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4. Hemorragia e Hemostasia

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CTeSP Cuidados Veterinários - Drª 
Paula Caldeira
1
Conceito de Hemorragia:
 Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para:
◦ Exterior (superfície)
◦ Interstícios (espaços tecidulares)
◦ Cavidades
 Hemorragia 
◦ Externa
◦ Interna
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2
Hemorragia e Hemostasia
 Hemorragia Externa:
• Hemoptise
• Epistáxis
• Hematúria
• Otorragia
• Metrorragia
• Hematemese
• Melena
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3
Hemorragia e Hemostasia
 Hemorragia Interna:
• Hemotórax
• Hemorragia intraventricular
• Hemopericárdio
• Hemoperitoneu
• Petéquia
• Sufusão ou equimose
• Hematoma
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4
Hemorragia e Hemostasia
Hemorragia e Hemostasia
petéquias
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5
Principais complicações das hemorragias na cirurgia:
 Atraso na cicatrização
 Falta de oxigenação
 Aumento do risco de infeção (meio ideal para crescimento 
bacteriano)
 Diminuição da visibilidade do campo
 Má coaptação dos bordos da ferida
 Conspurcação das luvas e instrumentos
 Choque hipovolémico, hipoxémia progressiva e morte
Prevenção das hemorragias:
 Fisiologia da coagulação
 Conhecimentos anatómicos
 Métodos cirúrgicos de hemostasia
CTeSP Cuidados Veterinários - Drª Paula Caldeira
6
Hemorragia e Hemostasia
 Hemorragia
1. Com solução de continuidade
◦ Rutura
 Traumática
 Espontânea 
◦ Erosão (ou digestão da parede celular)
Passagem de sangue por uma descontinuidade da parede dos 
vasos
Hemorragia SÉRICA
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7
Hemorragia e Hemostasia
 Hemorragia
2. Sem solução de continuidade
◦ Por aumento da pressão no interior dos vasos (congestão pulmonar)
◦ Distúrbios na hemostasia
Passagem de sangue através da parede dos vasos que podem 
apresentar-se intactos
Hemorragia DIAPEDÉSICA
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8
Hemorragia e Hemostasia
Causas que provocam hemorragias
1. Produção defeituosa de fatores hemostáticos:
a) Deficiências na coagulação
 Hepática (produção de fatores de coagulação)
 Irradiações (alterações na linha eritrocitária)
 Envenenamento químicos/medicamentos
b) Distúrbios sanguíneos
 Hemofilia
 Trombocitopénia
 Anafilaxia
2. Diluição dos fatores hemostáticos
3. Uso de anticoagulantes
4. Coagulação intravascular disseminada (consumo dos fatores de 
coagulação)
5. Traumatismos vasculares
• Feridas penetrantes
• Incisões
• Contusões
• Traumatismos diversos
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9
Hemorragia e Hemostasia
Tipos de Hemorragia
1. Quanto à origem
a) Arteriais
b) Venosas
c) Capilares
2. Quanto ao momento de aparecimento
a) Primárias: segue-se imediatamente à rutura traumática dos vasos
b) Intermédias ou retardadas: surgem nas 24 h posteriores (< 
24hs)
c) Secundárias: resultam de um tratamento ineficaz da hemorragia 
primária
3. Quanto à extensão
a) Petequial
b) Equimótica
c) Sufusão (profunda)
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10
Hemorragia e Hemostasia
Reação do organismo face à hemorragia
1. Reação local no momento de aparecimento
◦ Hemostasia espontânea (coágulo)
2. Reação geral
◦ Opondo-se às consequências da hemorragia há uma “reação 
oscilante pós-agressão”
◦ Reação do organismo em conformidade com a gravidade da 
hemorragia
 Rins
 Pâncreas
 Fígado
 Pulmão
 Coração
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11
Hemorragia e Hemostasia
Hemostasia
 Conjunto de mecanismos que impedem a extravasão de 
sangue e procedimentos que têm por objetivo evitar a 
hemorragia
 Sistema hemostático:
◦ Mantém fluidez do sangue (evitar CID)
◦ Evita perda de sangue (para o exterior dos vasos qd ocorre uma 
agressão)
◦ Fatores pró- e anti-coagulantes
◦ Interação com a parede dos vasos sanguíneos
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12
Hemorragia e Hemostasia
Hemostasia
 Mecanismo de defesa fisiológico e espontâneo para deter a 
hemorragia.
 Depende de fatores:
◦ Vasculares
◦ Extravasculares
◦ Intravasculares
que em conjunto vão formar coágulos no local e evitar a 
hemorragia, fornecer fibrina para reparação tecidular e, 
remover a fibrina quando ou onde já não for necessária.
.
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13
Hemorragia e Hemostasia
Hemostasia
 Cirurgia
◦ São usados vários métodos para aumentar, facilitar ou 
impedir o mecanismo fisiológico da coagulação.
◦ E qual é o objetivo?
….evitar a perda de sangue e suas complicações!
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Hemorragia e Hemostasia
Hemostasia
 Qual a importância da hemostasia na cirurgia?
1. Sangue encharca o campo cirúrgico e reduz a precisão e eficiência
cirúrgica (obscurecimento do campo operatório)
2. Sangue no campo cirúrgico, luvas, instrumentos e panos de
campo…meio ideal para o crescimento bacteriano…
…aumenta o risco de infeções.
3. Hemorragia pós-operatória impede a correta cicatrização e favorece o
risco de infeção.
4. Hemorragia grave:
 Choque
 Hipovolémia
 Hipoxémia
 Morte
5. Má oxigenação dos tecidos
6. Mau aspeto do campo cirúrgico
7. Luvas e instrumentos pegajosos
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15
Hemorragia e Hemostasia
 Empregam-se diversos produtos e métodos cirúrgicos
para aumentar ou facilitar o mecanismo fisiológico da
coagulação (hemostasia espontânea)
 Hemostasia:
◦ Preventiva: praticada antes do seccionamento dos vasos
sanguíneos, de modo a evitar hemorragias
◦ Provisória: utiliza-se por um período de tempo limitado (enquanto
não se faz uma anastomose ou uma ligadura definitiva)
◦ Definitiva: tem como objetivo a interrupção permanente da
circulação sanguínea no vaso
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16
Hemorragia e Hemostasia
Hemostase
 Função exercida por 4 sistemas distintos, mas 
funcionalmente interdependentes:
◦ Vaso – Componente vascular 
◦ Plaquetas – Componente plaquetário
◦ Fatores Sistémicos da Coagulação
◦ Sistema Fibrinolítico
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Hemorragia e Hemostasia
Sistemas:
1. VASO – Componente vascular – vasoconstrição reflexa da 
parede vascular
2. PLAQUETAS – Componente plaquetário – agregação plaquetária
3. FACTORES SISTÉMICOS DA COAGULAÇÃO – componente
plasmático – formação de uma malha de fibrina
4. SISTEMA FIBRINOLÍTICO – dissolução parcial ou completa do 
tampão hemostático com o objetivo de restabelecer a 
funcionalidade vascular
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Hemorragia e Hemostasia
Hemostasia primária
Após lesão vascular: interação vaso-plaquetária até trombo branco
1. Fase Vascular
◦ Reflexo vasoconstritor (contração da parede) Diminui fluxo 
sanguíneo
◦ Libertação de componentes vasoativos das plaquetas: mantém a 
contração vascular
◦ A importância da vasoconstrição é pequena (sendo nula nos vasos de 
médio e grande calibre)
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Hemorragia e Hemostasia
2. Fase plaquetária
 As plaquetas são ativadas pelo colagénio sub-endotelial do vaso 
lesionado
◦ Adesão plaquetária
 Plaquetas aderem ao endotélio vascular
 Este processo é mediado pelo Factor Von Willebrand (que se encontra 
ligado ao colagénio e outros componentes da matriz subendotelial)
 Plaquetas transformam-se, ficam tumefactas, são ativadas e, libertam 
substâncias (fatores quimiotáticos) que estão nos grânulos 
citoplasmáticos e, que atraem mais plaquetas
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Caldeira
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Hemorragia e Hemostasia
2. Fase plaquetária
 Agregação plaquetária
◦ Os mecanismos anteriormente descritos ativam mais plaquetas e 
promovem a agregação ROLHÃO INSTÁVEL 
TROMBO BRANCO
Ou seja, esta adesão depende de:
 Mecanismo físico (contacto entre plaquetas e as fibras de 
colagénio)
 Mecanismo químico (desencadeia a reação de libertaçãoque é 
irreversível – histamina, serotonina, cálcio, nucleótidos)
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Hemorragia e Hemostasia
FORMAÇÃO DO AGREGADO PLAQUETÁRIO
PERDA DA INTEGRIDADE DO ENDOTÉLIO + EXPOSIÇÃO DE COLAGÉNIO
PLAQUETAS
ALTERAÇÃO DAS CARACTERISTICAS
ADESÃO ACTIVAÇÃO
AGREGADO PLAQUETÁRIO REVERSÍVEL ALTERAÇÃO FORMA; 
CONTRAÇÃO; 
LIBERTAÇÃO(ADP, TROMB A2)
AGREGAÇÃO
( RECRUTAMENTO DE OUTRAS 
PQTS E AGREGADO PQT 
IRREVERSÍVEL)
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Hemorragia e Hemostasia
Cálcio
 O rolhão plaquetário tem de ser reforçado por fibrina para que haja 
estabilidade
 O trombo diminui o fluxo sanguíneo
 A estase sanguínea Favorece a formação de Fibrina 
TROMBO 
VERMELHO
ENTÃO:
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Hemorragia e Hemostasia
Hemostasia secundária
 coagulação propriamente dita (ampliação das reações 
enzimáticas conduzindo à formação de fibrina, através da 
tradicionalmente chamada “cascata da coagulação”)
 FASE PLASMÁTICA
◦ Cascata de coagulação (via intrínseca e extrínseca)
◦ Formação de trombina
◦ PRO-TROMBINA TROMBINA
fatores coagulação
◦ Formação de fibrina
◦ FIBROGÉNIO FIBRINA
trombina
◦ Polimerização da fibrina trombo vermelho
◦ Estabilização fibrina
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Hemorragia e Hemostasia
Fatores de coagulação são ativados por:
 Colagénio exposto no local da agressão vascular
 Tromboplastina tissular libertada pelas células agredidas
 Fator plaquetário 3 libertado pelas plaquetas
Resultado final da cascata da coagulação é a formação de fibrina 
polimerizada que se entrecruza entre as plaquetas e estabiliza o 
coágulo plaquetário.
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Hemorragia e Hemostasia
Hemorragia e Hemostasia CTeSP Cuidados Veterinários - Drª Paula Caldeira
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Hemorragia e Hemostasia CTeSP Cuidados Veterinários - Drª Paula Caldeira
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2. Hemostasia secundária
 Via extrínseca
◦ 1ª a ser ativada
◦ Inicia-se com a exposição do fator tissular (Fator III) do endotélio que 
entra em circulação e ligação do fator VII a este
◦ Libertação de tromboplastina
 Via intrínseca
◦ inicia-se por ativação do fator XII pelas estruturas subendoteliais após 
contacto com colagénio e fator plaquetário 3
Produto final: complexo ativador da protrombina
As 2as vias terminam na ativação da via final comum
 Via final comum
◦ Nesta fase o fibrinogénio é transformado em fibrina que irá estabilizar o 
TROMBO BRANCO e torná-lo um TROMBO VERMELHO
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Hemorragia e Hemostasia
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Hemorragia e Hemostasia
Paralelamente, há um sistema de inibidores que
destroem cada um dos fatores ativados pouco depois do
seu aparecimento. Sem estes inibidores, qualquer lesão
mínima num vaso daria lugar a trombose e CID.
Fibrinólise
 Conjunto de reações que conduzem à solubilização
enzimática da rede de fibrina, ou seja, removem o
coágulo logo que esteja garantida a integridade do vaso
sanguíneo
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Hemorragia e Hemostasia
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Hemorragia e Hemostasia
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Hemorragia e Hemostasia
Biossíntese dos fatores de coagulação e o papel da 
vitamina K
 Fatores de coagulação produzidos no fígado: I, II, V, VII, IX, 
X, XI, XIII
 Vit. K é essencial para a ativação dos fatores II, VII, IX e 
X
 Inibidores de coagulação
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Hemorragia e Hemostasia
Conclusão
 Hemostase pode ser comparada a uma balança
 Necessário um equilíbrio correto entre os fatores de 
coagulação (ativadores) e os fatores anti-coagulantes 
(inibidores) para manter a fluidez sanguínea
 Qualquer desequilíbrio pode resultar em:
◦ Trombose ou
◦ hemorragia
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Hemorragia e Hemostasia
Métodos, meios e técnicas de hemostasia
1. Compressão ou pressão
a) Compressão
◦ Compressão digital
 Apoiando o dedo diretamente sobre o vaso sangrante até 
hemóstase definitiva Ato reflexo do ajudante
◦ Compressas de pressão: exercer pressão com uma compressa 
sobre as superfícies capilares que sangram, não esfregar
Porquê? 
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Hemorragia e Hemostasia
Hemorragia e Hemostasia
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Compressão dos tecidos para deter hemorragia capilar
b) Pinçamento (Pinças hemostáticas - Kelly, Halstead, Oschner)
◦ Pinçar o vaso sangrante para o comprimir
◦ Ao apertar o vaso lesão no tecido vascular: esta lesão 
também vai ativar o mecanismo da coagulação
◦ Só se deve pinçar um vaso após localização exata do ponto que 
sangra 
◦ Pinçar somente a quantidade necessária e suficiente de tecido 
◦ Na hora de utilizar pinças hemostáticas ter sempre em atenção:
 Selecionar a pinça de < diâmetro possível
 Pinças curvas dão + visibilidade que as retas
 O pinçamento de deve ser sempre perpendicular à superfície sangrante
◦ A hemóstase definitiva por uso de pinças hemostáticas
 só em vasos de pequeno calibre e com certo tempo de pinçamento
 Em vasos maiores tem de se fazer ligadura ou cauterização do vaso
◦ Utilizar só as pontas das mandíbulas
◦ Para a ligadura é melhor usar as mandíbulas e não as pontas
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Hemorragia e Hemostasia
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Hemorragia e Hemostasia
Hemorragia e Hemostasia
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Maneira correta 
de colocar a pinça 
hemostática num 
vaso seccionado, 
uma vez 
localizado o ponto 
exato da 
hemorragia
Métodos, meios e técnicas de hemostasia
c) Garrote ou torniquete
◦ Fita
◦ Banda elástica
Objetivo?
◦ Interromper a circulação sanguínea na região na qual se 
vai realizar a intervenção cirúrgica
 Membros, apêndices
 Devem-se aliviar de 30 em 30 minutos (porquê?)
 Evitar usar material com pouca largura
 Antes de iniciar a sutura deve-se aliviar o torniquete (para ver 
se há alguma hemorragia)
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Hemorragia e Hemostasia
d) Ligaduras, grampos ou agrafos vasculares
◦ Método mais seguro
◦ Vasos de calibre médio a grande (> 1,5 a 2 mm de diâmetro)
◦ Encerramento definitivo de um vaso por meio de um fio de sutura 
(absorvível ou não) que é aplicado ao redor do vaso
◦ Espessura do fio adequada ao calibre do vaso
◦ Vaso deve estar isolado e identificado
◦ A pressão deve ser a suficiente para controlar a hemorragia
Agrafos vs ligaduras?
◦ Podem ser utilizadas em locais mais inacessíveis
◦ Soltam-se mais facilmente que as ligaduras (ligaduras muito mais 
seguras)
◦ Demoram menos tempo a serem aplicados
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Hemorragia e Hemostasia
Hemorragia e Hemostasia CTeSP Cuidados Veterinários - Drª Paula Caldeira
52Técnica para ligar um vaso
Métodos, meiose técnicas
de hemostasia
 Ligaduras
◦ Ligaduras simples ou duplas: vasos 
isolados e pedículos vasculares
◦ Ligaduras por transfixação simples: + 
segura
◦ Ligaduras por transfixação 
modificada
◦ Ligadura de tecido: quando não se 
conseguem isolar os vasos
◦ Ligaduras em pedículos vasculares
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Hemorragia e Hemostasia
Hemorragia e Hemostasia CTeSP Cuidados Veterinários - Drª Paula Caldeira
54
Ligadura de transfixação 
num vaso 
Métodos, meios e
técnicas de hemostasia
 Ligaduras
◦ Ligadura de tecido: quando não 
se conseguem isolar os vasos
◦ Ligadura em pedículos 
vasculares Atenção 
ao tamanho do pedículo! A 
ligadura tem que ser dividida
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Hemorragia e Hemostasia
Métodos, meios e técnicas de hemostasia
e) sutura da ferida
◦ Exerce uma função hemostática pela compressão exercida sobre os 
tecidos ao nível dos capilares
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Hemorragia e Hemostasia
Métodos, meios e técnicas de hemostasia
2. Electrocoagulação – Bisturi elétrico
◦ Hemóstase definitiva
◦ Bisturi elétrico (calor é gerado no tecido à medida que uma 
corrente elétrica de elevada frequência passa por este)
 Coagulação monopolar: corrente passa através do paciente 
desde o cabo até uma placa na base do paciente
 Coagulação bipolar: são dois pólos (~= pinças de dissecção) 
entre os quais se coloca o tecido a
cauterizar
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Hemorragia e Hemostasia
Métodos, meios e técnicas de hemostasia
3. Cauterização
◦ Utilizado em regiões onde não é possível o pinçamento ou ligadura
◦ Hemóstase definitiva
◦ Segurança hemostática dos vasos cauterizados é menor que nos vasos 
ligados
◦ Termo-coagulação: por aplicação direta de calor nos tecidos e, sem haver 
passagem de corrente elétrica através do corpo, o efeito destrutivo 
resulta de uma coagulação térmica:
 Electrocauterização
 Termocauterização
◦ Crio-cautério: aplicação direta ou indireta de produtos refrigerantes (óxido de 
azoto, azoto líquido) para congelar os tecidos, provocando coagulação de 
proteínas e destruição celular
◦ Laser coagulação
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Hemorragia e Hemostasia
Hemorragia e Hemostasia
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Cautérios cirúrgicos
Hemorragia e Hemostasia
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60Electro-cautério
Métodos, meios e técnicas de hemostasia
3. Cauterização
 Vantagens da cauterização:
◦ Boa coagulação
◦ Simples de utilizar e económica
 Inconvenientes da cauterização:
◦ Extensa destruição dos tecidos
◦ Atrasos na cicatrização
 Utilização:
◦ Pequenas intervenções cirúrgicas (amputação de cauda, 
descorna, remoção de unhas
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Hemorragia e Hemostasia
Métodos, meios e técnicas de hemostasia
4. Causticação
◦ Ação adstringente de alguns químicos
◦ Alguns produtos cáusticos produzem a coagulação das proteínas 
tecidulares e, consequentemente, a hemóstase 
◦ Devem ser usadas só em áreas superficiais e com muito cuidado
◦ Inconveniente: destruição tecidular excessiva (atraso na 
cicatrização)
◦ Produtos Sólidos: AgNO3, alúmen, tanino
◦ Produtos Líquidos: AgNO3, percloreto de Ferro, ácido acético 
glacial
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Hemorragia e Hemostasia
Métodos, meios e técnicas de hemostasia
5. Fulguração
◦ Provoca-se uma desidratação e uma destruição superficial dos 
tecidos por meio de uma corrente elétrica de alta frequência 
◦ Destruição dos tecidos é profunda, sendo a energia elétrica 
transmitida por uma faísca ou arco elétrico a uma distância > 1 
mm
◦ Forma-se um “cicatriz” no tecido que se encontra entre os ramos 
da pinça
◦ Indicado em alguns procedimentos (ex. fístulas perianais)
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Hemorragia e Hemostasia
Métodos, meios e técnicas de hemostasia 
6. Agentes Hemostáticos
◦ São auxiliares da hemostasia definitiva, não devem utilizar-se 
para substitui-la
◦ Anomalias de coagulação devem ser corrigidas antes da 
intervenção cirúrgica, após detecção prévia, devendo evitar-se 
correções durante a intervenção
◦ Intervenções que se sabe serem muito hemorrágicas, deverá 
recorrer-se a produtos que reforçam os mecanismos fisiológicos 
da coagulação ou que provoquem a contração dos vasos ou da 
musculatura
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Hemorragia e Hemostasia
Métodos, meios e técnicas de hemostasia 
6. Agentes Hemostáticos
◦ Via parentérica / sistémica
 Estimulantes da coagulação
 Vitamina K – necessária para a síntese hepática de alguns fatores 
de coagulação – II, VII, IX e X
 CaCl2
 Transfusões de plasma, sangue
 Globulina anti-hemofílica (factor XIII)
 Fibrinogénio
 Vasoconstritores
 Occitocina; Ergometrina; Pituitrina; Carbamazocromo
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Hemorragia e Hemostasia
Métodos, meios e técnicas de hemostasia 
6. Agentes Hemostáticos
◦ Aplicação tópica
Em hemorragias que não sejam controláveis por compressão
como por ex. hemorragias de baixa pressão (em toalha) ou em
órgãos parenquimatosos (baço e fígado)
 Adrenalina
 Vasocontritor local
 diluição 1/1000 por infiltração direta na zona que sangra, 
 Compressas de colagénio
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Hemorragia e Hemostasia
Métodos, meios e técnicas de hemostasia 
6. Agentes Hemostáticos
◦ Aplicação tópica
 Compressas de gelatina absorvível 
 proporciona uma rede similar à fibrina permitindo a 
proliferação de tecido de granulação, mas sem propriedades 
antibacterianas, 
 corta-se no tamanho desejado e aplica-se seca ou saturada 
com solução de Ringer, mantendo-a na superfície 
hemorrágica por 10 a 15 seg, até se fixar, 
 pode-se utilizar embebida em solução de trombina, 
 degradada por fagocitose ao fim de 3 a 5 sem após a sua 
implantação)
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Hemorragia e Hemostasia
Métodos, meios e técnicas de hemostasia 
6. Agentes Hemostáticos
◦ Aplicação tópica (cont.)
 Compressas de celulose regenerada oxidada
 tecido trançado tipo gaze, pode-se cortar e suturar sem desfiar dos 
bordos, 
 promove o aparecimento do coágulo sem estimulação do mecanismo 
normal da coagulação 
 não deve ser deixada de modo permanente no local de aplicação por 
interferir com a regeneração tecidular e a epitelização, 
 não pode ser usada em associação com a trombina (interfere 
com a atividade desta)
 Não deve ser autoclavada (alteração física do material)
 Possui pH baixo, tendo por isso algum efeito antibacteriano 
(recomendado em feridas infetadas)
 Degradado e fagocitado ao fim de 1 a 5 semanas
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Hemorragia e Hemostasia
Técnicas auxiliares de hemostasia
 Absorção com compressas
◦ Absorvem sangue
◦ Promovem a hemostasia com pressão na zona hemorrágica
◦ Aplicar exercendo pressão prolongada
◦ Não friccionar (Porquê?)
◦ Retirar cuidadosamente
 Aspiração
◦ Tubo de vácuo
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Hemorragia e Hemostasia
Técnicas auxiliares de hemostasia
 Lavagem
◦ Eliminar coágulos e detritos orgânicos que dificultam a 
visibilidade
◦ Irrigar com solução isotónica de NaCl estéril e temperado
◦ Deve-se utilizar com a aspiração
◦ Humedece os tecidos compensando a desidratação por 
exposição ao ar e ao calor
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Hemorragia e Hemostasia
Testes hemostáticos:
Indicados:
◦ Quando hemorragia excessiva
◦ Antes de uma cirurgia quando se suspeita de tendência 
hemorrágica
◦ Monitorização de intervenções terapêuticas
◦ Despiste genético em certas raças ou famílias com doença 
hemorrágica conhecida
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Hemorragia e Hemostasia
Testes hemostáticos: Esfregaço sanguíneo:
◦ Contagem de plaquetas (avalia hemóstase primária)
◦ Morfologia
◦ Tamanho (microtrombócitos e megatrombócitos)
 Tempo de hemorragia:
◦ Avalia hemóstase primária (tempo de formação de um agregado 
plaquetário)
◦ Instrumento standardizado
 Retração do coágulo:
◦ Teste grosseiro para a função plaquetária
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Hemorragia e Hemostasia
Testes hemostáticos:
 Tempo de coagulação ativada (ACT):
◦ Avalia sistema intrínseco e via comum (não é específico pq 
resultados também dependem do nº de plaquetas)
 Tempo de tromboplastina parcial ativada (APTT):
◦ Avalia sistema intrínseco e via comum
◦ Mais sensível que o anterior
 Tempo de protrombina (OSPT):
◦ Avalia sistema extrínseco e via comum
 Tempo de trombina (TT):
◦ Avalia apenas via comum (fibrinogénio fibrina)
 Produtos de degradação da fibrina (PDF`s):
◦ Avaliação do sistema fibrinolítico (úteis em situações de CID)
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Hemorragia e Hemostasia
Hemorragia e Hemostasia
Teste Anomalia mais provável
Contagem de plaquetas Trombocitopénia
Tempo de hemorragia Trombocitopénia, trombocitopatia, 
defeciências no factor de Von 
Willbrand
ACT Defeito no sistema intrínseco ou 
comum
PDF`s CID, intoxicação por raticidas, 
aumento da fibrinólise
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Alterações da hemostase
 Hemostase primária:
◦ Trombocitopénia
◦ Trombocitopatia
◦ Doença de von Willebrand
 Hemostase secundária:
◦ Deficiências de fatores coagulação
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Hemorragia e Hemostasia
Hemorragia e Hemostasia
Defeito hemostático 
primário
Defeito hemostático 
secundário
Petéquias e equimoses comuns Petéquias e equimoses raras
Hematomas raros Hematomas frequentes
Hemorragias nas membranas 
mucosas
Hemorragias musculares, 
articulações e cavidades corporais
Hemorragia após venopunctura Hemorragia tardia após 
venipuntura
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Bibliografia
 Fossum, T.W. (1997); “Small Animal Surgery”; Mosby
 Alexander H., A., (1989); “Técnica Quirurgica en animales y Temas 
de Terapeutica Quirurgica”; 6ª edición; McGraw-Hill
 Gardel, L. (1999) “Sebenta de Semiologia Cirúrgica do 3º Curso de 
Medicina Veterinária do ICBAS”
 Couto, C. G. (1998) “Disorders of hemostasis” In Nelson, R. e 
Couto, C.G.: Small Animal Internal Medicine; Mosby, S. Louis
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Hemorragia e Hemostasia

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