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Aula 04 AFRFB 2009 ECONOMIA E FINANÇAS

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Aula 4: O modelo IS-LM. O Equilíbrio no Mercado de Bens. A 
demanda por Moeda e o Equilíbrio no Mercado Monetário. O 
equilíbrio no modelo IS/LM. Políticas econômicas no Modelo 
IS/LM. Expectativas no modelo IS/LM. O Modelo IS/LM numa 
economia aberta. Política monetária e fiscal numa economia 
aberta. Política Cambial no Plano Real. Crescimento de longo 
prazo: o modelo de Solow. O papel da poupança, do crescimento 
populacional e das inovações tecnológicas sobre o crescimento. 
“A regra de ouro”. 
• INCLINAÇÃO – DECLIVIDADE DA CURVA IS 
Elasticidade I 
em relação aos 
juros 
Propensão 
marginal a 
consumir 
Multiplicador Inclinação 
CURVA IS 
Política Fiscal 
↓ ↓ ↓ Mais 
vertrical 
- Eficaz 
 ↑ ↑ ↑ Mais 
horizontal 
+ Eficaz 
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• CURVA LM E DEMANDA POR MOEDA 
Efeito da taxa 
de juros 
Demanda por 
encaixes reais 
Demanda 
real por 
títulos 
 ↑ ↓ ↑ 
 ↓ ↑ ↓ 
• CASOS ESPECIAIS: CASO KEYNESIANO E CASO CLÁSSICO 
CASO CLÁSSICO CASO KEYNESIANO 
 (ARMADILHA DA LIQUIDEZ) 
 
Demanda por moeda não depende 
da taxa de juros. 
Taxa de juros é tão baixa que o 
público prefere manter a moeda 
ofertada na forma de encaixes 
reais. 
LM vertical (perfeitamente 
inelástica). 
LM horizontal (perfeitamente 
elástica). 
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Política monetária apresenta efeito 
máximo sobre a renda. 
Política monetária impotente para 
afetar tanto a taxa de juros quanto 
o nível de renda. 
• Quadro-Resumo sobre os Trechos em que a curva IS corta a 
curva LM. 
Trecho IS-LM Política Fiscal Política Monetária 
Caso Keynesiano 
(armadilha da liquidez) 
EFICAZ INEFICAZ 
Caso Clássico INEFICAZ EFICAZ 
Ramo intermediário +/- EFICAZ +/- EFICAZ 
• Quadro-Resumo sobre o Modelo Mundell Fleming. 
Regime 
cambial/política macro 
Taxa de câmbio fixa Taxa de câmbio 
flutuante 
Política Monetária Operante 
Política Fiscal Operante 
• Modelo de Crescimento Exógeno: modelo de Solow 
A fonte de riqueza que Solow designou de “progresso tecnológico” 
representa qualquer coisa que permita à economia agregar à produção, 
sem necessariamente acrescentar mais mão-de-obra e capital. 
O modelo de crescimento de Solow mostra que a taxa de poupança é 
uma variável chave do estoque de capital no estado estacionário e, 
assim, do bem-estar econômico. O aumento da taxa de poupança 
conduzirá o crescimento a uma elevação até alcançar um novo estado 
estacionário, mas não tem efeito sobre a taxa de crescimento do 
produto no longo prazo. 
O estado estacionário que maximiza o consumo é aquele definido pela 
Regra de Ouro. 
Uma vez alcançado o progresso tecnológico, o modelo de Solow mostra 
que apenas ele pode explicar o contínuo crescimento dos padrões de 
vida. 
Percebam que o histórico da ESAF sobre questões de modelos IS_LM e 
Mundell Fleming não é muito recente e muito extenso, principalmente, 
em se tratando de provas da Receita Federal. Acho que esses temas: 
política monetária e política fiscal já são cobrados frequentemente, o 
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que inviabiliza a cobrança de mais questões na forma de modelos, 
gráficos. 
Já o tema modelo de Solow, que volta ao certame, quando constava no 
edital, era cobrado, como foi nos anos de 2002 e 2003. É um tema 
avulso, solto na matéria, mas que deve ser visto na forma das 
hipóteses, corolários e conclusões desse modelo de crescimento. 
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QUESTÕES PROPOSTAS: 
01-(ESAF-AFC-STN-2008) Considerando o modelo IS-LM sem os 
denominados casos clássicos e da armadilha da liquidez, é incorreto 
afirmar que: 
a) Um aumento das aquisições de bens de capital, por parte dos 
empresários, eleva a taxa de juros. 
b) uma política monetária expansionista reduz a taxa de juros de 
equilíbrio. 
c) o equilíbrio de curto prazo do modelo IS-LM não precisa ser o de 
pleno emprego. 
d) considerando uma função consumo linear do tipo C = C0 + cY, com 
0<c<1, um aumento de C0 reduz a taxa de juros. 
e) uma política fiscal contracionista reduz a taxa de juros. 
02- (TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) Sobre a 
política fiscal e sua análise gráfica através dos casos extremos 
conhecidos no modelo IS-LM como “armadilha da liquidez” e “caso 
clássico”, assinale a assertiva correta em consonância com a realidade 
das economias desenvolvidas: 
a) O mundo vive assolado pela crise financeira internacional e a taxa de 
juros (instrumento monetário) deve ser constantemente manejado de 
sorte a garantir a coerência da atuação dos policy makers. 
b) O caso conhecido como caso clássico em que a curva LM é 
perfeitamente vertical sinaliza que a política fiscal é inoperante e o 
mundo conclama hoje por esse contexto. 
c) O caso tido na literatura como “caso keynesiano” retrata, dadas as 
devidas proporções, a realidade mundial em que a taxa de juros é tão 
reduzida de sorte que a política monetária é ineficaz, valendo-se, para 
tanto, os instrumentos de cunho fiscal (aumento de gastos públicos e 
queda de impostos) para a reativação da economia e incremento da 
demanda agregada. 
d) Curva LM horizontal representa caso clássico e política fiscal mais 
eficiente que política monetária. 
e) Curva LM perfeitamente vertical identifica o caso clássico e 
representa independência das políticas fiscal e monetária. 
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03-(TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) “Os dois 
trimestres consecutivos de queda no PIB brasileiro foram um reflexo da 
crise econômica mundial, que se agravou a partir de setembro de 2008 
e levou vários países a entrar em recessão. A recessão é caracterizada 
por uma forte queda no crescimento de uma economia e é definida por 
um conjunto de indicadores. O termo "recessão técnica" é um jargão 
usado por economistas para definir um período de dois trimestres 
consecutivos de queda no PIB” (extraída de ig.com.br seção Economia, 
09/06/2009). Sobre o tema em pauta e a contabilidade nacional, não 
podemos destacar que: 
a) A queda no investimento foi particularmente violenta. As decisões de 
ampliar capacidade foram generalizadamente adiadas e investimentos 
em curso suspensos. Isso significa que a retomada em curso pode 
prosseguir numa boa até um certo limite. Depois de ocupar a 
capacidade instalada – que já vinha sob pressão quando a crise eclodiu, 
no início do quarto trimestre do ano passado – a marcha, que não está 
sendo rápida, pode ficar mais lenta ainda. 
b) Indústria e comércio exterior foram alguns dos setores da economia 
brasileira mais afetados pela crise. No primeiro caso, o destaque 
negativo foi para a indústria de bens de capital, que reflete a intenção 
de investir. 
c) O consumo das famílias foi o que evitou uma queda mais pronunciada 
do PIB brasileiro. Esse indicador responde por 60% do PIB e considera 
consumo de bens e de serviços, como educação e saúde, por exemplo. 
De acordo com o IBGE, as despesas de consumo das famílias tiveram 
crescimento de 0,7% no primeiro trimestre deste ano, na comparação 
com o quarto trimestre de 2008. O consumo do governo também se 
manteve em crescimento, apesar da crise. 
d) A recessão sinalizada na economia deve ser combatida através de 
ferramentas de manejo fiscal contracionista via queda dos gastos 
públicos e elevação da carga tributária.e) A situação demonstrada hoje em boa parte do mundo desenvolvido 
revela o caso da “armadilha da liquidez” em que a política fiscal deve ser 
incentivada via aumento de gastos públicos e corte de impostos, 
retratando a inoperância da taxa de juros para reativar a economia. 
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04- (FGV/ICMS-RJ/2008) Suponha que as seguintes equações 
descrevam o comportamento da economia no curto prazo: 
C = 0,8( 1- t)Y 
t = 0,25 
I = 900 – 50i 
G = 800 
L = 0,25Y – 62,5i 
M/P = 500 
Notação: C é o consumo agregado, t é a taxa de imposto sobre a renda, 
Y é a renda, I é o investimento privado, i é a taxa de juros, G é o gasto 
do governo, L representa a demanda por moeda e M/P é a oferta de 
moeda. Dessa forma, pode-se afirmar que a renda de equilíbrio nessa 
economia será: 
a) 1.500 
b) 2.000 
c) 2.500 
d) 3.000 
e) 3.500 
05-(CESPE/UNB-SEFAZ-ES-2008) A macroeconomia, que permite 
avaliar o desempenho da economia como um todo, centra-se na análise 
dos grandes agregados macroeconômicos. Com relação a esse assunto, 
julgue os itens subsequentes. 
a) Os sistemas de flutuação administrada da taxa de câmbio, utilizados 
atualmente em muitos países, combinam características do regime de 
taxas de câmbio flexíveis com intervenções esporádicas dos bancos 
centrais, no intuito de reduzir a volatilidade cambial. 
b) No longo prazo, aumentos dos déficits públicos elevam as taxas de 
juros e depreciam a moeda nacional, contribuindo, assim, para a 
expansão das exportações líquidas da economia nacional. 
c) A substancial queda da arrecadação observada atualmente no Brasil, 
por elevar o déficit público (ou reduzir o superávit), contribui para 
apreciar o real e reduzir as exportações líquidas sem porém, elevar as 
taxas de juros. 
d) Aumentos nos gastos públicos deslocam a curva IS para cima e para 
a direita. 
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06 – (ESAF/AFC-STN – 2005) No modelo IS/LM sem os denominados 
casos clássico e keynesiano, a demanda por moeda 
a) não varia com a renda e com a taxa de juros. 
b) não depende da renda. 
c) só depende da taxa de juros quando esta taxa produz reais 
negativos. 
d) é inversamente proporcional à renda. 
e) é inversamente proporcional à taxa de juros. 
07-(CESPE-UNB-ANATEL-2009) O entendimento dos agregados 
econômicos internacionais é de importância crescente às economias 
domésticas. Para isso, entre outros pontos, são necessários 
conhecimentos sobre comércio internacional, taxa de câmbio, sistema 
financeiro nacional e balanço de pagamentos, bem como de seus 
reflexos sobre as economias locais. Em relação a esses tópicos, julgue 
os itens que se seguem. 
a)A valorização das respectivas moedas nacionais é uma tendência dos 
países que elevam a sua taxa de juros interna em relação às taxas 
internacionais. 
b) O resultado líquido de transferências não-retribuídas, como a doação 
sem contrapartidas por parte de quem as recebe é centralizado no 
balanço de transações correntes. 
08-(CESPE/UNB-ANATEL-2009) A teoria econômica divide seus 
estudos sob os ângulos micro e macro. Em termos gerais, à 
microeconomia cabe a análise dos mercados nos quais as famílias e as 
empresas estão inseridas, via, entre outros meios, o entendimento da 
oferta e da demanda, dos mecanismos de formação de preços e das 
estruturas de mercado; à macroeconomia cabe o estudo dos agregados, 
e, para isso, entre outros temas, ela trabalha com o da inflação e das 
políticas fiscal e monetária, com a contabilidade social ou nacional, 
preocupando-se com a medição desses agregados. À luz do texto 
apresentado, julgue os itens a seguir, relativos à macroeconomia. 
a) Os primeiros registros de um sistema que fornecesse uma visão dos 
agregados macroeconômicos, o que hoje é chamado de contabilidade 
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social ou contabilidade nacional, realizados por Keynes, surgiram devido 
à grande depressão dos anos 30 do século passado nos Estados Unidos 
da América. 
b) No sistema de contas nacionais, há identidade entre o conceito de 
produto nacional líquido, a preços de mercado, e o de renda nacional. 
Ao se descontar desta os tributos diretos líquidos, obtém-se a renda 
pessoal disponível. 
c)Pode-se estudar o efeito da estagflação dentro do conceito de inflação 
de demanda. 
d) Em relação à curva LM, podem-se destacar três trechos, quais sejam, 
o clássico, o keynesiano e o intermediário. No clássico, a elasticidade da 
demanda de moeda em relação à taxa de juros é infinita, enquanto, no 
trecho keynesiano, essa elasticidade é igual a zero. 
09- No ramo da “armadilha de liquidez’’ da curva LM, um acréscimo de 
gastos induz um aumento da renda que é: 
a) Menor do que aquele dado pelo multiplicador keynesiano. 
b) Maior do que aquele dado pelo multiplicador keynesiano. 
c) Igual ao dado pelo multiplicador keynesiano. 
d) Igual ao supermultiplicador. 
e) Nenhum dos casos acima. 
10- A respeito do modelo Mundell Fleming e suas variações, interprete 
as evidências abaixo: 
a) Numa pequena economia aberta com livre mobilidade de capitais e 
taxa de câmbio flutuante, uma redução dos gastos do governo deve 
provocar uma redução do produto. 
b) Numa pequena economia aberta com livre mobilidade de capitais e 
taxa de câmbio fixa, uma redução dos gastos do governo deve provocar 
uma redução do produto. 
c) Com salários nominais rígidos, câmbio nominal fixo e perfeita 
mobilidade do capital, uma política fiscal expansionista não afetará a 
renda nacional. 
d) No caso de uma pequena economia aberta, a política fiscal não 
exerce impacto sobre a renda quando as taxas de câmbio são fixas. 
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11-(NCE/UFRJ-ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO-ANAC-
ECONOMISTA – 2007) A respeito do modelo Mundell-Fleming para 
uma economia pequena, com perfeita mobilidade de capitais, não é 
correto afirmar que: 
a) a adoção do regime de câmbio fixo elimina a possibilidade de o 
governo influenciar o nível de renda de equilíbrio através da política 
monetária. 
b) a adoção de regime de câmbio flexível fará com que a política fiscal 
tenha efeitos apenas na composição da demanda e não sobre o nível de 
renda de equilíbrio. 
c) em regime de câmbio flexível, uma política monetária expansionista 
irá gerar uma melhora na balança comercial e um aumento no nível de 
renda de equilíbrio. 
d) em regime de câmbio flexível, uma política monetária contracionista 
irá gerar uma redução na taxa de juros doméstica. 
e) em regime de câmbio flexível, a expansão da oferta monetária irá 
gerar uma depreciação da moeda doméstica. 
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12-(CESGRANRIO/BNDES/2008) O gráfico abaixo mostra as curvas 
IS e LM numa certa economia. 
Maiores gastos públicos financiados por novas emissões monetárias 
a) expandiram a produção e a renda acima de Y0. 
b) reduziriam necessariamente a taxa de juros para baixo de i0. 
c) reduziriam as importações. 
d) deslocariam a IS e a LM para posições tais como AB e CD. 
e) provocariam, necessariamente, aumento dos preços. 
13-(FCC-MPU/2007) Se a função LM for infinitamente elástica em 
relação à taxa de juros e a economia apresentar taxa de desemprego 
acima da taxa natural, uma medida de política econômica recomendada 
para aumentar a renda de equilíbrio é: 
a) aumento da oferta monetária. 
b) redução da taxa de juros da economia. 
c) valorização da taxa de câmbio. 
d) redução da tributação. 
e) diminuição dos gastos do governo. 
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14- Suponha que dois países difiram somente no que diz respeito à 
magnitude das suas propensões marginais a consumir. No país A, a 
propensão marginal a consumir é alta e no país B, a propensão marginal 
a consumir é pequena. Assumindo que as funções de demanda e oferta 
de moeda são iguais em ambos os países, é falso que 
a) a curva IS é mais inclinada no país A do que no país B 
b) o formato da curva LM não é afetado pela propensão marginal a 
consumir 
c) supondo que a política monetária seja capaz de alterar o nível do 
produto nos dois países, ela será mais eficaz para alterar o produto no 
país A. 
d) intuitivamente, quando a taxa de juros cai, o investimento aumenta e 
o produto cresce via o efeito direto do investimento e efeitos 
multiplicadores sobre o consumo. 
e) se os dois países estiverem na “armadilha da liquidez”, a política 
monetária será igualmente ineficaz para aumentar o nível do produto 
nos dois países. 
15 – ( CESGRANRIO/UFRJ-Economista/PETROBRAS – 2005) A 
demanda especulativa de moeda se relaciona negativamente com a taxa 
de juros porque: 
a) quanto mais alta a taxa de juros, maior é a perda de capital potencial 
esperada dos títulos. 
b) quanto mais elevada a taxa de juros, maior é o custo de 
oportunidade do investimento em moeda. 
c) quanto mais elevada a taxa de juros, maior é o custo de oportunidade 
do investimento em títulos. 
d) quanto mais baixa a taxa de juros, maior é a perda de capital 
potencial da moeda. 
e) quanto mais baixa a taxa de juros, maior é o incentivo para se 
investir em títulos. 
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16 – (ESAF/AFC-STN – 2005) No modelo IS/LM sem os denominados 
casos clássico e keynesiano, a demanda por moeda 
a) não varia com a renda e com a taxa de juros. 
b) não depende da renda. 
c) só depende da taxa de juros quando esta taxa produz reais 
negativos. 
d) é inversamente proporcional à renda. 
e) é inversamente proporcional à taxa de juros. 
17-( CESGRANRIO/Economista-Petrobras-2005) Os fatores que 
determinam a eficácia da política fiscal no modelo IS-LM são a(o): 
a) potência da política monetária e o tamanho do multiplicador dos 
gastos autônomos. 
b) elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de câmbio e a 
elasticidade do investimento em relação à taxa de juros. 
c) tamanho do gasto público e o tamanho do multiplicador. 
d) multiplicador dos gastos autônomos e o tamanho da armadilha da 
liquidez. 
e) multiplicador dos gastos autônomos, a elasticidade do investimento 
em relação à taxa de juros e a elasticidade da demanda de moeda em 
relação à taxa de juros. 
18- (FCC/Analista/BC – 2006) No modelo de Mundell-Fleming para 
uma pequena economia aberta com perfeita mobilidade de capitais e 
taxas de câmbio flexíveis, onde se observa a existência de desemprego 
no curto prazo, uma política de expansão da oferta de moeda praticada 
pelo Banco Central terá como uma de suas conseqüências: 
a) a permanência da taxa de desemprego nos mesmos níveis anteriores. 
b) a diminuição do produto real. 
c) a valorização da taxa de câmbio. 
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d) o aumento da entrada líquida de capitais externos. 
e) o aumento das exportações líquidas. 
19-(NCE/UFRJ – Analista FINEP/MCT – 2006) Numa pequena 
economia aberta com taxas de câmbio fixas, um aumento da oferta 
monetária tenderia a: 
a) produzir inflação e recessão. 
b) reduzir a renda através do aumento da taxa de juros. 
c) manter inalterado o nível da renda e as exportações. 
d) aumentar a renda através de seu impacto sobre a taxa de juros e, 
daí, sobre as exportações líquidas. 
e) variar a renda através de seu impacto sobre a taxa de juros e sobre o 
consumo, mas deixar constante o volume de exportações líquidas. 
20- (NCE/UFRJ – BNDES-Economista – 2005) Analise as 
proposições a seguir sobre o modelo IS-LM: 
I – Considerando uma economia aberta pequena, com perfeita 
mobilidade de capital e taxa de câmbio flexível, uma expansão 
monetária irá elevar o nível do produto de equilíbrio e aumentar o saldo 
da conta corrente através de uma depreciação induzida. 
II – Considerando uma economia aberta pequena, com perfeita 
mobilidade de capital e taxa de câmbio fixa, se o atual nível de produto 
de equilíbrio está abaixo do pleno emprego, o governo terá como uma 
de suas opções para elevá-lo a expansão da oferta monetária. 
III – No caso “clássico”, uma política fiscal não terá efeito sobre o nível 
de renda e a demanda por moeda não depende da taxa de juros. 
Assinale a alternativa correta: 
a) apenas as proposições I e II estão corretas. 
b) apenas as proposições I e III estão corretas. 
c) apenas as proposições II e III estão corretas. 
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d) todas as proposições estão corretas. 
e) nenhuma das proposições está correta. 
21 - (ESAF/AFC-STN – 2005) Considere um modelo de regime de 
câmbio flutuante com livre mobilidade de capitais. Pode ser considerado 
como fator que tende a provocar uma desvalorização da moeda 
nacional: 
a) política fiscal expansionista. 
b) elevação dos juros externos. 
c) política monetária contracionista. 
d) elevação da taxa básica de juros interna. 
e) elevação dos recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais. 
22 – (NCE/UFRJ – Agência Estadual de Regulação dos Serviços 
Públicos – MT-2005) Em economias abertas, dadas as taxas de 
câmbio esperada e a taxa de juros internacional: 
a) um aumento da taxa de juros doméstica provoca uma apreciação 
cambial. 
b) uma diminuição da taxa de juros doméstica provoca uma apreciação 
cambial. 
c) um aumento da taxa de juros doméstica mantém inalterada a taxa de 
câmbio. 
d) uma diminuição da taxa de juros doméstica mantém inalterada a taxa 
de câmbio. 
e) um aumento da taxa de juros doméstica provoca uma depreciação 
cambial. 
23 - (FCC – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados 
do Ceará – Economista – 2005) Em uma economia aberta com 
perfeita mobilidade de capitais do exterior, há ocorrência de 
desemprego voluntário no curto prazo. A política econômica adequada 
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para reduzir a taxa de desemprego, se a economia adotar o regime de 
taxas de câmbio fixas, é uma política 
a) fiscal expansiva. 
b) fiscal restritiva. 
c) monetária expansiva. 
d) de valorização do câmbio real. 
e) monetária restritiva. 
24 – (NCE/UFRJ – BNDES-Economista – 2005) Sobre o Modelo de 
Crescimento de Solow, é correto afirmar que: 
a) sem a presença de progresso técnico, uma redução da propensão a 
poupar levará necessariamente a um aumento do consumo por 
trabalhador. 
b) sem a presença de progresso técnico, quanto maior a propensão a 
poupar, maior será a taxa de crescimento do produto por trabalhador no 
longo prazo. 
c) sem a presença de progresso técnico, no longo prazo, a relação 
produto/capital crescerá à medida que se eleva a taxa de crescimento 
da força de trabalho 
d) sem a presença de progresso técnico, o nível ótimo de capital por 
trabalhador estabelecido pela “Regra de Ouro” é aquele que maximiza a 
taxa de crescimento do produto por trabalhador no longo prazo. 
e) na presença de progresso técnico, no estado estacionário, a taxa de 
crescimento do produto por trabalhador será igual à taxa de crescimento 
da eficiência do trabalho. 
25 – (ESAF/AFRF – 2002) Com base no Modelo de Crescimento de 
Solow, é incorreto afirmar que: 
a) mudanças na taxa de poupança resultam em mudanças no equilíbrio 
no estado estacionário. 
b) quanto maior a taxade poupança, maior o bem-estar da sociedade. 
c) um aumento na taxa de crescimento populacional resulta num novo 
estado estacionário em que o nível de capital por trabalhador é inferior 
em relação à situação inicial. 
d) no estado estacionário, o nível de consumo por trabalhador é 
constante. 
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e) no estado estacionário, o nível de produto por trabalhador é 
constante. 
26 –(ESAF/AFRF – 2003) Com relação ao modelo de crescimento de 
Solow, é correto afirmar que, no equilíbrio de longo prazo: 
a) quanto maior for a taxa de depreciação, maior será o estoque de 
capital por trabalhador. 
b) a taxa de crescimento do produto por trabalhador é igual à taxa de 
depreciação. 
c) quanto maior for a taxa de poupança, maior será o consumo por 
trabalhador. 
d) quanto maior for a taxa de crescimento populacional, maior será o 
estoque de capital por trabalhador. 
e) quanto maior a taxa de poupança, maior será o estoque de capital 
por trabalhador. 
27 – (ESAF/AFRF – 2002. II) Considere os seguintes dados para o 
modelo de crescimento de Solow: k = estoque de capital por 
trabalhador; Δ= taxa de depreciação; y = produto por trabalhador; s = 
taxa de poupança. Sabendo-se que y = (k)0,5 , Δ = 0,1 e s = 0,4, os 
níveis de k e y no estado estacionário serão, respectivamente: 
a) 16 e 4 b) 16 e 8 c) 4 e 16 d) 4 e 8 e) 4 e 12 
28 – (NCE/UFRJ – BNDES-Economista – 2005) Sobre o Modelo de 
Crescimento de Solow, é correto afirmar que: 
a) sem a presença de progresso técnico, uma redução da propensão a 
poupar levará necessariamente a um aumento do consumo por 
trabalhador. 
b) sem a presença de progresso técnico, quanto maior a propensão a 
poupar, maior será a taxa de crescimento do produto por trabalhador no 
longo prazo. 
c) sem a presença de progresso técnico, no longo prazo, a relação 
produto/capital crescerá à medida que se eleva a taxa de crescimento 
da força de trabalho 
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d) sem a presença de progresso técnico, o nível ótimo de capital por 
trabalhador estabelecido pela “Regra de Ouro” é aquele que maximiza a 
taxa de crescimento do produto por trabalhador no longo prazo. 
e) na presença de progresso técnico, no estado estacionário, a taxa de 
crescimento do produto por trabalhador será igual à taxa de crescimento 
da eficiência do trabalho. 
GABARITO: 
01-D 02-C 03-D 04-E 05-VFFV 06-E 07-VV 08-FFFF 09-C 
10-FVFF 11-D 12-A 13-D 14-A 15-B 16-E 17-E 18-E 
19-C 20-B 21-B 22-A 23-A 24-E 25-B 26-E 27-A 28-E 
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01- 
QUESTÕES COMENTADAS: 
01-(ESAF-AFC-STN-2008) Considerando o modelo IS-LM sem os 
denominados casos clássicos e da armadilha da liquidez, é incorreto 
afirmar que: 
a) Um aumento das aquisições de bens de capital, por parte dos 
empresários, eleva a taxa de juros. 
b) uma política monetária expansionista reduz a taxa de juros de 
equilíbrio. 
c) o equilíbrio de curto prazo do modelo IS-LM não precisa ser o de 
pleno emprego. 
d) considerando uma função consumo linear do tipo C = C0 + cY, com 
0<c<1, um aumento de C0 reduz a taxa de juros. 
e) uma política fiscal contracionista reduz a taxa de juros. 
Comentários: 
A assertiva A está correta e a assertiva D está incorreta porque 
um aumento das aquisições de bens de capital (formação bruta de 
capital fixo e variação de estoques) sinaliza que o fluxo de recursos 
ofertados, que é limitado, tem sua demanda extremamente fortalecida, 
o que leva ao aumento do preço do capital (taxa de juros), para 
selecionar os melhores projetos industriais privados e públicos. Dito de 
outra forma, uma política fiscal expansionista leva invariavelmente ao 
aumento da taxa de juros, tudo o mais constante. 
Assim, ampliação nos gastos do governo (política fiscal expansionista) 
desloca a curva IS para a direita, o que aquece a economia, 
incrementando a demanda agregada. A taxa de juros também se eleva 
em função da maior demanda por transações e oferta de moeda 
constante, o que sinaliza escassez. 
Da mesma forma, as considerações aqui observadas para a função 
investimento valem para a função consumo, ou seja, aumento dos 
gastos autônomos provocam elevação dos juros. 
A assertiva B está correta porque a execução de uma política 
monetária expansionista, ao incrementar a oferta de meios de 
pagamentos da economia, provoca a redução dos juros (preço da 
moeda), visto que as disponibilidades (oferta) de crédito e moeda são 
maiores. Lembrando que os instrumentos à disposição do BACEN para a 
execução da política monetária são: redução dos recolhimentos 
compulsórios, redução da taxa de redesconto e operação de resgate ou 
recompra de títulos públicos. 
A assertiva C está correta porque o modelo de demanda agregada 
chamado modelo IS-LM é uma interpretação relevante da teoria 
Keynesiana. Pressupõe o nível de preços como sendo exógeno e mostra 
o que determina a renda nacional. Pode-se vê-lo mostrando o que leva a 
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renda a mudar no curto prazo, quando o nível de preços é determinado. 
Mas também pode ser encarado como o que provoca o deslocamento da 
curva da demanda agregada. Em suma, reside em uma forma útil de 
avaliar os efeitos das políticas macroeconômicas sobre a demanda 
agregada. O modelo serve como delineador das interações entre estes 
mercados, que determinam a demanda agregada, mas não o equilíbrio 
da economia, pois IS e LM são calculadas para um certo nível de preços. 
A assertiva E está correta porque a redução nos gastos 
governamentais e/ou incremento nos impostos (política fiscal 
contracionista) desloca a IS para a esquerda, o que combate a inflação, 
desaquecendo a economia, provocando contração de investimentos 
privados e desaceleração da atividade econômica, além da queda dos 
juros. 
Gabarito: D 
02- (TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) Sobre a 
política fiscal e sua análise gráfica através dos casos extremos 
conhecidos no modelo IS-LM como “armadilha da liquidez” e “caso 
clássico”, assinale a assertiva correta em consonância com a realidade 
das economias desenvolvidas: 
a) O mundo vive assolado pela crise financeira internacional e a taxa de 
juros (instrumento monetário) deve ser constantemente manejado de 
sorte a garantir a coerência da atuação dos policy makers. 
b) O caso conhecido como caso clássico em que a curva LM é 
perfeitamente vertical sinaliza que a política fiscal é inoperante e o 
mundo conclama hoje por esse contexto. 
c) O caso tido na literatura como “caso keynesiano” retrata, dadas as 
devidas proporções, a realidade mundial em que a taxa de juros é tão 
reduzida de sorte que a política monetária é ineficaz, valendo-se, para 
tanto, os instrumentos de cunho fiscal (aumento de gastos públicos e 
queda de impostos) para a reativação da economia e incremento da 
demanda agregada. 
d) Curva LM horizontal representa caso clássico e política fiscal mais 
eficiente que política monetária. 
e) Curva LM perfeitamente vertical identifica o caso clássico e 
representa independência das políticas fiscal e monetária. 
Comentários: 
A assertiva A está incorreta e a assertiva C está correta porque o 
mundo passa por uma de suas piores crises no biênio 2008/2009 e 
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percebe-se que a política monetária é impotente para reativar a 
economia, dada que a taxa de juros das economias desenvolvidas já 
está em um patamar suficientemente baixo. É o típico casokeynesiano 
em que apenas a política fiscal é eficiente (aumento de gastos públicos e 
corte de impostos). 
A assertiva B está incorreta porque, embora o caso clássico 
represente uma curva LM vertical, demonstrando a ineficácia da política 
fiscal, o mundo assolado pela crise financeira e econômica conclama por 
política fiscal, colidindo com o pensamento monetarista ou clássico. 
A assertiva D está incorreta porque a curva LM horizontal denota o 
caso keynesiano ou armadilha da liquidez em que a política fiscal é a 
única ferramenta para reativar a economia e eliminar o quadro de 
recessão e estagnação. 
A assertiva E está incorreta porque a curva LM perfeitamente vertical 
identifica o caso clássico e representa a importância e eficácia da política 
monetária e a total ineficácia da política fiscal. Os instrumentos fiscais 
apenas perturbam a taxa de juros, não produzindo efeitos sobre a renda 
e o produto nacionais. 
Gabarito: C 
03-(TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) “Os dois 
trimestres consecutivos de queda no PIB brasileiro foram um reflexo da 
crise econômica mundial, que se agravou a partir de setembro de 2008 
e levou vários países a entrar em recessão. A recessão é caracterizada 
por uma forte queda no crescimento de uma economia e é definida por 
um conjunto de indicadores. O termo "recessão técnica" é um jargão 
usado por economistas para definir um período de dois trimestres 
consecutivos de queda no PIB” (extraída de ig.com.br seção Economia, 
09/06/2009). Sobre o tema em pauta e a contabilidade nacional, não 
podemos destacar que: 
a) A queda no investimento foi particularmente violenta. As decisões de 
ampliar capacidade foram generalizadamente adiadas e investimentos 
em curso suspensos. Isso significa que a retomada em curso pode 
prosseguir numa boa até um certo limite. Depois de ocupar a 
capacidade instalada – que já vinha sob pressão quando a crise eclodiu, 
no início do quarto trimestre do ano passado – a marcha, que não está 
sendo rápida, pode ficar mais lenta ainda. 
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b) Indústria e comércio exterior foram alguns dos setores da economia 
brasileira mais afetados pela crise. No primeiro caso, o destaque 
negativo foi para a indústria de bens de capital, que reflete a intenção 
de investir. 
c) O consumo das famílias foi o que evitou uma queda mais pronunciada 
do PIB brasileiro. Esse indicador responde por 60% do PIB e considera 
consumo de bens e de serviços, como educação e saúde, por exemplo. 
De acordo com o IBGE, as despesas de consumo das famílias tiveram 
crescimento de 0,7% no primeiro trimestre deste ano, na comparação 
com o quarto trimestre de 2008. O consumo do governo também se 
manteve em crescimento, apesar da crise. 
d) A recessão sinalizada na economia deve ser combatida através de 
ferramentas de manejo fiscal contracionista via queda dos gastos 
públicos e elevação da carga tributária. 
e) A situação demonstrada hoje em boa parte do mundo desenvolvido 
revela o caso da “armadilha da liquidez” em que a política fiscal deve ser 
incentivada via aumento de gastos públicos e corte de impostos, 
retratando a inoperância da taxa de juros para reativar a economia. 
Comentários: 
As assertivas A, B e C estão corretas porque são indicadores de 
contas nacionais mais recentes que demonstraram os efeitos da crise 
financeira internacional nas variáveis domésticas de consumo (C), 
investimento (I) e gastos do governo (G), em maior ou menor escala, 
todas foram impactadas. 
A assertiva D está incorreta e a assertiva E está correta porque a 
recessão sinalizada na economia deve ser combatida via manejo fiscal 
expansionista com aumento dos gastos públicos (despesas correntes e 
de capital) além da queda da carga tributária ou desoneração fiscal. 
Gabarito: D 
04- (FGV/ICMS-RJ/2008) Suponha que as seguintes equações 
descrevam o comportamento da economia no curto prazo: 
C = 0,8( 1- t)Y 
t = 0,25 
I = 900 – 50i 
G = 800 
L = 0,25Y – 62,5i 
M/P = 500 
Notação: C é o consumo agregado, t é a taxa de imposto sobre a renda, 
Y é a renda, I é o investimento privado, i é a taxa de juros, G é o gasto 
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do governo, L representa a demanda por moeda e M/P é a oferta de 
moeda. Dessa forma, pode-se afirmar que a renda de equilíbrio nessa 
economia será: 
a) 1.500 
b) 2.000 
c) 2.500 
d) 3.000 
e) 3.500 
Comentários: 
A renda de equilíbrio (Yo) da economia pode ser encontrada através da 
coincidência de interesses das curvas LM e IS, ou melhor, no ponto de 
intersecção das curvas representativas do mercado de bens e serviços 
(mercado real) via curva IS com o mercado de moedas via curva LM. 
Sobre a curva IS, temos a seguinte equação: 
Y = C + I + G 
Y = 0,8(1 –t)Y + 900 – 50i + 800 
Y = 0,8(1 – 0,25)Y + 1700 – 50i 
Y = 0,8.0,75Y + 1700 – 50i 
Y= 0,6Y + 1700 – 50i 
Y – 0,6Y = 1700 – 50i 
0,4Y = 1700 – 50i 
Y = 1700 – 50i (1) 
 0,4 
Sobre a curva LM, vale mencionar: 
A demanda por moeda (L) deve ser equivalente à oferta de moeda 
(M/P): 
0,25Y – 62,5i = 500 
0,25Y = 500 + 62,5i 
Y = 500 + 62,5i (2) 
 0,25 
Daí vem: (1) = (2): 
1700 – 50i = 500 + 62,5i (2) 
 0,4 0,25 
(1700 – 50i)x0,25 = (500 + 62,5i)x0,4 
425 – 12,5i = 200 + 25i 
225 = 37,5i 
i = 6 
Substituindo i = 6 em (1), vem: 
(1) Y = 1700 – 50.6 = 1400 = 3.500 
 0,4 0,4 
Logo, Y (renda de equilíbrio) é igual a 3.500. 
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Gabarito:E 
05-(CESPE/UNB-SEFAZ-ES-2008) A macroeconomia, que permite 
avaliar o desempenho da economia como um todo, centra-se na análise 
dos grandes agregados macroeconômicos. Com relação a esse assunto, 
julgue os itens subsequentes. 
a) Os sistemas de flutuação administrada da taxa de câmbio, utilizados 
atualmente em muitos países, combinam características do regime de 
taxas de câmbio flexíveis com intervenções esporádicas dos bancos 
centrais, no intuito de reduzir a volatilidade cambial. 
b) No longo prazo, aumentos dos déficits públicos elevam as taxas de 
juros e depreciam a moeda nacional, contribuindo, assim, para a 
expansão das exportações líquidas da economia nacional. 
c) A substancial queda da arrecadação observada atualmente no Brasil, 
por elevar o déficit público (ou reduzir o superávit), contribui para 
apreciar o real e reduzir as exportações líquidas sem porém, elevar as 
taxas de juros. 
d) Aumentos nos gastos públicos deslocam a curva IS para cima e para 
a direita. 
Comentários: 
A assertiva A está correta porque flutuação suja ou administrada ou 
“dirty floating” é o regime cambial em que o mercado determina a 
cotação cambial (forças da oferta e demanda por moeda estrangeira), 
que é a característica principal do câmbio flexível ou flutuante, mas o 
Banco Central faz uma espécie de vigilante da paridade cambial ou 
mercado cambial, fazendo incursões esporádicas para evitar uma 
valorização ou desvalorização excessiva da moeda. 
A assertiva B está incorreta porque aumento do déficit público tem 
sua motivação no maior quantitativo de gastos públicos (despesas 
correntes e/ou de capitais), o que representa medida de política fiscal 
expansionista, acarretando nova etapa de aumento dos juros básicos da 
economia nacional. Com uma taxa mais atraente de rendimentos, ocorre 
um processo de atração de capitais para a economia nacional, 
aumentando a demanda por moeda doméstica frente à estrangeira, 
valorizando a moeda tupiniquim frente ao dólar norte-americano. 
Apreciação ou valorização cambial provoca aumento das importações 
líquidas (mais importações e menos exportações), aumentado o déficit 
da balança comercial. 
A assertiva C está incorreta porquea queda da carga tributária 
(redução do apetite dos impostos, desoneração fiscal) reduz o superávit 
fiscal, se existir ou eleva o déficit público, se houver. Dessa forma, a 
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política fiscal expansionista de queda de impostos aumenta a renda 
disponível da coletividade, elevando também o preço do capital ou taxa 
de juros interna. A moeda nacional se vê valorizada em função da maior 
procura por reais no front externo, o que sinaliza maiores importações 
líquidas ou menores exportações líquidas, afetando a balança comercial 
negativamente. 
A assertiva D está correta porque aumento dos gastos públicos (mais 
gastos correntes ou investimentos públicos) representam política fiscal 
expansionista, que é retratada graficamente através do deslocamento 
da curva IS para cima e para a direita. 
r 
 LM 
 IS” 
 IS’ 
 
 Y 
Gabarito: VFFV 
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06 – (ESAF/AFC-STN – 2005) No modelo IS/LM sem os denominados 
casos clássico e keynesiano, a demanda por moeda 
a) não varia com a renda e com a taxa de juros. 
b) não depende da renda. 
c) só depende da taxa de juros quando esta taxa produz reais 
negativos. 
d) é inversamente proporcional à renda. 
e) é inversamente proporcional à taxa de juros. 
Comentários: 
Questão rigorosamente fácil, o que é muito perigoso. O candidato pode 
julgar que há alguma “pegadinha” na questão. Calma, nem sempre isso 
acontece. Em um certame, é desejável que estejamos preparados 
também para questões fáceis. 
A demanda por moeda é diretamente proporcional à renda e 
inversamente proporcional à taxa de juros, sem os casos específicos 
clássico e keynesiano. Ou seja, no equilíbrio monetário, L = Ky – hi. 
Gabarito: E 
07-(CESPE-UNB-ANATEL-2009) O entendimento dos agregados 
econômicos internacionais é de importância crescente às economias 
domésticas. Para isso, entre outros pontos, são necessários 
conhecimentos sobre comércio internacional, taxa de câmbio, sistema 
financeiro nacional e balanço de pagamentos, bem como de seus 
reflexos sobre as economias locais. Em relação a esses tópicos, julgue 
os itens que se seguem. 
a)A valorização das respectivas moedas nacionais é uma tendência dos 
países que elevam a sua taxa de juros interna em relação às taxas 
internacionais. 
b) O resultado líquido de transferências não-retribuídas, como a doação 
sem contrapartidas por parte de quem as recebe é centralizado no 
balanço de transações correntes. 
Comentários: 
A assertiva A está correta porque o aumento das taxas de juros 
domésticas frente às taxas de juros dos mercados financeiros 
internacionais provoca um processo de atração de capitais, aumentando 
a demanda pela moeda nacional, o que impele a valorização da moeda 
nacional frente à moeda internacional, aumentando as importações 
líquidas. 
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A assertiva B está correta porque o resultado líquido de 
transferências não-retribuídas (transferências unilaterais), como a 
doação sem contrapartidas por parte de quem as recebe é centralizado 
no balanço de transações correntes na conta de transferências 
unilaterais. O saldo do balanço de pagamentos em conta corrente é 
formado pela balança comercial, balança de serviços e transferências 
unilaterais (TC = BC + BS + TU). 
Gabarito: VV 
08-(CESPE/UNB-ANATEL-2009) A teoria econômica divide seus 
estudos sob os ângulos micro e macro. Em termos gerais, à 
microeconomia cabe a análise dos mercados nos quais as famílias e as 
empresas estão inseridas, via, entre outros meios, o entendimento da 
oferta e da demanda, dos mecanismos de formação de preços e das 
estruturas de mercado; à macroeconomia cabe o estudo dos agregados, 
e, para isso, entre outros temas, ela trabalha com o da inflação e das 
políticas fiscal e monetária, com a contabilidade social ou nacional, 
preocupando-se com a medição desses agregados. À luz do texto 
apresentado, julgue os itens a seguir, relativos à macroeconomia. 
a) Os primeiros registros de um sistema que fornecesse uma visão dos 
agregados macroeconômicos, o que hoje é chamado de contabilidade 
social ou contabilidade nacional, realizados por Keynes, surgiram devido 
à grande depressão dos anos 30 do século passado nos Estados Unidos 
da América. 
b) No sistema de contas nacionais, há identidade entre o conceito de 
produto nacional líquido, a preços de mercado, e o de renda nacional. 
Ao se descontar desta os tributos diretos líquidos, obtém-se a renda 
pessoal disponível. 
c)Pode-se estudar o efeito da estagflação dentro do conceito de inflação 
de demanda. 
d) Em relação à curva LM, podem-se destacar três trechos, quais sejam, 
o clássico, o keynesiano e o intermediário. No clássico, a elasticidade da 
demanda de moeda em relação à taxa de juros é infinita, enquanto, no 
trecho keynesiano, essa elasticidade é igual a zero. 
Comentários: 
A assertiva A está incorreta porque Keynes surgiu com a corrente 
fiscalista que propunha o resgate do Estado, da intervenção estatal para 
aquecer a demanda agregada, o ritmo da economia. Surgiu na época da 
grande depressão dos anos 30 com a crise da bolsa de valores. 
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A assertiva B está incorreta porque no sistema de contas nacionais, 
há identidade entre o conceito de produto nacional líquido, a custo de 
fatores, e o de renda nacional. Ao se descontar desta os tributos diretos 
e indiretos líquidos (carga de impostos menos subsídios), obtém-se a 
renda pessoal disponível. 
A assertiva C está incorreta porque se pode estudar o efeito da 
estagflação dentro do conceito de inflação inercial através da curva de 
Phillips ampliada, com expectativas ou curva de Phillips de longo prazo. 
Surge a estagflação em que se vislumbra a estagnação (recessão e 
desemprego) combinada com o elevado desemprego. De certa forma, a 
inflação inercial apregoa que a memória inflacionária faz com que a 
inflação do passado se propague para a inflação presente que é 
automaticamente repassada para a inflação futura. 
A assertiva D está incorreta porque no caso clássico ou monetarista, 
a curva LM é vertical ou perfeitamente inelástica em que a demanda por 
moeda não depende da taxa de juros e a política monetária apresenta 
efeito máximo sobre a renda. 
Já o trecho keynesiano ou armadilha da liquidez apresenta uma curva 
LM horizontal ou perfeitamente elástica em que a taxa de juros é tão 
baixa que o público prefere manter a oferta de moeda ofertada na forma 
de encaixes reais. A política monetária é impotente para afetar tanto a 
taxa de juros quanto o nível de renda. 
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Gabarito: FFFF 
09- No ramo da “armadilha de liquidez’’ da curva LM, um acréscimo de 
gastos induz um aumento da renda que é: 
a) Menor do que aquele dado pelo multiplicador keynesiano. 
b) Maior do que aquele dado pelo multiplicador keynesiano. 
c) Igual ao dado pelo multiplicador keynesiano. 
d) Igual ao supermultiplicador. 
e) Nenhum dos casos acima. 
Comentários: 
No ramo da “armadilha da liquidez”, o aumento dos gastos do governo 
não afeta a taxa de juros e, portanto, não reduz os investimentos do 
setor privado (não ocorre crowding-out). Assim, o efeito do aumento 
dos gastos do governo não sofre nenhum “desconto”, sendo completo e 
igual ao multiplicador keynesiano. 
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30 
www.pontodosconcursos.com.brGabarito: C 
10- A respeito do modelo Mundell Fleming e suas variações, interprete 
as evidências abaixo: 
a) Numa pequena economia aberta com livre mobilidade de capitais e 
taxa de câmbio flutuante, uma redução dos gastos do governo deve 
provocar uma redução do produto. 
b) Numa pequena economia aberta com livre mobilidade de capitais e 
taxa de câmbio fixa, uma redução dos gastos do governo deve provocar 
uma redução do produto. 
c) Com salários nominais rígidos, câmbio nominal fixo e perfeita 
mobilidade do capital, uma política fiscal expansionista não afetará a 
renda nacional. 
d) No caso de uma pequena economia aberta, a política fiscal não 
exerce impacto sobre a renda quando as taxas de câmbio são fixas. 
Comentários: 
A assertiva A está incorreta porque a retração fiscal diminui a taxa 
de juros e a renda na economia fechada, como visto no modelo IS-LM. 
Na pequena economia aberta com taxa de câmbio flutuante, a contração 
fiscal deixa a renda inalterada. O motivo da diferença reside na pressão 
de redução dos juros expulsando capital externo. O capital que flui para 
o exterior aumenta a demanda por moeda estrangeira no mercado de 
câmbio (depreciação do real) aumentando as exportações e freando as 
importações (elevação nas exportações líquidas). 
Notem que enquanto a taxa interna de juros estiver abaixo da taxa 
internacional, a saída de capitais vai continuar a depreciar a moeda 
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doméstica. O equilíbrio final é atingido quando a taxa de juros volta ao 
nível internacional e a demanda agregada sobe. O freio monetário tem 
um efeito redutor sobre a demanda agregada e, portanto, sobre a 
produção. A curva IS volta para a posição inicial e a demanda agregada 
permanece inalterada. 
Essencialmente, os efeitos contracionistas da política fiscal são anulados 
pelos impactos expansionistas da depreciação da moeda. Anula-se 
assim o suposto efeito da contração na demanda interna por bens e 
serviços, de modo que a renda de equilíbrio permanece constante. 
A assertiva B está correta porque toda redução dos gastos públicos 
promove uma queda na taxa de juros doméstica, ocasionando saída de 
capitais, o que reflete numa maior demanda por moeda estrangeira via 
maior interesse por títulos externos. A moeda nacional preterida pela 
moeda estrangeira acarreta, invariavelmente, uma desvalorização da 
moeda nacional. 
Como o câmbio é fixo, a autoridade monetária vende suas reservas, o 
que reduz a base monetária de sorte a atender a crescente demanda 
por moeda estrangeira. A contração da base monetária de modo a evitar 
a desvalorização da moeda doméstica é conhecida como acomodação 
monetária do Banco Central. 
A assertiva C está incorreta porque com câmbio fixo, uma expansão 
fiscal incrementa o produto e a renda, o que eleva a taxa de juros. Com 
uma taxa de juros doméstica mais interessante que a observada no 
mercado internacional, ocorre uma atração de capitais externos para a 
economia nacional. O BC adquire esses capitais de sorte a evitar a 
valorização da moeda doméstica. 
Como os salários são rígidos, ocorrendo, portanto, desemprego, o efeito 
final da expansão fiscal sinaliza aumento do emprego e do produto no 
curto prazo. 
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A assertiva D está incorreta porque a expansão fiscal produz um 
efeito equivalente ao do multiplicador keynesiano, quando a economia é 
pequena e aberta com regime cambial fixo. 
A elevação da taxa de juros interna frente à observada no mercado 
internacional incentiva a captação de recursos, pressionando por uma 
valorização da moeda doméstica. Como o BC está comprometido com o 
câmbio fixo, aumenta a base monetária, expandindo o produto. 
Gabarito: FVFF 
11-(NCE/UFRJ-ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO-ANAC-
ECONOMISTA – 2007) A respeito do modelo Mundell-Fleming para 
uma economia pequena, com perfeita mobilidade de capitais, não é 
correto afirmar que: 
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a) a adoção do regime de câmbio fixo elimina a possibilidade de o 
governo influenciar o nível de renda de equilíbrio através da política 
monetária. 
b) a adoção de regime de câmbio flexível fará com que a política fiscal 
tenha efeitos apenas na composição da demanda e não sobre o nível de 
renda de equilíbrio. 
c) em regime de câmbio flexível, uma política monetária expansionista 
irá gerar uma melhora na balança comercial e um aumento no nível de 
renda de equilíbrio. 
d) em regime de câmbio flexível, uma política monetária contracionista 
irá gerar uma redução na taxa de juros doméstica. 
e) em regime de câmbio flexível, a expansão da oferta monetária irá 
gerar uma depreciação da moeda doméstica. 
Comentários: 
A assertiva A está correta porque com câmbio fixo, a oferta 
monetária e a curva LM devem voltar às suas posições iniciais, para 
manter constante a taxa de câmbio. A renda e o produto se expandem 
no curto prazo, retornando às suas posições iniciais no médio prazo. 
A assertiva B está correta porque o regime flexível de câmbio faz 
com que a política fiscal seja inoperante em razão do freio monetário 
(apreciação da moeda) que anula os impactos expansionistas da política 
fiscal. A demanda agregada tem seu perfil (sua composição) alterada 
qualitativamente, mas não quantitativamente. 
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A assertiva C está correta porque em um regime cambial flexível, 
uma política monetária expansionista aumenta a oferta de reais no 
mercado cambial, depreciando a moeda doméstica e aumentando as 
exportações líquidas. A demanda agregada aumentou influenciada pela 
alteração no câmbio. 
A assertiva D está incorreta porque em qualquer regime cambial, 
uma política monetária contracionista (redução da oferta de moeda) irá 
gerar uma elevação da taxa de juros doméstica frente à internacional, 
incentivando o ingresso de capitais estrangeiros rumo a retornos mais 
satisfatórios. 
A assertiva E está correta porque em um regime cambial flexível, a 
política monetária expansionista irá gerar queda dos juros domésticos 
frente aos internacionais, alimentando a saída de capitais do ambiente 
doméstico em busca de retornos mais significativos no cenário 
internacional. A oferta de moeda doméstica será abundante assim como 
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a demanda por moeda estrangeira. Temos, então, um cenário de 
depreciação da moeda doméstica. 
Gabarito:D 
12-(CESGRANRIO/BNDES/2008) O gráfico abaixo mostra as curvas 
IS e LM numa certa economia. 
Maiores gastos públicos financiados por novas emissões monetárias 
a) expandiram a produção e a renda acima de Y0. 
b) reduziriam necessariamente a taxa de juros para baixo de i0. 
c) reduziriam as importações. 
d) deslocariam a IS e a LM para posições tais como AB e CD. 
e) provocariam, necessariamente, aumento dos preços. 
Comentários: 
Uma política fiscal expansionista desloca a curva IS para a direita (para 
cima) e uma emissão monetária (política monetária expansionista) 
desloca a LM também para a direita (para baixo), apresentando como 
fruto uma renda de equilíbrio mais acentuada que a observada 
anteriormente. 
A assertiva B está incorreta porque não se tem meios de saber o 
efeito conclusivo sobre a taxa de juros, uma vez que a política fiscal 
aumenta os juros ao passo que a política monetária praticada reduz. 
A assertiva C está incorreta porque o efeito final sobre as 
importações depende do regime cambial estabelecido (fixo ou 
flutuante). 
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A assertiva D está incorreta porque a curva LM não pode ser 
deslocada para a posição CD (para a esquerda), o que representaria 
medida de política monetária contracionista. 
A assertiva E está incorreta porque a política monetária 
expansionista provocaria aceleração de preços somente em um cenário 
de capacidade ociosa nula, ou seja, pleno emprego dos fatores de 
produção em que a demanda agregada supera a oferta agregada, 
trazendo à reboque a inflação de demanda de meios de pagamento. 
Gabarito:A 
13-(FCC-MPU/2007) Se a função LM for infinitamente elástica em 
relação à taxa de juros e a economia apresentar taxa de desemprego 
acima da taxa natural, uma medida de política econômica recomendada 
para aumentar a renda de equilíbrio é: 
a) aumento da oferta monetária. 
b) redução da taxa de juros da economia. 
c) valorização da taxa de câmbio. 
d) redução da tributação. 
e) diminuição dos gastos do governo. 
Comentários: 
O contexto de uma curva LM horizontal (infinitamente elástica) é uma 
situação tipicamente keynesiana em que a única saída se dá via política 
fiscal que, por meio de um incremento nos gastos do governo ou 
redução nos impostos, deslocaria a curva IS para a direita (IS1 para 
IS2), o que representa aumento de demanda agregada, incentivando o 
setor produtivo da economia, provocando um crescimento da renda e 
um decréscimo na taxa de desemprego. 
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Gabarito:D 
14- Suponha que dois países difiram somente no que diz respeito à 
magnitude das suas propensões marginais a consumir. No país A, a 
propensão marginal a consumir é alta e no país B, a propensão marginal 
a consumir é pequena. Assumindo que as funções de demanda e oferta 
de moeda são iguais em ambos os países, é falso que 
a) a curva IS é mais inclinada no país A do que no país B 
b) o formato da curva LM não é afetado pela propensão marginal a 
consumir 
c) supondo que a política monetária seja capaz de alterar o nível do 
produto nos dois países, ela será mais eficaz para alterar o produto no 
país A. 
d) intuitivamente, quando a taxa de juros cai, o investimento aumenta e 
o produto cresce via o efeito direto do investimento e efeitos 
multiplicadores sobre o consumo. 
e) se os dois países estiverem na “armadilha da liquidez”, a política 
monetária será igualmente ineficaz para aumentar o nível do produto 
nos dois países. 
Comentários: 
Partimos da premissa que a propensão marginal a consumir em A é 
maior que a propensão marginal a consumir em B e sabemos que a 
inclinação da IS depende fundamentalmente: 
a) da elasticidade do investimento face à taxa de juros e 
b) da magnitude do multiplicador. 
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É do conhecimento dos nobres futuros colegas que o multiplicador 
keynesiano está diretamente vinculado com a propensão marginal a 
consumir ( lembrem-se daquelas assertivas sobre multiplicador 
keynesiano do tópico da macroeconomia keynesiana). O que isso 
contribui para a resolução da questão? 
Bem, como a fórmula demonstra que k = 1/(1 – c), nota-se que se a 
propensão marginal a consumir (c) for pequena, o multiplicador (k) 
também é pequeno. Da mesma forma, se c for grande, o k também 
será. Como o c do país A é maior que o c do país B, sabemos até o 
momento que o multiplicador em A é maior que o multiplicador em B. 
Além disso, temos que reconhecer que, quanto maior o multiplicador 
(k), menos inclinada (menos vertical) é a curva IS. 
 Assim, fica resolvida a questão. A curva IS em A é menos inclinada que 
em B, isto é, o multiplicador em A é maior que em B, posto que a 
propensão marginal a consumir em A se faz maior do que em B (é a 
referência do problema). 
Gabarito: A 
15 – ( CESGRANRIO/UFRJ-Economista/PETROBRAS – 2005) A 
demanda especulativa de moeda se relaciona negativamente com a taxa 
de juros porque: 
a) quanto mais alta a taxa de juros, maior é a perda de capital potencial 
esperada dos títulos. 
b) quanto mais elevada a taxa de juros, maior é o custo de 
oportunidade do investimento em moeda. 
c) quanto mais elevada a taxa de juros, maior é o custo de oportunidade 
do investimento em títulos. 
d) quanto mais baixa a taxa de juros, maior é a perda de capital 
potencial da moeda. 
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e) quanto mais baixa a taxa de juros, maior é o incentivo para se 
investir em títulos. 
Comentários: 
A demanda especulativa da moeda é a face da demanda por moeda que 
se relaciona com a taxa de juros nominal de forma inversa, isto é, 
quanto mais alta a taxa de juros, menor a demanda por moeda. A taxa 
de juros serve, então, de balizador do custo de oportunidade observado 
na demanda por encaixes reais versus demanda por títulos. Será mais 
interessante para o agente da economia investir seu estoque de riqueza 
(suas disponibilidades orçamentárias) preponderantemente em títulos, 
que rendem juros, em detrimento dos encaixes reais (moeda). 
Dessa forma, existe um custo de oportunidade alto de investimento em 
moeda, já que os títulos pagam uma taxa bastante atraente em razão 
da elevação da taxa de juros. 
Gabarito: B 
16 – (ESAF/AFC-STN – 2005) No modelo IS/LM sem os denominados 
casos clássico e keynesiano, a demanda por moeda 
a) não varia com a renda e com a taxa de juros. 
b) não depende da renda. 
c) só depende da taxa de juros quando esta taxa produz reais 
negativos. 
d) é inversamente proporcional à renda. 
e) é inversamente proporcional à taxa de juros. 
Comentários: 
Questão rigorosamente fácil, o que é muito perigoso. O candidato pode 
julgar que há alguma “pegadinha” na questão. Calma, nem sempre isso 
acontece. Em um certame, é desejável que estejamos preparados 
também para questões fáceis. 
A demanda por moeda é diretamente proporcional à renda e 
inversamente proporcional à taxa de juros, sem os casos específicos 
clássico e keynesiano. Ou seja, no equilíbrio monetário, L = Ky – hi. 
Gabarito: E 
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17-( CESGRANRIO/Economista-Petrobras-2005) Os fatores que 
determinam a eficácia da política fiscal no modelo IS-LM são a(o): 
a) potência da política monetária e o tamanho do multiplicador dos 
gastos autônomos. 
b) elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de câmbio e a 
elasticidade do investimento em relação à taxa de juros. 
c) tamanho do gasto público e o tamanho do multiplicador. 
d) multiplicador dos gastos autônomos e o tamanho da armadilha da 
liquidez. 
e) multiplicador dos gastos autônomos, a elasticidade do investimento 
em relação à taxa de juros e a elasticidade da demanda de moeda em 
relação à taxa de juros. 
Comentários: 
O grau de eficácia da política fiscal depende: 
i) da elasticidade do investimento em relação aos juros; 
ii) da propensão marginal a consumir; 
iii) do multiplicador keynesiano. 
Veja o quadro resumo abaixo: 
Política 
Fiscal 
Elasticidade I 
em relação 
aos juros 
Propensão 
marginal a 
consumir 
Multiplicador 
- Eficaz ↓ ↓ ↓ 
+ Eficaz ↑ ↑ ↑ 
A assertiva e traz corretamente o multiplicador dos gastos autônomos, a 
elasticidade do investimento em relação à taxa de juros. Elenca a 
elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros, fator de 
eficácia direto da política monetária, mas que atua, indiretamente, na 
política fiscal. 
Uma elevação na taxa de juros compromete a demanda por moeda. 
Todavia, para restaurar o equilíbrio e recuperar a demanda por moeda 
que afeta a demanda por bens e serviços, faz-se necessáriaa queda na 
taxa de juros e/ou aumento no nível de demanda agregada (via política 
fiscal) ou combinações desses efeitos a fim de que a demanda por 
moeda se iguale à oferta . 
Gabarito: E 
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18- (FCC/Analista/BC – 2006) No modelo de Mundell-Fleming para 
uma pequena economia aberta com perfeita mobilidade de capitais e 
taxas de câmbio flexíveis, onde se observa a existência de desemprego 
no curto prazo, uma política de expansão da oferta de moeda praticada 
pelo Banco Central terá como uma de suas conseqüências: 
a) a permanência da taxa de desemprego nos mesmos níveis anteriores. 
b) a diminuição do produto real. 
c) a valorização da taxa de câmbio. 
d) o aumento da entrada líquida de capitais externos. 
e) o aumento das exportações líquidas. 
Comentários: 
Questão muito bem elaborada. E, atenção, pois as questões elaboradas 
para o exame do BACEN são rigorosamente as mais difíceis. Aqui se faz 
necessário o entendimento das políticas macro sob os diversos regimes 
cambiais. 
O modelo Mundell-Fleming examina os efeitos da aplicação de políticas 
fiscal e monetária em regimes de taxas de câmbio fixas e flexíveis. A 
partir das hipóteses do modelo e seguindo os efeitos da aplicação de 
cada uma das políticas, conclui-se que a política fiscal é eficiente no 
regime de câmbio fixo e a política monetária é eficiente no câmbio 
flexível. Nesse último caso, que é o apresentado na questão, um 
aumento da oferta de moeda diminui a taxa de juros interna, que 
resulta em saída de capitais para o exterior. No regime de câmbio 
flexível, a taxa de câmbio cai, ou seja, a moeda nacional se desvaloriza, 
aumentando-se as exportações e diminuindo as importações, 
provocando certamente diminuição do desemprego via aumento da 
renda e incremento das exportações líquidas. 
Gabarito: E 
19-(NCE/UFRJ – Analista FINEP/MCT – 2006) Numa pequena 
economia aberta com taxas de câmbio fixas, um aumento da oferta 
monetária tenderia a: 
a) produzir inflação e recessão. 
b) reduzir a renda através do aumento da taxa de juros. 
c) manter inalterado o nível da renda e as exportações. 
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d) aumentar a renda através de seu impacto sobre a taxa de juros e, 
daí, sobre as exportações líquidas. 
e) variar a renda através de seu impacto sobre a taxa de juros e sobre o 
consumo, mas deixar constante o volume de exportações líquidas. 
Comentários: 
Um aumento da oferta monetária, em regime cambial fixo, ao reduzir a 
taxa de juros doméstica, sinaliza a forte saída de capitais rumo a 
mercados com maior remuneração via juros. Esse movimento gera 
escassez de reais, induzindo à depreciação da moeda nacional e 
ampliando as exportações líquidas e, indiretamente, o crescimento da 
renda/produto. O impacto positivo sobre a renda e as exportações 
líquidas é anulado pela fixação firme do câmbio, fazendo com que a 
oferta de moeda e a curva LM voltem às suas posições iniciais. O BC 
perde a autonomia de fazer política monetária e o nível de renda e 
exportações são mantidos constantes. 
Política/Regime 
Cambial 
Flutuante 
Y e NX 
Fixo 
Y e NX 
Expansão Fiscal - ↑ ↓ ↑ - - 
Expansão 
Monetária 
↑ ↓ ↑ - - -
Política 
Comercial 
 - ↑ - ↑ - ↑ 
Gabarito: C 
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20- (NCE/UFRJ – BNDES-Economista – 2005) Analise as 
proposições a seguir sobre o modelo IS-LM: 
I – Considerando uma economia aberta pequena, com perfeita 
mobilidade de capital e taxa de câmbio flexível, uma expansão 
monetária irá elevar o nível do produto de equilíbrio e aumentar o saldo 
da conta corrente através de uma depreciação induzida. 
II – Considerando uma economia aberta pequena, com perfeita 
mobilidade de capital e taxa de câmbio fixa, se o atual nível de produto 
de equilíbrio está abaixo do pleno emprego, o governo terá como uma 
de suas opções para elevá-lo a expansão da oferta monetária. 
III – No caso “clássico”, uma política fiscal não terá efeito sobre o nível 
de renda e a demanda por moeda não depende da taxa de juros. 
Assinale a alternativa correta: 
a) apenas as proposições I e II estão corretas. 
b) apenas as proposições I e III estão corretas. 
c) apenas as proposições II e III estão corretas. 
d) todas as proposições estão corretas. 
e) nenhuma das proposições está correta. 
Comentários: 
A proposição I está correta. Política monetária expansionista, em 
contexto de regime cambial flexível, promoverá o incremento do 
produto/renda bem como uma melhor situação da balança comercial via 
aumento das exportações líquidas em razão da depreciação da moeda 
doméstica induzida por taxas de juros locais inferiores às internacionais. 
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A proposição II está incorreta. Política monetária expansionista, em 
contexto de regime cambial fixo, promoverá redução da taxa de juros 
interna e, conseqüente, evasão de divisas, em função da taxa de juros 
internacional mais atraente. Tal movimento ocasiona escassez de 
demanda por reais, induzindo a depreciação da moeda nacional. Até 
aqui, rigorosamente igual ao movimento observado no regime cambial 
flexível. O suposto aumento das exportações líquidas e o incremento da 
renda são anulados em função da vinculação do BC à firme manutenção 
da taxa de câmbio. Para manter a taxa de câmbio constante, a oferta 
de moeda e a curva LM devem voltar às suas posições iniciais. Portanto, 
com regime cambial fixo, é impossível fazer uma política monetária 
normal. 
A proposição III está correta. Temos aqui uma proposição sobre o 
modelo IS-LM para uma economia fechada. O “caso clássico” refere-se à 
situação em que a demanda por moeda não depende da taxa de juros. 
Para esta situação, a curva LM é vertical (perfeitamente inelástica) de 
modo que uma variação na oferta de moeda irá deslocá-la produzindo 
um efeito máximo sobre o nível de renda Y. A política fiscal é inócua. 
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Gabarito: B 
21 - (ESAF/AFC-STN – 2005) Considere um modelo de regime de 
câmbio flutuante com livre mobilidade de capitais. Pode ser considerado 
como fator que tende a provocar uma desvalorização da moeda 
nacional: 
a) política fiscal expansionista. 
b) elevação dos juros externos. 
c) política monetária contracionista. 
d) elevação da taxa básica de juros interna. 
e) elevação dos recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais. 
Comentários: 
Questão muito bem elaborada pela banca. Embora aparentemente 
curta, requer conhecimento das hipóteses e conclusões do modelo 
Mundell-Fleming. Só um comentário bastante preciso (mas não o 
suficiente para anular a questão) reside no fato que estamos lidando 
com regime cambial flexível. Daí, o termo a ser utilizado para esse 
regime cambial é depreciação da moeda doméstica e não desvalorização 
da moeda nacional, essa utilizada quando o regime cambial é o fixo. 
Resumindo, temos: 
Regime 
cambial/Movimento 
Cambial 
Moeda nacional mais 
fraca 
Moeda nacional mais 
forte 
Câmbio flexível Depreciação Apreciação 
Câmbio fixo Desvalorização Valorização 
Regime cambial flexível e livre mobilidade de capitais são os 
pressupostos. E questiona-se sobre qual instrumento de política 
macroeconômica provoca uma desvalorização do real. 
Sabemos, de antemão, que a única política efetiva, com taxas de 
câmbio flutuantes, é a política monetária.A assertiva A está incorreta porque se refere à expansão fiscal com 
câmbio flutuante apreciando o câmbio e reduzindo as exportações 
líquidas. 
A assertiva B está correta porque juros externos mais atraentes 
geram saída de capitais. Tal fato aumenta a oferta de reais e reduz a 
demanda por dólares no mercado cambial, depreciando a moeda 
doméstica e aumentando as exportações líquidas. 
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As assertivas C, D e E estão incorretas por se referirem à contração 
do produto e da renda, deslocando a LM para a esquerda e aumentando 
os juros internos. 
Gabarito: B 
22 – (NCE/UFRJ – Agência Estadual de Regulação dos Serviços 
Públicos – MT-2005) Em economias abertas, dadas as taxas de 
câmbio esperada e a taxa de juros internacional: 
a) um aumento da taxa de juros doméstica provoca uma apreciação 
cambial. 
b) uma diminuição da taxa de juros doméstica provoca uma apreciação 
cambial. 
c) um aumento da taxa de juros doméstica mantém inalterada a taxa de 
câmbio. 
d) uma diminuição da taxa de juros doméstica mantém inalterada a taxa 
de câmbio. 
e) um aumento da taxa de juros doméstica provoca uma depreciação 
cambial. 
Comentários: 
Em economias abertas, sintonizadas pelos movimentos das taxas de 
câmbio e das taxas de juros, notamos que um aumento da taxa de juros 
doméstica provoca atração de capitais externos que serão remunerados 
a uma taxa maior que a verificada nos mercados internacionais. O 
ingresso maciço de capitais externos somados aos capitais nacionais 
acarreta maior demanda por moeda nacional e, conseqüentemente, 
apreciação do Real. 
Gabarito: A 
Só para conhecimento (pois pode ser uma questão para o próximo 
concurso), analisaremos a situação contrária. 
Uma queda da taxa de juros doméstica provoca saída dos capitais 
externos da economia nacional bem como interesse dos investidores 
domésticos em aplicar recursos e adquirir ativos no cenário 
internacional. Nesse contexto, em razão da pequena procura por reais e 
excesso de demanda de moeda estrangeira, a moeda nacional será 
depreciada. 
Temos, então, duas situações, a saber: 
i) um aumento da taxa de juros doméstica provoca uma apreciação 
cambial; 
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ii) uma diminuição da taxa de juros doméstica provoca uma depreciação 
cambial. 
23 - (FCC – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados 
do Ceará – Economista – 2005) Em uma economia aberta com 
perfeita mobilidade de capitais do exterior, há ocorrência de 
desemprego voluntário no curto prazo. A política econômica adequada 
para reduzir a taxa de desemprego, se a economia adotar o regime de 
taxas de câmbio fixas, é uma política 
a) fiscal expansiva. 
b) fiscal restritiva. 
c) monetária expansiva. 
d) de valorização do câmbio real. 
e) monetária restritiva. 
Comentários: 
Dados fundamentais da questão: economia aberta com perfeita 
mobilidade de capitais (modelo Mundell Fleming) e regime cambial fixo. 
A questão requer a política apropriada para reduzir o desemprego 
observado na economia em tela. 
Com taxas de câmbio fixas, somente uma política fiscal expansionista 
(aumento dos gastos públicos e/ou redução dos impostos) é capaz de 
reduzir a taxa de desemprego. 
Embora acarrete elevação da taxa de juros (IS positivamente inclinada), 
provoca ingresso de capitais externos motivados por um diferencial de 
juros maior (juros internos maiores que externos). Fica caracterizado, 
portanto, o excesso de demanda por reais, trazendo a reboque, a 
valorização da moeda nacional. 
Todavia, o câmbio é fixo e o governo tem que resguardar a paridade 
cambial. Nesse sentido, toda moeda estrangeira que entra no território 
nacional tem que ser convertida em reais, o que gera nova injeção de 
moeda na economia. 
Com maior oferta de estoque monetário, os juros cairão refreando as 
entradas de capitais do resto do mundo. Simultaneamente, os níveis de 
investimento e de renda aumentarão e novas contratações ocorrerão, 
minimizando os efeitos sobre a taxa de desemprego. 
Com câmbio fixo, o BC perde autonomia em fazer política monetária, 
pois não controla endogenamente a oferta de moeda. Para manter fixa a 
taxa de câmbio, a oferta de moeda e curva LM devem voltar às suas 
posições iniciais. É ineficaz fazer política monetária com esse regime 
cambial. 
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Gabarito: A 
24 – (NCE/UFRJ – BNDES-Economista – 2005) Sobre o Modelo de 
Crescimento de Solow, é correto afirmar que: 
a) sem a presença de progresso técnico, uma redução da propensão a 
poupar levará necessariamente a um aumento do consumo por 
trabalhador. 
b) sem a presença de progresso técnico, quanto maior a propensão a 
poupar, maior será a taxa de crescimento do produto por trabalhador no 
longo prazo. 
c) sem a presença de progresso técnico, no longo prazo, a relação 
produto/capital crescerá à medida que se eleva a taxa de crescimento 
da força de trabalho 
d) sem a presença de progresso técnico, o nível ótimo de capital por 
trabalhador estabelecido pela “Regra de Ouro” é aquele que maximiza a 
taxa de crescimento do produto por trabalhador no longo prazo. 
e) na presença de progresso técnico, no estado estacionário, a taxa de 
crescimento do produto por trabalhador será igual à taxa de crescimento 
da eficiência do trabalho. 
Sabemos que o progresso técnico ou tecnológico é o único responsável 
pelo crescimento prolongado por trabalhador, ou seja, crescimento do 
produto a longo prazo e é mensurado por tudo aquilo que permita 
ganhos à produção não explicados pelo estoque de capital e mão-de-
obra. À exceção da assertiva e, as demais lidam com a inexistência do 
progresso técnico e essa constatação irá nortear a resolução do 
exercício. 
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Uma redução da propensão a poupar (queda no nível de poupança) não 
levará a um aumento do consumo por trabalhador. Ao contrário, para 
alcançar o nível ótimo, fará necessário restringir o consumo hoje para 
aumentá-lo amanhã. 
A assertiva a está incorreta. 
Sem progresso técnico, quanto maior a taxa de poupança, maior a 
disponibilidade per capita de produto e do nível de capitalização por 
trabalhador (maior estoque de capital e mão-de-obra). Mas essa maior 
taxa de poupança não impacta o crescimento do produto a longo prazo. 
Somente o progresso técnico esboçado acima faz esse papel. 
A assertiva b está incorreta. 
Sem progresso técnico, no longo prazo, nada se altera. Uma elevação 
da taxa de crescimento da mão-de-obra (crescimento populacional) 
ocasiona um nível inferior de capital por trabalhador. Dessa forma, o 
modelo de Solow resgata que economias com altas taxas de aumento 
populacional terão níveis mais baixos de capital por trabalhador e, 
portanto, rendas mais baixas. 
A assertiva c está incorreta. 
Sem a presença de progresso técnico, o nível ótimo de capital por 
trabalhador estabelecido pela “Regra de Ouro” (estado estacionário que 
maximiza o consumo) é aquele que maximiza a taxa de crescimento do 
produto por trabalhador, mas não no longo prazo. Novamente, 
registramos que no longo prazo só o tal do progresso técnico responde 
pelo crescimento do produto agregado. 
A assertiva d está incorreta. 
A taxa de eficiência da mão-de-obra se iguala à taxa de crescimento do 
produto, no estado estacionário, quando se verifica o progresso técnico. 
A assertiva e está correta. 
Gabarito: E 
25 – (ESAF/AFRF – 2002) Com base no Modelo de Crescimento de 
Solow, é incorreto afirmar que: 
a) mudanças na taxa de poupança resultam em mudanças no equilíbrio 
no estado estacionário.

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