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REUNIÃO DE TECIDOS 2020-2021 1CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas: � Manobras manuais e instrumentais destinadas a restituir a continuidade anatómica dos tecidos separados � Objetivo: favorecer a cicatrização � A reunião de tecidos faz-se segundo técnicas especiais e materiais apropriados para cada tipo de tecido � Seguir sempre uma ordem: começar pelas regiões mais profundas até as mais superficiais Reunião de tecidos 2CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira � Material sutura ideal: � Possibilidade de ser usada em qualquer situação � Fácil de manusear � Não induzir reação tecidular � Material não propício ao desenvolvimento bacteriano � Não causar desgarro dos tecidos � Segurança dos nós � Não capilar, não alergénica, não carcinogénica � Absorção rápida após tensão dos tecidos ser a adequada � Fácil de esterilizar � Baixo custo Reunião de tecidos Não existe 3CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Normas para uma boa sutura: � Promover de forma correcta uma boa antissepsia e assepsia � Unir os tecidos da mesma natureza de acordo com os diferentes planos onde se incidiu (peritoneu com peritoneu, músculo com músculo, pele com pele) � A hemostasia dos tecidos deverá ser a melhor possível � Não deixar espaços mortos entre as diferentes camadas de tecidos evitar a formação de SEROMAS � Manter a ferida livre de corpos estranhos, de tecidos desvitalizados e coágulos (limpar sempre a ferida antes de realizar qualquer sutura) � Utilizar suturas e fios de suturas adequados aos tecidos, com as técnicas adequadas (ou seja, resistentes) Reunião de tecidos 4CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira � Tamanho da sutura � usar sempre a sutura com menor diâmetro que suporte os tecidos (minimizar trauma dos tecidos e diminuir a quantidade de material estranho) � tensão da sutura igual à tensão do tecido � quanto menor o tamanho do fio de sutura menor a sua força tênsil � Flexibilidade � Determinada pelo rigidez à torção e diâmetro � Nylon pouco flexível qd comparado com seda, suturas poliester multifilamentares têm flexibilidade intermédia Reunião de tecidos 5CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira � Fexibilidade Reunião de tecidos maleável rígido Seda, sintéticos multifilamentares entrançados, sintéticos monofilamentares, cat gut crómico, aço inox 6CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira � Memória � Capacidade de uma sutura regressar à sua forma inicial – má característica � Correlacionada com elasticidade � Nylon e polidiaxona tem muita memória (difíceis de manusear e má segurança dos nós) � Fios sem memória – capazes de assumir e permanecer numa nova forma (ex. seda) Reunião de tecidos 7CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira � Características de superfície e revestimento � Influencia a facilidade com que atravessa os tecidos e o trauma que provoca � Suturas ásperas provocam maior traumatismo � Suturas lisas têm as desvantagens de necessitar de maior tensão para assegurar a correcta aposição dos tecidos e de não terem tanta segurança dos nós � Suturas multifilamentares provocam maior fricção e desgarro dos tecidos � Suturas multifilamentares são, geralmente, revestidas para diminuir a capilaridade e apresentarem uma superfície mais lisa/suave Reunião de tecidos 8CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira � Capilaridade � Processo pelo qual fluidos e bactérias são arrastados para os interstícios das suturas multifilamentares � Macrófagos e neutrófilos são demasiado grandes para penetrar nas suturas, o que leva à persistência da infecção (principalmente em suturas não-absorvíveis) � Suturas multifilamentares são capilares, monofilamentares são menos capilares � Capilaridade é reduzida pelo revestimento � Suturas capilares não devem ser utilizadas em tecidos infectados ou contaminados Reunião de tecidos 9CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira � Força tênsil do nó � Medida pela força que o fio de sutura consegue suportar até romper quando se dá os nós � Suturas devem ser tão fortes como o tecido normal a que estão a ser aplicadas, não devem exceder muito a força tênsil do tecido � Segurança do nó � Capacidade de sustentação/retenção da sutura � Segurança do nó é influenciada pela flexibilidade, memória, características da superfície e diâmetro do fio Reunião de tecidos 10CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Conceitos: � Nó cirúrgico: entrelaçamento ordenado (e inteligente) efetuado com as extremidades livres do fio cirúrgico com o objetivo de uni-los e fixá-los. � Ponto cirúrgico: segmento de fio compreendido entre uma ou duas passagens deste no tecido. Corresponde à distância entre dois locais consecutivos de apoio o fio cirúrgico no tecido orgânico. � Sutura cirúrgica: é o ponto ou conjunto de pontos aplicados nos tecidos Objetivo: união, fixação e sustentação durante o processo de cicatrização Reunião de tecidos 11CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Material � Agulhas � Fio � Pinça de dissecção � Porta-agulhas � Tesoura Reunião de tecidos 12CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira AGULHAS � Aço inoxidável (forte, livre de corrosão e não alberga bactérias) � Constituídas por: • Fundo ou olho • Corpo • Ponta � Reutilizáveis / Descartáveis Reunião de tecidos 13CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Agulhas: � Há diferentes formas e tamanhos, sua escolha depende de: � Tipo de tecido a ser suturado (penetrabilidade, densidade, elasticidade, espessura) � Topografia da ferida (profunda ou superficial) � Característica da agulha (tipo de olho, comprimento, diâmetro) � Classificação das agulhas: � Curvatura � Ponta � Corpo � Olho ou fundo � Tamanho: desde o nº 1 até ao 30 � Escolher a agulha mais pequena capaz de penetrar o tecido mas longa o suficiente para penetrar os dois lados da sutura Reunião de tecidos 14 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos 15 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira � Agulhas – curvatura: Reunião de tecidos 16 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Agulhas – curvatura: � Curvas e semi-curvas: � Quanto mais profundo o tecido, maior a necessidade que a curva seja acentuada. � Manipuladas com o porta-agulhas � ¼ circunferência: oftálmicas � ⅜ e ½ circunferência: geral � ⅝ circunferência: locais de difícil acesso � Rectas e rectas de ponta curva: usadas em locais acessíveis � Manipuladas directamente com os dedos � Só para pele e tecidos superficiais Reunião de tecidos 17CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Agulhas – curvatura: O que nos permite a curvatura? � Penetrar por baixo da superfície do tecido, recuperando a ponta à medida que esta emerge Reunião de tecidos 18CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Agulha – Ponta: � Circular – tecidos delicados (intestino, tec. subcutâneo) � Triangular cortante � Triangular de corte invertido � Espátula (planas no topo e fundo)– oftálmica � Romba – Fígado, rins Reunião de tecidos Cortam o tecido (pele, tec. conjuntivo) Tecidos densos 19CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos 20CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Agulhas – Corpo: � Cilíndrico: Ο liso � Triangular cortante: Δ � Quanto mais resistente é um tecido, maior a necessidade em utilizar agulha com corpo cortante � Há inúmeras combinações de corpo, ponta e tamanho Reunião de tecidos 21CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira � Agulhas “taper-cut”: � combinação de uma ponta triangular invertida e um corpo em espátula � Utilizadas, geralmente, para suturar tecidos fibrosos densos e duros (ex. tendões) e para procedimentos cardiovasculares (ex. enxertos vasculares) Reunião de tecidos 22CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Agulhas – Fundo ou Olho: � Retangular � Redondo � Francês ou automático � s/ olho – atraumáticas (calibre da agulha igual ao do material de sutura)� Das agulhas traumáticas, a de olho francês é a menos traumática; permite trabalhar com fio grosso em agulha fina Reunião de tecidos traumáticas 23CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Escolha da agulha: � Diâmetro do fio � Tipo de tecido � Comprimento suficiente para atingir ambas as margens da incisão � Diâmetro mais pequeno que permita penetrar no tecido em causa Reunião de tecidos 24CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Maneio da agulha: � Prender a agulha: � c/ olho: perto do fundo da agulha (a meio do terço do lado do olho) � s/ olho: ter cuidado e não prender muito perto do olho porque podemos danificar a zona de inserção do fio e este solta-se! � Enfiar a agulha � Pode ser feito pelo lado interno como externo � Instrumentista / ajudante � As pontas do fio podem ser colocadas entre as mandíbulas do porta agulhas � A ponta mais curta deve ser ± 1/3 da ponta maior � Passa-se o instrumento ao cirurgião Reunião de tecidos 25CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos 26CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Porta-agulhas: � Instrumento utilizado para facilitar o maneio das agulhas ao realizar as suturas � Aço inoxidável, partes articuladas, não desmontáveis � Vários tamanhos: 14, 16 e 18 cm Pinça dissecção dente de rato/bico de pato � Auxiliar para realizar suturas � Serve para suster os bordos das feridas ao atravessá-los com a agulha Reunião de tecidos 27CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Maneio da agulha � Passar o porta-agulhas: � Dar o instrumento ao cirurgião de modo que este o possa utilizar de imediato (sem ter que modificar a posição do objecto) � IMPORTANTE: Quando são necessárias diferentes agulhas, o instrumentista tem de ter em atenção que NUNCA deve passar uma nova agulha SEM recuperar a antiga. PORQUÊ? Reunião de tecidos 28CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira FIO ou material específico de sutura Podem ser classificados de acordo com: � Comportamento nos tecidos: � Absorvível � Não absorvível � Estrutura: � Monofilamentar � Multifilamentar � Origem: � Sintético (ex. Dexon, supramid) � Orgânico/naturais (ex. cat gut, seda) � Metálico Reunião de tecidos 29CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira FIO ou material específico de sutura � Estrutura: � Monofilamentar: fio único � Menor arraste dos tecidos � Não tem interstícios � Muito cuidado ao ser manipulado porque qualquer fenda ou corte vai enfraquecer o fio e predispor a ruptura � Multifilamentar: vários fios torcidos ou enrolados � Mais maleável e flexível que as anteriores � podem ser revestidas para provocar menor desgarro dos tecidos e melhorar as sua características de manuseamento Reunião de tecidos 30CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos 31CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira FIO ou material específico de sutura Comportamento nos tecidos: � Não absorvível: � Degradação e perda de tensão superior a 60 dias � Utilizam-se na pele ou em tecidos profundos (na pele são temporários) � Podem ser utilizados em tecidos no interior do organismo • São encapsulados pelo organismo • Há bons resultados, mas nem sempre satisfatórios porque pode haver reacções de rejeição � Fácil utilização, reactivos, maior capilaridade, formação de trajectos fistulosos � Classificação • Origem animal: seda • Origem vegetal: algodão, linho • Metálica: aço inoxidável • Sintéticos: nylon, …. Reunião de tecidos 32CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Fios de sutura não absorvíveis: � Seda: � É o mais comum � Multifilamentar (torcido ou entrançado) � Pode ser revestido – teflon (evita que se desfie) ou não � Fácil de manusear � Evitar em tecidos contaminados (muito capilar) � Resistente � Flexível � Elevada tensão de cedência � Após 6 meses não mantém força tênsil significativa (contra- indicada em enxertos vasculares) � Frequentemente utilizado em procedimentos cardiovasculares Reunião de tecidos 33CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Fios de sutura não absorvíveis: � Metálicos: � Mono ou multifilamentar � Reação tissular mínima (maior na ponta do nó) � Inerte � Estável em feridas contaminadas � Tem tendência a migrar, fragmentar e cortar o tecido � Difícil de manusear � Pode cortar as luvas � Mais utilizado em cirurgias ortopédicas � Agrafos de Michel ou Hannover Reunião de tecidos 34CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Agrafos � Agrafos podem ser utilizados na pele ou em órgãos (ex. cirurgia gastrointestinal, recessão fígado ou pulmão) � Permitem cicatrização rápida, diminuição da contaminação e preservam a circulação sanguínea � Podem ser ineficazes se aplicados em tecidos com elevada espessura e podem não promover uma correta hemostase em grandes vasos Reunião de tecidos 35CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Fios de sutura não absorvíveis: � Sintéticos: � Nylon – Poliamida � Mono ou multifilamentar � Não capilar � Inerte/não reativo � Duro e elástico (obriga a realização de muitos nós, que se forem mal aplicados, desfazem-se) � Poliester - MERSILENE® � Multifilamentar � É o segundo mais resistente, reação inflamatória e pouca segurança dos nós � Inerte � Polipropileno - PROLENE® � Monofilamentar � Inerte � Mais fácil de manusear que o nylon � Fixação razoável dos nós Reunião de tecidos 36CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Fios de sutura não absorvíveis: � Sintéticos: � Supramid – poliamida polifilamentosa: � Bom material de sutura para a pele � Perda de 15 a 20% da tensão quando molhados � Baixa segurança dos nós � Mais reativos do que os monofilamentosos � Infeção dos trajetos dos fios e fistulas Reunião de tecidos 37CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira FIO ou material específico de sutura Comportamento nos tecidos: � Absorvível: � Perdem a maior parte da sua resistência à tensão nos primeiros 60 dias após o seu uso (degradação enzimática + fagocitose ou hidrólise) � Degradação e perda de tensão inferior a 60 dias � São absorvidos entre 8 dias e 6 meses Reunião de tecidos 38CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira FIO ou material específico de sutura Origem � Absorvíveis Orgânicos/Naturais: � colagénio - é obtido a partir da extrusão das fibras de colagénio de tendões de bovinos. Ex: Ethicon® Reunião de tecidos 39CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira destruídos p/ fagocitose e digestão enzimática FIO ou material específico de sutura � Origem – Sintéticos: � Degradados por hidrólise � Perda de força tênsil e reabsorção constante (independente dos tecidos) � São extremamente inertes (causam pouca reação inflamatória) � Grande resistência à tensão � Podem ser usados em quase todos os tecidos � A infeção ou exposição a tecidos inflamados (enzimas digestivas) não altera muito a reabsorção � Inconveniente: têm tendência a travar a sua passagem pelo tecido em vez de o fazer suavemente – desgarro (atrasa o processo de sutura) Reunião de tecidos 40CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira FIO ou material específico de sutura � Origem – Sintéticos: � Exemplos: � Ácido poliglicónico = Dexon® (multifilamentar) - anastomoses intestinais, cesareanas, hérnias � Polyglactina 910 = Vicryl® (multifilamentar) - reação inflamatória mínima � Polydiaxona = PDS II® (monofilamentar) - grande força tênsil mas má segurança dos nós; passagem fácil pelos tecidos; bexiga quer em infeções ou urina normal � Polygliconato = Maxon® (monofilamentar) – maior força tênsil de todos Reunião de tecidos 41CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Ácido poliglicónico = Dexon® (multifilamentar) Polyglactina 910 = Vicryl® (multifilamentar) � Hidrólise mais rápida em ambientes alcalinos � Relativamente estáveis em feridas contaminadas � Ácido poliglicónico pode ser rapidamente degradado em urina infectada e na cavidade oral (ph alcalino acelera a sua absorção) Reunião de tecidos 42CTeSP Cuidados Veterinários Drª PaulaCaldeira Calibre dos fios � Diâmetro do fio é classificado segundo o sistema métrico USP (United States Pharmacology) � 7 � 0 � 11/0 Reunião de tecidos Do mais grosso para o mais fino 43CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Calibre dos fios � Comprimento padrão (42 cm, 45 cm, 60 cm, 135 cm, 150 cm) � Escolha do calibre: � Resistência de uma sutura depende mais da capacidade do tecido sustentar a sutura do que da resistência do material � Quanto maior o diâmetro maior a reacção e menor a resistência da sutura � Quando existe tensão é preferível aumentar o nº de suturas do que aumentar o diâmetro do fio Reunião de tecidos 44CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Embalagem � Pacotes individuais com: � Embalagem exterior � Embalagem exterior esterilizada � Cassetes Reunião de tecidos 45CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos 46CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Embalagem � Cassetes � Frequentemente usadas em veterinária devido a serem mais económicas � Desvantagens: � Diminuição eficiência � Necessárias agulhas traumáticas (olho) � Maior risco de contaminação � Seleção de material limitada Reunião de tecidos 47CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Características de um fio ideal: � Ser fácil e corretamente identificado � Manter aproximadas os bordos da ferida até completa cicatrização � Apresentar boa tensão de cedência (relativa ao tecido em que é aplicada) � Não deve apresentar capilaridade � Ser inerte (não provocar reações alérgicas e provocar reações inflamatórias tissulares mínimas) � Não ser carcinogénico � Ser fácil de manusear � Calibre uniforme � Ter segurança na permanência dos nós; � Se for absorvível, ter um período de absorção previsível (deve suportar as reações dos tecidos para que não sejam absorvidos num tempo menor q o indicado) � Passível de ser esterilizado � Económico. Reunião de tecidos 48CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Outros Materiais de Sutura � Cola biológica de tecidos - cianoacrilato � Monómeros líquidos que solidificam por polimerização em contacto com pequenas gotas de água existentes na superfície dos tecidos � Podem originar granulomas inflamatórios, atrasos na cicatrização e falha de aderência/deiscência � Se colocada em locais infectados pode estar associada a fístulas � Usadas em corte de cauda e orelhas, oniectomias � Adesão inferior a 1 min (mais demorada na presença de hemorragia) Reunião de tecidos 49CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Outros Materiais de Sutura � Membranas cirúrgicas adesivas (Steri-Strip): � Aderem fortemente à pele e promovem a aposição dos bordos � Pouco usadas em Med. Veterinária � Lacerações lineares, sem tensão (superficiais) � Histologicamente: menor reação inflamatória e maior infiltração vascular qd comparadas com fios de sutura � Grampos e Clips: � Clips ligadura de vasos; ex: hemoclips, ligaclips Reunião de tecidos 50CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Outros Materiais de Sutura � Rede Cirúrgica: � Absorvível e Não absorvível � Relativamente elástica mas não estica o suficiente para acompanhar o crescimento de animais imaturos � Utilizada para repor tecido � Excisado � Traumatizado � Neoplásico � Utilizada para reforçar � Hérnias � Tecidos traumatizados ou desvitalizados � Cola fibrina autóloga: � Adesivo biológico feito a partir do sangue do paciente antes da cirurgia � Experiência muito limitada em medicina veterinária Reunião de tecidos 51CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Selecção de fios para diferentes tipos de suturas Factores a considerar: � Intervalo de tempo necessário para ocorrer a cicatrização � Risco de infecção � Efeito do material de sutura na cicatrização � Dimensão e resistência necessárias Reunião de tecidos 52CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Selecção do material � “Qual o material de sutura mais adequado para determinado tecido? Que tamanho?” � “Depende da preferência do cirurgião” � Algumas normas: � As suturas devem ser tanto ou mais fortes que o tecido onde são aplicadas (tensão igual à do tecido onde é aplicada) � Pele e fascia > estômago e intestino > bexiga � Durante os 3-4 primeiros dias, a tensão da sutura depende directamente da tensão do material de sutura � Feridas em órgãos ou vísceras 14 a 21 dias até que recuperem tensão suficiente � Pele 10 a 14 dias � Fascias e tecidos fibrosos 50 dias (apenas 50% da tensão original) Reunião de tecidos 53 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira � Algumas normas (cont.): � Utilizar suturas com o menor calibre possível � Suturas muito grossas originam quantidade excessiva de material estranho na ferida � Suturas muito finas podem levar a ruptura � Suturas monofilamentares evitam mais as contaminações que as multifilamentares � Feridas viscerais cicatrizam mais rapidamente suturas absorvíveis são as mais indicadas � Feridas na pele cicatrizam mais lentamente suturas não absorvíveis mais indicadas � Fazer o menor nº possível de nós para reduzir a quantidade de material estranho que o organismo tem de digerir/encapsular Reunião de tecidos 54CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira � Feridas infectadas ou contaminadas: � Mesmo as suturas não absorvíveis menos reativas provocam algum grau de infeção em tecidos contaminados com E. coli ou S. aureus, logo deve-se evitar (sempre que possível) suturas em feridas contaminadas (a infeção perpetua-se) � Não usar fios não absorvíveis multifilamentares (ex. seda) pq potenciam a infeção e podem fistular o tecido � Preferível usar suturas absorvíveis Reunião de tecidos 55CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Nós � Nó é a porção mais fraca da sutura � Consiste em, pelo menos, duas laçadas colocadas uma sobre a outra e apertadas � Muito importante fazer um nó seguro, porque um nó mal dado pode resultar em: hemorragia, herniação, evisceração, eventração e morte � Também muito importante a quantidade de fio deixado (pontas): � Deve ser o menor possível (de acordo com o fio utilizado) � Ter em atenção se a sutura é não absorvível e vai ser retirada (cada ponta deve ter +/- 1,5 cm ) Reunião de tecidos 56 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Tipo de nós: � Nó simples � Nó quadrado ou direito ou de marinheiro (laçadas unidas em paralelo) – o mais utilizado � Nó comum, invertido ou de Granny ou nó de costureira (laçadas cruzadas) � Nó de correr ou meia volta � Nó de cirurgião � só deve ser usado quando a tensão do tecido de tal forma elevada que o uso do nó quadrado resulte em má aposição) � Nunca deve ser usado em ligaduras de vasos � Nó de cirurgião reforçado Reunião de tecidos Menos seguros 57CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos 58 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira � Suturas multifilamentares apresentam, geralmente, melhor segurança dos nós que as suturas monofilamentares; contudo o revestimento para diminuir o desgarramento diminui a segurança dos nós � Fim se sutura contínua – 2 a 3 nós suplementares � Evitar tensão excessiva ao apertar os nós para evitar o estrangulamento dos tecidos (exceto em ligaduras com objetivo de hemostase) Reunião de tecidos 59CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Técnicas de dar nós: � 1 mão � 2 mãos � Com instrumentos cirúrgicos (porta-agulhas) – mais utilizada em medicina veterinária � Técnica (ver imagem) � Pontas opostas do fio devem ser puxadas perpendicularmente ao eixo longo da incisão � Nós podem ser soterrados para reduzir irritação dos tecidos mais superficiais pelas pontas do nó Reunião de tecidos Particularmente úteis em áreas confinadas ou difíceis de atingir ou quando as suturas foram pré-colocadas; 60CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos 61 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Técnica de esconder os nós 62CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Padrões de Suturas: � Simples: 1 passagem pelo tecido em cada lado da incisão � Colchoeiro: 2 passagens pelo tecido de cada lado da incisão Horizontal ou Vertical � Tensão: semelhante à colchoeiro, mas geralmente mais afastada da incisão, com vista a diminuir a tensão na linha de incisão � Aposicionais: � Evaginantes: sutura de pele (contraria a tendência natural a invaginar) � Invaginantes: sutura de cavidades ou de órgãos ocos Reunião de tecidos 63CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Padrões de Suturas: � Contínua (ponto e nó + pontos até ao final+ nó e corta fio): � Vantagens: � melhor distribuição da tensão e melhor aposição dos bordos � Previne a perca de fluidos por boa coaptação � Fácil aplicação e maior velocidade de execução � Fácil remoção e menor quantidade de fio utilizada � Menor nº de nós � Inconvenientes � Pontos dependentes (se se romper um só ponto toda a sutura fica comprometida) � Aumenta probabilidade de desenvolver edema � Diminuição da circulação sanguínea � Menor tensão Reunião de tecidos 64 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Padrões de Suturas � Interrompida ou pontos isolados – pontos separados cada um com o seu respectivo nó (ponto e nó + corta fio + ponto e nó) � Vantagens: � Maior segurança em caso de ruptura (mantém a aposição dos tecidos se um ponto se romper) � Cada ponto tem um nó individual � Cada ponto é uma unidade independente, não sujeita a pressões dos pontos adjacentes � Maior mobilidade � Inconvenientes: � Necessário mais material (Maior quantidade de fio sob a forma de nós) � Execução mais demorada � Maior comprometimento vascular Reunião de tecidos 65CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Sutura Interrompida Sutura contínua 66CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Execução da sutura � Número de suturas: � Quanto maior o espaçamento entre pontos, menor a aposição entre os bordos da ferida � Distribuir os pontos com espaçamento uniforme � Distância pode variar com o tecido � Quanto maior o nº de pontos menor a tensão individual de cada ponto, mas atenção porque elevado nº de pontos leva a uma maior reação inflamatória e maior comprometimento do aporte sanguíneo � Norma geral: a distância entre o bordo da ferida e o ponto de introdução da agulha aproximadamente 0,5 cm; se distância inferior a 0,5 cm pode ocorrer fragilidade dos extremos devido à lise do colagéneo Reunião de tecidos 67CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Execução da sutura � Nós não devem ficar sobre a linha de incisão mas sim num dos lados da sutura � Na confecção dos nós, traccionar os terminais apenas o suficiente para a adequada aproximação das bordas da ferida, evitando isquémia e deiscência � Sutura não absorvível (para retirar) deve ficar de 1 a 1,5 cm de fio Reunião de tecidos 68CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas Interrompidas – Classificação: � Horizontais / Verticais � Simples / Composta � Aproximação / Eversão / Inversão Reunião de tecidos 69CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas Interrompidas – Aproximação e Eversão: � Interrompida simples (aproximação, vertical): � Aproximação dos bordos da ferida � Cicatriz estética � Não suporta bem as tensões locais � Pele, Tec. Subcutâneo � Pontos em toda a ferida com distância de 1 cm � Nó ao lado da ferida � Distância entre o ponto e o bordo da ferida até 0,5 cm � Fáceis e rápidas de executar � Aposicionais mas se aplicada tensão excessiva pode ocorrer inversão Reunião de tecidos 70 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos 71 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Sutura interrompida simples 72CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Sutura interrompida simples Pontos independentes permitem mobilidade 73CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Suturas Interrompidas – Aproximação e Eversão: � Colchoeiro horizontal interrompida (eversão) em U: � Deve descrever um quadrado � Ligeira eversão das margens � Suporta melhor as tensões (de resistência) � Pele, tec. subcutâneo e músculo � Inconvenientes: diminuição do aporte sanguíneo qd em tensão e maior quantidade de tecido cicatricial devido à evaginação 74 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Colchoeiro horizontal interrompida em U 75 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Colchoeiro horizontal interrompida em U 6 a 8 mm 4 a 5 mm 76 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Sutura colchoeiro horizontal Redução da tensão no local de aposição primário Pode ocorrer redução circulação sanguínea (se apertar demasiado ou tecido edemaciar) 77 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas Interrompidas – Aproximação e Eversão: � Colchoeiro Vertical interrompida (eversão) em U: � Boa aposição dos bordos, ligeiramente evaginados (menor que na horizontal) � 1ª passagem + profunda, 2ª passagem atravessa a derme � Pouca interferência com a circulação sanguínea � Suporta mais tensão que a horizontal � Pele, Tec. subcutâneo e músculo � Inconvenientes: 4 penetrações da pele e demora algum tempo a executar Reunião de tecidos 78CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Colchoeiro vertical interrompida em U 79 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Colchoeiro vertical interrompida em U 8 a 10mm 4 mm 80 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Alternância entre sutura interrompida simples e colchoeiro vertical Sutura colchoeiro vertical 81CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas Interrompidas – Aproximação e Eversão: � Em X ou cruz (aproximação): � Muito resistente (sutura de resistência) � Não interfere com a circulação qd em tensão � Impede a evaginação � Aplicam-se com espaços de 1 a 1,5 cm entre eles � Músculo � Inconveniente: ligeira inversão dos bordos Reunião de tecidos 82CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Sutura em cruz ou X Sutura colchoeiro em oito Sutura colchoeiro em oito modificada – aposicionar tec. + profundos 83CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos 84CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas Interrompidas � Longe-Perto-Perto-Longe: � A porção “longe” suporta a tensão, enquanto a porção “perto” confere aposição dos bordos � Sutura por pontos isolados intradérmica Reunião de tecidos 85CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Sutura longe-perto-perto-longe 86CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas Interrompidas � Gambee � Utilizadas em cirurgias intestinais para reduzir a inversão da mucosa � Podem reduzir a saída de material do lúmen intestinal para o exterior Reunião de tecidos 87CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas Contínuas: � Horizontais / Verticais � Simples / Composta � Aproximação / Eversão / Inversão Reunião de tecidos 88CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Suturas Contínuas – Aproximação e Eversão: � Contínua simples (aproximação): � Rápida execução � Pouco resistente � Elevada capacidade de aposição � Relativamente impermeáveis ao ar e fluidos qd comparadas com as interrompidas � Agulha é direccionada perpendicular à incisão � Pele, tec. subcutâneo, peritoneu 89CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Sutura contínua simples 90CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos 91 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Suturas Contínuas – Aproximação e Eversão: � Contínua Ancorada (aproximação): � Semelhante à contínua simples � Mais segura (grande estabilidade naeventualidade de falha de um nó ou de uma porção de linha de sutura) � Maior estabilidade dos tecidos (tensão é melhor distribuída ao longo da linha de sutura) � Sob tensão pode causar necrose � Utilizam uma grande quantidade de fio e podem ser difíceis de remover � Pele, peritoneu, diafragma 92 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Sutura contínua ancorada Nó final 93CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Suturas Contínuas – Aproximação e Eversão: � Contínua intradérmica (aproximação): � rápida de executar � Cicatriz muito boa � Evita espaços mortos � Boa aposição dos tecidos � Pele 94CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Sutura intradérmica 95CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Suturas Contínuas – Aproximação e Eversão: � Colchoeiro horizontal contínua (eversão): � Maior comprometimento vascular do que a sutura contínua de colchoeiro vertical � Pele, tec. subcutâneo 96CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Sutura colchoeiro contínua 97CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Sutura colchoeiro contínua A – horizontal B – vertical 98CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Suturas de Inversão ou Invaginantes � Órgãos ocos (estômago, intestino, útero, bexiga), peritoneu visceral � Podem ser interrompidas ou contínuas � Qual é o objectivo? 99CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas de Inversão ou invaginantes � Lembert � Variação do padrão colchoeiro vertical � Interrompida ou contínua � Não atravessa a mucosa (só penetra serosa e muscular) � Grau de inversão elevado ( diminuição lúmen órgãos) Reunião de tecidos 100CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Sutura Lembert contínuaSutura Lembert interrompida 101 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas de Inversão ou invaginantes � Halsted � Não atravessa a mucosa � Grau de inversão moderado ( < lúmen órgãos) Reunião de tecidos 102CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas de Inversão ou invaginantes � Cushing (peritoneu visceral) � Não atravessa a mucosa � Grau de inversão elevado (semelhante ao Halsted) � Não se vêem os pontos (só o nó inicial e final) � Relativamente impermeáveis aos fluidos Reunião de tecidos 103CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas de Inversão ou invaginantes � Connell � Sutura invaginante, perfurante e hemostática � Semelhante à Cushing � Atravessa a mucosa pode drenar conteúdo órgãos � Não se vêem os pontos (só o nó inicial e final) � Relativamente impermeáveis aos fluidos � Anastomoses intestinais, gastrotomias, cesareanas Reunião de tecidos 104CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas de encerramento de órgãos ocos � Sutura de Parker-Kerr (suturar o coto de uma víscera oca): usada raramente porque provoca inversão excessiva Reunião de tecidos 105CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas de encerramento de órgãos ocos � Sutura em bolsa de tabaco Reunião de tecidos 106CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Suturas de Tensão � Colocação de sutura de tensão: � Maior distância em relação às margens � Utilização de materiais que protejam a pele � Primeiro colocam-se as suturas mais distantes e só depois as mais próximas � Tensão demasiada: � Isquemia � Desgarramento de tecido � Exsudação excessiva � Cicatrização inestética Reunião de tecidos 107CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Sutura de tensão 108CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Sutura de tensão com suporte 109CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Sutura de Tendões � Usadas para aproximação das extremidades de um tendão ou fixar uma extremidade do tendão a osso ou músculo � Sutura de Bunnell`s � Difícil de realizar � Pode danificar a microcirculação do tendão (isquémia) � Sutura de Locking loop: � 3 laçadas orientadas entre si aproximadamente 120º � Sutura Longe-perto-perto-longe � Perturbação mínima da circulação � Boa resistência à tensão (todas as suturas no mesmo plano vertical) Reunião de tecidos 110 CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Remoção das suturas � Suturas de pele removidas quando cicatrização completa � Geralmente ao fim de 10 a 14 dias � Contudo pode ser necessário permanecer mais tempo (ex. animais extremamente debilitados) Reunião de tecidos 111CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira Reunião de tecidos Bibliografia � Fossum, T.W. (1997); “Small Animal Surgery”; Mosby � Alexander H., A., (1989); “Técnica Quirurgica en animales y Temas de Terapeutica Quirurgica”; 6ª edición; McGraw-Hill � Gardel, L. (1999) “Sebenta de Semiologia Cirúrgica do 3º Curso de Medicina Veterinária do ICBAS” 112CTeSP Cuidados Veterinários Drª Paula Caldeira
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