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Memorex PCCE 06

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Memorex PC CE – Rodada 06 
 
 
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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos 
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua 
aprovação. 
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Material Data 
Rodada 01 Disponível Imediatamente 
Rodada 02 Disponível Imediatamente 
Rodada 03 Disponível Imediatamente 
Rodada 04 Disponível Imediatamente 
Rodada 05 Disponível Imediatamente 
Rodada 06 Disponível Imediatamente 
 
Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS 
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. 
 
Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, 
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no 
resultado final. 
 
Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. 
 
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada 
uma das dicas. 
 
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas 
para: atendimento@pensarconcursos.com 
 
 
 
 
 
 
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ÍNDICE 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4 
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 14 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 19 
LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE ................................................................... 26 
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 37 
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 50 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................ 55 
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA ............................................................................................ 61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 LÍNGUA PORTUGUESA 
 DICA 01 
EMPREGO/CORRELAÇÃO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS 
TEMPOS COMPOSTOS DO SUBJUNTIVO 
PRETÉRITO 
PERFEITO 
COMPOSTO DO 
SUBJUNTIVO 
Verbo auxiliar ter/haver: 
Presente do Subjuntivo 
(Que eu) tenha estudado 
(Que tu) tenhas estudado 
(Que ele) tenha estudado 
(Que nós) tenhamos estudado 
(Que vós) tenhais estudado 
(Que eles) tenham estudado 
Verbo principal: 
Particípio 
PRETÉRITO 
MAIS-QUE-
PERFEITO 
COMPOSTO DO 
SUBJUNTIVO 
Verbo auxiliar ter/haver : 
Pretérito Imperfeito 
do Subjuntivo 
(Se eu) tivesse estudado 
(Se tu) tivesses estudado 
(Se ele) tivesse estudado 
(Se nós) tivéssemos estudado 
(Se vós) tivésseis estudado 
(Se eles) tivessem estudado 
Verbo principal: 
Particípio 
FUTURO 
COMPOSTO 
DO SUBJUNTIVO 
Verbo auxiliar ter/haver: 
Futuro Simples do 
Subjuntivo 
(Quando eu) tiver estudado 
(Quando tu) tiveres estudado 
(Quando ele) tiver estudado 
(Quando nós) tivermos 
estudado 
(Quando vós) tiverdes 
estudado 
(Quando eles) tiverem 
estudado 
Verbo principal: 
Particípio 
 
DICA 02 
USO DOS TEMPOS COMPOSTOS DO SUBJUNTIVO 
 Pretérito perfeito composto do subjuntivo: Indica uma ação que já está 
concluída e que é anterior a outra. 
 Ex.: Ninguém imagina que eu tenha visto sua tia. 
DICA 03 
USO DOS TEMPOS COMPOSTOS DO SUBJUNTIVO 
 Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo: Indica uma ação que 
ocorreu no passado, antes de outra ação também ocorrida no passado. 
 Ex.: Embora eu tivesse visto sua tia, ninguém acreditou. 
 
 
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DICA 04 
USO DOS TEMPOS COMPOSTOS DO SUBJUNTIVO 
 Futuro composto do subjuntivo: indica uma ação que estará terminada no 
futuro, antes de outra ação que ocorrerá também no futuro. 
 Ex.: Quando eu tiver visto sua tia, você saberá. 
DICA 05 
FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS 
INFINITIVO 
PESSOAL 
COMPOSTO 
Verbo auxiliar ter/haver: 
Infinitivo Pessoal 
 (Eu) ter estudado 
 (Tu) teres estudado 
 (Ele) ter estudado 
 (Nós) termos estudado 
 (Vós) terdes estudado 
 (Eles) terem estudado 
Verbo principal: 
Particípio 
INFINITIVO 
IMPESSOAL 
COMPOSTO 
Verbo auxiliar ter/haver: 
Infinitivo Impessoal 
Ter estudado 
Verbo principal: 
Particípio 
GERÚNDIO 
COMPOSTO 
Verbo auxiliar ter/haver: 
Gerúndio 
Tendo estudado 
Verbo principal: 
Particípio 
DICA 06 
USO DAS FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS 
 Infinitivo pessoal composto: Indica um fato passado já concluído. Segue as regras 
de uso do infinitivo pessoal simples. 
 Ex.: Termos visto sua mãe alegrou nosso dia. 
DICA 07 
USO DAS FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS 
 Infinitivo impessoal composto: Indica um fato passado já concluído. Segue as 
regras de uso do infinitivo impessoal simples. 
 Ex.: Gostei muito de ter visto seu irmão. 
 
 
 
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DICA 08 
USO DAS FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS 
 Gerúndio composto: Indica uma ação prolongada que terminou antes da ação da 
oração principal. 
 Ex.: Tendo visto seu irmão, eu já me sentia mais alegre. 
DICA 09 
USO DAS FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS 
 Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, 
podendo ter valor e função de substantivo. 
 Ex.: Viver é lutar. (= vida é luta) 
 Ex.: É indispensável combater a corrupção. (= combate à) 
DICA 10 
USO DAS FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS 
 O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no 
passado (forma composta). Por exemplo: 
 Ex.: É preciso ler este livro. 
 Ex.: Era preciso ter lido este livro. 
DICA 11 
USO DAS FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS 
 Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª 
pessoas do singular, não apresenta desinências, assumindo a mesma forma do 
impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira: 
 2ª pessoa do singular: Radical + ES 
 Ex.: teres (tu) 
 1ª pessoa do plural: Radical + MOS 
 Ex.: termos (nós) 
 2ª pessoa do plural: Radical + DES 
 Ex.: terdes (vós) 
 3ª pessoa do plural: Radical + EM 
 Ex.: terem (eles) 
 
 
 
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DICA 12 
DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO: RELAÇÕES DE 
COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO; RELAÇÕES DE 
SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. 
PERÍODO COMPOSTO 
 Característica: existência de dois verbos, dois fatos declarados. 
No período composto, a oração principal é um tipo de oração que no período composto 
não exerce nenhuma função sintática e tem a si associada uma oração subordinada. 
DICA 13 
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO (COMPOSTO POR ORAÇÕES 
INDEPENDENTES): 
 Assindéticas: Não apresentam conjunção coordenativa. 
 Sindéticas: Apresentam conjunção coordenativa, sendo elas: 
 
 ADITIVAS: relação de soma, de adição. 
Conjunções coordenativas aditivas: e, nem, não só ..., as também, tanto ... quanto 
etc. 
 Ex.: Luiz não estuda (oração coordenada assindética) nem trabalha, 
(oração coordenada sindética adititiva). 
ADVERSATIVAS: relação de adversidade, oposição, contraste. 
Conjunções coordenativas adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, 
no entanto. 
 Ex.: Luiz não estuda (oração coordenada assindética), mas aprende. 
(oração coordenada sindética adversativa) 
 
 
ALTERNATIVAS: relação de alternância, escolha. 
Conjunções coordenativas alternativas: ou... ou, ora... ora, quer... quer, já... já, 
seja... seja. 
 Ex.: Ajude Maria (oração coordenada assindética) ou Deus não o ajudará (oração 
coordenada sindética alternativa). 
ATENÇÃO! A alternância ocorre quando a ocorrência de um fato implicar a não 
ocorrência de outro. 
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EXPLICATIVAS: relação de explicação, justificativa, confirmação. 
Conjunções coordenativas explicativas: pois (anteposto ao verbo), porque, que. 
 Ex.: Não fique brava (oração coordenada assindética), pois só você ficará 
abalada. (oração coordenada sindética explicativa). 
DICA 14 
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO 
 Substantivas: subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, completivas nominais, 
predicativas, apositivas. 
 Adjetivas: restritivas e explicativas. 
 Adverbiais: causais, condicionais, comparativas, conformativas, concessivas, 
consecutivas, temporais, proporcionais, finais. 
DICA 15 
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
 Oração subordinada substantiva subjetiva - OSSS (oração que exerce a função de 
sujeito da outra oração) 
 Ex.: É provável / que ele viaje ainda hoje. 
 Oração Principal OSSS 
 Oração subordinada substantiva Objetiva Direta - OSSOD (oração que exerce a 
função de objeto direto do verbo da oração principal) 
 Ex.: Desejo / que passe no concurso. 
 Oração Principal OSSOD 
 Oração subordinada substantiva Objetiva Indireta – OSSOI (oração que exerce a 
função de objeto indireto do verbo da oração principal) 
 Ex.: Necessito / de que você me auxilie. 
 Oração Principal OSSOI 
 Oração subordinada substantiva Completiva Nominal – OSSCN (oração que 
exerce a função de complemento nominal de um nome da oração principal) 
 Ex.: Tenho a impressão / de que alguém me segue. 
 Oração Principal OSSCN 
 
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 Oração subordinada substantiva Predicativa – OSSP (oração que exerce a função 
de predicativo do sujeito da oração principal, aparece depois do verbo SER, completando-
a. 
 Ex.: Meu castigo foi / que todos me deixaram. 
 Oração Principal OSSP 
 Oração subordinada substantiva Apositiva – OSSA (oração que exerce a função 
sintática de aposto de um nome da oração principal) 
 Ex.: Contou-me algo horrível: / que havia insetos no banheiro. 
 Oração Principal OSSA 
 
 DICA: A oração apositiva vem separada de sua PRINCIPAL por dois pontos, 
vírgula ou travessão. 
DICA 16 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
 São sempre introduzidas por: 
CONJUNÇÕES SUBORDINADAS ≠ CONJUNÇÕES INTEGRANTES (orações 
substantivas). 
 Causal: indica causa, motivo que determina ou provoca um acontecimento. 
 Ex.: Marcelo foi reprovado, / porque (= porquanto) não estudou. 
 Oração Principal Or. Sub. Adv. Causal. 
 Na ordem direta, a vírgula é obrigatória! 
 Comparativa: exprime uma conjuntura de comparação. Ou seja, ato de confrontar 
dois elementos com o objetivo de estabelecer semelhanças ou diferenças entre eles. 
 Ex.: Rômulo é forte / como um leão. 
 Oração Principal Or. Sub. Adv. Comparativa. 
 Nas comparativas não pode colocar vírgulas e não pode inverter! 
 Concessiva: indica ato de conceder, de permitir, de não negar, de admitir ideias 
contrárias. 
 Ex.: Embora (= conquanto, ainda que) chovesse muito, / ele não levou guarda-chuva. 
 Or. Sub. Adv. Comparativa. Oração Principal 
 Vírgula obrigatória, pois a ordem está invertida! 
 
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 Condicional: Exprime condição; obrigação que se aceita ou imposta para que dado 
fato se realize. 
 Ex.: Se (= caso, contanto que, desde que, etc.) você for, / eu irei. 
 Or. Sub. Adv. Comparativa. Oração Principal 
 Quando estiver invertida, a vírgula é obrigatória! 
 Conformativa: Indica adequação, não-contradição. 
 Ex.: Ele agiu / como (= conforme, segundo, de acordo) a lei exige. 
 Oração Principal Or. Sub. Adv. Conformativa 
 Na ordem direta a vírgula é facultativa! 
 Na ordem deslocada/invertida a vírgula é obrigatória! 
DICA 17 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
 Consecutiva: Exprime circunstância de consequência, resultado ou efeito de uma ação 
qualquer. 
 Ex.: Falou tanto (=tão, tal) / que ficou rouco. 
 Oração Principal Or. Sub. Adv. Consecutiva 
 Toda causal e toda consecutiva possui causa e consequência. 
 Tão (advérbio) 
 Que (conjunção) 
 Temporal: Indica relação de tempo. 
 Ex.: Quando (= sempre que, desde que, logo que) se aborreceu, /ele saiu. 
 Or. Sub. Adv. Temporal Oração Principal 
 Na ordem deslocada/invertida a vírgula é obrigatória! 
 
 Proporcional: Indica circunstância de proporção; relação que existe entre duas coisas, 
de modo que a alteração que recai em uma dela atinge também a outra. 
 Ex.: À medida (= à proporção que) que caminhava, / mais se cansava. 
 Or. Sub. Adv. Proporcional Oração Principal 
 Final: Objetiva a destinação de um fato. 
 Ex.: Fiz-lhe um sinal / para que se calasse. 
 Oração Principal Or. Sub. Adv. Proporcional 
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DICA 18 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
 Restritiva: limita, precisa a significação do substantivo (ou pronome) antecedente. 
 Ex.: O livro/que o professor recomendou/estava esgotado. 
 Pronome relativo 
 “que o professor recomendou” = oração subordinada adjetiva restritiva, restringe 
porque não se aplica a todos os livros, apenas aquele que o professor recomendou! 
 ATENÇÃO! Não separadas por vírgulas, alteração de sentido! 
 Explicativa: acrescenta ao antecedente uma qualificação acessória, esclarece melhor 
sua significação, à semelhança de um aposto. 
 Ex.: Tio Gabriel, que é advogado, confia muito em mim. 
 Pronome relativo 
 “que é advogado” = oração subordinada adjetiva explicativa. 
DICA 19 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
 Nas orações subordinadas adjetivas, a separação por vírgulas, altera o sentido. 
Observe-se: 
 Ex.: Luiza telefonou para a irmã que mora na França. 
 Oração subordinada adjetiva restritiva 
 Ex.: Luiza telefonou para a irmã, que mora na França. 
 Oração subordinada adjetiva explicativa 
 OBS.: que = pronome relativo. 
 Explicando... 
 No primeiro caso cria-se um limite, com certeza Luiza tem outras irmãs, mas ligou 
somente para a que mora na França. 
 No segundo caso, a oração explica que Luiza tem apenas uma irmã e ela mora na 
França. 
DICA 20 
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS 
CONCLUSIVAS 
Logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, 
conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 
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ADVERSATIVAS 
Mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, senão, não obstante, aliás, 
ainda assim. 
ADITIVAS 
E, nem, também, que, não só...mas também, não só...como, tanto...como, 
assim...como. 
EXPLICATIVA 
Isto é, por exemplo, a saber, ou seja, verbi gratia, pois, pois bem, ora, na verdade, 
depois, além disso, com efeito que, porque, ademais, outrossim, porquanto. 
ALTERNATIVA 
Ou...ou, já...já, seja...seja, quer...quer, ora...ora, agora...agora. 
 
 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
TEMPORAIS 
Quando, enquanto, apenas, mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois 
que, assim que, sempre que, senão quando, ao tempo que. 
PROPORCIONAIS 
Quanto mais...tanto mais, ao passo que, à medida que, quanto menos...tanto menos, 
à proporção que. 
CAUSAIS 
Já que, porque, que, visto que, uma vez que, sendo que, como, pois que, visto como. 
CONDICIONAIS 
Se, salvo se, caso, sem que, a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que, 
com tal que. 
CONFORMATIVA 
Consoante, segundo, conforme, da mesma maneira que, assim como, com que. 
FINAIS 
Para que, a fim de que, que, porque. 
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CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
COMPARATIVA
Como, tal como, tão como, tanto quanto, mais...(do) que, menos...(do) que, assim 
como. 
CONSECUTIVA 
Tanto que, de modo que, de sorte que, tão...que, sem que. 
CONCESSIVA 
Embora, ainda que, conquanto, dado que, posto que, em que, quando mesmo, 
mesmo que, por menos que, por pouco que, apesar de que. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14 
INFORMÁTICA 
 DICA 21 
SISTEMA OPERACIONAL: WINDOWS/LINUX 
MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS 
O Linux utiliza o gerenciador de arquivos para manipular pastas e arquivos. Porém, é 
possível utilizar programas através da linha de comando para manipular arquivos. 
cp copiar um arquivo 
mv mover um arquivo 
del deletar um arquivo 
mkdir criar um diretório 
cd mudar de diretório dentro do terminal 
ls listar conteúdo de uma pasta 
pwd (print work directory) mostrar em qual pasta está atualmente 
rm remover arquivos ou diretórios. 
find procurar arquivos 
tail mostrar o final de um arquivo 
head mostrar o início de um arquivo 
sort utilizado para ordenar 
 
 
 
 
 
 
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15 
JÁ CAIU NA BANCA IDECAN! 
(Ano: 2012 Banca: IDECAN Órgão: Banestes Cargo: Analista Econômico - 
Financeiro) 
No Sistema Operacional Linux, ao utilizar o Prompt de Comando para trabalhar, se for 
ordenar um arquivo de linhas alfabeticamente, o comando certo a ser utilizado será: 
A) head. B) mkdir. C) mdir. D) tail. E) sort 
Resposta: E 
 
DICA 22 
ESTRUTURA DE DIRETÓRIOS 
 LINUX 
O Linux tem uma estrutura de diretórios padrão, composta da seguinte forma: 
/bin /boot /usr /var /opt /home /etc 
 /sbin /root /tmp /mnt /proc /dev /lib 
 
 WINDOWS 
Todos os arquivos são divididos dentro dessas pastas. Cada uma delas tem uma função na 
organização dos arquivos do Sistema. Por exemplo, 
 Ex.: /bin armazena arquivos executáveis e comandos essenciais do sistema. 
 Arquivos de usuários ficam na pasta /home. 
 A pasta /usr armazena os arquivos executáveis de programas instalados no sistema. 
DICA 23 
ÁREA DE TRABALHO 
A interface gráfica no Linux pode ser personalizada. Existem várias personalizações, 
entre elas GNOME, KDE, XFCE. Essas interfaces recebem o nome de Ambientes gráficos e 
influenciam o design do sistema, como cores, temas e estrutura dos gerenciadores de 
aplicativos. 
 Não confundir com distros Linux. 
 Exemplo de distro Linux são Ubuntu, Debian, CentOS, Fedora, ArchLinux etc. 
 
 
 
 
 
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JÁ CAIU NA BANCA IDECAN! 
(Ano: 2014 Banca: IDECAN Órgão: AGU Cargo: Agente administrativo) 
Sistemas Operacionais Linux são programas responsáveis por promover o 
funcionamento do computador, realizando a comunicação entre os dispositivos de 
hardware e softwares. Em relação a este sistema, é correto afirmar que KDE e GNOME 
são: 
a) versões de Kernel. b) distribuições Linux. c) ambientes gráficos. 
d) editores de texto Linux. E) terminais para execução de comandos. 
Resposta: c 
 
DICA 24 
ÁREA DE TRANSFERÊNCIA 
Assim como no Windows, o Linux também tem área de transferência, responsável por 
armazenar temporariamente arquivos, textos para serem copiados para outros locais. 
No Linux, é possível instalar ferramentas de gerenciamento da área de transferência como 
o xclip. As áreas de transferência servem para transferir dados entre documentos e 
aplicativos. 
DICA 25 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SEGURANÇA DE DADOS - NOÇÕES DE 
CRIPTOMOEDAS 
CRIPTOGRAFIA 
 A criptografia pode ser simétrica ou assimétrica. 
 Criptografia Simétrica – significa que utiliza a mesma chave para criptografar e 
descriptografar. 
 Criptografia Assimétrica – significa que utiliza-se duas chaves, é conhecida como 
criptografia de chave pública, tem duas chaves, uma pública e uma privada. Utiliza-se a 
pública para cifrar e a privada para decifrar. 
O RSA é um algoritmo bastante conhecido de criptografia assimétrica. 
DICA 26 
PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO 
 Confidencialidade – Garante que a informação só seja acessada por pessoas 
autorizadas. 
 Integridade – Garante que o conteúdo da mensagem não foi alterado. 
 Disponibilidade – Garante que a informação esteja sempre pronta pra uso legítimo. 
 Autenticidade – Garante que a informação enviada foi realmente enviada por quem 
diz que a enviou. 
 Não repúdio (Irretratabilidade) – Garante que o autor não negue que criou ou enviou 
a mensagem. 
 
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DICA 27 
ARQUIVOS MALICIOSOS E ATAQUES 
São arquivos maliciosos com o intuito de danificar, roubar, alterar e espionar dados. 
(Malware do inglês significa Malicious software). O Malware para que possa causar os 
danos mencionados precisa ser executado. Alguns podem se autoexecutar. 
TIPOS DE MALWARE 
 Virus Trojan Worm keylogger Rootkit Adware Spyware 
 Crimes cibernéticos vem ficando bastante comum, devido isso, deve-se ficar atento aos 
diversos tipos de ataques. 
 Ransomware - Sequestro do computador. Arquivos são criptografados e os 
criminosos solicitam recompensa pela chave que descriptografa. 
 Phishing - Sites que se disfarçam dos verdadeiros para roubar dados, exemplo de 
sites de compras e sites de banco, muitas vezes vem como promoções. 
DICA 28 
SENHAS 
Senhas precisam ser fortes para evitar que possam ser adivinhadas. Desta forma, deve-
se evitar utilizar informações pessoais nas senhas. Senhas devem conter caracteres 
maiúsculos, minúsculos, números e caracteres especiais para serem fortes. 
ATENÇÃO! 
Vale lembrar de alguns mecanismos de segurança adicional. 
 Gerenciamento de senhas: Utilizar programas para gerenciamento de senhas ao 
invés de usar um pedaço de papel guardado na gaveta. 
 Autenticação em dois fatores: Utilizar sempre a autenticação em dois fatores para 
evitar clone de contas, como tem ocorrido com Whatsapp e Telegram. 
DICA 29 
COMPUTAÇÃO EM NUVEM 
É o fornecimento de serviços como servidores, banco de dados, software, inteligência 
artificial etc. Tudo isso com características como rapidez, flexibilidade e economia. A 
nuvem tem a propriedade de ser elástica, se expande à medida que o cliente precisa. 
Serviços fornecidos na nuvem são nomeados de acordo com o que provido ao cliente. 
 PaaS - Plataforma como serviço. É o uso da programação de software feito 
diretamente na nuvem. É o intermediário entre SaaS e Iaas. 
 SaaS - Software como serviço, é uma forma de acessar um software através da 
nuvem, exemplos Netflix, Microsoft Office 365. 
 IaaS - Infraestrutura como serviço. É a forma de organizar tudo que é necessário 
para executar um software diretamente na nuvem, como servidores, equipamentos de 
segurança etc. 
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JÁ CAIU NA BANCA IDECAN! 
(Ano: 2019 Banca IDECAN Órgão IFAM Cargo: Bibliotecário) 
Com a computação em nuvem, diversas empresas de software tiveram que se adaptar 
às novas tecnologias para oferecer melhores alternativas aos seus usuários. A suíte de 
aplicativos Microsoft Office 365 oferece seus aplicativos na forma tradicional, 
instalando no computador e na nuvem. Essa modalidade de serviço na nuvem chama-
se 
a) Paas b) SaaS c) IaaS d)MaaS e)OaaS 
Resposta: b 
 
DICA 30 
NOÇÕES DE CRIPTOMOEDAS 
 Se apoiam na tecnologia de Blockchain; 
 Uso de criptografia; 
 Mineração - resolução de problema complexo que rende uma recompensa ao 
minerador; 
 Exemplo de criptomoedas: Bitcoin, Ethereum, dogecoin, Litecoin, Binance coin, etc 
CARTEIRA DE BITCOIN 
São utilizadas para armazenar os dados dos usuários e permitem que possam utilizar 
seus fundos de bitcoin, parecido com uma conta de banco convencional. Utiliza 
criptografia de chave pública, onde a chave privada é utilizada para acesso e a chave 
pública para recebimento de fundos. 
Uma carteira tem um endereço, que é um número de 26 a 32 caracteres, que se parece 
com isso: 1A1zP1eP5QGefi2ABCTfTL5SLmv7DavfNa.
Esse endereço é utilizado quando se deseja receber em bitcoin. 
Quando ocorrem crimes cibernéticos, os criminosos geralmente solicitam o pagamento 
em bitcoin, porque isso faz com que não seja possível o rastreio de quem está 
recebendo o dinheiro, a informação que se tem, será de quanto ele recebeu e quantas 
transações foram realizadas para ter a quantia que tem naquela carteira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOÇÕES DE DIREITO PENAL 
DICA 31 
LEI DE DROGAS 
PORTE DE DROGAS 
 O porte de drogas para consumo pessoal não sofreu descriminalização, ou seja, 
continua sendo CRIME, contudo, sofreu descarcerização, uma vez que a lei não prevê 
pena de privação de liberdade, mas apenas PENA restritiva de direito. 
 As penas previstas para o delito são de advertência sobre os efeitos das drogas; 
prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a programa 
ou curso educativo; 
 A penas de prestação de serviços e comparecimento a programa terão duração 
máxima de 5 meses ou de 10 meses, se for reincidente, essas penas prescrevem em 
dois anos. 
DICA 32 
Primeiro, é preciso dizer que nem todos os crimes da Lei de Drogas dizem respeito ao 
tráfico, por isso, há tipos na lei punidos apenas com detenção: 
 Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga; 
 Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem; 
 Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, 
ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar; 
 Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano 
potencial a incolumidade de outrem. 
ATENÇÃO! 
As penas de detenção tem regime de cumprimento inicial sempre aberto ou 
semiaberto. 
DICA 33 
A Lei também traz infrações de menor potencial ofensivo, que são apuradas por termo 
circunstanciado de ocorrência e tramitam junto aos Juizados Especiais Criminais: 
 Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem; 
 Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, 
ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar; 
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20 
DICA 34 
 CUIDADO: a lei de drogas traz uma figura de modalidade culposa, ou seja, 
praticada sem intenção: 
 Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou 
fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; 
 O delito, na ação prescrever só pode ser praticada pelo médico e pelo dentista, mas 
no verbo ministrar, qualquer pessoa pode ser sujeito ativo. 
 Assim, importante memorizar que essa figura típica é a única da lei que, ao mesmo 
tempo, é culposa, infração de menor potencial ofensivo e punida com detenção! 
DICA 35 
Para facilitar a sua memorização, fique atento ao quadro abaixo: 
CONDUÇÃO DETENÇÃO IMPO CULPOSA 
Condução de embarcação SIM 
Auxílio ao uso de droga SIM 
Oferecer droga gratuitamente SIM SIM 
Prescrição indevida SIM SIM SIM 
DICA 36 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
É uma causa de diminuição de pena de 1/6 a 2/3. 
Requisitos: primário, de bons antecedentes, e que não se dedique a atividades 
criminosas nem integre organização criminosa; 
 MACETE PARA MEMORIZAR: imagine um traficante com um cesto de drogas (1/6) 
nos braços e dois terços pendurados no pescoço (2/3) rezando para receber o privilégio 
(parece bobo, mas você nunca mais vai esquecer). 
DICA 37 
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA PARA O TRÁFICO 
Exigência de no mínimo duas pessoas para a realização do tráfico propriamente dito, suas 
figuras equiparadas e aquelas que dizem respeito ao maquinário para a produção de 
drogas. 
 Desnecessidade da reiteração delitiva: o texto legal afirma que os agentes 
associados queiram praticar os crimes de forma reiterada ou não. Assim, ao contrário do 
que ocorre no crime de associação criminosa do CP, a união para a prática de um só crime 
é suficiente. 
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21 
DICA 38 
ATENÇÃO: 
Se houver a participação de um menor de idade no crime de tráfico de drogas, não 
haverá concurso com o delito de corrupção de menores do ECA, pois a lei de 
drogas tem causa de aumento específica. 
DICA 39 
CAUSAS DE AUMENTO 
As causas de aumento seguem os mesmos patamares do tráfico privilegiado, ou seja, de 
1/6 a 2/3. São elas: 
 Transnacionalidade ou que atinjam mais de um estado da federação: não há 
necessidade que a droga efetivamente transponha as fronteiras ou divisas, mas apenas 
que seja essa a destinação; 
 Quando cometido no exercício da função pública ou do poder familiar, guarda ou 
vigilância; 
 Nas proximidades de estabelecimentos prisionais, de ensino, hospitalares, entidades 
coletivas, local de trabalho coletivo, recreação, clínicas de reabilitação, policiais ou em 
transportes públicos; 
 Quando praticado com violência, grave ameaça, arma de fogo ou outro meio de 
intimidação coletiva; 
 Quando atingir incapaz ou for praticado com menor; 
 Quando o agente financiar ou custear a prática do crime. 
DICA 40 
LAUDO DA DROGA 
O ato de atestar a droga passa por duas fases: 
 Laudo provisório de constatação; e 
 Laudo definitivo. 
 O laudo definitivo deve ser lavrado por perito, mas o provisório pode ser lavrado 
por pessoa idônea quando não houver perícia no local. 
 Para fins de aplicar a pena, o Juiz analisará a quantidade e a natureza da droga, o 
que não é a mesma coisa de qualidade! 
 A qualidade da droga não é fator de cálculo de pena. 
 
 
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22 
DICA 41 
HEDIONDEZ 
Nem todos os crimes da Lei de Drogas são hediondos. 
 O tráfico privilegiado não é considerado hediondo. 
 Somente serão considerados hediondos os crimes de: 
 Tráfico propriamente dito; 
 Figuras equiparadas; 
 Figuras relacionadas ao maquinário; 
 Associação para o tráfico; e 
 Financiamento do tráfico. 
As demais figuras admitem, portanto, a concessão de fiança, indulto, anistia e etc. 
O STF já se manifestou sobre a possibilidade da concessão de liberdade 
provisória ao crime de tráfico de drogas. 
DICA 42 
Não se aplica o princípio da insignificância ao crime de tráfico de drogas e porte para 
consumo pessoal, ainda que a quantidade seja muito pequena, pois se entende que o 
crime atinge a saúde pública, pouco importando a quantidade de droga apreendida. 
DICA 43 
USO DA FORÇA POR AGENTES DA SEGURANÇA PÚBLICA 
O uso da força por agentes de segurança é regulado pela Portaria Interministerial nº 
4.226/2010 e deverá obedecer aos princípios: 
PROPORCIONALIDADE 
LEGALIDADE 
CONVENIÊNCIA 
NECESSIDADE 
MODERAÇÃO 
 
PROLE CON NEMO 
 
 
 
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23 
DICA 44 
O uso diferenciado da força é escalonado em várias etapas, cada uma delas 
correspondente a um tipo de ameaça: 
NÍVEL 1 Presença física Normalidade 
NÍVEL 2 Verbalização Comportamento cooperativo 
NÍVEL 3 Controle de contato Resistência passiva 
NÍVEL 4 Controle físico Resistência ativa 
NÍVEL 5 Táticas menos letais Resistência hostil 
NÍVEL 6 Força letal Ameaça à vida 
DICA 45 
NÃO SÃO PRÁTICAS ACEITÁVEIS OU LEGÍTIMAS: 
 Disparar armas de fogo contra pessoas, exceto em casos de legítima defesa 
própria ou de terceiro contra perigo iminente de morte ou lesão grave; 
 Uso de armas de fogo contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que, 
mesmo na posse de algum tipo de arma, não represente risco imediato de morte ou de 
lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros; 
 Uso de armas de fogo contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via 
pública, a não ser que o ato represente um risco imediato de morte ou lesão grave 
aos agentes de segurança pública ou terceiros; 
 "Disparos de advertência".
DICA 46 
O ato de apontar arma de fogo contra pessoas durante os procedimentos de abordagem 
não deverá ser uma prática rotineira e indiscriminada. 
 Obs.: verifique que o dispositivo fala que não pode ser de forma rotineira e 
indiscriminada, mas não diz que é prática proibida. 
DICA 47 
INSTRUMENTOS DE MENOR POTENCIAL OEFENTIVO 
Todo agente de segurança pública que, em razão da sua função, possa vir a se envolver 
em situações de uso da força, deverá portar no mínimo 2 (dois) instrumentos de menor 
potencial ofensivo, e equipamentos de proteção necessários à atuação específica, 
independentemente de portar ou não arma de fogo. 
 
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24 
 CUIDADO: o porte de arma de fogo não afasta a necessidade de porte de dois 
instrumentos de menor potencial ofensivo. 
DICA 48 
LESÃO OU MORTE 
Toda vez que o uso da força por parte do agente de segurança pública resultar em lesão 
ou morte, este deverá tomar as seguintes providências: 
 Facilitar a prestação de socorro ou assistência médica aos feridos; 
 Promover a correta preservação do local da ocorrência; 
 Comunicar o fato ao seu superior imediato e à autoridade competente; 
 Preencher o relatório individual correspondente sobre o uso da força. 
Além disso, os agentes de segurança pública deverão preencher um relatório individual 
todas as vezes que dispararem arma de fogo e/ou fizerem uso de instrumentos de 
menor potencial ofensivo, ocasionando lesões ou mortes. 
 CUIDADO: Pois o registro não é somente quando a lesão ou morte é causada por 
arma de fogo. 
DICA 49 
PRAZO PARA RENOVAÇÃO DE HABILITAÇÃO 
Segundo a Portaria, a renovação da habilitação para uso de armas de fogo em serviço 
deve ser feita com periodicidade mínima de 1 (um) ano. 
DICA 50 
CONCEITOS IMPORTANTES DA PORTARIA 
 Força: Intervenção coercitiva imposta à pessoa ou grupo de pessoas por parte; 
 Nível do Uso da Força: Intensidade da força escolhida pelo agente de segurança 
pública em resposta a uma ameaça real ou potencial; 
 Uso Diferenciado da Força: Seleção apropriada do nível de uso da força em resposta 
a uma ameaça real ou potencial visando limitar o recurso a meios que possam causar 
ferimentos ou mortes. 
DICA 51 
PRINCÍPIOS 
 Conveniência: objetivos acima dos danos; 
 Legalidade: uso da força nos limites da lei; 
 Moderação: além de proporcional, deve ser moderado, sempre pensando em reduzir o 
uso da força; 
 Necessidade: só usar mais força quando a força menor não for suficiente; 
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25 
 Proporcionalidade: compatível com gravidade da ameaça. 
DICA 52 
POLÍTICA CRIMINAL E FUNÇÕES DA POLÍCIA 
CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA 
 Treze membros, designados pelo Ministério da Justiça, dentre professores e 
profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências 
correlatas, representantes da comunidade e dos Ministérios da área social. 
 Mandato: duração de dois anos, renovado um terço em cada ano. 
DICA 53 
DIFERENÇAS ENTRE DIREITO PENAL, CRIMINOLOGIA E POLÍTICA CRIMINAL 
 Direito penal: Analisa comportamentos humanos indesejados, define quais devem ser 
qualificados como crimes ou contravenções penais e fixa sanções penais. 
 Criminologia: É uma ciência empírica e interdisciplinar que se ocupa do estudo, crime 
do criminoso, da vítima e do controle social do comportamento delitivo. 
 Política criminal: tem por objeto a definição de estratégias de controle social. Tem por 
objeto a apresentação de críticas e propostas para a reforma do direito penal em vigor 
visando ajustá-lo aos ideais jurídico-penais de justiça. 
DICA 54 
 As polícias são, no Brasil, órgãos do Estado que têm a finalidade constitucional de: 
 Preservar a ordem pública; 
 Proteger pessoas e o patrimônio; 
 Realizar a investigação e repressão dos crimes; 
 Controle da violência. 
DICA 55 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 144, estabelece que a segurança pública, 
dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida através dos 
seguintes órgãos: 
 Polícia Federal; 
 Polícia Rodoviária Federal; 
 Polícia Ferroviária Federal; 
 Polícias Civis; 
 Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares; 
 Polícias Penais Federal, Estaduais e Distrital. 
 
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26 
LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE 
 DICA 56 
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) 
Requisitos para candidatura a membro do conselho tutelar: 
Reconhecida idoneidade moral 
Idade superior a 21 (vinte e um) anos 
Residir no município 
DICA 57 
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) 
SÚMULAS IMPORTANTES 
Súmula 265/STJ 
É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da medida 
socioeducativa. 
Súmula 492/STJ 
O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente 
à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente. 
Súmula 500/STJ 
A configuração do crime previsto no art.244-B do Estatuto da Criança e do 
Adolescente independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de 
delito formal (ou seja, a efetiva corrupção é mero exaurimento). 
 
DICA 58 
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) 
DOS CRIMES EM ESPÉCIE PREVISTOS NO ECA 
O tipo previsto no art. 230, do ECA, dispõe sobre a privação da criança ou do adolescente 
de sua liberdade sem estar em flagrante de ato infracional ou sem ordem escrita da 
autoridade judiciária. 
 
 
 
 
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27 
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão 
sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade 
judiciária competente: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem 
observânciadas das formalidades legais. 
 Sujeito ativo: crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa. 
 Sujeito passivo: Criança e/ou adolescente. 
 Somente pode ser praticado na modalidade dolosa. 
 É cabível transação penal e suspensão condicional do processo. 
DICA 59 
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) 
DOS CRIMES EM ESPÉCIE PREVISTOS NO ECA 
PEDOFILIA 
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer 
meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou 
adolescente: 
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
§ 1 o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer 
modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas 
no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena. 
§ 2 o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime: 
I – No exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la; 
II – Prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; 
ou 
III – prevalecendo-se de relações de parentesco consanguíneo ou afim até o 
terceiro grau, ou por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da 
vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com 
seu consentimento. 
 Sujeito ativo: crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa. 
 Sujeito passivo: Criança e/ou adolescente. 
 Elemento objetivo: Trata-se de tipo misto alternativo, assim se o agente praticar mais 
de uma conduta descrita no caput responderá por um único crime. 
 Somente pode ser praticado na modalidade dolosa. 
 Não admite suspensão condicional do processo. 
 
 
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28 
DICA 60 
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) 
DOS CRIMES EM ESPÉCIE PREVISTOS NO ECA 
DIVULGAÇÃO DE PEDOFILIA 
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou 
divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou 
telemático, fotografia, vídeo ou outro registro
que contenha cena de sexo 
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: 
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
§ 1 o Nas mesmas penas incorre quem: (figura equiparada) 
I – Assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou 
imagens de que trata o caput deste artigo; 
II –Assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, 
cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo. 
§ 2 o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1 o deste artigo são puníveis 
quando o responsável pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa 
de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo. 
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou 
outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica 
envolvendo criança ou adolescente: 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 1 o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de pequena 
quantidade o material a que se refere o caput deste artigo. 
§ 2 o Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a finalidade de 
comunicar às autoridades competentes a ocorrência das condutas descritas nos 
arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a comunicação for feita por: 
I – Agente público no exercício de suas funções; 
II -Membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas finalidades 
institucionais, o recebimento, o processamento e o encaminhamento de notícia dos 
crimes referidos neste parágrafo; 
III – Representante legal e funcionários responsáveis de provedor de acesso ou 
serviço prestado por meio de rede de computadores, até o recebimento do material 
relativo à notícia feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder 
Judiciário. 
§ 3 o As pessoas referidas no § 2 o deste artigo deverão manter sob sigilo o material 
ilícito referido. 
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo 
explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de 
fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual: 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, 
disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou 
armazena o material produzido na forma do caput deste artigo. 
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29 
Em regra, a Justiça Estadual é competente para julgar os crimes descritos acima, a 
exceção se dá com o recente entendimento do STF, vejamos: 
Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar 
ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente (artigos 241, 241-A 
e 241-B da Lei 8.069/1990) quando praticados por meio da rede mundial de 
computadores. 
 Sujeito ativo: crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa. 
 Sujeito passivo: Criança e/ou adolescente. 
 Elemento objetivo: Trata-se de tipo misto alternativo, assim se o agente praticar 
mais de uma conduta descrita no caput responderá por um único crime. 
 Somente pode ser praticado na modalidade dolosa. 
 Não admite suspensão condicional do processo no caso do art. 241-A. 
 Admite suspensão condicional do processo os artigos 241-B e 241-C do ECA. 
 Ambas as condutas descritas (art. 241-A, B e C) admitem tentativa. 
DICA 61 
LEI 10.741/2003 (ESTATUTO DO IDOSO) 
É considerada pessoa idosa com idade igual ou superior a 60 anos. 
 Critério cronológico para o gozo de alguns direitos previstos no Estatuto do Idoso: 
DIREITO IDADE 
Gratuidade dos transportes coletivos públicos 65 
1 salário mínimo para o idoso que não possua meios de 
prover sua subsistência 
65 
Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos 
transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços 
seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares. 
Para ter acesso à gratuidade do transporte coletivo, basta que o idoso apresente 
documento que faça prova da sua idade. 
Serão reservados 10% (dez por cento) das vagas no transporte coletivo para os idosos. 
No caso de pessoas com idade entre 60 e 65 anos, fica a critério da legislação local 
dispor sobre condições para o exercício da gratuidade nos meios de transporte. 
 No caso de transporte coletivo interestadual: 
 Reserva de 2 (duas) vagas gratuitas para idosos com renda igual ou inferior a 2 
(dois) salários mínimos; 
 Desconto de 50% (cinquenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, para os 
idosos que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) 
salários-mínimos. 
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30 
 Reserva para os idosos, de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos 
públicos e privados. 
CAIU NA IDECAN: 
Ano: 2014 Banca: IDECAN Órgão: EBSERH Prova: IDECAN - 2014 – EBSERH – 
Assistente Social 
De acordo com as disposições do art. 39 do Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003), 
aos maiores de 65 anos fica assegurada a gratuidade dos transportes coletivos 
públicos urbanos e semiurbanos, exceto nos serviços seletivos e especiais, quando 
prestados paralelamente aos serviços regulares. Em relação às condições e critérios 
legais para exercício desta gratuidade, marque V para as afirmativas verdadeiras e F 
para as falsas. 
(V) Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer documento 
pessoal que faça prova de sua idade. VERDADEIRA (art. 39, §1º) 
(F) Nos veículos de transporte coletivo públicos urbanos e semiurbanos, exceto nos 
serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares, 
serão reservados 20% dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a 
placa de reservado preferencialmente para idosos. FALSO (art. 39, §2º) SERÃO 
RESERVADOS 10%. 
(F) No caso das pessoas compreendidas na faixa etária entre 60 e 65 anos, ficará a 
critério da legislação local, dispor sobre as condições para exercício da gratuidade nos 
meios de transporte públicos urbanos e semiurbanos, exceto nos serviços seletivos e 
especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares. FALSO (art. 39, 
§3º) não há essa exceção. 
(F) A gratuidade será reconhecida aos idosos que comprovem renda mínima igual ou 
inferior a um salário mínimo. FALSO (art. 39, §3º) 
Resposta: V,F,F,F 
DICA 62 
LEI 10.741/2003 (ESTATUTO DO IDOSO) 
O direito a alimentação do idoso é um direito social. 
A obrigação alimentar é solidária podendo o idoso optar entre os prestadores. 
Os alimentos são prestados ao idoso na forma da lei civil. 
As transações relativas a alimentos poderão ser celebradas perante o Promotor de 
Justiça ou Defensor Público, que as referendará, e passarão a ter efeito de título 
executivo extrajudicial nos termos da lei processual civil. 
Em caso de ausência da família, o dever passa a ser do estado: 
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de prover o 
seu sustento, impõe-se ao Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência 
social. 
 
 
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31 
 
CAIU NA IDECAN: 
Ano: 2016 Banca: IDECAN Órgão: Prefeitura de Natal - RN Provas: IDECAN – 
2016 – Prefeitura de Natal - RN – Advogado. 
“Estabelece o Estatuto do Idoso que os alimentos serão prestados ao idoso na forma 
da lei civil e que que a obrigação alimentar é ___________________.” Assinale a 
alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior. 
Resposta: Solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores. 
DICA 63 
LEI 10.741/2003 (ESTATUTO DO IDOSO) 
DOS CRIMES EM ESPÉCIE 
Os crimes previstos no Estatuto do idoso são de ação penal pública incondicionada. 
APLICAÇÃO DA LEI 9.099/95 
Aos crimes previstos no Estatuto do Idoso, cuja pena máxima privativa de liberdade 
não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento da lei 9.099/95 (por
ser mais célere), e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código 
Penal e do Código de Processo Penal. 
Nas penas não superiores a 2 anos serão cabíveis os benefícios da lei 9.099/95. 
Caso sejam atendidos os requisitos, o MP pode propor ANPP (acordo de não persecução 
penal), instituto previsto no art. 28-A do CPP. 
DICA 64 
LEI Nº 13.146/2015 (ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA) 
O estatuto da pessoa com deficiência é destinado a assegurar e promover condições de 
igualdade e exercício dos direitos e das liberdades fundamentais, visando a inclusão 
social e cidadania da pessoa com deficiência. 
 Pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento de longo prazo de 
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, em interação com uma ou mais 
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igual de 
condições com as demais pessoas. 
 Mnemônico das deficiências: (FIMS) 
FÍSICA 
INTELECTUAL 
MENTAL 
SENSORIAL 
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32 
 Pessoa com mobilidade reduzida: é aquela que tem, por qualquer motivo, 
dificuldade de movimentação, flexibilidade e locomoção. Pode ser permanente ou 
temporária. Trata-se da mobilidade. 
 Ex: idoso, gestante, obeso. 
SÚMULAS IMPORTANTES 
Súmula 377/STJ 
O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às 
vagas reservadas aos deficientes. 
Súmula 552/STJ 
O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência 
para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos. 
DICA 65 
LEI Nº 13.146/2015 (ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA). 
DO DIREITO À SAÚDE DA PESSOA DEFICIENTE 
É assegurado acesso integral à saúde da pessoa com deficiência, em todos os níveis de 
complexidade, por meio do SUS, garantido acesso universal e igualitário. 
É vedado procedimento ou trabalho sem o consentimento da pessoa com deficiência, salvo 
quando a pessoa não tiver necessário discernimento. 
O art. 18 em seu paragrafo 4º elenca as ações e serviços de saúde publica destinados à 
pessoa com deficiência que devem assegurar: 
I - Diagnóstico e intervenção precoces, realizados por equipe multidisciplinar; 
II - Serviços de habilitação e de reabilitação sempre que necessários, para qualquer 
tipo de deficiência, inclusive para a manutenção da melhor condição de saúde e 
qualidade de vida; 
III - Atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento ambulatorial e 
internação; 
IV - Campanhas de vacinação; 
V - Atendimento psicológico, inclusive para seus familiares e atendentes pessoais; 
VI - Respeito à especificidade, à identidade de gênero e à orientação sexual da pessoa 
com deficiência; 
VII - Atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à fertilização assistida; 
VIII - Informação adequada e acessível à pessoa com deficiência e a seus familiares 
sobre sua condição de saúde; 
IX - Serviços projetados para prevenir a ocorrência e o desenvolvimento de 
deficiências e agravos adicionais; 
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33 
X - Promoção de estratégias de capacitação permanente das equipes que atuam 
no SUS, em todos os níveis de atenção, no atendimento à pessoa com deficiência, bem 
como orientação a seus atendentes pessoais; 
XI - Oferta de órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção, medicamentos, 
insumos e fórmulas nutricionais, conforme as normas vigentes do Ministério da 
Saúde. 
 
CAIU NA IDECAN: 
Ano: 2016 Banca: IDECAN Órgão: Prefeitura de Natal - RN Provas: IDECAN – 
2016 – Prefeitura de Natal - RN – Advogado. 
De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, as ações e os serviços 
de saúde pública destinados à pessoa com deficiência devem assegurar: 
A) Atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à fertilização assistida. CORRETO: 
art. 18, §4º, VII. 
B) Atendimento psicológico, inclusive para seus familiares, sendo vedado aos 
atendentes pessoais. ERRADO: Art. 18, § 4o V - atendimento psicológico, 
inclusive para seus familiares e atendentes pessoais; 
C) Promoção de estratégias de capacitação permanente das equipes que atuam no 
SUS, em todos os níveis de atenção, no atendimento à pessoa com deficiência, vedada 
a orientação a seus atendentes pessoais. ERRADO: Art. 18, § 4º X - promoção de 
estratégias de capacitação permanente das equipes que atuam no SUS, em 
todos os níveis de atenção, no atendimento à pessoa com deficiência, bem 
como orientação a seus atendentes pessoais; 
D) Serviços de habilitação e de reabilitação sempre que necessários, para qualquer 
tipo de deficiência, exclusivamente, quando houver possibilidade de recuperação da 
capacidade produtiva, sendo vedada apenas para a manutenção da melhor condição 
de saúde e qualidade de vida. ERRADO: Art. 18, § 4º II - serviços de habilitação 
e de reabilitação sempre que necessários, para qualquer tipo de deficiência, 
inclusive para a manutenção da melhor condição de saúde e qualidade de 
vida. 
Resposta: a 
DICA 66 
LEI 9.503/1997 (CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO) 
DOS CRIMES DE TRÂNSITO 
Aos crimes previstos no Código de Trânsito Brasileiro aplicam-se as normas gerais do 
código penal, o código de processo penal e a lei 9.099/95, se no CTB não dispuser de 
modo diverso. 
O crime de lesão corporal culposa de trânsito se aplica os institutos 
despenalizadores da Lei 9.099/95 previstos nos artigos 74, 76 e 88 (composição 
civis dos danos, transação penal, depende representação a ação penal), exceto se o 
agente estiver: 
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I - Sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine 
dependência; 
II - Participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, 
de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não 
autorizada pela autoridade competente; 
III - Transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 
km/h (cinquenta quilômetros por hora). 
Nesses casos deve ser instaurado o inquérito policial para investigação da infração 
penal. 
Fixação da pena-base pelo juiz segundo art. 59 do CP se atentando para a 
culpabilidade do agente e às circunstâncias e consequências do crime. 
DICA 67 
LEI 9.503/1997 (CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO) 
DOS CRIMES DE TRÂNSITO 
O CTB dispõe que em caso de acidente de trânsito que resulte vítima, não se imporá 
prisão em flagrante e nem será exigida fiança ao condutor do veiculo que prestar 
pronto e integral socorro à vítima. 
A fuga do local pelo condutor que se envolve em acidente de trânsito é considerada 
infração de menor potencial ofensivo. 
Sujeito ativo e passivo podem ser qualquer um, portanto trata-se de crime duplamente 
comum. 
Quem instiga ou presta auxilio na fuga também comete o crime do art. 305, na condição 
de partícipe. 
O art. 305 tipifica o delito: 
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à 
responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída: 
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. 
DICA 68 
LEI 9.613/1998 (“LAVAGEM” DE CAPITAIS OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E 
VALORES) 
Conceito de lavagem de capitais: é a atividade de desvincular ou afastar do dinheiro 
sua origem ilícita, dando origem aparentemente lícita para ser utilizado. 
É crime derivado, pois pressupõe a prática de outra infração penal (crime ou 
contravenção) antecedente. 
 Sujeito passivo: é a sociedade. 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
É possível que o agente da infração antecedente possa responder também pelo crime de 
lavagem de capitais, nesse caso responderá em concurso material de crimes. 
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O STF admite a autolavagem (selflaudering). 
DICA 69 
LEI 9.613/1998 (“LAVAGEM” DE CAPITAIS OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E 
VALORES) 
Para o STF o crime de lavagem de bens, direitos ou valores é permanente. Dessa forma 
é possível realizar a prisão em flagrante do agente. 
A
prescrição só começa a correr do dia em que cessar a permanência. 
É punível a tentativa do crime de lavagem. 
Crime de lavagem de capitais: É crime acessório, vez que depende da existência de 
infração penal antecedente. 
Para a apuração do crime de lavagem de dinheiro, admite-se a utilização da ação 
controlada e da infiltração de agentes. 
Jurisprudência do STJ: Não impede o prosseguimento da apuração de 
cometimento do crime de lavagem de dinheiro a extinção da punibilidade dos 
delitos antecedentes. 
 
CAIU NA PROVA DA PF: 
Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE – 
2018 - Polícia Federal - Perito Criminal Federal – Área 1 
Acerca de crédito tributário, legislação tributária e crime de lavagem de capitais ou 
ocultação de bens, direitos e valores, julgue o item que se segue. 
O crime de lavagem de capitais ou ocultação de bens, direitos e valores não é 
admitido na modalidade tentada. 
Resposta: ERRADO. Art. 1º, §3º: A tentativa é punida nos termos do parágrafo 
único do Artigo 14, do CP. 
DICA 70 
LEI 9.613/1998 (“LAVAGEM” DE CAPITAIS OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E 
VALORES) 
ETAPAS DA LAVAGEM DE CAPITAIS 
 1° fase – Colocação (Placement): É a colocação do dinheiro ilícito no sistema 
financeiro, dificultando a identificação da procedência dos valores de modo a evitar 
qualquer forma de rastreio. 
 2° fase – Ocultação (Layering): O objetivo é fazer desaparecer todos os indícios ou 
evidências, realizam movimentações para impedir o rastreamento do valor ilícito. 
 3° fase – Integração (Integration): Os bens passam a ter aparência lícita, podendo 
ser utilizados normalmente. 
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 COAF – CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS 
 Integra o Ministério da Fazenda. 
 Recebe comunicações de operações suspeitas, analisa e repassa às autoridades 
competentes (MP e Polícia Civil). Pode de forma subsidiaria aplicar penalidades e 
estabelecer orientações. 
 Não realiza investigação, não produz prova, apenas elabora relatório de 
inteligência financeira. 
 
O STF fixou a tese de que é constitucional o compartilhamento dos relatórios de 
inteligência financeira do COAF com os órgãos de persecução penal para fins 
criminais, sem a obrigatoriedade de prévia autorização judicial. 
 
FOI OBJETO DE PROVA 
Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: PC-AC Prova: IBADE - 2017 - PC-AC - 
Delegado de Polícia Civil. 
A fase da lavagem de capitais, de acordo com as definições do COAF, em que são 
realizados diversos negócios e movimentações financeiras, a fim de impedir o 
rastreamento e encobrir a origem ilícita dos valores é denominada pela doutrina de: 
A) ocultação. 
B) colocação 
C) destinação 
D) evaporação 
E) integração. 
Resposta: Letra A - A ocultação ou Placement é a primeira fase da lavagem. É a 
introdução do dinheiro ilícito no sistema financeiro, dificultando a identificação da 
procedência delituosa do dinheiro de forma a evitar qualquer liame entre o agente e o 
resultado advindo da prática da infração penal antecedente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 DICA 71 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL 
A Lei de Execuções Penais, ora denominada de LEP, trata da regulamentação de como 
será realizado o cumprimento da pena. 
DICA 72 
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA 
A CF prevê a individualização da pena, no seu art. 5º, inciso XLVI, pelo qual a pena deve 
ser apurada de forma individual, de acordo com a necessidade do caso concreto. 
Uma pessoa que mata por ganância não deve ter a mesma pena daquele que mata o 
estuprador de sua filha, concordam? É por isso que a lei prevê mecanismos para a correta 
individualização da pena, de forma que a pena de duas pessoas, condenadas pelo mesmo 
tipo penal (art. 121: homicídio), tenha penas distintas entre si. 
A individualização repousa no ideal de justiça segundo o qual se deve distribuir, a cada 
indivíduo, o que lhe cabe de acordo com as circunstâncias de seu comportamento, 
levando-se em conta especialmente os aspectos subjetivos e objetivos do crime. 
Essa individualização da pena se dá em momentos diversos, como na etapa legislativa 
(tipificação de condutas criminais), na etapa judicial (durante a sentença, na dosimetria 
da pena), e também na etapa administrativa ou executória (durante a execução 
penal). 
Na fase executória, a individualização é realizada pela via administrativa e penitenciária, 
durante a execução da pena. O Estado deve zelar por cada condenado individualmente 
considerado, de forma singular. 
É por isso que há critérios subjetivos para a progressão de regime penitenciário; além 
disso, Daí porque o trabalho interno do condenado será realizado “na medida de suas 
aptidões e capacidade” (art. 31 da Lei de Execuções Penais); daí porque, além de critérios 
objetivos, analisa-se critérios subjetivos do condenado para aferição do direito à saída 
temporária (art. 123 da LEP). 
DICA 73 
FINALIDADE DA PENA 
De acordo com o art. 59 do CP, a sanção penal assume uma tríplice finalidade: 
retribuição, prevenção geral e prevenção especial. 
De acordo com a finalidade da retribuição, o Estado, através da sanção penal, deve 
retribuir ao condenado o mal injusto provocado à vítima. Aqui, a pena é vista como 
instrumento de vingança do Estado contra o criminoso. 
De acordo com a finalidade da prevenção geral, a pena é destinada ao controle da 
violência. Teria assim o propósito de criar um contraestímulo suficiente para afastar as 
pessoas do crime (prevenção geral negativa), bem como reafirmar a existência, validade e 
confiança do sistema jurídico-penal (prevenção geral positiva). 
 
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Por fim, para a finalidade da prevenção especial, a pena é direcionada à pessoa do 
condenado. Ou seja, visa intimidá-lo para que não volte a praticar novos crimes, evitando 
a reincidência (prevenção especial negativa), bem como se preocupa com a sua 
ressocialização e retorno ao convívio social (prevenção especial positiva). 
 
 
DICA 74 
INÍCIO E TÉRMINO DO CUMPRIMENTO DA PENA PRIVATIVA 
Após o réu ter sido definitivamente condenado, o juiz deve expedir a GUIA DE 
recolhimento para a execução. Trata-se de um documento importantíssimo, que consta 
as principais informações sobre a pena imposta ao condenado, como a data de término, 
além das informações sobre o condenado. 
De acordo com o art. 107 da LEP, ninguém será recolhido para cumprimento de pena 
privativa de liberdade sem a guia expedida pela autoridade judiciária. 
Além disso, o art. 106 da LEP prevê as informações que deve constar nesse documento. 
Algumas questões mais literais costumam cobrá-lo, portanto, façam a sua leitura. 
Quanto ao término do cumprimento da pena, a liberdade do condenado não é 
automática. Ele somente será posto em liberdade mediante alvará do juiz da 
execução, nos termos do art. 109 da LEP. 
 
 
 
 
 
Finalidade 
da pena 
RETRIBUIÇÃO 
Prevenção 
GERAL 
Prevenção geral 
NEGATIVA 
Prevenção geral 
POSITIVA 
Prevenção 
ESPECIAL 
Prevenção especial 
NEGATIVA 
Prevenção especial 
POSITIVA 
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DICA 75 
IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO (art. 9º-A) 
 IMPORTANTE! 
O art. 9-A da LEP foi recentemente incluído pelo Pacote Anticrime, e prevê uma 
inovação polêmica: a identificação do perfil genético de condenados. 
Por força desse dispositivo, os condenados por crimes hediondos são submetidos 
obrigatoriamente à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA, por 
técnica adequada e indolor. Ainda, a identificação será armazenada em banco de dados 
sigiloso. 
Trata-se de medida que visa alimentar um banco de dados de perfil genético de pessoas 
condenadas por crimes graves, visando facilitar a elucidação de crimes de maior 
gravidade. 
 Recusa: Por fim, caso o condenado se recuse a se submeter ao procedimento de 
identificação do perfil
genético, cometerá falta grave, o que implica em diversas 
consequências no âmbito da execução penal, conforme veremos nas próximas dicas. 
DICA 76 
TRABALHO DO PRESO 
O trabalho do preso, via de regra, é obrigatório. Trata-se de uma obrigatoriedade que visa 
a sua reinserção à sociedade, e que não se confunde com a pena de trabalhos forçados, 
vedada pela Constituição Federal. 
 A LEP prevê uma série de regras ao trabalho do preso, analisadas a seguir: 
 O trabalho do preso não está sujeito ao regime da CLT (art. 28, §2); 
 O trabalho do preso será remunerado, não podendo ser inferior a 3/4 do salário 
mínimo (art. 29). Não confundir com a pena restritiva de prestação de serviços à 
comunidade, pois esta não é remunerada (art. 30); 
 O trabalho do preso condenado a pena privativa de liberdade é obrigatório, na medida 
de suas aptidões e capacidade (art. 31). Constitui falta grave a sua recusa injustificada; 
 O trabalho não é obrigatório para o preso provisório (ou seja, aquele preso 
cautelarmente, através de prisão preventiva, por exemplo). Nessa hipótese, caso ele 
trabalhe, só poderá fazê-lo dentro do estabelecimento penitenciário, vedado o trabalho 
externo (art. 31, parágrafo único); 
 A jornada de trabalho não será inferior a 4 e nem superior a 8 horas, com descanso 
aos domingos e feriados. 
 Remição: a cada 3 dias de trabalho, o condenado possui direito à remição, ou seja, 
ao desconto de 1 dia de pena. A proporção é de 3 dias de trabalho para 1 de pena (art. 
126, §1, inciso II). 
 
 
 
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DICA 77 
TRABALHO EXTERNO (art. 36/37) 
Via de regra, o trabalho do preso é realizado dentro do regime penitenciário. Todavia, há 
situações em que é autorizado ao preso trabalhar externamente, fora o sistema 
carcerário. 
O art. 36 da LEP prevê que o condenado ao regime fechado somente poderá realizar o 
seu trabalho externo em serviços ou obras públicas, ou em entidades privadas, se 
adotadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. Ainda, o trabalho em 
entidade privada depende de consentimento expresso do preso (art. 36, §3). 
Além disso, o trabalho externo deve ser autorizado pelo diretor do presídio (e não pelo 
juiz!!!), e dependerá do cumprimento mínimo de 1/6 da pena, além de aptidão, disciplina 
e responsabilidade. Por fim, o limite máximo de presos trabalhando numa obra não pode 
ultrapassar 10% o total de empregados daquela obra. 
DICA 78 
DISCIPLINA NO SISTEMA PENITENCIÁRIO 
Os presos devem obedecer uma disciplina no sistema penitenciário, colaborando com a 
ordem, obedecendo as determinações das autoridades e seus agentes, e bem 
desempenhando seu trabalho (art. 44). 
Caso o preso desrespeite a disciplina, incorrerá em falta disciplinar, que será classificada 
em leve, média e grave. 
Deve ser instaurado um procedimento administrativo, no âmbito do presídio, para 
apurar a conduta do preso transgressora da disciplina. 
O procedimento é instaurado pelo diretor do estabelecimento penitenciário, e não no 
juiz da execução penal!!! Além disso, deve ser assegurado o direito de defesa através de 
advogado ou defensor público. 
Súmula 533, STJ – para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no 
âmbito da execução penal, é imprescindível a instauração de procedimento 
administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o 
direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público 
nomeado. 
DICA 79 
FALTA GRAVE 
As faltas disciplinares são divididas em faltas leves, médias e graves. 
O art. 50 da LEP prevê quais são as faltas graves aos condenados a pena privativa. A 
leitura da literalidade deste artigo é importantíssima para a sua prova. 
 Abaixo, elencamos as principais condutas caracterizadoras de falta grave por parte 
do condenado a pena privativa de liberdade: 
 Incitar ou participar de movimento para subversão da ordem; 
 Fugir; 
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 Possuir indevidamente instrumento capaz de ofender a integridade física de outra 
pessoa; 
 Provocar acidente de trabalho; 
 Descumprir, no regime aberto, as condições impostas; 
 Inobservância dos deveres de obediência e execução do trabalho; 
 Tiver em sua posse, utilizar ou fornecer, aparelho telefônico, rádio ou similar; 
 Recusar a se submeter ao procedimento de identificação do perfil genético. 
ATENÇÃO! 
Como novidade introduzida pelo Pacote Anticrime, está a configuração de falta 
grave caso o condenado se recuse a submeter-se ao procedimento de 
identificação do perfil genético (art. 50, VIII). 
DICA 80 
CRIME DOLOSO E FALTA GRAVE 
Além das faltas graves elencadas no art. 50, o art. 52 da LEP prevê que, caso o 
condenado pratique algum fato previsto como crime doloso, cometerá falta grave, 
podendo inclusive ser submetido ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), caso isso 
ocasione subversão da ordem ou disciplina interna. 
 Prevalece o entendimento de que a simples prática de fato previsto como 
crime doloso constitui falta grave. Portanto, prescinde-se do trânsito em julgado 
da condenação deste crime doloso para a configuração da falta grave e a incidência de 
seus efeitos. 
Ou seja, não é necessário o trânsito em julgado, o que de certa forma configura uma 
flexibilização ao princípio da presunção de inocência. Utilizei essa expressão prescindir 
pois, se cair, acredito que virá desta forma na sua prova!!! Não caiam nesse pega, de 
confundir prescindir com precisar!!!! 
 Súmula 526-STJ: o reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento 
de fato definido como crime doloso no cumprimento da pena prescinde do 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal instaurado 
para a apuração do fato. 
DICA 81 
CONSEQUÊNCIAS DA FALTA GRAVE 
A prática de falta grave interfere substancialmente na vida do condenado dentro do 
sistema penitenciário. Isso porque o andamento regular da execução penal é que o réu 
inicie o cumprimento de sua pena, comporte-se de acordo com a disciplina interna, 
progrida de regime até a extinção da pena e a sua completa reinserção social. Quando há 
ocorrência de falta grave, o condenado está dando demonstrações de que não pode, por 
enquanto, retornar o seu convívio social. 
 
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É por isso que a falta grave interrompe o prazo para a progressão de regime, além de 
acarretar a sua regressão ao regime mais severo, caso já tenha progredido. 
Súmula 534, STJ – a prática de falta grave interrompe a contagem do prazo 
para a progressão de regime de cumprimento da pena, o qual se reinicia a partir 
do cometimento dessa infração. 
 
 Mas, CUIDADO: há entendimento consolidado do STJ que vive caindo em prova, no 
sentido de que a prática de falta grave não interfere no prazo de comutação da pena 
ou do indulto, bem como do livramento condicional. 
Súmula 441, STJ – a falta grave não interrompe o prazo para obtenção do 
livramento condicional. 
Súmula 535, STJ – a prática de falta grave não interrompe o prazo para fim 
de comutação da pena ou indulto. 
 
FALTA GRAVE 
PROGRESSÃO DE REGIME INTERROMPE O PRAZO 
Livramento condicional NÃO interrompe 
Comutação da pena / indulto NÃO interrompe 
DICA 82 
REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO – RDD – parte 1 
 Conceito: O Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) é um regime de cumprimento da 
pena mais severo que os demais, aplicado aos condenados em situações excepcionais, por 
decisão do juiz da execução, e sempre por tempo determinado. 
A inclusão no RDD depende de decisão do juiz da execução penal, não podendo ser 
feito pelo diretor do presídio. Todavia, o art. 60 da LEP autoriza que a autoridade 
administrativa decrete o isolamento preventivo do preso, pelo prazo de até 10 dias. 
Trata-se de uma forma de assegurar a eficácia da medida até que o juiz se pronuncie. 
 Aplicação: Além disso, o RDD é aplicado a toda espécie de preso, seja ele provisório 
ou definitivamente
condenado, seja ele nacional ou estrangeiro. 
 Hipóteses de cabimento do RDD - A lei prevê expressamente quando o RDD será 
cabível: 
 Prática de crime doloso, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina interna; 
 Presos que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do 
estabelecimento penal ou da sociedade; 
 
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 Presos sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, 
a qualquer título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, 
independentemente da prática de falta grave. 
ATENÇÃO! 
Caso haja fundada suspeita de que o condenado integre organização 
criminosa, é possível a inclusão no RDD independente de falta grave!!! Trata-
se de modificação realizada pelo Pacote Anticrime! 
DICA 83 
RDD - CARACTERÍSTICAS 
 Duração: O RDD tem duração máxima de até 2 anos, sem prejuízo da repetição 
de sanção por nova falta grave (art. 52, I). 
 Cela: o preso fica recolhido em cela individual. A famosa “solitária”. 
 Visitas: 
 O preso no RDD tem direito a visitas quinzenais, de 2 pessoas por vez, com duração 
de 2 horas. 
 As visitas devem ser de pessoas da família; caso seja de terceiros, deve haver 
autorização judicial. 
 As visitas são realizadas em instalações equipadas para impedir o contato físico e a 
passagem de objetos. Ou seja, nada de visitas íntimas!!!! 
 As devem ser gravadas e, com autorização judicial, podem ser fiscalizadas por 
agente penitenciário. 
 CUIDADO: Antes do Pacote Anticrime, a LEP previa que a visita era semanal e de “2 
pessoas sem contar as crianças”. Agora, não há mais essa previsão!!!! 
 Banho de sol: no RDD, o preso tem direito à saída da cela por 2 horas diárias para 
banho de sol, em grupos de até 4 presos, desde que não haja contato com presos do 
mesmo grupo criminoso. 
 Entrevistas monitoradas: as entrevistas com os presos no RDD devem ser sempre 
monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, e realizadas em ambiente para evitar 
o contato físico e a passagem de objetos, salvo autorização judicial. 
 Fiscalização do conteúdo da correspondência: o preso em RDD terá as suas 
cartas fiscalizadas, o que de certa forma flexibiliza a garantia constitucional de sua 
inviolabilidade. 
 Videoconferênica: a participação do preso em RDD às audiências deve ser feita 
preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a participação do defensor no 
mesmo ambiente do preso. 
 Presídio Federal: caso haja indícios de que o preso exerça liderança em organização 
criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 
ou mais Estados, o RDD será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento 
prisional federal. 
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 Nesses casos, o RDD pode ser sucessivamente prorrogado por períodos de 1 ano, 
caso presentes indícios de que: 
 O preso continua apresentando alto risco para a ordem e segurança do 
estabelecimento penal de origem; 
 Mantém vínculos com organização criminosa, milícia privada 
ATENÇÃO! 
 Em regra, o RDD é decretado pelo prazo de 2 anos e não pode ser 
sucessivamente prorrogado, mas apenas novamente decretado caso o preso 
cometa nova falta grave. Aqui, a regra é diferente: o RDD foi decretado e a lei 
autoriza que ele seja prorrogado sucessivamente pelo prazo de 1 ano. 
 Essa regra, introduzida pelo Pacote Anticrime, teve a intenção de tornar 
mais duro o regime penitenciário para os líderes das organizações criminosas, já 
que agora poderão passar praticamente todo o cumprimento da pena no RDD. 
DICA 84 
PENITENCIÁRIA, COLÔNIA AGRÍCOLA E CASA DE ALBERGADO 
O local onde o condenado cumprirá a pena dependerá do seu regime de cumprimento 
da pena. 
As regras de cada um desses regimes (fechado, semiaberto e aberto) estão previstas no 
Código Penal, nos arts. 33 a 36. 
LOCAL DE CUMPRIMENTO DA PENA 
Penitenciária 
(art. 87) 
Condenado à pena de reclusão em regime fechado 
Colônia agrícola/industrial 
(art. 91) 
Cumprimento da pena em regime semiaberto 
Casa de albergado 
(art. 93) 
Cumprimento em regime aberto 
Cadeia pública 
(art. 102) 
Onde ficam os presos provisórios 
DICA 85 
PROGRESSÃO DE REGIME 
Existem então 3 regimes de cumprimento da pena privativa de liberdade: fechado, 
semiaberto e aberto. O art. 33, §2 do CP estabelece os critérios para que o juiz, ao 
condenar, fixe o regime inicial de cumprimento da pena. 
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O juiz vai fixar o regime inicial de cumprimento da pena. Mas, o réu vai de forma 
progressiva passando para regimes mais brandos, visando o seu retorno ao convívio social 
aos poucos. 
A ideia da progressão de regime é justamente essa: que o réu vá, aos poucos, 
passando para regimes mais flexíveis e, progressivamente, retorne o seu convívio social. 
Até chegar o dia em que a pena é extinta e ele adquire de volta a sua plena liberdade. 
Isso serve tanto para o Estado verificar se aquela pessoa está realmente pronta para o 
retorno ao seu convívio social, sem que corra o risco de que ele volte a praticar novo 
crime, como também serve ao acusado não se “assustar” com o seu retorno à sociedade. 
Progressão de regime ocorre justamente quando o condenado passa de um regime 
mais severo para um mais brando, com regras mais flexíveis e com uma maior interação 
com o meio social. 
* A lei prevê alguns requisitos para essa progressão de regime, como o cumprimento 
de uma parte da pena no regime anterior. O Pacote Anticrime alterou substancialmente a 
sistemática da progressão de regime prisional. 
 Preste atenção nos novos percentuais!!!! 
PROGRESSÃO DE REGIME 
Hipótese Percentual de cumprimento da pena 
16% Réu Primário + crime SEM violência ou grave ameaça 
20% Réu Reincidente + crime SEM violência ou grave ameaça 
25% Réu Primário + crime COM violência ou grave ameaça 
30% Réu Reincidente + crime COM violência ou grave ameaça 
40% Réu Primário + crime hediondo ou equiparado 
 
 
 
50% 
Réu Primário + crime hediondo ou equiparado com 
resultado MORTE, vedado o livramento condicional. *** 
Exercer o comando, individual ou coletivo, de organização 
criminosa estruturada para a prática de crime hediondo 
ou equiparado 
Crime de constituição de milícia privada 
60% Réu Reincidente + crime hediondo ou equiparado 
70% 
Réu Reincidente + crime hediondo ou equiparado, com 
resultado MORTE, vedado o livramento condicional. *** 
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DICA 86 
SAÍDA TEMPORÁRIA 
 Saída temporária: é o instituto que mais se aproxima disso que falamos até agora. 
São as famosas e tão criticadas “saidinhas”. A ideia aqui é que o réu saia da 
penitenciária por alguns dias, sem vigilância direta, e depois retornem. 
 Regime semiaberto: só se aplica a saída temporária para o regime semiaberto. 
Não se aplica para o regime fechado, e nem para o regime aberto. 
 Sem vigilância direta: o réu sai do regime penitenciário sem vigilância direta. 
 Hipóteses: o réu deve sair para: 
 visita à família; 
 frequência a curso; 
 participação em atividades que concorra para seu retorno ao convívio social. 
 Requisitos: o preso deve ter: 
 comportamento adequado; 
 cumprimento mínimo de 1/6 da pena, se primário, e 1/4, se reincidente; 
 compatibilidade da saída com a pena. 
 Prazo: deve ser concedida por prazo não superior a 7 dias, podendo ser renovada 
por mais 4 vezes durante o ano. Ainda, deve ser respeitado o prazo mínimo de 
intervalo de 45 dias entre uma e outra. 
 No caso de saída para frequentar curso, ela deve durar o tempo necessário para o 
cumprimento das atividades. 
 Condições (art. 124): o juiz deve impor algumas condições ao preso que obtiver a 
saída temporária, como: 
 fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada; 
 recolhimento à residência no período noturno; 
 proibição de frequentar bares; 
 além dessas, o juiz pode fixar outras que achar pertinentes. 
DICA 87 
PERMISSÃO DE SAÍDA 
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