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Práticas inovadoras na educação_ pesquisas e relatos de experiências na pandemia

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Prévia do material em texto

José Ribamar Lopes Batista Júnior
Nayana Bruna Nery Monção
[organização]
Práticas 
Inovadoras 
na Educação
Pesquisas e relatos de 
experiências na pandemia
Pipa Comunicação
Recife, 2023
José Ribamar Lopes Batista Júnior
Nayana Bruna Nery Monção 
[organização]
Práticas 
Inovadoras 
na Educação
Pesquisas e relatos de 
experiências na pandemia
CAPA E PROJETO GRÁFICO Karla Vidal 
DIAGRAMAÇÃO Augusto Noronha e Karla Vidal 
REVISÃO Os organizadores
EDITORES Augusto Noronha e Karla Vidal (Pipa Comunicação)
http://www.pipacomunica.com.br
ESTA OBRA ESTÁ LICENCIADA COM UMA LICENÇA CREATIVE COMMONS 
ATRIBUIÇÃO-NÃOCOMERCIAL 4.0 INTERNACIONAL.
Catalogação na publicação
Elaborada por Bibliotecária Janaina Ramos – CRB-8/9166
P912
Práticas inovadoras na educação: pesquisas e relatos de experiências na 
pandemia / Organizadores José Ribamar Lopes Batista Júnior, Nayana 
Bruna Nery Monção. – Recife: Pipa Comunicação, 2023.
Livro em PDF
ISBN 978-65-87033-51-8
1. Educação. I. Batista Júnior, José Ribamar Lopes. II. Monção, Nayana 
Bruna Nery. III. Título.
CDD 370
Índice para catálogo sistemático
I. Educação
http://www.pipacomunica.com.br
COMISSÃO EDITORIAL
Editores Executivos
Augusto Noronha e Karla Vidal 
Conselho Editorial
Alex Sandro Gomes
Angela Paiva Dionisio
Caio Dib
Carmi Ferraz Santos
Cláudio Clécio Vidal Eufrausino
Cláudio Pedrosa
Clecio dos Santos Bunzen Júnior
José Ribamar Lopes Batista Júnior
Leila Ribeiro
Leonardo Pinheiro Mozdzenski
Marcio Gonçalves
Pedro F. Guedes do Nascimento
Regina Lúcia Péret Dell’Isola
Rodrigo Albuquerque
Ubirajara de Lucena Pereira
Wagner Rodrigues Silva
Washington Ribeiro
Prefixo Editorial: 87033
www.livrariadapipa.com.br
http://www.pipacomunica.com.br/livrariadapipa
Apresentação
7
Práticas inovadoras na educação: 
pesquisas e relatos de experiências 
na pandemia
José Ribamar Lopes Batista Júnior
Nayana Bruna Nery Monção
Nos últimos 7 (sete) anos, o Colégio Técnico de Floriano 
(CTF), situado no município do Piauí que faz referência em seu 
nome e com vínculo à Universidade Federal do Piauí (UFPI), no 
seu compromisso em relação ao tripé da instituição ENSINO, 
PESQUISA e EXTENSÃO, incentiva e estimula que ações destas 
categorias se desenvolvam constantemente no segmento da 
Educação Médio-Técnico, principal modalidade de ensino da 
unidade. Dentre suas ações, reconhece-se a Jornada Acadê-
mica como um evento já consolidado em nosso estado e um 
importante palco para proporcionar troca de experiências tanto 
acadêmica como científica.
O ano de 2020, certamente, encontra-se marcado em nossas 
vidas pelo contexto da pandemia da COVID-19. Em vários 
cenários, a logística de funcionamento precisou de mudanças 
ou adaptações e no eixo escolar/acadêmico não foi diferente, 
os/as docentes e pesquisadores/as buscaram alternativas para 
prosseguimento daquilo que “ficou parado”. Vimos a necessidade 
de realizar atividades nas mais diversas esferas (curso de 
capacitação/aperfeiçoamento, oficinas, palestras), para assim, 
adquirir habilidade de realizar um ensino emergencial visando 
suprir a ausência da modalidade presencial. Resultado disso, 
foi a possibilidade de executar ações fortemente apoiadas pelo 
uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação e 
que, muitas delas, farão parte do “novo normal”, considerando 
a retomada das atividades presenciais. Diante disso, queremos, 
com o livro “Práticas inovadoras na educação: pesquisas 
e relatos de experiências na pandemia”, disseminar ações 
realizadas na pesquisa e na extensão vivenciadas/executadas 
para servir como suporte de ideia e ressaltar a importância 
de proporcionar que jovens da Educação Básica e Profissional 
Técnico pratiquem a ciência.
Com base nisso, a obra reúne práticas de Pesquisas e Exten-
são realizadas por bolsistas e pesquisadores/as do CTF/UFPI, 
bem como por membros de outras instituições de ensino que 
apoiam e reconhecem a Jornada Acadêmica como porta para 
a divulgação de conhecimentos.
Te convidamos a conhecer essas experiências!
VIVA À CIÊNCIA e ótima leitura!
9
Sumário
Ambiente e saúde 
15 O que pode um projeto de extensão com ações formativas
 e artístico-culturais? Caminhos possíveis, travessias necessárias
 e afetos alicerçados: relato de experiência
 Maria Lizandra Mendes de Sousa, Camila Gabrielly Silva do 
 Nascimento, José Ribamar Lopes Batista Júnior
Informação e comunicação
35 A divulgação científica no Instagram sobre os produtos de
 higiene pessoal
 Maria Eduarda Sousa, Maria Beatriz Ferreira Santos Sousa,
 Nayana Bruna Nery Monção
49 Canal no YouTube: proposta metodológica para prática 
 inovadora no ensino em administração
 Sérgio Adriany Santos Moreira
61 Cosmetoloquímica: divulgação de conhecimentos sobre
 os cosméticos
 Bianca Rodrigues Conrado de Amorim, Yasmin Veloso Costa,
 Nayana Bruna Nery Monção
73 Perfume e óleos essenciais: divulgação científica por meio
 do Instagram
 Guilherme Brito Rodrigues, Guilherme Alves Procópio,
 Nayana Bruna Nery Monção
Infraestrutura 
85 Ambientes restauradores e a importância da presença de 
 elementos naturais na cidade
 José de Souza Gomes Júnior
99 Consumo consciente de energia elétrica
 Weslay Vieira de Araujo, Geová Araujo Machado de Carvalho,
 Maria Elizabete Costa Severiano
Linguagens e suas tecnologias
 
111 A escrita acadêmica na Educação Básica: projeto de extensão 
 do LPT Acadêmico
 Ana Beatriz Freire de Sousa, Maria Rita Barbosa Luz,
 Rita de Kassia Vieira Ramalho, Francisco Emanuel Rocha de 
 Santana, José Ribamar Lopes Batista Júnior
129 Curso on-line “Ler e escrever na universidade”: a extensão 
 universitária a serviço do letramento acadêmico
 Gilmarley Lima de Sousa, Sidney Silva Martins,
 Marcela Cristiane da Silva, José Ribamar Lopes Batista Júnior
145 Oficina de zine: letramentos e olhar social a partir do conto
 ‘Pai contra mãe’, de Machado de Assis
 Maria Eneida Matos da Rosa, Alinne Santana Ferreira,
 Letícia Ingrid Damasceno da Silva, Luighi Fé Ramos,
 Vanessa Correia Matos
161 Práticas de letramento e ações extensionistas do LPT 
 Acadêmico
 Rawane Soares Santos, Luanne Beatriz Fialho de Carvalho,
 Isaías Gabriel Piauilino Cipriano de Sá, Guilherme Reis de Souza
 Silva Ferreira, José Ribamar Lopes Batista Júnior
173 Práticas de multiletramento no contexto do projeto TV 
 Radiotec: tecnologias digitais, redes sociais e 
 protagonismo juvenil
 Hiuan Pacheco Costa, Caio Kácio Ribeiro Lima,
 Louise Raquel Cardôso de Sousa, Matheus Damasceno Franco,
 José Ribamar Lopes Batista Júnior
185 Projeto LPT Acadêmico: impacto das práticas de letramento
 na Educação Básica e no Ensino Superior
 Marijany da Silva Reis, Lucas Mariel dos Santos de Sá,
 José Ribamar Lopes Batista Júnior
199 Sobre a produção de textos: o que Manoel de Barros nos ensina?
 Caio Ferreira Fernandes, Elizabeth Gonçalves Lima Rocha
Produção cultural e design 
219 Espaço virtual do negro: do esquecimento ao reconhecimento
 Marli Ferreira de Carvalho Damasceno
237 Projeto TV Radiotec: o uso das ferramentas digitais na formação 
 de conhecimento no Ensino Médio
 Maria da Conceição Sousa Guimarães, Misael da Silva Almeida,
 Nicoly Maria dos Reis Dalcastagnê, Pedro Lucas Nascimento 
 Solano, José Ribamar Lopes Batista Júnior
Sobre os autores
253 Sobre autores e autoras
Capítulo 1
15
O que pode um projeto de extensão 
com ações formativas e artístico-
culturais? Caminhos possíveis, 
travessias necessárias e afetos 
alicerçados: relato de experiência
Maria Lizandra Mendes de Sousa
Camila Gabrielly Silva do Nascimento
José Ribamar Lopes Batista Júnior
Tessituras iniciais
Quando se pensa em uma educação que desenvolva 
consciência crítica, inserção ao protagonismo social, cultu-
ral e político, emancipação, inclusão e criticidade, estamos 
tecendo articulações pautadas no compromisso social e no 
direito à vida. Entretanto, ao perceber as realidades, existem 
dois aspectos que merecem destaque nesse ciclo vicioso de 
exclusão: por um lado, há distanciamentoentre a educação e 
os grupos historicamente vulneráveis que, por sua vez, ampliam 
as mazelas na sociedade e mais distante se torna a inserção ao 
processo formativo/educativo-crítico; de outro lado, as insti-
tuições de ensino formais prendem-se, na grande maioria das 
vezes, apenas aos conteúdos curriculares – isto se dá devido a 
exigência de cumprimento da carga horária através das aulas, 
16
Práticas inovadoras na educação
atividades e provas – impossibilitando, desse modo, discussões 
acerca de temáticas que surgem na sociedade e nas experiên-
cias cotidianas.
Embora haja esses impedimentos que intensificam as desi-
gualdades sociais, as instituições de ensino formais podem 
e devem ser um espaço para questionamentos, reflexões e 
críticas aos temas que permeiam as vivências cotidianas; um 
espaço rico em relações, inter-relações e interações com vista 
ao compromisso social, cultural e político. Para tal intento, as 
escolas necessitam não somente estarem convictas de sua 
função para com a formação dos sujeitos, mas também numa 
relação mútua, oportunizando este despertar para o desenvol-
vimento sociocultural, político, crítico e emancipatório. Isso se 
torna viável por meio da interdisciplinaridade.
Nesse sentido de impossibilidades é que emerge o Projeto 
de Extensão Bate & Volta Diálogos. O projeto promove ações 
interdisciplinares que envolve as áreas de linguagem, saúde, 
cidadania etc, na busca de uma formação humana, o qual se 
constitui no desenvolvimento de atividades artístico-culturais, 
terapêuticas, formativa e educativa com vistas à emancipação, 
à cidadania, ao protagonismo e à inclusão, bem como a difusão 
da empatia.
Assim, o projeto além de se articular com o ensino, a pesquisa 
e a extensão, vai também contribuindo para a educação ao opor-
tunizar momentos de reflexões sobre as distintas expressões 
17
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
humanas, especialmente juntando formação-educação-acolhi-
mento-arte-cultura. Por isto mesmo é que questionamos: O que 
pode um projeto de extensão com ações formativas e artístico-
-culturais? Dessa forma, o objetivo deste trabalho é apresentar 
e relatar as ações formativas e artístico-culturais do Bate & Volta 
Diálogos no período de 2021.
Na seção a seguir, vocês tecerão encontros com as vozes que 
afloram as perspectivas do projeto de extensão em questão e 
que nos permite traçar novos caminhos para a educação.
Linguagem, saúde, educação, interdisciplinaridade e 
extensão: vozes que afloram o diálogo
As pessoas são imersas e atravessadas pelos aspectos sociais, 
culturais, históricos, políticos, econômicos e identitários. Tais 
aspectos não são fixos, mas sim dialogam no e pelo movimento 
que transcende as relações preestabelecidas e se ampara no 
inacabamento. Na sua constituição e no decorrer do desenvol-
vimento, as pessoas materializam seu pensamento por meio da 
linguagem traçando, assim, meios interativos e comunicativos 
de expressar opiniões e sentimentos.
Segundo Orlandi (2015, p. 188-189), “[...] a língua que, na pers-
pectiva discursiva, não é vista como um sistema fechado nele 
mesmo, mas sujeito a falhas, inscreve-se, com suas falhas, na 
história produzindo os sentidos”. Parece-nos, e é perceptível, 
18
Práticas inovadoras na educação
que há uma relação entre linguagem e história. E essa relação 
ocasiona o resgate das identidades, mas também na construção 
da própria vida e/ou de uma nova vida que, nos embaraços dos 
percalços cotidianos, (re)produzem sentidos e significados nas 
relações e ações humanas.
Esse movimento relacional de linguagem e história tenciona 
os diálogos para se refletir sobre a saúde e educação. Os espa-
ços educativos formais na sua imersão nos fatores quantitativos 
esquecem que lidam com pessoas que são distintas, únicas e 
particulares, que têm sentimentos e dificuldades e que, ao longo 
do processo formativo, esbarram com muitos problemas físicos, 
psicológicos e emocionais que afetam seu processo de aprendi-
zagem. Nesse sentido, a promoção da saúde apresenta-se como 
uma forma de pensar e agir em sintonia com este agir educativo, 
cuja finalidade é a formação de sujeitos e projetos pedagógicos 
voltados para o direito à vida (DEMARZO; AQUILANTE, 2008).
Dessa forma, ao trazer Paulo Freire (2011) para o diálogo, 
requer-se compreender a educação e o processo de ensino e 
aprendizagem como possibilidade para a construção do protago-
nismo social, político e cultural que abasteçam as/os educandas/
os de aparatos críticos, reflexivos e questionadores tornando-as/
os pessoas ativas de suas realidades e retirando-as/os da passi-
vidade imposta pelo sistema opressor – classe dominante. Isto 
se dá por meio da produção de novos desenhos para a educação 
repensando o currículo, disciplinas, aulas, avaliações, espaço e 
tempo e os projetos.
19
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
Na continuidade de uma educação emancipatória, a interdis-
ciplinaridade impulsiona a coerência da construção do conheci-
mento de forma coletiva, na ousadia de transformar o exercício 
do pensar em fenômenos críticos e reflexivos, desconstruir a 
supremacia da ciência única e penetrar em outros campos e 
áreas do saber (LEIS, 2005), tencionar outras discussões de 
temas considerados ordinários e presentes na sociedade.
Assim, no exercício da extensão se torna mais um ponto 
essencial na garantia do desenvolvimento da consciência crítica 
e de uma educação pautada no compromisso social. A imersão 
na extensão pelas instituições de ensino formais não pode ser 
algo isolado e que fuja das experiências cotidianas. Ao contrário, 
há nela um aguçar pela aproximação, movimento e interação. 
Conectar sociedade e escolas. Ou seja, a extensão “[...] produzir 
conhecimento para a transformação social, não vendo a socie-
dade como simples fator passivo nesta empreitada, mas como 
agente ativo, com saberes, viveres e experiências válidas” (SILVA, 
2020, p. 29), retirando, desse modo, o distanciamento entre socie-
dade e instituições de ensino formais e construindo instrumentos 
democráticos para a educação.
Em face de tudo isto é que se colocam as travessias neces-
sárias em torno de uma educação que não retira de si a luta 
pelo compromisso social, mas que a entende e a tece junto a si 
e àquelas/es que necessitam dela para ampliar sua conscienti-
20
Práticas inovadoras na educação
zação crítica e tirar as fendas que cobrem suas realidades. Desse 
modo, na seção a seguir, vocês encontrarão os elos escolhidos 
para a construção deste texto, assim como os caminhos das 
ações do projeto.
Caminhos metodológicos
Os elos escolhidos para a construção deste texto correspon-
dem a uma pesquisa de abordagem qualitativa, visto que reco-
nhecem as “[...] várias possibilidades de se estudar os fenômenos 
que envolvem os seres humanos e suas intrincadas relações 
sociais, estabelecidas em diversos ambientes” (GODY,1995, p. 
21). Para tal propósito, este trabalho é de natureza descritiva, 
uma vez que propicia a descrição dos objetos e/ou fenômenos 
estudados de forma real e precisa (GERHARDT; SILVEIRA, 2009), 
do tipo relato de experiência.
Assim, os caminhos percorridos para alcançar as ações do 
projeto se estruturam na própria organização das atividades: 
objetivos, métodos e dia de execução, como pode ser averi-
guado nos infográficos abaixo:
21
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
Infográfico 1. As ações formativas: ciclo de palestras, cursos e oficinas
Infográfico 2. As ações artístico-culturais: Zueira literária renascer, 
Batemoções & Voltamores e som do intervalo
Fonte: arquivo do Projeto Bate & Volta Diálogos, 2021.
22
Práticas inovadoras na educação
Nesse sentido, na seção seguinte, vocês dialogarão com as 
experiências ao redor das ações formativas e artístico-culturais 
desenvolvidas pelo projeto.
As ações extensionistas do bate & volta diálogos: relato 
de experiência
Como já reportado, o projeto de extensão “Bate & Volta Diálo-
gos”, na perspectivade desenvolver habilidades, difusão da 
empatia e da cordialidade, bem como da potencialização de 
criticidades com vistas à emancipação, à cidadania e à inclusão, 
se organiza e promove ações formativas e educativas, como 
também artístico-culturais e terapêuticas, o qual iremos abordar 
apenas as ações formativas e artístico-culturais. As ações são as 
seguintes:
Infográfico 3. Ações desenvolvidas no Projeto de Extensão Bate & Volta Diálogos
Fonte: arquivo do Projeto Bate & Volta Diálogos, 2021.
23
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
As ações formativas: disponibilidade ao diálogo
Trazer ações formativas e educativas é promover um ambiente 
de diálogo, reflexão, criticidade, protagonismo e expansão do 
pensamento autônomo. E foi assim que emergiram o Ciclo de 
Palestras e os Cursos e oficinas. O Ciclo de Palestras mobilizou, 
assim, três pontos que se destacam: questionamentos, incomo-
dações e criticidade. Questionamentos, porque ao longo das 
conversas despertaram outros assuntos que se conectam com 
as temáticas abordadas. Por exemplo, inseguranças na docência, 
autossabotagem no percurso educacional, racismo, importân-
cia da terapia, cuidado com o outro e a sua relação com o meio 
ambiente, liberdade de expressão e as fake news, a arte-cultura 
na promoção do autocuidado, entre outros, que geraram mais 
ondas de querer saber mais. Incomodações, especialmente, por 
abordarmos temas polêmicos que giram ao redor da sociedade, 
a exemplo de pessoas travestis e trans e seu direito à educação. 
E criticidade já que, ao promover diálogos, ofertamos a oportu-
nidade de desenvolver o nosso lado crítico e reflexivo sobre as 
coisas de forma ampla e complexa.
24
Práticas inovadoras na educação
Infográfico 4. Temas das duas edições, 2021.1 e 2021.2, do Ciclo de Palestras
Fonte: arquivo do Projeto Bate & Volta Diálogos, 2021.
Desse modo, averigua-se que o Ciclo de Palestras oportu-
niza para as/os participantes a possibilidade e disponibilidade 
para o diálogo de temas que circulam na sociedade. Assim, 
torna-se um espaço potencializador de diálogos, encontros, 
trocas de vivências e experiências, produzindo incomodações 
e questionamentos necessários sobre a educação, o ensinar e 
aprender, além de um alerta de que a educação precisa e exige 
a disponibilidade para o diálogo, posto que a curiosidade e a 
25
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
inquietação promovem a consciência política na interação da 
ação-reflexão-ação pela inconclusão do movimento que vai 
acontecendo dia após dia.
Os cursos e as oficinas tencionaram aprendizagens urgentes. 
Assim, aprendemos que a leitura aguça o pensamento autô-
nomo e afasta a população da alienação, bem como diminui os 
caminhos das notícias falsas; que precisamos conhecer nossas 
raízes culturais para a construção da identidade tornar-se um 
elo de nós com nós, ou seja, saber quem somos; que atividade 
física não é bom apenas para o físico, mas, em especial, para a 
mente, nos protegendo dos guilhões da ansiedade e depressão, 
além de que podemos nos divertir em casa; compreendemos 
que, para editar uma imagem e vídeo, não precisa de aplicativos 
e recursos sofisticados, os próprios aplicativos mais usuais, como 
Instagram, nos ofertam uma infinidade de possibilidades; enten-
demos que o cuidado com a pele também é um acalento que 
temos com o amor próprio; e que podemos aprender bastante 
com os mais jovens, a exemplo dos tantos ensinamentos antes 
e depois de realizar uma maquiagem.
26
Práticas inovadoras na educação
Infográfico 5. Temas das Oficinas e Cursos
Fonte: arquivo do Projeto Bate & Volta Diálogos, 2021.
Nessa perspectiva, no que se refere às oficinas e cursos, 
verifica-se a existência de um espaço viável para o processo 
formativo vinculado ao viés terapêutico que contribui para se 
pensar na presença da interdisciplinaridade nos processos de 
ensino e aprendizagem para além dos conteúdos curriculares. 
Em outras palavras, a educação e a sala de aula pode e deve ser 
um ambiente propício para um processo formativo articulado 
com o viés terapêutico e artístico-culturais que, por sua vez, 
27
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
reverbera para a importância da interdisciplinaridade ao possibi-
litar contatos com outros campos do saber, mas também refletir 
os contextos socioculturais, econômicos e políticos que grupos 
vulneráveis estão inseridos para a busca de uma educação que 
promova o pensamento crítico-reflexivo-autônomo.
Esses movimentos dialógicos e pautados nas experiências 
cotidianas fazem com que destaquemos que as ações formati-
vas e educativas, além de promover um espaço para discutir e 
aprender de forma mútua, se tornaram um ambiente livre para 
a promoção de assuntos que cotidianamente vão surgindo na 
sociedade e que, muitas vezes, não há um lugar nos encontros 
de sala de aula para serem discutidos.
As ações artístico-culturais: o movimento do resgate
Desenvolver ações artístico-culturais é oferecer arte em 
eventos on-line na área da música, da literatura, do teatro e da 
dança, para a fruição e apreciação estética. Dessa forma, nas 
ações artístico-culturais temos a ação artística como uma prática 
pessoal e/ou coletiva que abre caminhos e possibilidade de agir 
e experienciar atividades artisticamente, assim como uma ação 
cultural que contribui para o desenvolvimento das relações de 
ideias, símbolos, formas, obras culturais das pessoas. E são com 
essas ondas sonoras que se revelaram a Zueira Literária Renas-
cer, BatEmoções & VoltAmores e Som do Intervalo.
28
Práticas inovadoras na educação
Nesse sentido, a Zueira Literária Renascer é uma ação que 
proporciona a quem participa um contato maior com a literatu-
ras através de poemas e poesias, promovendo um sentimento 
de pertencimento, inclusão, afetividade, bem como o uso de 
textos poéticos como ferramenta de lutas por uma sociedade 
mais humana.
Infográfico 6. Zueira Literária Renascer: possibilidades de encontros
Fonte: arquivo do Projeto Bate & Volta Diálogos, 2021.
Assim, nas poesias e nos poemas compartilhados e partilha-
dos nas redes sociais, verificamos: a poesia cura. Essa afirmativa 
se dá ao fato dos sentimentos e atravessamentos ocasionados 
pelas palavras declamadas, sentidas, vivenciadas e acolhidas. 
(Re)Criaram uma rede de elos que, na imensidão do sentir e fazer 
artístico, não apenas orquestraram interpretações sobre dife-
29
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
rentes temas cotidianos, mas, principalmente, pelas incomoda-
ções que mergulharam em si e nos outros. Há, assim, tessituras 
de esperanças ao entender que a arte também é um lugar de 
denúncia e acalento por dias melhores. O BatEmoções & VoltA-
mores é uma forma de começarmos a semana com palavras que 
possam ser um alento à nossa alma, promovendo um sentimento 
de bem-estar, além de ressignificar situações que vivenciamos 
diariamente.
Infográfico 7. BatEmoções & VoltAmores: ressignificações de si
Fonte: arquivo do Projeto Bate & Volta Diálogos, 2021.
Nessa perspectiva, o BatEmoções & VoltAmores se mostra 
uma ação de ressignificações das mais distintas situações que 
vivenciamos no dia a dia e que, muitas vezes, não paramos para 
refletir ou, principalmente, não o entendemos como importantes, 
30
Práticas inovadoras na educação
a exemplo da ausência de autoconhecimento. Uma ação que cria 
iniciativas de darmos tempo para nós e percebermos que sempre 
há tempo para recomeçar. Além disso, impulsiona o recomeço, as 
tentativas e mais tentativas de continuar existindo no existir e no 
balanço forte das ressignificações. Essas conectividades só são 
possíveis pelo ato não esgotável de enxergar nossas particulari-
dades e limitações não como um aspecto ruim, e sim como um 
âmbito relevante da essência o qual nos diferencia das demais 
pessoas. Mensagens para tirar um pouco da carga negativa, 
especialmente, em tempos de pandemia, e colocar oportunida-
des de superação por meio das reflexões.
Aopromover ações interdisciplinares para dentro e fora das 
instituições de ensino, bem como atividades que tenham articula-
ções com temas que surgem diariamente na sociedade, estamos 
fomentando mudanças emancipatórias no agir sobre o mundo, 
no ser e fazer, na busca das diferentes manifestações do conheci-
mento e em romper com as ideias hegemônicas trazendo, assim, 
vários contextos por diferentes óticas e ângulos. Preocupar-se 
com a qualidade da educação é disponibilizar não apenas o 
diálogo, mas também a escuta, a expansão da consciência, da 
reflexão-ação-reflexão, da criticidade, dos questionamentos, das 
dúvidas e do aumento dos sonhos para sua prática e realização. 
Há, então, afetos alicerçados!
31
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
Tessituras para não finalizar
O que pode um projeto de extensão com ações formativas e 
artístico-culturais? Essa foi a pergunta que mobilizou os diálo-
gos-encontros deste texto que teve como objetivo apresentar e 
relatar as ações formativas e artístico-culturais do Bate & Volta 
Diálogos no período de 2021. Desse modo, por meio das vozes que 
alicerçaram essas travessias, averiguamos que uma educação 
pautada no compromisso social precisa oportunizar espaços para 
a saúde e para a linguagem. Isto é possível por meio da interdis-
ciplinaridade e da extensão.
Assim, percebemos que as ações formativas (e educativas) – 
Ciclo de Palestras e Cursos e oficinas – promovem o incentivo para 
mudanças nas escolas em busca da construção de uma educação 
pautada nas vivências humanizadoras, que não reproduz discur-
sos hegemônicos, preconceituosos, não inclusivos e discriminató-
rios, em sintonia com a consciência política e compromisso social. 
E, ao trazer as ações artístico-culturais (Zueira Literária Renascer, 
BatEmoções & VoltAmores e Som do Intervalo) para dentro e fora 
das instituições de ensino, está-se não apenas demonstrando 
a importância da interdisciplinaridade no processo de ensino e 
aprendizagem, mas também promovendo modificações internas 
e externas nas pessoas.
Dessa forma, ações contribuem, potencializam e modificam 
a vida das pessoas em diferentes campos e contextos, assim 
como, criam redes ricas em relações humanas, de autoconhe-
32
Práticas inovadoras na educação
cimento, autocuidado, empatia e promoção de relações para se 
pensar em uma educação pautada também na arte e cultura, tal 
qual salienta que o projeto potencializa o protagonismo social 
tencionando para o chamamento de novos projetos e pesquisas 
que levem em consideração o dinamismo interacional que se 
experiencia no cotidiano, o qual se faz necessário frisar para uma 
educação, docência, ensino e aprendizagem e sociedade guiada 
pelo compromisso social.
Mas, então, o que pode um projeto de extensão com ações 
formativas e artístico-culturais? O mínimo que pode é promover 
diferenças nas vidas das pessoas ao oportunizar espaços repletos 
de diálogos e empatia. Assim, se fôssemos resumir, diríamos: Pode 
haver três encontros: caminhos possíveis, travessias necessárias e 
afetos alicerçados. Então, o projeto pode transformar reencontros.
Referências
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promotoras de saúde. In: Programa de atualização em medicina de 
família e comunidade. Porto Alegre, RS: Artmed/Pan-Americana, 
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33
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
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construção. Revista Extensão & Sociedade, [s. l], v. 11, n. 2, p. 21-32, 10 
nov. 2020.
Capítulo 2
35
A divulgação científica no Instagram 
sobre os produtos de higiene pessoal1
Maria Eduarda Sousa
Maria Beatriz Ferreira Santos Sousa
Nayana Bruna Nery Monção
Introdução
Os produtos de higiene pessoal atuam na prevenção do 
acúmulo de sujeiras e bactérias na pele, que por sua vez atuam 
como barreira protetora do meio externo ao organismo, esses 
produtos na pele trazem a sensação de refrescância e deixam a 
pele com um aspecto mais agradável (COSTA, 2014).
Nas antigas civilizações, já era possível identificar a preocupa-
ção humana com a pele. No Antigo Egito, por exemplo, os homens 
e as mulheres utilizavam produtos para o cuidado da pele. Cleó-
patra, uma antiga rainha deste povo, viveu entre os anos 69 a.C. a 
30 a.C., ela tomava banho em leite e mel com o objetivo de deixar 
1. Este trabalho é resultado do projeto de pesquisa Cosmetoloquímica: aspectos 
químicos presentes em produtos de higiene, cosméticos e perfumes e contou com 
apoio do CNPq por meio de bolsas de iniciação científica (UFPI/EBTT - Edital PIBIC-
EM (Ensino Médio) - 2021/2022). De setembro/2021 a fevereiro/2022, o projeto esteve 
sob supervisão/orientação da professora Nayana Bruna Nery Monção e, a partir 
de março/2022, passou a ter o professor José Ribamar Lopes Batista Júnior como 
supervisor/orientador, conforme processo nº 23111.011673/2022-39 – CPESI/UFPI.
36
Práticas inovadoras na educação
a pele macia e radiosa. Atualmente com o grande desenvolvi-
mento das pesquisas é possível afirmar que tal prática proporcio-
nava efeito, já que ambos apresentam propriedades hidratantes. 
Já na Grécia Antiga, a população apresentava diversas regras 
para o banho e para higiene pessoal, mas durante a idade média a 
sociedade se descuidou e popularizou os banhos coletivos, onde 
realizavam-se reuniões, até a Igreja Católica interferir e classificar 
a nudez como pecado moral. A peste negra reduziu a higiene 
pessoal no século XIV, visto que era um meio de transmissão, 
apenas no Renascimento, a sociedade voltou a utilizar de forma 
regular os produtos de higiene, assim como tomar banho, sem 
temer a água  (COSTA, 2014).
A cosmética tem como objetivo gerar ao seu usuário mais 
conforto, segurança e beleza. Os cosméticos de higiene pessoal, 
segundo Pinheiro e Pinheiro (2007), apresentam substâncias em 
sua composição com a finalidade de proteger e limpar a pele, 
sem alterações na sua função e/ou estrutura. De acordo com 
Tostes (2006), a ciência tem papel de transformação no âmbito 
social, diante disso, é possível afirmar que a divulgação científica 
carrega consigo grande importância para a divulgação de doen-
ças, impactos sociais e as mais diversas áreas em que a mesma 
abrange, diante da crescente Revolução Digital, tornando-se irre-
vogável reconhecer que a divulgação científica tem como obje-
tivo básico, levar questões científicas de maneira mais facilitada 
para o público leigo. Diante do exposto, este trabalho tem como 
finalidade avaliar os aspectos químicos presentes na composição 
37
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
dos produtos de higiene pessoal, assim como, através das redes 
sociais estimular a divulgação científica referente aos produtos 
de higiene pessoal.
Referencial teórico
Levando em conta o artigo intitulado como ‘’Panorama da 
indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos’’, disponi-
bilizado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) em 
sua biblioteca digital, expõe as definições aceitas e regulamen-
tadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 
que considera os produtos de higiene pessoal como prepara-
ções constituídas a partir de substâncias naturais ou sintéticas, 
de uso externo em qualquer lugar do corpo. De acordo com o 
mesmo órgão, os produtos de HPPC (higiene pessoal, perfuma-
ria e cosméticos) apresentam dois níveis de risco,o primeiro se 
refere a produtos que não precisam do detalhamento quanto ao 
seu modo ou restrições de uso, já o segundo precisa do modo 
de uso e das restrições bem detalhadas em suas embalagens, 
assim como, a comprovação de eficácia e/ou segurança (CAPA-
NEMA et al., 2007). Um dos três segmentos da indústria de HPPC 
é a higiene pessoal, cujo os produtos são por exemplo: desodo-
rantes, absorventes higiênicos, sabonetes, fraldas e produtos de 
higiene oral.
O sabão em barra age na função de juntar substâncias apola-
res a substâncias polares, permitindo que substâncias insolúveis 
38
Práticas inovadoras na educação
em água, sejam removidas por ela, através da emulsificação, que 
atuam como agentes de solubilização, difundindo compostos, 
permitindo formular misturas homogéneas, dispersões ou emul-
sões de substâncias oleosas com água (COSTA, 2014).
Já o sabão líquido, age por meio de agentes tensoativos, tendo 
como exemplo: sulfosuccinatos, alquil sulfatos (bom poder de 
limpeza, irritantes – sulfato de lauril e sódio), alquil éter sulfatos 
(bem tolerados pela pele – lauril éter sulfato de sódio), amidas 
(estabilizantes de espuma – cocamide, lauramide) e de agentes 
gelificantes hidrófilos que provocam espumas quando ativados 
(mexidos) e apresentam poder adstringente (COSTA, 2014).
Metodologia
O levantamento teórico foi realizado com base em artigos 
científicos, dissertações, tese e sites em publicações nacionais e 
internacionais disponíveis, em sua maioria, na ferramenta Google 
Acadêmico. Os materiais encontrados tratavam da temática sobre 
produtos de higiene pessoal, considerando seus conceitos quími-
cos. As publicações foram produzidas através da plataforma 
Canva Education e divulgadas através da rede social Instagram, 
na página @cosmetoloquimica, criada com o intuito de divulgar 
este conteúdo científico de forma simplificada e didática para 
que pessoas leigas possam entender. 
39
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
Resultados e discussão
Levando em conta o material criado e divulgado até o 
momento, no total tem-se nove publicações que tratam de 
diversas áreas da higiene pessoal, dentre elas, considerou-se 
o contexto pandêmico, a atuação de digitais influencer, o meio 
ambiente e a saúde íntima da mulher. A seguir, na Figura 1, são 
apresentadas as capas das publicações realizadas.
Figura 1. Capas das publicações divulgadas na página do Instagram 
com temática relacionadas aos produtos de higiene pessoal
Fonte: autoria própria.
40
Práticas inovadoras na educação
A postagem “Absorventes descartáveis íntimos: seu impacto 
no meio ambiente e os meios sustentáveis para sua substituição” 
(1ª publicação), apresentou elementos a respeito dos absor-
ventes descartáveis, onde destacou-se sua composição, consi-
derando que a maioria são feitos de etileno e ácido polilático, 
e que quando descartados de maneira incorreta, apresentam a 
decomposição lenta, estimulando assim a perda de combustí-
veis fósseis e para depleção da camada de ozônio (CAPANEMA 
et al., 2007).
A postagem denominada “Crianças podem utilizar desodorante 
e antitranspirante?” (2ª publicação) descreveu os riscos, a compo-
sição e a melhor opção para a utilização entre os produtos. O 
odor infantil nem sempre está ligado à puberdade, podendo 
ser contraído através do contato com roupas contaminadas 
(BRANCO; ALVES, 2021; LIMA et al., 2020).
A postagem intitulada “Utilização de álcool em tempos de 
Pandemia” (3ª publicação) relatou sobre como o álcool age na 
prevenção e disseminação da COVID-19. Segundo Oliveira e 
Lemos (2021), o álcool 70% é o mais recomendado, pois inativa 
o vírus, através da desnaturação proteica.
A postagem “Tipos de Fio Dental” (4ª publicação) relata a 
respeito dos fios dentais mais vendidos no mercado conven-
cional brasileiro. Ao todo foram apresentados cinco tipos, 
nenhum se destacou de maneira considerável, mas todos tem 
uma função específica. Em sua maioria, esse tipo de produto é 
41
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
composto de plástico nas embalagens e nylon (fios), elemen-
tos estes que não são recicláveis ou biodegradáveis, podendo 
matar ou prejudicar diversos animais marinhos (ECYCLE, 2022; 
PANZERI; LARA; PEDRAZZI, 2001).
A postagem nomeada como “Calcinhas descartáveis de Jade 
Picon: seu impacto ao meio ambiente e a saúde da mulher” (5ª 
publicação) relatou a respeito do impacto que digitais influencers 
tem frente a seu público. Esses produtos muitas vezes são feitos 
de tecido sintético, que levam cerca de 400 e 500 anos para 
se decompor, além do que, irritam a pele, principalmente em 
áreas tão sensíveis como a da virilha, podendo gerar assaduras. 
A “digital influencer” acabou, sem nem perceber, estimulando o 
uso desse tipo de material por outras mulheres, sem levar em 
conta seu papel na conscientização ecológica (PEIXOTO, 2022).
A postagem intitulada “Qual a importância do sabonete facial?” 
(6ª publicação) descreve a atuação do sabonete facial na pele, 
seja removendo células mortas, hidratando ou dando proteção 
para garantir o funcionamento adequado da pele, levando em 
conta o pH adequado para o rosto (LIMA et al., 2021). Apresen-
tou-se também a escala de pH (potencial hidrogeniônico) e sua 
interpretação, um assunto comumente apresentado na área da 
Química (VALANDRO, 2016).
A publicação intitulada “Excesso de creme dental é indicativo 
de uma maior limpeza?” (7ª publicação), descaracteriza um mito 
popular que diz ‘’quanto mais creme dental, maior é a limpeza’’, 
42
Práticas inovadoras na educação
quando na verdade a utilização de forma exagerada pode causar 
diversos problemas, devido ao uso elevado de flúor, como a fluo-
rose dentária (SILVA et al., 2019; BARROS et al., 2002).
Em homenagem ao dia da mulher, a publicação nomeada 
como “Marion Donovan: criadora das fraldas descartáveis” (8ª 
publicação), homenageou a empreendedora americana Marion 
Donovan, que em meio ao cansaço de trocar e lavar as fraldas de 
pano do filho, inovou o mercado com a criação de fraldas e no 
decorrer de sua carreira, sempre defendeu a vertente de que era 
preciso procurar maneiras de facilitar coisas simples (ARAÚJO, 
2021; GALAXIE, 2020).
O conteúdo da publicação “Shampoo em barra – A nova 
tendência do universo capilar” (9ª publicação) se refere ao novo 
tipo de shampoo que surgiu nos últimos anos no mercado da 
beleza, o shampoo em barra.  Esse biocosmético se destaca por 
ser produzido a partir de ingredientes vegetais, livre de deriva-
dos do petróleo, como o óleo mineral, com isso, não agride o 
meio ambiente, preocupando-se com esse fator, desde a matéria 
prima até a sua produção (BALBINO, 2022; MARQUES; BORBA; 
CANDIDA, 2019; OGLE, 2020).
43
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
Considerações finais
Divulgar a ciência é uma importante maneira de disseminar 
dados científicos para a comunidade em geral. Buscar alterna-
tivas para maior acesso de informações, é oportunizar que esse 
dado impacte de maneira efetiva o público-alvo e considerando 
hoje, o papel que a internet tem, é utilizar-se dela como estraté-
gia para divulgar ainda mais a ciência. O Instagram é uma rede 
social de grande acesso e tem respaldo para ser utilizado como 
uma alternativa nesse processo. Neste estudo, a busca para a 
divulgação de dados referente a temática relacionada aos produ-
tos de higiene pessoal foi efetiva, pois, pelo menos cerca de 140 
usuários puderam ser atingidos com as publicações.
Neste ínterim, foi possível abordar temas das mais diversas 
vertentes, onde destacou-se sobre os absorventes descartáveis 
íntimos: seu impacto no meio ambiente e os meios sustentáveis 
para sua substituição; sobre a possibilidade das crianças poderem 
utilizar ou não desodorante e antitranspirante; sobre a utilização 
de álcool em tempos de pandemia; sobre os tipos de fio dental; 
sobre o uso de calcinhas descartáveis de Jade Picon: seu impacto 
ao meio ambiente e a saúde da mulher; sobre a importância do 
sabonetefacial; sobre se o uso excessivo de creme dental é indi-
cativo de uma maior limpeza e sobre shampoo em barra: a nova 
tendência do universo capilar. Também, destacou-se sobre o 
papel de Marion Donovan, a criadora das fraldas descartáveis, 
mulher homenageada na semana do dia das mulheres.
44
Práticas inovadoras na educação
Referências
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Práticas inovadoras na educação
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48
Capítulo 3
49
Canal no YouTube: proposta
metodológica para prática inovadora
no ensino em administração
Sérgio Adriany Santos Moreira
Introdução
As diversidades impostas pela pandemia do COVID-19 
transformaram muitos contextos na sociedade, dentre estes o 
contexto escolar. Os desafios de realizar e preparar um ensino-
-aprendizagem de forma efetiva proporcionaram formas alter-
nativas de metodologias e práticas pedagógicas inovadoras.
Para se atentar às novas demandas por metodologias alter-
nativas de ensino, as instituições escolares estão cada vez mais 
adotando ferramentas digitais como Ambientes Virtuais de 
Aprendizagem (AVA) e mídias sociais, para interagir com os estu-
dantes das novas gerações (LACKA; WONG, 2021).
A nova geração de estudantes, imersos em plataformas 
tecnológicas e metodologias virtuais, são considerados Nati-
vos Digitais (PRENSKY, 2001). Os Nativos Digitais demandam 
atenção especial em sua formação educacional (MAT ZAIN etal., 2021; SHOREY et al., 2021; SZYMKOWIAK et al., 2021). Por isso, 
tais estudantes carecem de liderança, responsabilidades, regu-
50
Práticas inovadoras na educação
lamentos e regras pois priorizam o lazer digital, apresentando 
dificuldades de adaptação ao novo contexto de aprendizagem 
virtual (VITVITSKAYA et al., 2022).
Moreira (2021) expõe os desafios enfrentados pelos docen-
tes – provenientes de gerações anteriores – na escolarização 
dos nativos digitais e elaboração de estratégias de ensino que 
contemplem o contexto tecnológico das novas gerações, recon-
figurando o processo educacional voltado para as mudanças 
digitais do século XXI.
Assim, com o objetivo de difundir e disseminar os conheci-
mentos em Administração para o curso técnico e bacharelado 
em administração, foi elaborado um canal no Youtube com vídeo-
-aulas referentes às disciplinas de: Logística; Fundamentos da 
Administração; Teoria Geral da Administração e Estratégia para 
Pequenas e Médias Empresas. Como objetivo secundário de 
incentivar a leitura e difundir os pensamentos contemporâneos 
da Administração, o referido canal também foi utilizado para 
compartilhamento dos vídeos com dicas de leituras do projeto 
“#oquelerprof?” e criação da playlist “Administrando no dia a dia”.
Fundamentação teórica
 
Ambientes tecnológicos e digitais fazem parte da vida dos indi-
víduos da geração Z, também conhecida como Nativos Digitais 
(AFSHAR et al., 2019; MARTINI; SOTILLE; MARTINS, 2017; PRENSKY, 
2001), por isso os estudantes dessa geração utilizam tecnologias 
51
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
desde o seu ingresso em ambientes escolares (DA SILVA, PRATES 
e RIBEIRO, 2016; ZIEDE, SILVA e PEGORARO, 2016; CARVALHO et 
al., 2019) buscando metodologias não tradicionais de aprendizado.
Prenski (2001) nomeou a nova era de estudantes como Nativos 
Digitais. Esses indivíduos já nasciam imersos às tecnologias no 
ambiente, e com maior facilidade na compreensão de uma lingua-
gem digital. Diferentemente de seus professores, conhecidos 
como Imigrantes Digitais, que experimentaram as ferramentas 
digitais ao longo de suas vidas (PRENSKY, 2001).
As tecnologias digitais são, para os nativos digitais, parte inte-
grante da aprendizagem dos alunos (HENDERSON; SELWYN; 
ASTON, 2017). Os nativos digitais possuem características peculia-
res que os distinguem no seu processo de ensino-aprendizagem, 
como a busca de um ensino mais flexível com aprendizado rápido 
e prático, realizando multitarefas com facilidade (VITVITSKAYA 
et al., 2022).
No contexto das mídias sociais como ferramenta de aprendiza-
gem, as instituições escolares deveriam abordar tal metodologia 
de maneira mais prática e eficaz no cotidiano escolar. Porém a lite-
ratura em relação à adoção de mídias sociais no contexto escolar 
ainda é escassa de resultados efetivos (HAMADI et al., 2021).
Há ainda que se observar os diferentes níveis de desempe-
nho dos alunos face à utilização de ferramentas tecnológicas 
e acesso à internet, devendo as instituições de ensino estarem 
preocupadas com os desfavorecidos digitais de forma que não 
ocorra uma exclusão digital de muitos estudantes, oferecendo, 
52
Práticas inovadoras na educação
oportunamente, a intervenção digital necessária para o processo 
de ensino-aprendizagem (BERGDAHL et al., 2020).
Frente aos desafios enfrentados pelos docentes para elabo-
rar estratégias de ensino a partir de ferramentas tecnológicas 
(MOREIRA, 2021) também há que se considerar a necessidade 
de formação e capacitação de professores perante novas meto-
dologias para aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem 
dos nativos digitais (VERGARA-RODRÍGUEZ; ANTÓN-SANCHO; 
FERNÁNDEZ-ARIAS, 2022; VITVITSKAYA et al., 2022).
Tendo em vista o contexto educacional complexo que se 
configurou após a pandemia do COVID-19, com metodologias 
de ensino diversas das tradicionalmente conhecidas, o Youtube 
se mostrou como uma das plataformas de aprendizagem prefe-
ridas dos estudantes para assistir vídeo-aulas, mostrando a força 
do aprendizado online para um futuro próximo (CHUNG; SUBRA-
MANIAM; DASS, 2020).
Metodologia
A abordagem metodológica para preparação, montagem, 
gravação e disponibilização dos vídeos aos estudantes e público 
em geral perpassou por vários processos de “tentativa-erro” ao 
longo da prática pedagógica. Cursos sobre gravação de vídeo-
-aulas e aprendizagem por meio de plataformas tecnológicas 
fizeram parte do processo de transformação e aperfeiçoamento 
das aulas disponibilizadas.
53
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
Resultados
Este estudo se mostrou complementar às pesquisas sobre 
aprendizagem dos Nativos Digitais por meio de ferramentas 
tecnológicas de ensino (DA SILVA, PRATES e RIBEIRO, 2016; ZIEDE, 
SILVA e PEGORARO, 2016; MOREIRA, 2017, 2021; CARVALHO et al., 
2019; HENDERSON; SELWYN; ASTON, 2017) bem como o ensino-
-aprendizagem por meio de mídias sociais (HAMADI et al., 2021; 
LACKA; WONG, 2021), no caso desta pesquisa a mídia Youtube.
Na Figura 1 são mostrados os vídeos mais acessados pelos 
alunos durante o período pandêmico. Pode ser observado que o 
número de inscritos correspondiam parcialmente ao número de 
alunos que estavam matriculados nas disciplinas ministradas. Ou 
seja, muitos alunos preferiram não se inscrever no canal, mesmo 
com a facilidade de serem notificados prontamente quando 
algum vídeo fosse postado no canal.
Figura 1. Canal no Youtube (vídeos)
Fonte: https://www.youtube.com/channel/UC6U2No7kY32y_mmFMzus9MQ.
54
Práticas inovadoras na educação
Na Figura 2 são mostradas as playlists dos projetos menciona-
dos neste estudo – a referida figura mostra mais inscritos no canal 
devido à maior divulgação e consolidação do canal entre diversos 
estudantes e pessoas interessadas no conteúdo. Foram elabo-
radas playlists voltados para os cursos Técnico e Bacharelado 
em Administração com as seguintes disciplinas: Teoria Geral da 
Administração I e II; Logística; Estratégia para Pequenas e Médias 
Empresas e Fundamentos da Administração.
Figura 2. Canal no Youtube (playlists)
Fonte: https://www.youtube.com/channel/UC6U2No7kY32y_mmFMzus9MQ/
playlists.
Também pode ser observada a playlist “O que ler prof? – 
Versão Tik Tok” com vídeos curtos de até 1 minuto, fruto do 
projeto de incentivo geral à leitura dos estudantes. Outras 
playlists encontradas são “Administrando no dia a dia” que apre-
senta vídeos sobre o cotidiano da Administração com ideias 
55
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
inovadoras e futuros modelos de gestão, iminentes em nossa 
Era Digital, para a prática da Administração no século XXI. Uma 
playlist com vídeos dos Seminários dos Estudantes também foi 
criada, como forma de incentivo à produção de conteúdo digital 
sobre a Administração.
Por fim, pôde ser observado um engajamento maior nas disci-
plinas por meio das vídeo-aulas disponibilizadas quando compa-
radas ao período em que estavam sendo disponibilizados apenas 
materiais de leitura para aprendizagem dos estudantes. Ou seja, 
a incorporação das vídeo-aulas por meio do Youtube se mostrou 
mais efetiva no que tange o engajamento e interação dos estu-
dantes aos conteúdos ministrados, consoantes aos estudos de 
Hamadi et al. (2021).
Considerações finais
As vídeo-aulas das disciplinas e das playlists, bem como os 
vídeos do projeto “#oquelerprof?” possuem o intuito de propor-
cionar ao aluno e a comunidade em geral, que estejam em qual-
quer ambiente com acesso à internet e localizado em qualquer 
lugar do mundo, melhores condições de não perder os conte-
údos do ano letivo, estarem atentas às novas abordagens da 
Administração e incentivar a leitura. Dessa forma, o canal buscou 
alcançar alunos do Instituto Federal do Espírito Santo e outras 
instituições de ensino, além do público em geral que se interes-
sem pelos temas da Administração e da leitura.
56
Práticas inovadoras na educação
Assim, pretende-se disseminar o conhecimento transpassando 
qualquerbarreira física, de forma que o processo de ensino-
-aprendizagem se torne mais efetivo e adequado à realidade do 
isolamento social provocado pela pandemia do COVID-19. Por 
conseguinte, consolidando novas metodologias e ferramentas 
digitais de ensino-aprendizagem para os nativos digitais, além de 
complementar o processo educacional do século XXI.
Visando estudos futuros que relacionem a aprendizagem dos 
Nativos Digitais por meio de ferramentas tecnológicas, poderiam 
ser realizadas pesquisas que quantificassem o conhecimento 
obtido a partir dos meios digitais, no intuito de verificar se a apren-
dizagem por metodologias não tradicionais de ensino estão se 
tornando viável para o novo contexto educacional.
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pesquisas e relatos de experiências na pandemia
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58
Práticas inovadoras na educação
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PEGORARO, Ludimar. O uso das tecnologias digitais da informação 
e comunicação nas práticas pedagógicas dos professores da 
educação básica. Revista Criar Educação, 2016.
Capítulo 4
61
Cosmetoloquímica: divulgação de
conhecimentos sobre os cosméticos1
Bianca Rodrigues Conrado de Amorim
Yasmin Veloso Costa
Nayana Bruna Nery Monção
Introdução
Desde a antiguidade existem registros do uso de cosméticos, 
os primeiros relatos tratam-se de egípcios que, para se protege-
rem do sol, utilizavam a gordura animal e vegetal, assim como 
cera de abelhas, mel e leite para produção de cremes corporais. 
A Bíblia também relata o uso de cosméticos pelo povo israe-
lita destacando a utilização de produtos para pintura dos cílios, 
banhos com bálsamos para amaciar a pele e uso de óleos de 
banho dos pés de Jesus. Destacam-se ainda, os romanos, que 
possuem grande relevância no ponto de partida e expansão do 
uso de maquiagens. Os atores se utilizavam do produto para 
1. Este trabalho é resultado do projeto de pesquisa Cosmetoloquímica: aspectos 
químicos presentes em produtos de higiene, cosméticos e perfumes e contou com 
apoio do CNPq por meio de bolsas de iniciação científica (UFPI/EBTT - Edital PIBIC-
EM (Ensino Médio) - 2021/2022). De setembro/2021 a fevereiro/2022, o projeto esteve 
sob supervisão/orientação da professora Nayana Bruna Nery Monção e, a partir 
de março/2022, passou a ter o professor José Ribamar Lopes Batista Júnior como 
supervisor/orientador, conforme processo nº 23111.011673/2022-39 – CPESI/UFPI.
62
Práticas inovadoras na educação
incorporar personagens, que eram produzidos a partir de óleos 
vegetais por conter pigmentos naturais e rochas (GALEMBECK; 
CSORDAS, 2011).
Na sociedade atual, é quase impossível viver sem a tecno-
logia, em destaque aos meios de comunicação. Nesse sentido, 
surge o pensamento de unir a divulgação científica com a facili-
dade de disseminação de conteúdo por meio das redes sociais, 
objetivando a integração do leitor ao mundo da ciência, comple-
mentando seus conhecimentos acerca da temática (LINS et al., 
2019). Seguindo esse viés, o objetivo deste trabalho é avaliar os 
aspectos químicos presentes em cosméticos e propor a expan-
são da divulgação científica por meio da produção de materiais 
com posterior publicação em rede social específica sobre temas 
que tratam sobre os cosméticos.
Referencial teórico
O estudo disponibilizado pela Revista Ibero-Americana de 
Humanidades, Ciências e Educação, que tem como título “A 
importância dos estudos de pré-formulação na estabilidade dos 
produtos cosméticos” (LADEIRA et al., 2021), relata a fase de 
pré-formulação como indispensável para segurança, estabilidade 
e eficácia do produto cosmético. 
A pré-formulação compreende a fase anterior ao 
desenvolvimento em grande escala, ou seja, é o desenvolvimento 
e seleção dos fármacos que serão utilizados no cosmético 
63
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
desejado. O crescente avanço da indústria cosmética provoca 
mais rigorosidade no processo de pesquisa e desenvolvimento 
do produto, em consequência da maior exigência dos 
consumidores, tornando a etapa de produção e escolhade 
materiais mais criteriosa.
As substâncias selecionadas determinarão a estabilidade física, 
química e microbiológica do produto. Através da pré-formulação 
já é possível identificar com antecedência problemas que podem 
comprometer o cosmético desejado, por meio de testes visando 
garantir a confiabilidade do produto, assim como a determinação 
do prazo de validade, eficácia e segurança.
Metodologia
Foi realizado o levantamento teórico sobre as temáticas rela-
cionadas aos cosméticos em artigos científicos, livros, sites e 
outros, de modo, que sua maioria tivessem relações com concei-
tos da Química. Por meio desta pesquisa, o conteúdo selecio-
nado era previamente estudado e após isso, realizada confecção 
das publicações relacionadas. As publicações eram produzidas 
com o conteúdo sendo explicitado de forma didática, lúdica e 
simplificada. Para a produção dos materiais foi utilizada a plata-
forma de criação e edição Canva Education e divulgadas na rede 
social Instagram na página criada (@cosmetoloquimica) para o 
processo de divulgação científica.
64
Práticas inovadoras na educação
Resultados e discussão
Considerando a divulgação científica realizada até o momento, 
tem-se a produção e publicação de 12 materiais de leitura, elas 
tratam de subtemáticas que vão desde a fase de produção dos 
cosméticos até relatos sobre os efeitos que o uso dos mesmos 
podem ocasionar. A Figura 1 apresenta as capas das publicações 
divulgadas.
Figura 1. Capa das publicações realizadas na página do Instagram 
com temáticas relacionadas aos cosméticos
Fonte: as autoras.
65
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
A postagem intitulada “Você sabe como é a atuação dos 
protetores solares?” (1ª publicação) destaca que o sol, apesar 
dos benefícios, pode causar também efeitos nocivos em certo 
grau - podendo, inclusive, causar uma mutação do código gené-
tico, tornando-se um potencial precursor do câncer (SANTOS et 
al., 2018). Diante disso, nessa publicação apresentou-se dados 
referentes à atuação dos protetores solares, informou-se que os 
protetores solares atuam como bloqueadores dos raios Ultra-
violetas (raios UV) emitidos pelo sol, construindo uma camada 
protetora sobre a pele e refletindo a radiação, ou através da 
absorção pela pele, dispersando a radiação.
A postagem intitulada “Nanotecnologia aplicada em cosméti-
cos” (2ª publicação) tratou sobre a importante tecnologia voltada 
para o estudo e controle de propriedades em escala nanomé-
trica. Nos cosméticos, substâncias em escala nanométricas, 
são comumente utilizadas em produtos antienvelhecimento 
e de fotoproteção, devido sua capacidade de penetração nas 
camadas mais profundas da pele, o que potencializa os efeitos 
do produto (BARIL et al., 2012).
A postagem intitulada “Reações Adversas a Cosméticos” 
(3ª publicação) tratou sobre danos que podem ser causados 
pelo uso dos mesmos. Seguindo essa linha, independente do 
produto aplicado à pele, ele poderá trazer resultados benéfi-
cos ou nocivos, a ação varia de um organismo para outro. As 
principais reações são: irritativas, físicas, fototóxicas, alérgicas, 
sistêmicas e carcinogênicas (CHORILLI; SCARPA; CORRÊA, 2007).
66
Práticas inovadoras na educação
A postagem intitulada “Cosméticos Veganos” (4ª publicação) 
tratou sobre os cosméticos produzidos sem testes e ingredien-
tes de origem animal. O veganismo é aplicado em diferentes 
áreas da vida, como no vestuário, na alimentação e nos produtos 
cosméticos, sendo considerado uma filosofia e estilo de vida para 
muitos (BARROS, 2020).
A postagem intitulada “Cosméticos Antienvelhecimento” (5ª 
publicação) tratou sobre produtos utilizados na inibição de traços 
estéticos intensificados pelo envelhecimento. Na qual, dentre os 
benefícios, destacam-se: o aumento da permeação de princípio 
ativos antienvelhecimento na pele, o estímulo a neocolagênese e 
neoelastogênese, a minimização de danos causados pela radia-
ção ultravioleta, a neutralização de radicais livres, o melhora-
mento do aspecto da pele com sinais de envelhecimento (como 
rugas, vincos e mancha), a diminuição da hiperpigmentação e o 
favorecimento a resposta aos sinais químicos que promovem o 
desenvolvimento celular (SILVA et al., 2021).
A postagem intitulada “Tinturas Capilares” (6ª publicação) 
tratou sobre o uso de produtos no cabelo visando uma mudança 
no visual, principalmente a cor. As tinturas são divididas em três 
categorias: permanentes, semipermanentes e temporárias, de 
acordo com o desejo de cada pessoa. Além disso, o produto 
pode conter substâncias propícias para o câncer, sendo neces-
sário cuidados básicos antes, durante e após o uso do cosmético 
(ARADI; GUTERRES, 2013). 
67
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
A publicação intitulada “Máscaras Faciais” (7ª publicação) 
tratou sobre o uso de cosméticos nos cuidados com a pele, em 
específico, as máscaras faciais. Tais produtos objetivam a reno-
vação celular, a revitalização da pele, possuem ações tonifican-
tes, adstringente, calmante, hidratante e passam a sensação de 
bem-estar (ELIAS; PEREIRA, 2020).
A publicação intitulada “Helena Rubinstein: a mulher que 
inventou o mercado da beleza” (8ª publicação) foi produzida 
como uma forma de homenagem às mulheres em comemoração 
ao dia internacional da mulher (8 de março). Helena Rubinstein se 
destacou e revolucionou o mercado de beleza, especialmente 
no ramo dos cosméticos, com a produção de cremes corporais e 
maquiagem. Construiu um grande império na indústria da beleza 
no século XX e tem seus valores lembrados até os dias atuais 
(SOUZA, 2021).
A publicação intitulada “Batom: o queridinho da makeup!” 
(9ª publicação) tratou sobre a história e formulação de um dos 
cosméticos indispensáveis na maquiagem, o batom. Sua prin-
cipal função é dar cor, realçar, definir formato e volume, pode 
mascarar imperfeições e proteger contra algumas condições 
ambientais. Está incluso na classe de cosméticos labiais, junta-
mente com: gloss/brilho labial, crayons labiais e bálsamo labial 
(SOARES, 2020).
A publicação intitulada “Cosméticos infantis” (10ª publicação) 
tratou sobre o uso e produção de cosméticos voltados para o 
público infantil. Produtos cosméticos para essa classe devem 
68
Práticas inovadoras na educação
ter um cuidado especial na fabricação e componentes utilizados, 
assim como obedecer a indicação de faixa etária mínima para uso 
do mesmo (ANTONELLI et al., 2014).
A publicação intitulada “Ácido Hialurônico” (11ª publicação) 
tratou sobre essa importante substância que tem sido bastante 
utilizada na produção de cosméticos, devido sua alta capacidade 
hidratante. O ácido hialurônico proporciona à pele elasticidade, 
suavidade e superfície mais homogênea, sendo um dos mais 
poderosos hidratantes (PHARMASPECIAL, 2022) 
A publicação intitulada “Queda Capilar: existem cosméticos 
para isso?” (12ª publicação) tratou sobre a atuação de cosméticos 
em combate à queda capilar. Produtos cosméticos podem estar 
associados a terapia medicamentosa, auxiliando na aparência 
dos fios e na autoestima, eles estendem a fase crescimento do 
cabelo, dissimulam as áreas calvas, minimizam a quebra dos fios 
e aumentam o volume do cabelo (SOUZA, 2019).
Considerações finais
A ciência tem papel fundamentalmente importante na nossa 
sociedade visto que ela se baseia em estudos respaldados em 
dados que visam o bem estar de um coletivo. A linguagem cien-
tífica, por meio de artigos científicos da área, por apresentarem 
uma linguagem técnica, ficam mais limitados a um determi-
nado grupo. Na sociedade, deve-se considerar que tais dados 
não podem estar disponíveis apenas a este grupo, a população 
69
pesquisas e relatos de experiências na pandemia
precisa ter acesso a esses dados, sendo possível para isso, fazer 
uso de recursos que proporcionam a disseminação de dados 
científicos.
A divulgação científica busca dispor desses dados de maneira 
mais acessível e compreensível, considerando atender “o todo”. 
Neste sentido,o ambiente virtual, é uma ponte de apoio funda-
mental, dentre as possibilidades, destacam-se as redes sociais, 
que são hoje, um canal de comunicação de intensa atividade, 
como por exemplo, o Instagram, que permite um acesso mais 
pessoal, mas também que pode ser usado como ponto de divul-
gação científica. Nesse sentido, o presente trabalho conside-
rando que esta rede tem grande impacto, utilizou-se da mesma 
para registrar dados relacionados aos cosméticos, considerando 
seu papel na sociedade e o contexto da área da química.
Vários temas foram abordados considerando a divulgação 
científica, tais como: a atuação de protetores solares, o papel da 
nanotecnologia, as reações adversas dos cosméticos, as carac-
terísticas dos cosméticos veganos, o papel dos cosméticos no 
processo de antienvelhecimento, as tinturas de cabelo, as carac-
terísticas das máscaras faciais e destaque sobre os batons e 
cosméticos infantis, além disso, tratou-se ainda sobre a substân-
cia ácido hialurônico e sobre o uso de cosméticos relacionados 
a queda de cabelos. Na semana do dia da mulher, foi enfatizado 
sobre o uma referência de profissional feminina que tem desta-
que no setor dos cosméticos, a Helena Rubinstein - “a mulher que 
inventou o mercado da beleza”.
70
Práticas inovadoras na educação
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https://cosmeticaemfoco.com.br/artigos/quem-foi-helena-rubinstein/
72
Capítulo 5
73
Perfume e óleos essenciais: divulgação 
científica por meio do Instagram1
Guilherme Brito Rodrigues
Guilherme Alves Procópio
Nayana Bruna Nery Monção
Introdução
A história dos perfumes é muito antiga e data de três mil anos 
atrás, com a civilização dos egípcios. Além dos propósitos místi-
cos (nos templos e no embalsamento dos mortos), eles também 
utilizavam os perfumes na estética, onde estes detinham um 
papel na hierarquia social. Outras civilizações da antiguidade 
faziam o uso de perfumes na sua vida cotidiana, tanto com uma 
conotação religiosa quanto pessoal. São algumas civilizações 
onde se encontraram vestígios deste uso: Suméria, Mesopo-
tâmia, Índia, Pérsia, Grécia e Roma. No tempo depois de Cristo, 
também são encontradas referências aos perfumes. Neste perí-
1. Este trabalho é resultado do projeto de pesquisa Cosmetoloquímica: aspectos 
químicos presentes em produtos de higiene, cosméticos e perfumes e contou com 
apoio do CNPq por meio de bolsas de iniciação científica (UFPI/EBTT - Edital PIBIC-
EM - 2021/2022). De setembro/2021 a fevereiro/2022, o projeto esteve sob supervisão/
orientação da professora Nayana Bruna Nery Monção e, a partir de março/2022, passou 
a ter o professor José Ribamar Lopes Batista Júnior como supervisor/orientador, 
conforme processo nº 23111.011673/2022-39 – CPESI/UFPI.
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Práticas inovadoras na educação
odo, além de serem desenvolvidos, passaram a ter suas fórmulas 
transcritas (LUCCA, 2010).
A perfumaria existe há milhares de anos. Teve conotações 
diferentes durante os períodos em que foi usada hoje e já é 
considerada uma ciência. A perfumaria vem em uma constante 
evolução durante os últimos séculos, onde diversas inovações 
foram sendo e estão sendo criadas (LUCCA, 2010). É muito difícil 
saber exatamente quando o primeiro perfume surgiu, já que os 
cheiros são algo que sempre acompanhou a humanidade em 
sua evolução. No entanto, registros de perfumes já são datados 
do Egito antigo, onde mostram troca e comércio de perfumes 
(SILVA et al., 2021).
A partir daí, a ciência da perfumaria se desenvolveu muito. 
Atualmente, existem diversas técnicas para melhorar a liberação 
das fragrâncias e prolongar seu efeito, sempre tentando encon-
trar maneiras de não poluir o meio-ambiente, desenvolvendo 
processos ecologicamente sustentáveis (LUCCA, 2010).
O setor de aromas e fragrâncias em suas diversas aplica-
ções, tais como, perfumes finos, fragrâncias de base usadas em 
domissanitários, cosméticos, brindes de borracha, entre outros, 
representa não somente um mercado global multibilionário, mas 
também uma fonte de desenvolvimento científico e de inovação 
constante (SPEZIALI, 2012).
As redes sociais revolucionaram a comunicação científica, 
mas muitas vezes são subutilizadas. Plataformas como o Insta-
gram podem ser usadas para o compartilhamento de conteúdo 
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pesquisas e relatos de experiências na pandemia
científicos direcionados a um público em escala global. Por isso, 
elas podem ser verdadeiras aliadas na promoção da ciência 
como forma de educação informal, alfabetização científica e 
visibilidade pública (LEMES et al., 2021).
O presente trabalho

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