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CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 1 www.pontodosconcursos.com.br Aula 4: O modelo IS-LM. O Equilíbrio no Mercado de Bens. A demanda por Moeda e o Equilíbrio no Mercado Monetário. O equilíbrio no modelo IS/LM. Políticas econômicas no Modelo IS/LM. Expectativas no modelo IS/LM. O Modelo IS/LM numa economia aberta. Política monetária e fiscal numa economia aberta. Política Cambial no Plano Real. Crescimento de longo prazo: o modelo de Solow. O papel da poupança, do crescimento populacional e das inovações tecnológicas sobre o crescimento. “A regra de ouro”. • INCLINAÇÃO – DECLIVIDADE DA CURVA IS Elasticidade I em relação aos juros Propensão marginal a consumir Multiplicador Inclinação CURVA IS Política Fiscal ↓ ↓ ↓ Mais vertrical - Eficaz ↑ ↑ ↑ Mais horizontal + Eficaz CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 2 www.pontodosconcursos.com.br • CURVA LM E DEMANDA POR MOEDA Efeito da taxa de juros Demanda por encaixes reais Demanda real por títulos ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ • CASOS ESPECIAIS: CASO KEYNESIANO E CASO CLÁSSICO CASO CLÁSSICO CASO KEYNESIANO (ARMADILHA DA LIQUIDEZ) Demanda por moeda não depende da taxa de juros. Taxa de juros é tão baixa que o público prefere manter a moeda ofertada na forma de encaixes reais. LM vertical (perfeitamente inelástica). LM horizontal (perfeitamente elástica). CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 3 www.pontodosconcursos.com.br Política monetária apresenta efeito máximo sobre a renda. Política monetária impotente para afetar tanto a taxa de juros quanto o nível de renda. • Quadro-Resumo sobre os Trechos em que a curva IS corta a curva LM. Trecho IS-LM Política Fiscal Política Monetária Caso Keynesiano (armadilha da liquidez) EFICAZ INEFICAZ Caso Clássico INEFICAZ EFICAZ Ramo intermediário +/- EFICAZ +/- EFICAZ • Quadro-Resumo sobre o Modelo Mundell Fleming. Regime cambial/política macro Taxa de câmbio fixa Taxa de câmbio flutuante Política Monetária Operante Política Fiscal Operante • Modelo de Crescimento Exógeno: modelo de Solow A fonte de riqueza que Solow designou de “progresso tecnológico” representa qualquer coisa que permita à economia agregar à produção, sem necessariamente acrescentar mais mão-de-obra e capital. O modelo de crescimento de Solow mostra que a taxa de poupança é uma variável chave do estoque de capital no estado estacionário e, assim, do bem-estar econômico. O aumento da taxa de poupança conduzirá o crescimento a uma elevação até alcançar um novo estado estacionário, mas não tem efeito sobre a taxa de crescimento do produto no longo prazo. O estado estacionário que maximiza o consumo é aquele definido pela Regra de Ouro. Uma vez alcançado o progresso tecnológico, o modelo de Solow mostra que apenas ele pode explicar o contínuo crescimento dos padrões de vida. Percebam que o histórico da ESAF sobre questões de modelos IS_LM e Mundell Fleming não é muito recente e muito extenso, principalmente, em se tratando de provas da Receita Federal. Acho que esses temas: política monetária e política fiscal já são cobrados frequentemente, o CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 4 www.pontodosconcursos.com.br que inviabiliza a cobrança de mais questões na forma de modelos, gráficos. Já o tema modelo de Solow, que volta ao certame, quando constava no edital, era cobrado, como foi nos anos de 2002 e 2003. É um tema avulso, solto na matéria, mas que deve ser visto na forma das hipóteses, corolários e conclusões desse modelo de crescimento. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 5 www.pontodosconcursos.com.br QUESTÕES PROPOSTAS: 01-(ESAF-AFC-STN-2008) Considerando o modelo IS-LM sem os denominados casos clássicos e da armadilha da liquidez, é incorreto afirmar que: a) Um aumento das aquisições de bens de capital, por parte dos empresários, eleva a taxa de juros. b) uma política monetária expansionista reduz a taxa de juros de equilíbrio. c) o equilíbrio de curto prazo do modelo IS-LM não precisa ser o de pleno emprego. d) considerando uma função consumo linear do tipo C = C0 + cY, com 0<c<1, um aumento de C0 reduz a taxa de juros. e) uma política fiscal contracionista reduz a taxa de juros. 02- (TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) Sobre a política fiscal e sua análise gráfica através dos casos extremos conhecidos no modelo IS-LM como “armadilha da liquidez” e “caso clássico”, assinale a assertiva correta em consonância com a realidade das economias desenvolvidas: a) O mundo vive assolado pela crise financeira internacional e a taxa de juros (instrumento monetário) deve ser constantemente manejado de sorte a garantir a coerência da atuação dos policy makers. b) O caso conhecido como caso clássico em que a curva LM é perfeitamente vertical sinaliza que a política fiscal é inoperante e o mundo conclama hoje por esse contexto. c) O caso tido na literatura como “caso keynesiano” retrata, dadas as devidas proporções, a realidade mundial em que a taxa de juros é tão reduzida de sorte que a política monetária é ineficaz, valendo-se, para tanto, os instrumentos de cunho fiscal (aumento de gastos públicos e queda de impostos) para a reativação da economia e incremento da demanda agregada. d) Curva LM horizontal representa caso clássico e política fiscal mais eficiente que política monetária. e) Curva LM perfeitamente vertical identifica o caso clássico e representa independência das políticas fiscal e monetária. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 6 www.pontodosconcursos.com.br 03-(TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) “Os dois trimestres consecutivos de queda no PIB brasileiro foram um reflexo da crise econômica mundial, que se agravou a partir de setembro de 2008 e levou vários países a entrar em recessão. A recessão é caracterizada por uma forte queda no crescimento de uma economia e é definida por um conjunto de indicadores. O termo "recessão técnica" é um jargão usado por economistas para definir um período de dois trimestres consecutivos de queda no PIB” (extraída de ig.com.br seção Economia, 09/06/2009). Sobre o tema em pauta e a contabilidade nacional, não podemos destacar que: a) A queda no investimento foi particularmente violenta. As decisões de ampliar capacidade foram generalizadamente adiadas e investimentos em curso suspensos. Isso significa que a retomada em curso pode prosseguir numa boa até um certo limite. Depois de ocupar a capacidade instalada – que já vinha sob pressão quando a crise eclodiu, no início do quarto trimestre do ano passado – a marcha, que não está sendo rápida, pode ficar mais lenta ainda. b) Indústria e comércio exterior foram alguns dos setores da economia brasileira mais afetados pela crise. No primeiro caso, o destaque negativo foi para a indústria de bens de capital, que reflete a intenção de investir. c) O consumo das famílias foi o que evitou uma queda mais pronunciada do PIB brasileiro. Esse indicador responde por 60% do PIB e considera consumo de bens e de serviços, como educação e saúde, por exemplo. De acordo com o IBGE, as despesas de consumo das famílias tiveram crescimento de 0,7% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o quarto trimestre de 2008. O consumo do governo também se manteve em crescimento, apesar da crise. d) A recessão sinalizada na economia deve ser combatida através de ferramentas de manejo fiscal contracionista via queda dos gastos públicos e elevação da carga tributária.e) A situação demonstrada hoje em boa parte do mundo desenvolvido revela o caso da “armadilha da liquidez” em que a política fiscal deve ser incentivada via aumento de gastos públicos e corte de impostos, retratando a inoperância da taxa de juros para reativar a economia. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 7 www.pontodosconcursos.com.br 04- (FGV/ICMS-RJ/2008) Suponha que as seguintes equações descrevam o comportamento da economia no curto prazo: C = 0,8( 1- t)Y t = 0,25 I = 900 – 50i G = 800 L = 0,25Y – 62,5i M/P = 500 Notação: C é o consumo agregado, t é a taxa de imposto sobre a renda, Y é a renda, I é o investimento privado, i é a taxa de juros, G é o gasto do governo, L representa a demanda por moeda e M/P é a oferta de moeda. Dessa forma, pode-se afirmar que a renda de equilíbrio nessa economia será: a) 1.500 b) 2.000 c) 2.500 d) 3.000 e) 3.500 05-(CESPE/UNB-SEFAZ-ES-2008) A macroeconomia, que permite avaliar o desempenho da economia como um todo, centra-se na análise dos grandes agregados macroeconômicos. Com relação a esse assunto, julgue os itens subsequentes. a) Os sistemas de flutuação administrada da taxa de câmbio, utilizados atualmente em muitos países, combinam características do regime de taxas de câmbio flexíveis com intervenções esporádicas dos bancos centrais, no intuito de reduzir a volatilidade cambial. b) No longo prazo, aumentos dos déficits públicos elevam as taxas de juros e depreciam a moeda nacional, contribuindo, assim, para a expansão das exportações líquidas da economia nacional. c) A substancial queda da arrecadação observada atualmente no Brasil, por elevar o déficit público (ou reduzir o superávit), contribui para apreciar o real e reduzir as exportações líquidas sem porém, elevar as taxas de juros. d) Aumentos nos gastos públicos deslocam a curva IS para cima e para a direita. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 8 www.pontodosconcursos.com.br 06 – (ESAF/AFC-STN – 2005) No modelo IS/LM sem os denominados casos clássico e keynesiano, a demanda por moeda a) não varia com a renda e com a taxa de juros. b) não depende da renda. c) só depende da taxa de juros quando esta taxa produz reais negativos. d) é inversamente proporcional à renda. e) é inversamente proporcional à taxa de juros. 07-(CESPE-UNB-ANATEL-2009) O entendimento dos agregados econômicos internacionais é de importância crescente às economias domésticas. Para isso, entre outros pontos, são necessários conhecimentos sobre comércio internacional, taxa de câmbio, sistema financeiro nacional e balanço de pagamentos, bem como de seus reflexos sobre as economias locais. Em relação a esses tópicos, julgue os itens que se seguem. a)A valorização das respectivas moedas nacionais é uma tendência dos países que elevam a sua taxa de juros interna em relação às taxas internacionais. b) O resultado líquido de transferências não-retribuídas, como a doação sem contrapartidas por parte de quem as recebe é centralizado no balanço de transações correntes. 08-(CESPE/UNB-ANATEL-2009) A teoria econômica divide seus estudos sob os ângulos micro e macro. Em termos gerais, à microeconomia cabe a análise dos mercados nos quais as famílias e as empresas estão inseridas, via, entre outros meios, o entendimento da oferta e da demanda, dos mecanismos de formação de preços e das estruturas de mercado; à macroeconomia cabe o estudo dos agregados, e, para isso, entre outros temas, ela trabalha com o da inflação e das políticas fiscal e monetária, com a contabilidade social ou nacional, preocupando-se com a medição desses agregados. À luz do texto apresentado, julgue os itens a seguir, relativos à macroeconomia. a) Os primeiros registros de um sistema que fornecesse uma visão dos agregados macroeconômicos, o que hoje é chamado de contabilidade CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 9 www.pontodosconcursos.com.br social ou contabilidade nacional, realizados por Keynes, surgiram devido à grande depressão dos anos 30 do século passado nos Estados Unidos da América. b) No sistema de contas nacionais, há identidade entre o conceito de produto nacional líquido, a preços de mercado, e o de renda nacional. Ao se descontar desta os tributos diretos líquidos, obtém-se a renda pessoal disponível. c)Pode-se estudar o efeito da estagflação dentro do conceito de inflação de demanda. d) Em relação à curva LM, podem-se destacar três trechos, quais sejam, o clássico, o keynesiano e o intermediário. No clássico, a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros é infinita, enquanto, no trecho keynesiano, essa elasticidade é igual a zero. 09- No ramo da “armadilha de liquidez’’ da curva LM, um acréscimo de gastos induz um aumento da renda que é: a) Menor do que aquele dado pelo multiplicador keynesiano. b) Maior do que aquele dado pelo multiplicador keynesiano. c) Igual ao dado pelo multiplicador keynesiano. d) Igual ao supermultiplicador. e) Nenhum dos casos acima. 10- A respeito do modelo Mundell Fleming e suas variações, interprete as evidências abaixo: a) Numa pequena economia aberta com livre mobilidade de capitais e taxa de câmbio flutuante, uma redução dos gastos do governo deve provocar uma redução do produto. b) Numa pequena economia aberta com livre mobilidade de capitais e taxa de câmbio fixa, uma redução dos gastos do governo deve provocar uma redução do produto. c) Com salários nominais rígidos, câmbio nominal fixo e perfeita mobilidade do capital, uma política fiscal expansionista não afetará a renda nacional. d) No caso de uma pequena economia aberta, a política fiscal não exerce impacto sobre a renda quando as taxas de câmbio são fixas. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 10 www.pontodosconcursos.com.br 11-(NCE/UFRJ-ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO-ANAC- ECONOMISTA – 2007) A respeito do modelo Mundell-Fleming para uma economia pequena, com perfeita mobilidade de capitais, não é correto afirmar que: a) a adoção do regime de câmbio fixo elimina a possibilidade de o governo influenciar o nível de renda de equilíbrio através da política monetária. b) a adoção de regime de câmbio flexível fará com que a política fiscal tenha efeitos apenas na composição da demanda e não sobre o nível de renda de equilíbrio. c) em regime de câmbio flexível, uma política monetária expansionista irá gerar uma melhora na balança comercial e um aumento no nível de renda de equilíbrio. d) em regime de câmbio flexível, uma política monetária contracionista irá gerar uma redução na taxa de juros doméstica. e) em regime de câmbio flexível, a expansão da oferta monetária irá gerar uma depreciação da moeda doméstica. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 11 www.pontodosconcursos.com.br 12-(CESGRANRIO/BNDES/2008) O gráfico abaixo mostra as curvas IS e LM numa certa economia. Maiores gastos públicos financiados por novas emissões monetárias a) expandiram a produção e a renda acima de Y0. b) reduziriam necessariamente a taxa de juros para baixo de i0. c) reduziriam as importações. d) deslocariam a IS e a LM para posições tais como AB e CD. e) provocariam, necessariamente, aumento dos preços. 13-(FCC-MPU/2007) Se a função LM for infinitamente elástica em relação à taxa de juros e a economia apresentar taxa de desemprego acima da taxa natural, uma medida de política econômica recomendada para aumentar a renda de equilíbrio é: a) aumento da oferta monetária. b) redução da taxa de juros da economia. c) valorização da taxa de câmbio. d) redução da tributação. e) diminuição dos gastos do governo. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇASPÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 12 www.pontodosconcursos.com.br 14- Suponha que dois países difiram somente no que diz respeito à magnitude das suas propensões marginais a consumir. No país A, a propensão marginal a consumir é alta e no país B, a propensão marginal a consumir é pequena. Assumindo que as funções de demanda e oferta de moeda são iguais em ambos os países, é falso que a) a curva IS é mais inclinada no país A do que no país B b) o formato da curva LM não é afetado pela propensão marginal a consumir c) supondo que a política monetária seja capaz de alterar o nível do produto nos dois países, ela será mais eficaz para alterar o produto no país A. d) intuitivamente, quando a taxa de juros cai, o investimento aumenta e o produto cresce via o efeito direto do investimento e efeitos multiplicadores sobre o consumo. e) se os dois países estiverem na “armadilha da liquidez”, a política monetária será igualmente ineficaz para aumentar o nível do produto nos dois países. 15 – ( CESGRANRIO/UFRJ-Economista/PETROBRAS – 2005) A demanda especulativa de moeda se relaciona negativamente com a taxa de juros porque: a) quanto mais alta a taxa de juros, maior é a perda de capital potencial esperada dos títulos. b) quanto mais elevada a taxa de juros, maior é o custo de oportunidade do investimento em moeda. c) quanto mais elevada a taxa de juros, maior é o custo de oportunidade do investimento em títulos. d) quanto mais baixa a taxa de juros, maior é a perda de capital potencial da moeda. e) quanto mais baixa a taxa de juros, maior é o incentivo para se investir em títulos. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 13 www.pontodosconcursos.com.br 16 – (ESAF/AFC-STN – 2005) No modelo IS/LM sem os denominados casos clássico e keynesiano, a demanda por moeda a) não varia com a renda e com a taxa de juros. b) não depende da renda. c) só depende da taxa de juros quando esta taxa produz reais negativos. d) é inversamente proporcional à renda. e) é inversamente proporcional à taxa de juros. 17-( CESGRANRIO/Economista-Petrobras-2005) Os fatores que determinam a eficácia da política fiscal no modelo IS-LM são a(o): a) potência da política monetária e o tamanho do multiplicador dos gastos autônomos. b) elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de câmbio e a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros. c) tamanho do gasto público e o tamanho do multiplicador. d) multiplicador dos gastos autônomos e o tamanho da armadilha da liquidez. e) multiplicador dos gastos autônomos, a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros e a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros. 18- (FCC/Analista/BC – 2006) No modelo de Mundell-Fleming para uma pequena economia aberta com perfeita mobilidade de capitais e taxas de câmbio flexíveis, onde se observa a existência de desemprego no curto prazo, uma política de expansão da oferta de moeda praticada pelo Banco Central terá como uma de suas conseqüências: a) a permanência da taxa de desemprego nos mesmos níveis anteriores. b) a diminuição do produto real. c) a valorização da taxa de câmbio. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 14 www.pontodosconcursos.com.br d) o aumento da entrada líquida de capitais externos. e) o aumento das exportações líquidas. 19-(NCE/UFRJ – Analista FINEP/MCT – 2006) Numa pequena economia aberta com taxas de câmbio fixas, um aumento da oferta monetária tenderia a: a) produzir inflação e recessão. b) reduzir a renda através do aumento da taxa de juros. c) manter inalterado o nível da renda e as exportações. d) aumentar a renda através de seu impacto sobre a taxa de juros e, daí, sobre as exportações líquidas. e) variar a renda através de seu impacto sobre a taxa de juros e sobre o consumo, mas deixar constante o volume de exportações líquidas. 20- (NCE/UFRJ – BNDES-Economista – 2005) Analise as proposições a seguir sobre o modelo IS-LM: I – Considerando uma economia aberta pequena, com perfeita mobilidade de capital e taxa de câmbio flexível, uma expansão monetária irá elevar o nível do produto de equilíbrio e aumentar o saldo da conta corrente através de uma depreciação induzida. II – Considerando uma economia aberta pequena, com perfeita mobilidade de capital e taxa de câmbio fixa, se o atual nível de produto de equilíbrio está abaixo do pleno emprego, o governo terá como uma de suas opções para elevá-lo a expansão da oferta monetária. III – No caso “clássico”, uma política fiscal não terá efeito sobre o nível de renda e a demanda por moeda não depende da taxa de juros. Assinale a alternativa correta: a) apenas as proposições I e II estão corretas. b) apenas as proposições I e III estão corretas. c) apenas as proposições II e III estão corretas. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 15 www.pontodosconcursos.com.br d) todas as proposições estão corretas. e) nenhuma das proposições está correta. 21 - (ESAF/AFC-STN – 2005) Considere um modelo de regime de câmbio flutuante com livre mobilidade de capitais. Pode ser considerado como fator que tende a provocar uma desvalorização da moeda nacional: a) política fiscal expansionista. b) elevação dos juros externos. c) política monetária contracionista. d) elevação da taxa básica de juros interna. e) elevação dos recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais. 22 – (NCE/UFRJ – Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos – MT-2005) Em economias abertas, dadas as taxas de câmbio esperada e a taxa de juros internacional: a) um aumento da taxa de juros doméstica provoca uma apreciação cambial. b) uma diminuição da taxa de juros doméstica provoca uma apreciação cambial. c) um aumento da taxa de juros doméstica mantém inalterada a taxa de câmbio. d) uma diminuição da taxa de juros doméstica mantém inalterada a taxa de câmbio. e) um aumento da taxa de juros doméstica provoca uma depreciação cambial. 23 - (FCC – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Ceará – Economista – 2005) Em uma economia aberta com perfeita mobilidade de capitais do exterior, há ocorrência de desemprego voluntário no curto prazo. A política econômica adequada CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 16 www.pontodosconcursos.com.br para reduzir a taxa de desemprego, se a economia adotar o regime de taxas de câmbio fixas, é uma política a) fiscal expansiva. b) fiscal restritiva. c) monetária expansiva. d) de valorização do câmbio real. e) monetária restritiva. 24 – (NCE/UFRJ – BNDES-Economista – 2005) Sobre o Modelo de Crescimento de Solow, é correto afirmar que: a) sem a presença de progresso técnico, uma redução da propensão a poupar levará necessariamente a um aumento do consumo por trabalhador. b) sem a presença de progresso técnico, quanto maior a propensão a poupar, maior será a taxa de crescimento do produto por trabalhador no longo prazo. c) sem a presença de progresso técnico, no longo prazo, a relação produto/capital crescerá à medida que se eleva a taxa de crescimento da força de trabalho d) sem a presença de progresso técnico, o nível ótimo de capital por trabalhador estabelecido pela “Regra de Ouro” é aquele que maximiza a taxa de crescimento do produto por trabalhador no longo prazo. e) na presença de progresso técnico, no estado estacionário, a taxa de crescimento do produto por trabalhador será igual à taxa de crescimento da eficiência do trabalho. 25 – (ESAF/AFRF – 2002) Com base no Modelo de Crescimento de Solow, é incorreto afirmar que: a) mudanças na taxa de poupança resultam em mudanças no equilíbrio no estado estacionário. b) quanto maior a taxade poupança, maior o bem-estar da sociedade. c) um aumento na taxa de crescimento populacional resulta num novo estado estacionário em que o nível de capital por trabalhador é inferior em relação à situação inicial. d) no estado estacionário, o nível de consumo por trabalhador é constante. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 17 www.pontodosconcursos.com.br e) no estado estacionário, o nível de produto por trabalhador é constante. 26 –(ESAF/AFRF – 2003) Com relação ao modelo de crescimento de Solow, é correto afirmar que, no equilíbrio de longo prazo: a) quanto maior for a taxa de depreciação, maior será o estoque de capital por trabalhador. b) a taxa de crescimento do produto por trabalhador é igual à taxa de depreciação. c) quanto maior for a taxa de poupança, maior será o consumo por trabalhador. d) quanto maior for a taxa de crescimento populacional, maior será o estoque de capital por trabalhador. e) quanto maior a taxa de poupança, maior será o estoque de capital por trabalhador. 27 – (ESAF/AFRF – 2002. II) Considere os seguintes dados para o modelo de crescimento de Solow: k = estoque de capital por trabalhador; Δ= taxa de depreciação; y = produto por trabalhador; s = taxa de poupança. Sabendo-se que y = (k)0,5 , Δ = 0,1 e s = 0,4, os níveis de k e y no estado estacionário serão, respectivamente: a) 16 e 4 b) 16 e 8 c) 4 e 16 d) 4 e 8 e) 4 e 12 28 – (NCE/UFRJ – BNDES-Economista – 2005) Sobre o Modelo de Crescimento de Solow, é correto afirmar que: a) sem a presença de progresso técnico, uma redução da propensão a poupar levará necessariamente a um aumento do consumo por trabalhador. b) sem a presença de progresso técnico, quanto maior a propensão a poupar, maior será a taxa de crescimento do produto por trabalhador no longo prazo. c) sem a presença de progresso técnico, no longo prazo, a relação produto/capital crescerá à medida que se eleva a taxa de crescimento da força de trabalho CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 18 www.pontodosconcursos.com.br d) sem a presença de progresso técnico, o nível ótimo de capital por trabalhador estabelecido pela “Regra de Ouro” é aquele que maximiza a taxa de crescimento do produto por trabalhador no longo prazo. e) na presença de progresso técnico, no estado estacionário, a taxa de crescimento do produto por trabalhador será igual à taxa de crescimento da eficiência do trabalho. GABARITO: 01-D 02-C 03-D 04-E 05-VFFV 06-E 07-VV 08-FFFF 09-C 10-FVFF 11-D 12-A 13-D 14-A 15-B 16-E 17-E 18-E 19-C 20-B 21-B 22-A 23-A 24-E 25-B 26-E 27-A 28-E CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 19 www.pontodosconcursos.com.br 01- QUESTÕES COMENTADAS: 01-(ESAF-AFC-STN-2008) Considerando o modelo IS-LM sem os denominados casos clássicos e da armadilha da liquidez, é incorreto afirmar que: a) Um aumento das aquisições de bens de capital, por parte dos empresários, eleva a taxa de juros. b) uma política monetária expansionista reduz a taxa de juros de equilíbrio. c) o equilíbrio de curto prazo do modelo IS-LM não precisa ser o de pleno emprego. d) considerando uma função consumo linear do tipo C = C0 + cY, com 0<c<1, um aumento de C0 reduz a taxa de juros. e) uma política fiscal contracionista reduz a taxa de juros. Comentários: A assertiva A está correta e a assertiva D está incorreta porque um aumento das aquisições de bens de capital (formação bruta de capital fixo e variação de estoques) sinaliza que o fluxo de recursos ofertados, que é limitado, tem sua demanda extremamente fortalecida, o que leva ao aumento do preço do capital (taxa de juros), para selecionar os melhores projetos industriais privados e públicos. Dito de outra forma, uma política fiscal expansionista leva invariavelmente ao aumento da taxa de juros, tudo o mais constante. Assim, ampliação nos gastos do governo (política fiscal expansionista) desloca a curva IS para a direita, o que aquece a economia, incrementando a demanda agregada. A taxa de juros também se eleva em função da maior demanda por transações e oferta de moeda constante, o que sinaliza escassez. Da mesma forma, as considerações aqui observadas para a função investimento valem para a função consumo, ou seja, aumento dos gastos autônomos provocam elevação dos juros. A assertiva B está correta porque a execução de uma política monetária expansionista, ao incrementar a oferta de meios de pagamentos da economia, provoca a redução dos juros (preço da moeda), visto que as disponibilidades (oferta) de crédito e moeda são maiores. Lembrando que os instrumentos à disposição do BACEN para a execução da política monetária são: redução dos recolhimentos compulsórios, redução da taxa de redesconto e operação de resgate ou recompra de títulos públicos. A assertiva C está correta porque o modelo de demanda agregada chamado modelo IS-LM é uma interpretação relevante da teoria Keynesiana. Pressupõe o nível de preços como sendo exógeno e mostra o que determina a renda nacional. Pode-se vê-lo mostrando o que leva a CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 20 www.pontodosconcursos.com.br renda a mudar no curto prazo, quando o nível de preços é determinado. Mas também pode ser encarado como o que provoca o deslocamento da curva da demanda agregada. Em suma, reside em uma forma útil de avaliar os efeitos das políticas macroeconômicas sobre a demanda agregada. O modelo serve como delineador das interações entre estes mercados, que determinam a demanda agregada, mas não o equilíbrio da economia, pois IS e LM são calculadas para um certo nível de preços. A assertiva E está correta porque a redução nos gastos governamentais e/ou incremento nos impostos (política fiscal contracionista) desloca a IS para a esquerda, o que combate a inflação, desaquecendo a economia, provocando contração de investimentos privados e desaceleração da atividade econômica, além da queda dos juros. Gabarito: D 02- (TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) Sobre a política fiscal e sua análise gráfica através dos casos extremos conhecidos no modelo IS-LM como “armadilha da liquidez” e “caso clássico”, assinale a assertiva correta em consonância com a realidade das economias desenvolvidas: a) O mundo vive assolado pela crise financeira internacional e a taxa de juros (instrumento monetário) deve ser constantemente manejado de sorte a garantir a coerência da atuação dos policy makers. b) O caso conhecido como caso clássico em que a curva LM é perfeitamente vertical sinaliza que a política fiscal é inoperante e o mundo conclama hoje por esse contexto. c) O caso tido na literatura como “caso keynesiano” retrata, dadas as devidas proporções, a realidade mundial em que a taxa de juros é tão reduzida de sorte que a política monetária é ineficaz, valendo-se, para tanto, os instrumentos de cunho fiscal (aumento de gastos públicos e queda de impostos) para a reativação da economia e incremento da demanda agregada. d) Curva LM horizontal representa caso clássico e política fiscal mais eficiente que política monetária. e) Curva LM perfeitamente vertical identifica o caso clássico e representa independência das políticas fiscal e monetária. Comentários: A assertiva A está incorreta e a assertiva C está correta porque o mundo passa por uma de suas piores crises no biênio 2008/2009 e CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 21 www.pontodosconcursos.com.br percebe-se que a política monetária é impotente para reativar a economia, dada que a taxa de juros das economias desenvolvidas já está em um patamar suficientemente baixo. É o típico casokeynesiano em que apenas a política fiscal é eficiente (aumento de gastos públicos e corte de impostos). A assertiva B está incorreta porque, embora o caso clássico represente uma curva LM vertical, demonstrando a ineficácia da política fiscal, o mundo assolado pela crise financeira e econômica conclama por política fiscal, colidindo com o pensamento monetarista ou clássico. A assertiva D está incorreta porque a curva LM horizontal denota o caso keynesiano ou armadilha da liquidez em que a política fiscal é a única ferramenta para reativar a economia e eliminar o quadro de recessão e estagnação. A assertiva E está incorreta porque a curva LM perfeitamente vertical identifica o caso clássico e representa a importância e eficácia da política monetária e a total ineficácia da política fiscal. Os instrumentos fiscais apenas perturbam a taxa de juros, não produzindo efeitos sobre a renda e o produto nacionais. Gabarito: C 03-(TREINAMENTO AVANÇADO-ESAF-AFRFB-2009) “Os dois trimestres consecutivos de queda no PIB brasileiro foram um reflexo da crise econômica mundial, que se agravou a partir de setembro de 2008 e levou vários países a entrar em recessão. A recessão é caracterizada por uma forte queda no crescimento de uma economia e é definida por um conjunto de indicadores. O termo "recessão técnica" é um jargão usado por economistas para definir um período de dois trimestres consecutivos de queda no PIB” (extraída de ig.com.br seção Economia, 09/06/2009). Sobre o tema em pauta e a contabilidade nacional, não podemos destacar que: a) A queda no investimento foi particularmente violenta. As decisões de ampliar capacidade foram generalizadamente adiadas e investimentos em curso suspensos. Isso significa que a retomada em curso pode prosseguir numa boa até um certo limite. Depois de ocupar a capacidade instalada – que já vinha sob pressão quando a crise eclodiu, no início do quarto trimestre do ano passado – a marcha, que não está sendo rápida, pode ficar mais lenta ainda. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 22 www.pontodosconcursos.com.br b) Indústria e comércio exterior foram alguns dos setores da economia brasileira mais afetados pela crise. No primeiro caso, o destaque negativo foi para a indústria de bens de capital, que reflete a intenção de investir. c) O consumo das famílias foi o que evitou uma queda mais pronunciada do PIB brasileiro. Esse indicador responde por 60% do PIB e considera consumo de bens e de serviços, como educação e saúde, por exemplo. De acordo com o IBGE, as despesas de consumo das famílias tiveram crescimento de 0,7% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o quarto trimestre de 2008. O consumo do governo também se manteve em crescimento, apesar da crise. d) A recessão sinalizada na economia deve ser combatida através de ferramentas de manejo fiscal contracionista via queda dos gastos públicos e elevação da carga tributária. e) A situação demonstrada hoje em boa parte do mundo desenvolvido revela o caso da “armadilha da liquidez” em que a política fiscal deve ser incentivada via aumento de gastos públicos e corte de impostos, retratando a inoperância da taxa de juros para reativar a economia. Comentários: As assertivas A, B e C estão corretas porque são indicadores de contas nacionais mais recentes que demonstraram os efeitos da crise financeira internacional nas variáveis domésticas de consumo (C), investimento (I) e gastos do governo (G), em maior ou menor escala, todas foram impactadas. A assertiva D está incorreta e a assertiva E está correta porque a recessão sinalizada na economia deve ser combatida via manejo fiscal expansionista com aumento dos gastos públicos (despesas correntes e de capital) além da queda da carga tributária ou desoneração fiscal. Gabarito: D 04- (FGV/ICMS-RJ/2008) Suponha que as seguintes equações descrevam o comportamento da economia no curto prazo: C = 0,8( 1- t)Y t = 0,25 I = 900 – 50i G = 800 L = 0,25Y – 62,5i M/P = 500 Notação: C é o consumo agregado, t é a taxa de imposto sobre a renda, Y é a renda, I é o investimento privado, i é a taxa de juros, G é o gasto CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 23 www.pontodosconcursos.com.br do governo, L representa a demanda por moeda e M/P é a oferta de moeda. Dessa forma, pode-se afirmar que a renda de equilíbrio nessa economia será: a) 1.500 b) 2.000 c) 2.500 d) 3.000 e) 3.500 Comentários: A renda de equilíbrio (Yo) da economia pode ser encontrada através da coincidência de interesses das curvas LM e IS, ou melhor, no ponto de intersecção das curvas representativas do mercado de bens e serviços (mercado real) via curva IS com o mercado de moedas via curva LM. Sobre a curva IS, temos a seguinte equação: Y = C + I + G Y = 0,8(1 –t)Y + 900 – 50i + 800 Y = 0,8(1 – 0,25)Y + 1700 – 50i Y = 0,8.0,75Y + 1700 – 50i Y= 0,6Y + 1700 – 50i Y – 0,6Y = 1700 – 50i 0,4Y = 1700 – 50i Y = 1700 – 50i (1) 0,4 Sobre a curva LM, vale mencionar: A demanda por moeda (L) deve ser equivalente à oferta de moeda (M/P): 0,25Y – 62,5i = 500 0,25Y = 500 + 62,5i Y = 500 + 62,5i (2) 0,25 Daí vem: (1) = (2): 1700 – 50i = 500 + 62,5i (2) 0,4 0,25 (1700 – 50i)x0,25 = (500 + 62,5i)x0,4 425 – 12,5i = 200 + 25i 225 = 37,5i i = 6 Substituindo i = 6 em (1), vem: (1) Y = 1700 – 50.6 = 1400 = 3.500 0,4 0,4 Logo, Y (renda de equilíbrio) é igual a 3.500. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 24 www.pontodosconcursos.com.br Gabarito:E 05-(CESPE/UNB-SEFAZ-ES-2008) A macroeconomia, que permite avaliar o desempenho da economia como um todo, centra-se na análise dos grandes agregados macroeconômicos. Com relação a esse assunto, julgue os itens subsequentes. a) Os sistemas de flutuação administrada da taxa de câmbio, utilizados atualmente em muitos países, combinam características do regime de taxas de câmbio flexíveis com intervenções esporádicas dos bancos centrais, no intuito de reduzir a volatilidade cambial. b) No longo prazo, aumentos dos déficits públicos elevam as taxas de juros e depreciam a moeda nacional, contribuindo, assim, para a expansão das exportações líquidas da economia nacional. c) A substancial queda da arrecadação observada atualmente no Brasil, por elevar o déficit público (ou reduzir o superávit), contribui para apreciar o real e reduzir as exportações líquidas sem porém, elevar as taxas de juros. d) Aumentos nos gastos públicos deslocam a curva IS para cima e para a direita. Comentários: A assertiva A está correta porque flutuação suja ou administrada ou “dirty floating” é o regime cambial em que o mercado determina a cotação cambial (forças da oferta e demanda por moeda estrangeira), que é a característica principal do câmbio flexível ou flutuante, mas o Banco Central faz uma espécie de vigilante da paridade cambial ou mercado cambial, fazendo incursões esporádicas para evitar uma valorização ou desvalorização excessiva da moeda. A assertiva B está incorreta porque aumento do déficit público tem sua motivação no maior quantitativo de gastos públicos (despesas correntes e/ou de capitais), o que representa medida de política fiscal expansionista, acarretando nova etapa de aumento dos juros básicos da economia nacional. Com uma taxa mais atraente de rendimentos, ocorre um processo de atração de capitais para a economia nacional, aumentando a demanda por moeda doméstica frente à estrangeira, valorizando a moeda tupiniquim frente ao dólar norte-americano. Apreciação ou valorização cambial provoca aumento das importações líquidas (mais importações e menos exportações), aumentado o déficit da balança comercial. A assertiva C está incorreta porquea queda da carga tributária (redução do apetite dos impostos, desoneração fiscal) reduz o superávit fiscal, se existir ou eleva o déficit público, se houver. Dessa forma, a CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 25 www.pontodosconcursos.com.br política fiscal expansionista de queda de impostos aumenta a renda disponível da coletividade, elevando também o preço do capital ou taxa de juros interna. A moeda nacional se vê valorizada em função da maior procura por reais no front externo, o que sinaliza maiores importações líquidas ou menores exportações líquidas, afetando a balança comercial negativamente. A assertiva D está correta porque aumento dos gastos públicos (mais gastos correntes ou investimentos públicos) representam política fiscal expansionista, que é retratada graficamente através do deslocamento da curva IS para cima e para a direita. r LM IS” IS’ Y Gabarito: VFFV CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 26 www.pontodosconcursos.com.br 06 – (ESAF/AFC-STN – 2005) No modelo IS/LM sem os denominados casos clássico e keynesiano, a demanda por moeda a) não varia com a renda e com a taxa de juros. b) não depende da renda. c) só depende da taxa de juros quando esta taxa produz reais negativos. d) é inversamente proporcional à renda. e) é inversamente proporcional à taxa de juros. Comentários: Questão rigorosamente fácil, o que é muito perigoso. O candidato pode julgar que há alguma “pegadinha” na questão. Calma, nem sempre isso acontece. Em um certame, é desejável que estejamos preparados também para questões fáceis. A demanda por moeda é diretamente proporcional à renda e inversamente proporcional à taxa de juros, sem os casos específicos clássico e keynesiano. Ou seja, no equilíbrio monetário, L = Ky – hi. Gabarito: E 07-(CESPE-UNB-ANATEL-2009) O entendimento dos agregados econômicos internacionais é de importância crescente às economias domésticas. Para isso, entre outros pontos, são necessários conhecimentos sobre comércio internacional, taxa de câmbio, sistema financeiro nacional e balanço de pagamentos, bem como de seus reflexos sobre as economias locais. Em relação a esses tópicos, julgue os itens que se seguem. a)A valorização das respectivas moedas nacionais é uma tendência dos países que elevam a sua taxa de juros interna em relação às taxas internacionais. b) O resultado líquido de transferências não-retribuídas, como a doação sem contrapartidas por parte de quem as recebe é centralizado no balanço de transações correntes. Comentários: A assertiva A está correta porque o aumento das taxas de juros domésticas frente às taxas de juros dos mercados financeiros internacionais provoca um processo de atração de capitais, aumentando a demanda pela moeda nacional, o que impele a valorização da moeda nacional frente à moeda internacional, aumentando as importações líquidas. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 27 www.pontodosconcursos.com.br A assertiva B está correta porque o resultado líquido de transferências não-retribuídas (transferências unilaterais), como a doação sem contrapartidas por parte de quem as recebe é centralizado no balanço de transações correntes na conta de transferências unilaterais. O saldo do balanço de pagamentos em conta corrente é formado pela balança comercial, balança de serviços e transferências unilaterais (TC = BC + BS + TU). Gabarito: VV 08-(CESPE/UNB-ANATEL-2009) A teoria econômica divide seus estudos sob os ângulos micro e macro. Em termos gerais, à microeconomia cabe a análise dos mercados nos quais as famílias e as empresas estão inseridas, via, entre outros meios, o entendimento da oferta e da demanda, dos mecanismos de formação de preços e das estruturas de mercado; à macroeconomia cabe o estudo dos agregados, e, para isso, entre outros temas, ela trabalha com o da inflação e das políticas fiscal e monetária, com a contabilidade social ou nacional, preocupando-se com a medição desses agregados. À luz do texto apresentado, julgue os itens a seguir, relativos à macroeconomia. a) Os primeiros registros de um sistema que fornecesse uma visão dos agregados macroeconômicos, o que hoje é chamado de contabilidade social ou contabilidade nacional, realizados por Keynes, surgiram devido à grande depressão dos anos 30 do século passado nos Estados Unidos da América. b) No sistema de contas nacionais, há identidade entre o conceito de produto nacional líquido, a preços de mercado, e o de renda nacional. Ao se descontar desta os tributos diretos líquidos, obtém-se a renda pessoal disponível. c)Pode-se estudar o efeito da estagflação dentro do conceito de inflação de demanda. d) Em relação à curva LM, podem-se destacar três trechos, quais sejam, o clássico, o keynesiano e o intermediário. No clássico, a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros é infinita, enquanto, no trecho keynesiano, essa elasticidade é igual a zero. Comentários: A assertiva A está incorreta porque Keynes surgiu com a corrente fiscalista que propunha o resgate do Estado, da intervenção estatal para aquecer a demanda agregada, o ritmo da economia. Surgiu na época da grande depressão dos anos 30 com a crise da bolsa de valores. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 28 www.pontodosconcursos.com.br A assertiva B está incorreta porque no sistema de contas nacionais, há identidade entre o conceito de produto nacional líquido, a custo de fatores, e o de renda nacional. Ao se descontar desta os tributos diretos e indiretos líquidos (carga de impostos menos subsídios), obtém-se a renda pessoal disponível. A assertiva C está incorreta porque se pode estudar o efeito da estagflação dentro do conceito de inflação inercial através da curva de Phillips ampliada, com expectativas ou curva de Phillips de longo prazo. Surge a estagflação em que se vislumbra a estagnação (recessão e desemprego) combinada com o elevado desemprego. De certa forma, a inflação inercial apregoa que a memória inflacionária faz com que a inflação do passado se propague para a inflação presente que é automaticamente repassada para a inflação futura. A assertiva D está incorreta porque no caso clássico ou monetarista, a curva LM é vertical ou perfeitamente inelástica em que a demanda por moeda não depende da taxa de juros e a política monetária apresenta efeito máximo sobre a renda. Já o trecho keynesiano ou armadilha da liquidez apresenta uma curva LM horizontal ou perfeitamente elástica em que a taxa de juros é tão baixa que o público prefere manter a oferta de moeda ofertada na forma de encaixes reais. A política monetária é impotente para afetar tanto a taxa de juros quanto o nível de renda. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 29 www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: FFFF 09- No ramo da “armadilha de liquidez’’ da curva LM, um acréscimo de gastos induz um aumento da renda que é: a) Menor do que aquele dado pelo multiplicador keynesiano. b) Maior do que aquele dado pelo multiplicador keynesiano. c) Igual ao dado pelo multiplicador keynesiano. d) Igual ao supermultiplicador. e) Nenhum dos casos acima. Comentários: No ramo da “armadilha da liquidez”, o aumento dos gastos do governo não afeta a taxa de juros e, portanto, não reduz os investimentos do setor privado (não ocorre crowding-out). Assim, o efeito do aumento dos gastos do governo não sofre nenhum “desconto”, sendo completo e igual ao multiplicador keynesiano. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 30 www.pontodosconcursos.com.brGabarito: C 10- A respeito do modelo Mundell Fleming e suas variações, interprete as evidências abaixo: a) Numa pequena economia aberta com livre mobilidade de capitais e taxa de câmbio flutuante, uma redução dos gastos do governo deve provocar uma redução do produto. b) Numa pequena economia aberta com livre mobilidade de capitais e taxa de câmbio fixa, uma redução dos gastos do governo deve provocar uma redução do produto. c) Com salários nominais rígidos, câmbio nominal fixo e perfeita mobilidade do capital, uma política fiscal expansionista não afetará a renda nacional. d) No caso de uma pequena economia aberta, a política fiscal não exerce impacto sobre a renda quando as taxas de câmbio são fixas. Comentários: A assertiva A está incorreta porque a retração fiscal diminui a taxa de juros e a renda na economia fechada, como visto no modelo IS-LM. Na pequena economia aberta com taxa de câmbio flutuante, a contração fiscal deixa a renda inalterada. O motivo da diferença reside na pressão de redução dos juros expulsando capital externo. O capital que flui para o exterior aumenta a demanda por moeda estrangeira no mercado de câmbio (depreciação do real) aumentando as exportações e freando as importações (elevação nas exportações líquidas). Notem que enquanto a taxa interna de juros estiver abaixo da taxa internacional, a saída de capitais vai continuar a depreciar a moeda CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 31 www.pontodosconcursos.com.br doméstica. O equilíbrio final é atingido quando a taxa de juros volta ao nível internacional e a demanda agregada sobe. O freio monetário tem um efeito redutor sobre a demanda agregada e, portanto, sobre a produção. A curva IS volta para a posição inicial e a demanda agregada permanece inalterada. Essencialmente, os efeitos contracionistas da política fiscal são anulados pelos impactos expansionistas da depreciação da moeda. Anula-se assim o suposto efeito da contração na demanda interna por bens e serviços, de modo que a renda de equilíbrio permanece constante. A assertiva B está correta porque toda redução dos gastos públicos promove uma queda na taxa de juros doméstica, ocasionando saída de capitais, o que reflete numa maior demanda por moeda estrangeira via maior interesse por títulos externos. A moeda nacional preterida pela moeda estrangeira acarreta, invariavelmente, uma desvalorização da moeda nacional. Como o câmbio é fixo, a autoridade monetária vende suas reservas, o que reduz a base monetária de sorte a atender a crescente demanda por moeda estrangeira. A contração da base monetária de modo a evitar a desvalorização da moeda doméstica é conhecida como acomodação monetária do Banco Central. A assertiva C está incorreta porque com câmbio fixo, uma expansão fiscal incrementa o produto e a renda, o que eleva a taxa de juros. Com uma taxa de juros doméstica mais interessante que a observada no mercado internacional, ocorre uma atração de capitais externos para a economia nacional. O BC adquire esses capitais de sorte a evitar a valorização da moeda doméstica. Como os salários são rígidos, ocorrendo, portanto, desemprego, o efeito final da expansão fiscal sinaliza aumento do emprego e do produto no curto prazo. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 32 www.pontodosconcursos.com.br A assertiva D está incorreta porque a expansão fiscal produz um efeito equivalente ao do multiplicador keynesiano, quando a economia é pequena e aberta com regime cambial fixo. A elevação da taxa de juros interna frente à observada no mercado internacional incentiva a captação de recursos, pressionando por uma valorização da moeda doméstica. Como o BC está comprometido com o câmbio fixo, aumenta a base monetária, expandindo o produto. Gabarito: FVFF 11-(NCE/UFRJ-ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO-ANAC- ECONOMISTA – 2007) A respeito do modelo Mundell-Fleming para uma economia pequena, com perfeita mobilidade de capitais, não é correto afirmar que: CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 33 www.pontodosconcursos.com.br a) a adoção do regime de câmbio fixo elimina a possibilidade de o governo influenciar o nível de renda de equilíbrio através da política monetária. b) a adoção de regime de câmbio flexível fará com que a política fiscal tenha efeitos apenas na composição da demanda e não sobre o nível de renda de equilíbrio. c) em regime de câmbio flexível, uma política monetária expansionista irá gerar uma melhora na balança comercial e um aumento no nível de renda de equilíbrio. d) em regime de câmbio flexível, uma política monetária contracionista irá gerar uma redução na taxa de juros doméstica. e) em regime de câmbio flexível, a expansão da oferta monetária irá gerar uma depreciação da moeda doméstica. Comentários: A assertiva A está correta porque com câmbio fixo, a oferta monetária e a curva LM devem voltar às suas posições iniciais, para manter constante a taxa de câmbio. A renda e o produto se expandem no curto prazo, retornando às suas posições iniciais no médio prazo. A assertiva B está correta porque o regime flexível de câmbio faz com que a política fiscal seja inoperante em razão do freio monetário (apreciação da moeda) que anula os impactos expansionistas da política fiscal. A demanda agregada tem seu perfil (sua composição) alterada qualitativamente, mas não quantitativamente. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 34 www.pontodosconcursos.com.br A assertiva C está correta porque em um regime cambial flexível, uma política monetária expansionista aumenta a oferta de reais no mercado cambial, depreciando a moeda doméstica e aumentando as exportações líquidas. A demanda agregada aumentou influenciada pela alteração no câmbio. A assertiva D está incorreta porque em qualquer regime cambial, uma política monetária contracionista (redução da oferta de moeda) irá gerar uma elevação da taxa de juros doméstica frente à internacional, incentivando o ingresso de capitais estrangeiros rumo a retornos mais satisfatórios. A assertiva E está correta porque em um regime cambial flexível, a política monetária expansionista irá gerar queda dos juros domésticos frente aos internacionais, alimentando a saída de capitais do ambiente doméstico em busca de retornos mais significativos no cenário internacional. A oferta de moeda doméstica será abundante assim como CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 35 www.pontodosconcursos.com.br a demanda por moeda estrangeira. Temos, então, um cenário de depreciação da moeda doméstica. Gabarito:D 12-(CESGRANRIO/BNDES/2008) O gráfico abaixo mostra as curvas IS e LM numa certa economia. Maiores gastos públicos financiados por novas emissões monetárias a) expandiram a produção e a renda acima de Y0. b) reduziriam necessariamente a taxa de juros para baixo de i0. c) reduziriam as importações. d) deslocariam a IS e a LM para posições tais como AB e CD. e) provocariam, necessariamente, aumento dos preços. Comentários: Uma política fiscal expansionista desloca a curva IS para a direita (para cima) e uma emissão monetária (política monetária expansionista) desloca a LM também para a direita (para baixo), apresentando como fruto uma renda de equilíbrio mais acentuada que a observada anteriormente. A assertiva B está incorreta porque não se tem meios de saber o efeito conclusivo sobre a taxa de juros, uma vez que a política fiscal aumenta os juros ao passo que a política monetária praticada reduz. A assertiva C está incorreta porque o efeito final sobre as importações depende do regime cambial estabelecido (fixo ou flutuante). CURSOON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 36 www.pontodosconcursos.com.br A assertiva D está incorreta porque a curva LM não pode ser deslocada para a posição CD (para a esquerda), o que representaria medida de política monetária contracionista. A assertiva E está incorreta porque a política monetária expansionista provocaria aceleração de preços somente em um cenário de capacidade ociosa nula, ou seja, pleno emprego dos fatores de produção em que a demanda agregada supera a oferta agregada, trazendo à reboque a inflação de demanda de meios de pagamento. Gabarito:A 13-(FCC-MPU/2007) Se a função LM for infinitamente elástica em relação à taxa de juros e a economia apresentar taxa de desemprego acima da taxa natural, uma medida de política econômica recomendada para aumentar a renda de equilíbrio é: a) aumento da oferta monetária. b) redução da taxa de juros da economia. c) valorização da taxa de câmbio. d) redução da tributação. e) diminuição dos gastos do governo. Comentários: O contexto de uma curva LM horizontal (infinitamente elástica) é uma situação tipicamente keynesiana em que a única saída se dá via política fiscal que, por meio de um incremento nos gastos do governo ou redução nos impostos, deslocaria a curva IS para a direita (IS1 para IS2), o que representa aumento de demanda agregada, incentivando o setor produtivo da economia, provocando um crescimento da renda e um decréscimo na taxa de desemprego. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 37 www.pontodosconcursos.com.br Gabarito:D 14- Suponha que dois países difiram somente no que diz respeito à magnitude das suas propensões marginais a consumir. No país A, a propensão marginal a consumir é alta e no país B, a propensão marginal a consumir é pequena. Assumindo que as funções de demanda e oferta de moeda são iguais em ambos os países, é falso que a) a curva IS é mais inclinada no país A do que no país B b) o formato da curva LM não é afetado pela propensão marginal a consumir c) supondo que a política monetária seja capaz de alterar o nível do produto nos dois países, ela será mais eficaz para alterar o produto no país A. d) intuitivamente, quando a taxa de juros cai, o investimento aumenta e o produto cresce via o efeito direto do investimento e efeitos multiplicadores sobre o consumo. e) se os dois países estiverem na “armadilha da liquidez”, a política monetária será igualmente ineficaz para aumentar o nível do produto nos dois países. Comentários: Partimos da premissa que a propensão marginal a consumir em A é maior que a propensão marginal a consumir em B e sabemos que a inclinação da IS depende fundamentalmente: a) da elasticidade do investimento face à taxa de juros e b) da magnitude do multiplicador. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 38 www.pontodosconcursos.com.br É do conhecimento dos nobres futuros colegas que o multiplicador keynesiano está diretamente vinculado com a propensão marginal a consumir ( lembrem-se daquelas assertivas sobre multiplicador keynesiano do tópico da macroeconomia keynesiana). O que isso contribui para a resolução da questão? Bem, como a fórmula demonstra que k = 1/(1 – c), nota-se que se a propensão marginal a consumir (c) for pequena, o multiplicador (k) também é pequeno. Da mesma forma, se c for grande, o k também será. Como o c do país A é maior que o c do país B, sabemos até o momento que o multiplicador em A é maior que o multiplicador em B. Além disso, temos que reconhecer que, quanto maior o multiplicador (k), menos inclinada (menos vertical) é a curva IS. Assim, fica resolvida a questão. A curva IS em A é menos inclinada que em B, isto é, o multiplicador em A é maior que em B, posto que a propensão marginal a consumir em A se faz maior do que em B (é a referência do problema). Gabarito: A 15 – ( CESGRANRIO/UFRJ-Economista/PETROBRAS – 2005) A demanda especulativa de moeda se relaciona negativamente com a taxa de juros porque: a) quanto mais alta a taxa de juros, maior é a perda de capital potencial esperada dos títulos. b) quanto mais elevada a taxa de juros, maior é o custo de oportunidade do investimento em moeda. c) quanto mais elevada a taxa de juros, maior é o custo de oportunidade do investimento em títulos. d) quanto mais baixa a taxa de juros, maior é a perda de capital potencial da moeda. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 39 www.pontodosconcursos.com.br e) quanto mais baixa a taxa de juros, maior é o incentivo para se investir em títulos. Comentários: A demanda especulativa da moeda é a face da demanda por moeda que se relaciona com a taxa de juros nominal de forma inversa, isto é, quanto mais alta a taxa de juros, menor a demanda por moeda. A taxa de juros serve, então, de balizador do custo de oportunidade observado na demanda por encaixes reais versus demanda por títulos. Será mais interessante para o agente da economia investir seu estoque de riqueza (suas disponibilidades orçamentárias) preponderantemente em títulos, que rendem juros, em detrimento dos encaixes reais (moeda). Dessa forma, existe um custo de oportunidade alto de investimento em moeda, já que os títulos pagam uma taxa bastante atraente em razão da elevação da taxa de juros. Gabarito: B 16 – (ESAF/AFC-STN – 2005) No modelo IS/LM sem os denominados casos clássico e keynesiano, a demanda por moeda a) não varia com a renda e com a taxa de juros. b) não depende da renda. c) só depende da taxa de juros quando esta taxa produz reais negativos. d) é inversamente proporcional à renda. e) é inversamente proporcional à taxa de juros. Comentários: Questão rigorosamente fácil, o que é muito perigoso. O candidato pode julgar que há alguma “pegadinha” na questão. Calma, nem sempre isso acontece. Em um certame, é desejável que estejamos preparados também para questões fáceis. A demanda por moeda é diretamente proporcional à renda e inversamente proporcional à taxa de juros, sem os casos específicos clássico e keynesiano. Ou seja, no equilíbrio monetário, L = Ky – hi. Gabarito: E CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 40 www.pontodosconcursos.com.br 17-( CESGRANRIO/Economista-Petrobras-2005) Os fatores que determinam a eficácia da política fiscal no modelo IS-LM são a(o): a) potência da política monetária e o tamanho do multiplicador dos gastos autônomos. b) elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de câmbio e a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros. c) tamanho do gasto público e o tamanho do multiplicador. d) multiplicador dos gastos autônomos e o tamanho da armadilha da liquidez. e) multiplicador dos gastos autônomos, a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros e a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros. Comentários: O grau de eficácia da política fiscal depende: i) da elasticidade do investimento em relação aos juros; ii) da propensão marginal a consumir; iii) do multiplicador keynesiano. Veja o quadro resumo abaixo: Política Fiscal Elasticidade I em relação aos juros Propensão marginal a consumir Multiplicador - Eficaz ↓ ↓ ↓ + Eficaz ↑ ↑ ↑ A assertiva e traz corretamente o multiplicador dos gastos autônomos, a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros. Elenca a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros, fator de eficácia direto da política monetária, mas que atua, indiretamente, na política fiscal. Uma elevação na taxa de juros compromete a demanda por moeda. Todavia, para restaurar o equilíbrio e recuperar a demanda por moeda que afeta a demanda por bens e serviços, faz-se necessáriaa queda na taxa de juros e/ou aumento no nível de demanda agregada (via política fiscal) ou combinações desses efeitos a fim de que a demanda por moeda se iguale à oferta . Gabarito: E CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 41 www.pontodosconcursos.com.br 18- (FCC/Analista/BC – 2006) No modelo de Mundell-Fleming para uma pequena economia aberta com perfeita mobilidade de capitais e taxas de câmbio flexíveis, onde se observa a existência de desemprego no curto prazo, uma política de expansão da oferta de moeda praticada pelo Banco Central terá como uma de suas conseqüências: a) a permanência da taxa de desemprego nos mesmos níveis anteriores. b) a diminuição do produto real. c) a valorização da taxa de câmbio. d) o aumento da entrada líquida de capitais externos. e) o aumento das exportações líquidas. Comentários: Questão muito bem elaborada. E, atenção, pois as questões elaboradas para o exame do BACEN são rigorosamente as mais difíceis. Aqui se faz necessário o entendimento das políticas macro sob os diversos regimes cambiais. O modelo Mundell-Fleming examina os efeitos da aplicação de políticas fiscal e monetária em regimes de taxas de câmbio fixas e flexíveis. A partir das hipóteses do modelo e seguindo os efeitos da aplicação de cada uma das políticas, conclui-se que a política fiscal é eficiente no regime de câmbio fixo e a política monetária é eficiente no câmbio flexível. Nesse último caso, que é o apresentado na questão, um aumento da oferta de moeda diminui a taxa de juros interna, que resulta em saída de capitais para o exterior. No regime de câmbio flexível, a taxa de câmbio cai, ou seja, a moeda nacional se desvaloriza, aumentando-se as exportações e diminuindo as importações, provocando certamente diminuição do desemprego via aumento da renda e incremento das exportações líquidas. Gabarito: E 19-(NCE/UFRJ – Analista FINEP/MCT – 2006) Numa pequena economia aberta com taxas de câmbio fixas, um aumento da oferta monetária tenderia a: a) produzir inflação e recessão. b) reduzir a renda através do aumento da taxa de juros. c) manter inalterado o nível da renda e as exportações. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 42 www.pontodosconcursos.com.br d) aumentar a renda através de seu impacto sobre a taxa de juros e, daí, sobre as exportações líquidas. e) variar a renda através de seu impacto sobre a taxa de juros e sobre o consumo, mas deixar constante o volume de exportações líquidas. Comentários: Um aumento da oferta monetária, em regime cambial fixo, ao reduzir a taxa de juros doméstica, sinaliza a forte saída de capitais rumo a mercados com maior remuneração via juros. Esse movimento gera escassez de reais, induzindo à depreciação da moeda nacional e ampliando as exportações líquidas e, indiretamente, o crescimento da renda/produto. O impacto positivo sobre a renda e as exportações líquidas é anulado pela fixação firme do câmbio, fazendo com que a oferta de moeda e a curva LM voltem às suas posições iniciais. O BC perde a autonomia de fazer política monetária e o nível de renda e exportações são mantidos constantes. Política/Regime Cambial Flutuante Y e NX Fixo Y e NX Expansão Fiscal - ↑ ↓ ↑ - - Expansão Monetária ↑ ↓ ↑ - - - Política Comercial - ↑ - ↑ - ↑ Gabarito: C CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 43 www.pontodosconcursos.com.br 20- (NCE/UFRJ – BNDES-Economista – 2005) Analise as proposições a seguir sobre o modelo IS-LM: I – Considerando uma economia aberta pequena, com perfeita mobilidade de capital e taxa de câmbio flexível, uma expansão monetária irá elevar o nível do produto de equilíbrio e aumentar o saldo da conta corrente através de uma depreciação induzida. II – Considerando uma economia aberta pequena, com perfeita mobilidade de capital e taxa de câmbio fixa, se o atual nível de produto de equilíbrio está abaixo do pleno emprego, o governo terá como uma de suas opções para elevá-lo a expansão da oferta monetária. III – No caso “clássico”, uma política fiscal não terá efeito sobre o nível de renda e a demanda por moeda não depende da taxa de juros. Assinale a alternativa correta: a) apenas as proposições I e II estão corretas. b) apenas as proposições I e III estão corretas. c) apenas as proposições II e III estão corretas. d) todas as proposições estão corretas. e) nenhuma das proposições está correta. Comentários: A proposição I está correta. Política monetária expansionista, em contexto de regime cambial flexível, promoverá o incremento do produto/renda bem como uma melhor situação da balança comercial via aumento das exportações líquidas em razão da depreciação da moeda doméstica induzida por taxas de juros locais inferiores às internacionais. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 44 www.pontodosconcursos.com.br A proposição II está incorreta. Política monetária expansionista, em contexto de regime cambial fixo, promoverá redução da taxa de juros interna e, conseqüente, evasão de divisas, em função da taxa de juros internacional mais atraente. Tal movimento ocasiona escassez de demanda por reais, induzindo a depreciação da moeda nacional. Até aqui, rigorosamente igual ao movimento observado no regime cambial flexível. O suposto aumento das exportações líquidas e o incremento da renda são anulados em função da vinculação do BC à firme manutenção da taxa de câmbio. Para manter a taxa de câmbio constante, a oferta de moeda e a curva LM devem voltar às suas posições iniciais. Portanto, com regime cambial fixo, é impossível fazer uma política monetária normal. A proposição III está correta. Temos aqui uma proposição sobre o modelo IS-LM para uma economia fechada. O “caso clássico” refere-se à situação em que a demanda por moeda não depende da taxa de juros. Para esta situação, a curva LM é vertical (perfeitamente inelástica) de modo que uma variação na oferta de moeda irá deslocá-la produzindo um efeito máximo sobre o nível de renda Y. A política fiscal é inócua. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 45 www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: B 21 - (ESAF/AFC-STN – 2005) Considere um modelo de regime de câmbio flutuante com livre mobilidade de capitais. Pode ser considerado como fator que tende a provocar uma desvalorização da moeda nacional: a) política fiscal expansionista. b) elevação dos juros externos. c) política monetária contracionista. d) elevação da taxa básica de juros interna. e) elevação dos recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais. Comentários: Questão muito bem elaborada pela banca. Embora aparentemente curta, requer conhecimento das hipóteses e conclusões do modelo Mundell-Fleming. Só um comentário bastante preciso (mas não o suficiente para anular a questão) reside no fato que estamos lidando com regime cambial flexível. Daí, o termo a ser utilizado para esse regime cambial é depreciação da moeda doméstica e não desvalorização da moeda nacional, essa utilizada quando o regime cambial é o fixo. Resumindo, temos: Regime cambial/Movimento Cambial Moeda nacional mais fraca Moeda nacional mais forte Câmbio flexível Depreciação Apreciação Câmbio fixo Desvalorização Valorização Regime cambial flexível e livre mobilidade de capitais são os pressupostos. E questiona-se sobre qual instrumento de política macroeconômica provoca uma desvalorização do real. Sabemos, de antemão, que a única política efetiva, com taxas de câmbio flutuantes, é a política monetária.A assertiva A está incorreta porque se refere à expansão fiscal com câmbio flutuante apreciando o câmbio e reduzindo as exportações líquidas. A assertiva B está correta porque juros externos mais atraentes geram saída de capitais. Tal fato aumenta a oferta de reais e reduz a demanda por dólares no mercado cambial, depreciando a moeda doméstica e aumentando as exportações líquidas. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 46 www.pontodosconcursos.com.br As assertivas C, D e E estão incorretas por se referirem à contração do produto e da renda, deslocando a LM para a esquerda e aumentando os juros internos. Gabarito: B 22 – (NCE/UFRJ – Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos – MT-2005) Em economias abertas, dadas as taxas de câmbio esperada e a taxa de juros internacional: a) um aumento da taxa de juros doméstica provoca uma apreciação cambial. b) uma diminuição da taxa de juros doméstica provoca uma apreciação cambial. c) um aumento da taxa de juros doméstica mantém inalterada a taxa de câmbio. d) uma diminuição da taxa de juros doméstica mantém inalterada a taxa de câmbio. e) um aumento da taxa de juros doméstica provoca uma depreciação cambial. Comentários: Em economias abertas, sintonizadas pelos movimentos das taxas de câmbio e das taxas de juros, notamos que um aumento da taxa de juros doméstica provoca atração de capitais externos que serão remunerados a uma taxa maior que a verificada nos mercados internacionais. O ingresso maciço de capitais externos somados aos capitais nacionais acarreta maior demanda por moeda nacional e, conseqüentemente, apreciação do Real. Gabarito: A Só para conhecimento (pois pode ser uma questão para o próximo concurso), analisaremos a situação contrária. Uma queda da taxa de juros doméstica provoca saída dos capitais externos da economia nacional bem como interesse dos investidores domésticos em aplicar recursos e adquirir ativos no cenário internacional. Nesse contexto, em razão da pequena procura por reais e excesso de demanda de moeda estrangeira, a moeda nacional será depreciada. Temos, então, duas situações, a saber: i) um aumento da taxa de juros doméstica provoca uma apreciação cambial; CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 47 www.pontodosconcursos.com.br ii) uma diminuição da taxa de juros doméstica provoca uma depreciação cambial. 23 - (FCC – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Ceará – Economista – 2005) Em uma economia aberta com perfeita mobilidade de capitais do exterior, há ocorrência de desemprego voluntário no curto prazo. A política econômica adequada para reduzir a taxa de desemprego, se a economia adotar o regime de taxas de câmbio fixas, é uma política a) fiscal expansiva. b) fiscal restritiva. c) monetária expansiva. d) de valorização do câmbio real. e) monetária restritiva. Comentários: Dados fundamentais da questão: economia aberta com perfeita mobilidade de capitais (modelo Mundell Fleming) e regime cambial fixo. A questão requer a política apropriada para reduzir o desemprego observado na economia em tela. Com taxas de câmbio fixas, somente uma política fiscal expansionista (aumento dos gastos públicos e/ou redução dos impostos) é capaz de reduzir a taxa de desemprego. Embora acarrete elevação da taxa de juros (IS positivamente inclinada), provoca ingresso de capitais externos motivados por um diferencial de juros maior (juros internos maiores que externos). Fica caracterizado, portanto, o excesso de demanda por reais, trazendo a reboque, a valorização da moeda nacional. Todavia, o câmbio é fixo e o governo tem que resguardar a paridade cambial. Nesse sentido, toda moeda estrangeira que entra no território nacional tem que ser convertida em reais, o que gera nova injeção de moeda na economia. Com maior oferta de estoque monetário, os juros cairão refreando as entradas de capitais do resto do mundo. Simultaneamente, os níveis de investimento e de renda aumentarão e novas contratações ocorrerão, minimizando os efeitos sobre a taxa de desemprego. Com câmbio fixo, o BC perde autonomia em fazer política monetária, pois não controla endogenamente a oferta de moeda. Para manter fixa a taxa de câmbio, a oferta de moeda e curva LM devem voltar às suas posições iniciais. É ineficaz fazer política monetária com esse regime cambial. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 48 www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: A 24 – (NCE/UFRJ – BNDES-Economista – 2005) Sobre o Modelo de Crescimento de Solow, é correto afirmar que: a) sem a presença de progresso técnico, uma redução da propensão a poupar levará necessariamente a um aumento do consumo por trabalhador. b) sem a presença de progresso técnico, quanto maior a propensão a poupar, maior será a taxa de crescimento do produto por trabalhador no longo prazo. c) sem a presença de progresso técnico, no longo prazo, a relação produto/capital crescerá à medida que se eleva a taxa de crescimento da força de trabalho d) sem a presença de progresso técnico, o nível ótimo de capital por trabalhador estabelecido pela “Regra de Ouro” é aquele que maximiza a taxa de crescimento do produto por trabalhador no longo prazo. e) na presença de progresso técnico, no estado estacionário, a taxa de crescimento do produto por trabalhador será igual à taxa de crescimento da eficiência do trabalho. Sabemos que o progresso técnico ou tecnológico é o único responsável pelo crescimento prolongado por trabalhador, ou seja, crescimento do produto a longo prazo e é mensurado por tudo aquilo que permita ganhos à produção não explicados pelo estoque de capital e mão-de- obra. À exceção da assertiva e, as demais lidam com a inexistência do progresso técnico e essa constatação irá nortear a resolução do exercício. CURSO ON-LINE - ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: MARLOS VARGAS E SÉRGIO MENDES 49 www.pontodosconcursos.com.br Uma redução da propensão a poupar (queda no nível de poupança) não levará a um aumento do consumo por trabalhador. Ao contrário, para alcançar o nível ótimo, fará necessário restringir o consumo hoje para aumentá-lo amanhã. A assertiva a está incorreta. Sem progresso técnico, quanto maior a taxa de poupança, maior a disponibilidade per capita de produto e do nível de capitalização por trabalhador (maior estoque de capital e mão-de-obra). Mas essa maior taxa de poupança não impacta o crescimento do produto a longo prazo. Somente o progresso técnico esboçado acima faz esse papel. A assertiva b está incorreta. Sem progresso técnico, no longo prazo, nada se altera. Uma elevação da taxa de crescimento da mão-de-obra (crescimento populacional) ocasiona um nível inferior de capital por trabalhador. Dessa forma, o modelo de Solow resgata que economias com altas taxas de aumento populacional terão níveis mais baixos de capital por trabalhador e, portanto, rendas mais baixas. A assertiva c está incorreta. Sem a presença de progresso técnico, o nível ótimo de capital por trabalhador estabelecido pela “Regra de Ouro” (estado estacionário que maximiza o consumo) é aquele que maximiza a taxa de crescimento do produto por trabalhador, mas não no longo prazo. Novamente, registramos que no longo prazo só o tal do progresso técnico responde pelo crescimento do produto agregado. A assertiva d está incorreta. A taxa de eficiência da mão-de-obra se iguala à taxa de crescimento do produto, no estado estacionário, quando se verifica o progresso técnico. A assertiva e está correta. Gabarito: E 25 – (ESAF/AFRF – 2002) Com base no Modelo de Crescimento de Solow, é incorreto afirmar que: a) mudanças na taxa de poupança resultam em mudanças no equilíbrio no estado estacionário.
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