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2007-12-1046-Sangue-e-medula-óssea

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Prévia do material em texto

BIOLOGIA 
TECIDUAL 
AULA 12
ABERTURA 
Olá!
Nesta aula, você vai estudar os elementos que compõem o sangue - suas células e o plasma. 
Além disso, conhecerá a importância da medula óssea, local de hematopoiese, ou seja, o 
local onde são formados os elementos celulares do sangue que circula nos vasos do nosso 
corpo e nutre os órgãos e tecidos. 
Bons estudos! 
Sangue e 
Medula Óssea
REFERENCIAL TEÓRICO
A medula óssea é bastante importante, pois é o local de hematopoese, ou seja, o local onde 
são formados os elementos celulares do sangue que circula nos vasos do nosso corpo e 
nutre os órgãos e os tecidos.
Acompanhe o capítulo "Sangue e Medula Óssea", da obra Citologia, histologia e 
genética, base teórica para a aula, e você aprenderá a:
• Caracterizar os elementos celulares do sangue (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e
plaquetas) e o plasma.
• Diferenciar os glóbulos brancos (monócitos, basófilos, neutrófilos, linfócitos e eosinófilos)
quanto à sua morfologia e sua função.
• Identificar os elementos presentes na medula óssea, bem como sua função e sua
localização no organismo.
Boa leitura.
Sangue e medula óssea
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Caracterizar os elementos celulares do sangue (glóbulos brancos, 
glóbulos vermelhos e plaquetas) e o plasma.
 � Diferenciar os glóbulos brancos (monócitos, basófilos, neutrófilos, 
linfócitos e eosinófilos) quanto a sua morfologia e sua função.
 � Identificar os elementos presentes na medula óssea, bem como sua 
função e sua localização no organismo.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar os elementos que compõem o sangue 
– suas células e o plasma. Além disso, vai conhecer a importância da 
medula óssea, local de hematopoese, ou seja, o local onde são formados 
os elementos celulares do sangue que circula nos vasos do nosso corpo 
e nutre os órgãos e os tecidos. 
Elementos celulares do sangue (glóbulos 
brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas) e do 
plasma
O sangue é formado por células (glóbulos sanguíneos) e pela parte líquida 
(plasma), na qual as células estão suspensas. Os glóbulos sanguíneos são eritró-
citos ou hemácias, plaquetas e outros tipos de leucócitos ou glóbulos brancos. 
O sangue é, principalmente, um meio de transporte por meio do qual os 
leucócitos exercem várias funções de defesa e constituem uma das primeiras 
barreiras contra infecções. O plasma é responsável pelo transporte de nutrientes 
e metabólitos dos locais de absorção ou síntese e sua distribuição pelo orga-
nismo. Também é responsável pelo transporte de restos metabólicos que são 
retirados do sangue pelos órgãos de excreção. O sangue ainda possibilita a 
troca de mensagens químicas entre órgãos distantes e tem função reguladora 
na distribuição de calor e no equilíbrio acidobásico e no equilíbrio osmótico 
dos tecidos. 
Os eritrócitos ou as hemácias são células anucleadas, têm a forma de 
disco bicôncavo e contêm uma grande quantidade de hemoglobina, proteína 
responsável pelo transporte de O2 e CO2 (Figura 1). Em condições normais, 
as hemácias não saem do sistema circulatório, ficando sempre no interior dos 
vasos. Os eritrócitos são células flexíveis e passam facilmente pelos capilares 
mais finos, onde sofrem deformações temporárias, mas não se rompem. O 
formato do eritrócito também dependerá da pressão osmótica da solução em 
que se encontra, em solução hipotônica a água penetra e a célula se rompe. Esse 
rompimento da hemácia com liberação da hemoglobina é chamado hemólise 
e pode estar presente em determinadas situações patológicas. 
São formados na medula óssea e os eritrócitos imaturos são chamados de 
reticulócitos. Durante a maturação na medula óssea, as hemácias perdem o 
núcleo e as outras organelas e não podem renovar suas moléculas. Têm em 
média 120 dias de duração, tempo no qual as enzimas já estão em nível crítico, 
o rendimento dos ciclos metabólicos geradores de energia não é suficiente e 
o corpúsculo é digerido pelos macrófagos principalmente no baço. A concen-
tração normal de eritrócitos no sangue é de 4 a 5,4 milhões por microlitro nas 
mulheres, e de 4,6 a 6 milhões por microlitro nos homens. 
Sangue e medula óssea2
Figura 1. Esfregaço sanguíneo corado com May-Grunwald Giemsa. 
Os eritrócitos são encontrados em todo campo e apresentam uma 
área clara central por seu formato bicôncavo. Também apresenta 
dois leucócitos, neutrófilos, granulócitos, com abundantes grânulos 
citoplasmáticos e núcleo polilobulado.
Fonte: Eynard, Valentich e Rovasio (2010, 261).
A hemoglobina é uma proteína conjugada com ferro, sendo formada por 
quatro subunidades, sendo cada uma formada por um grupo heme ligado a um 
polipeptídeo. Essas cadeias polipeptídicas são variadas, diferenciando os vários 
tipos de hemoglobina, dos quais três são considerados normais: A1, A2 e F.
A hemoglobina A1 representa 97% da hemoglobina do adulto normal, 
enquanto a hemoglobina A2 representa cerca de 2% somente. O terceiro tipo 
de hemoglobina normal é a hemoglobina fetal ou F, e é característica do feto. 
Essa hemoglobina fetal representa 100% da hemoglobina no feto, cerca de 80% 
da hemoglobina no recém-nascido, e sua taxa diminui progressivamente até 
o oitavo mês de idade, atingindo níveis de 1%, semelhante ao que se observa 
no adulto. 
A membrana das hemácias contém diferentes glicoproteínas e glicolipídios 
que se comportam como antígenos e permitem classificar os quatro grupos 
sanguíneos. O grupo A apresenta o antígeno A, o grupo B apresenta o antí-
geno B, o grupo AB apresenta os antígenos A e B, e o grupo O não apresenta 
3Sangue e medula óssea
nenhum desses antígenos em sua superfície. Também se pode encontrar o 
antígeno ou fator Rh. 
Os leucóticos são células incolores e têm forma esférica quando em sus-
pensão no sangue. Sua função é resguardar o organismo contra infecções e 
são produzidos na medula óssea ou em tecidos linfoides, ficando tempora-
riamente no sangue. O número de leucócitos no adulto normal é de 4.500 a 
11.500 por microlitro de sangue, uma diminuição do número de leucócitos 
se denomina leucopenia e o aumento do número de leucócitos no sangue se 
chama de leucocitose. Uma ampla parte dos leucócitos usa o sangue como 
meio de transporte para chegar ao destino final, os tecidos. Os leucócitos são 
classificados em dois grandes grupos: os granulócitos e os agranulócitos.
Os granulócitos têm núcleo de forma irregular, apresentam no citoplasma grânulos 
específicos e diferenciam-se em três tipos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos (Figura 1). 
O núcleo dos agranulócitos tem forma mais regular, e o citoplasma não tem granulações 
específicas, podendo apresentar grânulos inespecíficos também presentes em outros 
tipos celulares. Existem dois tipos de agranulócitos: os linfócitos e os monócitos.
 As plaquetas são corpúsculos anucleados, com a forma de disco e derivam 
de células gigantes da medula óssea, os megacariócitos. As plaquetas auxiliam 
na reparação da parede dos vasos sanguíneos, causando a coagulação do 
sangue e impedindo a perda sanguínea. Normalmente, existem entre 150 mil 
a 450 mil plaquetas por microlitro de sangue, que continuam no sangue por 
aproximadamente 10 dias. 
O plasma é uma solução aquosa que contém componentes de pequeno e 
de grande peso molecular. As proteínas plasmáticas correspondem a 7% do 
seu volume, os sais inorgânicos a 0,9% e o restante é formado por compostos 
orgânicos, como aminoácidos, vitaminas, hormônios e glicose. A composição 
do plasma é um indicador da composição do líquido extracelular, ou seja, os 
componentes de baixo peso molecular do plasma estão em equilíbrio com o 
líquido intersticial dos tecidos. As principais proteínas do plasma são albu-
minas, beta e gamaglobulinas, lipoproteínas, protrombina e fibrinogênio, 
proteínas que participam dos processos de coagulação do sangue.
Sangue e medula óssea4
As albuminas desempenham um importante papel no mantimento da pressão osmóticado sangue e são sintetizadas pelo fígado. Deficiências nessas proteínas podem causar 
edema generalizado. As gamaglobulinas são anticorpos ou imunoglobulinas, e o 
sistema de coagulação engloba uma cascata complexa de 16 proteínas plasmáticas, 
enzimas, cofatores e plaquetas.
As anemias se caracterizam pela baixa concentração de hemoglobina no 
sangue ou pela presença de hemoglobina não funcional, resultando em baixa 
oxigenação dos tecidos. A anemia pode ser motivada pela diminuição do 
número de eritrócitos, mas pode haver circunstâncias em que o número de 
eritrócitos é normal, porém cada um deles contém pouca hemoglobina.
As anemias podem ser desenvolvidas por hemorragias, pouca produção 
de eritrócitos pela medula óssea, produção de eritrócitos com pouca hemo-
globina ou destruição apressada dos eritrócitos. Para o diagnóstico é preciso 
testes laboratoriais, como o hemograma completo, contagem de reticulócitos 
e análise do esfregaço de sangue periférico. Neste último, o tamanho, a forma, 
a coloração e as inclusões nos eritrócitos são importantes.
A existência de núcleo nos eritrócitos circulantes sugere uma saída anteci-
pada dos reticulócitos da medula óssea, causada por uma resposta da medula 
óssea ou relacionada a problemas tumorais. Em algumas parasitoses, como a 
malária, é possível notar as inclusões nos eritrócitos que são correspondentes 
aos parasitos.
Glóbulos brancos (monócitos, basófilos, 
neutrófilos, linfócitos e eosinófilos) – 
morfologia e função
Os glóbulos brancos, ou leucócitos, são formados por diversas células de 
defesa. Fazem parte desse grupo monócitos, basófilos, neutrófilos, linfócitos 
e eosinófilos.
Os leucócitos polimorfonucleares, ou neutrófilos, são células arredondadas 
com núcleos formados por dois a cinco lóbulos ligados entre si por finas pontes 
de cromatina. A célula muito nova não apresenta o núcleo segmentado em 
lóbulos, tendo um núcleo em forma de bastonete curvo, e é chamada de núcleo 
5Sangue e medula óssea
em bastonete, ou somente bastonete. Nos núcleos dos neutrófilos de mulheres, 
pode surgir um pequeno apêndice, muito menor que um lóbulo nuclear, que tem 
a cromatina sexual, formada por um cromossomo X que não transcreve genes.
O citoplasma dos neutrófilos apresenta predominantemente grânulos es-
pecíficos, que contêm importantes enzimas no combate aos microrganismos, 
componentes para reposição da membrana, e ajudam na proteção da célula 
contra agentes oxidantes. O citoplasma apresenta também grânulos azurófilos 
(lisossomos) que contém proteínas e peptídeos usados na digestão e morte de 
microrganismos, e têm também uma matriz rica em proteoglicanos sulfatados, 
significantes para manter os vários componentes do grânulo em estado quies-
cente. A presença de grânulos atípicos ou vacúolos no citoplasma pode indicar 
diferentes condições patológicas, como infecções bacterianas e inflamações 
sistêmicas. O neutrófilo é uma célula em estágio final de diferenciação, com 
síntese proteica restrita e apresentando poucos perfis do retículo endoplasmá-
tico granuloso, raros ribossomos livres, poucas mitocôndrias e complexo de 
Golgi rudimentar. Os neutrófilos são células microfagocíticas que agem nas 
primeiras etapas dos processos inflamatórios produzidos por microrganismos 
ou corpos estranhos.
Os eosinófilos são muito menos numerosos que os neutrófilos, constituem 
apenas 1 a 3% do total de leucócitos e apresentam, em geral, núcleo bilobu-
lado. Têm organelas pouco desenvolvidas, como o retículo endoplasmático, 
as mitocôndrias e o complexo de Golgi. A principal propriedade para a iden-
tificação do eosinófilo são granulações ovoides acidófilas, que são maiores 
que as dos neutrófilos. Paralelamente ao maior eixo do grânulo, encontra-se 
um cristaloide, ou internum, desenvolvido pela proteína básica principal, rica 
em arginina e responsável por sua acidofilia. Os grânulos são formados por 
proteínas básicas e catiônicas que promovem o aparecimento de poros nas 
células-alvo, induzem a desgranulação de mastócitos e basófilos e modulam 
negativamente a atividade linfocitária.
Tanto a proteína catiônica como a proteína básica apresentam como prin-
cipais funções as ações antibacteriana e antiparasitária. Um importante meca-
nismo de defesa são as peroxidases envolvidas na geração de espécies reativas 
de oxigênio, que também são capazes de promover dano tecidual quando 
liberadas. Os eosinófilos secretam substâncias como citocinas, mediadores 
inflamatórios, e sabe-se também que tem antígenos para os linfócitos. 
Os basófilos são células que têm núcleo volumoso, com forma retorcida 
e irregular, geralmente com aparência da letra S. O citoplasma apresenta 
muitos grânulos, maiores que os dos outros granulócitos, que podem, por 
vezes, obscurecer o núcleo. Os basófilos constituem menos de 2% dos leucó-
Sangue e medula óssea6
citos do sangue, e sua meia-vida é estimada em um a dois dias. Os grânulos 
dos basófilos contêm histamina, fatores quimiotáticos para eosinófilos e 
neutrófilos e heparina. Além das proteínas, os basófilos também secretam 
citocinas e mediadores inflamatórios, os leucotrienos. Essas células liberam 
seus grânulos para o meio extracelular sob ação dos mesmos estímulos que 
promovem a expulsão dos grânulos dos mastócitos. As citocinas liberadas 
pelos basófilos determinam a populações de linfócitos, portanto, têm função 
imunomoduladora. A membrana plasmática dos basófilos, assim como a dos 
mastócitos, apresenta receptores para a imunoglobulina E (IgE). 
Os linfócitos são as células responsáveis pela defesa imunológica do orga-
nismo. Eles identificam moléculas estranhas existentes nos agentes infecciosos 
e as exterminam por meio de uma resposta humoral, com a produção de 
anticorpos, ou por meio de uma resposta citotóxica mediada por células. Os 
linfócitos têm forma esférica, com núcleo também esférico, podendo, às vezes, 
apresentar chanfradura, com cromatina disposta em grumos. O citoplasma 
é muito escasso e pode apresentar grânulos azurófilos que surgem também 
nos monócitos e granulócitos. O citoplasma também se apresenta deficiente 
de organelas, tendo moderada quantidade de ribossomos livres. O tempo de 
sobrevivência dos linfócitos é variável, alguns vivem apenas alguns dias e 
outros vivem durante muitos anos. Dependendo das moléculas encontradas em 
sua superfície, os linfócitos podem ser classificados em dois tipos principais, 
os linfócitos B e os linfócitos T.
Ao contrário dos leucócitos, que não retornam ao sangue depois de migrarem para os 
tecidos, os linfócitos voltam dos tecidos para o sangue, recirculando continuamente.
Os monócitos são os maiores leucócitos circulantes, apresentando núcleo 
ovoide em formato de rim ou ferradura, geralmente excêntrico. O núcleo 
também se apresenta mais claro que o dos linfócitos, em razão do arranjo 
pouco denso de sua cromatina, e tem dois ou três nucléolos. O citoplasma dos 
monócitos contém grânulos azurófilos (lisossomos) finíssimos que podem 
preencher todo citoplasma e entregar a essas células uma coloração acinzen-
tada. Também apresenta pequena quantidade de polirribossomos, retículo 
7Sangue e medula óssea
endoplasmático granuloso pouco desenvolvido, muitas mitocôndrias pequenas e 
grande complexo de Golgi, que participa da formação dos grânulos azurófilos. 
A superfície dos monócitos mostra muitas microvilosidades e vesículas de 
pinocitose. Essas células fazem parte do sistema mononuclear fagocitário e os 
monócitos do sangue representam uma fase na maturação da célula originada 
na medula óssea. Essa célula passa para o sangue, onde fica por alguns dias, 
e atravessam por diapedese a parede dos capilares e das vênulas, adentrando 
alguns órgãos e se transformando em macrófagos. Esses macrófagos constituem 
uma fase mais avançada na existência da célula mononuclear fagocitária.
Elementos presentes na medula óssea, sua 
função e localização no organismo
A medula óssea é um órgão difuso, bastante volumoso e ativo. É achada no 
canal medulardos ossos longos e nas cavidades dos ossos esponjosos e se 
diferencia em dois tipos, medula vermelha e medula amarela.
A medula óssea vermelha é ativa e hematógena, ou seja, produz os elementos 
do sangue e deve a sua cor aos numerosos eritrócitos em diversos estágios de 
maturação. A medula óssea amarela é rica em células adiposas e não produz 
células sanguíneas. A medula óssea vermelha é predominante no feto e na 
criança, sendo, depois, trocada por medula amarela. Nos adultos, grande 
parte da medula óssea se transforma na variedade amarela, sendo a medula 
vermelha vista apenas no esterno, nas vértebras, nas costelas e na díploe dos 
ossos do crânio. Nos adultos jovens, também é vista nas epífises proximais do 
fêmur e do úmero. A medula amarela pode ser substituída por vermelha em 
situações de hemorragia ou em resposta à temperatura elevada e pode voltar 
a produzir células do sangue. 
A medula óssea vermelha é constituída por células reticulares associadas 
a fibras reticulares. Essa associação forma uma rede percorrida por diversos 
capilares que se originam no endósteo e desembocam no sangue da circulação 
sistêmica. A medula óssea apresenta inervação por meio de fibras nervosas 
mielínicas e amielínicas existentes na parede das artérias. Nos espaços entre 
capilares e células reticulares, acontece a hemocitopoese, ou seja, células-
-tronco se proliferam e se diferenciam em todos os tipos de células sanguíneas. 
A liberação de células maduras da medula óssea para o sangue ocorre por 
migração através do endotélio próximo das junções intercelulares. As células 
maduras se caracterizam por serem capazes de exercer todas as suas funções 
especializadas. 
Sangue e medula óssea8
O processo de maturação dos eritrócitos é a síntese de hemoglobina e 
a formação de um corpúsculo pequeno e bicôncavo que oferece o máximo 
de superfície para as trocas de oxigênio. De acordo com o grau de matura-
ção, os eritrócitos são chamados de proeritroblastos, eritroblastos basófilos, 
eritroblastos policromáticos, eritroblastos ortocromáticos (ou acidófilos), 
reticulócitos e hemácias. Nos granulócitos, o processo de maturação acon-
tece com modificações citoplasmáticas caracterizadas pela síntese de várias 
proteínas, que são acondicionadas em dois tipos de grânulos, os específicos 
e os azurófilos. O mieloblasto é a célula mais imatura já verificada para 
formar exclusivamente os três tipos de granulócitos e, quando nela aparecem 
granulações citoplasmáticas específicas, essa célula passa a ser chamada 
de promielócito neutrófilo, eosinófilo ou basófilo, de acordo com o tipo de 
granulação existente. Os estágios seguintes de maturação são o mielócito, o 
metamielócito, o granulócito com núcleo em bastão e o granulócito maduro 
(neutrófilo, eosinófilo e basófilo).
Os precursores dos linfócitos e monócitos são identificados principalmente 
pelo tamanho, pela estrutura da cromatina e pelos nucléolos visíveis, já que 
essas células não apresentam grânulos específicos nem núcleos lobulados. A 
célula mais jovem entre os linfócitos é o linfoblasto, que forma o prolinfócito, 
que, por usa vez, origina os linfócitos maduros. Os monócitos são células 
intermediárias, que desenvolvem os macrófagos nos tecidos. Sua origem é 
a célula mieloide multipotente que origina todos os outros leucócitos, com 
exceção dos linfócitos. A célula mais jovem é o promonócito, encontrado 
somente na medula óssea e é morfologicamente idêntica ao mieloblasto. Por 
fim, as plaquetas se originam pela fragmentação do citoplasma dos megaca-
riócitos na medula óssea, que, por sua vez, se originaram pela diferenciação 
dos megacarioblastos. 
9Sangue e medula óssea
Diferentes alterações hereditárias da molécula de hemoglobina ocasionam doenças, 
como a anemia falciforme. Essa doença ocorre em razão da mutação de um único 
nucleotídeo no DNA do gene para a cadeia beta da hemoglobina. A hemoglobina 
que se forma é a HbS, e as consequências dessa formação são enormes.
Quando desoxigenada, a HbS se polimeriza e forma agregados que entregam ao 
eritrócito uma forma semelhante à de uma foice. Esse eritrócito não tem flexibilidade, 
é frágil e tem vida curta. Essas modificações tornam o sangue mais viscoso, e o fluxo 
sanguíneo nos capilares é prejudicado, induzindo os tecidos a uma deficiência em 
oxigênio. Pode também acontecer lesão da parede capilar e coagulação do sangue. 
Outra doença genética que agride as hemácias é a esferocitose hereditária. Essa doença 
se caracteriza por gerar hemácias esféricas e muito vulneráveis à ação dos macrófagos, 
resultando em anemia e outros distúrbios.
1. Qual componente do sangue é o 
responsável pela determinação do 
grupo sanguíneo de um indivíduo?
a) Plaquetas.
b) Monócitos.
c) Eritrócitos.
d) Eosinófilos.
e) Linfócitos.
2. Que elementos do sangue 
estão envolvidos na hemostasia 
(processo que visa a impedir a 
perda de sangue) e nas trocas 
de oxigênio e dióxido de 
carbono, respectivamente?
a) Leucócitos e plaquetas.
b) Plasma sanguíneo e monócitos.
c) Plaquetas e eritrócitos.
d) Hemácias e leucócitos.
e) Linfócitos e plaquetas.
3. Os granulócitos entram no tecido 
conectivo passando entre as células 
endoteliais dos capilares e das 
vênulas pós-capilares para realizarem 
suas funções quanto à defesa do 
organismo. Assinale a alternativa que 
traz o nome desse processo. 
a) Pluripotência.
b) Granulocitopoese.
c) Leucopenia.
d) Diapedese.
e) Anisocitose.
4. Os diferentes estágios de cada tipo 
celular apresentam propriedades 
específicas durante a hemopoiese. 
As principais características 
das células-tronco são:
a) capacidade de autorrenovação 
e potencialidade para formar 
tipos celulares distintos.
b) atividade mitótica intensa 
e nenhuma capacidade 
de autorrenovação.
c) atividade funcional indiferenciada 
e intensa atividade mitótica.
Sangue e medula óssea10
d) morfologia típica de cada tipo e 
capacidade de autorrenovação.
e) pequena atividade mitótica 
e nenhuma capacidade 
de autorrenovação.
5. Marque a alternativa que 
corresponde às células sanguíneas 
que não são originadas a partir 
da linhagem mieloide.
a) Monócitos.
b) Basófilos.
c) Neutrófilos.
d) Eritrócitos.
e) Linfócitos.
EYNARD, A. R.; VALENTICH, M. A.; ROVASIO, R. A. Histologia e embriologia humanas: 
bases celulares e moleculares. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Leituras recomendadas
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica I. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2013.
ROSS, M. H.; PAWLINA, W.; BARNASH, T. A. Atlas de histologia descritiva. Porto Alegre: 
Artmed, 2012.
Referência
11Sangue e medula óssea
PORTFÓLIO
Os valores normais de eritrócitos ou glóbulos vermelhos no adulto em um hematócrito (% de 
volume sanguíneo composto por eritrócitos) varia, na mulher, de 34-46% e no homem 40-53%. 
Diversas alterações podem ocasionar uma diminuição das hemácias no sangue, o que é 
conhecido por anemia.
Diante desse contexto, explique:
O que pode causar anemia? Cite 3 exemplos.
PESQUISA
Histologia 7/9: Tecido Sanguíneo. Videoaula | Anatomia e etc.
Acesse https://www.youtube.com/watch?v=BFY82pX85VU
Videoaula de Histologia sobre o Tecido Sanguíneo, um dos tipos de tecidos conjuntivos, 
abordando sua função, produção, composição e tipos de células.

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