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CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 1 www.pontodosconcursos.com.br AULA 02: MACROECONOMIA KEYNESIANA E POLÍTICA FISCAL. POLÍTICA MONETÁRIA, INFLAÇÃO, CURVA DE PHILLIPS. • SÍNTESE DE KEYNES E POLÍTICA FISCAL. Multiplicador fiscal ou keynesiano 1) Para uma economia fechada e sem governo: Kt = - c/ 1 – c 2)Para uma economia fechada e com governo: Kt = - c/ 1 – c( 1 – t) 3)Para uma economia aberta e com governo: Kt = - c/ 1 – c( 1 – t) + m *Modelo Keynesiano simplificado: (I = I0) Dessa forma, temos para uma economia fechada, multiplicador dos gastos autônomos: K = 1/ 1 – c(1 – t) Multiplicador da tributação: Kt = - c/ 1 – c( 1 – t) Caso a ESAF requisite também modelos derivados do Keynesianismo ( questões com esse “corte” são mais raras para a ESAF). **Modelo Keynesiano derivado: I = I0 + dY, onde: I = função investimento I0 = investimento autônomo d= propensão marginal a investir Multiplicador dos gastos autônomos: K = 1/ 1 – c( 1 – t) - d Multiplicador da tributação: Kt = - c / 1 – c( 1 – t) – d CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 2 www.pontodosconcursos.com.br q de Tobin O q de Tobin é assim mensurado: Valor de Mercado do Capital Instalado/ Custo de Reposição do Capital Instalado. Valor de q Viabilidade do Investimento/possibilidade de empreendimento Q > 1 Investimento concretizado Q = 1 Indiferente a concretização ou não do investimento Q < 1 Investimento não concretizado Política Fiscal Política Fiscal Impostos/Carga Tributária (receitas) Gastos (despesas correntes e de capital) Expansionista ↓ ↑ Contracionista ↑ ↓ • SÍNTESE DE POLÍTICA MONETÁRIA, INFLAÇÃO E CURVA DE PHILLIPS Multiplicador monetário ou bancário O multiplicador da base monetária é extraído de: m = M/B Vale aqui registrar e entender algumas fórmulas (com as letras que costumam aparecer) que muito contribuem na resolução das questões propostas pelas bancas. Vamos a elas: CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 3 www.pontodosconcursos.com.br M1 = PPP + DV onde: M1 = total de meios de pagamento PPP = papel moeda em poder do público ou moeda manual DV = depósitos à vista nos bancos comerciais c = PPP onde: M1 c = taxa de retenção do público em relação ao total dos meios de pagamento d = DV onde: M1 d =proporção dos ativos monetários em forma de depósitos c+ d = PPP + DV = PPP + DV = M1 = 1 M1 M1 M1 M1 r = encaixes bancários DV BM = PPP + encaixes = papel em circulação + reservas bancárias m = M1 PP + r Dividindo-se o numerador e denominador da fração por M1, temos: m = M1/M1 PP/M1 + r/M1 m= 1/ c + r/M1 Lembre-se que: r/D = r/D . D/M1 = r.d M1/D Retornando à fórmula do multiplicador dos meios de pagamento, temos que: m = 1/ c + r.d Como c + d = 1, temos que c = 1 – d. Logo, m = 1/ 1 – d + r.d ou m = 1/ 1 – d( 1 – r) Instrumentos de Política Monetária e Multiplicador CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 4 www.pontodosconcursos.com.br Expansão da oferta monetária Instrumento de Política Monetária/ componente da base monetária Retração da oferta monetária Compra/resgate de títulos públicos Operações de mercado aberto Venda de títulos públicos Queda compulsórios Recolhimento compulsórios Elevação compulsórios Queda taxa de redesconto Taxa de Redesconto Elevação da taxa de redesconto Queda da razão Papel moeda/meios de pagamento Elevação da razão Elevação da razão Depósitos à vista/meios de pagamento Queda da razão Inflação e Curva de Phillips Figura 1. Curva de Phillips versão original. π CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 5 www.pontodosconcursos.com.br u Na formulação original da curva de Phillips, temos: π = -β(u - un) π = taxa de inflação u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego) β = parâmetro positivo que mede a sensibilidade da inflação às variações na taxa de desemprego Figura 2. Curva de Phillips versão contemporânea. π un u A curva de Phillips demonstrada na equação abaixo é ampliada e com expectativas racionais (versão contemporânea da curva de Phillips): π = πe - β(u - un) + ε onde: π = taxa de inflação (πe = taxa esperada de inflação) CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 6 www.pontodosconcursos.com.br u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego) ε = choque aleatório de oferta β = parâmetro que mede a sensibilidade da taxa de inflação aos desvios da taxa de desemprego efetivo em relação à taxa natural. Inflação e Curva de Phillips Tipo de Inflação Características Instrumento de correção Demanda Excesso de consumo Elevação da taxa de juros Oferta (custos) Aumento do custo de produção Política fiscal contracionista Inercial Indexação de preços e salários; “memória inflacionária” Desindexação plena da economia QUESTÕES PROPOSTAS 01-(NCE/UFRJ- AGU-Economista – 2006) Aponte a afirmativa correta em relação à Teoria Monetária de Keynes e aquelas derivadas da tradição da Teoria Quantitativa da Moeda: (A) a demanda por moeda para transação não figura na abordagem neoclássica da demanda de moeda; (B) a reconstrução da Teoria Quantitativa da Moeda formulada por Friedman propõe que a política monetária não produz efeitos reais; (C) segundo Keynes, a existência de demanda por moeda por precaução justifica-se pelas expectativas de aferição de lucros em decorrência da variação do preço dos títulos; (D) para Keynes, a demanda por moeda para transação será tanto menor quanto menor for o número de retiradas de contas remuneradas por unidade de tempo; (E) para Keynes, em certas circunstâncias, entre elas a presença de um nível de taxas de juros suficientemente baixo, a demanda especulativa de moeda torna-se infinitamente elástica. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 7 www.pontodosconcursos.com.br 02-(NCE/UFRJ-Eletronorte-Economista-2006) Em relação ao investimento, NÃO é correto afirmar que: (A) o investimento aumenta à medida que a taxa de juros cai; (B) um aumento no produto marginal do capital leva a um aumento do investimento; (C) de acordo com o modelo do acelerador, o investimento cresce quanto mais aumenta a renda da economia; (D) quando o produto marginal do capital for maior que a taxa de juros real, as firma terão incentivo para aumentar seu investimento; (E) sempre que o custo real do capital for maior que o produto marginal do capital, as firmas terão incentivos para aumentar seu estoque de capital. 03-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Partindo da identidade que descreve a desagregação do Produto Interno Bruto (PIB) em seus componentes de demanda agregada (numa economia fechada), Y = C + I + G, se subtrairmos de ambos os lados o consumo e a receita tributária, teremos Sp = I + (G – T) e re-arrajando os termos, teremos: Sp – I = G – T, sinalizando o efeito direto da existência de um déficit público sobre a acumulação de riqueza do setor privado.Qual o significado do contexto acima: a) Isso significa que o setor privado está investindo exponencialmente e o setor público recorre ao setor externo para financiar os gastos a maior. b) Isso significa que o setor privado está poupando mais que investindo e o setor público arrecadando mais que poupando para financiar os gastos do setor privado. c) Isso significa que a diferença entre a renda do setor privado e o seu gastos é alocada como déficit público. d) Isso significa que haverá elevação do endividamento do setor privado tendo, como contrapartida, aumento dos ativos do setor público. e) Isso significa que o setor privado está poupando mais que investindo e o setor público gastando mais que arrecadando, ou seja, o déficit público é financiado pelo setor privado. 04-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Segundo o modelo Keynesiano simples, o impacto de exportações e importações se CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 8 www.pontodosconcursos.com.br expressam, respectivamente, no numerador e denominador do multiplicador keynesiano da seguinte forma: Y = G + I + X / 1 – c( 1- t) + m , onde se tem: Y = renda de equilíbrio; G = gastos do Governo; I = investimento privado; X=exportações; c= propensão marginal a consumir; t = propensão marginal a tributar; m = propensão marginal a importar. Em uma economia aberta, a elevação das exportações e a redução do coeficiente médio de importações afetam o nível de produto: a) as exportações aumentam a demanda agregada, aumentando o nível do produto, independentemente dos outros componentes da demanda autônoma assim como as importações. b) as exportações reduzem a demanda agregada enquanto que as importações diminuem a demanda agregada, aumentando o multiplicador keynesiano. c) as exportações são vazamentos para o exterior, o que diminui o multiplicador keynesiano. d) as exportações aumentam a demanda agregada e o aumento do produto depende do valor do multiplicador e das outras variáveis autônomas ao passo que as importações representam maiores vazamentos de demanda para o exterior, reduzindo o multiplicador. e) as exportações não influenciam o aumento da demanda agregada, pois não existe multiplicador das exportações ao passo que as importações representam maiores vazamentos de demanda para o exterior, reduzindo o multiplicador. 05-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Na Teoria Keynesiana surge o chamado “paradoxo da poupança (da parcimônia)” estabelecendo uma relação inversa entre a propensão a poupar de uma sociedade e o nível de produto. Para uma economia fechada, sem transações com o exterior, podemos estabelecer o seguinte significado para esse teorema: a) Uma propensão a poupar (1- c) mais significativa aumentaria o impulso ao gasto privado numa proporção maior que aquele observado para o consumo dos entes públicos. b) Quanto maior a propensão marginal a poupar (1 – c), maior será também a propensão marginal a consumir (c), o que garante maior gasto e consumo privados, incrementando o nível de renda. c) O consumo privado vai sofrer uma redução em razão da maior propensão a poupar, o que garante maior nível do produto. d) O consumo privado deve sofrer um revés em função da maior propensão marginal a poupar e, conseqüente, redução da propensão marginal a consumir, afetando negativamente o nível do produto. e) Não existe “paradoxo da parcimônia” para os modelos keynesianos. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 9 www.pontodosconcursos.com.br 06-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Sobre o significado macroeconômico do consumo induzido pela renda na teoria keynesiana, o impacto do valor da propensão marginal a consumir sobre o multiplicador e a Lei Psicológica de Keynes, marque a assertiva correta: a) A Lei Psicológica de Keynes estabelece que ganhos adicionais de renda repercutem desfavoravelmente nos gastos de consumo privado. b) Quanto maior o consumo induzido pela renda, maior também será a propensão marginal a poupar. c) A propensão marginal a consumir é inversamente proporcional ao valor do multiplicador keynesiano simples para uma economia fechada. d) O resultado estável e economicamente relevante para o pensamento keynesiano ocorre quando a propensão marginal a consumir for negativa e a coletividade destinar todo o ganho adicional de renda para a poupança. e) A Lei Psicológica de Keynes garante que a propensão marginal a gastar está compreendida no intervalo entre 0 e 1, ou seja, os aumentos de consumo pelo aumento de renda só cobrem uma parte desse último aumento. 07-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Dentro do modelo keynesiano, uma política fiscal expansionista pode ser executada tanto pela alteração dos gastos como pela alteração da carga tributária. Dentro do instrumental desse modelo, assinale a assertiva que traça corretamente as características e/ou diferenças de cada uma dessas alternativas de política fiscal. a) O impacto da alteração do gasto público (G) é menor que aquele observado com a redução dos tributos, pois a propensão marginal a consumir se situa entre 0 e 1, amortecendo os efeitos do primeiro instrumento. b) A alteração de política tributária afeta diretamente a demanda agregada ao reduzir a renda disponível para o consumo, componente da demanda agregada. c) Os parâmetros c, t e m afetam em maior ou menor proporção o produto ou demanda agregada da economia via multiplicador. d) Tanto a política de gasto quanto aquela de tributos afeta indiretamente somente a demanda agregada da economia. e) A alíquota do imposto (t) não é um dos parâmetros do multiplicador da renda. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 10 www.pontodosconcursos.com.br 08-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Dentro do modelo keynesiano, o investimento tem papel e desempenho relevantes para um país. Sobre essa variável significativa, assinale a alternativa incorreta: a) No investimento bruto, estão incluídas a demanda por bens de capital, que elevará o estoque de capital da economia, bem como uma parcela que apenas cubra a depreciação do capital existente. b) Em um caso hipotético, no qual a depreciação é muito grande, um valor elevado para o investimento bruto pode não se traduzir em aumento significativo do estoque de capital, através de um investimento líquido reduzido. c) No modelo keynesiano simplificado, em uma economia fechada e sem governo, o valor do investimento é amplificado pelo multiplicador, seguindo a fórmula Y = I/(1 – c). d) No modelo Keynesiano simplificado, em uma economia aberta, o valor do investimento é amplificado pelo multiplicador, seguindo a fórmula Y = I/(1- c) - m. e) Um maior investimento representará uma maior acumulação de capital e, conseqüentemente, a ampliação da capacidade produtiva de um país ou do produto potencial de uma economia. 09-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) O Brasil vem apresentando um excelente desempenho exportador nos últimos anos. Através dos conhecimentos adquiridos em macroeconomia keynesiana, assinale a alternativa correta sobre as razões macroeconômicas ligadas à determinação do produto e do equilíbrio externo da economia. a) As exportações representam vazamentos para o exterior, o que diminui o valor da demanda agregada da economia. b) O modelo keynesiano simplificado, em uma economia aberta, admite um multiplicador superior àquele observado para uma economia fechada em razão do vazamento para o exterior proveniente das importações de bens e serviços. c) O maior apetite das exportações garante maiores divisas para o país, o que permite maior fluxo de importações e acentuada dinamização da economia. d) Pelo lado do produto interno do país, as exportações são o gasto autônomo de maior expressão para qualquer nação. CURSO ON-LINE– ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 11 www.pontodosconcursos.com.br e) As exportações líquidas não devem ser tomadas como componente da demanda agregada da economia. 10-(ESAF/ENAP-2006) Considere o modelo: C = C0 + C(Yd) Yd = Y – T T = t.Y Y = C + I + G onde: C = consumo; C0 = consumo autônomo; Yd = renda disponível; T = impostos; G = gastos do governo; I = investimento agregado. Com base nesse modelo, é incorreto afirmar que: a) se t = 0, então o multiplicador dos gastos do governo será igual a 1. b) o valor do multiplicador será de 1/1 – c(1 – t) c) ΔY/ΔG = ΔY/ΔI d) a renda de equilíbrio é igual a 1/1 – c(1 – t) . (C0 + I + G) e) ΔY/ΔG = ΔY/ΔC0 11-(ESAF/ENAP-2006) Considere o seguinte modelo: Y = C + I + G + X – M C = Co + ⃠Y M = Mo + βY 0 <β< ⃠ < 1 onde: Y = produto agregado; I = investimento agregado; G= gastos do governo; X = exportação de bens e serviços não fatores; M = importação de bens e serviços não fatores; C = consumo agregado; CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 12 www.pontodosconcursos.com.br Co = consumo agregado autônomo; Mo = importações autônomas. Com base nessas informações, é incorreto afirmar que a) quanto maior β, maior será ΔY/ΔG. b) tanto ⃠ quanto β exercem influência sobre o multiplicador dos gastos do governo. c) ΔY/ΔG = ΔY/ΔI d) ΔY/ΔC0 = ΔY/ΔG e) o valor do multiplicador será igual a 1/(1 -⃠ + β). 12-(NCE/UFRJ-ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO-ANAC- ECONOMISTA – 2007) Considerando o modelo Keynesiano simplificado e uma economia fechada e com governo, onde a propensão marginal a poupar é 1/3, não é correto afirmar que: a) o multiplicador do orçamento equilibrado será igual a 1 quando o aumento dos gastos do governo for financiado através de um aumento idêntico da arrecadação tributária. b) o multiplicador do orçamento equilibrado será nulo sempre que um aumento nas transferências for financiado através de um aumento da arrecadação tributária. c) um aumento nas transferências realizadas pelo governo terá o mesmo efeito de um aumento do investimento de mesmo montante. d) caso o governo decida abrir esta economia e a propensão marginal a importar desta seja positiva, os efeitos de um aumento do gasto do governo sobre a renda se reduzirão, pois o multiplicador dos gastos autônomos cairá. e) se a alíquota do imposto de renda for 0,5, um aumento de R$ 3 milhões nos investimentos privados irá gerar um aumento de R$ 4,5 milhões no valor do produto. 13-(FCC-MPU/2007) No modelo keynesiano de determinação do equilíbrio do produto, onde o consumo agregado é uma função linear e crescente da renda, é correto afirmar que: a) o produto estará em equilíbrio quando o investimento for igual à poupança realizada. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 13 www.pontodosconcursos.com.br b) um aumento nos impostos tem maior poder de diminuir o produto de equilíbrio que igual contração nos gastos do governo, tudo o mais constante. c) a propensão média a consumir é maior que a propensão marginal a consumir, se o consumo autônomo for positivo. d) a estabilidade do equilíbrio requer propensão marginal a consumir maior que 1. e) o multiplicador das exportações é maior que o multiplicador do investimento. 14-(FCC-MPU/2007) No modelo keynesiano simples para uma economia aberta e com governo, em que o investimento, a tributação, os gastos do governo e as exportações são autônomas, as propensões marginais a poupar e a importar são 0,25 e 0,15, respectivamente. Supondo que o nível de investimento aumenta em 40, a renda também será aumentada em: a) 500 b) 400 c) 267 d) 160 e) 100 15-(ESAF/ENAP-2006) Considere A = 400 + 0,7Y – 3000i i = 0,06 X = 250 M = 0,2Y onde: A = demanda agregada interna; I = taxa de juros; X = exportações; M = importações. Considerando a renda de equilíbrio, o saldo X – M será de a) - 62 b) 62 c) 54 d)- 54 e) 12 CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 14 www.pontodosconcursos.com.br 16-(CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC – 2006) Com relação à função consumo, assinale a opção correta: a) Quando a renda é igual a zero, o consumo também será igual a zero. b) A propensão média a consumir é dada pela relação entre o acréscimo no consumo e o acréscimo na renda. c) A propensão marginal a consumir é uma relação cujo valor se situa entre 0 e 1. d) Quando são considerados curtos intervalos de tempo, a propensão marginal a consumir tende a variar continuamente. 17- Tendo em conta conceitos relativos ao sistema monetário, assinale a afirmativa correta: a) Quando um banco comercial adquire títulos da dívida pública diretamente de outro banco comercial não ocorre variação no estoque de meios de pagamento. b) Quando um banco compra à vista um imóvel pertencente a uma empresa não financeira, ocorre destruição de meios de pagamento. c) Empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais determinam aumento de igual montante nos meios de pagamento. d) O setor bancário não cria meios de pagamento quando, por exemplo, adquire bens ou serviços junto ao público, pagando em moeda corrente. 18-(NCE/UFRJ-Eletronorte-Economista-2006) A Curva de Phillips, que relaciona a taxa de inflação (Y) à taxa de desemprego (X) pode ser representada, no curto prazo, por uma função do tipo: (A) Y = aX, onde a > 0 e X > 0; (B) Y = aX1/2, onde a > 0 e X > 0; (C) Y = aX + b, onde a > 0, b > 0 e X > 0; (D) Y = a(1/X) , onde a > 0 e X > 0; (E) Y = aX2, onde a > 0 e X > 0. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 15 www.pontodosconcursos.com.br 19-(NCE/UFRJ- AGU-Economista – 2006) Em relação à Curva de Phillips, é INCORRETO afirmar que: (A) o custo da redução do desemprego, medido em aumento de taxa de inflação, será tanto menor quanto maior for a capacidade ociosa da economia; (B) de acordo com os monetaristas, a Curva de Phillips, a curto prazo, seria vertical; (C) uma curva de Phillips negativamente inclinada significa que uma redução da tributação expandiria a demanda agregada, reduzindo o desemprego, mas elevando a taxa de inflação; (D) se as expectativas dos agentes econômicos forem racionais, a Curva de Phillips será, tanto a longo quanto a curto prazo, vertical; (E) a versão aceleracionista da Curva de Phillips foi desenvolvida por autores monetaristas. 20-(ESAF/AFRF-2003) Considere c: papel moeda em poder do público/meios de pagamentos d: depósitos à vista nos bancos comerciais/meios de pagamentos R: encaixe total dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos comerciais m: multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária Com base nestas informações, é incorreto afirmar que, tudo o mais constante: a) quanto maior d, maior será m. b) quanto maior c, menor será d. c) quanto menor c, menor será m. d) quanto menor R, maior será m. e) c + d >c, se d for diferente de zero. 21-(ESAF/AFRF-2005) Suponha: c = papel moeda em poder do público/M1 d = 1 – c R = encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos à vista CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 16 www.pontodosconcursos.com.br M1= meios de pagamentos B = base monetária M1 = m.B c = d Considere que no período 1 o valor para R foi de 0,5 enquanto que no período 2 esse valor passou para 0,6. Considerando que não houve variações nos outros coeficientes de comportamento, pode-se afirmar que o valor de m apresentou, entre os períodos 1 e 2: a) uma queda de 4,100% b) um aumento de6,250% c) uma queda de 6,250% d) um aumento de 4,100% e) uma queda de 8,325% 22-(ESAF/ENAP-2006) Com relação aos meios de pagamentos adotados no Brasil, é incorreto afirmar que: a) M1 é igual papel moeda em poder do público + depósitos à vista. b) o M2 inclui as operações compromissadas registradas na Selic. c) M2 inclui os depósitos especiais remunerados. d) o M1 é o agregado monetário de maior liquidez. e) o M4 inclui os títulos públicos de alta liquidez. 23-(VUNESP/CMSP-2007) Se os preços e os salários forem flexíveis, a curva de Phillips com expectativas racionais será: a) vertical. b) horizontal. c) positivamente inclinada. d) negativamente inclinada. e) elíptica. 24- (CESGRANRIO/INEA/2008) Na figura abaixo, as linhas AB e CD mostram, respectivamente, as Curvas de Phillips de curto prazo e de longo prazo de uma determinada economia. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 17 www.pontodosconcursos.com.br A respeito dessa figura, pode-se afirmar que a) AB é a curva de demanda agregada da economia. b) BD é o excesso de demanda agregada da economia. c) CD se desloca para a posição AB à medida que as expectativas de inflação se ajustam. d) OD é a taxa natural de desemprego. e) OE é a taxa natural de inflação. 25-(CESGRANRIO/INEA/2008) Uma política monetária expansiva leva normalmente ao(a): a) aumento da taxa de juros. b) desvalorização da moeda doméstica se o regime for de câmbio fixo. c) redução da taxa de inflação. d) acumulação de reservas internacionais se o regime for de câmbio flutuante. 26-(CESGRANRIO/INEA/2008) O aumento do percentual da reserva compulsória que o Banco Central exige dos bancos reduz a(o) a) oferta de moeda. b) demanda por bens públicos. c) taxa de juros vigente na economia. d) spread cobrado pelos bancos. e) gasto do governo. 27-(CESGRANRIO/BNDES/2008) A Curva de Phillips de curto prazo, representada por AB no gráfico abaixo, não é estável, tornando-se, a longo prazo, vertical, como CD. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 18 www.pontodosconcursos.com.br Assim, pode-se afirmar que a) a taxa natural de inflação é representada por E no gráfico. b) a taxa natural de desemprego é representada por B no gráfico. c) a inflação tende a desacelerar caso se mantenha continuamente a taxa de desemprego em C. d) AB altera sua posição na medida em que as expectativas de inflação se ajustam. e) AB altera sua posição na medida em que CD se desloca para a direita. 28-(ESAF/STN-2008) Quanto às políticas monetárias e fiscais, pode-se afirmar que: a) a ampliação do prazo determinado pelo Banco Central dos pagamentos das assistências financeiras à liquidez é uma política monetária considerada restritiva. b) a elevação dos depósitos compulsórios é considerada uma política monetária restritiva. c) a ampliação da carga tributária é considerada uma política fiscal expansionista. d) a venda de títulos públicos em poder do Banco Central é uma política monetária considerada expansionista. e) a ampliação dos gastos públicos é considerada uma política fiscal restritiva. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 19 www.pontodosconcursos.com.br 29-(ESAF-AFC-STN-2008) Considere os seguintes coeficientes de comportamento monetário: c = papel-moeda em poder do público/M1 d= depósitos à vista do público nos bancos comerciais/M1 R = encaixes totais dos bancos comerciais/depóstios à vista Considerando M1= meios de pagamentos e B =base monetária, é correto afirmar que: a) B= c.R + d.M1, desde que D e R sejam positivos b) se d =0, então M1/B será igual a zero. c) quanto maior c, maior tende a ser o multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária. d) quanto maior R, maior tende ser M1/B. e) dado que 0<c<1 e c +d =1, então M1 é maior do que B. 30-(CESPE/UNB- Analista Legislativo CÂMARA DOS DEPUTADOS -2002) Durante longo tempo, o Brasil conviveu com taxas de inflação elevadíssimas. Tal situação afetou por demais o mecanismo tributário, gerando problemas e demandando providências dos administradores públicos. No que se refere a esse assunto, julgue os itens que se seguem. a) A inflação atua como um tributo sobre os encaixes reais, afetando relativamente mais as classes de maior poder aquisitivo. O resultado é um aumento da progressividade do sistema, uma vez que os segmentos de menor renda, geralmente assalariados, são os menos atingidos. b) Em uma situação de hiperinflação, a arrecadação tende a zero porque ninguém desejará reter moeda. c) A inflação é tratada como um imposto não apenas porque corrói os encaixes monetários, mas porque a contrapartida disso é a receita do governo, que arrecada o imposto inflacionário com a moeda que emite para comprar bens e serviços do setor privado. Infere-se disso que o financiamento do déficit público só pode ser feito por tributação ou endividamento, visto que a emissão de moeda para esse fim pode ser considerada forma alternativa de tributação. d) Em uma situação de descontrole inflacionário, os três mecanismos mais conhecidos de proteção do valor real da arrecadação são a indexação do imposto a pagar, a redução do período de apuração do imposto e a redução do período de recolhimento do imposto. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 20 www.pontodosconcursos.com.br 31-(CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC – 2006) Com relação aos salários e à inflação, assinale a opção correta. a) Se a produtividade da mão-de-obra empregada aumenta na mesma proporção dos salários reais médios, o custo unitário da produção não é afetado. b) O aumento do custo de produção, resultante de reajustes salariais para recomposição de seu poder aquisitivo, constitui fator causal autônomo da inflação. c) Quando uma empresa monopolista não repassa aos seus preços os aumentos salariais dos empregados, reduzindo uma parcela de seus lucros, ela gera inflação reprimida, retardando seus efeitos. d) O lucro de uma empresa será reduzido quando a produtividade da mão-de-obra aumentar em proporção maior que os salários da empresa. 32-(CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC – 2006) As empresas podem reagir a um aumento da demanda agregada de várias maneiras. Em consonância com a reação a ser adotada pelas empresas, a hipótese mais plausível consiste em: a) diminuir a produção física, aumentando os preços, ampliando a capacidade ociosa. b) aumentar os preços sem aumentar a produção física, se os recursos estiverem plenamente empregados. c) aumentar a produção, diminuindo os preços, até atingir a capacidade plena. d) reduzir preços e produção, se as empresas estiverem operando a plena capacidade. 33- (CESPE/UNB/TCE-AC-ECONOMISTA-2008) Considerando os princípios básicos da teoria monetária e da inflação, assinale a opção correta. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 21 www.pontodosconcursos.com.br a) Quando um indivíduo transfere fundos de sua conta de poupança para a sua conta-corrente, a redução decorrente do agregado monetário M1é compensada exatamente pelo aumento do agregado M2. b) Na presença de excesso de reservas, o multiplicador monetário se eleva, aumentando, assim, as possibilidades de expansão monetária. c) Retiradas em espécie da conta-corrente para financiar as despesas de consumo dos correntistas de um banco comercial não alteram as reservas do sistema bancário como um todo. d) Um surto inflacionário provocado pela expansão das exportações, em decorrência de um aumento exógeno da renda do restodo mundo, constitui exemplo típico de inflação de demanda. 34- (CESPE/UNB/TCE-AC-ECONOMISTA-2008) As políticas monetárias influenciam, significativamente, o desempenho da economia. A respeito desse assunto, assinale a opção correta. a) Quanto maior for o custo de oportunidade de detenção de moeda, mais elevada será a demanda monetária. b) Aumentos da taxa de redesconto e do coeficiente de reservas são consistentes com a adoção de políticas monetária restritivas. c) O uso de regras fixas para a expansão da oferta de moeda é consistente com a visão keynesiana da política monetária. d) O Banco Central pode utilizar a política monetária para estabilizar, simultaneamente, as taxas de juros e a oferta monetária. e) De acordo com a teoria quantitativa da moeda, a velocidade de circulação da moeda, no curto prazo, é fortemente influenciada por variações não antecipadas na renda dos agentes econômicos. 35-(ESAF-APO-SP-2009) A definição de meios de pagamento corresponde ao conjunto de ativos utilizados para liquidar transações. Com o avanço do sistema financeiro e do processo de inovações financeiras, desenvolveram-se novas medidas de meios de pagamento. Identifique, entre os agregados monetários abaixo mencionados, aquele que sofre todo impacto da inflação (monetização ou desmonetização). a) M2. b) M4. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 22 www.pontodosconcursos.com.br c) M2+quotas de fundo de renda fixa+operações compromissadas registradas no SELIC. d) M1. e) M3. 36-(ESAF-APO-SP-2009) No que diz respeito à Política Monetária, identifique a opção incorreta. a) De acordo com a teoria da preferência pela liquidez, a taxa de juros se ajusta para equilibrar a oferta e a demanda por moeda. b) A curva de demanda agregada mostra a quantidade de bens e serviços demandada a cada nível de preços. c) Se a taxa de juros estiver acima da taxa de equilíbrio, haverá excesso de oferta da moeda, forçando a queda na taxa de juros. d) A taxa de juros real corresponde à taxa de juros nominal recebida, descontada a perda de valor da moeda, isto é, a inflação no período de aplicação. e) Estabilizadores automáticos são alterações da política monetária que estimulam a demanda agregada quando a economia entra em recessão sem que os formuladores de políticas públicas tenham que tomar qualquer ação deliberada. 37-(ESAF/AFRF – 2003) Considere as seguintes informações para uma economia fechada e com governo: Y = 1200; C = 100 + 0,7Y I = 200 Com base nessas informações, pode-se afirmar que, considerando o modelo keynesiano simplificado, para que a autoridade econômica consiga um aumento de 10% no produto agregado, os gastos do governo terão de sofrer um aumento de: CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 23 www.pontodosconcursos.com.br a) 60% b) 30% c) 20% d) 10% e) 8% 38- Classifique cada evento abaixo como Verdadeiro, caso tenda a aumentar o multiplicador monetário, e como Falso, em caso contrário: a) Aumento da taxa de redesconto do Banco Central. b) Redução percentual de papel-moeda sobre depósitos à vista. c) Aumento da incerteza percebida pelos bancos quanto ao fluxo de depósitos à vista. d) Elevação das reservas compulsórias, supondo que as reservas voluntárias são elevadas. GABARITO DAS QUESTÕES PROPOSTAS 01-E 11-A 21-C 31-A 02-E 12-C 22-B 32-B 03-E 13-C 23-A 33-D 04-D 14-E 24-D 34-B 05-D 15-B 25-E 35-D 06-E 16-C 26-A 36-E 07-C 17-A 27-D 37-A 08-D 18-D 28-B 38-FVFF 09-C 19-B 29-E 10-A 20-C 30- FVVV CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 24 www.pontodosconcursos.com.br QUESTÕES E COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES 01-(NCE/UFRJ- AGU-Economista – 2006) Aponte a afirmativa correta em relação à Teoria Monetária de Keynes e aquelas derivadas da tradição da Teoria Quantitativa da Moeda: (A) a demanda por moeda para transação não figura na abordagem neoclássica da demanda de moeda; (B) a reconstrução da Teoria Quantitativa da Moeda formulada por Friedman propõe que a política monetária não produz efeitos reais; (C) segundo Keynes, a existência de demanda por moeda por precaução justifica-se pelas expectativas de aferição de lucros em decorrência da variação do preço dos títulos; (D) para Keynes, a demanda por moeda para transação será tanto menor quanto menor for o número de retiradas de contas remuneradas por unidade de tempo; (E) para Keynes, em certas circunstâncias, entre elas a presença de um nível de taxas de juros suficientemente baixo, a demanda especulativa de moeda torna-se infinitamente elástica. Comentários: A assertiva “A” está incorreta porque a abordagem neoclássica da demanda por moeda é representada pela demanda por moeda motivo transacional. É a parte da demanda por moeda dependente da renda, única esfera importante para os monetaristas. A assertiva “B” está incorreta porque a reconstrução da TQM por Friedman sugere que a política monetária produz efeitos reais no curto prazo, mantendo a dicotomia somente no longo prazo. Já para os teóricos dos ciclos reais (TCR), os novos clássicos, é que a política monetária não produz efeitos reais nem no curto prazo. São mais clássicos do que nunca! A assertiva “C” está incorreta porque as expectativas de aferição de lucros em decorrência da variação do preço dos títulos são justificadas por Keynes em razão da demanda por moeda motivo especulação, inversamente proporcional à taxa de juros. A demanda por moeda motivo precaução é dependente da renda para cobrir alguma eventualidade ou um fato inesperado, como no caso de um doença familiar ou aparecimento de um negócio de ocasião. É muito pouco difundido na literatura econômica. A assertiva “D” está incorreta porque a demanda por moeda para transação será tanto maior quanto menor for o número de retiradas de contas remuneradas por unidade de tempo. O motivo transacional se aplica na cobertura das transações do dia-a-dia. A assertiva “E” está correta porque é a situação fortemente keynesiana também conhecida como armadilha da liquidez em que a taxa de juros é tão baixa que o público prefere manter a moeda ofertada na forma de encaixes reais. A curva LM torna-se horizontal CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 25 www.pontodosconcursos.com.br (perfeitamente elástica), de modo que qualquer variação na oferta de moeda não induz ninguém a preferir título à moeda e, portanto, não traz qualquer efeito sobre a taxa de juros e sobre o nível de renda. 02-(NCE/UFRJ-Eletronorte-Economista-2006) Em relação ao investimento, NÃO é correto afirmar que: (A) o investimento aumenta à medida que a taxa de juros cai; (B) um aumento no produto marginal do capital leva a um aumento do investimento; (C) de acordo com o modelo do acelerador, o investimento cresce quanto mais aumenta a renda da economia; (D) quando o produto marginal do capital for maior que a taxa de juros real, as firma terão incentivo para aumentar seu investimento; (E) sempre que o custo real do capital for maior que o produto marginal do capital, as firmas terão incentivos para aumentar seu estoque de capital. Comentários: As assertivas “B” e “D” estão corretas e a assertiva “E” está incorreta porque se o produto marginal do capital excede o custo de capital, o capital instalado gera lucro. Esse lucro torna desejável a posse de empresas locadoras, o que aumenta o valor das ações dessas empresas, implicando um valor mais alto para q. Já quando o produto marginal do capital é menor do que o custo do capital, o capital instalado registra prejuízo,o que representa um baixo valor de mercado e um baixo valor de q. As firmas não terão incentivos para aumentar seu estoque de capital. A assertiva “A” está correta porque o nível de investimento é inversamente relacionado com o patamar da taxa de juros. Dessa forma, quando se tem um decréscimo na taxa de juros (preço do capital), maior será a taxa de investimento em capital fixo, residencial, comercial e governamental. O custo do dinheiro (preço do dinheiro dado pela taxa de juros) regula as novas decisões de investimento. O nível de investimento só será viabilizado quando restar comprovado que o retorno esperado do investimento for superior ao custo do dinheiro. Ou seja, se o empreendimento for mais rentável que deixar o capital aplicado no sistema financeiro, o investimento é viabilizado, novas contratações irão surgir e o nível de atividade aumentará. A assertiva “C” está correta porque a revolução keynesiana fundou a macroeconomia moderna e deu origem a todo um conjunto de modelos de crescimento e flutuação cíclica em cuja raiz está a CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 26 www.pontodosconcursos.com.br interação entre dois mecanismos: o multiplicador e o acelerador. Tais mecanismos, respectivamente, descrevem o efeito do investimento autônomo sobre a expansão da demanda agregada e o efeito induzido pela expansão da demanda agregada sobre a propensão a investir. 03-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Partindo da identidade que descreve a desagregação do Produto Interno Bruto (PIB) em seus componentes de demanda agregada (numa economia fechada), Y = C + I + G, se subtrairmos de ambos os lados o consumo e a receita tributária, teremos Sp = I + (G – T) e re-arrajando os termos, teremos: Sp – I = G – T, sinalizando o efeito direto da existência de um déficit público sobre a acumulação de riqueza do setor privado. Qual o significado do contexto acima: a) Isso significa que o setor privado está investindo exponencialmente e o setor público recorre ao setor externo para financiar os gastos a maior. b) Isso significa que o setor privado está poupando mais que investindo e o setor público arrecadando mais que poupando para financiar os gastos do setor privado. c) Isso significa que a diferença entre a renda do setor privado e o seu gastos é alocada como déficit público. d) Isso significa que haverá elevação do endividamento do setor privado tendo, como contrapartida, aumento dos ativos do setor público. e) Isso significa que o setor privado está poupando mais que investindo e o setor público gastando mais que arrecadando, ou seja, o déficit público é financiado pelo setor privado. Gabarito: “E” Devemos nos lembrar em primeiro lugar que a economia é fechada, ou seja, não se tem transações com o exterior, com o resto do mundo. Daí, não podemos nos recorrer ao financiamento internacional, ou seja, não se tem poupança externa (Se). A diferença entre a renda do setor privado e o seu gasto será, então, alocada no financiamento do setor público. Haverá uma elevação do endividamento do agente deficitário (setor público) tendo, como contrapartida, a elevação dos ativos ou riqueza do setor superavitário, setor privado. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 27 www.pontodosconcursos.com.br 04-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Segundo o modelo Keynesiano simples, o impacto de exportações e importações se expressam, respectivamente, no numerador e denominador do multiplicador keynesiano da seguinte forma: Y = G + I + X / 1 – c( 1- t) + m , onde se tem: Y = renda de equilíbrio; G = gastos do Governo; I = investimento privado; X=exportações; c= propensão marginal a consumir; t = propensão marginal a tributar; m = propensão marginal a importar. Em uma economia aberta, a elevação das exportações e a redução do coeficiente médio de importações afetam o nível de produto: a) as exportações aumentam a demanda agregada, aumentando o nível do produto, independentemente dos outros componentes da demanda autônoma assim como as importações. b) as exportações reduzem a demanda agregada enquanto que as importações diminuem a demanda agregada, aumentando o multiplicador keynesiano. c) as exportações são vazamentos para o exterior, o que diminui o multiplicador keynesiano. d) as exportações aumentam a demanda agregada e o aumento do produto depende do valor do multiplicador e das outras variáveis autônomas ao passo que as importações representam maiores vazamentos de demanda para o exterior, reduzindo o multiplicador. e) as exportações não influenciam o aumento da demanda agregada, pois não existe multiplicador das exportações ao passo que as importações representam maiores vazamentos de demanda para o exterior, reduzindo o multiplicador. Gabarito: “D” Segundo o modelo keynesiano simples, numa economia aberta, a elevação das exportações (X) e a redução do coeficiente médio de importações (propensão marginal a importar (m) afetam o nível de produto. As exportações aumentam a demanda agregada, levando a uma elevação do nível do produto, dependendo do valor do multiplicador e dos outros componentes de demanda autônomos. Já as importações representam vazamentos da demanda agregada para o exterior. Assim, quanto maior a propensão a importar, que relaciona o impacto no total das importações com a variação do produto, menor o multiplicador Keynesiano, ou seja, maior o vazamento de demanda para o exterior. Por isso, é que o multiplicador para uma economia fechada no modelo keynesiano simples é menor que aquele observado para uma economia aberta, no mesmo modelo keynesiano simples. K = 1/ 1 – c(1- t), para uma economia fechada e K = 1/1 – c(1 – t) + m, para uma economia aberta. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 28 www.pontodosconcursos.com.br 05-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Na Teoria Keynesiana surge o chamado “paradoxo da poupança (da parcimônia)” estabelecendo uma relação inversa entre a propensão a poupar de uma sociedade e o nível de produto. Para uma economia fechada, sem transações com o exterior, podemos estabelecer o seguinte significado para esse teorema: a) Uma propensão a poupar (1- c) mais significativa aumentaria o impulso ao gasto privado numa proporção maior que aquele observado para o consumo dos entes públicos. b) Quanto maior a propensão marginal a poupar (1 – c), maior será também a propensão marginal a consumir (c), o que garante maior gasto e consumo privados, incrementando o nível de renda. c) O consumo privado vai sofrer uma redução em razão da maior propensão a poupar, o que garante maior nível do produto. d) O consumo privado deve sofrer um revés em função da maior propensão marginal a poupar e, conseqüente, redução da propensão marginal a consumir, afetando negativamente o nível do produto. e) Não existe “paradoxo da parcimônia” para os modelos keynesianos. Gabarito: “D” Uma vez determinada a propensão marginal a consumir (c), tem-se que a propensão marginal a poupar (1-c) é sua complementar, pois s = 1 –c. Logo, quanto maior a propensão a poupar, menor a propensão marginal a consumir. Uma maior propensão marginal a poupar faria com que o impulso do gasto privado fosse menos amplificado por um consumo reduzido, restringindo, assim, o nível de produto. 06-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Sobre o significado macroeconômico do consumo induzido pela renda na teoria keynesiana, o impacto do valor da propensão marginal a consumir sobre o multiplicador e a Lei Psicológica de Keynes, marque a assertiva correta: CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 29 www.pontodosconcursos.com.br a) A Lei Psicológica de Keynes estabelece que ganhosadicionais de renda repercutem desfavoravelmente nos gastos de consumo privado. b) Quanto maior o consumo induzido pela renda, maior também será a propensão marginal a poupar. c) A propensão marginal a consumir é inversamente proporcional ao valor do multiplicador keynesiano simples para uma economia fechada. d) O resultado estável e economicamente relevante para o pensamento keynesiano ocorre quando a propensão marginal a consumir for negativa e a coletividade destinar todo o ganho adicional de renda para a poupança. e) A Lei Psicológica de Keynes garante que a propensão marginal a gastar está compreendida no intervalo entre 0 e 1, ou seja, os aumentos de consumo pelo aumento de renda só cobrem uma parte desse último aumento. Gabarito: “E” Na teoria Keynesiana, o consumo é tomado como um gasto induzido, ou seja, varia de acordo com a variação do nível da renda. Assim, o nível de produto é determinado por estímulos de gastos autônomos (investimento – no modelo keynesiano simples -, gastos do governo e exportações) que são multiplicados pela elevação do consumo induzido. Se o consumo induzido amplia os estímulos dos gastos autônomos, quanto maior a propensão marginal a gastar dos receptores de rendas ampliadas por esses estímulos autônomos, maior será o efeito multiplicador. Esse efeito pode ser visulizado pelo multiplicador 1/ (1 – c) onde, quanto maior a propensão a consumir, menor o denominador e, conseqüentemente, maior o multiplicador. Pode-se observar também que neste tipo de análise só existe um resultado estável e economicamente relevante se a propensão a gastar for menor que 1, ou seja, se os aumentos de consumo pelo aumento da renda cobrirem apenas uma parcela desse aumento. Para conseguir um resultado estável do modelo, Keynes recorre a uma suposta “Lei Psicológica Fundamental” que faria com que cada indivíduo não consumisse integralmente a elevação de sua renda pessoal. 07-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Dentro do modelo keynesiano, uma política fiscal expansionista pode ser executada tanto pela alteração dos gastos como pela alteração da carga CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 30 www.pontodosconcursos.com.br tributária. Dentro do instrumental desse modelo, assinale a assertiva que traça corretamente as características e/ou diferenças de cada uma dessas alternativas de política fiscal. a) O impacto da alteração do gasto público (G) é menor que aquele observado com a redução dos tributos, pois a propensão marginal a consumir se situa entre 0 e 1, amortecendo os efeitos do primeiro instrumento. b) A alteração de política tributária afeta diretamente a demanda agregada ao reduzir a renda disponível para o consumo, componente da demanda agregada. c) Os parâmetros c, t e m afetam em maior ou menor proporção o produto ou demanda agregada da economia via multiplicador. d) Tanto a política de gasto quanto aquela de tributos afeta indiretamente somente a demanda agregada da economia. e) A alíquota do imposto (t) não é um dos parâmetros do multiplicador da renda. Gabarito: “C” Uma política de elevação dos gastos públicos (incremento das despesas correntes e de capital do governo) tem um impacto direto sobre a demanda agregada, como se observa pela identidade do produto: Y =C + I + G + X – M. Assim, segundo a fórmula do multiplicador K = 1/ 1 – c(1 – t) + m, essa elevação do gasto resultará numa elevação ainda maior do produto num montante que dependerá dos parâmetros c, t, m. Já a modificação da política tributária, que se exprime macroeconomicamente pela mudança da alíquota agregada dos impostos t, tem um impacto indireto, ou seja, influencia a renda líquida disponível para o consumo do setor privado. Formalmente, essa alíquota é um dos parâmetros do multiplicador da renda. Um menor valor da alíquota tributária, menor t, implicará a elevação do multiplicador keynesiano. O efeito da alteração do gasto direto é maior que da redução da carga tributária, uma vez que aquele se exerce diretamente sobre a demanda agregada, enquanto a redução da alíquota tributária é de certa forma “amortecida” pela propensão a consumir menor que 1, assumida no modelo keynesiano. Uma redução da carga tributária representará, pois, uma elevação do consumo inferior a tal redução de acordo com a propensão a consumir do setor privado. 08-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Dentro do modelo keynesiano, o investimento tem papel e desempenho relevantes para um país. Sobre essa variável significativa, assinale a alternativa incorreta: CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 31 www.pontodosconcursos.com.br a) No investimento bruto, estão incluídas a demanda por bens de capital, que elevará o estoque de capital da economia, bem como uma parcela que apenas cubra a depreciação do capital existente. b) Em um caso hipotético, no qual a depreciação é muito grande, um valor elevado para o investimento bruto pode não se traduzir em aumento significativo do estoque de capital, através de um investimento líquido reduzido. c) No modelo keynesiano simplificado, em uma economia fechada e sem governo, o valor do investimento é amplificado pelo multiplicador, seguindo a fórmula Y = I/(1 – c). d) No modelo Keynesiano simplificado, em uma economia aberta, o valor do investimento é amplificado pelo multiplicador, seguindo a fórmula Y = I/(1- c) - m. e) Um maior investimento representará uma maior acumulação de capital e, conseqüentemente, a ampliação da capacidade produtiva de um país ou do produto potencial de uma economia. Gabarito: “D” A assertiva A está correta porque a variável investimento bruto corresponde à formação bruta de capital fixo mais a variação de estoques deduzida a depreciação desse novo bem de capital. IB = FBCF + Ve – Depreciação. O que queremos deixar claro é que um nível favorável de investimento se traduz em maiores oportunidades de emprego, incremento da renda e elevação do nível de atividade e produto da economia. De forma análoga, menores taxas de investimento representam menor nível de emprego, atividade econômica em desaceleração e decréscimo da renda da coletividade. A assertiva B está correta porque o agregado investimento líquido, que denota expressamente o efetivo de capacidade produtiva da economia, é o mais correto, pois leva em conta a depreciação, o desgaste do equipamento e da maquinaria produzidos durante o ano. Todavia, dada a dificuldade de estimação da depreciação, opta-se pelo cálculo do investimento bruto, em que os dados de estoques adquiridos e novas plantas industriais são mais confiáveis. Dessa forma, tem-se que: IL = IB – D onde: IL = investimento líquido IB = investimento bruto D = depreciação Assim, um valor expressivo da depreciação, nos remete a um investimento líquido reduzido, isto é, dado o investimento bruto, ceteris paribus (tudo o mais constante), quanto maior a depreciação, menor a taxa de investimento líquida da economia. A assertiva C está correta e a assertiva D está incorreta. No modelo keynesiano, não existe o termo propensão marginal a investir (d), pois a função keynesiana roga que os investimentos são exógenos, ou seja, I = I0. Em modelos keynesianos derivados, CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 32 www.pontodosconcursos.com.br ajusta-se a função investimento para I como função direta da renda, ou seja, I = I0 + dY, onde: I = função investimento I0 = investimento autônomo d= propensão marginal a investir Temos, portanto, dois modelos keynesianos, o simplicado(que é o solicitado na questão) e o derivado (também analisado abaixo). 01) Modelo Keynesiano simplificado: (I = I0) Dessa forma, temos para uma economia fechada, multiplicador dos gastos autônomos: K = 1/ 1 – c(1 –t) Multiplicador da tributação: Kt = - c/ 1 – c( 1 – t) E, para uma economia aberta, multiplicador dos gastos autônomos: Kt = 1/ 1 – c(1 – t) + m onde m= propensão marginal a importar As assertivas C e D trazem o multiplicador como função da renda de equilíbrio. Assim, Y = 1/ 1 – c(1 – t) e Y = 1/ 1 – c(1 – t) + m, mas como não existe a função tributação, isto é, t = 0, fica reduzido a Y = 1/ 1 – c (para economia fechada) e Y = 1/ 1 – c + m (para economia aberta). 02) Modelo Keynesiano derivado: I = I0 + dY, onde: I = função investimento I0 = investimento autônomo d= propensão marginal a investir Multiplicador dos gastos autônomos: K = 1/ 1 – c( 1 – t) - d Multiplicador da tributação: Kt = - c / 1 – c( 1 – t) - d A assertiva E está correta porque maior taxa de investimento doméstica representa maior volume de bens de capital fixo, isto é, mais imóveis, mais empreendimentos, novas plantas industriais, novas rodovias, mais despesas de capital do governo, que modernizam e ampliam a oferta de investimento, crescendo a economia, movimentando a coletividade com novos empregos e oportunidade além de mais renda e produto na economia. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 33 www.pontodosconcursos.com.br 09-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) O Brasil vem apresentando um excelente desempenho exportador nos últimos anos. Através dos conhecimentos adquiridos em macroeconomia keynesiana, assinale a alternativa correta sobre as razões macroeconômicas ligadas à determinação do produto e do equilíbrio externo da economia. a) As exportações representam vazamentos para o exterior, o que diminui o valor da demanda agregada da economia. b) O modelo keynesiano simplificado, em uma economia aberta, admite um multiplicador superior àquele observado para uma economia fechada em razão do vazamento para o exterior proveniente das importações de bens e serviços. c) O maior apetite das exportações garante maiores divisas para o país, o que permite maior fluxo de importações e acentuada dinamização da economia. d) Pelo lado do produto interno do país, as exportações são o gasto autônomo de maior expressão para qualquer nação. e) As exportações líquidas não devem ser tomadas como componente da demanda agregada da economia. Gabarito:”C” Pelo lado do produto interno de um país, as exportações representam um componente de gasto autônomo da demanda agregada. Considerando o caso de uma economia aberta e com governo, temos: Y = C + I + G + X – M. Assim, uma elevação desse componente tem como conseqüência uma elevação do produto como um todo. Dentro do modelo keynesiano de uma economia aberta e com governo, essa elevação será superior à elevação das exportações, segundo o efeito do multiplicador da renda keynesiana, que, nesse caso, tem como fórmula 1/ 1 – c(1-t) + m. Pelo lado do equilíbrio externo da economia, a elevação das exportações tem um impacto positivo sobre a balança comercial e de transações correntes, ou seja, representa um aporte de dólares que será utilizado com os dispêndios de importação e de pagamentos de outras obrigações do país em moeda estrangeira como: fretes, seguros, juros sobre a dívida externa, dividendos etc. 10-(ESAF/ENAP-2006) Considere o modelo: CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 34 www.pontodosconcursos.com.br C = C0 + C(Yd) Yd = Y – T T = t.Y Y = C + I + G onde: C = consumo; C0 = consumo autônomo; Yd = renda disponível; T = impostos; G = gastos do governo; I = investimento agregado. Com base nesse modelo, é incorreto afirmar que: a) se t = 0, então o multiplicador dos gastos do governo será igual a 1. b) o valor do multiplicador será de 1/1 – c(1 – t) c) ΔY/ΔG = ΔY/ΔI d) a renda de equilíbrio é igual a 1/1 – c(1 – t) . (C0 + I + G) e) ΔY/ΔG = ΔY/ΔC0 Gabarito:”A” Apenas para ficar registrado e comprovado no modelo Keynesiano de uma economia fechada, o consumo além de seu componente autônomo, é função da renda disponível, que corresponde ao valor da renda total menos a arrecadação de impostos. Logo, a função consumo é dada por C = ´C + cYd, onde c é a propensão marginal a consumir. A arrecadação tributária é uma função linear da renda (T = ty) e o investimento bem como os gastos do governo são variáveis exógenas. Resolvendo, temos: Y = (C0 + cYd) + (I) + (G) Y = C0 + c(Y - tY) + I + G Y = C0 + cY - ctY + I + G Y - cY + ctY = C0 + I + G Y ( 1 - c(1 - t) = C0 + I + G Y = 1.( C0+ I + G)/ 1 - c( 1 - t) Portanto, o multiplicador é 1/ 1- c(1 - t). As assertivas “B” e “D” estão corretas. ΔY/ΔG = ΔY/ΔI representa o multiplicador keynesiano (fiscal) do investimento ao passo que ΔY/ΔG = ΔY/ΔC0 sinaliza o multiplicador keynesiano do consumo autônomo (gastos autônomos). Ambas são variáveis da mesma função demanda agregada da economia DA = C + I + G de uma economia fechada. Logo, k = ΔY/ΔG = ΔY/ΔI = ΔY/ΔC0. As assertivas “C” e “E” estão corretas. Se t= 0, logo o multiplicador keynesiano seria igual a 1/ 1- c. Senão vejamos. O multiplicador é 1/ 1- c(1 - t) = 1/ 1- c(1-0) = 1/ 1- c.1 = 1/ 1 – c. A assertiva “A” está incorreta. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 35 www.pontodosconcursos.com.br 11-(ESAF/ENAP-2006) Considere o seguinte modelo: Y = C + I + G + X – M C = Co + ⃠Y M = Mo + βY 0 <β< ⃠ < 1 onde: Y = produto agregado; I = investimento agregado; G= gastos do governo; X = exportação de bens e serviços não fatores; M = importação de bens e serviços não fatores; C = consumo agregado; Co = consumo agregado autônomo; Mo = importações autônomas. Com base nessas informações, é incorreto afirmar que a) quanto maior β, maior será ΔY/ΔG. b) tanto ⃠ quanto β exercem influência sobre o multiplicador dos gastos do governo. c) ΔY/ΔG = ΔY/ΔI d) ΔY/ΔC0 = ΔY/ΔG e) o valor do multiplicador será igual a 1/(1 -⃠ + β). Gabarito:”A” No caso de uma economia aberta, temos a presença de X e M onde X: exportações exógenas M: importações dependentes da renda: mY O modelo completo, com o resto do mundo, é assim registrado: Y = 1/ ( 1-⃠) . (C0 + I + G + X – βY) Estamos admitindo que as exportações (X) são independentes e que as compras (importações) (M) dependem, ou melhor, são induzidas pela variável renda (Y). Como no equilíbrio Y = DA e sendo DA = C + I + G + X – M Temos: Y = C0 + I + G + X - βY Y - ⃠Y + βY = C0 + I + G + X Y ( 1 – ⃠ + β) = C0 + I + G + X CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 36 www.pontodosconcursos.com.br Y =1. C0 + I + G + X 1 - ⃠ + β Portanto, o multiplicador passa a ser: K = 1 1 - ⃠ + β Observe que o multiplicador para a economia aberta é menor do que o observado na economia fechada, considerando a mesma propensão marginal a consumir e a mesma alíquota de imposto. ΔY/ΔG = ΔY/ΔI representa o multiplicador keynesiano (fiscal) do investimento ao passo que ΔY/ΔG = ΔY/ΔC0 sinaliza o multiplicador keynesiano do consumo autônomo (gastos autônomos). Ambas são variáveis da mesma função demanda agregada da economia DA = C + I + G de uma economia fechada. 12-(NCE/UFRJ-ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO-ANAC- ECONOMISTA – 2007) Considerando o modelo Keynesiano simplificado e uma economia fechada e com governo, onde a propensão marginal a poupar é 1/3, não é correto afirmar que: a) o multiplicador do orçamento equilibrado será igual a 1 quando o aumento dos gastos do governo for financiado através de um aumento idêntico da arrecadação tributária. b) o multiplicador do orçamento equilibrado será nulo sempre que um aumento nas transferências for financiado através de um aumento da arrecadação tributária. c) um aumento nas transferências realizadaspelo governo terá o mesmo efeito de um aumento do investimento de mesmo montante. d) caso o governo decida abrir esta economia e a propensão marginal a importar desta seja positiva, os efeitos de um aumento do gasto do governo sobre a renda se reduzirão, pois o multiplicador dos gastos autônomos cairá. e) se a alíquota do imposto de renda for 0,5, um aumento de R$ 3 milhões nos investimentos privados irá gerar um aumento de R$ 4,5 milhões no valor do produto. Gabarito:”C” Comentários: Sabemos que o modelo keynesiano simplificado, que governa uma economia fechada e com governo (Y = C + G + I), se traduz no seguinte multiplicador: K = 1/ 1 – c onde c= propensão marginal a consumir. O consumo além de seu componente autônomo, é função da renda disponível, que corresponde ao valor da renda total menos a CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 37 www.pontodosconcursos.com.br arrecadação de impostos. Logo, a função consumo é dada por C = ´C + cYd, onde c é a propensão marginal a consumir. A arrecadação tributária é uma função linear da renda (T = ty) e o investimento bem como os gastos do governo são variáveis exógenas. Sabemos também que s= 1- c = propensão marginal a poupar = 1/3. Logo, c = 2/3. A assertiva “A” está correta porque no caso especial de um aumento de gastos governamentais com orçamento equilibrado, o multiplicador é 1: a produção aumenta exatamente no mesmo valor do aumento nos gastos financiados pelos impostos. O multiplicador do orçamento equilibrado é o número pelo qual o aumento em G deve ser multiplicado para obter o aumento na renda de equilíbrio quando T aumenta na mesma magnitude que G. Uma unidade monetária a mais de G aumenta a renda de equilíbrio em 1/ ( 1 – PMgC) enquanto uma unidade monetária a mais de T diminui a renda de equilíbrio em – PMgC vezes 1/(1 – PMgC). Quando adicionamos estes dois efeitos, o multiplicador do orçamento equilibrado é igual a 1: 1 + - PMgC = 1 – PMgC = 1 1 – PMgC 1 – PMgC 1 - PMgC Por exemplo, se tanto os gastos do governo como a tributação aumentam em $ 1.000, a renda de equilíbrio aumenta em $ 1.000. A assertiva “B” é tida como correta pela banca que provavelmente quis demonstrar que não existe multiplicador do orçamento equilibrado diferente da unidade (1). A assertiva “D” está correta porque o multiplicador dos gastos autônomos numa economia aberta é menor do que em uma economia fechada. Apenas para ficar registrado e comprovado no modelo Keynesiano de uma economia fechada, o consumo além de seu componente autônomo, é função da renda disponível, que corresponde ao valor da renda total menos a arrecadação de impostos. Logo, a função consumo é dada por C = ´C + cYd, onde c é a propensão marginal a consumir. A arrecadação tributária é uma função linear da renda (T = ty) e o investimento bem como os gastos do governo são variáveis exógenas. Resolvendo, temos: Y = (´C + cYd) + (I) + (G) Y = ´C + c(Y - tY) + I + G Y = ´C + cY - ctY + I + G Y - cY + ctY = ´C + I + G Y ( 1 - c(1 - t) = ´C + I + G CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 38 www.pontodosconcursos.com.br Y = 1.´(´C + I + G)/ 1 - c( 1 - t) Portanto, o multiplicador é 1/ 1- c(1 - t). No caso de uma economia aberta, temos a presença de X e M onde X: exportações exógenas M: importações dependentes da renda: mY Temos: Y = ´C + c(Y - tY) + I + G + X – mY Y = ´C +cY - ctY + I + G + X - mY Y - cY +ctY + mY = ´C + I + G + X Y = 1. (´C + I + G + X)/ 1 - c( 1- t) + m Portanto, o multiplicador passa a ser: 1/ 1 - c( 1 - t) + m. Observe que o multiplicador para a economia aberta é menor do que o observado na economia fechada, considerando a mesma propensão marginal a consumir e a mesma alíquota de imposto. A assertiva “E” está correta porque com t = 0,5 e c = 2/3 (dado na questão), o multiplicador fiscal passa a ser: K = 1/ 1 – c( 1- t) K = 1/ 1 – 2/3.0,5 K = 1/ 1 – 0,333 K = 1/0,667 K = 1,5 Dessa forma, um aumento de R$ 3 milhões nos investimentos privados acarretará um aumento de R$ 4,5 no produto de equilíbrio. A assertiva “C” está incorreta porque um aumento nas transferências realizadas pelo governo ( relacionadas com a função tributação que é dependente da alíquota; função linear da renda T = ty) não terá o mesmo efeito de um aumento do investimento ( função exógena, independente) de mesmo montante. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 39 www.pontodosconcursos.com.br 13-(FCC-MPU/2007) No modelo keynesiano de determinação do equilíbrio do produto, onde o consumo agregado é uma função linear e crescente da renda, é correto afirmar que: a) o produto estará em equilíbrio quando o investimento for igual à poupança realizada. b) um aumento nos impostos tem maior poder de diminuir o produto de equilíbrio que igual contração nos gastos do governo, tudo o mais constante. c) a propensão média a consumir é maior que a propensão marginal a consumir, se o consumo autônomo for positivo. d) a estabilidade do equilíbrio requer propensão marginal a consumir maior que 1. e) o multiplicador das exportações é maior que o multiplicador do investimento. Gabarito: “C” A propensão média a consumir é representada por C/Y ao passo que a propensão marginal a consumir é igual a ΔC/ΔY. Uma vez que o consumo autônomo é positivo (C0 > 0), teremos C/Y > ΔC/ΔY, dada uma função C = C0 + c.Y. A assertiva “A” está incorreta porque a condição de equilíbrio se faz presente quando o investimento planejado seja igual à poupança realizada. O investimento realizado corresponde ao investimento planejado (formação bruta de capital fixo) mais o vetor não planejado, que são os estoques ou variação de estoques da economia. A assertiva “B” está incorreta porque o crescimento dos impostos tem menor impacto que uma contração forte dos gastos públicos. Senão vejamos: A assertiva “D” está incorreta porque a propensão marginal a consumir se situa sempre em um intervalo entre 0 e 1. No limite, será igual a 1, quando todo o acréscimo nas disponibilidades de renda for canalizado para o consumo. A assertiva “E” está incorreta porque, em se tratando de gastos autônomos, o mesmo multiplicador se aplica às exportações, ao investimento, ao consumo autônomo e ao gastos do governo. 14-(FCC-MPU/2007) No modelo keynesiano simples para uma economia aberta e com governo, em que o investimento, a tributação, os gastos do governo e as exportações são autônomas, as propensões marginais a poupar e a importar são 0,25 e 0,15, respectivamente. Supondo que o nível de investimento aumenta em 40, a renda também será aumentada em: CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 40 www.pontodosconcursos.com.br a) 500 b) 400 c) 267 d) 160 e) 100 Gabarito: “E” Como a propensão marginal a poupar (1-c) é igual a 0,25, temos que a propensão marginal a consumir (c) é igual a 0,75, pois PMgC + PMgS = 1, ou seja, as propensões marginal a consumir e a poupar são complementares. Lembre-se que as funções consumo e poupança são funções espelho. Sabemos que estamos lidando com uma economia aberta cuja propensão marginal a importar foi dada igual a 0,15. Dessa forma, resta-nos aplicar a fórmula do multiplicador keynesiano simplificado para uma economia aberta: K = 1/ 1-c(1- t) + m Sabemos também que não há função tributação nessa questão. Logo, t = 0. K = 1/ 1 – 0,75(1 – 0) + 0,15 K = 1/ 0,25 + 0,15 K = 1/0,4 K = 2,5 15-(ESAF/ENAP-2006) Considere A = 400 + 0,7Y – 3000i i = 0,06 X = 250 M = 0,2Y onde: A = demanda agregada interna; I = taxa de juros; X = exportações; M = importações.Considerando a renda de equilíbrio, o saldo X – M será de a) - 62 b) 62 c) 54 d)- 54 e) 12 Gabarito: “B” A demanda agregada é resultado da despesa nacional, sendo composta pelo consumo das famílias (C), investimento das empresas CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 41 www.pontodosconcursos.com.br (I), gastos governamentais (G), transações com o resto do mundo ou exportações líquidas (exportações menos importações). A = C + I + G + X – M (1). No equilíbrio macroeconômico, o nível de produto (renda) deve ser igual ao nível das despesas dos agentes econômicos: Y = DA. A renda nacional de equilíbrio é estabelecida através da vinculação gradativa de cada uma das variáveis da função demanda agregada. Temos a equação da demanda agregada interna A= 400 + 0,7Y – 3000i (2). Substituindo-se i = 0,06 em (2), vem: 400 + 0,7Y – 180. Retornando à equação completa (1), vem: Y = 400 + 0,7Y – 180 + 250 – 0,2Y Y = 470 + 0,5Y Y – 0,5Y = 470 0,5Y = 470 Y = 940. O saldo da BC, ou seja, X – M = 250 – 0,2.940 = 250 – 188 = 62. 16-(CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC – 2006) Com relação à função consumo, assinale a opção correta: a) Quando a renda é igual a zero, o consumo também será igual a zero. b) A propensão média a consumir é dada pela relação entre o acréscimo no consumo e o acréscimo na renda. c) A propensão marginal a consumir é uma relação cujo valor se situa entre 0 e 1. d) Quando são considerados curtos intervalos de tempo, a propensão marginal a consumir tende a variar continuamente. Gabarito: “C” Comentários: A assertiva “A” está incorreta porque mesmo quando a renda (Y) for nula, ou seja, o consumidor não possui fluxo de recursos nem estoque de riqueza, a função consumo não será nula em razão do consumo autônomo, independente, que constitui uma questão de sobrevivência e não de padrão de vida. Ainda que o consumidor não tenha recursos para sustentar esse consumo, ele consome através de CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 42 www.pontodosconcursos.com.br doações de outros consumidores, por exemplo. São os “pedintes” em último caso. Veja a função consumo: O consumo será considerado uma função linear da renda: C = C0+ cy C0 – consumo autônomo, independente da renda ( questão de sobrevivência) c – consume induzido ( questão de padrão de vida) O coeficiente “ c” é denominado “ propensão marginal a consumir” ( PMgC), “ na margem”, “extra”, “adicional” e vem a ser o aumento do consumo a cada aumento unitário da renda. A assertiva “B” está incorreta e a assertiva “C” está correta porque a propensão marginal a consumir (PMgC) entre 0 e 1 é uma das três propriedades fundamentais da função consumo de Keynes. Senão vejamos: Primeira: a propensão marginal a consumir se situa entre 0 e 1. O coeficiente “ c” é denominado “ propensão marginal a consumir” ( PMgC), “ na margem”, “extra”, “adicional” e vem a ser o aumento do consumo a cada aumento unitário da renda. Segunda: a propensão média a consumir cai quando a renda aumenta (PMeC declinante). PMeC = C/Y é a propensão média a consumir dada por aquela relação para diferentes níveis de renda. A PMeC decresce continuamente à medida que aumenta a renda, com o detalhe de que C aumenta menos do que proporcionalmente aos aumentos de Y, pelo fato de c estar entre 0 e1. Terceira: o consumo é determinado pela renda corrente. A assertiva “D” está incorreta porque, ceteris paribus, a propensão marginal a consumir não tende a varia continuamente para curtos intervalos de tempo. Sabemos que a PMgC determina a questão de padrão de vida e melhor padrão de vida ou consumo mais ostensivo é proveniente de radicais alterações nos fluxos de rendas e estoque de riqueza das famílias. E tais alterações não ocorrem da noite para o dia. A não ser situações excepcionais como uma herança, um ganho no mercado de loterias, etc. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 43 www.pontodosconcursos.com.br 17- Tendo em conta conceitos relativos ao sistema monetário, assinale a afirmativa correta: a) Quando um banco comercial adquire títulos da dívida pública diretamente de outro banco comercial não ocorre variação no estoque de meios de pagamento. b) Quando um banco compra à vista um imóvel pertencente a uma empresa não financeira, ocorre destruição de meios de pagamento. c) Empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais determinam aumento de igual montante nos meios de pagamento. d) O setor bancário não cria meios de pagamento quando, por exemplo, adquire bens ou serviços junto ao público, pagando em moeda corrente. Gabarito: “ A“ Comentários: A assertiva “A” está correta porque operações interbancárias não afetam a variação no quantitativo de meios de pagamento. Criação ou destruição de moeda só via transações entre setor bancário e setor não-bancário da economia. A assertiva “B” está incorreta porque ocorre criação de meios de pagamento (monetização da economia) sempre que a transação é realizada entre o setor bancário (no caso, banco comercial) e setor não-bancário ( no caso, empresa não financeira) na condição de compra de um haver não-monetário em contrapartida de moeda manual ou escritural. A assertiva “C” está incorreta porque o setor bancário é composto pela autoridade monetária (BC) e pelos bancos comerciais. Operações entre esses dois agentes são transações interbancárias, não apresentando nenhum impacto sobre os meios de pagamento. Não há, portanto, criação de meios de pagamento (monetização da economia). Não se registram aqui transações entre setor bancário e setor não-bancário, condição indispensável para a criação efetiva de meios de pagamento. A assertiva “D” está incorreta porque para que ocorra monetização da economia (criação de meios de pagamento), faz-se necessário que o setor bancário adquira algum haver não monetário do setor não bancário da economia, pagando em moeda manual ou depósitos à vista nos bancos comerciais. Na situação em tela, bens ou serviços fornecidos pelo segmento não bancário são tidos como haver não-monetário tendo como contrapartida um pagamento em moeda corrente. CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 44 www.pontodosconcursos.com.br 18-(NCE/UFRJ-Eletronorte-Economista-2006) A Curva de Phillips, que relaciona a taxa de inflação (Y) à taxa de desemprego (X) pode ser representada, no curto prazo, por uma função do tipo: (A) Y = aX, onde a > 0 e X > 0; (B) Y = aX1/2, onde a > 0 e X > 0; (C) Y = aX + b, onde a > 0, b > 0 e X > 0; (D) Y = a(1/X) , onde a > 0 e X > 0; (E) Y = aX2, onde a > 0 e X > 0. A curva de Phillips advoga uma relação inversa (negativa) entre a taxa de inflação e a taxa de desemprego. O trade-off entre inflação e desemprego conduz a um sacrifício em que a sociedade convive com uma inflação mais alta como remédio para uma política de combate ao desemprego ou vice-versa. Na formulação original da curva de Phillips, temos: π = -β(u - un) π = taxa de inflação (πe = taxa esperada de inflação) u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego) β = parâmetro positivo A única alternativa que garante uma relação inversa entre as variáveis X e Y é a assertiva “D”. π un u A assertiva “D” está correta. 19-(NCE/UFRJ- AGU-Economista – 2006) Em relação à Curva de Phillips, é INCORRETO afirmar que: (A) o custo da redução do desemprego, medido em aumento de taxa de inflação, será tanto menor quanto maior for a capacidade ociosa da economia; (B) de acordo com os
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