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ATOS CIRÚRGICOS

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Maria Lídia Resende - Medicina Veterinária
ATO CIRÚRGICO
♦ A base de toda cirurgia condensa-se em três
itens distintos: diérese, hemostasia e síntese
↳ tempos fundamentais da técnica cirúrgica
DIÉRESE
♦ Conjunto de manobras manuais ou
instrumentais que visam dividir os tecidos
↳ finalidade terapêutica, diagnóstica ou para
facilitar o acesso ao campo operatório.
♦ Classificação
⚯ diérese cruenta: a divisão dos tecidos ocorre
com perda de sangue
⚯ diérese incruenta: toda manobra de diérese
que ocorre com mínima, ou nenhuma, perda de
sangue
↳ menos comum.
DIERESE CRUENTA
Incisão
♦ Diérese propriamente dita.
♦ Procedimento de diérese mais frequentemente
utilizado. O tecido é incisado/seccionado com
um instrumento cortante.
♦ Recomendações durante a incisão:
⚯ a lâmina de bisturi deve ficar deitada sobre
o tecido, para evitar incisão em bisel
⚯ incisar apenas o tecido necessário, para
reduzir trauma tecidual
⚯ realizar a incisão de uma só vez (evitar
bordas irregulares na ferida cirúrgica)
⚯ em planos profundos, é melhor fazer incisão
com tesoura, para evitar incisar outros órgãos
⚯ a incisão deve ser praticada na mesma
direção das fibras dos tecidos
⚯ a execução é facilitada quando o tecido é
colocado sob tensão com o apoio dos dedos ou
da mão do cirurgião
Punção
♦ Expressão mínima da diérese
↳ solução de continuidade produzida é
puntiforme
♦ Realizada com trocarte, agulha, cateter ou
lâmina de bisturi pontiaguda
♦ Para remover líquidos, gases ou outro material
acumulado em órgãos ocos ou cavidades e
aliviar a pressão dentro de uma região
Punção-Incisão
♦ Realiza-se uma punção com um instrumento
cortante e agudo e em seguida, esse mesmo
instrumento promove a incisão, ampliando a
abertura inicial
♦ Indicações: drenagem de abscessos e de
otohematoma
Dilatação
♦ Corresponde ao afastamento de tecidos
previamente incisados, permitindo melhor
visibilidade e manobras em planos profundos.
♦ Utiliza afastadores, principalmente manuais
(Farabeuf) e autoestáticos (Gosset)
Curetagem
♦ Empregada principalmente para eliminar
tecidos neoformados ou indesejáveis.
Maria Lídia Resende - Medicina Veterinária
♦ Outras utilizações: coleta de enxertos ósseos
esponjosos, remoção de restos placentários
aderidos ao endométrio, remoção de fibrina em
casos de otohematomas graves, reativação
cicatricial de úlceras cutâneas, superfícies
articulares (osteocondrose), ativar cicatrização
de parede abdominal após deiscência de
pontos.
♦ Realizada com o emprego de instrumentos
especiais: curetas
Desbridamento
♦ Bridas: faixas de tecidos fibrosos,
neoformados (tecidos indesejáveis) ou
resultantes de uma cicatrização inadequada.
⚯ tecidos necrosados, tecidos que circundam
tumores, principalmente os malignos.
♦ Desbridamento: ato de remover, eliminar
bridas, oferecendo/devolvendo melhor função
às estruturas.
Escarificação
♦ Caracterizado pelo raspado superficial, de
pouca profundidade (diferentemente da
curetagem, que é mais profunda).
♦ Pode ser utilizada em úlceras superficiais,
coleta de material para exame de laboratório
(raspados de pele)
Exérese ou Ressecção
♦ Ato cirúrgico no qual se elimina uma estrutura
anatômica, ou parte dela, indesejável para o
organismo, seja por sua natureza ou condição
na qual se encontra.
♦ Exérese: remoção total ou parcial de um
órgão ou estrutura
♦ Ressecção: remoção parcial
♦ Exemplos: tumores, sacos herniários, cadeia
mamária, amputação de membros, remoção de
órgãos inteiros ou suas porções.
Imobilização
♦ Promover cirurgicamente uma imobilização,
geralmente permanente e irreversível,
diferentemente da imobilização pela simples
aplicação de bandagens ou talas.
Plastia
♦ Designava-se as cirurgias corretivas ou as de
estética.
♦ Exemplos: entrópio e ectrópio, caudectomia e
conchectomia devido a traumatismos profundos
ou mutilantes, ou neoplasias.
DIERESE INCRUENTA
Arrancamento
♦ O tecido é removido por meio de uma tração
vigorosa e brusca.
↳ quando realizado em vasos sanguíneos
calibrosos, pode reverter o processo para
diérese cruenta.
♦ Não é de uso comum, mas pode ser
empregado para remover nervos em cirurgias
de amputações de membros.
Deslocamento - Divulsão
♦ Procedimento no qual as fibras tissulares que
se encontram unidas por um tecido conjuntivo
são separadas, sem que sejam incisadas, o que
reduz a possibilidade de sangramentos e morte
celular.
♦ Manobra de diérese incruenta de maior
importância.
♦ Caracteriza-se pela abertura de uma via de
acesso sem secção dos tecidos.
♦ Os tecidos são separados com o auxílio de
instrumentos rombos ou com os próprios dedos
do cirurgião.
⚯ tecidos nobres são respeitados, hemorragia
mínima.
Esmagamento linear
♦ Os vasos responsáveis pela irrigação de um
determinado tecido são esmagados pela
aplicação de algum instrumental.
♦ Impede a passagem de sangue para o local e
leva à morte celular (necrose).
↳ aplicada nas castrações de
ruminantes
Maria Lídia Resende - Medicina Veterinária
Secção com Bisturi Elétrico
♦ Promove a diérese dos tecidos pela
passagem de correntes elétricas de alta
frequência e secciona os tecidos por
coagulação.
♦ Vantagens:
⚯ produzir mínima hemorragia (incisa e
cauteriza ao mesmo tempo)
necessita de uma menor quantidade de
ligaduras (reduz a quantidade de fios de
sutura)
⚯ menor tempo cirúrgico
♦ Desvantagens:
⚯ gera calor e inflamação, com retardo da
cicatrização
⚯ a cicatrização só tem início após a absorção
dos coágulos pelo organismo do paciente
⚯ tentar evitar o seu uso nas incisões de pele,
pois o aumento da temperatura local causa
necrose e dificulta a cicatrização
⚯ maior dor pós-operatória
⚯ maior suscetibilidade à infecção da ferida
Incisão com Raio Laser
♦ Amplamente empregado nas cirurgias
oftálmicas.
♦ Na medicina veterinária seu uso ainda é
limitado, principalmente devido ao alto custo.
Criocirurgia
♦ Aplicação de baixas temperaturas (– 40ºC) nos
tecidos, levando a sua necrose, pelo
congelamento da água presente nas células.
♦ Principais substâncias utilizadas: nitrogênio
líquido, óxido nitroso, dióxido de carbono
♦ Principais indicações:
⚯ afecções neoplásicas e inflamatórias que
não tiveram boa resposta ou são difíceis de
tratar por métodos cirúrgicos convencionais.
⚯ lesões que se encontram em áreas cutâneas
muito irrigadas
⚯ lesões em pacientes que não podem ser
submetidos à anestesia geral.
DIERESES OSSEAS
♦ Existem alguns casos em que é necessário
dividir um osso para modificar a direção de seu
eixo longitudinal.
♦ Para esse procedimento, são necessários
instrumentos ortopédicos específicos.
.
♦ Indicações:
⚯ correção de consolidação óssea defeituosa,
⚯ amputações de membros
⚯ correção de malformações
⚯ correção de crescimentos angulares dos
membros
⚯ ressecção de estruturas osteoarticulares
visando ao alívio da dor
⚯ na coleta de material ósseo para enxertia.
REQUISITOS BASICOS
♦ Incisão em um único movimento.
♦ A extensão da diérese deve ser suficiente para
permitir um fácil acesso e boa visualização do
campo cirúrgico.
♦ Não devem ser realizadas incisões
demasiadamente extensas sem necessidade
♦ Produzir bordas nítidas e sem irregularidades
♦ Determinar um plano de ação, quando
possível.
♦ Evitar a morte tecidual desnecessária e o
maior traumatismo cirúrgico
♦ Deve respeitar a anatomia da região e ser
realizada plano a plano
♦ Seccionar sem mudar a direção planejada
♦ Evitar a formação de espaço morto em planos
mais profundos.
♦ Evitar o comprometimento de grandes vasos e
nervos importantes
♦ Hidratar frequentemente os tecidos expostos
♦ Manipular delicadamente todos os tecidos
♦ Sempre que possível acompanhar as linhas de
tensão da pele.
Maria Lídia Resende - Medicina Veterinária
HEMOSTASIA
♦ Conjunto de processos responsáveis pela
contenção do sangue no interior do espaço
vascular, bem como a manutenção da sua
fluidez sob condições normais.
PROBLEMAS DA HEMOSTASIA
Locais
♦ Impedir a adequada visualização dos tecidos e
das estruturas anatômicas.
♦ O sangue na ferida cirúrgica pode ser um
excelente meio de cultura e um obstáculo à
cicatrização da ferida cirúrgica↳ o processo cicatricial só tem início após a
absorção dos coágulos da ferida.
Gerais (no paciente)
♦ Perdas de hemácias e proteínas sanguíneas
levam aos quadros de anemia, hipoproteinemia,
retardo na cicatrização e baixa das defesas no
sistema imunológico
♦ Perda de ferro junto com a hemoglobina:
promove deficiências nutricionais no indivíduo
♦ Promove má irrigação de todos os tecidos:
leva à subsequentes lesões ou disfunções
♦ Determina deficiências de rendimento dos
animais de produção
⚯ compromete ganho de peso, capacidade
reprodutiva, rendimento físico em provas de
corrida
♦ Se as perdas forem significativas e
generalizadas, haverá queda na pressão
arterial:
⚯ hipovolemia e choque hipovolêmico, mau
funcionamento cardíaco, má irrigação dos
tecidos, óbito.
FATORES QUE DIFICULTAM A
HEMOSTASIA
♦ Elevação da pressão sanguínea: acelera o
fluxo de sangue circulante, aumentando as
perdas em situações de lesão vascular
♦ Esfregar a área a ser operada antes da
cirurgia
↳ ação mecânica irritativa sobre uma região
a ser operada trará vasodilatação
♦ Inflamação local: o processo inflamatório
leva a vasodilatação e neovascularização locais
♦ Despertar agitado da anestesia: o paciente
pode se traumatizar, ocasionando o retorno das
hemorragias já controladas,
♦ Movimentação da área hemorrágica
durante e após a cirurgia: os coágulos podem
se desprender dos vasos e nova hemorragia
pode surgir
♦ Alteração na elasticidade e contratilidade das
paredes arteriais
♦ Lesão vascular direta e extensa: dependendo
do diâmetro vascular provoca hemorragias
difíceis de coibir
♦ Trombocitopenias e coagulopatias
CLASSIFICACAO
Quanto à localização
♦ Internas: petéquias, equimoses
⚯ quando o sangue tende a se acumular nos
interstícios dos tecidos (hematoma)
⚯ quando o sangue tende a se acumular em
cavidades neoformadas (oto-hematoma)
♦ Externas: o sangue flui diretamente para o
exterior de capilares, vênulas, arteríolas, veias e
artérias
Maria Lídia Resende - Medicina Veterinária
Quanto ao tipo do vaso sangrante
♦ Capilar: tem sua origem em múltiplos pontos
microscópicos
⚯ emissão sanguínea lenta e superficial,
hemorragia pouco profusa, difusa, de cor
vermelho vivo
♦ Venosa: o jorro não oscila e a ferida se inunda
de sangue escuro
⚯ jorro lento, baixo e contínuo,
♦ Arterial: caracteriza-se pelo jorro pulsante de
sangue “vermelho vivo”
⚯ o fluxo tem um jorro rápido, forte e
sincronizado com o pulso arterial,
♦ Mista: provém de artéria e veia e
caracteriza-se por formar um lago sanguíneo
escuro, em meio ao qual se notam pequenas
correntes de sangue arterial “vermelho vivo”.
CONTROLE DAS HEMORRAGIAS
♦ Para facilitar, segue-se as manobras a seguir.
♦ Hemostasia plano por plano
⚯ promover a hemostasia a cada camada de
tecido seccionado.
♦ Hemorragias capilares
⚯ devem ser controladas por métodos manuais
(compressão) ou por equipamentos de geração
de calor
♦ Vasos maiores
⚯ ligaduras transitórias ou definitivas
♦ Mínimo de tecido
⚯ sempre que possível, o vaso deve ser
individualizado dos tecidos circunvizinhos
↳ minimizar necrose tecidual e dificuldade
no processo cicatricial
♦ Evitar fístulas arteriovenosas
⚯ podem ser formadas quando o cirurgião
ligar conjuntamente uma artéria e uma veia
calibrosas
♦ Neoplasias e infecções
⚯ ligar primeiro as veias de drenagem, visando
evitar embolização de células neoplásicas ou
micro-organismos patogênicos em cirurgias de
ressecção de tumores ou áreas infeccionadas.
METODOS DE HEMOSTASIA
♦ Hemostasia Temporária: reduz ou suprime o
fluxo sanguíneo transitoriamente em um ato
cirúrgico
⚯ hemostasia temporária preventiva: tende a
evitar a perda de sangue que conhecidamente
irá ocorrer
⚯ hemostasia temporária curativa: interrompe
o fluxo sanguíneo nas hemorragias já em curso
♦ Hemostasia Definitiva: obstrui de forma
permanente o lúmen dos vasos nos quais é
empregada.
METODOS TEMPORARIOS
Compressão Circular
♦ Garrote ou torniquete: normalmente usada
na hemostasia preventiva de membros
↳ pode ser empregada em qualquer parte da
superfície corporal
⚯ ligadura feita com material elástico
↳ acima do local que sofrerá a intervenção::
evitar hemorragias arteriais
↳abaixo do local: prevenir hemorragias venosas
⚯ período máximo de 30 minutos
♦ Faixa de Esmarch: faixa elástica aplicada
desde a extremidade do membro em direção
proximal
↳ causa isquemia pela compressão circular
progressiva
⚯ terminada sua aplicação, em sua
extremidade proximal é aplicado um garrote
com pressão suficiente para impedir a
circulação e então, a faixa é retirada
Maria Lídia Resende - Medicina Veterinária
⚯ período máximo de 30 minutos
⚯ contraindicada em neoplasias ou infecções
Posições Hemostáticas
♦ Promovem a elevação da área a ser operada,
acima do nível do coração, diminuindo a
pressão e o volume vasculares
⚯ essa posição pode ser facilmente obtida
quando da existência de uma mesa cirúrgica
com controle de inclinações.
Compressão Digital
♦ Direta: aplica-se a pressão digital sobre o
vaso responsável pelo sangramento, até que se
faça uma hemostasia definitiva
⚯ pressão uniforme e constante, pode utilizar
gaze para fazer compressão sobre uma
superfície capilar sangrante:
⚯ 2 a 5 minutos são suficientes para conter a
hemorragia
♦ Indireta: aplicação de bandagens
⚯ controla o ambiente da ferida, reduz o
edema e a hemorragia, elimina espaço morto,
imobiliza o tecido lesionado e minimiza a
formação de cicatriz e a perda de trombos
recentes e também proporciona conforto
Estrangulamento temporário de vasos
calibrosos
♦ Utilizado em grandes artérias e veias para
obstruir momentaneamente o fluxo de sangue.
⚯ deve haver cuidado com a compressão
exercida sobre o vaso, para que não haja danos
ao endotélio vascular
Clampeamento vascular temporário
♦ Promove a hemostasia transitória por
pinçamento de vasos calibrosos. Causa pouco
traumatismo às paredes dos vasos
↳ clamps vasculares
Pinças Hemostáticas
♦ Utilização em hemostasias temporárias.
♦ Vantagem: não torna necessário englobar
tecidos que rodeiam o vaso
⚯ podem ser empregadas em um vaso para
parar o sangramento até que o método
definitivo possa ser utilizado.
METODOS DEFINITIVOS
Pinças Hemostáticas
♦ Possuem frequente utilização em hemostasias
♦ Angiotripsia: hemostasia pelo esmagamento
linear das túnicas interna e média dos vasos
↳ pinças aplicadas em pequenos vasos
♦ Torção: pinçar o vaso e fazer a pinça girar
sobre o seu próprio eixo
↳ apenas para pequenos vasos
Ligadura Vascular
♦ Oclusão de um vaso pela aplicação de um fio
constritor ao seu redor.
⚯ ligadura vascular simples: vaso é ligado
isoladamente
⚯ ligadura vascular em massa: engloba
considerável quantidade de tecido circunjacente
↳ pedículo ovariano e cordão
espermático
Ligadura por Transfixação
♦ Vasos de grande calibre e em grandes
animais
⚯ o vaso isolado é pinçado e transpassado
em
seu parênquima pela agulha do fio de
sutura que irá ligá-lo
⚯ esse procedimento impede que o fio seja
deslocado pelo fluxo do vaso
Sutura Vascular
♦ Preserva a funcionalidade do vaso
♦ Realizada com fios de finíssimo diâmetro.
Maria Lídia Resende - Medicina Veterinária
♦ Cuidados: manuseio delicado dos tecidos,
proteção do ressecamento dos vasos com
solução salina aquecida, usar fios delicados e
instrumental específico.
Clipes Vasculares
♦ Podem ser usados para oclusão de vasos,
sendo úteis quando o vaso é difícil de alcançar
ou quando são múltiplos.
↳ não recomendados em vasos com mais
de 11 mm de diâmetro
⚯ o vaso deve corresponder de ⅓ a ⅔ do
tamanho do clipe
Oclusão Endovascular
♦ Oclusão do fluxo venoso para corrigir falhas
em casos de ductos arteriovenosos indesejáveis
ou para gerar inanição a tumores.
⚯ usada para mudar o fluxo sanguíneo em
cirurgias cardíacas
Endoloop
♦ Instrumento tubular plástico utilizado para
aplicação de ligaduras vasculares na cirurgia
videolaparoscópica e permite a ligadura
intra-abdominal de pedículos vasculares.
Lacre de Nylon
♦ Material de baixo custo e passível de
esterilização em autoclave
♦ O organismo entende que é um corpo
estranho e sua presença podegerar atritos
entre as vísceras adjacentes
♦ O atrito aos tecidos provoca reação
inflamatória crônica com formação de
granuloma
♦ NÃO POSSUI QUALQUER REGULAMENTAÇÃO
PARA O EMPREGO EM ANIMAIS
Abraçadeira Absorvível
♦ Polidioxanona e ácido poliglicólico
♦ Comercializadas em embalagens próprias,
estéreis e sob regulamentação dos órgãos
competentes.
Eletrocoagulação
♦ Bisturi elétrico ou bisturi diatérmico
♦ Aproveitamento do calor que é produzido pela
passagem da corrente elétrica de alta
frequência por um corpo que oferece certa
resistência e que causa a coagulação tecidual e
a desnaturação de proteínas
♦ Controla hemorragias em artérias ≤ 1mm e
veias ≤2 mm de diâmetro
♦ Pode retardar o processo cicatricial e
favorecer complicações sépticas
Termocauterização
♦ Cautério elétrico ou galvano cautério
♦ Aplicação de calor que realiza a carbonização
dos tecidos e ocasiona a hemostasia de
pequenos vasos
♦ Pode retardar o processo cicatricial e
favorecer complicações sépticas
Fotocoagulação
♦ Realizada por meio dos raios laser
♦ Rompe hemácias, danificando as plaquetas e
ativando a cascata hemostática com a
consequente formação de trombos
Frio
♦ Quando aplicado por no mínimo, 5 minutos,
causa vasoconstrição, diminui o fluxo de sangue
e permite a agregação plaquetária e formação
de trombo hemostático
♦ Nitrogênio líquido: causa necrose de tumores
sem sangramento
METODOS QUIMICOS TOPICOS
Água oxigenada - 10 volumes
♦ Solução aquosa, com 30% de gás, fortemente
ácida, capaz de aumentar seu volume de
oxigênio em 10 vezes, devido ao seu peso
molecular
♦ Uso externo: possui poder hemostático em
hemorragias capilares ou discretas
Maria Lídia Resende - Medicina Veterinária
Percloreto de Ferro
♦ Coagula com rapidez o sangue e a albumina
♦ Geralmente empregado em soluções a 5 –
10%
♦ Raramente é utilizado internamente e não é
um método muito empregado atualmente
Ácido Tânico
♦ Poderoso adstringente. É aplicado em
soluções para conter hemorragias capilares.
♦ Não é um método muito empregado
atualmente
Cloreto de Cálcio
♦ Associado com gelatina nas hemorragias
externas.
♦ Em solução de 10 - 20 % é aplicado em
hemorragias internas e hemofílicas
♦ Não é muito empregado atualmente.
METODOS QUIMICOS PARENTERAIS
Ácido épsilon aminocapróico
♦ Atua como inibidor da enzima plasmina
↳ dissolve os coágulos
♦ Plasmina → fibrinolisina = enzima proteolítica
do soro sanguíneo
♦ Ação antiplasmina: corrige o sangramento
anormal em várias condições patológicas,
como síndromes hemorrágicas
Menadiona e Menadiona-Bissulfito de Sódio
♦ Análogo da vitamina K
♦ Pode ser administrada por via oral,
♦ A menadiona-bissulfito de sódio é mais
potente e pode ser administrada por via
parenteral (SC, IM e IV)
Ácido Tranexâmico
♦ Inibe a ativação do plasminogênio em
plasmina e consequentemente, inibe a
fibrinólise
♦ Utilizado no tratamento e profilaxia de
hemorragias associadas à fibrinólise excessiva
Aprotinina
♦ Ação antifibrinolítica: inibição da atividade
proteolítica da plasmina
♦ Usado em qualquer transtorno hiper
fibrinolítico da hemostasia
METODOS BIOLOGICOS TOPICOS
Adrenalina - Epinefrina
♦ Hormônio obtido da zona medular da
glândula suprarrenal, ou de forma sintética.
♦ Tem ação vasoconstritora em hemorragias de
mucosas
♦ Pode ser associada aos anestésicos locais.
⚯ confere analgesia e redução das
hemorragias ao longo da linha de incisão de
pequenas intervenções, retardando a absorção
do anestésico local e prolongando o seu tempo
de ação
Esponja de fibrina absorvente (Fibrinol®)
♦ Material de fibrina pura, com consistência de
esponja
♦ Empregada em hemorragias capilares
superficiais e em órgãos parenquimatosos
↳ embebê-la em solução de cloreto de sódio
♦ Totalmente absorvida após algumas semanas
Gelatina Branca Purificada (Gelfoam®)
♦ Usada para a compressão local em pontos de
hemorragias, na forma de esponja embebida
em solução fisiológica a 0,9%
♦ Também encontrada nas formas líquida e pó
Spongostan®
♦ Gelatina absorvível
♦ Aplicada como almofada em solução
fisiológica a 0,9% sobre pontos de sangramento
Maria Lídia Resende - Medicina Veterinária
Colágeno Absorvível (Instat®)
♦ Também sob forma de esponja.
♦ Induz agregação plaquetária e ativação da
cascata de coagulação
Celulose Oxidada Regenerada (Surgicel®)
♦ Absorvível
♦ Forma semelhante a uma gaze e com
propriedades bactericidas
Fibrinogênio, Aprotinina e Trombina
♦ Atua como cola de fibrina para uso tópico.
♦ É um inibidor da plasmina e a trombina
transforma o fibrinogênio em fibrina.
Adesivo biológico cirúrgico e Hemostático
absorvível (Colagel®)
♦ É de uso hemostático tópico.
♦ Contém gelatina (colágeno ativador dos
mecanismos de coagulação) e resorcina
(queratolítico), com solução polimerizante
composta por formaldeído, glutaraldeído e
água
destilada.
METODOS BIOLOGICOS PARENTERAIS
Transfusão de Sangue Fresco
♦ As deficiências dos fatores de coagulação ou
de plaquetas que resultam em hemorragia,
podem ser corrigidas pela administração do
sangue total fresco, de plasma fresco rico em
plaquetas ou de plaquetas:
♦ O sangue conservado perde considerável
quantidade de plaquetas e fatores de
coagulação após 6 horas de estocagem.
síntese
♦ Conjunto de manobras manuais ou
instrumentais destinadas a reconstruir o tecido,
sua forma ou função depois que este foi aberto
acidental ou cirurgicamente.
♦ A aproximação dos tecidos é mantida até que
a ferida cicatrize.
NORMAS PARA UMA CORRETA
OPOSICAO TECIDUAL
♦ Perfeita Assepsia
⚯ as infecções cirúrgicas dificultam a
cicatrização da ferida
⚯ impedem a coaptação adequada das bordas
⚯ podem levar à deiscência
♦ Perfeita Hemostasia: presença de
hematomas e coágulos no campo operatório
afasta as bordas da ferida, além de servir como
excelente meio de cultura
⚯ em hemorragias intensas, recomenda-se
remover a sutura, localizar e ligar o vaso que
está originando o sangramento
♦ Abolição do Espaço Morto:
⚯ o espaço morto: área formada a partir do
afastamento das bordas de um tecido após a
sua diérese
⚯ esse espaço precisa ser fechado para evitar
o acúmulo de sangue ou exsudato inflamatório
⚯ ocorre a dificuldade de aproximação das
bordas da ferida, predisposição à infecção e
retardamento do processo de cicatrização
♦ Bordas da Ferida Limpas e Regulares
⚯ ao promover a diérese, evitar incisão em
bisel ou irregular, as quais dificultam a
aproximação adequada das bordas da ferida
⚯ feridas regulares têm melhor efeito estético e
cicatrizam mais rapidamente
⚯ ferida de origem traumática com bordas
irregulares devem ser corrigida para se tornar
regular, antes da sua aproximação
Maria Lídia Resende - Medicina Veterinária
♦ Ausência de Corpos Estranhos e Tecidos
Necrosados
⚯ podem levar a uma maior reação
inflamatória ou infecção dos tecidos
⚯ fio de sutura, fiapos de gaze, algodão, pelos,
coágulos, instrumentos cirúrgicos
♦ Material e Tipo de Sutura Adequados
⚯ os diferentes tecidos possuem
particularidades que devem ser respeitadas no
momento de escolher o fio e o padrão de
sutura a serem empregados
⚯ a sutura deve manter sua força até que seja
atingida a resistência máxima do local, que
pode variar de acordo com o tecido
♦ Tração Moderada
⚯ os fios de sutura devem ser empregados de
modo que apenas unam os tecidos do paciente,
sem gerar tensão exagerada
⚯ a tensão exagerada causa laceração do
tecido, isquemia tecidual e necrose, posterior
deiscência e evisceração
♦ Manipulação Delicada dos Tecidos
⚯ sempre tomar cuidado com a manipulação
delicada dos tecidos, a fim de evitar traumas
adicionais, evitar isquemia tecidual
♦ Evitar excessos de Fios ou Nós
⚯ o fio de sutura será reconhecido como um
corpo estranho, gerando uma reação
inflamatória inevitável
⚯ reduzir a quantidade ou o diâmetro do fio,
para melhor recuperação do paciente e a
resposta inflamatória menos intensa
♦ Evitar Nó Frouxo ou Corrediço
⚯ caso os tecidos não estejam
adequadamente aproximados pelo fio de
sutura, o processo de cicatrização pode não
acontecer ou ficar retardado
CLASSIFICACAO DAS SUTURAS
Suturas Contínuas
♦ Suturas que partem de umponto inicial até um
ponto final, percorrendo entre esses nós toda a
ferida cirúrgica
♦ Desvantagem: caso o fio arrebente em um
determinado local, toda a sutura se desmancha
e é perdida
♦ Vantagens: confecção mais rápida, fácil
remoção, economia de fios, menos fio colocado
no leito da ferida cirúrgica (reação inflamatória
menos intensa)
↳ devido à coaptação das bordas da ferida,
previne-se perda de fluidos
Suturas Descontínuas
♦ Pontos separados
♦ Confecção de vários pontos de sutura
individuais ao longo do seu comprimento, onde
cada ponto aproxima apenas uma parte da
ferida
♦ Vantagens:
⚯ permite que sejam retirados alguns pontos
para promover a drenagem de secreções na
ferida sem comprometer toda a sutura
⚯ é mantida a aposição dos tecidos mesmo se
um ponto romper
⚯ maior garantia de segurança quando é
necessário aproximar bordas que estão sob
grande tensão
♦ Desvantagens:
⚯ execução mais lenta
⚯ grande quantidade de material utilizado
⚯ grande quantidade de material mantido no
paciente
↳ maior reação inflamatória
Maria Lídia Resende - Medicina Veterinária
FIOS DE SUTURA
♦ Grande variedade de fios de sutura
♦ Características dos diferentes tipos quanto ao:
⚯ tipo de material utilizado na sua confecção
⚯ ao tempo de absorção
⚯ à reação inflamatória que induz
⚯ ao custo
⚯ à cor
⚯ à elasticidade
♦ Características do fio de sutura ideal:
⚯ absorvível: resistente à tensão em tempo
uniforme, até que tenha cumprido sua função
⚯ não absorvível: deve se encapsular sem
reação inflamatória, tendo mínima rejeição pelo
organismo
⚯ ser corado, de fácil visualização
⚯ fácil manuseio e com boa flexibilidade
⚯ não alérgico, não tóxico, não corrosivo e não
carcinogênico
⚯ não favorecer o desenvolvimento de
infecção ou fístulas
⚯ possibilitar a realização de nós seguros
⚯ causar mínima fricção e trauma ao penetrar
nos tecidos
⚯ não ter atrito para não traumatizar ou
lacerar os tecidos ao passar por eles
⚯ ter elasticidade para acompanhar o edema
ou distensão do tecido
⚯ não ser capilar
↳ capacidade de absorver líquido
⚯ ser barato e de fácil disponibilidade,
⚯ fácil de esterilizar e re-esterilizar
Classificação dos fios de sutura
♦ Absorvíveis
⚯ naturais: categute simples ou cromado
⚯ sintéticos: poliglactina 910, polidioxanona,
poliglecaprone, poligliconato, ácido poliglicólico
⚯ sofrem degradação e rápida perda da
resistência à tensão dentro de 60 dias
⚯ absorção total varia de acordo com a
composição do fio, podendo ocorrer em apenas
7 dias ou chegar a aproximadamente 180 dias
⚯ são recomendados para suturas internas,
♦ Não absorvíveis
⚯ naturais: aço inoxidável, titânio, seda,
algodão, linho
⚯ sintéticos: nylon, polipropileno, poliéster,
polietileno
⚯ preservam a resistência à tensão por mais
de 60 dias
⚯ se deixados no organismo permanecem
inalterados e são encapsulados, ficando
indefinidamente na intimidade dos tecidos
⚯ são recomendados para suturas externas
(que serão removidas posteriormente) e para
tecidos sujeitos à movimentação excessiva
.

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