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Memorex PC CE – Rodada 06 1 Memorex PC CE – Rodada 06 2 Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua aprovação. Você está tendo acesso agora à Rodada 06. Material Data Rodada 01 Disponível Imediatamente Rodada 02 Disponível Imediatamente Rodada 03 Disponível Imediatamente Rodada 04 Disponível Imediatamente Rodada 05 Disponível Imediatamente Rodada 06 Disponível Imediatamente Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no resultado final. Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada uma das dicas. Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas para: atendimento@pensarconcursos.com Memorex PC CE – Rodada 06 3 ÍNDICE LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4 INFORMÁTICA .................................................................................................................... 14 NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 19 LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE ................................................................... 26 NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 37 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 50 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................ 55 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA ............................................................................................ 61 Memorex PC CE – Rodada 06 4 LÍNGUA PORTUGUESA DICA 01 EMPREGO/CORRELAÇÃO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS TEMPOS COMPOSTOS DO SUBJUNTIVO PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO DO SUBJUNTIVO Verbo auxiliar ter/haver: Presente do Subjuntivo (Que eu) tenha estudado (Que tu) tenhas estudado (Que ele) tenha estudado (Que nós) tenhamos estudado (Que vós) tenhais estudado (Que eles) tenham estudado Verbo principal: Particípio PRETÉRITO MAIS-QUE- PERFEITO COMPOSTO DO SUBJUNTIVO Verbo auxiliar ter/haver : Pretérito Imperfeito do Subjuntivo (Se eu) tivesse estudado (Se tu) tivesses estudado (Se ele) tivesse estudado (Se nós) tivéssemos estudado (Se vós) tivésseis estudado (Se eles) tivessem estudado Verbo principal: Particípio FUTURO COMPOSTO DO SUBJUNTIVO Verbo auxiliar ter/haver: Futuro Simples do Subjuntivo (Quando eu) tiver estudado (Quando tu) tiveres estudado (Quando ele) tiver estudado (Quando nós) tivermos estudado (Quando vós) tiverdes estudado (Quando eles) tiverem estudado Verbo principal: Particípio DICA 02 USO DOS TEMPOS COMPOSTOS DO SUBJUNTIVO Pretérito perfeito composto do subjuntivo: Indica uma ação que já está concluída e que é anterior a outra. Ex.: Ninguém imagina que eu tenha visto sua tia. DICA 03 USO DOS TEMPOS COMPOSTOS DO SUBJUNTIVO Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo: Indica uma ação que ocorreu no passado, antes de outra ação também ocorrida no passado. Ex.: Embora eu tivesse visto sua tia, ninguém acreditou. Memorex PC CE – Rodada 06 5 DICA 04 USO DOS TEMPOS COMPOSTOS DO SUBJUNTIVO Futuro composto do subjuntivo: indica uma ação que estará terminada no futuro, antes de outra ação que ocorrerá também no futuro. Ex.: Quando eu tiver visto sua tia, você saberá. DICA 05 FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS INFINITIVO PESSOAL COMPOSTO Verbo auxiliar ter/haver: Infinitivo Pessoal (Eu) ter estudado (Tu) teres estudado (Ele) ter estudado (Nós) termos estudado (Vós) terdes estudado (Eles) terem estudado Verbo principal: Particípio INFINITIVO IMPESSOAL COMPOSTO Verbo auxiliar ter/haver: Infinitivo Impessoal Ter estudado Verbo principal: Particípio GERÚNDIO COMPOSTO Verbo auxiliar ter/haver: Gerúndio Tendo estudado Verbo principal: Particípio DICA 06 USO DAS FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS Infinitivo pessoal composto: Indica um fato passado já concluído. Segue as regras de uso do infinitivo pessoal simples. Ex.: Termos visto sua mãe alegrou nosso dia. DICA 07 USO DAS FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS Infinitivo impessoal composto: Indica um fato passado já concluído. Segue as regras de uso do infinitivo impessoal simples. Ex.: Gostei muito de ter visto seu irmão. Memorex PC CE – Rodada 06 6 DICA 08 USO DAS FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS Gerúndio composto: Indica uma ação prolongada que terminou antes da ação da oração principal. Ex.: Tendo visto seu irmão, eu já me sentia mais alegre. DICA 09 USO DAS FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substantivo. Ex.: Viver é lutar. (= vida é luta) Ex.: É indispensável combater a corrupção. (= combate à) DICA 10 USO DAS FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo: Ex.: É preciso ler este livro. Ex.: Era preciso ter lido este livro. DICA 11 USO DAS FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira: 2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres (tu) 1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós) 2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós) 3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles) Memorex PC CE – Rodada 06 7 DICA 12 DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO: RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO; RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. PERÍODO COMPOSTO Característica: existência de dois verbos, dois fatos declarados. No período composto, a oração principal é um tipo de oração que no período composto não exerce nenhuma função sintática e tem a si associada uma oração subordinada. DICA 13 PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO (COMPOSTO POR ORAÇÕES INDEPENDENTES): Assindéticas: Não apresentam conjunção coordenativa. Sindéticas: Apresentam conjunção coordenativa, sendo elas: ADITIVAS: relação de soma, de adição. Conjunções coordenativas aditivas: e, nem, não só ..., as também, tanto ... quanto etc. Ex.: Luiz não estuda (oração coordenada assindética) nem trabalha, (oração coordenada sindética adititiva). ADVERSATIVAS: relação de adversidade, oposição, contraste. Conjunções coordenativas adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto. Ex.: Luiz não estuda (oração coordenada assindética), mas aprende. (oração coordenada sindética adversativa) ALTERNATIVAS: relação de alternância, escolha. Conjunções coordenativas alternativas: ou... ou, ora... ora, quer... quer, já... já, seja... seja. Ex.: Ajude Maria (oração coordenada assindética) ou Deus não o ajudará (oração coordenada sindética alternativa). ATENÇÃO! A alternância ocorre quando a ocorrência de um fato implicar a não ocorrência de outro. Memorex PC CE – Rodada 06 8 EXPLICATIVAS: relação de explicação, justificativa, confirmação. Conjunções coordenativas explicativas: pois (anteposto ao verbo), porque, que. Ex.: Não fique brava (oração coordenada assindética), pois só você ficará abalada. (oração coordenada sindética explicativa). DICA 14 PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO Substantivas: subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, completivas nominais, predicativas, apositivas. Adjetivas: restritivas e explicativas. Adverbiais: causais, condicionais, comparativas, conformativas, concessivas, consecutivas, temporais, proporcionais, finais. DICA 15 ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS Oração subordinada substantiva subjetiva - OSSS (oração que exerce a função de sujeito da outra oração) Ex.: É provável / que ele viaje ainda hoje. Oração Principal OSSS Oração subordinada substantiva Objetiva Direta - OSSOD (oração que exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal) Ex.: Desejo / que passe no concurso. Oração Principal OSSOD Oração subordinada substantiva Objetiva Indireta – OSSOI (oração que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração principal) Ex.: Necessito / de que você me auxilie. Oração Principal OSSOI Oração subordinada substantiva Completiva Nominal – OSSCN (oração que exerce a função de complemento nominal de um nome da oração principal) Ex.: Tenho a impressão / de que alguém me segue. Oração Principal OSSCN Memorex PC CE – Rodada 06 9 Oração subordinada substantiva Predicativa – OSSP (oração que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal, aparece depois do verbo SER, completando- a. Ex.: Meu castigo foi / que todos me deixaram. Oração Principal OSSP Oração subordinada substantiva Apositiva – OSSA (oração que exerce a função sintática de aposto de um nome da oração principal) Ex.: Contou-me algo horrível: / que havia insetos no banheiro. Oração Principal OSSA DICA: A oração apositiva vem separada de sua PRINCIPAL por dois pontos, vírgula ou travessão. DICA 16 ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS São sempre introduzidas por: CONJUNÇÕES SUBORDINADAS ≠ CONJUNÇÕES INTEGRANTES (orações substantivas). Causal: indica causa, motivo que determina ou provoca um acontecimento. Ex.: Marcelo foi reprovado, / porque (= porquanto) não estudou. Oração Principal Or. Sub. Adv. Causal. Na ordem direta, a vírgula é obrigatória! Comparativa: exprime uma conjuntura de comparação. Ou seja, ato de confrontar dois elementos com o objetivo de estabelecer semelhanças ou diferenças entre eles. Ex.: Rômulo é forte / como um leão. Oração Principal Or. Sub. Adv. Comparativa. Nas comparativas não pode colocar vírgulas e não pode inverter! Concessiva: indica ato de conceder, de permitir, de não negar, de admitir ideias contrárias. Ex.: Embora (= conquanto, ainda que) chovesse muito, / ele não levou guarda-chuva. Or. Sub. Adv. Comparativa. Oração Principal Vírgula obrigatória, pois a ordem está invertida! Memorex PC CE – Rodada 06 10 Condicional: Exprime condição; obrigação que se aceita ou imposta para que dado fato se realize. Ex.: Se (= caso, contanto que, desde que, etc.) você for, / eu irei. Or. Sub. Adv. Comparativa. Oração Principal Quando estiver invertida, a vírgula é obrigatória! Conformativa: Indica adequação, não-contradição. Ex.: Ele agiu / como (= conforme, segundo, de acordo) a lei exige. Oração Principal Or. Sub. Adv. Conformativa Na ordem direta a vírgula é facultativa! Na ordem deslocada/invertida a vírgula é obrigatória! DICA 17 ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Consecutiva: Exprime circunstância de consequência, resultado ou efeito de uma ação qualquer. Ex.: Falou tanto (=tão, tal) / que ficou rouco. Oração Principal Or. Sub. Adv. Consecutiva Toda causal e toda consecutiva possui causa e consequência. Tão (advérbio) Que (conjunção) Temporal: Indica relação de tempo. Ex.: Quando (= sempre que, desde que, logo que) se aborreceu, /ele saiu. Or. Sub. Adv. Temporal Oração Principal Na ordem deslocada/invertida a vírgula é obrigatória! Proporcional: Indica circunstância de proporção; relação que existe entre duas coisas, de modo que a alteração que recai em uma dela atinge também a outra. Ex.: À medida (= à proporção que) que caminhava, / mais se cansava. Or. Sub. Adv. Proporcional Oração Principal Final: Objetiva a destinação de um fato. Ex.: Fiz-lhe um sinal / para que se calasse. Oração Principal Or. Sub. Adv. Proporcional Memorex PC CE – Rodada 06 11 DICA 18 ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Restritiva: limita, precisa a significação do substantivo (ou pronome) antecedente. Ex.: O livro/que o professor recomendou/estava esgotado. Pronome relativo “que o professor recomendou” = oração subordinada adjetiva restritiva, restringe porque não se aplica a todos os livros, apenas aquele que o professor recomendou! ATENÇÃO! Não separadas por vírgulas, alteração de sentido! Explicativa: acrescenta ao antecedente uma qualificação acessória, esclarece melhor sua significação, à semelhança de um aposto. Ex.: Tio Gabriel, que é advogado, confia muito em mim. Pronome relativo “que é advogado” = oração subordinada adjetiva explicativa. DICA 19 ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Nas orações subordinadas adjetivas, a separação por vírgulas, altera o sentido. Observe-se: Ex.: Luiza telefonou para a irmã que mora na França. Oração subordinada adjetiva restritiva Ex.: Luiza telefonou para a irmã, que mora na França. Oração subordinada adjetiva explicativa OBS.: que = pronome relativo. Explicando... No primeiro caso cria-se um limite, com certeza Luiza tem outras irmãs, mas ligou somente para a que mora na França. No segundo caso, a oração explica que Luiza tem apenas uma irmã e ela mora na França. DICA 20 CONJUNÇÕES COORDENATIVAS CONCLUSIVAS Logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. Memorex PC CE – Rodada 06 12 ADVERSATIVAS Mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, senão, não obstante, aliás, ainda assim. ADITIVAS E, nem, também, que, não só...mas também, não só...como, tanto...como, assim...como. EXPLICATIVA Isto é, por exemplo, a saber, ou seja, verbi gratia, pois, pois bem, ora, na verdade, depois, além disso, com efeito que, porque, ademais, outrossim, porquanto. ALTERNATIVA Ou...ou, já...já, seja...seja, quer...quer, ora...ora, agora...agora. CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS TEMPORAIS Quando, enquanto, apenas, mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, senão quando, ao tempo que. PROPORCIONAIS Quanto mais...tanto mais, ao passo que, à medida que, quanto menos...tanto menos, à proporção que. CAUSAIS Já que, porque, que, visto que, uma vez que, sendo que, como, pois que, visto como. CONDICIONAIS Se, salvo se, caso, sem que, a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que, com tal que. CONFORMATIVA Consoante, segundo, conforme, da mesma maneira que, assim como, com que. FINAIS Para que, a fim de que, que, porque. Memorex PC CE – Rodada 06 13 CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS COMPARATIVA Como, tal como, tão como, tanto quanto, mais...(do) que, menos...(do) que, assim como. CONSECUTIVA Tanto que, de modo que, de sorte que, tão...que, sem que. CONCESSIVA Embora, ainda que, conquanto, dado que, posto que, em que, quando mesmo, mesmo que, por menos que, por pouco que, apesar de que. Memorex PC CE – Rodada 06 14 INFORMÁTICA DICA 21 SISTEMA OPERACIONAL: WINDOWS/LINUX MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS O Linux utiliza o gerenciador de arquivos para manipular pastas e arquivos. Porém, é possível utilizar programas através da linha de comando para manipular arquivos. cp copiar um arquivo mv mover um arquivo del deletar um arquivo mkdir criar um diretório cd mudar de diretório dentro do terminal ls listar conteúdo de uma pasta pwd (print work directory) mostrar em qual pasta está atualmente rm remover arquivos ou diretórios. find procurar arquivos tail mostrar o final de um arquivo head mostrar o início de um arquivo sort utilizado para ordenar Memorex PC CE – Rodada 06 15 JÁ CAIU NA BANCA IDECAN! (Ano: 2012 Banca: IDECAN Órgão: Banestes Cargo: Analista Econômico - Financeiro) No Sistema Operacional Linux, ao utilizar o Prompt de Comando para trabalhar, se for ordenar um arquivo de linhas alfabeticamente, o comando certo a ser utilizado será: A) head. B) mkdir. C) mdir. D) tail. E) sort Resposta: E DICA 22 ESTRUTURA DE DIRETÓRIOS LINUX O Linux tem uma estrutura de diretórios padrão, composta da seguinte forma: /bin /boot /usr /var /opt /home /etc /sbin /root /tmp /mnt /proc /dev /lib WINDOWS Todos os arquivos são divididos dentro dessas pastas. Cada uma delas tem uma função na organização dos arquivos do Sistema. Por exemplo, Ex.: /bin armazena arquivos executáveis e comandos essenciais do sistema. Arquivos de usuários ficam na pasta /home. A pasta /usr armazena os arquivos executáveis de programas instalados no sistema. DICA 23 ÁREA DE TRABALHO A interface gráfica no Linux pode ser personalizada. Existem várias personalizações, entre elas GNOME, KDE, XFCE. Essas interfaces recebem o nome de Ambientes gráficos e influenciam o design do sistema, como cores, temas e estrutura dos gerenciadores de aplicativos. Não confundir com distros Linux. Exemplo de distro Linux são Ubuntu, Debian, CentOS, Fedora, ArchLinux etc. Memorex PC CE – Rodada 06 16 JÁ CAIU NA BANCA IDECAN! (Ano: 2014 Banca: IDECAN Órgão: AGU Cargo: Agente administrativo) Sistemas Operacionais Linux são programas responsáveis por promover o funcionamento do computador, realizando a comunicação entre os dispositivos de hardware e softwares. Em relação a este sistema, é correto afirmar que KDE e GNOME são: a) versões de Kernel. b) distribuições Linux. c) ambientes gráficos. d) editores de texto Linux. E) terminais para execução de comandos. Resposta: c DICA 24 ÁREA DE TRANSFERÊNCIA Assim como no Windows, o Linux também tem área de transferência, responsável por armazenar temporariamente arquivos, textos para serem copiados para outros locais. No Linux, é possível instalar ferramentas de gerenciamento da área de transferência como o xclip. As áreas de transferência servem para transferir dados entre documentos e aplicativos. DICA 25 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SEGURANÇA DE DADOS - NOÇÕES DE CRIPTOMOEDAS CRIPTOGRAFIA A criptografia pode ser simétrica ou assimétrica. Criptografia Simétrica – significa que utiliza a mesma chave para criptografar e descriptografar. Criptografia Assimétrica – significa que utiliza-se duas chaves, é conhecida como criptografia de chave pública, tem duas chaves, uma pública e uma privada. Utiliza-se a pública para cifrar e a privada para decifrar. O RSA é um algoritmo bastante conhecido de criptografia assimétrica. DICA 26 PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Confidencialidade – Garante que a informação só seja acessada por pessoas autorizadas. Integridade – Garante que o conteúdo da mensagem não foi alterado. Disponibilidade – Garante que a informação esteja sempre pronta pra uso legítimo. Autenticidade – Garante que a informação enviada foi realmente enviada por quem diz que a enviou. Não repúdio (Irretratabilidade) – Garante que o autor não negue que criou ou enviou a mensagem. Memorex PC CE – Rodada 06 17 DICA 27 ARQUIVOS MALICIOSOS E ATAQUES São arquivos maliciosos com o intuito de danificar, roubar, alterar e espionar dados. (Malware do inglês significa Malicious software). O Malware para que possa causar os danos mencionados precisa ser executado. Alguns podem se autoexecutar. TIPOS DE MALWARE Virus Trojan Worm keylogger Rootkit Adware Spyware Crimes cibernéticos vem ficando bastante comum, devido isso, deve-se ficar atento aos diversos tipos de ataques. Ransomware - Sequestro do computador. Arquivos são criptografados e os criminosos solicitam recompensa pela chave que descriptografa. Phishing - Sites que se disfarçam dos verdadeiros para roubar dados, exemplo de sites de compras e sites de banco, muitas vezes vem como promoções. DICA 28 SENHAS Senhas precisam ser fortes para evitar que possam ser adivinhadas. Desta forma, deve- se evitar utilizar informações pessoais nas senhas. Senhas devem conter caracteres maiúsculos, minúsculos, números e caracteres especiais para serem fortes. ATENÇÃO! Vale lembrar de alguns mecanismos de segurança adicional. Gerenciamento de senhas: Utilizar programas para gerenciamento de senhas ao invés de usar um pedaço de papel guardado na gaveta. Autenticação em dois fatores: Utilizar sempre a autenticação em dois fatores para evitar clone de contas, como tem ocorrido com Whatsapp e Telegram. DICA 29 COMPUTAÇÃO EM NUVEM É o fornecimento de serviços como servidores, banco de dados, software, inteligência artificial etc. Tudo isso com características como rapidez, flexibilidade e economia. A nuvem tem a propriedade de ser elástica, se expande à medida que o cliente precisa. Serviços fornecidos na nuvem são nomeados de acordo com o que provido ao cliente. PaaS - Plataforma como serviço. É o uso da programação de software feito diretamente na nuvem. É o intermediário entre SaaS e Iaas. SaaS - Software como serviço, é uma forma de acessar um software através da nuvem, exemplos Netflix, Microsoft Office 365. IaaS - Infraestrutura como serviço. É a forma de organizar tudo que é necessário para executar um software diretamente na nuvem, como servidores, equipamentos de segurança etc. Memorex PC CE – Rodada 06 18 JÁ CAIU NA BANCA IDECAN! (Ano: 2019 Banca IDECAN Órgão IFAM Cargo: Bibliotecário) Com a computação em nuvem, diversas empresas de software tiveram que se adaptar às novas tecnologias para oferecer melhores alternativas aos seus usuários. A suíte de aplicativos Microsoft Office 365 oferece seus aplicativos na forma tradicional, instalando no computador e na nuvem. Essa modalidade de serviço na nuvem chama- se a) Paas b) SaaS c) IaaS d)MaaS e)OaaS Resposta: b DICA 30 NOÇÕES DE CRIPTOMOEDAS Se apoiam na tecnologia de Blockchain; Uso de criptografia; Mineração - resolução de problema complexo que rende uma recompensa ao minerador; Exemplo de criptomoedas: Bitcoin, Ethereum, dogecoin, Litecoin, Binance coin, etc CARTEIRA DE BITCOIN São utilizadas para armazenar os dados dos usuários e permitem que possam utilizar seus fundos de bitcoin, parecido com uma conta de banco convencional. Utiliza criptografia de chave pública, onde a chave privada é utilizada para acesso e a chave pública para recebimento de fundos. Uma carteira tem um endereço, que é um número de 26 a 32 caracteres, que se parece com isso: 1A1zP1eP5QGefi2ABCTfTL5SLmv7DavfNa. Esse endereço é utilizado quando se deseja receber em bitcoin. Quando ocorrem crimes cibernéticos, os criminosos geralmente solicitam o pagamento em bitcoin, porque isso faz com que não seja possível o rastreio de quem está recebendo o dinheiro, a informação que se tem, será de quanto ele recebeu e quantas transações foram realizadas para ter a quantia que tem naquela carteira. Memorex PC CE – Rodada 06 19 NOÇÕES DE DIREITO PENAL DICA 31 LEI DE DROGAS PORTE DE DROGAS O porte de drogas para consumo pessoal não sofreu descriminalização, ou seja, continua sendo CRIME, contudo, sofreu descarcerização, uma vez que a lei não prevê pena de privação de liberdade, mas apenas PENA restritiva de direito. As penas previstas para o delito são de advertência sobre os efeitos das drogas; prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo; A penas de prestação de serviços e comparecimento a programa terão duração máxima de 5 meses ou de 10 meses, se for reincidente, essas penas prescrevem em dois anos. DICA 32 Primeiro, é preciso dizer que nem todos os crimes da Lei de Drogas dizem respeito ao tráfico, por isso, há tipos na lei punidos apenas com detenção: Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga; Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem; Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem. ATENÇÃO! As penas de detenção tem regime de cumprimento inicial sempre aberto ou semiaberto. DICA 33 A Lei também traz infrações de menor potencial ofensivo, que são apuradas por termo circunstanciado de ocorrência e tramitam junto aos Juizados Especiais Criminais: Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem; Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; Memorex PC CE – Rodada 06 20 DICA 34 CUIDADO: a lei de drogas traz uma figura de modalidade culposa, ou seja, praticada sem intenção: Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; O delito, na ação prescrever só pode ser praticada pelo médico e pelo dentista, mas no verbo ministrar, qualquer pessoa pode ser sujeito ativo. Assim, importante memorizar que essa figura típica é a única da lei que, ao mesmo tempo, é culposa, infração de menor potencial ofensivo e punida com detenção! DICA 35 Para facilitar a sua memorização, fique atento ao quadro abaixo: CONDUÇÃO DETENÇÃO IMPO CULPOSA Condução de embarcação SIM Auxílio ao uso de droga SIM Oferecer droga gratuitamente SIM SIM Prescrição indevida SIM SIM SIM DICA 36 TRÁFICO PRIVILEGIADO É uma causa de diminuição de pena de 1/6 a 2/3. Requisitos: primário, de bons antecedentes, e que não se dedique a atividades criminosas nem integre organização criminosa; MACETE PARA MEMORIZAR: imagine um traficante com um cesto de drogas (1/6) nos braços e dois terços pendurados no pescoço (2/3) rezando para receber o privilégio (parece bobo, mas você nunca mais vai esquecer). DICA 37 ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA PARA O TRÁFICO Exigência de no mínimo duas pessoas para a realização do tráfico propriamente dito, suas figuras equiparadas e aquelas que dizem respeito ao maquinário para a produção de drogas. Desnecessidade da reiteração delitiva: o texto legal afirma que os agentes associados queiram praticar os crimes de forma reiterada ou não. Assim, ao contrário do que ocorre no crime de associação criminosa do CP, a união para a prática de um só crime é suficiente. Memorex PC CE – Rodada 06 21 DICA 38 ATENÇÃO: Se houver a participação de um menor de idade no crime de tráfico de drogas, não haverá concurso com o delito de corrupção de menores do ECA, pois a lei de drogas tem causa de aumento específica. DICA 39 CAUSAS DE AUMENTO As causas de aumento seguem os mesmos patamares do tráfico privilegiado, ou seja, de 1/6 a 2/3. São elas: Transnacionalidade ou que atinjam mais de um estado da federação: não há necessidade que a droga efetivamente transponha as fronteiras ou divisas, mas apenas que seja essa a destinação; Quando cometido no exercício da função pública ou do poder familiar, guarda ou vigilância; Nas proximidades de estabelecimentos prisionais, de ensino, hospitalares, entidades coletivas, local de trabalho coletivo, recreação, clínicas de reabilitação, policiais ou em transportes públicos; Quando praticado com violência, grave ameaça, arma de fogo ou outro meio de intimidação coletiva; Quando atingir incapaz ou for praticado com menor; Quando o agente financiar ou custear a prática do crime. DICA 40 LAUDO DA DROGA O ato de atestar a droga passa por duas fases: Laudo provisório de constatação; e Laudo definitivo. O laudo definitivo deve ser lavrado por perito, mas o provisório pode ser lavrado por pessoa idônea quando não houver perícia no local. Para fins de aplicar a pena, o Juiz analisará a quantidade e a natureza da droga, o que não é a mesma coisa de qualidade! A qualidade da droga não é fator de cálculo de pena. Memorex PC CE – Rodada 06 22 DICA 41 HEDIONDEZ Nem todos os crimes da Lei de Drogas são hediondos. O tráfico privilegiado não é considerado hediondo. Somente serão considerados hediondos os crimes de: Tráfico propriamente dito; Figuras equiparadas; Figuras relacionadas ao maquinário; Associação para o tráfico; e Financiamento do tráfico. As demais figuras admitem, portanto, a concessão de fiança, indulto, anistia e etc. O STF já se manifestou sobre a possibilidade da concessão de liberdade provisória ao crime de tráfico de drogas. DICA 42 Não se aplica o princípio da insignificância ao crime de tráfico de drogas e porte para consumo pessoal, ainda que a quantidade seja muito pequena, pois se entende que o crime atinge a saúde pública, pouco importando a quantidade de droga apreendida. DICA 43 USO DA FORÇA POR AGENTES DA SEGURANÇA PÚBLICA O uso da força por agentes de segurança é regulado pela Portaria Interministerial nº 4.226/2010 e deverá obedecer aos princípios: PROPORCIONALIDADE LEGALIDADE CONVENIÊNCIA NECESSIDADE MODERAÇÃO PROLE CON NEMO Memorex PC CE – Rodada 06 23 DICA 44 O uso diferenciado da força é escalonado em várias etapas, cada uma delas correspondente a um tipo de ameaça: NÍVEL 1 Presença física Normalidade NÍVEL 2 Verbalização Comportamento cooperativo NÍVEL 3 Controle de contato Resistência passiva NÍVEL 4 Controle físico Resistência ativa NÍVEL 5 Táticas menos letais Resistência hostil NÍVEL 6 Força letal Ameaça à vida DICA 45 NÃO SÃO PRÁTICAS ACEITÁVEIS OU LEGÍTIMAS: Disparar armas de fogo contra pessoas, exceto em casos de legítima defesa própria ou de terceiro contra perigo iminente de morte ou lesão grave; Uso de armas de fogo contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que, mesmo na posse de algum tipo de arma, não represente risco imediato de morte ou de lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros; Uso de armas de fogo contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, a não ser que o ato represente um risco imediato de morte ou lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros; "Disparos de advertência". DICA 46 O ato de apontar arma de fogo contra pessoas durante os procedimentos de abordagem não deverá ser uma prática rotineira e indiscriminada. Obs.: verifique que o dispositivo fala que não pode ser de forma rotineira e indiscriminada, mas não diz que é prática proibida. DICA 47 INSTRUMENTOS DE MENOR POTENCIAL OEFENTIVO Todo agente de segurança pública que, em razão da sua função, possa vir a se envolver em situações de uso da força, deverá portar no mínimo 2 (dois) instrumentos de menor potencial ofensivo, e equipamentos de proteção necessários à atuação específica, independentemente de portar ou não arma de fogo. Memorex PC CE – Rodada 06 24 CUIDADO: o porte de arma de fogo não afasta a necessidade de porte de dois instrumentos de menor potencial ofensivo. DICA 48 LESÃO OU MORTE Toda vez que o uso da força por parte do agente de segurança pública resultar em lesão ou morte, este deverá tomar as seguintes providências: Facilitar a prestação de socorro ou assistência médica aos feridos; Promover a correta preservação do local da ocorrência; Comunicar o fato ao seu superior imediato e à autoridade competente; Preencher o relatório individual correspondente sobre o uso da força. Além disso, os agentes de segurança pública deverão preencher um relatório individual todas as vezes que dispararem arma de fogo e/ou fizerem uso de instrumentos de menor potencial ofensivo, ocasionando lesões ou mortes. CUIDADO: Pois o registro não é somente quando a lesão ou morte é causada por arma de fogo. DICA 49 PRAZO PARA RENOVAÇÃO DE HABILITAÇÃO Segundo a Portaria, a renovação da habilitação para uso de armas de fogo em serviço deve ser feita com periodicidade mínima de 1 (um) ano. DICA 50 CONCEITOS IMPORTANTES DA PORTARIA Força: Intervenção coercitiva imposta à pessoa ou grupo de pessoas por parte; Nível do Uso da Força: Intensidade da força escolhida pelo agente de segurança pública em resposta a uma ameaça real ou potencial; Uso Diferenciado da Força: Seleção apropriada do nível de uso da força em resposta a uma ameaça real ou potencial visando limitar o recurso a meios que possam causar ferimentos ou mortes. DICA 51 PRINCÍPIOS Conveniência: objetivos acima dos danos; Legalidade: uso da força nos limites da lei; Moderação: além de proporcional, deve ser moderado, sempre pensando em reduzir o uso da força; Necessidade: só usar mais força quando a força menor não for suficiente; Memorex PC CE – Rodada 06 25 Proporcionalidade: compatível com gravidade da ameaça. DICA 52 POLÍTICA CRIMINAL E FUNÇÕES DA POLÍCIA CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA Treze membros, designados pelo Ministério da Justiça, dentre professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, representantes da comunidade e dos Ministérios da área social. Mandato: duração de dois anos, renovado um terço em cada ano. DICA 53 DIFERENÇAS ENTRE DIREITO PENAL, CRIMINOLOGIA E POLÍTICA CRIMINAL Direito penal: Analisa comportamentos humanos indesejados, define quais devem ser qualificados como crimes ou contravenções penais e fixa sanções penais. Criminologia: É uma ciência empírica e interdisciplinar que se ocupa do estudo, crime do criminoso, da vítima e do controle social do comportamento delitivo. Política criminal: tem por objeto a definição de estratégias de controle social. Tem por objeto a apresentação de críticas e propostas para a reforma do direito penal em vigor visando ajustá-lo aos ideais jurídico-penais de justiça. DICA 54 As polícias são, no Brasil, órgãos do Estado que têm a finalidade constitucional de: Preservar a ordem pública; Proteger pessoas e o patrimônio; Realizar a investigação e repressão dos crimes; Controle da violência. DICA 55 A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 144, estabelece que a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida através dos seguintes órgãos: Polícia Federal; Polícia Rodoviária Federal; Polícia Ferroviária Federal; Polícias Civis; Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares; Polícias Penais Federal, Estaduais e Distrital. Memorex PC CE – Rodada 06 26 LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE DICA 56 LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) Requisitos para candidatura a membro do conselho tutelar: Reconhecida idoneidade moral Idade superior a 21 (vinte e um) anos Residir no município DICA 57 LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) SÚMULAS IMPORTANTES Súmula 265/STJ É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da medida socioeducativa. Súmula 492/STJ O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente. Súmula 500/STJ A configuração do crime previsto no art.244-B do Estatuto da Criança e do Adolescente independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal (ou seja, a efetiva corrupção é mero exaurimento). DICA 58 LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) DOS CRIMES EM ESPÉCIE PREVISTOS NO ECA O tipo previsto no art. 230, do ECA, dispõe sobre a privação da criança ou do adolescente de sua liberdade sem estar em flagrante de ato infracional ou sem ordem escrita da autoridade judiciária. Memorex PC CE – Rodada 06 27 Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observânciadas das formalidades legais. Sujeito ativo: crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa. Sujeito passivo: Criança e/ou adolescente. Somente pode ser praticado na modalidade dolosa. É cabível transação penal e suspensão condicional do processo. DICA 59 LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) DOS CRIMES EM ESPÉCIE PREVISTOS NO ECA PEDOFILIA Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. § 1 o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena. § 2 o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime: I – No exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la; II – Prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou III – prevalecendo-se de relações de parentesco consanguíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento. Sujeito ativo: crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa. Sujeito passivo: Criança e/ou adolescente. Elemento objetivo: Trata-se de tipo misto alternativo, assim se o agente praticar mais de uma conduta descrita no caput responderá por um único crime. Somente pode ser praticado na modalidade dolosa. Não admite suspensão condicional do processo. Memorex PC CE – Rodada 06 28 DICA 60 LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) DOS CRIMES EM ESPÉCIE PREVISTOS NO ECA DIVULGAÇÃO DE PEDOFILIA Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. § 1 o Nas mesmas penas incorre quem: (figura equiparada) I – Assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo; II –Assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo. § 2 o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1 o deste artigo são puníveis quando o responsável pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo. Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. § 1 o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de pequena quantidade o material a que se refere o caput deste artigo. § 2 o Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a finalidade de comunicar às autoridades competentes a ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a comunicação for feita por: I – Agente público no exercício de suas funções; II -Membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas finalidades institucionais, o recebimento, o processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes referidos neste parágrafo; III – Representante legal e funcionários responsáveis de provedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede de computadores, até o recebimento do material relativo à notícia feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder Judiciário. § 3 o As pessoas referidas no § 2 o deste artigo deverão manter sob sigilo o material ilícito referido. Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual: Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material produzido na forma do caput deste artigo. Memorex PC CE – Rodada 06 29 Em regra, a Justiça Estadual é competente para julgar os crimes descritos acima, a exceção se dá com o recente entendimento do STF, vejamos: Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente (artigos 241, 241-A e 241-B da Lei 8.069/1990) quando praticados por meio da rede mundial de computadores. Sujeito ativo: crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa. Sujeito passivo: Criança e/ou adolescente. Elemento objetivo: Trata-se de tipo misto alternativo, assim se o agente praticar mais de uma conduta descrita no caput responderá por um único crime. Somente pode ser praticado na modalidade dolosa. Não admite suspensão condicional do processo no caso do art. 241-A. Admite suspensão condicional do processo os artigos 241-B e 241-C do ECA. Ambas as condutas descritas (art. 241-A, B e C) admitem tentativa. DICA 61 LEI 10.741/2003 (ESTATUTO DO IDOSO) É considerada pessoa idosa com idade igual ou superior a 60 anos. Critério cronológico para o gozo de alguns direitos previstos no Estatuto do Idoso: DIREITO IDADE Gratuidade dos transportes coletivos públicos 65 1 salário mínimo para o idoso que não possua meios de prover sua subsistência 65 Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares. Para ter acesso à gratuidade do transporte coletivo, basta que o idoso apresente documento que faça prova da sua idade. Serão reservados 10% (dez por cento) das vagas no transporte coletivo para os idosos. No caso de pessoas com idade entre 60 e 65 anos, fica a critério da legislação local dispor sobre condições para o exercício da gratuidade nos meios de transporte. No caso de transporte coletivo interestadual: Reserva de 2 (duas) vagas gratuitas para idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários mínimos; Desconto de 50% (cinquenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, para os idosos que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos. Memorex PC CE – Rodada 06 30 Reserva para os idosos, de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados. CAIU NA IDECAN: Ano: 2014 Banca: IDECAN Órgão: EBSERH Prova: IDECAN - 2014 – EBSERH – Assistente Social De acordo com as disposições do art. 39 do Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003), aos maiores de 65 anos fica assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semiurbanos, exceto nos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares. Em relação às condições e critérios legais para exercício desta gratuidade, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. (V) Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer documento pessoal que faça prova de sua idade. VERDADEIRA (art. 39, §1º) (F) Nos veículos de transporte coletivo públicos urbanos e semiurbanos, exceto nos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares, serão reservados 20% dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a placa de reservado preferencialmente para idosos. FALSO (art. 39, §2º) SERÃO RESERVADOS 10%. (F) No caso das pessoas compreendidas na faixa etária entre 60 e 65 anos, ficará a critério da legislação local, dispor sobre as condições para exercício da gratuidade nos meios de transporte públicos urbanos e semiurbanos, exceto nos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares. FALSO (art. 39, §3º) não há essa exceção. (F) A gratuidade será reconhecida aos idosos que comprovem renda mínima igual ou inferior a um salário mínimo. FALSO (art. 39, §3º) Resposta: V,F,F,F DICA 62 LEI 10.741/2003 (ESTATUTO DO IDOSO) O direito a alimentação do idoso é um direito social. A obrigação alimentar é solidária podendo o idoso optar entre os prestadores. Os alimentos são prestados ao idoso na forma da lei civil. As transações relativas a alimentos poderão ser celebradas perante o Promotor de Justiça ou Defensor Público, que as referendará, e passarão a ter efeito de título executivo extrajudicial nos termos da lei processual civil. Em caso de ausência da família, o dever passa a ser do estado: Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de prover o seu sustento, impõe-se ao Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência social. Memorex PC CE – Rodada 06 31 CAIU NA IDECAN: Ano: 2016 Banca: IDECAN Órgão: Prefeitura de Natal - RN Provas: IDECAN – 2016 – Prefeitura de Natal - RN – Advogado. “Estabelece o Estatuto do Idoso que os alimentos serão prestados ao idoso na forma da lei civil e que que a obrigação alimentar é ___________________.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior. Resposta: Solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores. DICA 63 LEI 10.741/2003 (ESTATUTO DO IDOSO) DOS CRIMES EM ESPÉCIE Os crimes previstos no Estatuto do idoso são de ação penal pública incondicionada. APLICAÇÃO DA LEI 9.099/95 Aos crimes previstos no Estatuto do Idoso, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento da lei 9.099/95 (por ser mais célere), e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal. Nas penas não superiores a 2 anos serão cabíveis os benefícios da lei 9.099/95. Caso sejam atendidos os requisitos, o MP pode propor ANPP (acordo de não persecução penal), instituto previsto no art. 28-A do CPP. DICA 64 LEI Nº 13.146/2015 (ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA) O estatuto da pessoa com deficiência é destinado a assegurar e promover condições de igualdade e exercício dos direitos e das liberdades fundamentais, visando a inclusão social e cidadania da pessoa com deficiência. Pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igual de condições com as demais pessoas. Mnemônico das deficiências: (FIMS) FÍSICA INTELECTUAL MENTAL SENSORIAL Memorex PC CE – Rodada 06 32 Pessoa com mobilidade reduzida: é aquela que tem, por qualquer motivo, dificuldade de movimentação, flexibilidade e locomoção. Pode ser permanente ou temporária. Trata-se da mobilidade. Ex: idoso, gestante, obeso. SÚMULAS IMPORTANTES Súmula 377/STJ O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes. Súmula 552/STJ O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos. DICA 65 LEI Nº 13.146/2015 (ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA). DO DIREITO À SAÚDE DA PESSOA DEFICIENTE É assegurado acesso integral à saúde da pessoa com deficiência, em todos os níveis de complexidade, por meio do SUS, garantido acesso universal e igualitário. É vedado procedimento ou trabalho sem o consentimento da pessoa com deficiência, salvo quando a pessoa não tiver necessário discernimento. O art. 18 em seu paragrafo 4º elenca as ações e serviços de saúde publica destinados à pessoa com deficiência que devem assegurar: I - Diagnóstico e intervenção precoces, realizados por equipe multidisciplinar; II - Serviços de habilitação e de reabilitação sempre que necessários, para qualquer tipo de deficiência, inclusive para a manutenção da melhor condição de saúde e qualidade de vida; III - Atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento ambulatorial e internação; IV - Campanhas de vacinação; V - Atendimento psicológico, inclusive para seus familiares e atendentes pessoais; VI - Respeito à especificidade, à identidade de gênero e à orientação sexual da pessoa com deficiência; VII - Atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à fertilização assistida; VIII - Informação adequada e acessível à pessoa com deficiência e a seus familiares sobre sua condição de saúde; IX - Serviços projetados para prevenir a ocorrência e o desenvolvimento de deficiências e agravos adicionais; Memorex PC CE – Rodada 06 33 X - Promoção de estratégias de capacitação permanente das equipes que atuam no SUS, em todos os níveis de atenção, no atendimento à pessoa com deficiência, bem como orientação a seus atendentes pessoais; XI - Oferta de órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção, medicamentos, insumos e fórmulas nutricionais, conforme as normas vigentes do Ministério da Saúde. CAIU NA IDECAN: Ano: 2016 Banca: IDECAN Órgão: Prefeitura de Natal - RN Provas: IDECAN – 2016 – Prefeitura de Natal - RN – Advogado. De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, as ações e os serviços de saúde pública destinados à pessoa com deficiência devem assegurar: A) Atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à fertilização assistida. CORRETO: art. 18, §4º, VII. B) Atendimento psicológico, inclusive para seus familiares, sendo vedado aos atendentes pessoais. ERRADO: Art. 18, § 4o V - atendimento psicológico, inclusive para seus familiares e atendentes pessoais; C) Promoção de estratégias de capacitação permanente das equipes que atuam no SUS, em todos os níveis de atenção, no atendimento à pessoa com deficiência, vedada a orientação a seus atendentes pessoais. ERRADO: Art. 18, § 4º X - promoção de estratégias de capacitação permanente das equipes que atuam no SUS, em todos os níveis de atenção, no atendimento à pessoa com deficiência, bem como orientação a seus atendentes pessoais; D) Serviços de habilitação e de reabilitação sempre que necessários, para qualquer tipo de deficiência, exclusivamente, quando houver possibilidade de recuperação da capacidade produtiva, sendo vedada apenas para a manutenção da melhor condição de saúde e qualidade de vida. ERRADO: Art. 18, § 4º II - serviços de habilitação e de reabilitação sempre que necessários, para qualquer tipo de deficiência, inclusive para a manutenção da melhor condição de saúde e qualidade de vida. Resposta: a DICA 66 LEI 9.503/1997 (CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO) DOS CRIMES DE TRÂNSITO Aos crimes previstos no Código de Trânsito Brasileiro aplicam-se as normas gerais do código penal, o código de processo penal e a lei 9.099/95, se no CTB não dispuser de modo diverso. O crime de lesão corporal culposa de trânsito se aplica os institutos despenalizadores da Lei 9.099/95 previstos nos artigos 74, 76 e 88 (composição civis dos danos, transação penal, depende representação a ação penal), exceto se o agente estiver: Memorex PC CE – Rodada 06 34 I - Sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência; II - Participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente; III - Transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora). Nesses casos deve ser instaurado o inquérito policial para investigação da infração penal. Fixação da pena-base pelo juiz segundo art. 59 do CP se atentando para a culpabilidade do agente e às circunstâncias e consequências do crime. DICA 67 LEI 9.503/1997 (CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO) DOS CRIMES DE TRÂNSITO O CTB dispõe que em caso de acidente de trânsito que resulte vítima, não se imporá prisão em flagrante e nem será exigida fiança ao condutor do veiculo que prestar pronto e integral socorro à vítima. A fuga do local pelo condutor que se envolve em acidente de trânsito é considerada infração de menor potencial ofensivo. Sujeito ativo e passivo podem ser qualquer um, portanto trata-se de crime duplamente comum. Quem instiga ou presta auxilio na fuga também comete o crime do art. 305, na condição de partícipe. O art. 305 tipifica o delito: Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. DICA 68 LEI 9.613/1998 (“LAVAGEM” DE CAPITAIS OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E VALORES) Conceito de lavagem de capitais: é a atividade de desvincular ou afastar do dinheiro sua origem ilícita, dando origem aparentemente lícita para ser utilizado. É crime derivado, pois pressupõe a prática de outra infração penal (crime ou contravenção) antecedente. Sujeito passivo: é a sociedade. Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). É possível que o agente da infração antecedente possa responder também pelo crime de lavagem de capitais, nesse caso responderá em concurso material de crimes. Memorex PC CE – Rodada 06 35 O STF admite a autolavagem (selflaudering). DICA 69 LEI 9.613/1998 (“LAVAGEM” DE CAPITAIS OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E VALORES) Para o STF o crime de lavagem de bens, direitos ou valores é permanente. Dessa forma é possível realizar a prisão em flagrante do agente. A prescrição só começa a correr do dia em que cessar a permanência. É punível a tentativa do crime de lavagem. Crime de lavagem de capitais: É crime acessório, vez que depende da existência de infração penal antecedente. Para a apuração do crime de lavagem de dinheiro, admite-se a utilização da ação controlada e da infiltração de agentes. Jurisprudência do STJ: Não impede o prosseguimento da apuração de cometimento do crime de lavagem de dinheiro a extinção da punibilidade dos delitos antecedentes. CAIU NA PROVA DA PF: Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE – 2018 - Polícia Federal - Perito Criminal Federal – Área 1 Acerca de crédito tributário, legislação tributária e crime de lavagem de capitais ou ocultação de bens, direitos e valores, julgue o item que se segue. O crime de lavagem de capitais ou ocultação de bens, direitos e valores não é admitido na modalidade tentada. Resposta: ERRADO. Art. 1º, §3º: A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do Artigo 14, do CP. DICA 70 LEI 9.613/1998 (“LAVAGEM” DE CAPITAIS OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E VALORES) ETAPAS DA LAVAGEM DE CAPITAIS 1° fase – Colocação (Placement): É a colocação do dinheiro ilícito no sistema financeiro, dificultando a identificação da procedência dos valores de modo a evitar qualquer forma de rastreio. 2° fase – Ocultação (Layering): O objetivo é fazer desaparecer todos os indícios ou evidências, realizam movimentações para impedir o rastreamento do valor ilícito. 3° fase – Integração (Integration): Os bens passam a ter aparência lícita, podendo ser utilizados normalmente. Memorex PC CE – Rodada 06 36 COAF – CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS Integra o Ministério da Fazenda. Recebe comunicações de operações suspeitas, analisa e repassa às autoridades competentes (MP e Polícia Civil). Pode de forma subsidiaria aplicar penalidades e estabelecer orientações. Não realiza investigação, não produz prova, apenas elabora relatório de inteligência financeira. O STF fixou a tese de que é constitucional o compartilhamento dos relatórios de inteligência financeira do COAF com os órgãos de persecução penal para fins criminais, sem a obrigatoriedade de prévia autorização judicial. FOI OBJETO DE PROVA Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: PC-AC Prova: IBADE - 2017 - PC-AC - Delegado de Polícia Civil. A fase da lavagem de capitais, de acordo com as definições do COAF, em que são realizados diversos negócios e movimentações financeiras, a fim de impedir o rastreamento e encobrir a origem ilícita dos valores é denominada pela doutrina de: A) ocultação. B) colocação C) destinação D) evaporação E) integração. Resposta: Letra A - A ocultação ou Placement é a primeira fase da lavagem. É a introdução do dinheiro ilícito no sistema financeiro, dificultando a identificação da procedência delituosa do dinheiro de forma a evitar qualquer liame entre o agente e o resultado advindo da prática da infração penal antecedente. Memorex PC CE – Rodada 06 37 NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL DICA 71 LEI DE EXECUÇÃO PENAL A Lei de Execuções Penais, ora denominada de LEP, trata da regulamentação de como será realizado o cumprimento da pena. DICA 72 PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA A CF prevê a individualização da pena, no seu art. 5º, inciso XLVI, pelo qual a pena deve ser apurada de forma individual, de acordo com a necessidade do caso concreto. Uma pessoa que mata por ganância não deve ter a mesma pena daquele que mata o estuprador de sua filha, concordam? É por isso que a lei prevê mecanismos para a correta individualização da pena, de forma que a pena de duas pessoas, condenadas pelo mesmo tipo penal (art. 121: homicídio), tenha penas distintas entre si. A individualização repousa no ideal de justiça segundo o qual se deve distribuir, a cada indivíduo, o que lhe cabe de acordo com as circunstâncias de seu comportamento, levando-se em conta especialmente os aspectos subjetivos e objetivos do crime. Essa individualização da pena se dá em momentos diversos, como na etapa legislativa (tipificação de condutas criminais), na etapa judicial (durante a sentença, na dosimetria da pena), e também na etapa administrativa ou executória (durante a execução penal). Na fase executória, a individualização é realizada pela via administrativa e penitenciária, durante a execução da pena. O Estado deve zelar por cada condenado individualmente considerado, de forma singular. É por isso que há critérios subjetivos para a progressão de regime penitenciário; além disso, Daí porque o trabalho interno do condenado será realizado “na medida de suas aptidões e capacidade” (art. 31 da Lei de Execuções Penais); daí porque, além de critérios objetivos, analisa-se critérios subjetivos do condenado para aferição do direito à saída temporária (art. 123 da LEP). DICA 73 FINALIDADE DA PENA De acordo com o art. 59 do CP, a sanção penal assume uma tríplice finalidade: retribuição, prevenção geral e prevenção especial. De acordo com a finalidade da retribuição, o Estado, através da sanção penal, deve retribuir ao condenado o mal injusto provocado à vítima. Aqui, a pena é vista como instrumento de vingança do Estado contra o criminoso. De acordo com a finalidade da prevenção geral, a pena é destinada ao controle da violência. Teria assim o propósito de criar um contraestímulo suficiente para afastar as pessoas do crime (prevenção geral negativa), bem como reafirmar a existência, validade e confiança do sistema jurídico-penal (prevenção geral positiva). Memorex PC CE – Rodada 06 38 Por fim, para a finalidade da prevenção especial, a pena é direcionada à pessoa do condenado. Ou seja, visa intimidá-lo para que não volte a praticar novos crimes, evitando a reincidência (prevenção especial negativa), bem como se preocupa com a sua ressocialização e retorno ao convívio social (prevenção especial positiva). DICA 74 INÍCIO E TÉRMINO DO CUMPRIMENTO DA PENA PRIVATIVA Após o réu ter sido definitivamente condenado, o juiz deve expedir a GUIA DE recolhimento para a execução. Trata-se de um documento importantíssimo, que consta as principais informações sobre a pena imposta ao condenado, como a data de término, além das informações sobre o condenado. De acordo com o art. 107 da LEP, ninguém será recolhido para cumprimento de pena privativa de liberdade sem a guia expedida pela autoridade judiciária. Além disso, o art. 106 da LEP prevê as informações que deve constar nesse documento. Algumas questões mais literais costumam cobrá-lo, portanto, façam a sua leitura. Quanto ao término do cumprimento da pena, a liberdade do condenado não é automática. Ele somente será posto em liberdade mediante alvará do juiz da execução, nos termos do art. 109 da LEP. Finalidade da pena RETRIBUIÇÃO Prevenção GERAL Prevenção geral NEGATIVA Prevenção geral POSITIVA Prevenção ESPECIAL Prevenção especial NEGATIVA Prevenção especial POSITIVA Memorex PC CE – Rodada 06 39 DICA 75 IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO (art. 9º-A) IMPORTANTE! O art. 9-A da LEP foi recentemente incluído pelo Pacote Anticrime, e prevê uma inovação polêmica: a identificação do perfil genético de condenados. Por força desse dispositivo, os condenados por crimes hediondos são submetidos obrigatoriamente à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA, por técnica adequada e indolor. Ainda, a identificação será armazenada em banco de dados sigiloso. Trata-se de medida que visa alimentar um banco de dados de perfil genético de pessoas condenadas por crimes graves, visando facilitar a elucidação de crimes de maior gravidade. Recusa: Por fim, caso o condenado se recuse a se submeter ao procedimento de identificação do perfil genético, cometerá falta grave, o que implica em diversas consequências no âmbito da execução penal, conforme veremos nas próximas dicas. DICA 76 TRABALHO DO PRESO O trabalho do preso, via de regra, é obrigatório. Trata-se de uma obrigatoriedade que visa a sua reinserção à sociedade, e que não se confunde com a pena de trabalhos forçados, vedada pela Constituição Federal. A LEP prevê uma série de regras ao trabalho do preso, analisadas a seguir: O trabalho do preso não está sujeito ao regime da CLT (art. 28, §2); O trabalho do preso será remunerado, não podendo ser inferior a 3/4 do salário mínimo (art. 29). Não confundir com a pena restritiva de prestação de serviços à comunidade, pois esta não é remunerada (art. 30); O trabalho do preso condenado a pena privativa de liberdade é obrigatório, na medida de suas aptidões e capacidade (art. 31). Constitui falta grave a sua recusa injustificada; O trabalho não é obrigatório para o preso provisório (ou seja, aquele preso cautelarmente, através de prisão preventiva, por exemplo). Nessa hipótese, caso ele trabalhe, só poderá fazê-lo dentro do estabelecimento penitenciário, vedado o trabalho externo (art. 31, parágrafo único); A jornada de trabalho não será inferior a 4 e nem superior a 8 horas, com descanso aos domingos e feriados. Remição: a cada 3 dias de trabalho, o condenado possui direito à remição, ou seja, ao desconto de 1 dia de pena. A proporção é de 3 dias de trabalho para 1 de pena (art. 126, §1, inciso II). Memorex PC CE – Rodada 06 40 DICA 77 TRABALHO EXTERNO (art. 36/37) Via de regra, o trabalho do preso é realizado dentro do regime penitenciário. Todavia, há situações em que é autorizado ao preso trabalhar externamente, fora o sistema carcerário. O art. 36 da LEP prevê que o condenado ao regime fechado somente poderá realizar o seu trabalho externo em serviços ou obras públicas, ou em entidades privadas, se adotadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. Ainda, o trabalho em entidade privada depende de consentimento expresso do preso (art. 36, §3). Além disso, o trabalho externo deve ser autorizado pelo diretor do presídio (e não pelo juiz!!!), e dependerá do cumprimento mínimo de 1/6 da pena, além de aptidão, disciplina e responsabilidade. Por fim, o limite máximo de presos trabalhando numa obra não pode ultrapassar 10% o total de empregados daquela obra. DICA 78 DISCIPLINA NO SISTEMA PENITENCIÁRIO Os presos devem obedecer uma disciplina no sistema penitenciário, colaborando com a ordem, obedecendo as determinações das autoridades e seus agentes, e bem desempenhando seu trabalho (art. 44). Caso o preso desrespeite a disciplina, incorrerá em falta disciplinar, que será classificada em leve, média e grave. Deve ser instaurado um procedimento administrativo, no âmbito do presídio, para apurar a conduta do preso transgressora da disciplina. O procedimento é instaurado pelo diretor do estabelecimento penitenciário, e não no juiz da execução penal!!! Além disso, deve ser assegurado o direito de defesa através de advogado ou defensor público. Súmula 533, STJ – para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado. DICA 79 FALTA GRAVE As faltas disciplinares são divididas em faltas leves, médias e graves. O art. 50 da LEP prevê quais são as faltas graves aos condenados a pena privativa. A leitura da literalidade deste artigo é importantíssima para a sua prova. Abaixo, elencamos as principais condutas caracterizadoras de falta grave por parte do condenado a pena privativa de liberdade: Incitar ou participar de movimento para subversão da ordem; Fugir; Memorex PC CE – Rodada 06 41 Possuir indevidamente instrumento capaz de ofender a integridade física de outra pessoa; Provocar acidente de trabalho; Descumprir, no regime aberto, as condições impostas; Inobservância dos deveres de obediência e execução do trabalho; Tiver em sua posse, utilizar ou fornecer, aparelho telefônico, rádio ou similar; Recusar a se submeter ao procedimento de identificação do perfil genético. ATENÇÃO! Como novidade introduzida pelo Pacote Anticrime, está a configuração de falta grave caso o condenado se recuse a submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético (art. 50, VIII). DICA 80 CRIME DOLOSO E FALTA GRAVE Além das faltas graves elencadas no art. 50, o art. 52 da LEP prevê que, caso o condenado pratique algum fato previsto como crime doloso, cometerá falta grave, podendo inclusive ser submetido ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), caso isso ocasione subversão da ordem ou disciplina interna. Prevalece o entendimento de que a simples prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave. Portanto, prescinde-se do trânsito em julgado da condenação deste crime doloso para a configuração da falta grave e a incidência de seus efeitos. Ou seja, não é necessário o trânsito em julgado, o que de certa forma configura uma flexibilização ao princípio da presunção de inocência. Utilizei essa expressão prescindir pois, se cair, acredito que virá desta forma na sua prova!!! Não caiam nesse pega, de confundir prescindir com precisar!!!! Súmula 526-STJ: o reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime doloso no cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal instaurado para a apuração do fato. DICA 81 CONSEQUÊNCIAS DA FALTA GRAVE A prática de falta grave interfere substancialmente na vida do condenado dentro do sistema penitenciário. Isso porque o andamento regular da execução penal é que o réu inicie o cumprimento de sua pena, comporte-se de acordo com a disciplina interna, progrida de regime até a extinção da pena e a sua completa reinserção social. Quando há ocorrência de falta grave, o condenado está dando demonstrações de que não pode, por enquanto, retornar o seu convívio social. Memorex PC CE – Rodada 06 42 É por isso que a falta grave interrompe o prazo para a progressão de regime, além de acarretar a sua regressão ao regime mais severo, caso já tenha progredido. Súmula 534, STJ – a prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento da pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração. Mas, CUIDADO: há entendimento consolidado do STJ que vive caindo em prova, no sentido de que a prática de falta grave não interfere no prazo de comutação da pena ou do indulto, bem como do livramento condicional. Súmula 441, STJ – a falta grave não interrompe o prazo para obtenção do livramento condicional. Súmula 535, STJ – a prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação da pena ou indulto. FALTA GRAVE PROGRESSÃO DE REGIME INTERROMPE O PRAZO Livramento condicional NÃO interrompe Comutação da pena / indulto NÃO interrompe DICA 82 REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO – RDD – parte 1 Conceito: O Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) é um regime de cumprimento da pena mais severo que os demais, aplicado aos condenados em situações excepcionais, por decisão do juiz da execução, e sempre por tempo determinado. A inclusão no RDD depende de decisão do juiz da execução penal, não podendo ser feito pelo diretor do presídio. Todavia, o art. 60 da LEP autoriza que a autoridade administrativa decrete o isolamento preventivo do preso, pelo prazo de até 10 dias. Trata-se de uma forma de assegurar a eficácia da medida até que o juiz se pronuncie. Aplicação: Além disso, o RDD é aplicado a toda espécie de preso, seja ele provisório ou definitivamente condenado, seja ele nacional ou estrangeiro. Hipóteses de cabimento do RDD - A lei prevê expressamente quando o RDD será cabível: Prática de crime doloso, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina interna; Presos que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade; Memorex PC CE – Rodada 06 43 Presos sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave. ATENÇÃO! Caso haja fundada suspeita de que o condenado integre organização criminosa, é possível a inclusão no RDD independente de falta grave!!! Trata- se de modificação realizada pelo Pacote Anticrime! DICA 83 RDD - CARACTERÍSTICAS Duração: O RDD tem duração máxima de até 2 anos, sem prejuízo da repetição de sanção por nova falta grave (art. 52, I). Cela: o preso fica recolhido em cela individual. A famosa “solitária”. Visitas: O preso no RDD tem direito a visitas quinzenais, de 2 pessoas por vez, com duração de 2 horas. As visitas devem ser de pessoas da família; caso seja de terceiros, deve haver autorização judicial. As visitas são realizadas em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos. Ou seja, nada de visitas íntimas!!!! As devem ser gravadas e, com autorização judicial, podem ser fiscalizadas por agente penitenciário. CUIDADO: Antes do Pacote Anticrime, a LEP previa que a visita era semanal e de “2 pessoas sem contar as crianças”. Agora, não há mais essa previsão!!!! Banho de sol: no RDD, o preso tem direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4 presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso. Entrevistas monitoradas: as entrevistas com os presos no RDD devem ser sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, e realizadas em ambiente para evitar o contato físico e a passagem de objetos, salvo autorização judicial. Fiscalização do conteúdo da correspondência: o preso em RDD terá as suas cartas fiscalizadas, o que de certa forma flexibiliza a garantia constitucional de sua inviolabilidade. Videoconferênica: a participação do preso em RDD às audiências deve ser feita preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a participação do defensor no mesmo ambiente do preso. Presídio Federal: caso haja indícios de que o preso exerça liderança em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 ou mais Estados, o RDD será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional federal. Memorex PC CE – Rodada 06 44 Nesses casos, o RDD pode ser sucessivamente prorrogado por períodos de 1 ano, caso presentes indícios de que: O preso continua apresentando alto risco para a ordem e segurança do estabelecimento penal de origem; Mantém vínculos com organização criminosa, milícia privada ATENÇÃO! Em regra, o RDD é decretado pelo prazo de 2 anos e não pode ser sucessivamente prorrogado, mas apenas novamente decretado caso o preso cometa nova falta grave. Aqui, a regra é diferente: o RDD foi decretado e a lei autoriza que ele seja prorrogado sucessivamente pelo prazo de 1 ano. Essa regra, introduzida pelo Pacote Anticrime, teve a intenção de tornar mais duro o regime penitenciário para os líderes das organizações criminosas, já que agora poderão passar praticamente todo o cumprimento da pena no RDD. DICA 84 PENITENCIÁRIA, COLÔNIA AGRÍCOLA E CASA DE ALBERGADO O local onde o condenado cumprirá a pena dependerá do seu regime de cumprimento da pena. As regras de cada um desses regimes (fechado, semiaberto e aberto) estão previstas no Código Penal, nos arts. 33 a 36. LOCAL DE CUMPRIMENTO DA PENA Penitenciária (art. 87) Condenado à pena de reclusão em regime fechado Colônia agrícola/industrial (art. 91) Cumprimento da pena em regime semiaberto Casa de albergado (art. 93) Cumprimento em regime aberto Cadeia pública (art. 102) Onde ficam os presos provisórios DICA 85 PROGRESSÃO DE REGIME Existem então 3 regimes de cumprimento da pena privativa de liberdade: fechado, semiaberto e aberto. O art. 33, §2 do CP estabelece os critérios para que o juiz, ao condenar, fixe o regime inicial de cumprimento da pena. Memorex PC CE – Rodada 06 45 O juiz vai fixar o regime inicial de cumprimento da pena. Mas, o réu vai de forma progressiva passando para regimes mais brandos, visando o seu retorno ao convívio social aos poucos. A ideia da progressão de regime é justamente essa: que o réu vá, aos poucos, passando para regimes mais flexíveis e, progressivamente, retorne o seu convívio social. Até chegar o dia em que a pena é extinta e ele adquire de volta a sua plena liberdade. Isso serve tanto para o Estado verificar se aquela pessoa está realmente pronta para o retorno ao seu convívio social, sem que corra o risco de que ele volte a praticar novo crime, como também serve ao acusado não se “assustar” com o seu retorno à sociedade. Progressão de regime ocorre justamente quando o condenado passa de um regime mais severo para um mais brando, com regras mais flexíveis e com uma maior interação com o meio social. * A lei prevê alguns requisitos para essa progressão de regime, como o cumprimento de uma parte da pena no regime anterior. O Pacote Anticrime alterou substancialmente a sistemática da progressão de regime prisional. Preste atenção nos novos percentuais!!!! PROGRESSÃO DE REGIME Hipótese Percentual de cumprimento da pena 16% Réu Primário + crime SEM violência ou grave ameaça 20% Réu Reincidente + crime SEM violência ou grave ameaça 25% Réu Primário + crime COM violência ou grave ameaça 30% Réu Reincidente + crime COM violência ou grave ameaça 40% Réu Primário + crime hediondo ou equiparado 50% Réu Primário + crime hediondo ou equiparado com resultado MORTE, vedado o livramento condicional. *** Exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado Crime de constituição de milícia privada 60% Réu Reincidente + crime hediondo ou equiparado 70% Réu Reincidente + crime hediondo ou equiparado, com resultado MORTE, vedado o livramento condicional. *** Memorex PC CE – Rodada 06 46 DICA 86 SAÍDA TEMPORÁRIA Saída temporária: é o instituto que mais se aproxima disso que falamos até agora. São as famosas e tão criticadas “saidinhas”. A ideia aqui é que o réu saia da penitenciária por alguns dias, sem vigilância direta, e depois retornem. Regime semiaberto: só se aplica a saída temporária para o regime semiaberto. Não se aplica para o regime fechado, e nem para o regime aberto. Sem vigilância direta: o réu sai do regime penitenciário sem vigilância direta. Hipóteses: o réu deve sair para: visita à família; frequência a curso; participação em atividades que concorra para seu retorno ao convívio social. Requisitos: o preso deve ter: comportamento adequado; cumprimento mínimo de 1/6 da pena, se primário, e 1/4, se reincidente; compatibilidade da saída com a pena. Prazo: deve ser concedida por prazo não superior a 7 dias, podendo ser renovada por mais 4 vezes durante o ano. Ainda, deve ser respeitado o prazo mínimo de intervalo de 45 dias entre uma e outra. No caso de saída para frequentar curso, ela deve durar o tempo necessário para o cumprimento das atividades. Condições (art. 124): o juiz deve impor algumas condições ao preso que obtiver a saída temporária, como: fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada; recolhimento à residência no período noturno; proibição de frequentar bares; além dessas, o juiz pode fixar outras que achar pertinentes. DICA 87 PERMISSÃO DE SAÍDA Também
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