Diagnoticos de enfermagem comuns a pediatria

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSO BELO HORIZONTE
Curso de Enfermagem Universidade Salgado de Oliveira-BH
Área temática: O neonato e a criança na rede de atenção à saúde 6º período
Docente Responsável: Flavia Hermínia
GERENCIAMENTO DO CUIDADO AO NEONATO E A CRIANÇA NA REDE DE ATENÇAO A SAUDE: 
EXAME FÍSICO EM NEONATOLOGIA/ CRIANÇA
¹Irislane Rodrigues 
RESUMO: O exame físico compreende um importante analise na avaliação do desenvolvimento da criança. Por meio de uma sequência lógica permite avaliar o desenvolvimento da criança em os aspectos, avaliando no sentido cefalo-caudal no qual o enfermeiro munido da sistematização de assistência de enfermagem (SAE) desempenha papel fundamental principalmente na prevenção, identificação precoce e reabilitação, melhorando as perspectivas e qualidade de vida da criança.
METODOLOGIA: o presente estudo trata-se de revisão de literatura da base de bancos de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), organização Pan Americana de saúde (OPAS), com descritores chaves exame físico”, “assistência de enfermagem”, dos anos de 2018 a 2023, considerando estudos publicados e elucidados de forma clara e objetiva.
Palavras Chave: exame físico; desenvolvimento; Diagnósticos de Enfermagem.
______________________________________________________________________
¹Irislane Rodrigues acadêmica de enfermagem faculdade universo-BH 6º período 
INTRODUÇÃO:
 A atenção à saúde da criança tem se tornado cada vez mais prioritária e norteadas por protocolos estabelecidos por meio de políticas públicas como a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Criança(PNAISC), onde traz eixos estratégicos no cuidado integral a saúde da criança visando um pleno desenvolvimento, prevenindo por meio de assistência à saúde a mortalidade infantil e doenças comuns ao processo de desenvolvimento, como; anemias nutricionais, sobrepeso, atrasos de desenvolvimento.(VIEIRA DS 2018).
 Por meio da puericultura e possível traçar o desenvolvimento da criança e estabelecer ações de proteção, promoção a saúde e prevenção de agravos, contudo não se restringe somente a avaliar o crescimento e desenvolvimento, aborda um conjunto de ações com o objetivo de oferecer proteção integral a criança, cabendo aos profissionais envolvidos avaliar saúde bucal, imunização, estado nutricional, saúde mental, prevenção de acidentes e violência, detecção e intervenção precoce de doenças e agravos a saúde.(DIOGO PMJ 2021)
 Visando o cuidado a criança o ministério da saúde estabelece uma roteirização para as consultas de puericultura onde estabelece que no primeiro ano de vida seja realizada no mínimo sete consultas, no segundo ano seja realizado um mínimo de duas, e dos três anos aos nove anos no mínimo uma consulta, sendo necessário que seja pelo médico e enfermeiro atuantes na equipe de saúde da família (ESF). (VIEIRA DS 2018)
 Considerando o papel do enfermeiro, tal estudo objetivou descrever as consultas e cuidados de enfermagem a criança e estabelecer por meio da sistematização da assistência da enfermagem cuidados a saúde da criança. Diante do exposto surgiu tais questionamentos, o que avaliar na consulta de puericultura?
RESULTADOS E DISCURSÃO:
No que diz respeito a saúde da criança e preciso que o enfermeiro realize ações de maneiras organizadas e pré-estabelecidas, com foco na comunicação verbal e não verbal, e estabeleça cuidados a criança no contexto da família, avaliando em cada etapa suas demandas e particularidades. Faz-se necessário que o enfermeiro saiba avaliar dados nutricionais, perímetro cefálico, estatura, marcos de desenvolvimentos e sua relação pré-estabelecidas entre si denominando o desenvolvimento da criança. (RAMOS FHJ 2018).
 O exame físico deve ser realizado na presença dos pais ou responsáveis pela criança, em ambiente acolhedor, por meio de instrumentos como; fita métrica, balança, estetoscópio, régua antropométrica, lanterna clínica, otoscopio, para que munido de tais instrumentos o enfermeiro possa avaliar e determinar o desenvolvimento da criança. Tal avaliação se dá por meio da inspeção, palpação, percussão e ausculta, onde avalia a postura da criança, presença de alterações do tecido cutâneo, sensibilidade, ausculta cardíaca e pulmonar, seguindo sempre do sentido céfalo-caudal. (RAMOS FHJ 2018)
 A avaliação dos dados antropométricos traz medidas determinantes para a saúde da criança como o ganho excessivo de peso ou baixo peso para a idade, avaliação do perímetro cefálico onde é determinador de microcefalia ou macrocefalia, avaliação da estatura se dentro dos resultados esperados ou indicador de atrofias e ou nanismo. (DIOGO PMJ 2021)
AVALIAÇÃO CÉFALO- CAUDAL
Cabeça e pescoço; avalia o perímetro cefálico e fontanela, face, orelhas, olhos (se estrabismo, nistagmo) simetria da face, implantação das orelhas, acuidade auditiva, examinar a cavidade oral, lábios.
Tronco; simetria e forma do tórax, presença de hérnias umbilical, avaliar cicatriz umbilical, ausculta pulmonar e cardíaca, hepatomegalia, examinar postura e rigidez da coluna vertebral, avaliar órgãos genitais e reto, nos meninos avaliar presença de fimose e testículos, nas meninas avalia presença de secreção e vulva.
Pele e mucosas; avalia coloração, elasticidade, lesões e hidratação.
Membros; avalia simetria, desenvolvimento ósseo, curvatura.
Peso e altura; 1ºtrimestre 700g/mês e cresce 15cm; 2ºtrimestre 500g/mês cresce 10cm; 3ºtrimestre 400g/mês; 4 trimestres 350g/mês, cresce cerca de 75cm, entre 1 aos 3 anos cresce 10cm/ano.
MARCOS DE DESENVOLVIMENTO
De 1 a 2 meses; melhora dos tônus musculares, sorriso social, o bebê começa a ficar de bruços levanta a cabeça e ombros, e consegue visualizar e acompanhar objetos.
Aos 4 meses; preensão voluntaria das mãos.
Entre 4 e 6 meses; movimenta a cabeça na direção de voz ou objeto.
De 6 a 9 meses o bebe engatinha, arrasta e aos 7 meses senta sozinho.
Entre 9 meses a 1 ano; começa a ficar de pé e dá os primeiros passos neste período.
Entre o 1 e 2 anos a criança desenvolve a fala.
Ações de enfermagem;
· Orientar a mãe e ou responsável a importância do pre natal.
· Orientar a importância do aleitamento materno sendo exclusivo até os 6 meses.
· Promover ações de promoção a vacinação.
· Orientar sobre a introdução alimentar aos 6 meses.
· Realizar busca ativa sempre que falta as consultas de puericultura.
· Avaliar a cada consulta caderneta de vacinação.
· Evitar lesões do RN devido ao uso de fraudas.
· Orientar os cuidados com o coto umbilical.
· Auxiliar a mãe e ou responsável os cuidados com higiene do bebe/criança.
Diagnósticos de enfermagem comuns a pediatria
NANDA; integridade da pele prejudicada relacionada ao uso de fraldas.
NIC
· Orientar responsável aos cuidados com a higiene intima 
· Utilizar preferencialmente algodão embebido com agua durante as trocas de fraldas e secar bem a pele da criança 
· Utilizar pomadas para assaduras e manter a pele do bebe sempre hidratada
· Preferencialmente dar banho na criança após fazer coco para melhor higienização;
· Manter frequência das trocas de fralda evitar deixar a criança com a fralda cheia.
Noc 
Prevenir lesões e ou assaduras na pele, manter hidratação da pele frequente.
Nanda 
RISCO DE GLICEMIA INSTAVEL 
Nic
· Manter aleitamento materno de livre demanda e exclusivo até o 6 mês. Evitar deixar a criança mais que 2 horas sem se alimentar.
· Iniciar a introdução alimentar aos 6 meses com frutas de fácil digestão.
· Manter frequência nas consultas de puericultura para acompanhar o desenvolvimento da criança.
Noc 
Assegurar uma ingestão alimentar adequada.
Nanda 
Risco de termorregulaçao ineficaz
 Nic 
· Manter criança vestida de acordo a estação e temperatura ambiente.
· Dar banhos mornos e evitar exposição ao vento após o banho.
· Evitar deixar a criança despida. 
· Promover a termoregulação.
Noc 
Manter temperatura corporal adequada.
CONCLUSÃO:
 Diante do tema exposto conclui-se a importância da consulta de enfermagem na avaliação da criança e sobre tudo odomínio no desenvolvimento da criança para que possa realizar um exame físico de qualidade identificando precocemente qualquer alteração no padrão de desenvolvimento e avaliar o ambiente em que a criança está inserida garantindo sua segurança e sobretudo que possa traçar planos de cuidados para com a criança no desenvolvimento no âmbito familiar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASÍLIA Ministério da Saúde. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
BULECHEK G.M., BUTCHER H.K., DOCHTERMAN J.M.; Wagner, C.M. Classificação das Intervenções de Enfermagem Nic/Nursing Interventions Classification (Nic). 6ª ed. Porto Alegre: ELSEVIER; 2016. 
DIOGO PMJ et al. O cuidar em enfermagem pediátrica na perspectiva das emoções: de Nightingale à atualidade. Rev Bras Enferm.2021;74. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2020-0377 acesso em 22/10/2023
HERDMAN, T. H.; SHIGEMI, K. Diagnósticos de enfermagem da NANDA Internacional: definições e classificação 2018-2020. 11 eds. Porto Alegre: Artmed; 2018.
 MOORHEAD, S., JOHNSON M., MERIDEAN L., MAAS M.L., SWANSON, E.; Classificação dos resultados de enfermagem Noc/Nursing outcomes classification (Noc). 5ª ed. Porto Alegre: ELSEVIER; 2016.
RAMOS FHJ, et al. Exame físico na pediatria.Rev. Saúde em foco.v.10(1043).2018. acesso em 22/10/2023.
VIEIRA DS, et al. A prática do enfermeiro na consulta de puericultura na estratégia saúde da família. Texto Contexto Enfermagem 2018;27(4)acesso em 22/10/2023. https://doi.org/10.1590/0104-07072018004890017