dados, vendas de mercadorias e 
produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços. 
• Transferência Corrente: É o ingresso proveniente de outros entes ou 
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade 
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante 
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que 
o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. 
• Outras Receitas Correntes: São os ingressos correntes provenientes de 
outras origens não classificáveis nas anteriores. 
 
Logo, receitas imobiliárias (que são patrimoniais), de contribuições sociais, de 
contribuição de melhoria e de serviços são receitas correntes. A alienação de 
bens móveis e imóveis constitui uma receita de capital. 
Resposta: Letra E 
 
9) (ESAF – AFCE – TCU – 2006) Consoante o disposto na Lei Federal 
n. 4.320/64 a receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: 
Receitas Correntes e Receitas de Capital. Aponte a opção falsa com relação a 
esse tema. 
a) As Receitas de Capital são as provenientes de operações de crédito, cobrança 
de multas e juros de mora, alienação de bens, de amortização de empréstimos 
concedidos, de indenizações e restituições, de transferências de capital e de 
outras receitas de capital. 
b) São Receitas Correntes as receitas tributárias, patrimonial, agropecuária, 
industrial, de contribuições, de serviços e diversas e, ainda, as transferências 
correntes. 
c) Os tributos são receitas que a doutrina classifica como derivadas. 
d) Conceitua-se como Receita Tributária a resultante da cobrança de tributos 
pagos pelos contribuintes em razão de suas atividades, suas rendas e suas 
propriedades. 
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e) Será considerada Receita de Capital o superávit do Orçamento Corrente, 
segundo disposição da Lei Federal n. 4.320/64. 
 
II) Origens das Receitas de Capital: 
 
• Operações de Crédito: São os ingressos provenientes da colocação de 
títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos 
obtidos junto a entidades estatais ou privadas. 
• Alienação de Bens: É o ingresso proveniente da alienação de componentes 
do ativo permanente. 
• Amortização de Empréstimos: É o ingresso proveniente da amortização, 
ou seja, referente ao recebimento de parcelas de empréstimos ou 
financiamentos concedidos em títulos ou contratos. 
• Transferências de Capital: É o ingresso proveniente de outros entes ou 
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade 
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante 
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que 
o objetivo seja a aplicação em despesas de capital.• Outras Receitas de Capital: São os ingressos de capital provenientes de 
outras origens não classificáveis nas anteriores. 
 
a) É a incorreta. As Receitas de Capital são as provenientes de operações de 
crédito, alienação de bens, de amortização de empréstimos concedidos, de 
transferências de capital e de outras receitas de capital. As receitas de 
indenizações e restituições e de cobrança de multas e juros de mora constituem 
receitas correntes. 
b) Correta. São Receitas Correntes as receitas tributárias, patrimonial, 
agropecuária, industrial, de contribuições, de serviços e diversas e, ainda, as 
transferências correntes. 
c) Correta. As receitas derivadas são aquelas obtidas pelo Estado mediante sua 
autoridade coercitiva. Dessa forma, o Estado exige que o particular entregue uma 
determinada quantia na forma de tributos ou de multas, exigindo-as de forma 
compulsória. Procedem do setor privado da economia, isto é, de famílias, 
empresas e do resto do mundo; são devidas por pessoas físicas ou jurídicas de 
direito privado, que desenvolvam atividades econômicas, exceto as que 
desfrutem de imunidade ou isenção. 
d) Correta. A Receita Tributária pode ser definida como a resultante da cobrança 
de tributos pagos pelos contribuintes em razão de suas atividades, suas rendas e 
suas propriedades. 
e) Correta. Segundo o art. 11 da Lei 4320/64: 
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos 
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de 
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou 
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privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, 
ainda, o superávit do Orçamento Corrente. 
Resposta: Letra A 
 
10) (ESAF – APO/MPOG – 2005 - Adaptada) A Receita Orçamentária é a 
consubstanciada no orçamento público e consignada na Lei Orçamentária. 
Aponte a única opção incorreta no que diz respeito às origens de receitas. 
a) O imposto é um tributo cuja obrigação tem como fato gerador uma situação, 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, 
sendo pago coativamente. 
b) A receita de contribuições é uma origem de receitas correntes. 
c) A contribuição de melhoria corresponde à especialização de serviço público, 
em proveito direto ou por ato de contribuinte. 
d) Outras receitas correntes são receitas correntes originárias da cobrança de 
multas e juros de mora, indenizações e restituições, receita da dívida ativa e 
receitas diversas. 
e) As receitas de capital são as provenientes de operações de crédito, alienação de 
bens, de amortização de empréstimos concedidos, de transferências de capital e 
de outras receitas de capital. 
 
A questão foi adaptada porque trazia o antigo termo “fonte” que foi substituído 
pelo termo atual “origem”. Atualmente existe a classificação por fontes, mas não 
guarda relação com o emprego antigo do termo. 
 
a) Correta. Conforme o art. 16 do CTN, “imposto é o tributo cuja obrigação tem 
por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal 
específica, relativa ao contribuinte”. 
b) Correta. As origens das receitas correntes são: Tributária e de Contribuições; 
da exploração de seu patrimônio – Patrimonial; da exploração de atividades 
econômicas - Agropecuária, Industrial e de Serviços; as provenientes de recursos 
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando 
destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes – 
Transferências Correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens 
anteriores – Outras Receitas Correntes. 
c) É a incorreta. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, 
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas 
atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra 
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite 
individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel 
beneficiado. 
d) Correta. São exemplos da origem “outras receitas correntes”: multas e juros de 
mora, indenizações e restituições e receita da dívida ativa. 
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e) Correta. As origens das receitas de capital são operações de crédito, alienação 
de bens, de amortização de empréstimos concedidos, de transferências de capital 
e de outras receitas de capital. 
Resposta: Letra C 
 
11) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) A Alienação de 
Bens, segundo a classificação orçamentária brasileira, é uma Receita de Capital. 
Identifique entre as receitas relacionadas abaixo, qual a única que pertence ao 
grupo de Alienação de Bens Imóveis. 
a) Alienação de Estoques. 
b) Alienação de Embarcações. 
c) Alienação de Estoques Reguladores Vinculados à Política de Garantia de 
Preços Mínimos. 
d) Alienação de Títulos Mobiliários. 
e) Alienação de Animais Reprodutores e Matrizes. 
 
A questão quer saber qual dentre as rubricas citadas pertence à espécie Alienação 
de Bens Imóveis. 
 
3º nível: Espécie 
 
É o nível de classificação vinculado à Origem, composto por títulos que 
permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos de tais 
receitas. Por exemplo, dentro da Origem Receita Tributária (receita proveniente 
de tributos), podemos identificar as suas espécies, tais como impostos, taxas e 
contribuições de melhoria (conforme definido na Constituição Federal de 1988 e 
no Código Tributário Nacional), sendo cada uma dessas receitas uma espécie de 
tributo diferente das demais. 
 
4º nível: Rubrica 
 
É o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de 
cada espécie de receita uma qualificação mais específica. Agrega determinadas 
receitas com características próprias e semelhantes entre si. 
 
5º nível: Alínea 
 
Funciona como uma qualificação da rubrica. A alínea é o nível que apresenta o 
nome da receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de 
recursos financeiros. 
 
6º nível: Subalínea: 
 
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Constitui o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor, pela 
entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de maior detalhamento 
da alínea. 
 
A questão trata das espécies Alienação de Bens Imóveis e Móveis: 
• Alienação de Bens Imóveis: Registra o valor total da arrecadação da 
receita de alienação de bens imóveis, residenciais ou não, de propriedade 
da União, Estados ou Municípios. Suas rubricas são: Alienação de 
Imóveis Rurais para Colonização e Reforma Agrária, Produto de 
Alienações, Alienação de Embarcações, Alienação de Imóveis Rurais, 
Alienação de Imóveis Urbanos e Alienação de Outros Bens Imóveis. 
• Alienação de Bens Móveis: Registra o valor total da arrecadação da 
receita de alienação de bens móveis tais como: títulos, mercadorias, bens 
inservíveis ou desnecessários e outros. Possui as seguintes rubricas: 
Alienação de Títulos Mobiliários, Alienação de Estoques, Alienação de 
Animais Reprodutores e Matrizes e Alienação de Outros Bens Móveis. 
 
Logo, Alienação de Embarcações é rubrica da espécie Alienação de Bens 
Imóveis. Já Alienação de Títulos Mobiliários, Alienação de Estoques, Alienação 
de Animais Reprodutores e Matrizes são rubricas da espécie Alienação de Bens 
móveis. Alienação de Estoques Reguladores Vinculados à Política de Garantia de 
Preços Mínimos é uma subalínea da alínea Alienação de Estoques da Política 
de Garantia de Preços Mínimos – PGPM da rubrica Alienação de Estoques. 
 
O estudante não deve gastar o tempo decorando cada item. Caso se depare com 
uma questãodesta na prova, o melhor é tentar raciocinar e resolvê-la por 
eliminação. Coloquei esta questão porque é uma oportunidade de exemplificar o 
assunto. 
Resposta: Letra B 
 
12) (ESAF – APO/MPOG - 2008) Segundo o Manual Técnico do Orçamento - 
2008, a classificação da receita por natureza busca a melhor identificação da 
origem do recurso, segundo seu fato gerador. Indique a opção incorreta quanto 
aos desdobramentos dessa receita. 
a) Sub-rubrica. 
b) Origem e espécie. 
c) Rubrica. 
d) Categoria econômica. 
e) Alínea e subalínea. 
 
A nossa questão trata do MTO/2008, porém podemos resolvê-la pelo 
MTO/2010. O examinador pede a alternativa que não faz parte dos 
desdobramentos da classificação da receita por natureza. Os níveis são: categoria 
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econômica, origem, espécie, rubrica, alínea e subalínea. Logo, não há previsão de 
sub-rubrica. 
Resposta: Letra A 
 
13) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) No que diz respeito à 
receita pública, indique a opção falsa. 
a) A Lei n. 4.320/64 classifica receita pública em orçamentária e extra-
orçamentária, sendo que esta apresenta valores que não constam do orçamento. 
b) A receita orçamentária divide-se em dois grupos: correntes e de capital. 
c) As receitas correntes compreendem as receitas tributárias, de contribuições, 
patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, de alienação de bens, de 
transferências e outras. 
d) A receita pública é definida como os recursos auferidos na gestão, que serão 
computados na apuração do resultado financeiro e econômico do exercício. 
e) A receita extra-orçamentária não pertence ao Estado, possuindo caráter de 
extemporaneidade ou de transitoriedade nos orçamentos. 
 
a) e) Corretas. As receitas orçamentárias são entradas de recursos que o Estado 
utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo Patrimônio do Poder Público. 
Segundo o art. 57 da Lei 4320/64, serão classificadas como receita orçamentária, 
sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes 
de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento. Atenção: A 
receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não estiver incluída 
na lei orçamentária anual. As receitas extraorçamentárias não integram o 
orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o 
seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque 
possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. 
b) Correta. Entenda o termo “grupos” com um sentido genérico, porque na 
verdade são duas categorias econômicas: corrente e de capital. 
c) É a incorreta. Classificam-se na categoria receitas correntes aquelas oriundas 
do poder impositivo do Estado - Tributária e de Contribuições; da exploração de 
seu patrimônio – Patrimonial; da exploração de atividades econômicas - 
Agropecuária, Industrial e de Serviços; as provenientes de recursos financeiros 
recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a 
atender despesas classificáveis em Despesas Correntes – Transferências 
Correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores – 
Outras Receitas Correntes. A receita de alienação de bens é classificada como 
receita de capital. 
d) Correta. Uma das possíveis definições de receita pública: recursos auferidos na 
gestão, que serão computados na apuração do resultado financeiro e econômico 
do exercício. 
Resposta: Letra C 
 
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14) (ESAF – APO/MPOG - 2008) Identifique o conceito de receita orçamentária 
que não é pertinente à sua definição. 
a) Receita patrimonial é uma receita derivada, oriunda da exploração indireta, por 
parte do Estado das rendas obtidas na aplicação de recursos. 
b) Receita tributária é uma receita derivada que o Estado arrecada, mediante o 
emprego de sua soberania, sem contraprestação diretamente equivalente e cujo 
produto se destina ao custeio das atividades gerais ou específicas que lhe são 
próprias. 
c) Receitas de capital são receitas provenientes da realização de recursos 
financeiros oriundos da constituição de dívida; da conversão, em espécie, de bens 
e direitos; os recursos de outras pessoas de direito público ou privado destinados 
a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do 
orçamento corrente. 
d) Receita de serviço é uma receita originária, segundo a qual os recursos ou 
meios financeiros são obtidos mediante a cobrança pela venda de bens e serviços. 
e) Outras receitas correntes são receitas originárias, provenientes de multas, 
cobranças da dívida ativa, restituições e indenizações. 
 
a) É a incorreta. As receitas patrimoniais são originárias. São as receitas que 
provêm das rendas geradas pelo patrimônio do próprio Estado (mobiliário e 
imobiliário), tais como as rendas de aluguéis, as receitas decorrentes das vendas 
de bens, dividendos, participações e royalties. 
b) Correta. As receitas tributárias são derivadas, pois são obtidas pelo Estado 
mediante sua autoridade coercitiva. 
c) Correta. As receitas provenientes da realização de recursos financeiros 
oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; 
os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados 
a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do 
Orçamento Corrente, são denominadas receitas de capital. 
d) Correta. As receitas de serviço são originárias e compreendem ingressos 
provenientes da prestação de serviços de transporte, saúde, comunicação, 
portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, judiciário, processamento de 
dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e 
outros serviços. 
e) Correta. Outras receitas correntes são os ingressos correntes provenientes de 
outras origens não classificáveis nas anteriores, como multas, dívida ativa, etc. 
Resposta: Letra A 
 
15) (ESAF – Técnico de Nível Superior/ENAP – MPOG – 2006) Afirma-se que 
Receita Pública é a soma dos recursos recebidos pelo Estado ou por pessoas de 
direito público, para atender à cobertura das despesas necessárias ao 
cumprimento de suas funções. Assim, não se pode afirmar com relação à 
classificação da receita pública que: 
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a) as receitas originárias são aquelas que o Estado aufere das suas próprias fontes 
de riqueza, em decorrência do seu patrimônio rendoso. 
b) as receitas compulsórias são receitas não-coercitivas, que têm sua origem na 
norma jurídica. 
c) receitas crediárias são receitas que correspondem ao crédito público, mediante 
a de utilização de operações de empréstimos, contratos bancários, colocação de 
títulos, entre outros. 
d) receitas facultativas são receitas que têm sua origem em atos jurídicos 
convencionais, demonstradores da vontade da pessoa. 
e) receitas derivadas são receitas que o Estado aufere, tendo como procedência, 
coercitiva, as pessoas físicas e jurídicas com personalidade jurídica de direito 
privado, usando a prerrogativa do Estado de tributar suas rendas, patrimônio, 
operações e transações financeiras. 
 
a) Correta. As receitas públicas originárias são aquelas que provêm do próprio 
patrimônio do Estado. São os rendimentos que os governos auferem, utilizando 
os seus próprios recursos patrimoniais ou empresariais, não entendidos como 
tributos. 
b) É a incorreta. As receitas compulsórias possuem sua origem nas legislações 
que impõem aos particulares obrigações. Têm sua origem na norma jurídica e 
são coercitivas, como os tributos e contribuições. 
c) Correta. As receitas crediáriassão as oriundas de operações de crédito. 
Incluem os contratos bancários, a colocação de títulos públicos e empréstimos 
por antecipação de receitas. 
d) Correta. As receitas facultativas possuem sua origem em atos jurídicos 
bilaterais, que são aqueles demonstradores da vontade da pessoa. Como 
exemplos, têm-se os alugueis e as tarifas. 
e) Correta. As receitas públicas derivadas são aquelas obtidas pelo Estado 
mediante sua autoridade coercitiva. Dessa forma, o Estado exige que o particular 
entregue uma determinada quantia na forma de tributos ou de multas, exigindo-as 
de forma compulsória. Procedem do setor privado da economia, isto é, de 
famílias, empresas e do resto do mundo; são devidas por pessoas físicas ou 
jurídicas de direito privado, que desenvolvam atividades econômicas, exceto as 
que desfrutem de imunidade ou isenção. 
Resposta: Letra B 
 
 
PARTE II – DESPESAS PÚBLICAS 
 
16) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) A classificação 
institucional da despesa é um critério indispensável para a fixação de 
responsabilidades e os consequentes controles e avaliações. Aponte a única 
opção que não pode ser considerada vantagem do critério institucional. 
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a) Permite comparar imediatamente os vários órgãos, em termos de dotações 
recebidas. 
b) Usado de forma predominante, impede que se tenha uma visão global das 
finalidades dos gastos do governo, em termos das funções precípuas que deve 
cumprir. 
c) Permite identificar o agente responsável pelas dotações autorizadas pelo 
Legislativo, para dado programa. 
d) Serve como ponto de partida para o estabelecimento de um programa de 
contabilização de custos dos vários serviços ou unidades administrativas. 
e) Quando combinado com a classificação funcional, permite focalizar num 
único ponto a responsabilidade pela execução de determinado programa. 
 
A classificação institucional reflete a estrutura organizacional de alocação dos 
créditos orçamentários, e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão 
orçamentário e unidade orçamentária. Assim, o agente encarregado do gasto 
pode ser identificado na classificação institucional. 
Segundo o art.14 da Lei 4320/64, constitui unidade orçamentária o agrupamento 
de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas 
dotações próprias. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de 
programação em seu menor nível, são consignadas às unidades orçamentárias, 
que são as estruturas administrativas responsáveis pelos recursos financeiros 
(dotações) e pela realização das ações. Órgão Orçamentário é o agrupamento de 
unidades orçamentárias. 
A classificação institucional aponta “quem faz” a despesa. Ela permite comparar 
imediatamente as dotações recebidas por cada órgão ou unidade orçamentária, 
pois identifica o agente responsável pelas dotações autorizadas pelo Legislativo, 
para dado programa. 
 
Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma 
estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais 
e com os “órgãos” “Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios”, 
“Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”, 
“Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de 
Contingência”. No entanto, são um conjunto de dotações que são administradas 
por órgãos do governo que também têm suas próprias dotações. 
 
O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois 
primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade 
orçamentária: 
 
 
1º 2º 3º 4º 5º 
Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária 
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Exemplos: O Órgão 02000 SENADO FEDERAL tem as seguintes Unidades 
Orçamentárias: 02101 Senado Federal, 02103 Secretaria Especial de Informática 
- Prodasen, 02104 Secretaria Especial de Editoração e Publicação. Todas essas 
correspondem a uma estrutura administrativa, com pessoal, espaço físico, etc. 
Mas também tem as seguintes Unidades Orçamentárias: 02901 Fundo Especial 
do Senado Federal; 02903 Fundo de Informática e Processamento de Dados do 
Senado Federal, 02904 Fundo da Secretaria Especial de Editoração e Publicação. 
São Unidades Orçamentárias, mas não correspondem a uma estrutura 
administrativa, são somente fundos que gerem recursos. 
 
Outro exemplo: 
Órgão: 25000 MINISTÉRIO DA FAZENDA 
Unidades Orçamentárias: 
25101 Ministério da Fazenda 
25103 Secretaria da Receita Federal do Brasil 
25104 Procuradoria Geral da Fazenda Nacional 
25201 Banco Central do Brasil 
25203 Comissão de Valores Mobiliários 
25208 Superintendência de Seguros Privados 
25903 Fundo de Compensação e Variações Salariais* 
25904 Fundo de Estabilidade do Seguro Rural* 
25913 Fundo Especial de Treinamento e Desenvolvimento* 
25914 Fundo de Garantia à Exportação – FGE* 
 
* São Unidades Orçamentárias, porém não correspondem a uma estrutura 
administrativa. 
 
Na nossa questão: 
a) Correta. A classificação institucional permite comparar imediatamente as 
dotações recebidas por cada órgão ou unidade orçamentária. 
b) É a incorreta. Trata-se de uma desvantagem. Na classificação institucional 
temos o agente encarregado do gasto, ou seja, o órgão e a unidade orçamentária. 
Para que se tenha uma visão global das finalidades dos gastos do governo, é 
necessário combiná-la com outras classificações, como com a estrutura 
programática assim determinada pela Portaria nº 42/99 e com a classificação por 
natureza da despesa. 
c) Correta. A classificação institucional aponta “quem faz” a despesa, permitindo 
identificar o agente responsável pelas dotações autorizadas pelo Legislativo, para 
dado programa. 
d) Correta. É um ponto de partida importante, pois a classificação institucional 
nos leva ao agente encarregado do gasto, fundamental para a implantação de um 
sistema de custos no nível serviço, órgão ou unidade. 
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e) Correta. Combinada com outras, a classificação institucional nos permite 
chegar a diversas informações, como focalizar dentro de um programa a 
responsabilidade por sua execução. 
Resposta: Letra B 
 
17) (ESAF – APO/SP - 2009) Assinale a opção verdadeira a respeito dos 
programas de governo. 
a) Programa é um módulo integrador entre o plano e o orçamento e tem como 
instrumento de sua realização as ações de governo. 
b) Programa é o conjunto de ações de uma unidade orçamentária e visa à 
integração do plano de governo do ente ao orçamento. 
c) Um programa, do ponto de vista orçamentário, é o conjunto de atividades e 
projetos relacionados a uma determinada função de governo com vistas ao 
cumprimento da finalidade do Estado. 
d) É o conjunto de ações de caráter continuado com vista à prestação de serviços 
à sociedade. 
e) Os programas de governo são considerados temporários e permanentes, 
dependendo das condições de perenidade das ações desenvolvidas pelo ente 
público. 
 
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a 
realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano 
Plurianual – PPA, que é de quatro anos. 
 
O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que 
articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um 
objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no 
plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada 
necessidade ou demanda da sociedade. 
 
A estrutura programática tem previsão na Portaria 42/99. A finalidade 
essencial da classificação programática é demonstrar as realizações do Governo e 
a efetividade de seu trabalho em prol da população.É a mais moderna das 
classificações orçamentárias da despesa, tendo surgido visando permitir a 
representação do programa de trabalho. 
 
A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa 
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar 
a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como 
elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. 
 
O programa é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. Em 
termos de estruturação, na concepção inicial da reforma orçamentária de 2000, o 
plano deveria terminar no programa e o orçamento começar no programa, o que 
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confere a esses instrumentos uma integração desde a origem. O programa, como 
módulo integrador, e as ações, como instrumentos de realização dos 
programas. Essa concepção inicial foi modificada nos PPA’s 2000/2003 e 
2004/2007, elaborados com nível de detalhamento de ação. 
Resposta: Letra A 
 
18) (ESAF – Técnico de Nível Superior/ENAP – MPOG – 2006) O Orçamento 
Público Brasileiro vem sofrendo alterações ao longo das últimas décadas e novas 
características vêm sendo incorporadas. Nos recentes conceitos associados à 
estrutura programática da despesa orçamentária, o Programa é o instrumento de 
organização da atual atuação governamental. Indique qual é o tipo de programa 
do qual resultam bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade. 
a) Programa de Gestão de Políticas Públicas. 
b) Programa de Serviços ao Estado. 
c) Programa de Apoio Administrativo. 
d) Programa Finalístico. 
e) Programas Estratégicos. 
 
Os Programas são classificados em dois tipos: 
 
• Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados 
diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de mensuração; 
• Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são 
programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à 
formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao 
controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços 
ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas 
de natureza tipicamente administrativas. 
 
Cuidado: Essa é a classificação atual! Alguns livros ainda trazem a antiga 
classificação em 4 tipos que não existe mais! 
 
Logo, o tipo de programa do qual resultam bens ou serviços ofertados 
diretamente à sociedade é o programa finalístico. 
Resposta: Letra D 
 
19) (ESAF – Técnico de Nível Superior/SPU – MPOG – 2006) De acordo com a 
estrutura programática adotada a partir da Portaria n. 42/1999, o instrumento de 
programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto 
de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta 
um produto necessário à manutenção da ação de governo, é classificado como: 
a) função. 
b) subfunção. 
c) programa. 
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d) projeto 
e) atividade. 
 
Cada programa deve conter objetivo, indicador que quantifica a situação que o 
programa tenha como finalidade modificar e os produtos (bens e serviços) 
necessários para atingir o objetivo. A partir do programa são identificadas as 
ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando 
os respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela 
realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um 
produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta. A 
finalidade do gasto pode ser observada na estrutura programática. 
 
As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que 
contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no 
conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da 
federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, 
auxílios, contribuições, etc, e os financiamentos. 
As ações, conforme suas características, podem ser classificadas como 
atividades, projetos ou operações especiais, segundo a Portaria 42/99: 
 
• Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o 
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se 
realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto 
ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: 
“Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros 
Privados de Assistência à Saúde”. 
 
• Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o 
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, 
limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a 
expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: 
“Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”. 
 
• Operação Especial: Despesas que não contribuem para a manutenção, 
expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta 
um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou 
serviços. 
 
Consoante o art. 4º da referida Portaria, as ações serão identificadas em termos 
de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais nas 
leis orçamentárias e nos balanços. 
 
SUBTÍTULOS (localizador do gasto): Segundo o MTO/2010, as atividades, 
projetos e operações especiais serão detalhados, ainda, em subtítulos, utilizados 
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especialmente para especificar a localização física da ação, não podendo haver, 
por conseguinte, alteração da finalidade da ação, do produto e das metas 
estabelecidas. 
 
A adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social 
sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a 
focalização, os custos e os impactos da ação governamental. 
 
A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por 
Região (NO, NE, CO, SD, SL), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, 
por um critério específico, quando necessário. A LDO da União veda que na 
especificação do subtítulo haja referência a mais de uma localidade, área 
geográfica ou beneficiário, se determinados. 
 
Exemplos de Subtítulos: 
 
Localizações Padronizadas (uso SOF): 
0001 Nacional NA 
0002 No Exterior EX 
 
Regiões Geográficas (baseada no padrão IBGE): 
0010 Na Região Norte NO 
0020 Na Região Nordeste NE 
0030 Na Região Sudeste SD 
0040 Na Região Sul SL 
0050 Na Região Centro-Oeste CO 
 
Estados da Federação (baseada no padrão IBGE): 
0011 No Estado de Rondônia RO 
0012 No Estado do Acre AC 
0013 No Estado do Amazonas AM 
0014 No Estado de Roraima RR 
0015 No Estado do Pará PA 
0016 No Estado do Amapá AP 
Etc. 
 
Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e 
será detalhado por esfera orçamentária, grupo de natureza de despesa, 
modalidade de aplicação, identificador de uso e fonte de recursos, sendo o 
produto e a unidade de medida os mesmos da ação orçamentária. 
 
Na base do Sistema, o campo que identifica o Programa contém quatro (4) 
dígitos. 
 
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1º 2º 3º 4º 
Programa 
 
Já a Ação é identificada por um código alfanumérico de 8 dígitos: 
 
 
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 
Ação Subtítulo 
 
 
Ao observar o 1º dígito do código pode-se identificar o tipo de ação: 
 
1º Dígito Tipo de Ação 
1, 3, 5 ou 7 Projeto 
2, 4, 6 ou 8 Atividade 
0 Operação Especial 
9 
Ação não Orçamentária (ação sem dotação nos orçamentos 
na União, mas que participa dos programas do PPA) 
 
Repare que os números ímpares são projetos (exceto9) e os pares são atividades 
(exceto 0). 
 
Logo, o instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, 
envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e 
permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de 
governo, é classificado como atividade. 
Resposta: Letra E 
 
20) (ESAF – APO/MPOG - 2008) De acordo com a Portaria n. 42, de 14 de abril 
de 1999, entende-se por Atividade: 
a) o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização 
dos objetivos pretendidos. 
b) o maior nível de agregação das diversas áreas da despesa que competem ao 
setor público. 
c) as despesas que não contribuem para a manutenção das ações do governo. 
d) um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, 
envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e 
permanente das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação do 
governo. 
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e) as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser 
gerado no processo produtivo corrente. 
 
a) Errada. Segundo o art. 2º da Portaria 42/99, entende-se por programa, o 
instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos 
objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no PPA. 
b) Errada. Consoante o § 1º do art.1º, como função deve entender-se o maior 
nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. 
c) Errada. Segundo o art. 2º, entende-se por operações especiais as despesas que 
não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta 
um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. 
d) Correta. Conforme o art. 2º, entende-se por atividade um instrumento de 
programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto 
de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta 
um produto necessário à manutenção da ação de governo. 
e) Errada. Consoante o § 2º do art. 1º, a função "Encargos Especiais" engloba 
as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser 
gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, 
indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. 
Resposta: Letra D 
 
21) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) A Classificação 
Funcional da Despesa Pública no Brasil substituiu a Classificação Funcional-
Programática dos dispêndios públicos. Segundo a nova estrutura Funcional, 
identifique a única resposta falsa. 
a) A subfunção representa um segmento da função, visando a agregar 
determinado subconjunto de despesas. 
b) O subprograma representa uma agregação do programa. 
c) O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que 
articula um conjunto de ações concorrentes para um objetivo comum. 
d) A função representa o nível mais elevado de agregação de informações sobre 
as diversas áreas de despesa que competem ao setor público. 
e) A atividade é um instrumento de programação que envolve um conjunto de 
operações que se realizam de modo contínuo e permanente. 
 
A classificação funcional, por funções e subfunções, busca responder 
basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa será 
realizada. 
 
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 
1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta de um rol de 
funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos 
públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. A 
Portaria 42/99 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata a Lei 
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4.320/64; estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, 
atividade, operações especiais, e dá outras providências. 
 
Trata-se de uma classificação independente dos programas e de aplicação comum 
e obrigatória, no âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da 
União, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público. 
 
A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros 
referem-se à função, enquanto que os três últimos dígitos representam a 
subfunção, que podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de 
atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária. 
 
1º 2º 3º 4º 5º 
Função Subfunção 
 
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas 
de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional do 
órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os 
respectivos Ministérios. 
 
No entanto, tem-se a função “Encargos Especiais”, a qual engloba as despesas 
em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no 
processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e 
outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. 
 
Nesse caso, as ações estarão associadas aos programas do tipo "Operações 
Especiais" que constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA. 
 
Segundo o art.1º da Lei 11653/08 (Lei do PPA 2008-2011): 
§ 2o Não integram o Plano Plurianual os programas destinados exclusivamente 
a operações especiais. 
 
A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e 
deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da 
agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza 
básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As subfunções podem 
ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estão relacionadas na 
Portaria 42/99. 
 
As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área 
específica. Existe a possibilidade de matricialidade na conexão entre função e 
subfunção, ou seja, combinar qualquer função com qualquer subfunção, mas não 
na relação entre ação e subfunção. 
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Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, a 
programação de um órgão, via de regra, é classificada em uma única função, ao 
passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada ação. 
A exceção à matricialidade encontra-se na função 28 – Encargos Especiais e suas 
subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas. 
 
Atenção: Muito cobrado em provas! As subfunções poderão ser combinadas 
com funções diferentes daquelas às quais estejam vinculadas. 
 
Na nossa questão: 
a) Correta. A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior 
à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio 
da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza 
básica das ações que se aglutinam em torno das funções. 
b) É a incorreta. Não há previsão de subprogramas, tampouco seriam maiores 
que os programas. 
c) Correta. O programa é o instrumento de organização da atuação 
governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a 
concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por 
indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou o 
atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. 
d) Correta. A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das 
diversas áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão 
institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda 
relação com os respectivos Ministérios. 
e) Correta. A atividade é um instrumento

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