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Aula 03 AFRFB 2009 ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS

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AULA 02: 
MACROECONOMIA KEYNESIANA E POLÍTICA FISCAL. 
POLÍTICA MONETÁRIA, INFLAÇÃO, CURVA DE PHILLIPS. 
 
 
• SÍNTESE DE KEYNES E POLÍTICA FISCAL. 
 
 Multiplicador fiscal ou keynesiano 
 
1) Para uma economia fechada e sem governo: 
Kt = - c/ 1 – c 
 
2)Para uma economia fechada e com governo: 
Kt = - c/ 1 – c( 1 – t) 
 
3)Para uma economia aberta e com governo: 
Kt = - c/ 1 – c( 1 – t) + m 
 
 
*Modelo Keynesiano simplificado: (I = I0) 
Dessa forma, temos para uma economia fechada, multiplicador dos gastos 
autônomos: 
K = 1/ 1 – c(1 – t) 
Multiplicador da tributação: 
Kt = - c/ 1 – c( 1 – t) 
 
 
Caso a ESAF requisite também modelos derivados do Keynesianismo ( 
questões com esse “corte” são mais raras para a ESAF). 
**Modelo Keynesiano derivado: I = I0 + dY, onde: 
I = função investimento 
I0 = investimento autônomo 
d= propensão marginal a investir 
Multiplicador dos gastos autônomos: 
K = 1/ 1 – c( 1 – t) - d 
Multiplicador da tributação: 
Kt = - c / 1 – c( 1 – t) – d 
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 q de Tobin 
O q de Tobin é assim mensurado: 
Valor de Mercado do Capital Instalado/ Custo de Reposição do Capital 
Instalado. 
Valor de q Viabilidade do Investimento/possibilidade de empreendimento 
Q > 1 Investimento concretizado 
Q = 1 Indiferente a concretização ou não do investimento 
Q < 1 Investimento não concretizado 
 
 
 Política Fiscal 
 
Política Fiscal Impostos/Carga 
Tributária (receitas) 
Gastos 
(despesas 
correntes e de 
capital) 
Expansionista ↓ ↑ 
Contracionista ↑ ↓ 
 
 
 
 
 
• SÍNTESE DE POLÍTICA MONETÁRIA, INFLAÇÃO E CURVA 
DE PHILLIPS 
 
 Multiplicador monetário ou bancário 
 
O multiplicador da base monetária é extraído de: 
 m = M/B 
Vale aqui registrar e entender algumas fórmulas (com as letras que costumam 
aparecer) que muito contribuem na resolução das questões propostas pelas 
bancas. Vamos a elas: 
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M1 = PPP + DV onde: 
M1 = total de meios de pagamento 
PPP = papel moeda em poder do público ou moeda manual 
DV = depósitos à vista nos bancos comerciais 
c = PPP onde: 
 M1 
c = taxa de retenção do público em relação ao total dos meios de pagamento 
d = DV onde: 
 M1 
d =proporção dos ativos monetários em forma de depósitos 
c+ d = PPP + DV = PPP + DV = M1 = 1 
 M1 M1 M1 M1 
 
r = encaixes bancários 
 DV 
BM = PPP + encaixes = papel em circulação + reservas bancárias 
m = M1 
 PP + r 
Dividindo-se o numerador e denominador da fração por M1, temos: 
m = M1/M1 
 PP/M1 + r/M1 
m= 1/ c + r/M1 
Lembre-se que: 
r/D = r/D . D/M1 = r.d 
M1/D 
Retornando à fórmula do multiplicador dos meios de pagamento, temos que: 
m = 1/ c + r.d 
Como c + d = 1, temos que c = 1 – d. Logo, 
m = 1/ 1 – d + r.d ou 
m = 1/ 1 – d( 1 – r) 
 
 
 Instrumentos de Política Monetária e Multiplicador 
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Expansão da oferta 
monetária 
Instrumento de Política 
Monetária/ componente da 
base monetária 
Retração da oferta 
monetária 
Compra/resgate de títulos 
públicos 
Operações de mercado 
aberto 
Venda de títulos públicos 
Queda compulsórios Recolhimento compulsórios Elevação compulsórios 
Queda taxa de redesconto Taxa de Redesconto Elevação da taxa de 
redesconto 
Queda da razão Papel moeda/meios de 
pagamento 
Elevação da razão 
Elevação da razão Depósitos à vista/meios de 
pagamento 
Queda da razão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Inflação e Curva de Phillips 
 
 
 
Figura 1. Curva de Phillips versão original. 
 
 
π 
 
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 u 
 
Na formulação original da curva de Phillips, temos: 
π = -β(u - un) 
π = taxa de inflação 
u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego) 
β = parâmetro positivo que mede a sensibilidade da inflação às variações na 
taxa de desemprego 
Figura 2. Curva de Phillips versão contemporânea. 
π 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 un 
 u 
A curva de Phillips demonstrada na equação abaixo é ampliada e com 
expectativas racionais (versão contemporânea da curva de Phillips): 
π = πe - β(u - un) + ε 
onde: 
π = taxa de inflação (πe = taxa esperada de inflação) 
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u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego) 
ε = choque aleatório de oferta 
β = parâmetro que mede a sensibilidade da taxa de inflação aos desvios da 
taxa de desemprego efetivo em relação à taxa natural. 
 
 Inflação e Curva de Phillips 
 
Tipo de Inflação Características Instrumento de correção 
Demanda Excesso de consumo Elevação da taxa de juros
Oferta (custos) Aumento do custo de 
produção 
Política fiscal 
contracionista 
Inercial Indexação de preços e 
salários; “memória 
inflacionária” 
Desindexação plena da 
economia 
 
 
 
 
 
QUESTÕES PROPOSTAS 
 
01-(NCE/UFRJ- AGU-Economista – 2006) Aponte a afirmativa 
correta em relação à Teoria Monetária de Keynes e aquelas derivadas 
da tradição da Teoria Quantitativa da Moeda: 
(A) a demanda por moeda para transação não figura na abordagem 
neoclássica da demanda de moeda; 
(B) a reconstrução da Teoria Quantitativa da Moeda formulada por 
Friedman propõe que a política monetária não produz efeitos reais; 
(C) segundo Keynes, a existência de demanda por moeda por 
precaução justifica-se pelas expectativas de aferição de lucros em 
decorrência da variação do preço dos títulos; 
(D) para Keynes, a demanda por moeda para transação será tanto 
menor quanto menor for o número de retiradas de contas 
remuneradas por unidade de tempo; 
(E) para Keynes, em certas circunstâncias, entre elas a presença de 
um nível de taxas de juros suficientemente baixo, a demanda 
especulativa de moeda torna-se infinitamente elástica. 
 
 
 
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02-(NCE/UFRJ-Eletronorte-Economista-2006) Em relação ao 
investimento, NÃO é correto afirmar que: 
(A) o investimento aumenta à medida que a taxa de juros cai; 
(B) um aumento no produto marginal do capital leva a um aumento 
do investimento; 
(C) de acordo com o modelo do acelerador, o investimento cresce 
quanto mais aumenta a renda da economia; 
(D) quando o produto marginal do capital for maior que a taxa de 
juros real, as firma terão incentivo para aumentar seu investimento; 
(E) sempre que o custo real do capital for maior que o produto 
marginal do capital, as firmas terão incentivos para aumentar seu 
estoque de capital. 
 
 
 
 
03-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Partindo da identidade que 
descreve a desagregação do Produto Interno Bruto (PIB) em seus 
componentes de demanda agregada (numa economia fechada), Y = C 
+ I + G, se subtrairmos de ambos os lados o consumo e a receita 
tributária, teremos Sp = I + (G – T) e re-arrajando os termos, 
teremos: Sp – I = G – T, sinalizando o efeito direto da existência de 
um déficit público sobre a acumulação de riqueza do setor privado.Qual o significado do contexto acima: 
a) Isso significa que o setor privado está investindo 
exponencialmente e o setor público recorre ao setor externo para 
financiar os gastos a maior. 
b) Isso significa que o setor privado está poupando mais que 
investindo e o setor público arrecadando mais que poupando para 
financiar os gastos do setor privado. 
c) Isso significa que a diferença entre a renda do setor privado e o 
seu gastos é alocada como déficit público. 
d) Isso significa que haverá elevação do endividamento do setor 
privado tendo, como contrapartida, aumento dos ativos do setor 
público. 
e) Isso significa que o setor privado está poupando mais que 
investindo e o setor público gastando mais que arrecadando, ou seja, 
o déficit público é financiado pelo setor privado. 
 
 
 
 
04-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Segundo o modelo 
Keynesiano simples, o impacto de exportações e importações se 
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expressam, respectivamente, no numerador e denominador do 
multiplicador keynesiano da seguinte forma: 
Y = G + I + X / 1 – c( 1- t) + m , onde se tem: 
Y = renda de equilíbrio; G = gastos do Governo; I = investimento 
privado; X=exportações; c= propensão marginal a consumir; t = 
propensão marginal a tributar; m = propensão marginal a importar. 
Em uma economia aberta, a elevação das exportações e a redução do 
coeficiente médio de importações afetam o nível de produto: 
a) as exportações aumentam a demanda agregada, aumentando o 
nível do produto, independentemente dos outros componentes da 
demanda autônoma assim como as importações. 
b) as exportações reduzem a demanda agregada enquanto que as 
importações diminuem a demanda agregada, aumentando o 
multiplicador keynesiano. 
c) as exportações são vazamentos para o exterior, o que diminui o 
multiplicador keynesiano. 
d) as exportações aumentam a demanda agregada e o aumento do 
produto depende do valor do multiplicador e das outras variáveis 
autônomas ao passo que as importações representam maiores 
vazamentos de demanda para o exterior, reduzindo o multiplicador. 
e) as exportações não influenciam o aumento da demanda agregada, 
pois não existe multiplicador das exportações ao passo que as 
importações representam maiores vazamentos de demanda para o 
exterior, reduzindo o multiplicador. 
 
05-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Na Teoria Keynesiana surge 
o chamado “paradoxo da poupança (da parcimônia)” estabelecendo 
uma relação inversa entre a propensão a poupar de uma sociedade e 
o nível de produto. Para uma economia fechada, sem transações com 
o exterior, podemos estabelecer o seguinte significado para esse 
teorema: 
a) Uma propensão a poupar (1- c) mais significativa aumentaria o 
impulso ao gasto privado numa proporção maior que aquele 
observado para o consumo dos entes públicos. 
b) Quanto maior a propensão marginal a poupar (1 – c), maior será 
também a propensão marginal a consumir (c), o que garante maior 
gasto e consumo privados, incrementando o nível de renda. 
c) O consumo privado vai sofrer uma redução em razão da maior 
propensão a poupar, o que garante maior nível do produto. 
d) O consumo privado deve sofrer um revés em função da maior 
propensão marginal a poupar e, conseqüente, redução da propensão 
marginal a consumir, afetando negativamente o nível do produto. 
e) Não existe “paradoxo da parcimônia” para os modelos 
keynesianos. 
 
 
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06-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Sobre o significado 
macroeconômico do consumo induzido pela renda na teoria 
keynesiana, o impacto do valor da propensão marginal a consumir 
sobre o multiplicador e a Lei Psicológica de Keynes, marque a 
assertiva correta: 
a) A Lei Psicológica de Keynes estabelece que ganhos adicionais de 
renda repercutem desfavoravelmente nos gastos de consumo 
privado. 
b) Quanto maior o consumo induzido pela renda, maior também será 
a propensão marginal a poupar. 
c) A propensão marginal a consumir é inversamente proporcional ao 
valor do multiplicador keynesiano simples para uma economia 
fechada. 
d) O resultado estável e economicamente relevante para o 
pensamento keynesiano ocorre quando a propensão marginal a 
consumir for negativa e a coletividade destinar todo o ganho adicional 
de renda para a poupança. 
e) A Lei Psicológica de Keynes garante que a propensão marginal a 
gastar está compreendida no intervalo entre 0 e 1, ou seja, os 
aumentos de consumo pelo aumento de renda só cobrem uma parte 
desse último aumento. 
 
 
 
 
07-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Dentro do modelo 
keynesiano, uma política fiscal expansionista pode ser executada 
tanto pela alteração dos gastos como pela alteração da carga 
tributária. Dentro do instrumental desse modelo, assinale a assertiva 
que traça corretamente as características e/ou diferenças de cada 
uma dessas alternativas de política fiscal. 
a) O impacto da alteração do gasto público (G) é menor que aquele 
observado com a redução dos tributos, pois a propensão marginal a 
consumir se situa entre 0 e 1, amortecendo os efeitos do primeiro 
instrumento. 
b) A alteração de política tributária afeta diretamente a demanda 
agregada ao reduzir a renda disponível para o consumo, componente 
da demanda agregada. 
c) Os parâmetros c, t e m afetam em maior ou menor proporção o 
produto ou demanda agregada da economia via multiplicador. 
d) Tanto a política de gasto quanto aquela de tributos afeta 
indiretamente somente a demanda agregada da economia. 
e) A alíquota do imposto (t) não é um dos parâmetros do 
multiplicador da renda. 
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08-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Dentro do modelo 
keynesiano, o investimento tem papel e desempenho relevantes para 
um país. Sobre essa variável significativa, assinale a alternativa 
incorreta: 
a) No investimento bruto, estão incluídas a demanda por bens de 
capital, que elevará o estoque de capital da economia, bem como 
uma parcela que apenas cubra a depreciação do capital existente. 
b) Em um caso hipotético, no qual a depreciação é muito grande, um 
valor elevado para o investimento bruto pode não se traduzir em 
aumento significativo do estoque de capital, através de um 
investimento líquido reduzido. 
c) No modelo keynesiano simplificado, em uma economia fechada e 
sem governo, o valor do investimento é amplificado pelo 
multiplicador, seguindo a fórmula Y = I/(1 – c). 
d) No modelo Keynesiano simplificado, em uma economia aberta, o 
valor do investimento é amplificado pelo multiplicador, seguindo a 
fórmula Y = I/(1- c) - m. 
e) Um maior investimento representará uma maior acumulação de 
capital e, conseqüentemente, a ampliação da capacidade produtiva 
de um país ou do produto potencial de uma economia. 
 
 
 
 
09-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) O Brasil vem apresentando 
um excelente desempenho exportador nos últimos anos. Através dos 
conhecimentos adquiridos em macroeconomia keynesiana, assinale a 
alternativa correta sobre as razões macroeconômicas ligadas à 
determinação do produto e do equilíbrio externo da economia. 
a) As exportações representam vazamentos para o exterior, o que 
diminui o valor da demanda agregada da economia. 
b) O modelo keynesiano simplificado, em uma economia aberta, 
admite um multiplicador superior àquele observado para uma 
economia fechada em razão do vazamento para o exterior 
proveniente das importações de bens e serviços. 
c) O maior apetite das exportações garante maiores divisas para o 
país, o que permite maior fluxo de importações e acentuada 
dinamização da economia. 
d) Pelo lado do produto interno do país, as exportações são o gasto 
autônomo de maior expressão para qualquer nação. 
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e) As exportações líquidas não devem ser tomadas como componente 
da demanda agregada da economia. 
 
 
 
 
 
10-(ESAF/ENAP-2006) Considere o modelo: 
C = C0 + C(Yd) 
Yd = Y – T 
T = t.Y 
Y = C + I + G 
onde: 
C = consumo; 
C0 = consumo autônomo; 
Yd = renda disponível; 
T = impostos; 
G = gastos do governo; 
I = investimento agregado. 
Com base nesse modelo, é incorreto afirmar que: 
a) se t = 0, então o multiplicador dos gastos do governo será igual a 
1. 
b) o valor do multiplicador será de 1/1 – c(1 – t) 
c) ΔY/ΔG = ΔY/ΔI 
d) a renda de equilíbrio é igual a 1/1 – c(1 – t) . (C0 + I + G) 
e) ΔY/ΔG = ΔY/ΔC0 
 
 
 
 
 
 
 
11-(ESAF/ENAP-2006) Considere o seguinte modelo: 
Y = C + I + G + X – M 
C = Co + ⃠Y 
M = Mo + βY 
0 <β< ⃠ < 1 
onde: 
Y = produto agregado; 
I = investimento agregado; 
G= gastos do governo; 
X = exportação de bens e serviços não fatores; 
M = importação de bens e serviços não fatores; 
C = consumo agregado; 
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Co = consumo agregado autônomo; 
Mo = importações autônomas. 
Com base nessas informações, é incorreto afirmar que 
a) quanto maior β, maior será ΔY/ΔG. 
b) tanto ⃠ quanto β exercem influência sobre o multiplicador dos 
gastos do governo. 
c) ΔY/ΔG = ΔY/ΔI 
d) ΔY/ΔC0 = ΔY/ΔG 
e) o valor do multiplicador será igual a 1/(1 -⃠ + β). 
 
 
 
 
 
 
 
 
12-(NCE/UFRJ-ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO-ANAC-
ECONOMISTA – 2007) Considerando o modelo Keynesiano 
simplificado e uma economia fechada e com governo, onde a 
propensão marginal a poupar é 1/3, não é correto afirmar que: 
a) o multiplicador do orçamento equilibrado será igual a 1 quando o 
aumento dos gastos do governo for financiado através de um 
aumento idêntico da arrecadação tributária. 
b) o multiplicador do orçamento equilibrado será nulo sempre que um 
aumento nas transferências for financiado através de um aumento da 
arrecadação tributária. 
c) um aumento nas transferências realizadas pelo governo terá o 
mesmo efeito de um aumento do investimento de mesmo montante. 
d) caso o governo decida abrir esta economia e a propensão marginal 
a importar desta seja positiva, os efeitos de um aumento do gasto do 
governo sobre a renda se reduzirão, pois o multiplicador dos gastos 
autônomos cairá. 
e) se a alíquota do imposto de renda for 0,5, um aumento de R$ 3 
milhões nos investimentos privados irá gerar um aumento de R$ 4,5 
milhões no valor do produto. 
 
 
 
 
13-(FCC-MPU/2007) No modelo keynesiano de determinação do 
equilíbrio do produto, onde o consumo agregado é uma função linear 
e crescente da renda, é correto afirmar que: 
a) o produto estará em equilíbrio quando o investimento for igual à 
poupança realizada. 
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b) um aumento nos impostos tem maior poder de diminuir o produto 
de equilíbrio que igual contração nos gastos do governo, tudo o mais 
constante. 
c) a propensão média a consumir é maior que a propensão marginal 
a consumir, se o consumo autônomo for positivo. 
d) a estabilidade do equilíbrio requer propensão marginal a consumir 
maior que 1. 
e) o multiplicador das exportações é maior que o multiplicador do 
investimento. 
 
 
 
14-(FCC-MPU/2007) No modelo keynesiano simples para uma 
economia aberta e com governo, em que o investimento, a 
tributação, os gastos do governo e as exportações são autônomas, as 
propensões marginais a poupar e a importar são 0,25 e 0,15, 
respectivamente. Supondo que o nível de investimento aumenta em 
40, a renda também será aumentada em: 
a) 500 
b) 400 
c) 267 
d) 160 
e) 100 
 
 
 
 
15-(ESAF/ENAP-2006) Considere 
A = 400 + 0,7Y – 3000i 
i = 0,06 
X = 250 
M = 0,2Y 
onde: 
A = demanda agregada interna; 
I = taxa de juros; 
X = exportações; 
M = importações. 
Considerando a renda de equilíbrio, o saldo X – M será de 
a) - 62 
b) 62 
c) 54 
d)- 54 
e) 12 
 
 
 
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16-(CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC – 
2006) Com relação à função consumo, assinale a opção correta: 
a) Quando a renda é igual a zero, o consumo também será igual a 
zero. 
b) A propensão média a consumir é dada pela relação entre o 
acréscimo no consumo e o acréscimo na renda. 
c) A propensão marginal a consumir é uma relação cujo valor se situa 
entre 0 e 1. 
d) Quando são considerados curtos intervalos de tempo, a propensão 
marginal a consumir tende a variar continuamente. 
 
 
 
 
 
 
17- Tendo em conta conceitos relativos ao sistema monetário, 
assinale a afirmativa correta: 
a) Quando um banco comercial adquire títulos da dívida pública 
diretamente de outro banco comercial não ocorre variação no estoque 
de meios de pagamento. 
b) Quando um banco compra à vista um imóvel pertencente a uma 
empresa não financeira, ocorre destruição de meios de pagamento. 
c) Empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais determinam 
aumento de igual montante nos meios de pagamento. 
d) O setor bancário não cria meios de pagamento quando, por 
exemplo, adquire bens ou serviços junto ao público, pagando em 
moeda corrente. 
 
 
 
 
 
18-(NCE/UFRJ-Eletronorte-Economista-2006) A Curva de 
Phillips, que relaciona a taxa de inflação (Y) à taxa de desemprego 
(X) pode ser representada, no curto prazo, por uma função do tipo: 
(A) Y = aX, onde a > 0 e X > 0; 
(B) Y = aX1/2, onde a > 0 e X > 0; 
(C) Y = aX + b, onde a > 0, b > 0 e X > 0; 
(D) Y = a(1/X) , onde a > 0 e X > 0; 
(E) Y = aX2, onde a > 0 e X > 0. 
 
 
 
 
 
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19-(NCE/UFRJ- AGU-Economista – 2006) Em relação à Curva de 
Phillips, é INCORRETO afirmar que: 
(A) o custo da redução do desemprego, medido em aumento de taxa 
de inflação, será tanto menor quanto maior for a capacidade ociosa 
da economia; 
(B) de acordo com os monetaristas, a Curva de Phillips, a curto 
prazo, seria vertical; 
(C) uma curva de Phillips negativamente inclinada significa que uma 
redução da tributação expandiria a demanda agregada, reduzindo o 
desemprego, mas elevando a taxa de inflação; 
(D) se as expectativas dos agentes econômicos forem racionais, a 
Curva de Phillips será, tanto a longo quanto a curto prazo, vertical; 
(E) a versão aceleracionista da Curva de Phillips foi desenvolvida por 
autores monetaristas. 
 
 
 
 
 
20-(ESAF/AFRF-2003) Considere 
c: papel moeda em poder do público/meios de pagamentos 
d: depósitos à vista nos bancos comerciais/meios de pagamentos 
R: encaixe total dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos 
comerciais 
m: multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base 
monetária 
Com base nestas informações, é incorreto afirmar que, tudo o mais 
constante: 
a) quanto maior d, maior será m. 
b) quanto maior c, menor será d. 
c) quanto menor c, menor será m. 
d) quanto menor R, maior será m. 
e) c + d >c, se d for diferente de zero. 
 
 
 
 
 
 
 
21-(ESAF/AFRF-2005) Suponha: 
c = papel moeda em poder do público/M1 
d = 1 – c 
R = encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos à vista 
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M1= meios de pagamentos 
B = base monetária 
M1 = m.B 
c = d 
Considere que no período 1 o valor para R foi de 0,5 enquanto que no 
período 2 esse valor passou para 0,6. Considerando que não houve 
variações nos outros coeficientes de comportamento, pode-se afirmar 
que o valor de m apresentou, entre os períodos 1 e 2: 
a) uma queda de 4,100% 
b) um aumento de6,250% 
c) uma queda de 6,250% 
d) um aumento de 4,100% 
e) uma queda de 8,325% 
 
 
 
 
 
22-(ESAF/ENAP-2006) Com relação aos meios de pagamentos 
adotados no Brasil, é incorreto afirmar que: 
a) M1 é igual papel moeda em poder do público + depósitos à vista. 
b) o M2 inclui as operações compromissadas registradas na Selic. 
c) M2 inclui os depósitos especiais remunerados. 
d) o M1 é o agregado monetário de maior liquidez. 
e) o M4 inclui os títulos públicos de alta liquidez. 
 
 
 
 
23-(VUNESP/CMSP-2007) Se os preços e os salários forem 
flexíveis, a curva de Phillips com expectativas racionais será: 
a) vertical. 
b) horizontal. 
c) positivamente inclinada. 
d) negativamente inclinada. 
e) elíptica. 
 
 
 
 
 
 
24- (CESGRANRIO/INEA/2008) Na figura abaixo, as linhas AB e 
CD mostram, respectivamente, as Curvas de Phillips de curto prazo e 
de longo prazo de uma determinada economia. 
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A respeito dessa figura, pode-se afirmar que 
a) AB é a curva de demanda agregada da economia. 
b) BD é o excesso de demanda agregada da economia. 
c) CD se desloca para a posição AB à medida que as expectativas de 
inflação se ajustam. 
d) OD é a taxa natural de desemprego. 
e) OE é a taxa natural de inflação. 
 
 
 
25-(CESGRANRIO/INEA/2008) Uma política monetária expansiva 
leva normalmente ao(a): 
a) aumento da taxa de juros. 
b) desvalorização da moeda doméstica se o regime for de câmbio 
fixo. 
c) redução da taxa de inflação. 
d) acumulação de reservas internacionais se o regime for de câmbio 
flutuante. 
 
 
 
 
 
26-(CESGRANRIO/INEA/2008) O aumento do percentual da 
reserva compulsória que o Banco Central exige dos bancos reduz a(o) 
a) oferta de moeda. 
b) demanda por bens públicos. 
c) taxa de juros vigente na economia. 
d) spread cobrado pelos bancos. 
e) gasto do governo. 
 
 
 
 
27-(CESGRANRIO/BNDES/2008) A Curva de Phillips de curto 
prazo, representada por AB no gráfico abaixo, não é estável, 
tornando-se, a longo prazo, vertical, como CD. 
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Assim, pode-se afirmar que 
a) a taxa natural de inflação é representada por E no gráfico. 
b) a taxa natural de desemprego é representada por B no gráfico. 
c) a inflação tende a desacelerar caso se mantenha continuamente a 
taxa de desemprego em C. 
d) AB altera sua posição na medida em que as expectativas de 
inflação se ajustam. 
e) AB altera sua posição na medida em que CD se desloca para a 
direita. 
 
 
 
28-(ESAF/STN-2008) Quanto às políticas monetárias e fiscais, 
pode-se afirmar que: 
a) a ampliação do prazo determinado pelo Banco Central dos 
pagamentos das assistências financeiras à liquidez é uma política 
monetária considerada restritiva. 
b) a elevação dos depósitos compulsórios é considerada uma política 
monetária restritiva. 
c) a ampliação da carga tributária é considerada uma política fiscal 
expansionista. 
d) a venda de títulos públicos em poder do Banco Central é uma 
política monetária considerada expansionista. 
e) a ampliação dos gastos públicos é considerada uma política fiscal 
restritiva. 
 
 
 
 
 
 
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29-(ESAF-AFC-STN-2008) Considere os seguintes coeficientes de 
comportamento monetário: 
c = papel-moeda em poder do público/M1 
d= depósitos à vista do público nos bancos comerciais/M1 
R = encaixes totais dos bancos comerciais/depóstios à vista 
Considerando M1= meios de pagamentos e B =base monetária, é 
correto afirmar que: 
a) B= c.R + d.M1, desde que D e R sejam positivos 
b) se d =0, então M1/B será igual a zero. 
c) quanto maior c, maior tende a ser o multiplicador dos meios de 
pagamentos em relação à base monetária. 
d) quanto maior R, maior tende ser M1/B. 
e) dado que 0<c<1 e c +d =1, então M1 é maior do que B. 
 
 
 
 
30-(CESPE/UNB- Analista Legislativo CÂMARA DOS 
DEPUTADOS -2002) Durante longo tempo, o Brasil conviveu com 
taxas de inflação elevadíssimas. Tal situação afetou por demais o 
mecanismo tributário, gerando problemas e demandando 
providências dos administradores públicos. No que se refere a esse 
assunto, julgue os itens que se seguem. 
a) A inflação atua como um tributo sobre os encaixes reais, afetando 
relativamente mais as classes de maior poder aquisitivo. O resultado 
é um aumento da progressividade do sistema, uma vez que os 
segmentos de menor renda, geralmente assalariados, são os menos 
atingidos. 
b) Em uma situação de hiperinflação, a arrecadação tende a zero 
porque ninguém desejará reter moeda. 
c) A inflação é tratada como um imposto não apenas porque corrói os 
encaixes monetários, mas porque a contrapartida disso é a receita do 
governo, que arrecada o imposto inflacionário com a moeda que 
emite para comprar bens e serviços do setor privado. Infere-se disso 
que o financiamento do déficit público só pode ser feito por tributação 
ou endividamento, visto que a emissão de moeda para esse fim pode 
ser considerada forma alternativa de tributação. 
d) Em uma situação de descontrole inflacionário, os três mecanismos 
mais conhecidos de proteção do valor real da arrecadação são a 
indexação do imposto a pagar, a redução do período de apuração do 
imposto e a redução do período de recolhimento do imposto. 
 
 
 
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31-(CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC – 
2006) Com relação aos salários e à inflação, assinale a opção 
correta. 
a) Se a produtividade da mão-de-obra empregada aumenta na 
mesma proporção dos salários reais médios, o custo unitário da 
produção não é afetado. 
b) O aumento do custo de produção, resultante de reajustes salariais 
para recomposição de seu poder aquisitivo, constitui fator causal 
autônomo da inflação. 
c) Quando uma empresa monopolista não repassa aos seus preços os 
aumentos salariais dos empregados, reduzindo uma parcela de seus 
lucros, ela gera inflação reprimida, retardando seus efeitos. 
d) O lucro de uma empresa será reduzido quando a produtividade da 
mão-de-obra aumentar em proporção maior que os salários da 
empresa. 
 
 
 
 
 
 
32-(CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC – 
2006) As empresas podem reagir a um aumento da demanda 
agregada de várias maneiras. Em consonância com a reação a ser 
adotada pelas empresas, a hipótese mais plausível consiste em: 
a) diminuir a produção física, aumentando os preços, ampliando a 
capacidade ociosa. 
b) aumentar os preços sem aumentar a produção física, se os 
recursos estiverem plenamente empregados. 
c) aumentar a produção, diminuindo os preços, até atingir a 
capacidade plena. 
d) reduzir preços e produção, se as empresas estiverem operando a 
plena capacidade. 
 
 
 
 
 
33- (CESPE/UNB/TCE-AC-ECONOMISTA-2008) Considerando os 
princípios básicos da teoria monetária e da inflação, assinale a opção 
correta. 
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a) Quando um indivíduo transfere fundos de sua conta de poupança 
para a sua conta-corrente, a redução decorrente do agregado 
monetário M1é compensada exatamente pelo aumento do agregado 
M2. 
b) Na presença de excesso de reservas, o multiplicador monetário se 
eleva, aumentando, assim, as possibilidades de expansão monetária. 
c) Retiradas em espécie da conta-corrente para financiar as despesas 
de consumo dos correntistas de um banco comercial não alteram as 
reservas do sistema bancário como um todo. 
d) Um surto inflacionário provocado pela expansão das exportações, 
em decorrência de um aumento exógeno da renda do restodo 
mundo, constitui exemplo típico de inflação de demanda. 
 
 
 
 
 
 
34- (CESPE/UNB/TCE-AC-ECONOMISTA-2008) As políticas 
monetárias influenciam, significativamente, o desempenho da 
economia. A respeito desse assunto, assinale a opção correta. 
a) Quanto maior for o custo de oportunidade de detenção de moeda, 
mais elevada será a demanda monetária. 
b) Aumentos da taxa de redesconto e do coeficiente de reservas são 
consistentes com a adoção de políticas monetária restritivas. 
c) O uso de regras fixas para a expansão da oferta de moeda é 
consistente com a visão keynesiana da política monetária. 
d) O Banco Central pode utilizar a política monetária para estabilizar, 
simultaneamente, as taxas de juros e a oferta monetária. 
e) De acordo com a teoria quantitativa da moeda, a velocidade de 
circulação da moeda, no curto prazo, é fortemente influenciada por 
variações não antecipadas na renda dos agentes econômicos. 
 
 
 
 
 
35-(ESAF-APO-SP-2009) A definição de meios de pagamento 
corresponde ao conjunto de ativos utilizados para liquidar transações. 
Com o avanço do sistema financeiro e do processo de inovações 
financeiras, desenvolveram-se novas medidas de meios de 
pagamento. Identifique, entre os agregados monetários abaixo 
mencionados, aquele que sofre todo impacto da inflação 
(monetização ou desmonetização). 
a) M2. 
b) M4. 
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c) M2+quotas de fundo de renda fixa+operações compromissadas 
registradas no SELIC. 
d) M1. 
e) M3. 
 
 
 
 
36-(ESAF-APO-SP-2009) No que diz respeito à Política Monetária, 
identifique a opção incorreta. 
a) De acordo com a teoria da preferência pela liquidez, a taxa de 
juros se ajusta para equilibrar a oferta e a demanda por moeda. 
b) A curva de demanda agregada mostra a quantidade de bens e 
serviços demandada a cada nível de preços. 
c) Se a taxa de juros estiver acima da taxa de equilíbrio, haverá 
excesso de oferta da moeda, forçando a queda na taxa de juros. 
d) A taxa de juros real corresponde à taxa de juros nominal recebida, 
descontada a perda de valor da moeda, isto é, a inflação no período 
de aplicação. 
e) Estabilizadores automáticos são alterações da política monetária 
que estimulam a demanda agregada quando a economia entra em 
recessão sem que os formuladores de políticas públicas tenham que 
tomar qualquer ação deliberada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37-(ESAF/AFRF – 2003) Considere as seguintes informações para 
uma economia fechada e com governo: 
Y = 1200; C = 100 + 0,7Y I = 200 
 
Com base nessas informações, pode-se afirmar que, considerando o 
modelo keynesiano simplificado, para que a autoridade econômica 
consiga um aumento de 10% no produto agregado, os gastos do 
governo terão de sofrer um aumento de: 
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a) 60% b) 30% c) 20% d) 10% e) 8% 
 
 
38- Classifique cada evento abaixo como Verdadeiro, caso tenda a 
aumentar o multiplicador monetário, e como Falso, em caso 
contrário: 
a) Aumento da taxa de redesconto do Banco Central. 
b) Redução percentual de papel-moeda sobre depósitos à vista. 
c) Aumento da incerteza percebida pelos bancos quanto ao fluxo de 
depósitos à vista. 
d) Elevação das reservas compulsórias, supondo que as reservas 
voluntárias são elevadas. 
 
 
 
 
GABARITO DAS QUESTÕES PROPOSTAS 
 
 
 
01-E 11-A 21-C 31-A 
02-E 12-C 22-B 32-B 
03-E 13-C 23-A 33-D 
04-D 14-E 24-D 34-B 
05-D 15-B 25-E 35-D 
06-E 16-C 26-A 36-E 
07-C 17-A 27-D 37-A 
08-D 18-D 28-B 38-FVFF 
09-C 19-B 29-E 
10-A 20-C 30- FVVV 
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QUESTÕES E COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES 
 
01-(NCE/UFRJ- AGU-Economista – 2006) Aponte a afirmativa 
correta em relação à Teoria Monetária de Keynes e aquelas derivadas 
da tradição da Teoria Quantitativa da Moeda: 
(A) a demanda por moeda para transação não figura na abordagem 
neoclássica da demanda de moeda; 
(B) a reconstrução da Teoria Quantitativa da Moeda formulada por 
Friedman propõe que a política monetária não produz efeitos reais; 
(C) segundo Keynes, a existência de demanda por moeda por 
precaução justifica-se pelas expectativas de aferição de lucros em 
decorrência da variação do preço dos títulos; 
(D) para Keynes, a demanda por moeda para transação será tanto 
menor quanto menor for o número de retiradas de contas 
remuneradas por unidade de tempo; 
(E) para Keynes, em certas circunstâncias, entre elas a presença de 
um nível de taxas de juros suficientemente baixo, a demanda 
especulativa de moeda torna-se infinitamente elástica. 
Comentários: 
A assertiva “A” está incorreta porque a abordagem neoclássica da 
demanda por moeda é representada pela demanda por moeda motivo 
transacional. É a parte da demanda por moeda dependente da renda, 
única esfera importante para os monetaristas. 
A assertiva “B” está incorreta porque a reconstrução da TQM por 
Friedman sugere que a política monetária produz efeitos reais no 
curto prazo, mantendo a dicotomia somente no longo prazo. Já para 
os teóricos dos ciclos reais (TCR), os novos clássicos, é que a política 
monetária não produz efeitos reais nem no curto prazo. São mais 
clássicos do que nunca! 
A assertiva “C” está incorreta porque as expectativas de aferição 
de lucros em decorrência da variação do preço dos títulos são 
justificadas por Keynes em razão da demanda por moeda motivo 
especulação, inversamente proporcional à taxa de juros. A demanda 
por moeda motivo precaução é dependente da renda para cobrir 
alguma eventualidade ou um fato inesperado, como no caso de um 
doença familiar ou aparecimento de um negócio de ocasião. É muito 
pouco difundido na literatura econômica. 
A assertiva “D” está incorreta porque a demanda por moeda para 
transação será tanto maior quanto menor for o número de retiradas 
de contas remuneradas por unidade de tempo. O motivo transacional 
se aplica na cobertura das transações do dia-a-dia. 
A assertiva “E” está correta porque é a situação fortemente 
keynesiana também conhecida como armadilha da liquidez em que a 
taxa de juros é tão baixa que o público prefere manter a moeda 
ofertada na forma de encaixes reais. A curva LM torna-se horizontal 
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(perfeitamente elástica), de modo que qualquer variação na oferta de 
moeda não induz ninguém a preferir título à moeda e, portanto, não 
traz qualquer efeito sobre a taxa de juros e sobre o nível de renda. 
 
 
 
 
 
 
02-(NCE/UFRJ-Eletronorte-Economista-2006) Em relação ao 
investimento, NÃO é correto afirmar que: 
(A) o investimento aumenta à medida que a taxa de juros cai; 
(B) um aumento no produto marginal do capital leva a um aumento 
do investimento; 
(C) de acordo com o modelo do acelerador, o investimento cresce 
quanto mais aumenta a renda da economia; 
(D) quando o produto marginal do capital for maior que a taxa de 
juros real, as firma terão incentivo para aumentar seu investimento; 
(E) sempre que o custo real do capital for maior que o produto 
marginal do capital, as firmas terão incentivos para aumentar seu 
estoque de capital. 
Comentários: 
As assertivas “B” e “D” estão corretas e a assertiva “E” está 
incorreta porque se o produto marginal do capital excede o custo de 
capital, o capital instalado gera lucro. Esse lucro torna desejável a 
posse de empresas locadoras, o que aumenta o valor das ações 
dessas empresas, implicando um valor mais alto para q. Já quando o 
produto marginal do capital é menor do que o custo do capital, o 
capital instalado registra prejuízo,o que representa um baixo valor 
de mercado e um baixo valor de q. As firmas não terão incentivos 
para aumentar seu estoque de capital. 
A assertiva “A” está correta porque o nível de investimento é 
inversamente relacionado com o patamar da taxa de juros. Dessa 
forma, quando se tem um decréscimo na taxa de juros (preço do 
capital), maior será a taxa de investimento em capital fixo, 
residencial, comercial e governamental. 
O custo do dinheiro (preço do dinheiro dado pela taxa de juros) 
regula as novas decisões de investimento. O nível de investimento só 
será viabilizado quando restar comprovado que o retorno esperado do 
investimento for superior ao custo do dinheiro. Ou seja, se o 
empreendimento for mais rentável que deixar o capital aplicado no 
sistema financeiro, o investimento é viabilizado, novas contratações 
irão surgir e o nível de atividade aumentará. 
A assertiva “C” está correta porque a revolução keynesiana 
fundou a macroeconomia moderna e deu origem a todo um conjunto 
de modelos de crescimento e flutuação cíclica em cuja raiz está a 
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interação entre dois mecanismos: o multiplicador e o acelerador. Tais 
mecanismos, respectivamente, descrevem o efeito do investimento 
autônomo sobre a expansão da demanda agregada e o efeito 
induzido pela expansão da demanda agregada sobre a propensão a 
investir. 
 
 
 
 
 
 
03-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Partindo da identidade que 
descreve a desagregação do Produto Interno Bruto (PIB) em seus 
componentes de demanda agregada (numa economia fechada), Y = C 
+ I + G, se subtrairmos de ambos os lados o consumo e a receita 
tributária, teremos Sp = I + (G – T) e re-arrajando os termos, 
teremos: Sp – I = G – T, sinalizando o efeito direto da existência de 
um déficit público sobre a acumulação de riqueza do setor privado. 
Qual o significado do contexto acima: 
a) Isso significa que o setor privado está investindo 
exponencialmente e o setor público recorre ao setor externo para 
financiar os gastos a maior. 
b) Isso significa que o setor privado está poupando mais que 
investindo e o setor público arrecadando mais que poupando para 
financiar os gastos do setor privado. 
c) Isso significa que a diferença entre a renda do setor privado e o 
seu gastos é alocada como déficit público. 
d) Isso significa que haverá elevação do endividamento do setor 
privado tendo, como contrapartida, aumento dos ativos do setor 
público. 
e) Isso significa que o setor privado está poupando mais que 
investindo e o setor público gastando mais que arrecadando, ou seja, 
o déficit público é financiado pelo setor privado. 
Gabarito: “E” 
Devemos nos lembrar em primeiro lugar que a economia é fechada, 
ou seja, não se tem transações com o exterior, com o resto do 
mundo. Daí, não podemos nos recorrer ao financiamento 
internacional, ou seja, não se tem poupança externa (Se). 
A diferença entre a renda do setor privado e o seu gasto será, então, 
alocada no financiamento do setor público. Haverá uma elevação do 
endividamento do agente deficitário (setor público) tendo, como 
contrapartida, a elevação dos ativos ou riqueza do setor 
superavitário, setor privado. 
 
 
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04-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Segundo o modelo 
Keynesiano simples, o impacto de exportações e importações se 
expressam, respectivamente, no numerador e denominador do 
multiplicador keynesiano da seguinte forma: 
Y = G + I + X / 1 – c( 1- t) + m , onde se tem: 
Y = renda de equilíbrio; G = gastos do Governo; I = investimento 
privado; X=exportações; c= propensão marginal a consumir; t = 
propensão marginal a tributar; m = propensão marginal a importar. 
Em uma economia aberta, a elevação das exportações e a redução do 
coeficiente médio de importações afetam o nível de produto: 
a) as exportações aumentam a demanda agregada, aumentando o 
nível do produto, independentemente dos outros componentes da 
demanda autônoma assim como as importações. 
b) as exportações reduzem a demanda agregada enquanto que as 
importações diminuem a demanda agregada, aumentando o 
multiplicador keynesiano. 
c) as exportações são vazamentos para o exterior, o que diminui o 
multiplicador keynesiano. 
d) as exportações aumentam a demanda agregada e o aumento do 
produto depende do valor do multiplicador e das outras variáveis 
autônomas ao passo que as importações representam maiores 
vazamentos de demanda para o exterior, reduzindo o multiplicador. 
e) as exportações não influenciam o aumento da demanda agregada, 
pois não existe multiplicador das exportações ao passo que as 
importações representam maiores vazamentos de demanda para o 
exterior, reduzindo o multiplicador. 
Gabarito: “D” 
Segundo o modelo keynesiano simples, numa economia aberta, a 
elevação das exportações (X) e a redução do coeficiente médio de 
importações (propensão marginal a importar (m) afetam o nível de 
produto. 
As exportações aumentam a demanda agregada, levando a uma 
elevação do nível do produto, dependendo do valor do multiplicador e 
dos outros componentes de demanda autônomos. Já as importações 
representam vazamentos da demanda agregada para o exterior. 
Assim, quanto maior a propensão a importar, que relaciona o impacto 
no total das importações com a variação do produto, menor o 
multiplicador Keynesiano, ou seja, maior o vazamento de demanda 
para o exterior. 
Por isso, é que o multiplicador para uma economia fechada no 
modelo keynesiano simples é menor que aquele observado para uma 
economia aberta, no mesmo modelo keynesiano simples. 
K = 1/ 1 – c(1- t), para uma economia fechada e 
K = 1/1 – c(1 – t) + m, para uma economia aberta. 
 
 
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05-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Na Teoria Keynesiana surge 
o chamado “paradoxo da poupança (da parcimônia)” estabelecendo 
uma relação inversa entre a propensão a poupar de uma sociedade e 
o nível de produto. Para uma economia fechada, sem transações com 
o exterior, podemos estabelecer o seguinte significado para esse 
teorema: 
a) Uma propensão a poupar (1- c) mais significativa aumentaria o 
impulso ao gasto privado numa proporção maior que aquele 
observado para o consumo dos entes públicos. 
b) Quanto maior a propensão marginal a poupar (1 – c), maior será 
também a propensão marginal a consumir (c), o que garante maior 
gasto e consumo privados, incrementando o nível de renda. 
c) O consumo privado vai sofrer uma redução em razão da maior 
propensão a poupar, o que garante maior nível do produto. 
d) O consumo privado deve sofrer um revés em função da maior 
propensão marginal a poupar e, conseqüente, redução da propensão 
marginal a consumir, afetando negativamente o nível do produto. 
e) Não existe “paradoxo da parcimônia” para os modelos 
keynesianos. 
Gabarito: “D” 
Uma vez determinada a propensão marginal a consumir (c), tem-se 
que a propensão marginal a poupar (1-c) é sua complementar, pois s 
= 1 –c. Logo, quanto maior a propensão a poupar, menor a 
propensão marginal a consumir. Uma maior propensão marginal a 
poupar faria com que o impulso do gasto privado fosse menos 
amplificado por um consumo reduzido, restringindo, assim, o nível de 
produto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
06-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Sobre o significado 
macroeconômico do consumo induzido pela renda na teoria 
keynesiana, o impacto do valor da propensão marginal a consumir 
sobre o multiplicador e a Lei Psicológica de Keynes, marque a 
assertiva correta: 
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a) A Lei Psicológica de Keynes estabelece que ganhosadicionais de 
renda repercutem desfavoravelmente nos gastos de consumo 
privado. 
b) Quanto maior o consumo induzido pela renda, maior também será 
a propensão marginal a poupar. 
c) A propensão marginal a consumir é inversamente proporcional ao 
valor do multiplicador keynesiano simples para uma economia 
fechada. 
d) O resultado estável e economicamente relevante para o 
pensamento keynesiano ocorre quando a propensão marginal a 
consumir for negativa e a coletividade destinar todo o ganho adicional 
de renda para a poupança. 
e) A Lei Psicológica de Keynes garante que a propensão marginal a 
gastar está compreendida no intervalo entre 0 e 1, ou seja, os 
aumentos de consumo pelo aumento de renda só cobrem uma parte 
desse último aumento. 
Gabarito: “E” 
Na teoria Keynesiana, o consumo é tomado como um gasto induzido, 
ou seja, varia de acordo com a variação do nível da renda. Assim, o 
nível de produto é determinado por estímulos de gastos autônomos 
(investimento – no modelo keynesiano simples -, gastos do governo e 
exportações) que são multiplicados pela elevação do consumo 
induzido. 
Se o consumo induzido amplia os estímulos dos gastos autônomos, 
quanto maior a propensão marginal a gastar dos receptores de 
rendas ampliadas por esses estímulos autônomos, maior será o efeito 
multiplicador. Esse efeito pode ser visulizado pelo multiplicador 1/ (1 
– c) onde, quanto maior a propensão a consumir, menor o 
denominador e, conseqüentemente, maior o multiplicador. Pode-se 
observar também que neste tipo de análise só existe um resultado 
estável e economicamente relevante se a propensão a gastar for 
menor que 1, ou seja, se os aumentos de consumo pelo aumento da 
renda cobrirem apenas uma parcela desse aumento. Para conseguir 
um resultado estável do modelo, Keynes recorre a uma suposta “Lei 
Psicológica Fundamental” que faria com que cada indivíduo não 
consumisse integralmente a elevação de sua renda pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
07-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Dentro do modelo 
keynesiano, uma política fiscal expansionista pode ser executada 
tanto pela alteração dos gastos como pela alteração da carga 
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tributária. Dentro do instrumental desse modelo, assinale a assertiva 
que traça corretamente as características e/ou diferenças de cada 
uma dessas alternativas de política fiscal. 
a) O impacto da alteração do gasto público (G) é menor que aquele 
observado com a redução dos tributos, pois a propensão marginal a 
consumir se situa entre 0 e 1, amortecendo os efeitos do primeiro 
instrumento. 
b) A alteração de política tributária afeta diretamente a demanda 
agregada ao reduzir a renda disponível para o consumo, componente 
da demanda agregada. 
c) Os parâmetros c, t e m afetam em maior ou menor proporção o 
produto ou demanda agregada da economia via multiplicador. 
d) Tanto a política de gasto quanto aquela de tributos afeta 
indiretamente somente a demanda agregada da economia. 
e) A alíquota do imposto (t) não é um dos parâmetros do 
multiplicador da renda. 
Gabarito: “C” 
Uma política de elevação dos gastos públicos (incremento das 
despesas correntes e de capital do governo) tem um impacto direto 
sobre a demanda agregada, como se observa pela identidade do 
produto: Y =C + I + G + X – M. Assim, segundo a fórmula do 
multiplicador K = 1/ 1 – c(1 – t) + m, essa elevação do gasto 
resultará numa elevação ainda maior do produto num montante que 
dependerá dos parâmetros c, t, m. 
Já a modificação da política tributária, que se exprime 
macroeconomicamente pela mudança da alíquota agregada dos 
impostos t, tem um impacto indireto, ou seja, influencia a renda 
líquida disponível para o consumo do setor privado. Formalmente, 
essa alíquota é um dos parâmetros do multiplicador da renda. Um 
menor valor da alíquota tributária, menor t, implicará a elevação do 
multiplicador keynesiano. 
O efeito da alteração do gasto direto é maior que da redução da 
carga tributária, uma vez que aquele se exerce diretamente sobre a 
demanda agregada, enquanto a redução da alíquota tributária é de 
certa forma “amortecida” pela propensão a consumir menor que 1, 
assumida no modelo keynesiano. Uma redução da carga tributária 
representará, pois, uma elevação do consumo inferior a tal redução 
de acordo com a propensão a consumir do setor privado. 
 
 
 
 
08-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Dentro do modelo 
keynesiano, o investimento tem papel e desempenho relevantes para 
um país. Sobre essa variável significativa, assinale a alternativa 
incorreta: 
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a) No investimento bruto, estão incluídas a demanda por bens de 
capital, que elevará o estoque de capital da economia, bem como 
uma parcela que apenas cubra a depreciação do capital existente. 
b) Em um caso hipotético, no qual a depreciação é muito grande, um 
valor elevado para o investimento bruto pode não se traduzir em 
aumento significativo do estoque de capital, através de um 
investimento líquido reduzido. 
c) No modelo keynesiano simplificado, em uma economia fechada e 
sem governo, o valor do investimento é amplificado pelo 
multiplicador, seguindo a fórmula Y = I/(1 – c). 
d) No modelo Keynesiano simplificado, em uma economia aberta, o 
valor do investimento é amplificado pelo multiplicador, seguindo a 
fórmula Y = I/(1- c) - m. 
e) Um maior investimento representará uma maior acumulação de 
capital e, conseqüentemente, a ampliação da capacidade produtiva 
de um país ou do produto potencial de uma economia. 
Gabarito: “D” 
A assertiva A está correta porque a variável investimento bruto 
corresponde à formação bruta de capital fixo mais a variação de 
estoques deduzida a depreciação desse novo bem de capital. 
IB = FBCF + Ve – Depreciação. 
O que queremos deixar claro é que um nível favorável de 
investimento se traduz em maiores oportunidades de emprego, 
incremento da renda e elevação do nível de atividade e produto da 
economia. De forma análoga, menores taxas de investimento 
representam menor nível de emprego, atividade econômica em 
desaceleração e decréscimo da renda da coletividade. 
A assertiva B está correta porque o agregado investimento líquido, 
que denota expressamente o efetivo de capacidade produtiva da 
economia, é o mais correto, pois leva em conta a depreciação, o 
desgaste do equipamento e da maquinaria produzidos durante o ano. 
Todavia, dada a dificuldade de estimação da depreciação, opta-se 
pelo cálculo do investimento bruto, em que os dados de estoques 
adquiridos e novas plantas industriais são mais confiáveis. Dessa 
forma, tem-se que: IL = IB – D onde: 
IL = investimento líquido 
IB = investimento bruto 
D = depreciação 
Assim, um valor expressivo da depreciação, nos remete a um 
investimento líquido reduzido, isto é, dado o investimento bruto, 
ceteris paribus (tudo o mais constante), quanto maior a depreciação, 
menor a taxa de investimento líquida da economia. 
A assertiva C está correta e a assertiva D está incorreta. 
No modelo keynesiano, não existe o termo propensão marginal a 
investir (d), pois a função keynesiana roga que os investimentos são 
exógenos, ou seja, I = I0. Em modelos keynesianos derivados, 
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ajusta-se a função investimento para I como função direta da renda, 
ou seja, 
I = I0 + dY, onde: 
I = função investimento 
I0 = investimento autônomo 
d= propensão marginal a investir 
Temos, portanto, dois modelos keynesianos, o simplicado(que é o 
solicitado na questão) e o derivado (também analisado abaixo). 
01) Modelo Keynesiano simplificado: (I = I0) 
Dessa forma, temos para uma economia fechada, multiplicador dos gastos 
autônomos: 
K = 1/ 1 – c(1 –t) 
Multiplicador da tributação: 
Kt = - c/ 1 – c( 1 – t) 
E, para uma economia aberta, multiplicador dos gastos autônomos: 
Kt = 1/ 1 – c(1 – t) + m onde m= propensão marginal a importar 
As assertivas C e D trazem o multiplicador como função da renda de equilíbrio. 
Assim, Y = 1/ 1 – c(1 – t) e Y = 1/ 1 – c(1 – t) + m, mas como não existe a 
função tributação, isto é, t = 0, fica reduzido a Y = 1/ 1 – c (para economia 
fechada) e Y = 1/ 1 – c + m (para economia aberta). 
02) Modelo Keynesiano derivado: I = I0 + dY, onde: 
I = função investimento 
I0 = investimento autônomo 
d= propensão marginal a investir 
Multiplicador dos gastos autônomos: 
K = 1/ 1 – c( 1 – t) - d 
Multiplicador da tributação: 
Kt = - c / 1 – c( 1 – t) - d 
 
A assertiva E está correta porque maior taxa de investimento 
doméstica representa maior volume de bens de capital fixo, isto é, 
mais imóveis, mais empreendimentos, novas plantas industriais, 
novas rodovias, mais despesas de capital do governo, que 
modernizam e ampliam a oferta de investimento, crescendo a 
economia, movimentando a coletividade com novos empregos e 
oportunidade além de mais renda e produto na economia. 
 
 
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09-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) O Brasil vem apresentando 
um excelente desempenho exportador nos últimos anos. Através dos 
conhecimentos adquiridos em macroeconomia keynesiana, assinale a 
alternativa correta sobre as razões macroeconômicas ligadas à 
determinação do produto e do equilíbrio externo da economia. 
a) As exportações representam vazamentos para o exterior, o que 
diminui o valor da demanda agregada da economia. 
b) O modelo keynesiano simplificado, em uma economia aberta, 
admite um multiplicador superior àquele observado para uma 
economia fechada em razão do vazamento para o exterior 
proveniente das importações de bens e serviços. 
c) O maior apetite das exportações garante maiores divisas para o 
país, o que permite maior fluxo de importações e acentuada 
dinamização da economia. 
d) Pelo lado do produto interno do país, as exportações são o gasto 
autônomo de maior expressão para qualquer nação. 
e) As exportações líquidas não devem ser tomadas como componente 
da demanda agregada da economia. 
Gabarito:”C” 
Pelo lado do produto interno de um país, as exportações representam 
um componente de gasto autônomo da demanda agregada. 
Considerando o caso de uma economia aberta e com governo, temos: 
Y = C + I + G + X – M. Assim, uma elevação desse componente tem 
como conseqüência uma elevação do produto como um todo. Dentro 
do modelo keynesiano de uma economia aberta e com governo, essa 
elevação será superior à elevação das exportações, segundo o efeito 
do multiplicador da renda keynesiana, que, nesse caso, tem como 
fórmula 1/ 1 – c(1-t) + m. 
Pelo lado do equilíbrio externo da economia, a elevação das 
exportações tem um impacto positivo sobre a balança comercial e de 
transações correntes, ou seja, representa um aporte de dólares que 
será utilizado com os dispêndios de importação e de pagamentos de 
outras obrigações do país em moeda estrangeira como: fretes, 
seguros, juros sobre a dívida externa, dividendos etc. 
 
 
 
 
 
10-(ESAF/ENAP-2006) Considere o modelo: 
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C = C0 + C(Yd) 
Yd = Y – T 
T = t.Y 
Y = C + I + G 
onde: 
C = consumo; 
C0 = consumo autônomo; 
Yd = renda disponível; 
T = impostos; 
G = gastos do governo; 
I = investimento agregado. 
Com base nesse modelo, é incorreto afirmar que: 
a) se t = 0, então o multiplicador dos gastos do governo será igual a 
1. 
b) o valor do multiplicador será de 1/1 – c(1 – t) 
c) ΔY/ΔG = ΔY/ΔI 
d) a renda de equilíbrio é igual a 1/1 – c(1 – t) . (C0 + I + G) 
e) ΔY/ΔG = ΔY/ΔC0 
Gabarito:”A” 
Apenas para ficar registrado e comprovado no modelo Keynesiano de 
uma economia fechada, o consumo além de seu componente 
autônomo, é função da renda disponível, que corresponde ao valor da 
renda total menos a arrecadação de impostos. Logo, a função 
consumo é dada por C = ´C + cYd, onde c é a propensão marginal a 
consumir. A arrecadação tributária é uma função linear da renda (T = 
ty) e o investimento bem como os gastos do governo são variáveis 
exógenas. Resolvendo, temos: 
Y = (C0 + cYd) + (I) + (G) 
Y = C0 + c(Y - tY) + I + G 
Y = C0 + cY - ctY + I + G 
Y - cY + ctY = C0 + I + G 
Y ( 1 - c(1 - t) = C0 + I + G 
Y = 1.( C0+ I + G)/ 1 - c( 1 - t) 
Portanto, o multiplicador é 1/ 1- c(1 - t). 
As assertivas “B” e “D” estão corretas. 
ΔY/ΔG = ΔY/ΔI representa o multiplicador keynesiano (fiscal) do 
investimento ao passo que ΔY/ΔG = ΔY/ΔC0 sinaliza o multiplicador 
keynesiano do consumo autônomo (gastos autônomos). Ambas são 
variáveis da mesma função demanda agregada da economia DA = C 
+ I + G de uma economia fechada. Logo, k = ΔY/ΔG = ΔY/ΔI = 
ΔY/ΔC0. 
As assertivas “C” e “E” estão corretas. 
Se t= 0, logo o multiplicador keynesiano seria igual a 1/ 1- c. Senão 
vejamos. 
O multiplicador é 1/ 1- c(1 - t) = 1/ 1- c(1-0) = 1/ 1- c.1 = 1/ 1 – c. 
A assertiva “A” está incorreta. 
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11-(ESAF/ENAP-2006) Considere o seguinte modelo: 
Y = C + I + G + X – M 
C = Co + ⃠Y 
M = Mo + βY 
0 <β< ⃠ < 1 
onde: 
Y = produto agregado; 
I = investimento agregado; 
G= gastos do governo; 
X = exportação de bens e serviços não fatores; 
M = importação de bens e serviços não fatores; 
C = consumo agregado; 
Co = consumo agregado autônomo; 
Mo = importações autônomas. 
Com base nessas informações, é incorreto afirmar que 
a) quanto maior β, maior será ΔY/ΔG. 
b) tanto ⃠ quanto β exercem influência sobre o multiplicador dos 
gastos do governo. 
c) ΔY/ΔG = ΔY/ΔI 
d) ΔY/ΔC0 = ΔY/ΔG 
e) o valor do multiplicador será igual a 1/(1 -⃠ + β). 
Gabarito:”A” 
No caso de uma economia aberta, temos a presença de X e M onde 
X: exportações exógenas 
M: importações dependentes da renda: mY 
O modelo completo, com o resto do mundo, é assim registrado: 
Y = 1/ ( 1-⃠) . (C0 + I + G + X – βY) 
Estamos admitindo que as exportações (X) são independentes e que 
as compras (importações) (M) dependem, ou melhor, são induzidas 
pela variável renda (Y). 
Como no equilíbrio Y = DA e sendo DA = C + I + G + X – M 
Temos: 
Y = C0 + I + G + X - βY 
Y - ⃠Y + βY = C0 + I + G + X 
Y ( 1 – ⃠ + β) = C0 + I + G + X 
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Y =1. C0 + I + G + X 
 1 - ⃠ + β 
Portanto, o multiplicador passa a ser: 
K = 1 
 1 - ⃠ + β 
Observe que o multiplicador para a economia aberta é menor do que 
o observado na economia fechada, considerando a mesma propensão 
marginal a consumir e a mesma alíquota de imposto. 
ΔY/ΔG = ΔY/ΔI representa o multiplicador keynesiano (fiscal) do 
investimento ao passo que ΔY/ΔG = ΔY/ΔC0 sinaliza o multiplicador 
keynesiano do consumo autônomo (gastos autônomos). Ambas são 
variáveis da mesma função demanda agregada da economia DA = C 
+ I + G de uma economia fechada. 
 
 
 
 
12-(NCE/UFRJ-ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO-ANAC-
ECONOMISTA – 2007) Considerando o modelo Keynesiano 
simplificado e uma economia fechada e com governo, onde a 
propensão marginal a poupar é 1/3, não é correto afirmar que: 
a) o multiplicador do orçamento equilibrado será igual a 1 quando o 
aumento dos gastos do governo for financiado através de um 
aumento idêntico da arrecadação tributária. 
b) o multiplicador do orçamento equilibrado será nulo sempre que um 
aumento nas transferências for financiado através de um aumento da 
arrecadação tributária. 
c) um aumento nas transferências realizadaspelo governo terá o 
mesmo efeito de um aumento do investimento de mesmo montante. 
d) caso o governo decida abrir esta economia e a propensão marginal 
a importar desta seja positiva, os efeitos de um aumento do gasto do 
governo sobre a renda se reduzirão, pois o multiplicador dos gastos 
autônomos cairá. 
e) se a alíquota do imposto de renda for 0,5, um aumento de R$ 3 
milhões nos investimentos privados irá gerar um aumento de R$ 4,5 
milhões no valor do produto. 
Gabarito:”C” 
Comentários: 
Sabemos que o modelo keynesiano simplificado, que governa uma 
economia fechada e com governo (Y = C + G + I), se traduz no 
seguinte multiplicador: 
K = 1/ 1 – c onde c= propensão marginal a consumir. 
O consumo além de seu componente autônomo, é função da renda 
disponível, que corresponde ao valor da renda total menos a 
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arrecadação de impostos. Logo, a função consumo é dada por C = ´C 
+ cYd, onde c é a propensão marginal a consumir. A arrecadação 
tributária é uma função linear da renda (T = ty) e o investimento 
bem como os gastos do governo são variáveis exógenas. 
Sabemos também que s= 1- c = propensão marginal a poupar = 1/3. 
Logo, c = 2/3. 
A assertiva “A” está correta porque no caso especial de um 
aumento de gastos governamentais com orçamento equilibrado, o 
multiplicador é 1: a produção aumenta exatamente no mesmo valor 
do aumento nos gastos financiados pelos impostos. 
O multiplicador do orçamento equilibrado é o número pelo qual o 
aumento em G deve ser multiplicado para obter o aumento na renda 
de equilíbrio quando T aumenta na mesma magnitude que G. Uma 
unidade monetária a mais de G aumenta a renda de equilíbrio em 1/ 
( 1 – PMgC) enquanto uma unidade monetária a mais de T diminui a 
renda de equilíbrio em – PMgC vezes 1/(1 – PMgC). Quando 
adicionamos estes dois efeitos, o multiplicador do orçamento 
equilibrado é igual a 1: 
 1 + - PMgC = 1 – PMgC = 1 
 1 – PMgC 1 – PMgC 1 - PMgC 
Por exemplo, se tanto os gastos do governo como a tributação 
aumentam em $ 1.000, a renda de equilíbrio aumenta em $ 1.000. 
A assertiva “B” é tida como correta pela banca que 
provavelmente quis demonstrar que não existe multiplicador do 
orçamento equilibrado diferente da unidade (1). 
A assertiva “D” está correta porque o multiplicador dos gastos 
autônomos numa economia aberta é menor do que em uma 
economia fechada. 
Apenas para ficar registrado e comprovado no modelo Keynesiano de 
uma economia fechada, o consumo além de seu componente 
autônomo, é função da renda disponível, que corresponde ao valor da 
renda total menos a arrecadação de impostos. Logo, a função 
consumo é dada por C = ´C + cYd, onde c é a propensão marginal a 
consumir. A arrecadação tributária é uma função linear da renda (T = 
ty) e o investimento bem como os gastos do governo são variáveis 
exógenas. Resolvendo, temos: 
Y = (´C + cYd) + (I) + (G) 
Y = ´C + c(Y - tY) + I + G 
Y = ´C + cY - ctY + I + G 
Y - cY + ctY = ´C + I + G 
Y ( 1 - c(1 - t) = ´C + I + G 
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Y = 1.´(´C + I + G)/ 1 - c( 1 - t) 
Portanto, o multiplicador é 1/ 1- c(1 - t). 
No caso de uma economia aberta, temos a presença de X e M onde 
X: exportações exógenas 
M: importações dependentes da renda: mY 
Temos: 
Y = ´C + c(Y - tY) + I + G + X – mY 
Y = ´C +cY - ctY + I + G + X - mY 
Y - cY +ctY + mY = ´C + I + G + X 
Y = 1. (´C + I + G + X)/ 1 - c( 1- t) + m 
Portanto, o multiplicador passa a ser: 
1/ 1 - c( 1 - t) + m. 
Observe que o multiplicador para a economia aberta é menor do que 
o observado na economia fechada, considerando a mesma propensão 
marginal a consumir e a mesma alíquota de imposto. 
A assertiva “E” está correta porque com t = 0,5 e c = 2/3 (dado 
na questão), o multiplicador fiscal passa a ser: 
K = 1/ 1 – c( 1- t) 
K = 1/ 1 – 2/3.0,5 
K = 1/ 1 – 0,333 
K = 1/0,667 
K = 1,5 
Dessa forma, um aumento de R$ 3 milhões nos investimentos 
privados acarretará um aumento de R$ 4,5 no produto de equilíbrio. 
A assertiva “C” está incorreta porque um aumento nas 
transferências realizadas pelo governo ( relacionadas com a função 
tributação que é dependente da alíquota; função linear da renda T = 
ty) não terá o mesmo efeito de um aumento do investimento ( função 
exógena, independente) de mesmo montante. 
 
 
 
 
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13-(FCC-MPU/2007) No modelo keynesiano de determinação do 
equilíbrio do produto, onde o consumo agregado é uma função linear 
e crescente da renda, é correto afirmar que: 
a) o produto estará em equilíbrio quando o investimento for igual à 
poupança realizada. 
b) um aumento nos impostos tem maior poder de diminuir o produto 
de equilíbrio que igual contração nos gastos do governo, tudo o mais 
constante. 
c) a propensão média a consumir é maior que a propensão marginal 
a consumir, se o consumo autônomo for positivo. 
d) a estabilidade do equilíbrio requer propensão marginal a consumir 
maior que 1. 
e) o multiplicador das exportações é maior que o multiplicador do 
investimento. 
Gabarito: “C” 
A propensão média a consumir é representada por C/Y ao passo que 
a propensão marginal a consumir é igual a ΔC/ΔY. Uma vez que o 
consumo autônomo é positivo (C0 > 0), teremos C/Y > ΔC/ΔY, dada 
uma função C = C0 + c.Y. 
A assertiva “A” está incorreta porque a condição de equilíbrio se 
faz presente quando o investimento planejado seja igual à poupança 
realizada. O investimento realizado corresponde ao investimento 
planejado (formação bruta de capital fixo) mais o vetor não 
planejado, que são os estoques ou variação de estoques da 
economia. 
A assertiva “B” está incorreta porque o crescimento dos impostos 
tem menor impacto que uma contração forte dos gastos públicos. 
Senão vejamos: 
A assertiva “D” está incorreta porque a propensão marginal a 
consumir se situa sempre em um intervalo entre 0 e 1. No limite, 
será igual a 1, quando todo o acréscimo nas disponibilidades de renda 
for canalizado para o consumo. 
A assertiva “E” está incorreta porque, em se tratando de gastos 
autônomos, o mesmo multiplicador se aplica às exportações, ao 
investimento, ao consumo autônomo e ao gastos do governo. 
 
 
 
14-(FCC-MPU/2007) No modelo keynesiano simples para uma 
economia aberta e com governo, em que o investimento, a 
tributação, os gastos do governo e as exportações são autônomas, as 
propensões marginais a poupar e a importar são 0,25 e 0,15, 
respectivamente. Supondo que o nível de investimento aumenta em 
40, a renda também será aumentada em: 
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a) 500 
b) 400 
c) 267 
d) 160 
e) 100 
Gabarito: “E” 
Como a propensão marginal a poupar (1-c) é igual a 0,25, temos que 
a propensão marginal a consumir (c) é igual a 0,75, pois PMgC + 
PMgS = 1, ou seja, as propensões marginal a consumir e a poupar 
são complementares. Lembre-se que as funções consumo e poupança 
são funções espelho. 
Sabemos que estamos lidando com uma economia aberta cuja 
propensão marginal a importar foi dada igual a 0,15. Dessa forma, 
resta-nos aplicar a fórmula do multiplicador keynesiano simplificado 
para uma economia aberta: 
K = 1/ 1-c(1- t) + m 
Sabemos também que não há função tributação nessa questão. Logo, 
t = 0. 
K = 1/ 1 – 0,75(1 – 0) + 0,15 
K = 1/ 0,25 + 0,15 
K = 1/0,4 
K = 2,5 
 
 
 
 
15-(ESAF/ENAP-2006) Considere 
A = 400 + 0,7Y – 3000i 
i = 0,06 
X = 250 
M = 0,2Y 
onde: 
A = demanda agregada interna; 
I = taxa de juros; 
X = exportações; 
M = importações.Considerando a renda de equilíbrio, o saldo X – M será de 
a) - 62 
b) 62 
c) 54 
d)- 54 
e) 12 
Gabarito: “B” 
A demanda agregada é resultado da despesa nacional, sendo 
composta pelo consumo das famílias (C), investimento das empresas 
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(I), gastos governamentais (G), transações com o resto do mundo ou 
exportações líquidas (exportações menos importações). 
A = C + I + G + X – M (1). 
No equilíbrio macroeconômico, o nível de produto (renda) deve ser 
igual ao nível das despesas dos agentes econômicos: Y = DA. A 
renda nacional de equilíbrio é estabelecida através da vinculação 
gradativa de cada uma das variáveis da função demanda agregada. 
Temos a equação da demanda agregada interna A= 400 + 0,7Y – 
3000i (2). Substituindo-se i = 0,06 em (2), vem: 
400 + 0,7Y – 180. 
Retornando à equação completa (1), vem: 
Y = 400 + 0,7Y – 180 + 250 – 0,2Y 
Y = 470 + 0,5Y 
Y – 0,5Y = 470 
0,5Y = 470 
Y = 940. 
O saldo da BC, ou seja, X – M = 250 – 0,2.940 = 250 – 188 = 62. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16-(CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC – 
2006) Com relação à função consumo, assinale a opção correta: 
a) Quando a renda é igual a zero, o consumo também será igual a 
zero. 
b) A propensão média a consumir é dada pela relação entre o 
acréscimo no consumo e o acréscimo na renda. 
c) A propensão marginal a consumir é uma relação cujo valor se situa 
entre 0 e 1. 
d) Quando são considerados curtos intervalos de tempo, a propensão 
marginal a consumir tende a variar continuamente. 
Gabarito: “C” 
Comentários: 
A assertiva “A” está incorreta porque mesmo quando a renda (Y) 
for nula, ou seja, o consumidor não possui fluxo de recursos nem 
estoque de riqueza, a função consumo não será nula em razão do 
consumo autônomo, independente, que constitui uma questão de 
sobrevivência e não de padrão de vida. Ainda que o consumidor não 
tenha recursos para sustentar esse consumo, ele consome através de 
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doações de outros consumidores, por exemplo. São os “pedintes” em 
último caso. 
Veja a função consumo: 
O consumo será considerado uma função linear da renda: 
C = C0+ cy 
C0 – consumo autônomo, independente da renda ( questão de 
sobrevivência) 
c – consume induzido ( questão de padrão de vida) 
O coeficiente “ c” é denominado “ propensão marginal a consumir” ( 
PMgC), “ na margem”, “extra”, “adicional” e vem a ser o aumento do 
consumo a cada aumento unitário da renda. 
A assertiva “B” está incorreta e a assertiva “C” está correta 
porque a propensão marginal a consumir (PMgC) entre 0 e 1 é uma 
das três propriedades fundamentais da função consumo de Keynes. 
Senão vejamos: 
Primeira: a propensão marginal a consumir se situa entre 0 e 1. O 
coeficiente “ c” é denominado “ propensão marginal a consumir” ( 
PMgC), “ na margem”, “extra”, “adicional” e vem a ser o aumento do 
consumo a cada aumento unitário da renda. 
Segunda: a propensão média a consumir cai quando a renda 
aumenta (PMeC declinante). PMeC = C/Y é a propensão média a 
consumir dada por aquela relação para diferentes níveis de renda. 
A PMeC decresce continuamente à medida que aumenta a renda, com 
o detalhe de que C aumenta menos do que proporcionalmente aos 
aumentos de Y, pelo fato de c estar entre 0 e1. 
Terceira: o consumo é determinado pela renda corrente. 
A assertiva “D” está incorreta porque, ceteris paribus, a 
propensão marginal a consumir não tende a varia continuamente 
para curtos intervalos de tempo. Sabemos que a PMgC determina a 
questão de padrão de vida e melhor padrão de vida ou consumo mais 
ostensivo é proveniente de radicais alterações nos fluxos de rendas e 
estoque de riqueza das famílias. E tais alterações não ocorrem da 
noite para o dia. A não ser situações excepcionais como uma 
herança, um ganho no mercado de loterias, etc. 
 
 
 
 
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17- Tendo em conta conceitos relativos ao sistema monetário, 
assinale a afirmativa correta: 
a) Quando um banco comercial adquire títulos da dívida pública 
diretamente de outro banco comercial não ocorre variação no estoque 
de meios de pagamento. 
b) Quando um banco compra à vista um imóvel pertencente a uma 
empresa não financeira, ocorre destruição de meios de pagamento. 
c) Empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais determinam 
aumento de igual montante nos meios de pagamento. 
d) O setor bancário não cria meios de pagamento quando, por 
exemplo, adquire bens ou serviços junto ao público, pagando em 
moeda corrente. 
Gabarito: “ A“ 
Comentários: 
A assertiva “A” está correta porque operações interbancárias não 
afetam a variação no quantitativo de meios de pagamento. Criação 
ou destruição de moeda só via transações entre setor bancário e 
setor não-bancário da economia. 
A assertiva “B” está incorreta porque ocorre criação de meios de 
pagamento (monetização da economia) sempre que a transação é 
realizada entre o setor bancário (no caso, banco comercial) e setor 
não-bancário ( no caso, empresa não financeira) na condição de 
compra de um haver não-monetário em contrapartida de moeda 
manual ou escritural. 
A assertiva “C” está incorreta porque o setor bancário é composto 
pela autoridade monetária (BC) e pelos bancos comerciais. Operações 
entre esses dois agentes são transações interbancárias, não 
apresentando nenhum impacto sobre os meios de pagamento. Não 
há, portanto, criação de meios de pagamento (monetização da 
economia). Não se registram aqui transações entre setor bancário e 
setor não-bancário, condição indispensável para a criação efetiva de 
meios de pagamento. 
A assertiva “D” está incorreta porque para que ocorra 
monetização da economia (criação de meios de pagamento), faz-se 
necessário que o setor bancário adquira algum haver não monetário 
do setor não bancário da economia, pagando em moeda manual ou 
depósitos à vista nos bancos comerciais. 
Na situação em tela, bens ou serviços fornecidos pelo segmento não 
bancário são tidos como haver não-monetário tendo como 
contrapartida um pagamento em moeda corrente. 
 
 
 
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18-(NCE/UFRJ-Eletronorte-Economista-2006) A Curva de 
Phillips, que relaciona a taxa de inflação (Y) à taxa de desemprego 
(X) pode ser representada, no curto prazo, por uma função do tipo: 
(A) Y = aX, onde a > 0 e X > 0; 
(B) Y = aX1/2, onde a > 0 e X > 0; 
(C) Y = aX + b, onde a > 0, b > 0 e X > 0; 
(D) Y = a(1/X) , onde a > 0 e X > 0; 
(E) Y = aX2, onde a > 0 e X > 0. 
A curva de Phillips advoga uma relação inversa (negativa) entre a 
taxa de inflação e a taxa de desemprego. O trade-off entre inflação e 
desemprego conduz a um sacrifício em que a sociedade convive com 
uma inflação mais alta como remédio para uma política de combate 
ao desemprego ou vice-versa. 
Na formulação original da curva de Phillips, temos: 
π = -β(u - un) 
π = taxa de inflação (πe = taxa esperada de inflação) 
u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego) 
 β = parâmetro positivo 
A única alternativa que garante uma relação inversa entre as 
variáveis X e Y é a assertiva “D”. 
 
 
π 
 
 
 
 
 
 un 
 u 
 
 
 
 
A assertiva “D” está correta. 
 
 
 
19-(NCE/UFRJ- AGU-Economista – 2006) Em relação à Curva de 
Phillips, é INCORRETO afirmar que: 
(A) o custo da redução do desemprego, medido em aumento de taxa 
de inflação, será tanto menor quanto maior for a capacidade ociosa 
da economia; 
(B) de acordo com os

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