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Aula 04 AFRFB 2009 ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS

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CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS 
P/ RECEITA FEDERAL 
PROFESSOR: MARLOS FERREIRA 
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1 
 
FINANÇAS PÚBLICAS 
Os princípios teóricos de tributação. Bens Públicos, externalidades, 
Funções do Setor Público. Governo. Impostos, Taxas, Contribuições fiscais 
e parafiscais. Definições. Tipos de Impostos: Progressivos, Regressivos, 
Proporcionais. Indiretos e diretos. Impactos sobre o consumidor e a 
indústria de cada tipo de imposto. Carga Fiscal: Progressiva, Regressiva e 
Neutra. Carga Fiscal ótima. Efeitos da Inflação e do crescimento 
econômico nos tributos. Efeitos da ausência ou do excesso de cobrança do 
imposto. 
Receita e Despesa Públicas. Classificação da Receita Orçamentária. Ajuste 
Fiscal. Déficit Público: Resultado Nominal, Operacional e Primário. 
Necesidades de Financiamento do Setor Público. Lei de Responsabilidade 
Fiscal. Sistema Tributário Nacional. Finanças Públicas Brasileiras. 
 
 
01- (ESAF-FISCO-PI-2001) Os aumentos do déficit e da dívida pública 
geram importantes conseqüências econômicas, segundo a teoria 
convencional. Indique a opção falsa com relação a seus efeitos. 
a) O prazo de maturação dos empréstimos, no longo prazo, é reduzido. 
b) Determinam mudanças na trajetória da taxa de juros, nas transações 
externas e na taxa de câmbio. 
c) No curto prazo, por meio da redução de impostos e gastos inalterados 
podem levar a aumento da renda e produto nacionais. 
d) Acarretam impactos sobre o nível de poupança doméstica, 
investimentos e formação de capital. 
e) No longo prazo, o mercado exige taxa de juros maior para financiar a 
rolagem da dívida. 
 
 
 
 
02-(ESAF/Analista Contábil-SEFAZ-CE-2006/2007) De acordo com 
os vários conceitos de déficit para acompanhar o desempenho das contas 
públicas, indique a única opção falsa. 
a) O conceito de déficit operacional foi utilizado no Brasil nos períodos de 
inflação elevada para se ter uma medida nominal do déficit público. 
b) O conceito de déficit de caixa, que se refere aos resultados do Tesouro 
Nacional, é limitado, porque é passível de controles temporais, por meio, 
por exemplo, do retardamento das liberações de recursos. 
c) Superávits operacionais ocorreram em 1990-1991, conseqüência do 
aumento da carga tributária e da redução das despesas com juros, 
viabilizada pelo bloqueio dos ativos financeiros do Plano Collor. 
d) As necessidades de financiamento do setor público correspondem ao 
conceito de déficit nominal apurado pelo critério “acima da linha”. 
e) O conceito de déficit nominal corrresponde aos gastos totais deduzidas 
as receita totais. 
 
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03- Sobre o primeiro governo Lula, podemos afirmar, exceto: 
a) O governo Lula se pautou, assim como o seu antecessor Fernando 
Henrique Cardoso (FHC), em uma política de obtenção de superávits 
primários como condição sine qua non para a estabilidade econômica e 
crescimento sustentado. 
b) O perfil de ajuste fiscal se deu em cima de um caráter concentrador de 
renda. 
c) Sobre a qualidade da composição do gasto público, a crítica que se faz 
ocorre em virtude da redução das taxas de investimento. 
d) A política executada pelo primeira gestão Lula é tipicamente 
expansionista. 
 
 
 
04- As gestões FHC e a primeira Lula são caracterizadas por uma série de 
medidas de cunho político-econômico similares. Marque a única assertiva 
que não retrata esse contexto. 
a) Preceitos de restrição à oferta de meios de pagamento em função de 
um possível repique inflacionário. 
b) Política monetária contracionista combinada com política fiscal 
contracionista. 
c) Obtenção de superávits primários robustos. 
d) Continuidade da política lastreada em juros altos. 
e) Políticas de gasto exorbitante e queda dos tributos. 
 
 
 
 
 
05- Sobre os dois governos Lula, podemos assinalar que: 
a) Da ótica do investimento produtivo, privilegiam-se aqueles de 
modernização, dirigidos à remoção de gargalos e do custo Brasil. 
b) Ainda sobre o investimento, após 2003, ocorreu intenso processo de 
redução da capacidade produtiva de firmas exportadoras. 
c) O ciclo de crédito no Brasil reflete presença de uma massa salarial 
gigante e baixas taxas de juros. 
d) O padrão de política stop and go, típico da economia brasileira, nos 
últimos 25 anos, caracteriza-se por períodos de estagflação combinados 
com prosperidade econômica de tigres asiáticos. 
 
 
 
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06- Sobre as PPP- parcerias público privada, podemos assinalar que: 
I- A PPP deve ser encarada como a solução definitiva para a crise de 
financiamento vivida pelo setor público. 
II- Do lado das vantagens, podemos afirmar que os principais êxitos 
das PPP nos países desenvolvidos foram a viabilização de um volume de 
investimentos maior do que seria possível com os mecanismos tradicionais 
e a execução mais rápida dos projetos. 
III - Apesar de todas as reformas estruturais e do estabelecimento dos 
marcos regulatórios, de modo geral, os investimentos privados não 
conseguiram compensar a drástica redução dos níveis de investimento do 
setor público, os quais foram gradativamente se restringindo a níveis 
muito abaixo do mínimo necessário ao funcionamento regular da economia 
e do atendimento das demandas da sociedade. 
a) II e III estão incorretas. 
b) II e III estão corretas. 
c) I e II estão corretas. 
d) I, II e III estão corretas. 
e) I, II e III estão incorretas. 
 
 
 
 
 
 
07-(ESAF-AFC-STN-2008) Em relação à política fiscal e aos conceitos 
de necessidade de financiamento do setor público(NFSP), déficit e dívida 
pública, qual das afirmações abaixo é correta, supondo que não existem 
juros nominais recebidos pelo governo. 
a) Se os juros nominais pagos em função da dívida pública são superiores 
ao déficit primário, então o governo possui superávit nominal. 
b) Se o governo apresenta déficit primário, isso implica que a poupança do 
governo seja negativa. 
c) Quando há déficit nominal, os juros nominais pagos são 
necessariamente inferiores a um déficit primário. 
d) A existência de déficit primário significa que os investimentos 
governamentais (se existirem) não são financiados na sua integralidade 
por poupança do governo. 
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e) Quando se tem uma variação negativa da dívida pública e não existem 
variações patrimoniais relevantes no período como privatizações ou 
reconhecimento de esqueletos, então o governo apresentou déficit nominal 
no período. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
08- (ESAF-AFC-STN-2008) Assim entendida como a atuação do governo 
no que diz respeito à arrecadação de impostos e aos gastos públicos, a 
política fiscal possui como objetivos, exceto: 
a) prestação de serviços públicos (atendimento de necessidades da 
comunidade) 
b) redistribuição de renda (bem-estar social) 
c) estabilização econômica, que corresponde ao controle da demanda 
agregada no curto prazo 
d) promoção do desenvolvimento econômico, que corresponde ao estímulo 
da oferta agregada. 
e) controle da moeda nacional em relação a outras moedas. 
 
 
 
09- (ESAF-AFC-STN-2008) Do ponto de vista fiscal, o déficit público é 
medido a partir do resultado primário. Isso posto, é correto afirmar: 
a) o Resultado Primário corresponde à diferença entre receitas não-
financeiras e despesas não-financeiras. 
b) entende-se por receita não-financeira: a receita orçamentária 
arrecadada mais as operações de crédito, as receitas de privatizações e as 
receitas provenientes de rendimentos de aplicações financeiras. 
c) entende-se por despesa não-financeira: a despesa total, aí incluídas 
aquelas como amortização e encargos da dívida interna e externa(amortização mais juros). 
d) do ponto de vista fiscal, ou pelo critério acima da linha ocorre déficit 
público quando o total das receitas não-financeiras é superior às despesas 
não financeiras. 
e) nos casos em que o total das receitas próprias de um ente público (sem 
considerar empréstimos) é inferior às despesas realizadas, temos um 
superávit primário. 
 
 
 
 
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10- (ESAF;STN-2008) Em relação à apuração das necessidades de 
financiamento do setor público, é correto afirmar que: 
a) elas são integralmente apuradas pelo conceito de competência. 
b) elas são integralmente apuradas pelo conceito de caixa. 
c) elas são apuradas pelo conceito de caixa, exceto pelas despesas de 
juros apuradas pelo conceito de competência. 
d) elas são apuradas pelo critério de competência, exceto pelas despesas 
com inativos apuradas pelo conceito de caixa. 
e) elas são apuradas pelo critério de caixa, exceto pelas despesas com 
pessoal e encargos sociais apuradas com o conceito de competência. 
Gabarito: C 
 
 
 
11-(ESAF/STN-2008) A aplicação das diversas políticas econômicas a 
fim de promover o emprego, o desenvolvimento e a estabilidade, diante 
da incapacidade do mercado em assegurar o atingimento de tais objetivos, 
compreende a seguinte função do Governo: 
a) Função Estabilizadora. 
b) Função Distributiva. 
c) Função Monetária. 
d) Função Desenvolvimentista. 
e) Função Alocativa. 
Gabarito: A 
 
 
 
 
 
 
 
 
12- (ESAF/STN-2008) Sob determinadas condições, os mercados 
privados não asseguram uma alocação eficiente de recursos. Em 
particular, na presença de externalidades e de bens públicos, os preços de 
mercado não refletem, de forma adequada, o problema da escolha em 
condições de escassez que permeia a questão econômica, abrindo espaço 
para a intervenção do governo na economia, de forma a restaurar as 
condições de eficiência no sentido de Pareto. Nesse contexto, é incorreto 
afirmar: 
a) externalidades ocorrem quando o consumo e/ou a produção de um 
determinado bem afetam os consumidores e/ou produtores, em outros 
mercados, e esses impactos não são considerados no preço de mercado do 
bem em questão. 
b) consumidores podem causar externalidades sobre produtores e vice-
versa. 
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c) a correção de externalidades, pelo governo, pode ser feita mediante 
tributação corretiva, no caso de externalidades positivas, ou aplicação de 
subsídios, no caso de externalidades negativas. 
d) um exemplo de bem público puro é o sistema de defesa nacional, cujo 
consumo se caracteriza por ser não-excludente e não-rival. 
e) falhas de mercado são fenômenos que impedem que a economia 
alcance o estado de bem-estar social, por meio do livre mercado, sem 
interferência do governo. 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
 
 
13- (ESAF/STN-2008) No que se refere à tributação, o conceito de 
equidade remete à idéia de justiça social, ou seja, os indivíduos pagarão 
mais ou menos tributos conforme suas características. Nesse contexto, é 
incorreto afirmar: 
a) o princípio do benefício defende que a carga tributária deve ser 
diretamente proporcional ao benefício que o agente aufere. De maneira 
simples, quanto maior for a utilidade atribuída ao bem público, maior será 
a propensão em pagar os tributos. 
b) verticalmente, os impostos podem ser progressivos quando a proporção 
de tributos sobre a renda aumenta à medida que a renda se eleva. 
c) a idéia de tributar, segundo a capacidade de contribuição, refere-se a 
tributar cada indivíduo de acordo com sua renda, mantendo o princípio da 
equidade. 
d) verticalmente, os impostos podem ser regressivos quando os 
contribuintes, com a mesma capacidade de pagamento, arcam com o 
mesmo ônus fiscal. 
e) existe equidade horizontal quando os indivíduos que possuem a mesma 
renda pagam a mesma quantidade de tributos. Por sua vez, existe 
equidade vertical quando quem ganha mais paga mais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14- (ESAF/STN-2008) A privatização e a abertura econômica marcam 
importantes mudanças implementadas na economia brasileira, 
especialmente nos anos 90. Caracteriza essas reformas apenas a 
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afirmativa: 
a) os impactos da abertura comercial e da privatização foram pequenos, 
pois a privatização não propiciou a diminuição da dívida pública brasileira e 
a abertura comercial se restringiu a negociações de liberalização comercial 
com os países do Mercosul. 
b) entre as razões que justificaram as privatizações, está a diminuição da 
capacidade estatal em fazer os investimentos necessários à ampliação das 
empresas estatais e dos serviços por elas fornecidos. 
c) a abertura econômica foi caracterizada por ser uma abertura parcial, já 
que se restringiu aos aspectos comerciais, não afetando, por exemplo, as 
transações relativas ao Balanço de capitais. 
d) após a abertura comercial, foram gerados déficits comerciais que só 
foram revertidos depois do Plano Real. 
e) a privatização brasileira foi uma das maiores privatizações do período, 
tendo alcançado todas as empresas produtivas dos setores Siderúrgico, de 
Petróleo e Gás, Petroquímico e financeiro do governo federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15- (ESAF/STN-2008) Em relação ao federalismo fiscal brasileiro, é 
correto afirmar que: 
a) o Brasil possui um sistema federativo considerado aberto já que a 
Constituição deixa livre as bases tributárias sobre as quais incidirão os 
impostos dos entes subnacionais do país. 
b) as transferências de recursos entre os entes da federação (União, 
estados e municípios) só podem ocorrer da União para os estados e destes 
para os municípios. 
c) a legislação nacional faculta o direito de estabelecerem operações de 
crédito entre os diferentes entes da federação. 
d) os municípios brasileiros possuem bases tributárias importantes mas a 
administração destes tributos deve ser executada pelos níveis estaduais 
e/ou federal, mesmo que o fruto da arrecadação pertença aos municípios. 
e) o federalismo brasileiro é em parte constituído por transferências 
intergovernamentais estabelecidas na Constituição, conferido alguma 
segurança de receita para os entes subnacionais, porém não estão 
impedidas transferências autônomas por parte do Governo Federal. 
 
 
 
 
 
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16- (ESAF/STN-2008) Quanto às privatizações conduzidas nas gestões 
Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, é correto 
afirmar que: 
a) houve grande interesse do capital estrangeiro nas privatizações dos 
setores de telecomunicações e bancário: nesses setores foram privatizadas 
empresas como a Embratel e Caixa Econômica Federal. 
b) durante a gestão de Fernando Collor, o Plano Nacional de 
Desestatização foi considerado prioritário e na sua gestão, assim como na 
de Itamar Franco, os principais setores privatizados são o siderúrgico, 
petroquímico e de fertilizantes. 
c) pode-se definir o processo de privatização brasileiro em fases, tendo-se 
iniciado pelas privatizações dos setores de energia e telecomunicações, já 
que são concessões públicas. 
d) entre as justificativas para a privatização, estão alterações tecnológicas 
em alguns setores os quais, a partir dessas transformações, passaram a 
ser considerados monopólios naturais. 
e) evitou-se a privatização dos setores de petróleo e gás e petroquímico 
por se tratar de setores considerados estratégicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17- (NCE/UFRJ-REGULAÇÃO-ANTT-2008) Analise o texto abaixo e 
assinale a alternativa que apresenta a solução corretamente justificada 
para o problema abordado. “A existência demercados em número 
suficiente diz respeito diretamente ao problema das externalidades. De 
forma geral, há uma externalidade sempre que uma atividade de natureza 
econômica de um agente gerar um custo ou um benefício, sem que o 
agente em questão tenha que arcar com este custo ou possa ser 
remunerado pelo benefício. Assim, externalidades surgem em função da 
ausência de um mercado que determine a alocação deste custo ou 
benefício. Quando isto ocorre, custos e benefícios que poderiam ser 
minimizados ou maximizados socialmente deixam de sê-lo, e o mercado 
falha na sua tarefa de gerar um ótimo paretiano”. 
a) Não se recomenda a atividade regulatória do Estado, pois, ao 
estabelecer preços, quantidades, padrões de qualidade ou, metas de 
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investimento, causaria uma interferência inútil ou nociva na busca do 
auto-interesse; 
b) Recomenda-se a interferência econômica do Estado através de 
impostos, subsídios, regulação de quantidades, etc., de forma a promover 
um nível superior de bem estar social; 
c) Não se recomenda a atividade regulatória do Estado na busca do 
interesse individual através da atividade econômica, produzindo e 
trocando bens, conduziria necessariamente ao bem comum; 
d) Recomenda-se a interferência econômica do Estado para evitar a 
formação de monopólio; 
e) Não recomenda-se a interferência econômica do Estado pois na situação 
apresentada não existe o risco de formação de monopólio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18- (CESPE-UNB/ECONOMISTA-MINISTÉRIO DOS ESPORTES-2008) 
O estudo da economia do setor público inclui tópicos como análise 
econômica das funções do governo e conceitos básicos da economia do 
setor público, assim como o financiamento das atividades do Estado. Com 
referência a esse assunto, julgue os itens subseqüentes. 
a) A privatização dos setores de infra-estrutura que ocorreu na maioria 
dos países ampliou a função reguladora do Estado, sobretudo, nos casos 
em que esses setores apresentam características de monopólio natural. 
b) Políticas bem-sucedidas de estabilidade monetária podem ser vistas 
como um bem público puro. 
c) A imposição de alíquotas elevadas sobre o consumo de bens de luxo 
colide com as funções alocativa e distributiva do governo. 
d) No imposto de renda progressivo, o esforço fiscal, definido como a 
proporção da renda gasta com esse tributo, aumenta com a renda do 
contribuinte. 
e) O financiamento de programas sociais mediante emissão de moeda não 
somente elevará a dívida pública como também aumentará o resultado 
primário em razão do aumento das despesas com juros. 
f) A razão dívida/PIB é tanto maior quanto mais elevada for a taxa de 
crescimento da economia e quanto menor for o deficit primário do setor 
público. 
g) Nas novas séries das contas nacionais no Brasil, no período 2001-2006, 
a expansão dos gastos públicos contribuiu para explicar mais da metade 
do crescimento do PIB pelo lado da demanda. 
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Gabarito: 
 
 
 
 
 
 
19- (ESAF-APO-SP-2009) Assinale a opção falsa com relação aos 
Princípios Teóricos da Tributação. 
a) Do ponto de vista do princípio do benefício, os impostos são vistos 
como preços que os cidadãos pagam pelas mercadorias e serviços que 
adquirem por meio de seus governos, presumivelmente cobrados de 
acordo com os benefícios individuais direta ou indiretamente recebidos. 
b) A neutralidade, na ótica da alocação de recursos, deveria ser 
complementada pela equidade na repartição da carga tributária. 
c) O princípio da capacidade de pagamento sugere que os contribuintes 
devem arcar com cargas fiscais que representem igual sacrifício de bem-
estar, interpretado pelas perdas de satisfação no setor privado. 
d) Não existem meios práticos que permitam operacionalizar o critério do 
benefício, por não ser a produção pública sujeita à lei do preço. 
e) A equidade horizontal requer que indivíduos com diferentes habilidades 
paguem tributos em montantes diferenciados 
 
 
 
 
 
20- (ESAF/APO-SP-2009) A atuação do governo na economia tem como 
objetivo eliminar as distorções alocativas e distributivas e de promover a 
melhoria do padrão de vida da coletividade. Tal atuação pode se dar das 
seguintes formas, exceto: 
a) complemento da iniciativa privada. 
b) compra de bens e serviços do setor público. 
c) atuação sobre a formação de preços. 
d) fornecimento de bens e de serviços públicos. 
e) compra de bens e serviços do setor privado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22- (ESAF-APO-SP-2009) Por política fiscal, entende-se a atuação do 
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governo no que diz respeito à arrecadação de impostos e aos gastos 
públicos. Com relação à tributação, não é correto afirmar: 
a) os tributos específicos e ad valorem são exemplos clássicos de impostos 
diretos. 
b) o sistema tributário é dito progressivo quando a participação dos 
impostos na renda dos indivíduos aumenta conforme a renda aumenta. 
c) o sistema tributário é considerado proporcional quando se aplica a 
d) a aplicação de um sistema de imposto regressivo afeta o padrão de 
distribuição de renda, tornando-a mais desigual. 
e) conforme aumenta a renda dos indivíduos e a riqueza da sociedade, 
aumenta a arrecadação de impostos diretos. 
 
 
 
 
 
 
23- (ESAF-APO-SP-2009) Com relação à Dívida Pública, Déficit Público e 
Necessidade de Financiamento do Setor Público, identifique a opção falsa. 
a) Uma medida muito utilizada para avaliar a capacidade de pagamento do 
setor público é a relação dívida /PIB. 
b) A diferença entre as receitas totais e os gastos totais é chamada de 
déficit primário, pelo conceito “acima da linha”. 
c) O déficit nominal é uma medida bastante requisitada em períodos de 
inflação elevada. 
d) Os vários conceitos de déficit público podem ser apurados por dois 
critérios: o de competência e o de caixa. 
e) No longo prazo, o crescimento da dívida pública ocupa o espaço que 
seria destinado à formação de capital (efeito crowding - out), por meio da 
redução de investimentos. 
 
 
 
24- (ESAF/AFC-STN/2005) Baseada na visão clássica das funções do 
Estado na economia, identifique a opção que foi defendida por J.M. 
Keynes. 
a) As funções do Estado na economia deveriam ser limitadas à defesa 
nacional, justiça, serviços públicos e manutenção da soberania. 
b) As despesas realizadas pelo Governo não teriam nenhum resultado 
prático no desenvolvimento econômico. 
c) A participação do Governo na economia deveria ser maior, assumindo a 
responsabilidade por atividades de interesse geral, uma vez que o setor 
privado não estaria interessado em prover estradas, hospitais e outros 
serviços públicos. 
d) A economia sem a presença do governo seria vítima de suas próprias 
crises, cabendo ao Estado tomar determinadas decisões sobre o controle 
da moeda, do crédito e do nível do investimento. 
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e) A atuação do Governo se faria nos mercados onde não houvesse livre 
concorrência e sua função seria a de organizá-la e defendê-la para o 
funcionamento do mercado e para seu equilíbrio. 
 
 
 
 
25- (VUNESP/CMSP-2007) Quando a produção de um bem gera 
poluição do ar, essa produção pode ser considerada ineficiente porque: 
a) o processo de produção é tecnologicamente defasado. 
b) há evasão de impostos. 
c) há desleixo do empresário. 
d) a empresa não cumpre sua função social. 
e) o preço de bem não computa os custos que decorrem da poluição. 
 
 
 
 
 
 
26- (VUNESP/CMSP-2007) A avenida Marginal do Rio Tietê, em São 
Paulo, no horário de pico é um bem 
a) não rival e não excludente. 
b) não rival eexcludente. 
c) rival e não excludente. 
d) rival e excludente. 
e) poderá ser rival e excludente dependendo de como for financiado. 
 
 
 
 
 
27-(ESAF/Analista Contábil-SEFAZ-CE-2006/2007) 
Considerando os dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal, a geração 
da despesa pública ou a assunção de obrigação deve obedecer a diversos 
requisitos, exceto: 
a) a despesa é adequada com a lei orçamentária anual quando objeto de 
dotação específica e suficiente ou esteja abrangida por crédito genérico, 
de forma que, somadas todas as despesas de mesma espécie, realizadas e 
a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassadas os 
limites estabelecidos para os três exercícios. 
b) a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que 
acarrete aumento da despesa será acompanhada de estimativa do impacto 
orçamentário financeiro nos exercícios em que se der o aumento. 
c) a despesa obrigatória de caráter continuado é a despesa corrente 
derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que 
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fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período 
superior a dois exercícios. 
d) a criação da despesa obrigatória de caráter continuado dar-se-à 
mediante comprovação de que não afetará as metas de resultados fiscais, 
devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser 
compensados pelo aumento de receita ou pela redução de despesa. 
e) as condições para aumento ou criação da despesa obrigatória de 
caráter continuado não se aplicam ao serviço da dívida nem à implantação 
de planos de carreira dos servidores. 
 
 
 
28-(ESAF/Analista Contábil-SEFAZ-CE-2006/2007) Segundo a Lei 
Complementar 101/2000, acerca da renúncia de receita, pode-se afirmar 
que 
a) a concessão da renúncia de receita deve estar acompanhada de 
estimativa do impacto orçamentário-financeiro, nos próximos três 
exercícios. 
b) uma das condições para a concessão de renúncia de receita é a adoção 
de medidas compensatórias, por meio da redução das despesas. 
c) as condições para a renúncia de receita não se aplicam em caso de 
redução das alíquotas do imposto de renda. 
d) a renúncia de receita condicionada à adoção de medidas 
compensatórias entra em vigor após verificado o efeito das medidas. 
e) não se compreende, na renúncia de receita, a redução indiscriminada 
de tributos ou contribuições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29-(ESAF/Analista Contábil-SEFAZ-CE-2006/2007) De acordo com a 
Lei Complementar 101/2000, é correto afirmar, acerca da verificação do 
cumprimento aos limites da despesa com pessoal, que: 
a) se a despesa com pessoal exceder o limite, os gastos com cargos em 
comissão ou funções de confiança deverão ser reduzidos no mínimo em 
vinte por cento. 
b) se a despesa com pessoal exceder a noventa e cinco por cento do 
limite, é vedada, ao poder ou órgão em que incorrer, a concessão de 
aumento decorrente da revisão geral anual de remuneração. 
c) se a despesa com pessoal exceder o limite, o excesso deve ser 
eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo no mínimo metade no 
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primeiro. 
d) se a despesa com pessoal exceder o limite, e não alcançada a redução 
no prazo estabelecido, enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá 
receber transferências constitucionais. 
e) a verificação do cumprimento aos limites será efetuada 
quadrimestralmente, comparando o mês atual com os onze meses 
anteriores. 
 
 
 
 
 
30-(ESAF/APO-2005) Os dois períodos de governo do Presidente 
Fernando Henrique Cardoso forma marcados por mudanças estruturais 
importante no campo das finanças públicas. Aponte a única opção 
incorreta relativa à economia pública brasileira. 
a) O incentivo do mecanismo de emissão dos "precatórios". 
b) Privatização da maioria dos estaduais vedando-se uma janela de 
financiamento dos tesouros estaduais. 
c) A restrição rígida à prática das Antecipações de Recursos Orçamentários 
(AROs). 
d) Renegociação das dívidas estaduais e municipais. 
e) Mudanças que afetaram a Previdência Social. 
 
 
 
31- (ESAF/APO-2005) No que diz respeito à composição dos tributos no 
Brasil, nos últimos dez anos, indique a única opção incorreta. 
a) No período de 1999/2002, cerca de cinco pontos percentuais do PIB 
foram acrescidos à carga tributária para conter uma expansão mais forte 
da dívida pública. 
b) O aumento da receita impositiva processou-se, basicamente, por meio 
da elevação de contribuições com incidência cumulativa. 
c) Para a elevação da carga tributária, contribuíram, um aumento na 
tributação indireta e a arrecadação de outras receitas extraordinárias. 
d) Agravou-se o caráter progressivo do sistema tributário brasileiro, 
baseado em tributos indiretos. 
e) Observou-se baixa participação relativa dos impostos diretos sobre a 
renda e sobre a propriedade. 
 
 
32- (ESAF/AFC-STN/2005) Uma importante mudança ocorreu nas 
contas correntes da administração pública brasileira na década de 80, 
quando de uma situação superavitária o governo passou a ter constantes 
déficits. Identifique qual das afirmações não é correta quanto à questão da 
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dívida pública brasileira. 
a) Em 1981, o estoque da dívida pública líquida equivalia a mais de 20% 
do PIB. 
b) No ano de 1999, o estoque da dívida pública interna líquida alcançou o 
patamar de 37% do PIB. 
c) Até 1991, a dívida externa era o principal componente da dívida pública 
brasileira. 
d) Na análise da evolução da dívida pública mais recente é necessário 
levar em conta os passivos ocultos (“esqueletos”) e o efeito de redução de 
dívida associado às privatizações. 
e) A dívida pública brasileira até a segunda metade dos anos 90 era 
superior, como percentagem do PIB, à de diversos países desenvolvidos e 
com economias estáveis. 
 
 
 
 
33- (CESPE/UNB-SEGER-ES-2008) A economia do setor público analisa 
o papel desempenhado pelo governo nas economias de mercado. Acerca 
desse assunto, julgue os itens abaixo. 
a) O resultado primário do setor público é mais apropriado para avaliar a 
magnitude do ajuste fiscal porque ele não leva em conta os impactos da 
política monetária. 
b) Programas de controle da poluição ambiental e sonora nas praias do 
litoral brasileiro exemplificam a ação do governo para melhorar a alocação 
de recursos na economia. 
c) O crescimento dos gastos públicos nas economias dos países em 
desenvolvimento ocorrido nas últimas décadas contraria a Lei de Wagner. 
d) A existência de um imposto de renda progressivo colide com o princípio 
de equidade vertical, de acordo com o qual, indivíduos semelhantes em 
todos os aspectos relevantes devem ser tributados igualmente. 
e) O ônus fiscal decorrente de impostos como o imposto sobre produtos 
industrializados (IPI) e o imposto sobre circulação de mercadorias e 
serviços (ICMS) recai mais fortemente sobre os consumidores com 
menores rendas e, por essa razão, são considerados regressivos. 
f) O resultado nominal do setor público corresponde ao resultado primário 
acrescido das receitas financeiras e das despesas de juros incorridos pela 
dívida pública. 
g) No Brasil, o esgotamento do modelo de Estado condutor do processo 
econômico e social, bem como a erosão da capacidade de prestação de 
serviços públicos, levou a um importante processo de privatização, no qual 
o Estado passou a assumir o papel de regulador da atividade econômica. 
 
 
GABARITO DAS QUESTÕES 
 
01-A 17-B 
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02-A 18- VVFVFFV 
03-D 19-E 
04-E20-B 
05-D 21-anulada 
06-B 22-A 
07-D 23-B 
08-E 24-D 
09-A 25-E 
10- 26-C 
11- 27-B 
12- 28-E 
13-D 29-A 
14-B 30-A 
15-E 31-D 
16-B 32-E 33- VVFFVFV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES E COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES 
 
01- (ESAF-FISCO-PI-2001) Os aumentos do déficit e da dívida 
pública geram importantes conseqüências econômicas, segundo a 
teoria convencional. Indique a opção falsa com relação a seus efeitos. 
a) O prazo de maturação dos empréstimos, no longo prazo, é 
reduzido. 
b) Determinam mudanças na trajetória da taxa de juros, nas 
transações externas e na taxa de câmbio. 
c) No curto prazo, por meio da redução de impostos e gastos 
inalterados podem levar a aumento da renda e produto nacionais. 
d) Acarretam impactos sobre o nível de poupança doméstica, 
investimentos e formação de capital. 
e) No longo prazo, o mercado exige taxa de juros maior para 
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financiar a rolagem da dívida. 
Gabarito:A 
A assertiva A está incorreta porque o prazo de maturação dos 
empréstimos, no longo prazo, é reduzido. Um país marcado por uma 
dívida social imensa e por uma dívida pública crescente, com taxas 
de juros elevadas, altamente suscetível ao impacto dos juros de curto 
prazo e concentrada no curto prazo modifica seu perfil, através de 
sucessivos superávits primários, para uma estrutura de dívida mais 
madura com horizonte declinante, taxas de juros menores e 
maturidade de vencimentos alongada. 
A assertiva B está correta porque o embate déficit público (fluxo) 
versus dívida pública (estoque) acarretam mudanças significativas 
nas operações com o resto do mundo, nas taxas de juros e na taxa 
cambial, uma vez que existem títulos da dívida pública indexados ao 
câmbio, aos juros e aos preços da economia. 
A assertiva C está correta porque, no curto prazo, via política fiscal 
expansionista (redução de impostos), a renda da coletividade ou 
renda disponível aumenta, o que acarreta maiores gastos de 
consumo, investimento, crédito e financiamento, isto é, maiores 
renda e produto nacionais. 
A assertiva D está correta porque quanto maior o déficit público, 
maior o estoque da dívida pública, maiores as despesas financeiras, 
maior a necessidade de captação de recursos nas fontes interna 
(privada) e externa, repercutindo desfavoravelmente na formação 
bruta de capital fixo ou taxa de investimento da economia doméstica. 
Em mesmo compasso, quanto menor o déficit público, menores as 
despesas financeiras e, portanto, maior a disponibilidade de 
poupança para subsidiar, para honrar os compromissos de 
investimento assumidos na economia. 
A assertiva E está correta porque no longo prazo o mercado exige 
prêmio de risco menor para rolar a dívida, pois o país passa a ter 
credibilidade macroeconômico e fundamentos sólidos. Rolagem de 
longo prazo significa dívida pública mais madura e saudável. 
 
 
 
 
 
 
 
02-(ESAF/Analista Contábil-SEFAZ-CE-2006/2007) De acordo 
com os vários conceitos de déficit para acompanhar o desempenho 
das contas públicas, indique a única opção falsa. 
a) O conceito de déficit operacional foi utilizado no Brasil nos períodos 
de inflação elevada para se ter uma medida nominal do déficit 
público. 
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b) O conceito de déficit de caixa, que se refere aos resultados do 
Tesouro Nacional, é limitado, porque é passível de controles 
temporais, por meio, por exemplo, do retardamento das liberações de 
recursos. 
c) Superávits operacionais ocorreram em 1990-1991, conseqüência 
do aumento da carga tributária e da redução das despesas com juros, 
viabilizada pelo bloqueio dos ativos financeiros do Plano Collor. 
d) As necessidades de financiamento do setor público correspondem 
ao conceito de déficit nominal apurado pelo critério “acima da linha”. 
e) O conceito de déficit nominal corrresponde aos gastos totais 
deduzidas as receita totais. 
Gabarito: A 
A assertiva A está incorreta porque o conceito de déficit nominal 
foi utilizado no Brasil nos períodos de inflação elevada para se ter 
uma medida nominal do déficit público e não déficit operacional, 
como mencionada na questão. 
A assertiva B está correta porque o conceito de caixa leva em 
conta apenas quando o direito creditório é operacionalizado, isto é, o 
direito creditório se transforma em crédito efetivo (o dinheiro entra 
em caixa e não apenas a expectativa de (conceito de competência). 
Dessa forma, qualquer tentativa governamental de retardamento das 
liberações representa um controle temporal. 
A assertiva C está correta porque superávits operacionais 
acontecem desde que haja um esforço fiscal de arrecadação, 
contenção de gastos e baixa despesas financeiras a títulos de juros 
reais. Como no Plano Collor, ocorreu bloqueio dos ativos financeiros 
na tentativa de conter a inflação além do início do crescimento 
contínuo de carga tributária, temos o superávit sob o prisma 
operacional. 
A assertiva D está correta porque o conceito de déficit nominal 
acima da linha apregoa a desagregação das contas de sorte a se ter 
ciência da responsabilidade discriminada de cada conta (financeira, 
de capital, patrimonial, comercial, industrial, tributária, etc) na 
apuração do endividamento público ou necessidades de 
financiamento do setor público (NFSP). Dessa forma, temos que: 
Déficit nominal = Déficit primário + Despesas financieras ou despesas 
de juros nominais (inflação ou correção monetária + variação cambial 
+ juros reais). 
A assertiva E está correta porque as Necessidades de 
Financiamento do Setor Público sob a ótica nominal ou resultado 
nominal das contas públicas compreende à diferença entre o total das 
receitas correntes do governo e o total de suas despesas (custeio, 
transferências, subsídios, financeiras e de capital). Equivale-se à 
variação da dívida líquida do setor público não-financeiro, com a 
inclusão da correção monetária da dívida. Dito de outra forma, 
conforme o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em sua 
cartilha fiscal Gestão Fiscal Responsável, elucida que o resultado 
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nominal corresponde também à diferença entre receitas e despesas, 
desta feita, considerando receitas e despesas financeiras, os efeitos 
da inflação e da variação cambial. Equivale ao aumento da dívida 
pública líquida em determinado. 
 
 
 
 
 
03- Sobre o primeiro governo Lula, podemos afirmar, exceto: 
a) O governo Lula se pautou, assim como o seu antecessor Fernando 
Henrique Cardoso (FHC), em uma política de obtenção de superávits 
primários como condição sine qua non para a estabilidade econômica 
e crescimento sustentado. 
b) O perfil de ajuste fiscal se deu em cima de um caráter 
concentrador de renda. 
c) Sobre a qualidade da composição do gasto público, a crítica que se 
faz ocorre em virtude da redução das taxas de investimento. 
d) A política executada pelo primeira gestão Lula é tipicamente 
expansionista. 
Gabarito: D 
A assertiva A está correta porque a estabilização da relação dívida 
pública/PIB é tida como necessária para acalmar o “mercado”, 
atender aos preceitos do FMI, repercutindo nas quedas do risco Brasil 
e da taxa de juros. O superávit primário, meta maior do governo 
Lula, implica em aumento de carga tributária ou pelo menos 
manutenção da elevada carga de tributos além de queda dos gastos 
primários, que são as despesas de custeio e investimento, tão 
necessários em um país com demandas sociais tão exacerbadas em 
termos de produtos e serviços oferecidos peloEstado (educação, 
saúde, saneamento....). Essa política fiscal contracionista (aumento 
de impostos e queda de gastos públicos) se traduzirá em um ônus 
político e social gigantesco para o futuro próximo. 
A assertiva B está correta porque a política fiscal tem arcado com 
o ônus maior dos desequilíbrios oriundos da política de estabilidade 
inflacionária, decorrente do manejo de câmbio e juros. São múltiplas 
as dimensões das restrições impostas à política fiscal, dentre elas a 
perda do papel anticíclico e indutor do crescimento e ainda a 
diminuição do seu caráter redistributivo. Um primeiro aspecto a 
destacar nesse perfil de ajuste fiscal é o seu caráter concentrador de 
renda. O aumento das despesas, das quais o maior foi o relativo aos 
juros, ampliou o caráter regressivo do gasto público. O fato do 
aumento desse tipo de gastos ter sido financiado por ampliação de 
carga tributária num regime reconhecidamente regressivo constitui 
um fator adicional de concentração da renda. 
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A assertiva C está correta porque, dada a maior dificuldade para 
conter as despesas correntes, grande parte delas sujeitas a 
vinculações e obrigatoriedades de origem constitucional, os cortes 
terminaram por se concentrar nos investimentos. Estes últimos 
atingiram seus menores patamares já observados na história 
contemporânea do país, criando um sério constrangimento à 
retomada do crescimento. 
A assertiva D está incorreta porque um aspecto decisivo da 
política fiscal na sua relação com o crescimento refere-se ao seu 
caráter contracionista. De um lado, retira-se poder de compra – via 
carga tributária – de segmentos sociais com alta propensão a 
consumir, de outro, transfere-se esses recursos, sob a forma de 
pagamento de juros, aos detentores da dívida pública, pertencentes a 
segmentos sociais de menor inclinação ao gasto em consumo que 
certamente transformação essa renda recebida em ativos financeiros. 
 
 
 
 
04- As gestões FHC e a primeira Lula são caracterizadas por uma 
série de medidas de cunho político-econômico similares. Marque a 
única assertiva que não retrata esse contexto. 
a) Preceitos de restrição à oferta de meios de pagamento em função 
de um possível repique inflacionário. 
b) Política monetária contracionista combinada com política fiscal 
contracionista. 
c) Obtenção de superávits primários robustos. 
d) Continuidade da política lastreada em juros altos. 
e) Políticas de gasto exorbitante e queda dos tributos. 
Gabarito: E 
A política econômica adotada no campo monetário se traduziu na 
continuidade dos preceitos de restrição à oferta de meios de 
pagamento que vigorava na gestão FHC em razão do temor 
inflacionário que ainda assolava a economia doméstica, dado todo o 
histórico e memória inflacionária produzidos nesse país. 
A política monetária contracionista ( queda no estoque de moeda na 
economia e aumento das taxas de juros) fez companhia ao arrocho 
fiscal (política fiscal contracionista) provocando um ambiente de 
austeridade fiscal, sólidos fundamentos macroeconômicos, mas 
alijando do crescimento a maior parcela da população. 
A continuidade de uma política macroeconômica lastreada em juros 
altos e obtenção de superávits primários, com metas superiores às 
observadas na gestão FHC, de forte corte neoliberal, causam certa 
frustação nas expectativas de mudanças que vigoraram quando da 
reeleição de Lula para a presidência. 
 
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05- Sobre os dois governos Lula, podemos assinalar que: 
a) Da ótica do investimento produtivo, privilegiam-se aqueles de 
modernização, dirigidos à remoção de gargalos e do custo Brasil. 
b) Ainda sobre o investimento, após 2003, ocorreu intenso processo 
de redução da capacidade produtiva de firmas exportadoras. 
c) O ciclo de crédito no Brasil reflete presença de uma massa salarial 
gigante e baixas taxas de juros. 
d) O padrão de política stop and go, típico da economia brasileira, nos 
últimos 25 anos, caracteriza-se por períodos de estagflação 
combinados com prosperidade econômica de tigres asiáticos. 
Gabarito: D 
As assertivas A e B estão incorretas porque, da perspectiva do 
investimento produtivo, a pequena aceleração após meados de 2003 
deveu-se, sobretudo, à ampliação da capacidade produtiva nas 
atividades exportadoras, em particular de commodities, primárias e 
industriais. Nas demais atividades, os investimentos podem ser 
considerados como de modernização, dirigidos à remoção de gargalos 
e alguma substituição de máquinas e equipamentos para aumento de 
produtividade, mas sem adições substantivas à capacidade de 
produção. 
A assertiva C está incorreta porque, quanto ao consumo, tem 
ocorrido períodos de ampliação com alta intensidade e baixa duração. 
Isto por conta dos ciclos concentrados nos bens duráveis e movidos a 
crédito. Esse caráter do ciclo de consumo reflete a ausência de um 
processo contínuo de elevação da renda e as taxas de juros muito 
altas. Dessa forma, os ciclos de consumo de duráveis tendem a ter 
pouco dinamismo enquanto aqueles de bens correntes que dependem 
do crescimento da massa salarial tiveram desempenho ainda pior. 
Parte dessa tendência tem sido invertida nos últimos anos em razão 
do crescimento do emprego e do início de ganhos salariais em 2005. 
O ponto focal a ressaltar é que a combinação de baixo crescimento da 
massa salarial, em decorrência da situação do mercado de trabalho e 
taxas de juros muito altas não propiciam ciclos de crédito de maior 
duração. 
A assertiva D está correta porque a discussão das políticas de 
desenvolvimento e de seus impactos na trajetória da economia 
brasileira supõem o esclarecimento inicial de qual tem sido o padrão 
recente de crescimento dessa economia. As evidências indicam que o 
padrão de stop and go, típico dos últimos vinte e cinco anos, 
marcados por uma alta volatilidade das taxas de crescimento, 
continuou a caracterizar a economia brasileira no período recente. As 
políticas de desenvolvimento de inspiração liberal foram incapazes de 
construir um novo modelo de desenvolvimento para o país, ocorrendo 
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o mesmo no governo Lula, durante o qual, as propostas de 
modificação mais substantivas dessas políticas ficaram no plano 
retórico. 
 
 
 
 
 
 
 
06- Sobre as PPP- parcerias público privada, podemos assinalar que: 
III- A PPP deve ser encarada como a solução definitiva para a crise 
de financiamento vivida pelo setor público. 
IV- Do lado das vantagens, podemos afirmar que os principais 
êxitos das PPP nos países desenvolvidos foram a viabilização de um 
volume de investimentos maior do que seria possível com os 
mecanismos tradicionais e a execução mais rápida dos projetos. 
III - Apesar de todas as reformas estruturais e do estabelecimento 
dos marcos regulatórios, de modo geral, os investimentos privados 
não conseguiram compensar a drástica redução dos níveis de 
investimento do setor público, os quais foram gradativamente se 
restringindo a níveis muito abaixo do mínimo necessário ao 
funcionamento regular da economia e do atendimento das demandas 
da sociedade. 
a) II e III estão incorretas. 
b) II e III estão corretas. 
c) I e II estão corretas. 
d) I, II e III estão corretas. 
e) I, II e III estão incorretas. 
Gabarito: B 
A assertiva I está incorreta porque cremos que a PPP não é o 
único método para se obter o financiamento e a realização de um 
projeto. O que ela oferece não pode ser encarado como solução 
definitiva nem apenas como saída para a crise de financiamento 
vivida pelo setor público. Deve ser utilizada somente quando 
apropriado e onde oferecer claramente vantagense benefícios. Além 
disso, é preciso lembrar da diversidade entre as estruturas de PPP 
que deverão ser selecionadas segundo o tipo de projeto, 
necessidades e setor. Não existe um modelo perfeito que possa se 
aplicado a todas as situações. Cada tipo de PPP tem seus pontos 
fortes e fracos inerentes, que precisam ser reconhecidos e integrados 
ao desenho dos projetos. 
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A assertiva II está correta porque, de modo geral, podemos 
afirmar que os principais êxitos alcançados pelas PPP´s nestes países 
são a viabilização de um volume de investimentos superior ao que 
seria possível com os mecanismos tradicionais; a execução mais 
rápida dos projetos; a uma melhor alocação dos recursos; melhor 
qualidade dos serviços e incentivo à melhoria do desempenho. 
A assertiva III está correta porque as reestruturações 
patrimoniais e restrições fiscais impactaram fortemente as formas de 
financiamento dos serviços de infra-estrutura. Por representarem 
projetos de grande porte e longo período de maturação, de um lado, 
e com importância estratégica pelas externalidades e ganhos de 
eficiência associados, de outro, as atividades estatais nesse campo 
vão sofrer profundas mudanças. É neste ambiente de severa 
dificuldade de financiamento estatal que a parceria com o setor 
privado começa a se desenvolver. A Parceria Público-Privada – PPP - 
se apresenta então como uma nova modalidade de delegação de 
atividades, tradicionalmente executadas pelo setor público, que 
passam para a esfera de ação do setor privado. Mais do que uma 
opção político-ideológica, a parceria com o setor privado passará a 
ser identificada por diversos governos como sendo uma grande 
alternativa para viabilizar projetos de infra-estrutura e de provisão de 
serviços públicos requeridos pela sociedade. E embora não se ignore 
os diversos tipos de PPP existentes, de modo geral podemos 
conceituá-la como sendo um novo modelo de delegação, onde o 
particular assume o risco de projetar, financiar, construir e operar um 
determinado empreendimento de interesse público, podendo 
compartilhar este risco com o Estado. Mantendo a propriedade após a 
conclusão do empreendimento, o parceiro privado coloca os seus 
serviços à disposição do Estado ou da comunidade mediante um 
contrato de operação de longo prazo, fazendo jus a uma 
remuneração periódica do Estado, conforme o atendimento de metas 
e requisitos previamente acordados. 
 
 
 
 
 
 
07-(ESAF-AFC-STN-2008) Em relação à política fiscal e aos 
conceitos de necessidade de financiamento do setor público(NFSP), 
déficit e dívida pública, qual das afirmações abaixo é correta, 
supondo que não existem juros nominais recebidos pelo governo. 
a) Se os juros nominais pagos em função da dívida pública são 
superiores ao déficit primário, então o governo possui superávit 
nominal. 
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b) Se o governo apresenta déficit primário, isso implica que a 
poupança do governo seja negativa. 
c) Quando há déficit nominal, os juros nominais pagos são 
necessariamente inferiores a um déficit primário. 
d) A existência de déficit primário significa que os investimentos 
governamentais (se existirem) não são financiados na sua 
integralidade por poupança do governo. 
e) Quando se tem uma variação negativa da dívida pública e não 
existem variações patrimoniais relevantes no período como 
privatizações ou reconhecimento de esqueletos, então o governo 
apresentou déficit nominal no período. 
Comentários: 
A assertiva A está incorreta porque se os juros nominais pagos em 
função da dívida pública são superiores ao déficit primário, então o 
governo possui déficit nominal. O resultado nominal das contas 
públicas é igual ao resultado primário mais as despesas financeiras 
(juros, inflação e câmbio). 
A assertiva B está incorreta e a assertiva D está correta porque 
se o governo apresenta déficit primário, isso implica que o governo 
arrecadou taxas, impostos e contribuições (poupança ou saldo em 
conta corrente do governo) em quantidade insuficiente para bancar 
os gastos com consumo e investimento (as despesas correntes e de 
capital da administração pública). 
A assertiva C está incorreta porque quando há déficit nominal, os 
juros nominais (juros, inflação e variação cambial) pagos são 
superiores ao déficit primário. Déficit nominal = déficit primário + 
juros nominais. 
A assertiva E está incorreta porque quando se tem uma variação 
no endividamento da dívida pública e não existindo variação 
patrimoniais relevantes no período como privatizações ou 
reconhecimento de esqueletos, então o governo pode apresentar 
déficit primário, operacional ou nominal, dependendo das contas 
fiscais desagregadas do orçamento público. Só ocorrerá déficit 
nominal se houver despesas financeiras de qualquer ordem. 
 
 
 
 
 
 
 
08- (ESAF-AFC-STN-2008) Assim entendida como a atuação do 
governo no que diz respeito à arrecadação de impostos e aos gastos 
públicos, a política fiscal possui como objetivos, exceto: 
a) prestação de serviços públicos (atendimento de necessidades da 
comunidade) 
b) redistribuição de renda (bem-estar social) 
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c) estabilização econômica, que corresponde ao controle da demanda 
agregada no curto prazo 
d) promoção do desenvolvimento econômico, que corresponde ao 
estímulo da oferta agregada. 
e) controle da moeda nacional em relação a outras moedas. 
A política fiscal, ou seja, a atuação do Estado está vinculada a três 
funções essenciais, a saber: i) função alocativa ( alocar os recursos 
que são escassos da forma mais eficiente possível de forma a prover 
as necessidades da coletividade que são ilimitadas). A assertiva A 
está correta. ii) função estabilizadora ou função do crescimento 
econômico (estabilizar o nível de preços-inflação e as taxas de 
desemprego, promovendo crescimento e desenvolvimento 
econômico). As assertivas C e D estão corretas. iii) função 
redistributiva (instituir preferencialmente impostos diretos 
progressivos e transferir recursos para as classes mais pobres através 
da política de subsídios e transferências sociais). A assertiva B está 
correta. 
A assertiva E está incorreta porque o controle da moeda nacional 
frente outras moeda é consistente com a política cambial, a cargo do 
BACEN, autoridade monetária suprema. 
 
 
 
 
09- (ESAF-AFC-STN-2008) Do ponto de vista fiscal, o déficit 
público é medido a partir do resultado primário. Isso posto, é correto 
afirmar: 
a) o Resultado Primário corresponde à diferença entre receitas não-
financeiras e despesas não-financeiras. 
b) entende-se por receita não-financeira: a receita orçamentária 
arrecadada mais as operações de crédito, as receitas de privatizações 
e as receitas provenientes de rendimentos de aplicações financeiras. 
c) entende-se por despesa não-financeira: a despesa total, aí 
incluídas aquelas como amortização e encargos da dívida interna e 
externa (amortização mais juros). 
d) do ponto de vista fiscal, ou pelo critério acima da linha ocorre 
déficit público quando o total das receitas não-financeiras é superior 
às despesas não financeiras. 
e) nos casos em que o total das receitas próprias de um ente público 
(sem considerar empréstimos) é inferior às despesas realizadas, 
temos um superávit primário. 
A assertiva A está correta porque o resultado primário das contas 
públicas representa a diferença entre a arrecadação não financeira e 
os gastos financeiros. Dessa forma, qualquer elemento financeiro 
(juros reais, inflação ou correção monetária e variação cambial) não 
afeta o resultado primário. 
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A assertiva B está incorreta porque as receitas provenientes de 
rendimentos de aplicações financeiras (taxa de juros e variação 
cambial, basicamente) são receitas eminentemente financeiras. 
A assertiva C está incorreta porque encargos da dívida interna 
(juros reais) e dívida externa (câmbio) representam despesas de 
caráter financeiro. 
A assertiva D está incorreta o déficit público entra em cena 
quando as receitas não financeiras são inferiores às despesas não 
financeiras. Total das receitas não financeiras superior ao total das 
despesas não financeiras acusa superávit público. 
A assertiva E está incorreta nos casos em que o total das receitas 
próprias de um ente público é inferior às despesas realizadas, temos 
um déficit primário e não superávit primário. 
Gabarito: A 
 
 
 
10- (ESAF;STN-2008) Em relação à apuração das necessidades de 
financiamento do setor público, é correto afirmar que: 
a) elas são integralmente apuradas pelo conceito de competência. 
b) elas são integralmente apuradas pelo conceito de caixa. 
c) elas são apuradas pelo conceito de caixa, exceto pelas despesas de 
juros apuradas pelo conceito de competência. 
d) elas são apuradas pelo critério de competência, exceto pelas 
despesas com inativos apuradas pelo conceito de caixa. 
e) elas são apuradas pelo critério de caixa, exceto pelas despesas 
com pessoal e encargos sociais apuradas com o conceito de 
competência. 
Gabarito: C 
O conceito de caixa significa que são considerados os fluxos de 
recebimentos e pagamentos provenientes do caixa do ente 
governamental, o que pode provocar distorções no cálculo se o setor 
público adiar de forma intencional o pagamento de funcionários ou a 
fornecedores. 
O conceito competência, por sua vez, está associado ao momento ou 
período em que se efetivou o direito adquirido pelo credor, 
independente do momento da ocorrência ou não do pagamento. 
No Brasil, as necessidades de financiamento são apuradas pelo 
conceito de caixa, exceto pelas despesas de juros, apuradas pelo 
conceito de competência contábil. De um lado, isso visa evitar que, 
se o governo emite títulos de prazo mais longo, com pagamentos 
concentrados no tempo, o déficit seja artificialmente baixo durante 
algum tempo e depois estoure no momento do vencimento. Ao 
apropriar os juros pelo conceito de competência, o BC torna a 
despesa de juros mais regular ao longo do tempo. 
 
 
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11-(ESAF/STN-2008) A aplicação das diversas políticas econômicas 
a fim de promover o emprego, o desenvolvimento e a estabilidade, 
diante da incapacidade do mercado em assegurar o atingimento de 
tais objetivos, compreende a seguinte função do Governo: 
a) Função Estabilizadora. 
b) Função Distributiva. 
c) Função Monetária. 
d) Função Desenvolvimentista. 
e) Função Alocativa. 
Gabarito: A 
A assertiva A está correta porque a função estabilizadora procura 
ajustar o nível de inflação, de emprego, estabilizar a moeda, 
mediante instrumentos de política macroeconômica (monetária, fiscal 
e comercial). 
A assertiva B está incorreta porque a função distributiva tem o 
objetivo de tornar a sociedade mais homogênea em termos de fluxos 
de renda e estoque de riqueza, por meio de ferramentas de 
tributação e canais de transferência financeiras, subsídios às famílias 
e subvenções a determinados setores industriais. O governo funciona 
como um grande agente redistribuidor de renda à medida que, por 
meio da tributação, retira recursos dos segmentos mais ricos da 
sociedade e os transfere para os segmentos menos favoráveis. 
A assertiva C está incorreta porque a função de crescimento 
econômico, citada por alguns autores e economistas, como uma 
quarta função do Estado, no nosso entender, cabe perfeitamente 
nesse escopo de estabilização. Corresponde à política acerca da 
formação de capital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
12- (ESAF/STN-2008) Sob determinadas condições, os mercados 
privados não asseguram uma alocação eficiente de recursos. Em 
particular, na presença de externalidades e de bens públicos, os 
preços de mercado não refletem, de forma adequada, o problema da 
escolha em condições de escassez que permeia a questão econômica, 
abrindo espaço para a intervenção do governo na economia, de forma 
a restaurar as condições de eficiência no sentido de Pareto. Nesse 
contexto, é incorreto afirmar: 
a) externalidades ocorrem quando o consumo e/ou a produção de um 
determinado bem afetam os consumidores e/ou produtores, em 
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outros mercados, e esses impactos não são considerados no preço de 
mercado do bem em questão. 
b) consumidores podem causar externalidades sobre produtores e 
vice-versa. 
c) a correção de externalidades, pelo governo, pode ser feita 
mediante tributação corretiva, no caso de externalidades positivas, 
ou aplicação de subsídios, no caso de externalidades negativas. 
d) um exemplo de bem público puro é o sistema de defesa nacional, 
cujo consumo se caracteriza por ser não-excludente e não-rival. 
e) falhas de mercado são fenômenos que impedem que a economia 
alcance o estado de bem-estar social, por meio do livre mercado, sem 
interferência do governo. 
A assertivas A e B estão corretas porque Externalidades vêm a ser 
uma falha de mercado que justifica a intervenção do governo, do 
setor público. Ora, qualquer atividade econômica que provoque 
descompasso entre custos e benefícios públicos e privados ocasiona, 
compulsoriamente, redução de bem-estar social. 
Com a presença de externalidades, o mercado livre pode não produzir 
as quantidades socialmente ideais de bens. As externalidades levam 
ao fracasso do mercado, sob a ótica social, pois o mercado produz 
muito pouco ou demais do bem. 
A assertiva C está incorreta porque a correção de externalidades, 
pelo governo, pode ser feita, mediante tributação corretiva, multas e 
impostos, para desestimular a atividade ou através de 
regulamentação, no caso de externalidades negativas; ou aplicação 
de subsídios ou produção direta, em se tratando de externalidades 
positivas ou boas. 
A assertiva D está correta porque os bens públicos como a defesa 
nacional, o corpo de bombeiros, a assistência judiciária são bens 
públicos puros ou perfeitos, sendo oferecidos pelo Estado somente, 
de consumo coletivo e indivisível. São custeados pelos tributos, são 
não-rivais e não exclusivos. 
A assertiva E está correta porque falhas de mercado são situações 
que impedem que a economia atinja o ótimo de Pareto (o bem-estar 
social). Provocam invariavelmente desajustes, descompassos, 
desníveis na alocação de recursos. São os bens públicos, as 
externalidades, os monopólios e os mercados incompletos 
(desemprego e inflação). 
 
 
 
 
 
 
 
13- (ESAF/STN-2008) No que se refere à tributação, o conceito de 
equidade remete à idéia de justiça social, ou seja, os indivíduos 
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pagarão mais ou menos tributos conforme suas características. Nesse 
contexto, é incorreto afirmar: 
a) o princípio do benefício defende que a carga tributária deve ser 
diretamente proporcional ao benefício que o agente aufere. De 
maneira simples, quanto maior for a utilidade atribuída ao bem 
público, maior será a propensão em pagar os tributos. 
b) verticalmente, os impostos podem ser progressivos quando a 
proporção de tributos sobre a renda aumenta à medida que a renda 
se eleva. 
c) a idéia de tributar, segundo a capacidade de contribuição, refere-
se a tributar cada indivíduo de acordo com sua renda, mantendo o 
princípio da equidade. 
d) verticalmente, os impostos podem ser regressivosquando os 
contribuintes, com a mesma capacidade de pagamento, arcam com o 
mesmo ônus fiscal. 
e) existe equidade horizontal quando os indivíduos que possuem a 
mesma renda pagam a mesma quantidade de tributos. Por sua vez, 
existe equidade vertical quando quem ganha mais paga mais. 
Gabarito: D 
A assertiva A está correta porque o princípio do benefício 
argumenta que a carga tributária deve ser proporcional ao benefício 
obtido pelo contribuinte. Dessa forma, a operacionalização do 
benefício se daria na relação direta entre imposto pago e benefício 
recebido. A Contribuição de Melhoria seria, portanto, talvez o único 
tributo que espelha a princípio do benefício porque o fato gerador da 
contribuição reside exatamente na valorização imobiliária decorrente 
de uma obra pública. 
A assertiva B está correta porque, pelo princípio da equidade 
vertical, os impostos podem ser progressivos quando a proporção dos 
tributos aumenta à medida que a renda cresce. 
A assertiva C está correta porque a capacidade de pagamento ou 
contribuição se refere à tributação de acordo com o estoque de 
riqueza e fluxo de rendas do contribuinte. É a idéia de 
progressividade. 
A assertiva D está incorreta porque, verticalmente, os impostos 
podem ser regressivos quando os contribuintes, com maior 
capacidade de pagamento ou contribuição, arcam com menor ônus 
fiscal. Ou da mesma forma, contribuintes com menor capacidade de 
pagamento, arcam com maior peso fiscal. 
A assertiva E está correta porque existe equidade horizontal 
quando contribuintes com mesma capacidade de pagamento arcam 
com a mesma quantidade de tributos. Por sua vez, existe equidade 
vertical quando contribuintes com capacidade de pagamento 
diferentes arcam com quantidade de tributos diferenciadas. 
 
 
 
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14- (ESAF/STN-2008) A privatização e a abertura econômica 
marcam importantes mudanças implementadas na economia 
brasileira, especialmente nos anos 90. Caracteriza essas reformas 
apenas a afirmativa: 
a) os impactos da abertura comercial e da privatização foram 
pequenos, pois a privatização não propiciou a diminuição da dívida 
pública brasileira e a abertura comercial se restringiu a negociações 
de liberalização comercial com os países do Mercosul. 
b) entre as razões que justificaram as privatizações, está a 
diminuição da capacidade estatal em fazer os investimentos 
necessários à ampliação das empresas estatais e dos serviços por 
elas fornecidos. 
c) a abertura econômica foi caracterizada por ser uma abertura 
parcial, já que se restringiu aos aspectos comerciais, não afetando, 
por exemplo, as transações relativas ao Balanço de capitais. 
d) após a abertura comercial, foram gerados déficits comerciais que 
só foram revertidos depois do Plano Real. 
e) a privatização brasileira foi uma das maiores privatizações do 
período, tendo alcançado todas as empresas produtivas dos setores 
Siderúrgico, de Petróleo e Gás, Petroquímico e financeiro do governo 
federal. 
A assertiva A está incorreta porque os impactos da abertura 
comercial e da privatização foram consideráveis, tomando por base 
todo a década de 90, pois reduziu a dívida pública brasileira, alongou 
o prazo de maturação e tornou a economia brasileira uma economia 
francamente aberta desde os anos Collor, dando seqüência Itamar 
Franco, Fernando Henrique Cardoso e Lula. A pauta de exportações 
brasileira hoje é mais diversificada com maior valor agregado, não se 
restringido apenas a produtos commodities de menor valor agregado. 
A participação do Brasil no comércio internacional ainda é pequena, 
mas já avançou paulatinamente. 
A assertiva B está correta porque a retomada do investimento com 
a privatização permite uma redução da relação dívida pública/PIB, 
mas vai além dos objetivos no campo fiscal, como resultados 
expressivos de política industrial, tais como reestruturação dos 
passivos, liberação dos preços e desregulamentação, o que permite 
incremento da taxa de investimento doméstica. 
A assertiva C está incorreta porque a abertura econômica que teve 
início nos anos Collor foi caracterizada por uma abertura total e 
irrestrita, não se restringido aos aspectos comerciais, mas afetando, 
sobretudo, as contas do balanço de capitais como os investimentos 
diretos, os capitais de curto prazo, os financiamentos. A abertura foi 
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tão rápida e desenfreada que trouxe inúmeros debates e polêmicas 
com o capital externo que provocou a derrocada de muitas empresas 
de setores produtivos relevantes como o têxtil e de brinquedos ao 
mesmo tempo que ocasionou compulsoriamente maior eficiência na 
gestão das empresa nacionais que permaneceram no mercado. 
A assertiva D está incorreta porque após a abertura comercial já 
consolidada com FHC, ou seja, com a introdução da URV e depois o 
Plano Real (julho de 94), sucessivos déficits comerciais surgiram em 
função da âncora cambial (sobrevalorização da moeda nacional), que 
combateu a espiral inflacionária, através da introdução maciça de 
produtos estrangeiros de qualidade similar e com preços bem mais 
baixos. Contudo, os déficits comerciais não foram revertidos após o 
Plano Real, como expõe a assertiva. 
A assertiva E está incorreta porque a privatização brasileira não foi 
uma das maiores do período e não alcançou todas as empresas 
produtivas como é o caso das empresas financeiras do governo 
federal (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil) além de petróleo 
e gás (Petrobrás), para ficar nas mais conhecidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
15- (ESAF/STN-2008) Em relação ao federalismo fiscal brasileiro, é 
correto afirmar que: 
a) o Brasil possui um sistema federativo considerado aberto já que a 
Constituição deixa livre as bases tributárias sobre as quais incidirão 
os impostos dos entes subnacionais do país. 
b) as transferências de recursos entre os entes da federação (União, 
estados e municípios) só podem ocorrer da União para os estados e 
destes para os municípios. 
c) a legislação nacional faculta o direito de estabelecerem operações 
de crédito entre os diferentes entes da federação. 
d) os municípios brasileiros possuem bases tributárias importantes 
mas a administração destes tributos deve ser executada pelos níveis 
estaduais e/ou federal, mesmo que o fruto da arrecadação pertença 
aos municípios. 
e) o federalismo brasileiro é em parte constituído por transferências 
intergovernamentais estabelecidas na Constituição, conferido alguma 
segurança de receita para os entes subnacionais, porém não estão 
impedidas transferências autônomas por parte do Governo Federal. 
Gabarito: E 
A assertiva A está incorreta porque a Constituição não deixa livre 
as bases tributárias sobre as quais incidirão os impostos dos entes 
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subnacionais do país. Importantes tarefas assumidas antes pelo 
poder central foram transferidas para estados e municípios. A 
Constituição elenca a competência dos entes federados (União, 
Estados e municípios) na imposição dos diversos tributos. 
A assertiva B está incorreta porque as transferências de recursos 
entre os entes da federação (União, estados e municípios) podem 
ocorrer da União para os estados e destes para os municípios e 
também dos estados para os municípios como é o caso do ..... 
A assertiva C está incorreta porque a legislação nacional não 
faculta o direito de estabelecerem operações de crédito entre os 
diferentes entes da federação como é o caso do ICMS. 
A assertiva D está incorreta porque os municípios brasileiros 
possuem bases tributárias importantes como o ISS e o IPTU e a 
administração destes tributos deve ser executada pelo próprioente 
municipal e o fruto da arrecadação pertence à própria unidade. 
A assertiva E está correta. 
 
 
 
 
 
 
 
16- (ESAF/STN-2008) Quanto às privatizações conduzidas nas 
gestões Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique 
Cardoso, é correto afirmar que: 
a) houve grande interesse do capital estrangeiro nas privatizações 
dos setores de telecomunicações e bancário: nesses setores foram 
privatizadas empresas como a Embratel e Caixa Econômica Federal. 
b) durante a gestão de Fernando Collor, o Plano Nacional de 
Desestatização foi considerado prioritário e na sua gestão, assim 
como na de Itamar Franco, os principais setores privatizados são o 
siderúrgico, petroquímico e de fertilizantes. 
c) pode-se definir o processo de privatização brasileiro em fases, 
tendo-se iniciado pelas privatizações dos setores de energia e 
telecomunicações, já que são concessões públicas. 
d) entre as justificativas para a privatização, estão alterações 
tecnológicas em alguns setores os quais, a partir dessas 
transformações, passaram a ser considerados monopólios naturais. 
e) evitou-se a privatização dos setores de petróleo e gás e 
petroquímico por se tratar de setores considerados estratégicos. 
Gabarito: B 
A assertiva A está incorreta porque houve interesse do capital 
estrangeiro nas privatizações do setor de telecomunicações e 
bancário, contudo empresas como a Caixa Econômica Federal e o 
Banco do Brasil não foram privatizadas. 
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A assertiva B está correta porque o Programa Nacional de 
Desestatização (PND), instituído no governo Collor e marco efetivo de 
um movimento de privatização de grandes proporções no Brasil, 
postula a redução da dívida e do déficit públicos como um de seus 
objetivos básicos, da mesma forma que a promoção da 
competitividade e, adicionalmente, a democratização do controle do 
capital das empresas brasileiras. 
O pequeno volume de receita de privatização, oriunda de poucas 
empresas no PND, não permitiria o ajuste fiscal das contas públicas. O 
principal efeito fiscal viria do aumento da rentabilidade das empresas 
e da eficiência da economia, bem como da transferência para o setor 
privado da responsabilidade de investir nos setores até então 
ocupados pelas estatais. De fato, é interessante observar que a Lei no 
8 031, que criou o PND, não lista o ajuste fiscal como um dos 
objetivos do programa, que ficaria limitado àquilo que resultasse da 
redução dos encargos sobre a dívida abatida. Trata-se, portanto, de 
um impacto importante da privatização. De fato, permitir a retomada 
de investimentos nas empresas e atividades que vierem a ser 
transferidas à iniciativa privada é fundamental para contribuir para a 
modernização do parque industrial do país, ampliando sua 
competitividade e reforçando a capacidade empresarial nos diversos 
setores da economia. 
A assertiva C está incorreta porque o processo de privatização no 
Brasil pode ser dividido em três fases: a) a que ocorreu ao longo dos 
anos 80; b) a que foi de 1990 a 1995; c) a que se iniciou em 1995. 
A primeira fase correspondeu a um processo de “ reprivatizações” 
cujo principal objetivo foi o saneamento financeiro da carteira do 
BNDES. Apesar de não ter havido a privatização de nenhuma das 
grandes empresas estatais, essa fase foi importante no que diz 
respeito à construção de uma mentalidade pró-privatização por parte 
da opinião pública. 
A segunda fase iniciou-se em 1990 com o lançamento do Plano 
Nacional de Desestatização (PND) e privilegiou a venda de empresas 
tradicionalmente estatais inserido em uma estratégia geral do 
governo, que contemplava a promoção das chamadas “ reformas de 
mercado” (abertura comercial, desregulamentação da economia, 
redução do tamanho do Estado etc). 
Com a aprovação, em fevereiro de 1995, da Lei de Concessões – que 
teve como objetivo estabelecer regras gerais pelos quais o governo 
concede a terceiros o direto de explorar serviços públicos – foram 
lançadas as bases para a terceira fase do processo de privatização. 
Caracterizou-se pela privatização dos serviços públicos – com 
destaque para os setores de energia elétrica e telecomunicações e 
pela magnitude das receitas envolvidas, podendo ser considerada 
como a fase das “megaprivatizações” ou da venda de algumas das “ 
jóias da coroa” do Tesouro Nacional. 
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As assertivas D e E estão incorretas porque os sucessos da 
privatização na siderurgia, gás e petroquímico são provas 
contundentes de como a iniciativa particular administra muito melhor 
do que o governo na produção de bens privados, mesmo quando 
considerados estratégicos. Desde então, essas empresas passaram a 
lucrar mais e aumentar seus investimentos. Estão satisfeitos os 
acionistas, os empregados e os compradores de produtos. Embora os 
livros tragam que a privatização dos serviços públicos ou o PND 
tivessem maior orientação para objetivos no campo fiscal, os 
resultados de cunho de política industrial foram expressivos, tais 
como a reestruturação dos passivos, a liberação dos preços e a 
desregulamentação permitiram um incremento na taxa de 
investimento da economia doméstica. 
 
 
 
 
 
 
17- (NCE/UFRJ-REGULAÇÃO-ANTT-2008) Analise o texto abaixo 
e assinale a alternativa que apresenta a solução corretamente 
justificada para o problema abordado. “A existência de mercados em 
número suficiente diz respeito diretamente ao problema das 
externalidades. De forma geral, há uma externalidade sempre que 
uma atividade de natureza econômica de um agente gerar um custo 
ou um benefício, sem que o agente em questão tenha que arcar com 
este custo ou possa ser remunerado pelo benefício. Assim, 
externalidades surgem em função da ausência de um mercado que 
determine a alocação deste custo ou benefício. Quando isto ocorre, 
custos e benefícios que poderiam ser minimizados ou maximizados 
socialmente deixam de sê-lo, e o mercado falha na sua tarefa de 
gerar um ótimo paretiano”. 
a) Não se recomenda a atividade regulatória do Estado, pois, ao 
estabelecer preços, quantidades, padrões de qualidade ou, metas de 
investimento, causaria uma interferência inútil ou nociva na busca do 
auto-interesse; 
b) Recomenda-se a interferência econômica do Estado através de 
impostos, subsídios, regulação de quantidades, etc., de forma a 
promover um nível superior de bem estar social; 
c) Não se recomenda a atividade regulatória do Estado na busca do 
interesse individual através da atividade econômica, produzindo e 
trocando bens, conduziria necessariamente ao bem comum; 
d) Recomenda-se a interferência econômica do Estado para evitar a 
formação de monopólio; 
e) Não recomenda-se a interferência econômica do Estado pois na 
situação apresentada não existe o risco de formação de monopólio. 
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Gabarito: B 
A assertiva A está incorreta porque o Estado deve ter como função 
primoridal a regulação da atividade econômica de produção de bens e 
serviços. Dessa forma, notamos as inúmeras agências reguladoras 
que foram criadas pelo governo com o objetivo de fiscalizar de forma 
autônoma, independente os preços da economia, a formação das 
diversas estruturas de mercados e evitar ou minimizar os abusos de 
certas empresas. 
A assertiva B está correta porque o Estado pode taxar, impor 
tributos mesmo sobre certas atividades econômicas que estejam 
causando descompassos sociais, isto é, externalidades negativas com 
custos para toda a coletividade. Em mesmo compasso, o Estado deve 
estimular e conceder subsídios às atividades que estejam gerando 
externalidades positivas, isto é, benefícios sociais maiores que os 
benefícios privados. 
A assertiva

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