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Aula 07 AFRFB 2009 ECONOMIA E FINANÇAS

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CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS 
P/ RECEITA FEDERAL 
PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 
 
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AULA 7 
CICLO ORÇAMENTÁRIO 
 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
Eu, Sérgio Mendes, estarei com você nas aulas 7, 8 e 9 estudando os tópicos 
relacionados à Administração Financeira e Orçamentária que complementam o 
item Finanças Públicas. 
 
Relembro que ao final de cada aula haverá uma lista das questões comentadas, 
caso o aluno opte por tentar resolvê-las antes de ler os comentários. Haverá ainda 
um resumo, o que eu chamarei de “Memento do Concurseiro”, um lembrete ao 
estudante dos principais pontos da aula. 
 
As aulas serão focadas exclusivamente no edital para a Receita Federal e tenho 
certeza que com esforço e dedicação alcançará seu objetivo. Mesmo assim, 
gostaria de dar uma recomendação: estude com afinco nossas aulas que os 
tópicos de AFO estão caindo de forma impressionante nos concursos. Não será 
uma matéria que você aproveitará só para a Receita, pois te habilitará para novos 
voos caso opte por outros horizontes que podem ser tão interessantes como a 
prestigiada carreira de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. 
 
Nesta aula começaremos com o assunto orçamento público e os parâmetros da 
política fiscal, enfatizando as funções fiscais ou também denominadas de funções 
clássicas do Orçamento. 
 
A seguir trataremos do Ciclo Orçamentário, o qual corresponde ao período de 
tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde 
sua concepção até a apreciação final. 
É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se 
elabora/planeja, aprova, executa, controla/avalia a programação de dispêndios do 
setor público nos aspectos físico e financeiro. 
No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 
01 de janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o 
art. 34 da Lei n° 4.320/64. 
 
Atenção: O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro. O 
ciclo orçamentário envolve um período muito maior, iniciando com o processo 
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de elaboração do orçamento, passando pela execução e encerramento com o 
controle. 
 
No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo 
orçamentário: 
• Elaboração/Planejamento da proposta orçamentária; 
• Discussão/Estudo/Aprovação da Lei de Orçamento; 
• Execução Orçamentária e Financeira; e 
• Avaliação/Controle. 
 
Porém não dá para entender o ciclo orçamentário sem a compreensão dos 
instrumentos de planejamento previstos na Constituição Federal de 1988 que 
compõem o ciclo: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). 
 
Nos meus cursos dedico uma aula inteira aos instrumentos de planejamento, com 
aprofundamento nos detalhes sobre cada um, o que não me parece ser objetivo do 
edital quando traz o tema ciclo orçamentário. Por outro lado, como eles 
compõem o ciclo, não poderíamos contestar o edital caso isso ocorra. Assim, 
pelas experiências em concursos, tratarei das principais características dos 
instrumentos de planejamento necessárias para prosseguirmos no estudo e que 
podem ser cobradas na nossa prova. 
 
 
E vamos às nossas questões: 
 
 
1) (ESAF – AFC/CGU - 2008) O Orçamento é um dos principais instrumentos da 
política fiscal do governo e traz consigo estratégias para o alcance dos objetivos 
das políticas. Das afirmações a seguir, assinale a que não se enquadra nos 
objetivos da política orçamentária ou nas funções clássicas do orçamento: 
a) Assegurar a disponibilização para a sociedade dos bens públicos, entre os 
quais aqueles relacionados com o cumprimento das funções elementares do 
Estado, como justiça e segurança. 
b) Utilizar mecanismos visando à universalização do acesso aos bens e serviços 
produzidos pelo setor privado ou pelo setor público, este último principalmente 
nas situações em que os bens não são providos pelo setor privado. 
c) Adotar ações que visem fomentar o crescimento econômico. 
d) Destinar recursos para corrigir as imperfeições do mercado ou atenuar os seus 
efeitos. 
e) Cumprir a meta de superávit primário exigida pela Lei de Responsabilidade 
Fiscal. 
 
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O Governo desenvolve funções com objetivos específicos, porém relacionados, 
utilizando os instrumentos de intervenção que dispõe o Estado. 
A classificação cobrada em concursos é a de Richard Musgrave, as quais se 
tornaram clássicas. Ele propôs uma classificação denominada de funções fiscais. 
Entretanto, considerando o orçamento como principal instrumento de ação do 
Estado na economia, o próprio autor as considera também como as próprias 
funções do Orçamento: 
 
• Função alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de 
recursos. É o Estado oferecendo determinados bens e serviços necessários 
e desejados pela sociedade, porém que não são providos pela iniciativa 
privada. O setor público pode atuar produzindo diretamente os produtos e 
serviços ou via mecanismos que propiciem condições para que sejam 
viabilizados pelo setor privado. Tal função é evidenciada quando no setor 
privado não há a necessária eficiência de infra-estrutura econômica ou 
provisão de bens públicos e bens meritórios. Investimentos na infra-
estrutura econômica são fundamentais para o desenvolvimento, porém os 
altos investimentos necessários com retornos demorados desestimulam a 
iniciativa do setor privado nessa área. Quanto aos bens públicos e 
meritórios, suas demandas possuem características peculiares que tornam 
inviável seu fornecimento pelo sistema de mercado. Bens públicos são 
aqueles usufruídos pela população em geral e de uma forma indivisível, 
independentemente do particular querer ou não usufruir desse bem. Já os 
bens meritórios excluem a parcela da população que não dispõe de 
recursos para o pagamento. Assim, podem ser explorados pelo setor 
privado, no entanto podem e devem também ser produzidos pelo Estado, 
em virtude de sua importância para a sociedade, como a educação e a 
saúde. 
 
• Função distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de 
renda. Surge em virtude da necessidade de correções das falhas de 
mercado, inerentes ao sistema capitalista. Os instrumentos mais usados 
para o ajustamento são os sistemas de tributos e as transferências. Cita-se 
como exemplo de medida distributiva o imposto de renda progressivo, 
realocando as receitas para programas de alimentação, transporte e 
moradia populares. Outro exemplo é a concessão de subsídios aos bens de 
consumo popular, financiados por tributos incidentes sobre os bens 
consumidos pelas classes de rendas mais altas. 
 
• Função estabilizadora: visa a manter a estabilidade econômica, 
diferenciando-se das outras funções por não ter como objetivo a 
destinação de recursos. O campo de atuação dessa função é 
principalmente a manutenção de elevado nível de emprego e a estabilidade 
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nos níveis de preços. Destaca-se ainda a busca do equilíbrio no balanço de 
pagamentos e de razoável taxa de crescimento econômico. O mecanismo 
básico da estabilização é a atuação sobre a demanda agregada, que 
representa a quantidade de bens ou serviços que a totalidade dos 
consumidores deseja e está disposta a adquirir por determinado preço e em 
determinado período. Assim, a função estabilizadora age na demanda 
agregada de forma a aumentá-la ou diminuí-la. 
 
Na nossa questão: 
a) Correta. Refere-se à função alocativa, pois trata de assegurar a 
disponibilização para a sociedade dos bens públicos. 
b)Correta. Refere-se à função alocativa, pois trata da universalização do acesso 
aos bens e serviços não providos pelo setor privado. 
c) Correta. Refere-se à função estabilizadora, pois trata do crescimento 
econômico. 
d) Correta. Refere-se à função distributiva, pois trata da correção das 
imperfeições do mercado. 
e) Errada. Não é uma função clássica do orçamento, porém tem previsão na 
LRF, visando evitar o endividamento público. Por exemplo, segundo o art. 9º da 
LRF, a LDO disporá sobre critérios e formas de limitação de empenho, caso a 
realização da receita possa não comportar o cumprimento das metas de 
resultado primário ou nominal previstas. 
Resposta: Letra E. 
 
2) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) Com base nas funções 
clássicas do Estado, assinale a única opção falsa. 
a) As necessidades meritórias são aquelas que também são atendidas pelo setor 
privado e, portanto, não estão sujeitas ao princípio da exclusão. 
b) A função estabilizadora do governo concentra seus esforços na manutenção de 
um alto nível de utilização de recursos e de um valor estável da moeda. 
c) As necessidades meritórias e as necessidades sociais são atendidas, no Brasil, 
pelas três esferas de governo. 
d) Na atual conjuntura brasileira, verifica-se atividade governamental no que se 
refere à distribuição de renda, via ações compensatórias, tais como as 
transferências de renda por meio da distribuição de cestas básicas. 
e) A função alocativa do governo está associada ao fornecimento de bens e 
serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado. 
 
a) É a incorreta. Os bens meritórios podem ser explorados pelo setor privado e 
podem e devem também ser produzidos pelo Estado, em virtude de sua 
importância para a sociedade, como a educação e a saúde. No entanto, excluem a 
parcela da população que não dispõe de recursos para o pagamento. 
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b) Correta. A função estabilizadora visa a manter a estabilidade econômica, 
diferenciando-se das outras funções por não ter como objetivo a destinação de 
recursos. O campo de atuação dessa função é principalmente a manutenção de 
elevado nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços, e assim, o 
máximo de utilização dos recursos disponíveis e a estabilidade da moeda. 
Destaca-se ainda a busca do equilíbrio no balanço de pagamentos e de razoável 
taxa de crescimento econômico. 
c) Correta. As necessidades meritórias são aquelas exploradas parcialmente pelo 
setor privado e podem e devem também ser atendidas pelo Estado, em virtude de 
sua importância para a sociedade. As necessidades sociais são aquelas atendidas 
sem distinção e em quantidades iguais para todos, independentemente se o 
cidadão contribui ou não. As esferas federal, estadual e municipal têm 
responsabilidade para o atendimento das necessidades meritórias, como educação 
e saúde; e as necessidades sociais, como justiça e segurança pública. 
d) Correta. Verifica-se a forte atividade governamental brasileira exercendo a 
função distributiva, a qual visa à promoção de ajustamentos na distribuição de 
renda. Os instrumentos mais usados para o ajustamento são os sistemas de 
tributos e as transferências, tais como as transferências de renda por meio da 
distribuição de cestas básicas. 
e) Correta. A função alocativa visa à promoção de ajustamentos na alocação de 
recursos. É o Estado oferecendo determinados bens e serviços necessários e 
desejados pela sociedade, porém que não são providos pela iniciativa privada. 
Resposta: Letra A 
 
3) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) A forma de 
organização do orçamento federal vem sofrendo alterações ao longo das últimas 
décadas e novas características vêm sendo incorporadas, de acordo com a 
necessidade de considerar determinados propósitos, de modo que atualmente o 
orçamento atende simultaneamente a vários fins. Identifique qual opção não 
corresponde a tais alterações. 
a) O controle dos gastos, uma vez que o orçamento deve ser um instrumento de 
proteção contra os abusos dos administradores. 
b) A gestão de recursos, devendo o orçamento especificar com clareza os 
projetos e atividades de modo a possibilitar os administradores dos órgãos 
públicos orientação efetiva, e a sociedade o conhecimento amplo quanto às 
tarefas desenvolvidas. 
c) O controle das receitas, com ênfase na especificação das ações orçamentárias, 
patrimoniais, produtos e metas físicas. 
d) O planejamento, que no orçamento deve ser um instrumento de 
implementação do plano de médio prazo do Governo. 
e) A administração macroeconômica uma vez que o orçamento deve ser também 
um instrumento para controlar as receitas e despesas agregadas, de modo a 
possibilitar o alcance dos objetivos de inflação baixa e desemprego. 
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a) Correta. Para que seja possível o controle dos gastos, todas as receitas e 
despesas devem constar no orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer 
deduções. 
b) Correta. O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e 
compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício ou interesse, precisam 
manipulá-lo. O orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e 
completa, embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para 
tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administração. 
c) É a incorreta. A ênfase na especificação das ações orçamentárias, patrimoniais, 
produtos e metas físicas corresponde ao controle de resultados. 
d) Correta. Na CF/88 ocorreu a recuperação da figura do planejamento na 
administração pública brasileira, mediante a integração entre plano e orçamento 
por meio da criação do Plano Plurianual (PPA) e da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO). O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo 
do Governo, cuja duração é de quatro anos. 
e) Correta. A função estabilizadora do orçamento visa principalmente a 
manutenção de elevado nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços. 
Destaca-se ainda a busca do equilíbrio no balanço de pagamentos e de razoável 
taxa de crescimento econômico. O mecanismo básico da estabilização é a atuação 
sobre a demanda agregada. 
Resposta: Letra C 
 
4) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na 
Constituição Federal do Brasil, identifique a opção correta no tocante à Lei de 
iniciativa do Poder Executivo que estabelece um conjunto de metas de política 
governamental que envolve programas de duração prolongada. 
a) Diretrizes orçamentárias. 
b) Orçamento anual. 
c) Plano plurianual. 
d) Orçamento de investimentos. 
e) Orçamento social. 
 
A Constituição Federal de 1998 recuperou a figura do planejamento na 
administração pública brasileira, mediante a integração entre plano e orçamento 
por meio da criação do Plano Plurianual (PPA) e da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO). O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da 
Constituição de 1988. Antes do PPA, existiam outros instrumentos de 
planejamento estratégico, como o Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), 
com 3 anos de duração, o qual não se confunde com o PPA, que possui 4 anos de 
duração. 
 
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A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano 
Plurianual) e o planejamento operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua 
relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano 
estratégico e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes 
dos planejamentos estratégicos existentes antes da CF/88. 
 
A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo 
operacionalizado por meio de diversos programas.Assim, o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a 
Lei Orçamentária Anual (LOA) são as leis que regulam o planejamento e o 
orçamento dos entes públicos federal, estaduais e municipais. Essas leis 
constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam um 
planejamento estrutural das ações governamentais. 
 
Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal (CF/88) tem-se 
essa integração, por meio da definição dos instrumentos de planejamento PPA, 
LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. 
 
Segundo a Constituição Federal de 1988: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
 
O Plano Plurianual - PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do 
Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
 
Logo, o PPA é a Lei de iniciativa do Poder Executivo que estabelece um 
conjunto de metas de política governamental que envolve programas de duração 
prolongada. 
Resposta: Letra C 
 
5) (ESAF – Procurador – PGFN – 2006) A propósito do orçamento, e de acordo 
com o modelo constitucional brasileiro vigente, a lei que instituir o plano 
plurianual estabelecerá: 
a) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, de modo pormenorizado, 
com exceção de fundos para órgãos e entidades da administração indireta. 
b) de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração 
pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as 
relativas aos programas de duração continuada. 
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c) o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social, bem como das empresas que 
contem com participação federal, embora a União não exerça direito de voto. 
d) o orçamento da administração direta e indireta, sob responsabilidade da União, 
excluindo-se o orçamento da Seguridade Social. 
e) sistema específico e pormenorizado para redução de desigualdades sociais, 
vedando-se, no entanto, a utilização de anistias e de remissões. 
 
Repare que o PPA define dois tipos de despesas que devem obrigatoriamente 
estar em seu conteúdo: 
 
A primeira se refere às despesas de capital, que são aquelas que contribuem, 
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como, por 
exemplo, a pavimentação de uma rodovia. O termo “e outras delas decorrentes” 
se relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar 
após sua realização. Despesas correntes são as que não contribuem, diretamente, 
para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as despesas com 
pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção, etc. Neste mesmo exemplo, após 
a pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos com sua manutenção, ou 
seja, gastos decorrentes da despesa de capital pavimentação da rodovia. Assim, 
tanto a pavimentação da rodovia (despesa de capital) quanto o custeio com sua 
manutenção (despesa corrente relacionada à de capital) deverão estar previstos no 
Plano Plurianual. 
 
A segunda despesa a ser considerada na elaboração do PPA é a dos programas de 
duração continuada, ou seja, todos aqueles que tiverem a sua duração prolongada 
por mais de um exercício financeiro. Se o programa é de duração continuada, 
deve constar do PPA. 
 
Logo, as ações orçamentárias cuja execução esteja restrita a um único exercício 
financeiro estão dispensadas de serem discriminadas no PPA do governo federal, 
porque não se caracterizam como de duração continuada. A exceção ocorre com 
as despesas de capital e outras delas decorrentes, porque devem estar no PPA, 
não importando sua duração. 
 
O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da Constituição de 1988. Antes 
do PPA, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o 
Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), o qual não se confunde com o 
PPA. 
 
Atenção: as bancas ainda tentam confundir o candidato como se o PPA já 
existisse antes da CF/88, porém com outro nome. Existiam outros instrumentos 
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de planejamento, mas eles não têm relação com o Plano Plurianual. O PPA é 
inovação da atual CF! 
 
Segundo o art. 165 da CF/88: 
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal 
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
Resposta: Letra B 
 
6) (ESAF – APO/SP - 2009) Segundo disposição da Constituição Federal de 
1988, as diretrizes e metas da administração pública, para as despesas de capital, 
são definidas no seguinte instrumento: 
a) em lei ordinária de ordenamento da administração pública. 
b) na lei que institui o plano plurianual. 
c) na lei orçamentária anual. 
d) na lei de diretrizes orçamentárias. 
e) no decreto de programação financeira do poder executivo. 
 
O examinador quer saber qual o instrumento que trata das diretrizes e metas 
para as despesas de capital. Já vimos que é a lei que instituir o Plano Plurianual. 
Não podemos esquecer que o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, além 
das diretrizes e metas, os objetivos da administração pública federal para as 
despesas de capital e também de outras delas decorrentes e para as relativas 
aos programas de duração continuada. 
 
Olhando assim comentada, a questão parece fácil. No entanto, muita gente 
preparada marcou que se tratada da LDO e não do PPA. Veremos que na LDO 
constam as metas e prioridades e no PPA vimos que são as diretrizes, objetivos e 
metas. Existe um processo para decorar Diretrizes (D), Objetivos (O) e 
Metas(M) do PPA (DOM), mas deve-se ter atenção que numa questão essas 
palavras podem vir em ordem diferente ou com a omissão de uma delas, para 
tentar confundir com a LDO, como nesta questão que acabamos de estudar. 
Resposta: Letra B. 
 
7) (ESAF – EPPGG/MPOG – 2009) Acerca dos mecanismos e procedimentos 
adotados pelo sistema de planejamento e orçamento do Governo Federal, é 
incorreto afirmar que: 
a) a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a quem compete nortear o Plano Plurianual, 
tem por princípio promover a integração entre as ações de planejamento e 
orçamento. 
b) dotado de um evidente caráter coordenador das ações governamentais, o Plano 
Plurianual subordina todas as iniciativas orçamentárias aos seus propósitos. 
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c) uma estrutura orçamentária baseada em programas se caracteriza, entre outras, 
por facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de um dado 
objetivo. 
d) os programas podem ser classificados como finalísticos ou como de apoio às 
políticas públicas e áreas especiais. 
e) em matéria orçamentária, o programa é o elemento de integração entre o Plano 
Plurianual, os orçamentos anuais, a execução e o controle. 
 
A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, o qual é o 
elemento central do PPA, integrando o Plano Plurianual aos orçamentos anuais, à 
execução e ao controle. O programa é o instrumento de organização da atuação 
governamental que articula um conjunto de ações orçamentárias ou não-
orçamentárias, que concorrem para a concretização de um objetivo comum 
preestabelecido, mensurado por indicadores, visando à solução de um problema 
ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. 
 
Esta organização das açõesdo Governo sob a forma de programas visa 
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar 
a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como 
facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de um dado 
objetivo e elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. Assim, toda 
ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em Programas 
orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos para o período 
do PPA. 
 
Os Programas são classificados em dois tipos: 
 
• Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados 
diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de mensuração; 
• Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são 
programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à 
formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao 
controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços 
ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas 
de natureza tipicamente administrativas. 
 
Cuidado: Essa é a classificação atual! Alguns livros ainda trazem a antiga 
classificação em 4 tipos que não existe mais! 
 
Questão bem recente do concurso para EPPGG/2009. O examinador quer a 
alternativa incorreta: 
a) É a incorreta. A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem por princípio promover a 
integração entre as ações de planejamento e orçamento. A LDO é o elo entre 
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PPA e LOA, logo ao Plano Plurianual compete nortear a LDO. Cuidado: é 
uma troca comum nas provas. 
b) Correta. A finalidade da Lei Orçamentária Anual é a concretização dos 
objetivos e metas estabelecidas no PPA, o qual subordina todas as iniciativas 
orçamentárias aos seus propósitos. 
c) Correta. A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa 
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar 
a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como 
facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de um dado 
objetivo e elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. 
d) Correta. Atualmente, os programas podem ser classificados como finalísticos 
ou como de apoio às políticas públicas e áreas especiais. Os Programas 
Finalísticos são os quais resultam bens ou serviços ofertados diretamente à 
sociedade, cujos resultados sejam passíveis de mensuração; já os Programas de 
Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais são programas voltados aos 
serviços típicos de Estado, ao planejamento, à formulação de políticas setoriais, à 
coordenação, à avaliação ou ao controle dos programas finalísticos, resultando 
em bens ou serviços ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto 
inclusive por despesas de natureza tipicamente administrativas. 
e) Correta. A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, 
o qual é o elemento central do PPA, integrando o Plano Plurianual aos 
orçamentos anuais, à execução e ao controle. 
Resposta: Letra A 
 
8) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2006) Sobre o Plano 
Plurianual – PPA de que trata o art. 165 da Constituição Federal é correto 
afirmar, exceto: 
a) sua duração atual é de quatro anos. 
b) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
Administração Pública para as despesas de capital. 
c) a elaboração dá-se no primeiro ano do mandato do governante. 
d) os programas de governo e seus principais elementos constitutivos são objeto 
do PPA. 
e) os valores a serem aplicados nos programas não constam do PPA por serem 
objeto da Lei Orçamentária Anual – LOA. 
 
A questão pede o que não se pode afirmar, logo quer a alternativa incorreta. 
a) Correta. O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo cuja duração 
de quatro anos no Governo Federal é prevista no art. 35 do ADCT. 
b) Correta. O PPA estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
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c) Correta. O PPA será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do 
primeiro exercício financeiro do mandato do governante e devolvido para sanção 
até o encerramento da sessão legislativa. Assim, o PPA é elaborado no primeiro 
ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A partir daí, terá sua vigência 
até o final do primeiro ano do mandato seguinte. 
d) Correta. A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, 
o qual é o elemento central do PPA, integrando o Plano Plurianual aos 
orçamentos anuais, à execução e ao controle. 
e) É a incorreta. No PPA constam os programas com seus valores para todo o 
período do Plano, divididos por cada um dos quatro anos. 
Resposta: Letra E 
 
Vamos montar um quadro para o PPA: 
 
QUADRO PPA 
Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM)
da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá 
ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a 
inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Assim como a LDO, é inovação da CF/88. 
 
Aprofundaremos no estudo do PPA na aula 9, onde nosso edital prevê os 
temas relacionados à Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA e à 
legislação correlata. 
 
9) (ESAF – Auditor – TCE/GO - 2007) As condições para a instituição e 
funcionamento de fundos devem estar previstas em: 
a) lei ordinária. 
b) Constituição de cada ente federativo. 
c) decreto executivo. 
d) decreto autônomo. 
e) lei complementar. 
 
Veja o art. 165 da CF: 
§ 9º - Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; 
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II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração 
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de 
fundos. 
 
Repare que desde a Constituição de 1988 está prevista a edição de uma lei 
complementar sobre finanças públicas e até o presente momento ela não foi 
editada, logo não existe um modelo legalmente constituído para organização, 
metodologia e conteúdo dos PPAs, LDOs e LOAs. É por isso que 
invariavelmente nos valemos da Lei 4320/64 que foi recepcionada com status de 
lei complementar, porém ela não atende mais as nossas necessidades. Para isso, 
quem cumpre esse vácuo legislativo é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 
que todo ano acaba tendo, entre suas diversas atribuições que veremos a seguir, 
que legislar como se fosse a lei complementar prevista na CF, o que a transforma 
num “calhamaço” de artigos. 
 
Cuidado: A Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000, conhecida como Lei 
de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabelece normas de finanças públicas 
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, porém sua função não foi de 
preencher as lacunas da Lei 4320/64. Ela também não é a Lei prevista no § 9º do 
art. 165. Outra lei complementar deve ser editada. Atualmente, na ausência dessa 
Lei, naquilo que a Lei 4320/64 não dispõe, quem cumpre esse vácuo legislativo é 
a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). 
 
Vamos montar um quadro para a lei complementar: 
 
QUADRO LEI COMPLEMENTAR 
Cabe à lei complementar prevista no §9° do art. 165 da CF e aindanão 
editada: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do PPA, LDO E LOA; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta 
e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
A LRF não é a Lei Complementar do §9° do art. 165. 
Na ausência dessa Lei, quem cumpre esse vácuo legislativo a cada ano é a LDO.
Porém na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no ADCT. 
 
Logo, as condições para a instituição e funcionamento de fundos devem estar 
previstas em Lei Complementar. 
Resposta: Letra E 
 
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10) (ESAF – APO/SP - 2009) Assinale a opção que apresenta uma das principais 
características da lei de diretrizes orçamentárias, segundo a Constituição Federal 
de 1988. 
a) Especifica as alterações da legislação tributária e do PPA. 
b) Define a política de atuação dos bancos estatais federais. 
c) Define as metas e prioridades da administração pública federal. 
d) Determina os valores máximos a serem transferidos, voluntariamente, aos 
Estados, Distrito Federal e Municípios. 
e) Orienta a formulação das ações que integrarão o orçamento do exercício 
seguinte. 
 
A LDO também surgiu através da Constituição de 1988, almejando ser o elo 
entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento operacional 
(Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter conseguido 
diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais dificilmente 
conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos estratégicos existentes 
antes da CF/88. 
 
Segundo o art. 165 da CF/88: 
2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, 
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
SEGUNDO A CF, A LDO: 
Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal 
Incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente 
Orientará a elaboração da LOA 
Disporá sobre as alterações na legislação tributária 
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento
 
Atenção: Os examinadores tentam confundir o termo “diretrizes, objetivos e 
metas” que se refere ao PPA com o termo “metas e prioridades” que se refere à 
LDO. 
 
 
 
 
PPA Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM)
LDO Metas e Prioridades 
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A doutrina majoritária afirma que a vigência da LDO é de um ano. Todavia, a 
LDO extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela estabelece regras 
orçamentárias a serem executadas ao longo do exercício financeiro 
subsequente. O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito 
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a 
devolução ao Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro 
período da sessão legislativa (17 de julho). 
 
Logo, uma das principais características da LDO, segundo a CF, é que ela define 
as metas e prioridades da administração pública federal. 
Resposta: Letra C. 
 
11) (ESAF – Analista – IRB – 2006) A Constituição incumbiu a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO) de disciplinar outros assuntos importantes, cuja definição 
antecipada representa relevante apoio na preparação do projeto de lei 
orçamentária, tal(ais) como 
a) a receita prevista para o exercício em que se elabora. 
b) o sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo. 
c) os parâmetros para iniciativa de lei de fixação das remunerações no âmbito do 
Poder Legislativo. 
d) a despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta. 
e) os quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos 
especiais. 
 
Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos objetivos, 
entre eles, as metas e prioridades da administração pública e orientar a 
elaboração da Lei Orçamentária Anual. 
2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, 
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
Vamos agora destrinchar esse parágrafo: 
 
I) Definição das metas e prioridades da administração pública federal: as 
disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as metas e 
prioridades da administração pública. Assim, pode-se verificar se as metas e 
prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos na Lei 
Orçamentária. 
 
II) Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a idéia que a 
LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano Plurianual é um 
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plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois incluem também as metas e 
prioridades da administração pública, as alterações na legislação tributária e a 
política de aplicação das agências oficiais de fomento. 
 
III) Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm 
diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para 
arrecadação. No entanto, uma outra importante função é a reguladora, onde o 
governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos, incentivando 
ou desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do Estado. Assim, 
verifica-se a importância das alterações na legislação tributária. 
 
IV) Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais 
de fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que fomentam o 
desenvolvimento do país. Sua presença na LDO justifica-se pela repercussão 
econômica que ocasionam. 
 
Vamos falar de mais uma característica da LDO, segundo o art. 169 da CF: 
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação 
de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como 
a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e 
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções 
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, 
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
 
Assim, é necessário autorização específica na LDO para a concessão de 
qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e 
funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou 
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da 
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo 
poder público. A exceção se dá para as empresas públicas e para as sociedades de 
economia mista. 
 
Logo, a Constituição incumbiu a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 
disciplinar os parâmetros para iniciativa de lei de fixação das remunerações 
também no âmbito do Poder Legislativo. 
Resposta: Letra C 
 
12) (ESAF – APO/SP - 2009) O modelo de elaboração orçamentária, nas três 
esferas de governo, foi sensivelmente afetado pelas disposições introduzidas pela 
Constituição Federal de 1988. Anualmente, o Poder Executivo encaminha ao 
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Poder Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que 
contém: 
a) a receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta. 
b) as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente. 
c) a receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se 
elaborou a proposta. 
d) o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e os investimentos das 
empresas. 
e) a despesa realizada no exercício imediatamente anterior. 
 
O examinador reforça que o modelo de elaboração orçamentária foi afetado com 
o advento da CF/88. Isso ocorreu, como vimos, principalmente pela introdução 
do PPA e da LDO no modelo. O examinador novamente indaga sobre a LDO: 
a) Errada. A LDO não dispõe sobre o exercício financeiro em que é elaborada. 
b) Correta. Segundo a CF, a lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as 
metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas 
de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da 
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
c) Errada. A LDO trata no Anexo de Metas Fiscais do demonstrativo das metas 
anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os 
resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios 
anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos 
da política econômica nacional. 
d) Errada. Refere-se à LOA, que veremos a seguir. 
e) Errada. A LDO trata da avaliação do cumprimento das metas relativas ao 
ano anterior. 
Resposta: Letra B. 
 
13) (ESAF – Técnico de Nível Superior/SPU – 2006) Nos termos da 
Constituição Federal, a lei orçamentária anual compreenderá: 
I. o orçamento fiscal. 
II. o orçamento de investimento das empresas estatais. 
III. o orçamento da seguridade social. 
Assinale a opção correta. 
a) Os itens I, II e III estão corretos. 
b) Apenas o item I está correto. 
c) Apenas os itens I e II estão corretos. 
d) Apenas os itens I e III estão corretos. 
e) Apenas os itens II e III estão corretos. 
 
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A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público prevê a 
arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano. 
A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito. A 
finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas estabelecidas no PPA. 
É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o que foi 
estabelecido na LDO. Portanto, orientado pelas diretrizes, objetivos e metas do 
PPA, compreende as ações a serem executadas, seguindo as diretrizes 
estabelecidas na LDO. 
 
Segundo o art. 165 da CF/88: 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos 
a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
Cuidado: Pela CF/88, a LOA compreende o orçamento fiscal, da seguridade 
social e de investimentos das estatais. Não existe mais o orçamento monetário, 
porém ele ainda cai em prova para confundir o candidato! Não existem mais 
orçamentos paralelos. Fique ligado! 
 
Logo, os itens I, II e III estão corretos. 
Resposta: Letra A 
 
14) (ESAF – APO/SP - 2009) O orçamento público pode ser entendido como um 
conjunto de informações que evidenciam as ações governamentais, bem como 
um elo capaz de ligar os sistemas de planejamento e finanças. A elaboração da 
Lei Orçamentária Anual (LOA), segundo a Constituição Federal de 1988, deverá 
espelhar: 
a) exclusivamente os investimentos. 
b) as metas fiscais somente para as despesas. 
c) as estimativas de receita e a fixação de despesas. 
d) a autorização para a abertura de créditos adicionais extraordinários. 
e) a autorização para criação de novas taxas. 
 
A CF/88 cita a previsão (ou estimativa) de receita e fixação de despesa quando 
trata do princípio da exclusividade, o qual determina que a lei orçamentária 
anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos 
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suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação 
de receita, nos termos da lei. 
A CF determina que o projeto de lei orçamentária será acompanhado de 
demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de 
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, 
tributária e creditícia. 
Ressalta, ainda, que os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, 
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir 
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
 
Assim, a única alternativa possível de responder nossa questão é a alternativa C, 
pois a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), segundo a Constituição 
Federal de 1988, deverá espelhar as estimativas de receita e a fixação de 
despesas. 
Resposta: Letra C 
 
15) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) A importância 
do processo orçamentário brasileiro pode ser dimensionada pelo tratamento que o 
assunto recebe na Constituição Federal. Identifique a única opção errada no 
tocante ao orçamento brasileiro. 
a) Na concepção do sistema orçamentário brasileiro, são instrumentos de 
planejamento governamental: o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias 
e os orçamentos anuais. 
b) O orçamento público, aceito como um instrumento de planejamento e de 
controle da administração pública, apresenta-se como uma técnica capaz de 
permitir que, periodicamente, sejam reavaliados os objetivos e fins do governo. 
c) O orçamento é um instrumento essencial para os planejadores, porque eles 
necessitam de recursos financeiros para tornar seus planos operacionais. 
d) A lei orçamentária anual visa permitir uma visão de conjunto, integrada, das 
ações compreendidas pela administração pública. 
e) A lei de diretrizes orçamentárias deverá ordenar e disciplinar a execução de 
despesas com investimentos que se reverterão em benefício da sociedade. 
 
a) Correta. O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e 
a Lei Orçamentária Anual (LOA) são as leis que regulam o planejamento e o 
orçamento dos entes públicos federal, estaduais e municipais. Essas leis 
constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam um 
planejamento estrutural das ações governamentais. 
b) Correta. O orçamento público é um instrumento de planejamento e de controle 
da administração pública. Sua finalidade é a concretização dos objetivos e metas 
estabelecidas no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em 
consonância com o que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientado pelas 
diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a serem executadas, 
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seguindo as diretrizes estabelecidas na LDO. Em harmonia com os outros 
instrumentos, apresenta-secomo uma técnica capaz de permitir que, 
periodicamente, sejam reavaliados os objetivos e fins do governo. 
c) Correta. A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público 
prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de 
um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito, 
portanto é um instrumento essencial para os planejadores, os quais necessitam de 
recursos financeiros para tornar seus planos operacionais. 
d) Correta. Segundo o princípio da Universalidade, o orçamento deve conter 
todas as receitas e despesas dos poderes, fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, permitindo uma visão de conjunto, integrada, das 
ações compreendidas pela administração pública. 
e) É a incorreta. É a LOA que dispõe sobre a realização de despesas que se 
reverterão em benefício da sociedade. 
Resposta: Letra E 
 
16) (ESAF – Analista Jurídico – SEFAZ/CE – 2007) Consoante a Constituição 
Federal, leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão - o plano plurianual, 
as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Assinale a opção incorreta. 
a) A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de 
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
b) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá 
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação 
das agências financeiras oficiais de fomento. 
c) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta 
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e 
apreciados pelo Congresso Nacional. 
d) O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada 
trimestre, relatório resumido da execução orçamentária. 
e) O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, 
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
creditícia. 
 
Questão baseada integralmente no art. 165 da CF/88: 
a) Correta. É a definição constitucional do PPA: “§ 1º - A lei que instituir o plano 
plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas 
da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada”. 
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b) Correta. É a definição constitucional da LDO: “§ 2º - A lei de diretrizes 
orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as 
alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das 
agências financeiras oficiais de fomento.” 
c) Correta. É o § 4º: “Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais 
previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano 
plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.” Tal regionalização prevista 
na Constituição Federal considera, na formulação, apresentação, implantação e 
avaliação do Plano Plurianual, as diferenças e desigualdades existentes no 
território brasileiro. 
d) É a incorreta. Segundo o § 3º, o Poder Executivo publicará, até trinta dias após 
o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. 
e) Correta. Consoante o § 6º: “O projeto de lei orçamentária será acompanhado 
de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, 
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza 
financeira, tributária e creditícia”. 
Resposta: Letra D 
 
17) (ESAF – Técnico de Nível Superior/SPU – MPOG – 2006) No decorrer do 
primeiro exercício de um mandato presidencial qualquer, os projetos de lei do 
Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária 
Anual deverão ser enviados para o Congresso Nacional, respectivamente, até as 
seguintes datas: 
a) 15/04 – 15/04 – 31/08. 
b) 31/08 – 15/04 – 15/04. 
c) 31/08 – 15/04 – 31/08. 
d) 15/04 – 31/08 – 31/08. 
e) 31/08 – 31/08 – 15/04. 
 
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no art. 35 da ADCT: 
§ 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, 
§ 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: 
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício 
financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro 
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para 
sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses 
e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção 
até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 
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III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses 
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa. 
 
Esses prazos estarão em vigor enquanto não for editada a Lei Complementar 
prevista na CF/88 para: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração 
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de 
fundos. 
 
Logo, no decorrer do primeiro exercício de um mandato presidencial qualquer, os 
projetos de lei do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei 
Orçamentária Anual deverão ser enviados para o Congresso Nacional, 
respectivamente, até as seguintes datas: 31/08, 15/04 e 31/08. 
 
Vale ressaltar que o calendário das matérias orçamentárias e o não cumprimento 
de prazos nos trazem diversos problemas. 
Quanto ao calendário, temos problemas em virtude da não edição da Lei 
Complementar sobre o assunto. Temos que no 1° ano do mandato do Executivo é 
aprovada a LDO para o ano seguinte antes do envio do PPA! E mais, o PPA é 
enviado e aprovado nos mesmos prazos do Orçamento! Veja que incongruência, 
pois neste primeiro ano não há integração. A LDO deveria sempre seguir o 
planejamento do PPA. 
Quanto ao não cumprimento de prazos, com destaque para o nível federal, já 
houve ano que a LOA foi aprovada pelo congresso em outubro do ano 
subsequente, ou seja, no final do ano em que deveria estar em vigor! Para a 
LOA - 2009 isso não ocorreu e o Congresso aprovou o orçamento antes do fim 
do ano, em 30 de dezembro de 2008. A falta de rigor nos prazos também 
compromete a integração entre PPA e LOA. 
Resposta: Letra C 
 
18) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) Segundo a 
Constituição de 1988, no capítulo das Finanças Públicas, o Plano Plurianual - 
PPA é uma Lei que abrangerá os respectivos Poderes na União, nos Estados, no 
Distrito Federal e nos Municípios. No que diz respeito ao Plano Plurianual (PPA) 
e Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), identifique a opção incorreta. 
a) A Lei que instituir o Plano Plurianual será elaborada no princípio do primeiro 
ano do mandato do executivo e terá vigência de quatro anos. 
b) Com base no Plano Plurianual, o governo elaborará e enviará para o Poder 
Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias.CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS 
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c) A Lei que instituir o Plano Plurianual definirá programas, objetivos e metas 
para o quadriênio, cabendo desta forma, à LDO definir, com base no PPA, quais 
serão as metas que serão desenvolvidas no exercício financeiro subsequente. 
d) Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal, em maio de 2000, passou a 
integrar à LDO, dois anexos: o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Objetivos 
Fiscais. 
e) A LDO antecipa o orçamento anual, com todas suas implicações alocativas e 
tributárias, e ainda fixa o programa das instituições financeiras da União. 
 
a) Correta. Pela atual legislação, a Lei que instituir o PPA será elaborada no 
princípio do primeiro ano do mandato do executivo e terá vigência de quatro 
anos. 
Atenção: O PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA 
é elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A 
partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. 
Cuidado: um chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode governar 
durante todo o seu PPA? A resposta é sim, desde que o chefe do executivo seja 
reeleito, porém, como vimos, será o mesmo governante em mandatos diferentes. 
b) Correta. A LDO deve seguir as orientações do PPA. 
c) Correta. A LDO surgiu através da Constituição de 1988, almejando ser o elo 
entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento operacional 
(Lei Orçamentária Anual), cabendo à LDO definir, com base no PPA, quais serão 
as metas que serão desenvolvidas no exercício financeiro subsequente. 
d) É a incorreta. Segundo a LRF, integrará o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias o Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas 
anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, 
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a 
que se referirem e para os dois seguintes; e o Anexo de Riscos Fiscais, onde 
serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as 
contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se 
concretizem. 
e) Correta. A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração 
pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as 
alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das 
agências financeiras oficiais de fomento. 
Resposta: Letra D 
 
19) (ESAF – APO/MPOG – 2005) Identifique a opção correta com relação ao 
papel do Órgão Central como agente no processo de elaboração orçamentária do 
governo federal, segundo o Manual Técnico do Orçamento 2005. 
a) Formalizar a proposta de alterações na estrutura programática. 
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b) Analisar e validar as propostas orçamentárias provenientes das unidades 
orçamentárias. 
c) Avaliar a adequação da estrutura programática e mapear as alterações 
necessárias. 
d) Definir diretrizes gerais para o sistema orçamentário federal. 
e) Consolidar e formalizar a proposta orçamentária do órgão. 
 
A questão é baseada no MTO-2005, porém vamos respondê-la pelo MTO-2010. 
O Manual Técnico de Orçamento - 2010 (MTO/2010) determina o papel dos 
agentes no processo de elaboração do Orçamento, individualizando as 
atribuições da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), dos órgãos setoriais e das 
unidades orçamentárias. A SOF tem entre suas atribuições principais a 
coordenação, a consolidação e a elaboração da proposta orçamentária da União, 
compreendendo os orçamentos fiscal e da seguridade social. 
 
A classificação institucional, que veremos na próxima aula, reflete a estrutura 
organizacional e administrativa governamental e está estruturada em dois níveis 
hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. As dotações 
orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível 
são consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas 
responsáveis pelos recursos financeiros (dotações) e pela realização das ações. 
 
Secretaria de Orçamento Federal: o trabalho desenvolvido pela SOF, no 
cumprimento de sua missão institucional, como órgão específico e singular de 
orçamento do Órgão Central do Sistema de Planejamento e de Orçamento 
Federal, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, compreende: 
 
• Definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário federal; 
• Coordenação do processo de elaboração dos Projetos de Lei de 
Diretrizes Orçamentárias Anuais – PLDO e do orçamento anual da 
União; 
• Análise e definição das ações orçamentárias que comporão a estrutura 
programática dos órgãos e Unidades orçamentárias no exercício; 
• Fixação de normas gerais de elaboração dos orçamentos federais; 
• Orientação, coordenação e supervisão técnica dos órgãos setoriais de 
orçamento; 
• Fixação de parâmetros e referenciais monetários para a apresentação 
das propostas orçamentárias setoriais; 
• Análise e validação das propostas setoriais; 
• Consolidação e formalização da proposta orçamentária da União; e 
• Coordenação das atividades relacionadas à tecnologia de informações 
orçamentárias necessárias ao trabalho desenvolvido pelos agentes do 
sistema orçamentário federal. 
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Órgão Setorial: o órgão setorial desempenha o papel de articulador no seu 
âmbito, atuando verticalmente no processo decisório e integrando os produtos 
gerados no nível subsetorial, coordenado pelas unidades orçamentárias. Sua 
atuação no processo de elaboração envolve: 
 
• Estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta 
orçamentária; 
• Avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das 
alterações necessárias; 
• Formalização ao Ministério do Planejamento da proposta de alteração 
da estrutura programática; 
• Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento da 
qualidade das informações constantes do cadastro de programas e 
ações; 
• Fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais 
monetários para apresentação das propostas orçamentárias das 
unidades orçamentárias; 
• Definição de instruções, normas e procedimentos a serem observados 
no âmbito do órgão durante o processo de elaboração da proposta 
orçamentária; 
• Coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no 
âmbito do órgão setorial; 
• Análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das 
unidades orçamentárias; e 
• Consolidação e formalização da proposta orçamentária do órgão. 
 
Unidade Orçamentária: a unidade orçamentária desempenha o papel de 
coordenadora do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu âmbito 
de atuação, integrando e articulando o trabalho das unidades administrativas 
componentes. Trata-se de momento importante do qual dependerá a consistência 
da proposta do órgão, no que se refere a metas, valores e justificativas que 
fundamentam a programação. 
 
As unidades orçamentárias são responsáveis pela apresentação da programação 
orçamentária detalhada da despesa por programa, ação orçamentária e subtítulo. 
Seu campo de atuação no processo de elaboração compreende: 
 
• Estabelecimento de diretrizes no âmbito da unidade orçamentária para 
elaboração da proposta orçamentária; 
• Estudos de adequação da estrutura programática do exercício; 
• Formalização ao órgão setorial da proposta de alteração da estrutura 
programática sob a responsabilidade de suas unidades administrativas; 
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www.pontodosconcursos.com.br• Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das 
informações constantes do cadastro de ações orçamentárias; 
• Fixação, de acordo com as prioridades, dos referenciais monetários 
para apresentação das propostas orçamentárias das unidades 
administrativas; 
• Análise e validação das propostas orçamentárias das unidades 
administrativas; e 
• Consolidação e formalização da proposta orçamentária da unidade 
orçamentária. 
 
Agora podemos responder nossa questão: 
a) b) c) e) Erradas. São todas atribuições do órgão setorial: formalização ao 
Ministério do Planejamento da proposta de alteração da estrutura programática; 
análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das unidades 
orçamentárias; avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento 
das alterações necessárias; e consolidação e formalização da proposta 
orçamentária do órgão. 
d) Correta. A definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário federal 
é atribuição da Secretaria de Orçamento Federal como órgão específico e 
singular de orçamento do Órgão Central do Sistema de Planejamento e de 
Orçamento Federal, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 
Resposta: Letra D 
 
20) (ESAF – Técnico de Nível Superior/ENAP – MPOG – 2006) Com relação ao 
ciclo orçamentário no Brasil, pode-se afirmar que ele corresponde ao período no 
qual se processam as atividades peculiares do processo orçamentário. Identifique 
a única opção incorreta com relação ao referido processo. 
a) As unidades administrativas elaboram as propostas parciais e as consolida. 
b) Os órgãos setoriais de orçamento traduzem as diretrizes ao nível setorial e 
consolida as propostas das unidades orçamentárias. 
c) O órgão central de planejamento estabelece as diretrizes e realiza a 
consolidação geral. 
d) O Poder Executivo envia a Mensagem e o Projeto de Lei Orçamentária para a 
discussão e aprovação do Poder Legislativo. 
e) Sancionado o Projeto de Lei Orçamentária, o órgão central de orçamento 
elabora os Quadros de Detalhamento da Receita e o Quadro de Detalhamento da 
Despesa. 
 
a) É a incorreta. Cabe a unidade orçamentária a consolidação e formalização da 
proposta orçamentária em seu âmbito. As dotações orçamentárias, especificadas 
por categoria de programação em seu menor nível são consignadas às unidades 
orçamentárias (e não às unidades administrativas), que são as estruturas 
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administrativas responsáveis pelos recursos financeiros (dotações) e pela 
realização das ações. 
b) Correta. Estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta 
orçamentária; análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das 
unidades orçamentárias e consolidação e formalização da proposta orçamentária 
do órgão são atribuições do órgão setorial. 
c) Correta. Compete ao órgão central a definição de diretrizes gerais para o 
processo orçamentário federal e a consolidação e formalização da proposta 
orçamentária da União. 
d) Correta. A mensagem presidencial é o instrumento de comunicação oficial 
entre o Presidente da República e o Congresso Nacional, com a finalidade de 
encaminhar o Projeto de Lei Orçamentária Anual. A elaboração da mensagem 
presidencial é realizada sob a coordenação da SOF e envolve a participação da 
Casa Civil da Presidência da República, da Assessoria Econômica - ASSEC/MP, 
do Departamento das Empresas Estatais – DEST/MP, do Instituto de Pesquisa 
Econômica Aplicada – IPEA/MP, da Secretaria de Gestão – SEGES/MP, da 
Secretaria de Política Econômica – SPE/MF, da Secretaria do Tesouro Nacional 
– STN/MF, da Secretaria da Receita Federal – SRF/MF, do Banco Central do 
Brasil e dos Órgãos Setoriais. 
e) Correta. Por meio do órgão central, os Orçamentos Fiscal, da Seguridade 
Social e de Investimento discriminarão a despesa por unidade orçamentária, 
detalhada por categoria de programação em seu menor nível, com suas 
respectivas dotações, especificando a esfera orçamentária, o grupo de natureza de 
despesa, o identificador de resultado primário, a modalidade de aplicação, o 
identificador de uso e a fonte de recursos. Veremos todos estes conceitos na aula 
sobre despesas públicas. 
Resposta: Letra A 
 
21) (ESAF – AFCE – TCU – 2006) No que se refere à matéria orçamentária, a 
Constituição de 1988, em seu artigo 165, determina que leis de iniciativa do 
Poder Executivo estabeleçam o Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os 
orçamentos anuais. Identifique a opção falsa com relação ao tema. 
a) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) consiste na lei que norteia a 
elaboração dos orçamentos anuais, compreendidos o orçamento fiscal, o 
orçamento de investimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade 
social. 
b) A Lei Orçamentária Anual (LOA) objetiva viabilizar a realização das ações 
planejadas no Plano Plurianual e transformá-las em realidade. 
c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sob forma de projeto, deve ser 
encaminhada pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo, na esfera federal, até 
oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e 
devolvida para sanção até o final do primeiro período da sessão legislativa (17 de 
julho). 
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d) O Plano Plurianual corresponde a um plano, por meio do qual se procura 
ordenar as ações do governo que levem ao alcance dos objetivos e das metas 
fixados para um período de três anos. 
e) A Lei do Orçamento, sob forma de projeto, deve ser encaminhada, no âmbito 
federal, até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de 
agosto) e devolvida para sanção até o final da sessão legislativa. 
 
A alternativa C foi adaptada porque os prazos do período legislativo mudaram. 
 
Importante: Diferença entre legislatura, sessão legislativa e período legislativo: 
A legislatura, segundo a CF/88, é o período de quatro anos. Cada legislatura 
possui quatro sessões legislativas, que ocorrem anualmente de 2 de fevereiro a 
22 de dezembro. Por sua vez, cada sessão legislativa, possui dois períodos 
legislativos, o primeiro de 2 de fevereiro a 17 de julho e o segundo de 1º de 
agosto a 22 de dezembro. Em suma: 
 
QUADRO LEGISLATURA 
Legislatura 4 anos. Divide-se em 4 sessões legislativas anuais. 
Sessão Legislativa Anual, de 2 Fev a 22 Dez. Divide-se em 2 períodos. 
Período Legislativo 
1º período: 2 Fev a 17 Jul 
2º período: 1º Ago a 22 Dez 
 
 
A nossa questão pede a alternativa incorreta. 
a) Correta. A LDO tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos 
anuais. Pela CF/88, a LOA compreende o orçamento fiscal, da seguridade social 
e de investimentos das estatais. 
b) Correta. A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas 
estabelecidas no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em 
consonância com o que for estabelecido na LDO. 
c) Correta. O projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito 
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e 
devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão 
legislativa (17 de julho). 
d) É a incorreta. A CF/88 recuperou a figura do planejamento na administração 
pública brasileira, mediante a integração entre plano e orçamento por meio da 
criação do Plano Plurianual (PPA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). 
O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da Constituição de 1988. Antes do 
PPA, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o 
Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com 3 anos de duração, o qual 
não se confunde com o PPA, que possui 4 anos de duração. 
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e) Correta.O projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro 
meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de agosto) e devolvido 
para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
Resposta: Letra D 
 
22) (ESAF – APO/MPOG – 2005) A elaboração da lei orçamentária é a etapa 
que, efetivamente, caracteriza a idéia de processo orçamentário, compreendendo 
fases e operações. A discussão é a fase dos trabalhos consagrada ao debate em 
plenário. Aponte a opção incorreta com relação às etapas da fase da discussão. 
a) emendas 
b) voto do relator 
c) redação final 
d) votação em plenário 
e) veto 
 
Segundo a CF/88, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados 
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados 
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
 
A fase de discussão corresponde ao debate entre os parlamentares sobre a 
proposta, constituída por: proposição de emendas, voto do relator, redação final e 
proposição em plenário. 
Logo, o veto não faz parte da fase de discussão. 
Resposta: Letra E 
 
23) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) A respeito da 
elaboração do Orçamento Geral da União, é correto afirmar, exceto: 
a) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional 
propondo a alteração do projeto de lei orçamentária a qualquer tempo. 
b) é prerrogativa do Presidente da República a iniciativa dos projetos de lei 
orçamentária. 
c) as emendas parlamentares aos projetos de lei orçamentária anual não poderão 
indicar como despesas a serem anuladas as destinadas ao pagamento de pessoal e 
seus encargos. 
d) na fase de tramitação no Congresso Nacional, cabe a uma comissão mista de 
Senadores e Deputados examinar e emitir parecer sobre os projetos de lei que 
tratam de orçamento. 
e) a proposta orçamentária para o exercício seguinte deverá ser enviada ao 
Congresso Nacional até 31 de agosto do ano anterior. 
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a) É a incorreta. O Presidente da República poderá enviar mensagem ao 
Congresso Nacional para propor modificação nos projetos enquanto não 
iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
Cuidado: O Presidente da República envia mensagem (e não emenda) ao 
Congresso nacional propondo as modificações nas leis orçamentárias. Por sua 
vez, as alterações propostas pelos parlamentares ocorrem por meio de emendas. 
 
b) Correta. Segundo a Constituição Federal de 1988: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
 
De acordo com esse artigo, as leis do PPA, LDO e LOA são de iniciativa do 
Poder Executivo: Presidente, Governadores e Prefeitos. 
 
Na esfera federal, a Constituição Federal determina que a iniciativa das leis 
orçamentárias são de competência privativa do Presidente da República: 
 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de 
diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta 
Constituição. 
 
Importantes doutrinadores consideram tal competência exclusiva. Embora ela 
seja do titular do Executivo, seu chefe está obrigado a seguir ao prazo 
determinado sob pena de crime de responsabilidade. No entanto a Constituição é 
clara que ela é privativa. A dica é considerar esta competência como privativa, 
seguindo a CF/88. Só considere exclusiva se a questão trouxer expressamente 
algo como “segundo a doutrina” ou se você não encontrar a resposta nas outras 
alternativas. 
 
c) Correta. As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão 
ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes 
orçamentárias; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de 
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
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c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito 
Federal; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
 
d) Correta. Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, 
créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da 
República; 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e 
setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a 
fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do 
Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF. 
 
Quanto às emendas, serão apresentadas também na Comissão Mista que emitirá 
seu parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas casas do 
Congresso Nacional. 
Importante: Diferença entre sessão conjunta e sessão unicameral: quando 
ocorrem as sessões conjuntas do Congresso Nacional, havendo a fase de votação, 
a maioria deve ser alcançada tanto no âmbito dos Senadores quanto no âmbito 
dos Deputados Federais. A discussão é conjunta, mas, na hora da votação, 
procede-se como se houvesse votação simultânea na Câmara e no Senado. 
Na verdade a sessão é conjunta, porém é bicameral. 
Ao contrário, na sessão unicameral, considera-se o todo, independentemente do 
parlamentar ser Senador ou Deputado. Cada parlamentar tem direito a um voto e 
a apuração é feita considerando que há uma única votação. A votação unicameral 
aconteceu na revisão constitucional. 
 
e) Correta. O projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro 
meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de agosto) e devolvido 
para sanção até o encerramento da sessão legislativa 
 
Resposta: Letra A 
 
24) (ESAF – Auditor – TCE/GO - 2007) Sobre o orçamento anual, é correto 
afirmar que: 
a) o respectivo projeto de lei é de iniciativa privativa de cada um dos Poderes, 
relativamente ao seu próprio orçamento. 
b) no caso da União, as emendas ao respectivo projeto de lei somente podem ser 
aprovadas caso, ademais de compatíveis com o plano plurianual e com a lei de 
diretrizes orçamentárias, indiquem os recursos necessários, excluídos aqueles 
provenientes de anulação de despesa. 
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c) o respectivo projeto de lei poderá ser acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, 
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
creditícia. 
d) a sua respectiva lei não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa, incluindo-se nesta proibição a autorização para abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
e) ele compreenderá, entre outros, o orçamento fiscal referente aos três Poderes, 
seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
 
a) Errada. De acordo com a CF, as leis do PPA, LDO e LOA são de iniciativa

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