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OBS: POR FAVOR NÃO COPIEM AS RESPOSTAS DAS QUESTÕES DISCURSIVAS. OS TUTORES ESTÃO TIRANDO PONTOS E EXPONDO OS NOMES DE QUEM COLOCOU RESPOSTAS "MUITO PARECIDAS". Questões objetivas Ensino da Língua Portuguesa 2021 1. Leia os trechos a seguir: Trecho A: “Mas avessado, estranhão, perverso brusco, podendo desfechar com algo, de repente, por um és-não-és. Muito de macio, mentalmente, comecei a me organizar. Ele falou: - Eu vim preguntar a vosmecê uma opinião sua explicada..." ROSA, João Guimarães. Famigerado. Trecho B: “Nem bem Jiguê percebeu o milagre, se atirou na marca do pezão do Sumé. [...] Macunaíma teve dó e consolou: - Olhe, mano Jiguê, branco você ficou não, porém pretume foi-se e antes fanhoso que sem nariz. Maanape então é que foi se lavar, mas Jiguê esborrifara toda a água encantada pra fora da cova. [...] Macunaíma teve dó e consolou: - Não se avexe, mano Maanape, não se avexe não, mais sofreu nosso tio Judas!” ANDRADE, Mário de. Macunaíma. A partir do que foi discutido nesta primeira aula, é INCORRETO afirmar que os dois trechos acima: Escolha uma: a. Utilizam a linguagem coloquial do povo brasileiro. b. Reafirmam a língua como veículo de identidade cultural. c. Possuem erros de ortografia que não podem ser aceitos, principalmente em textos literários. Correto d. Reescrevem, a sua maneira, ditados e expressões populares. e. São modelos de textos que acabam por representar a identidade do povo brasileiro. 2. Fonte: Toda Matéria, 2016. Disponível em: https://static.todamateria.com.br/upload/va/ri/variacoeslinguisticas-0.gif Acesso em 14 de agosto de 2019. A expansão do português no Brasil não ocorreu de uma forma linguística única, assim percebemos uma imensa diversidade linguística existente no Brasil como um reflexo da formação de nosso povo. Desta forma, podemos afirmar que: I. Os nativos (diversos povos indígenas com os seus falares), os portugueses colonizadores (de diversas regiões e seus falares), os negros de diversas localidades trazidos para cá (com os seus falares) e os diversos imigrantes que vieram em busca de uma nova vida: italianos, japoneses, alemães, espanhóis, libaneses, poloneses, chineses, influenciaram na formação da nossa língua portuguesa; II. Há uma função social e unificadora da língua, pois não há língua que permaneça a mesma em todos os locais em que é falada e, no mesmo local, apresenta grande número de diferenciações, as variações linguísticas. III. A variação linguística pode ser dialetal e de registro. A dialetal divide-se em: VARIEDADES DIATÓPICAS (geográficas) – dialetos ou falares regionais; VARIEDADES DIASTRÁTICAS (socioculturais) – responsável pela divergência linguística entre os subgrupos de uma comunidade, sendo fatores considerados diferenciadores a estratificação social, a idade, o sexo, a profissão, o grau de escolaridade, o local onde reside. IV. Compreende-se como VARIEDADES DIAFÁSICAS (expressivas) – dialetos sociais ligados à situação por influência do ambiente, tema, estado emocional do falante, grau de intimidade entre os falantes. V. Entre as variedades socioculturais, podemos destacar as gírias, que são a linguagem de um determinado grupo social unido por uma atividade que cria neles o desejo de não serem compreendidos por toda a gente e os leva a introduzir no vocabulário alterações em nível semântico. Podemos afirmar que: Escolha uma: https://static.todamateria.com.br/upload/va/ri/variacoeslinguisticas-0.gif c. A linguagem utilizada por Chico Bento e seu primo Zé Lelé se caracteriza como uma variedade diatópica, pois trata-se de um “falar” regional. Correto 3. De acordo com as discussões do material desta disciplina, escreva (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas. Depois, marque a alternativa que apresenta a ordem correta. ( V ) A gramática textual difere-se da descritiva por defender a análise sintática sempre a partir de um texto, sempre contextualizada. ( F) A fala, por ser dinâmica, não faz evoluir a língua. ( F) O trabalho com histórias em quadrinhos na produção textual é desnecessário, pois os quadrinhos são uma forma popular de leitura que não deve ser estimulada. ( V ) A língua é viva e está em permanente alteração pela atualização provocada pelo falante. ( V ) A gramática é o funcionamento da língua. Portanto, aprendemos antes mesmo de entrar para a escola. A ordem correta é: Escolha uma: d. V, F, F, V, V. Correto De acordo com as discussões do material desta disciplina, escreva (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas. Depois, marque a alternativa que apresenta a ordem correta. ( F) A gramática descritiva difere-se da textual por defender a análise sintática sempre a partir de um texto, sempre contextualizada. ( F) A fala, por ser dinâmica, não faz evoluir a língua. ( V) O trabalho com histórias em quadrinhos na produção textual é importante e uma das formas adequadas de utilizá-lo é na transposição da linguagem do quadrinho para o texto narrativo em prosa. ( V) A língua é viva e está em permanente alteração através da atualização provocada pelo falante. ( V) A Gramática é o funcionamento da língua. Portanto, aprendemos antes mesmo de entrar para a escola. A ordem correta é: c) F, F, V, V, V 4. Leia a cartinha abaixo escrita por Miguel: Fonte: O GLOBO, 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2018/12/24/menino-autista-pede-amigos-em-carta-ao-papai-noel-brinco-na-escol a-sozinho.ghtml Acesso em 14 de agosto de 2019. A partir da linda cartinha acima podemos afirmar que os seguintes elementos da comunicação podem ser identificados: I. O destinatário é o Papai Noel II. O destinatário é o Miguel III. O emissor da carta é o Miguel IV. O emissor da carta é o Papai Noel V. O código utilizado para a comunicação da mensagem foi a língua portuguesa. VI. O canal utilizado para o envio da mensagem foi o papel. Assinale a alternativa correta: Escolha uma: c. I – III – V Correto 5. Marque a alternativa que apresenta o motivo de um docente do Ensino Fundamental I necessitar estudar o cacófato e o pleonasmo vicioso. Escolha uma: c. Para o docente ser capaz de mostrar aos alunos que eles se desfazem mediante mudança da ordem das palavras, sua exclusão ou substituição. Correto 6. Leia a charge: Fonte: VOGES, 2012. Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/-J_zJqsOi8Tk/T6Hmm7rCajI/AAAAAAAAJu8/eC06A_Tmycw/s1600/sociedade.jpg Acesso em 14 de agosto de 2019. Em nosso material aprendemos que a língua falada é dinâmica, mas isso não significa que não há nenhuma restrição para a sua alteração e utilização, pois é papel da escola, conforme você já observou, transmitir a norma-padrão. Por isso, não é pertinente pensarmos na língua como algo que se polariza entre o «certo» e o «errado», mas sim em “adequado” ou “não adequado”. Considerando o primeiro quadrinho da charge, que relata o vocabulário de 1940, podemos afirmar que o texto apresenta o seguinte vício de linguagem: Escolha uma: e. Arcaísmo Correto 7. Sobre a coerência textual, é incorreto afirmar: Escolha uma: a. Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos dizer que a coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o responsável pela constituição dos significados do texto. b. A coerência é imaterial e não está na superfície textual. Compreender aquilo que está escrito dependerá dos níveis de interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações. c. A coerência é uma conformidade entre fatos ou ideias, própria daquilo que tem nexo, conexão, portanto, podemos associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à articulação das ideias. d. A não contradição, a não tautologia e o princípio da relevância são elementos básicos que garantem a coerência textual. e. A coerência textual dispensa o uso adequado dos conectivos, elementos que apenas colaboram para a estruturação do texto sem apresentar relação direta com a semântica textual. Correto Justificativa: O uso adequado dos conectivos é um importante mecanismode estruturação do texto, seja nos aspectos relacionados à semântica, seja nos aspectos relacionados à sintaxe. Um texto pode ser coerente sem conectivos, contudo, esses elementos garantem dois movimentos de leitura essenciais em uma redação: a retrospecção e a prospecção. 8. Texto 01 Texto 02 Texto 03 Quando um texto possui um todo significativo, diz-se que ele possui textualidade, que é um conjunto de características que faz com que um texto não seja apenas uma sequência de frases. Assim, podemos classificar os textos em informativos ou científicos, práticos, literários e extraverbais. A partir das imagens apresentadas podemos afirmar que: Escolha uma: a. Texto 1 – Literário; Texto 2 – Extraverbais; Texto 3 – Informativos ou científicos Correto 9. A intertextualidade pode ser encontrada nos diversos gêneros textuais, inclusive nas histórias em quadrinhos. O cartum Vida de Passarinho, do cartunista Caulos, estabelece um interessante diálogo com um famoso texto-fonte de nossa literatura. Assinale a alternativa que cita esse texto-fonte. Faça uma pesquisa, caso seja necessário. Escolha uma: a. No meio do caminho, de Carlos Drummond de Andrade. Correto Leia o poema e observe sua influência para a criação da história em quadrinhos de Caulos: No meio do caminho (Carlos Drummond de Andrade) No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra. 10. Quando pensamos em leitura, não podemos esquecer que a formação do professor é essencial. Para que ele possa lidar, com maior segurança, com a orientação e a formação de outros leitores, é necessário: Escolha uma: d. preocupar-se com sua própria formação de leitor, já que isso o levará ao melhor conhecimento do que é a história dos livros, apurará seu gosto pessoal e dará maior segurança ao seu trabalho. Correto 11. O conhecido modelo de proposta de redação “Minhas férias” parece perpetuar-se no meio escolar, dado que ainda são solicitadas produções textuais em que o aluno somente tem como referência o tema a ser abordado, sem quaisquer outras explicitações acerca de sua produção. Considerando as especificidades dessa proposta de escrita, sob a perspectiva de que a produção textual se caracteriza não somente pelos seus aspectos linguísticos e textuais, mas também pelas suas funções frente às relações sociais particulares, pelos seus aspectos sociocomunicativos, analise as afirmações seguintes. I. A estratégia mencionada reflete aquilo que vários estudos acerca das especificidades do processo escritural vêm discutindo recentemente: as habilidades nesse processo se realizam a partir de abstrações, as quais dispensam, sobretudo, as interferências extralinguísticas, contextuais. Portanto, devem permanecer. II. À medida que os propósitos comunicativos, como parte das condições de produção do texto, foram deixados de lado na proposição da atividade, a realização desta se tornou inócua. Portanto, devem ser evitadas. III. A atividade mencionada limitou o processo de produção do aluno, comprometendo seu desempenho, por não ser indicada a situação comunicacional envolvida. É correto o que se afirma em: Escolha uma: c. II e III, apenas. Correto 12. Sobre pensar e ler na Sociedade Contemporânea, podemos afirmar que: I. Com o advento da rede mundial de computadores, os seus usuários, especialmente os incluídos na sociedade informatizada, obtiveram possibilidades múltiplas de aquisição de informação, construção de conhecimento e interação com uma rede mundial de usuários. II. O mundo digital privilegia que cada usuário seja somente um copista de seu caminho na rede. III. Os suportes digitais, as redes, os hipertextos são, a partir de agora, as tecnologias intelectuais que a humanidade passará a utilizar para aprender, gerar informação, ler, interpretar a realidade e transformá-la IV. A nova escrita hipertextual ou multimídia certamente estará mais próxima da montagem de um espetáculo do que da redação clássica, na qual o autor apenas se preocupava com a coerência de um texto linear e estático V. A informática/tecnologia deve ser um luxo e não um direito daquele que se prepara para viver no futuro, sendo cada vez um instrumento importantíssimo para o cidadão. Assinale a alternativa correta: Escolha uma: a. I – III – IV Correto 13. (Adaptada do ENADE/2005) Leia-a e responda ao que se pede: A professora Maria Amélia, que atua no Ensino Fundamental, trabalha a literatura infantil como uma das possibilidades de alargamento dos horizontes cognitivos do leitor iniciante. Com essa abordagem, deseja ir além com o seu grupo da “alfabetização”, entendida como o processo de codificação/decodificação de sons e letras visando ao letramento. Maria Amélia organizou uma atividade de leitura do seguinte texto: A FESTA Renata está noiva do amigo Rodrigo. No dia da festa de noivado, Rodrigo dá um baile para os seus convidados. O baile está muito animado. Mas vejam só que confusão! No meio da festa, Rodrigo tropeça, cai de cara no bolo e se estatela no chão! Renata muda de opinião: - Rodrigo é um bobalhão! Este noivo não quero mais não! A seguir, solicitou às suas crianças da 1ª. série a criação de uma outra história. José Gil escreveu, então, o texto: O NOIVADO Eu gosto dessa história porque o bobo do Rodrigo caiu de cara no chão. Como ele é um bobão. A Renata disse para ele: – Eu vou embora dessa festa e nunca mais quero ver o bobalhão do Rodrigão. Todo mundo confiou na Renata. (José Gil, 1a Série do Ensino Fundamental) A atividade proposta pela professora possibilitou à criança: I - explorar a rima para aumento de vocabulário; II - desenvolver os elementos sensório-motores; III - emitir opinião sobre a situação narrada; IV - analisar questões de comportamento. São corretos: Escolha uma: c. I, III e IV, apenas. 14. Busque nomear, no texto abaixo, as quatro figuras de linguagem encontradas: Ana: Maria, você foi ao show no sábado? Maria: Claro! Aquele som é especial! A MÚSICA DELES É UM BÁLSAMO! Ana: Falei para o meu marido que ele deveria ter me levado, mas ELE ESTÁ SEMPRE MORRENDO DE CANSADO! Maria: Sei que ao final de cada show eles estão verdadeiramente cansados, logo, O TÉRMINO DO SHOW É A MINHA TRISTEZA E A FELICIDADE DELES... Ana: Mas pelo menos você foi, não é? [...] Mas da próxima vez o MEU QUERIDO MARIDO VAI comigo de qualquer jeito! Marque a alternativa correta, conforme sequência das frases acima: d) metáfora, hipérbole, antítese, ironía. 15. Durante um trabalho de reescritas de textos de uma turma, o professor se depara com a seguinte frase: “Foi difícil para mim perceber o erro”. Com o objetivo de ampliar o conhecimento do aluno em relação à atividade proposta, o professor deverá: a) esclarecer acerca do uso indevido do pronome nesta frase, pois é preciso que o aluno aprenda a norma padrão, visto que é um meio de ascensão social. 16. Antigamente Acontecia o indivíduo apanhar constipação; ficando perrengue, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à botica para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a phtísica, feia era o gálico. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os meninos, lombrigas (…) Carlos Drummond de Andrade. Observe outra versão do texto acima, em linguagem atual. Antigamente Acontecia o indivíduo apanhar um resfriado; ficando mal, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à farmácia para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a tuberculose, feia era a sífilis. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os meninos, vermes (…) Comparando-se esses dois textos, verifica-se que, na segunda versão, houve mudanças relativas a a) vocabulário. 17. Oito Anos “Por que você é Flamengo E meu pai Botafogo O que significa "Impávido colosso"? Por que os ossos doemenquanto a gente dorme Por que os dentes caem Por onde os filhos saem Por que os dedos murcham quando estou no banho Por que as ruas enchem quando está chovendo Quanto é mil trilhões vezes infinito Quem é Jesus Cristo Onde estão meus primos Well, well, well Gabriel (...)”. (Paula Toller/Dunga. CD Partimpim, de Adriana Calcanhoto, São Paulo, 2004) Julgue as seguintes proposições e, depois, assinale a alternativa correta: I. Pode-se dizer que se trata de um conjunto de frases interrogativas sem ligação entre si, configurando então um texto desprovido de coerência. II. Embora o texto apresente uma série de interrogações aparentemente sem ligação entre si, existem nele elementos linguísticos que nos permitem construir a coerência textual. III. A letra da canção é constituída por uma “lista” das perguntas que um filho faz para a mãe, e a sequenciação de perguntas aparentemente desconexas, na verdade, explícita o grande número de questionamentos que povoam o imaginário infantil. IV. A ausência de elementos sintáticos, como conectivos, prejudica a construção de sentidos do texto. Não é possível entendê-lo. b) Apenas II e III estão corretas. 18. Sobre o conceito de intertextualidade, podemos afirmar: I. Introdução de novos elementos no texto. Pode-se também retomar esses elementos para introduzir novos referentes. II. Operação responsável pela manutenção do foco nos objetos de discurso previamente introduzidos; III. Elemento constituinte do processo de escrita e leitura. Trata-se das relações dialógicas estabelecidas entre dois ou mais textos; IV. Pode ocorrer de maneira implícita ou explícita, mas é a relação estabelecida entre dois ou mais textos; V. Responsável pela continuidade de um tema e pelo estabelecimento das relações semânticas presentes em um texto. Estão corretas as proposições: c) Apenas III e IV estão corretas. 19. (ENEM, 2006) Aula de Português A linguagem na ponta da língua tão fácil de falar e de entender. A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a priminha. O português são dois; o outro, mistério. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979) Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em: A- Diferentes Épocas B- Textos Técnicos e Poéticos. C- Diferentes Regiões do País. D- Situações Formais e Informais E- Escolas Literárias Distintas O poeta expressa as marcas de variação de usos da língua, que são classificadas em linguagem formal e informal. Na oralidade temos a tendência de utilizar uma linguagem mais informal. Por sua vez, na escrita utiliza-se a linguagem formal. Quando vamos falar, temos o costume de abreviar as palavras, falarmos gírias, em situações que não precisam de um vocabulário mais robusto. Porém, na escrita, vale usar a linguagem formal, pois geralmente estamos escrevendo um e-mail para o chefe, um trabalho escolar, um trabalho da faculdade. Enfim, coisas que requerem uma linguagem mais formal. O modo que falamos irá depender da situação e do contexto. 20. INEP - ENADE 2005 - PEDAGOGIA Na figura abaixo, de Francesco Tonucci, a professora reage ao "erro" do aluno de forma contundente, desvalorizando o seu raciocínio analógico. O erro e sua correção tiveram, ao longo do tempo, diferentes abordagens relacionadas a concepções e reflexões sobre a avaliação da aprendizagem. O procedimento docente que caracteriza uma concepção mediadora de avaliação é: a) determinar a correspondência entre as intenções e as observações, verificando se os dados observados correspondem às intenções formuladas. b) respeitar as diferenças individuais e, sem comparar um aluno em relação a outros, fazer um julgamento com base nos objetivos alcançados por ele. c) analisar as várias manifestações dos alunos em situações de aprendizagem, considerando suas hipóteses, para exercer uma ação educativa. d) valorizar a produção individual sobre a coletiva, acompanhando os alunos em diversas situações de aprendizagem, para estabelecer as estratégias de ensino. e) considerar o resultado obtido pelo aluno como consequência do seu empenho em reproduzir os conteúdos dados e as normas estabelecidas pela instituição onde ele estuda. 1-Assinale a alternativa correta: Qual o nome do método que surgiu para responder às críticas feitas aos métodos sintéticos e aos métodos analíticos. Escolha uma: a. Método Misto 2-Texto da questão Uma criança de Sete anos que entra na escola para se alfabetizar já é capaz de: Escolha uma: e) entender e falar a língua portuguesa com desembaraço e precisão, nas mais diversas circunstâncias da vida. 3-Assinale a alternativa correta. Escolha uma: b. Brincar de ler pequenos textos poéticos; reproduzir os textos dos alunos na lousa pode ser um bom exercício para a alfabetização. 4-Lectoescrita significa: Escolha uma: a. Habilidade adquirida de poder ler e escrever. 5-Assinale a alternativa correta. Escolha uma: a. Em português, não existem palavras sem vogal. 6-Assinale a alternativa em que só ocorram consoantes bilabiais Escolha uma: b. mimi, babá, papai. 7-Na região da laringe, encontra-se um importante órgão para a fonação. Assinale a alternativa correta que indica o nome desse órgão: Escolha uma: a. cordas vocais. 8-Assinale a alternativa correta. Escolha uma: c. A diferença entre canta e cata reside apenas na oposição vogal nasal x vogal oral. 9-Assinale a alternativa em que só ocorram monossílabos átonos Escolha uma: d. Em, de, por 10-Assinale a alternativa correta Escolha uma: e. O acento permite-nos distinguir palavras diferentes. 11-Leia a piada abaixo e assinale a alternativa correta O homem assiste à TV com a janela aberta. Um amigo que passa, cumprimenta: - Firme, cumpadri? - Não cumpadre! Futebor! Escolha uma: b. “Cumpadri” é uma variação comum a qualquer falante; enquanto “futebor” é específica a falantes não-escolarizados. 12-Numa sala de aula de terceiro ano do ensino fundamental, com crianças oriundas de várias regiões do Brasil, um aluno pronunciou a palavra olho como [oio]. Outra criança da turma chamou-lhe a atenção, corrigindo-lhe a fala. A professora aproveitou a oportunidade e pediu a todos para que, a partir dali, falassem sempre como se escreve, ou seja: os que falassem [sau] deveriam sempre falar [sal]; os que falassem [viage] deveriam sempre falar [viagem]; os que falassem [bodi] deveriam sempre falar [bode]; os que falassem [cantano] deveriam sempre falar [cantando]. Rapidamente as crianças perceberam que ficou muito difícil falar e que seria impossível falar sempre exatamente como se escreve. A professora aproveitou para explicar que ninguém fala exatamente como se escreve. Essa professora sabe que: Escolha uma: e. as variações da língua falada têm significados afetivos e culturais. 13-Na obra “E as crianças era difíceis – a Redação na escola” , pesquisadora Eglês Franchi apresenta caminhos a serem tomados para a abordagem da oralidade. Assinale qual o objetivo desta pesquisa: Escolha uma: b. a variação linguística, para, em seguida, traçar caminhos para questões de alfabetização, a autora aborda alguns passos a serem seguidos. 14-“É aquela pertencente a um grupo específico de pessoas. Neste caso, podemos destacar as gírias, as quais pertencem a grupos de surfistas, tatuadores, entre outros; a linguagem coloquial, usada no dia a dia das pessoas; e a linguagem formal, que é aquela utilizada pelas pessoas de maior prestígio social”. De qual Variação linguística estamos falando: Escolha uma: b. Variação Social 15-O que trata um “Não-texto”? Escolha uma: e. Texto com palavras soltas que não formam textos, mas frases soltas. 16-Texto da questão(ENADE/2003 – modificado) “Não se trata de condenar a escola ou a relação desta com a leitura. Leitura e escola (...) estão em constante interação. Logo, tal relação não é apenas inevitável, antes pode ser fecunda e estimulante. Não é a escola que mata a leitura, mas o excesso de didatismo, a burocracia do ensino acoplado a regras preestabelecidas, as normas rígidas e castradoras. Em suma, o uso inadequado de textos fragmentados, deslocados, manipulados levaria à subordinação do leitor ao jugo escolar.” (Fonte: PAULINO, Graça et al. Tipos de textos, modos de leitura. Belo Horizonte: Formato Editorial, 2001, p.28-9). De acordo com as ideias contidas no texto acima, acerca da relação entre escola e leitura, está incorreta a alternativa: Escolha uma: d. Não é fundamental que a escola desenvolva o hábito de leitura. 17-A questão abaixo foi extraída do ENADE/2005. Leia-a e responda ao que se pede: A professora Maria Amélia, que atua no Ensino Fundamental, trabalha a literatura infantil como uma das possibilidades de alargamento dos horizontes cognitivos do leitor iniciante. Com essa abordagem, deseja ir além com o seu grupo da “alfabetização”, entendida como o processo de codificação/decodificação de sons e letras visando ao letramento. Maria Amélia organizou uma atividade de leitura do seguinte texto: A FESTA Renata está noiva do amigo Rodrigo. No dia da festa de noivado, Rodrigo dá um baile para os seus convidados. O baile está muito animado. Mas vejam só que confusão! No meio da festa, Rodrigo tropeça, cai de cara no bolo e se estatela no chão! Renata muda de opinião: - Rodrigo é um bobalhão! Este noivo não quero mais não! A seguir, solicitou às suas crianças da 1ª. série a criação de uma outra história. José Gil escreveu, então, o texto: O NOIVADO Eu gosto dessa história porque o bobo do Rodrigo caiu de cara no chão. Como ele é um bobão. A Renata disse para ele: – Eu vou embora dessa festa e nunca mais quero ver o bobalhão do Rodrigão. Todo mundo confiou na Renata. (José Gil, 1a Série do Ensino Fundamental) A atividade proposta pela professora possibilitou à criança: I - explorar a rima para aumento de vocabulário; II - desenvolver os elementos sensório-motores; III - emitir opinião sobre a situação narrada; IV - analisar questões de comportamento. São corretos: Escolha uma: c. I, III e IV, apenas. 18-Construtivismo pode ser compreendido da seguinte forma: Escolha uma: a. O construtivismo tem a ideia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. 19-No nível “Silábico” a escrita da criança, nesta fase, passa a ter mais relação com a: Escolha uma: a. escrita convencional 20-A tirinha de Ziraldo apresenta-nos uma situação corriqueira. De um modo geral, tem-se a concepção de que as crianças aprenderão os conhecimentos em um único dia e de uma única forma. Essa concepção perde o sentido quando se pensa, por exemplo, nos ciclos básicos de alfabetização, pois os mesmos pressupõem que a alfabetização é: Escolha uma: b. construída em processo. O ensino de língua portuguesa proposto por Geraldi estava organizado da seguinte maneira: baseado em práticas, e não em conteúdos, propunha o ensino gramatical após o domínio da linguagem, além de revelar a existência de aspectos ainda não presentes no ensino de língua portuguesa − a concepção interacionista, a noção de texto, a variedade linguística e a organização do ensino em torno de “práticas”. (Geraldi; Silva; Fiad, 1996). Dessa forma, apoiando-se na interlocução como principal processo de trabalho em sala de aula, Geraldi contribuiu para o ensino de língua portuguesa, refletindo sobre o fato de a aula ser construída no interior mesmo da sala de aula, no momento em que os alunos são considerados sujeitos de seu conhecimento. Dessa forma, é na sala de aula que deve acontecer o diálogo entre os sujeitos que participam dessa interação e que provocam o “movimento linguístico”, que caracteriza, por sua vez, o interacionismo. Abordando a interação dos sujeitos, Geraldi propõe o trabalho com o texto como unidade e objeto de ensino. Para ele, a prática anterior de ensino de língua portuguesa, que privilegiava o ensino da gramática normativa, não permitia que o aluno se constituísse como sujeito e dono de seu pensar. E, sob essa perspectiva, ele critica o trabalho sem a participação do aluno que ocorre em sala de aula, pois, para ele, o conhecimento é construído na interlocução com o sujeito, a partir da reflexão. A partir dessas concepções de Geraldi, o texto passou a ser tomado como objeto de ensino, e o trabalho do professor em sala de aula começou a exigir deste um conhecimento pautado nas concepções de linguagem e de sujeito. Abordando o texto como objeto de ensino, Geraldi propôs três práticas para o trabalho com o texto: leitura, produção e análise linguística. Dessas práticas, a central, para ele, é a produção de textos, complementada pelas atividades de leitura e de análise linguística. Isso porque, segundo o autor, a atividade de produção constitui-se como elemento essencial, tanto para a linguagem quanto para o sujeito, e como condição de reflexão sobre o ensino de língua portuguesa. O trabalho com o texto em sala de aula, segundo Geraldi, contrapõe-se tanto à atividade de gramática normativa como atividade meramente descritiva quanto à utilização do livro didático em sala de aula, que, segundo ele, assujeita o trabalho do aluno. Sob essa perspectiva, Geraldi considera que o trabalho do professor deve estar pautado no ensino e na aprendizagem do texto do aluno, priorizando a reflexão sobre a linguagem. Esse modo de pensar o ensino advém da constatação de que os textos produzidos pelos alunos anteriormente indicavam que a prática de redação não lhes permitia a reflexão necessária para a produção de bons textos. Nesse sentido, ocorreu uma ressignificação em sala de aula, tanto do objeto de ensino quanto das atividades praticadas com esse objeto. PAULA, LF. João Wanderley Geraldi (1946-) e o texto na sala de aula. In: MORTATTI, MRL., et al., orgs. Sujeitos da história do ensino de leitura e escrita no Brasil [online]. São Paulo: Editora UNESP, 2015, pp. 277-298. ISBN 978-85-68334-36-2. Available from SciELO Books . Não há dúvida de que deve ensinar a gramática normativa nas aulas de língua portuguesa, embora sabe-se perfeitamente que ela em si não ensina ninguém a falar, ler e escrever com precisão (Antunes, 2007 p. 53). O dever da escola é ensiná-la oferecendo condições ao aluno de adquirir competência para usá-la de acordo com a situação vivenciada. Não é com teoria gramatical que ela concretizará o seu objetivo, pois isto leva os estudantes ao desinteresse pelo estudo da língua, por não terem condições de entender o conteúdo ministrado em sala de aula, resultando assim frustrações, reprovações e recriminações que iniciam pela própria escola e o preconceito lingüístico. É importante enfatizar que a assimilação crítica dos estudos lingüísticos e a necessidade de se estabelecer um maior contato do professor com a língua materna e a proposta da lingüística; valorizar a língua falada pelo aluno. Considerando que a gramática não deve ser tida como uma verdade única, absoluta e acabada antes, porém seus conceitos devem ser relativizados, para que alcance o educando do século XXI. (BAGNO, 2000 p. 87) opina que: "A gramática deve conter uma boa quantidade de atividades de pesquisa, que possibilitem ao aluno a produção de seu próprio conhecimento lingüístico, como uma arma eficaz contra a reprodução irrefletida e acrítica da doutrina gramatical normativa". Através desse conceito, Bagno afirma que a gramática em si não justifica seu papel de única fonte para o ensino da língua nas escolas, tanto do ponto de vista teórico quanto do prático, bem como o código normativo da linguagem, tomado no geral. Os gramáticos levam ao estágio da angústia os professores e os alunos, para o estudo gramatical em virtude das divergências entre os mesmos.Então o professor deve deixar de lado o comodismo e a repetição da doutrina gramatical e ser mais dinâmico ministrando o conteúdo de forma reflexiva em atividades contextualizadas, interdisciplinares, individuais ou coletivas de forma que o aluno passa a conhecer as variedades da língua através de pesquisas, as quais envolvam a leitura e produção textual, construindo seu próprio conhecimento lingüístico. O ensino de gramática nas escolas, acontece de forma arcaica, devido à aplicação de métodos totalmente teóricos, sem nenhuma significação na vida dos alunos que, por sua vez, não conseguem estabelecer relação entre a teoria gramatical e a prática de texto. A concepção de que língua e gramática são uma coisa só deriva do fato de, ingenuamente, se acreditar que a língua constituída de um único componente: a gramática. Por essa ótica, saber uma língua equivale a saber sua gramática; ou, por outro lado, saber a gramática de uma língua equivale a dominar totalmente essa língua. Na mesma linha de raciocínio, consolida-se a crença de que o estudo de uma língua é o estudo de sua gramática (p.39). É importante ressaltar que o ensino de gramática, não deve ocorrer apenas para proteger ou conservar a composição da língua, mas para auxiliar o usuário e falante no conhecimento de sua própria língua materna, possibilitando-lhe as características essenciais que pertencem à sua cultura. Deve ser também, um ensino harmonioso na relação entre o ensino da gramática normativa e a contextualizada, sem descartar as nomenclaturas, terminologias e regras, as quais são fundamentais para o desenvolvimento social e cultural dos alunos. Segundo VYGOTSKY (apud: www.ufsm.br/linguagem_e_cidadania/02_03/Liane.htm. Acesso em: 22/10/2008) "O estudo da gramática é de grande importância para o desenvolvimento mental da criança". A criança, embora domine a gramática de sua língua muito antes de entrar na escola, pois organiza sua fala de acordo com a necessidade, esse domínio é inconsciente, ou seja, mesmo usando o tempo verbal correto ao se expressar, não saberá rejeitar uma palavra quando isso lhe for solicitado. Em vista disso, o ensino de gramática torna-se válido não só porque permite à criança de estar consciente do que está fazendo, mas pode usar essas habilidades de forma precisa, além de permitir o uso da fala com maior eficácia. O ensino de gramática deve-se iniciar nos primeiros anos de escolaridade, pois a criança desenvolve seu pensamento a partir das descobertas que vai surgindo pelos conteúdos aplicados sem sala de aula, os quais contribuem para o desenvolvimento da fala e escrita. A partir dessas descobertas conclui-se que todas as matérias básicas são estimuladas pelo psicológico ao longo de um processo ensino-aprendizagem. Isso ocorre de forma lenta, interativa, coletiva e contextualizada. Ao ensinar a gramática, o professor deve levar em consideração algumas questões como: o estudo coletivo, a cooperação e a competição, os quais podem ajudar na aprendizagem no sentido de que as crianças com facilidade colaboram com as demais, também pode haver uma competição entre grupos, de forma em que um seja avaliado por outros, recebendo sugestões e reflexões para o próprio amadurecimento. O ensino de gramática é importante tanto na escrita quanto na fala, até porque nós estamos inseridos em uma sociedade contemporânea, na qual nossa aprendizagem é medida para ingressarmos no mercado de trabalho por meio de concursos públicos que exigem dos concorrentes uma gramática contextualizada, que depende das regras da gramática normativa. As provas são elaboradas baseadas nos currículos escolares com propostas pedagógicas, onde a gramática normativa está inserida. Neste caso o aluno deve conhecer a estrutura, os usos e o funcionamento de uma língua nos seus diversos níveis: fonológico, morfológico, lexical e semântico. O professor de língua materna desde a alfabetização até o último ano escolar deve estar atento a estas informações realizando sua tarefa de educador com precisão e competência. https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/gramatica/ensino-gramatica-nas-escolas.htm#:~:te xt=Nesse%20contexto%2C%20pode%2Dse%20afirmar,pelos%20professores%20que%20d emonstram%20as https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/gramatica/ensino-gramatica-nas-escolas.htm#:~:text=Nesse%20contexto%2C%20pode%2Dse%20afirmar,pelos%20professores%20que%20demonstram%20as https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/gramatica/ensino-gramatica-nas-escolas.htm#:~:text=Nesse%20contexto%2C%20pode%2Dse%20afirmar,pelos%20professores%20que%20demonstram%20as https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/gramatica/ensino-gramatica-nas-escolas.htm#:~:text=Nesse%20contexto%2C%20pode%2Dse%20afirmar,pelos%20professores%20que%20demonstram%20as