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1 
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LEITURA, TEXTO E ENSINO 
 
 
 
2 
 
Sumário 
 
LEITURA, TEXTO E ENSINO ....................................................................................... 1 
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 3 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4 
LITERATURA BRASILEIRA......................................................................................... 5 
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA ................................................................................ 12 
GÊNEROS LITERÁRIOS ............................................................................................. 15 
TIPOS DE TEXTOS LITERÁRIOS .............................................................................. 24 
LINHA DO TEMPO DO ENSINO DE LITERATURA NO BRASIL ......................... 26 
COMO SURGIU A LITERATURA NO BRASIL ........................................................ 29 
PRINCIPAIS AUTORES DA LITERATURA BRASILEIRA ..................................... 30 
COMO A LITERATURA APARECE NA BNCC ........................................................ 31 
REFERÊNCIA ............................................................................................................... 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/b_bic/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/LEITURA,%20TEXTO%20E%20ENSINO.docx%23_Toc71119594
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre-
sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação 
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere-
cendo serviços educacionais em nível superior. 
Conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua for-
mação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
A literatura tem a função de recriar a realidade. Isto porque o autor utiliza 
as palavras no sentido figurado para expressar sentimentos, subjetividade e cau-
sar maior proximidade com o leitor. Em outras palavras, a literatura é definida 
como uma manifestação de linguagem com expressão estética. 
O texto literário é focado, principalmente, na expressividade do autor. Em 
geral, esse tipo de construção é repleto de manifestações poéticas e está aberto 
ao espaço subjetivo. Muitas vezes, a produção é destinada ao entreteni-
mento do leitor e pode utilizar a criatividade para a escrita ficcional, além de ser 
destinado a expressão. 
Os gêneros literários reúnem um conjunto de obras que apresentam ca-
racterísticas análogas de forma e conteúdo. Essa classificação pode ser feita de 
acordo com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos, formais, contextuais, 
entre outros. Eles se dividem em três categorias básicas: gêneros épico, lírico e 
dramático. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://conhecimentocientifico.r7.com/funcoes-da-linguagem/
 
 
 
5 
 
 
LITERATURA BRASILEIRA 
 
 
 
 A história da literatura brasileira tem início em 1500 com a chegada dos 
portugueses no Brasil. Isso porque as sociedades que aqui estavam eram ágra-
fas, ou seja, não possuíam uma representação escrita. 
Assim, a produção literária começa quando os portugueses escrevem so-
bre suas impressões da terra encontrada e dos povos que aqui viviam. 
Ainda que sejam diários e documentos históricos, esses representam, as 
primeiras manifestações escritas em território brasileiro. 
 
Divisão da Literatura Brasileira 
A literatura brasileira é subdividida em duas grandes eras que acompa-
nham a evolução política e econômica do País. 
 
 
 
6 
A Era Colonial e a Era Nacional são separadas por um período de tran-
sição que corresponde à emancipação política do Brasil. 
As datas que delimitam fim e início de cada era são, na verdade, marcos 
onde acentua-se um período de ascensão e outro de decadência. As eras são 
divididas em escolas literárias, também chamadas de estilos de época. 
 
Era Colonial 
A Era colonial da literatura brasileira começou em 1500 e vai até 1808. É 
dividida em Quinhentismo, Seiscentismo ou Barroco e o Setecentismo ou Arca-
dismo. Recebe esse nome pois nesse período o Brasil era colônia de Portugal. 
 
Quinhentismo 
O Quinhentismo é registrado no decorrer do século XVI. Essa é a deno-
minação genérica de um conjunto de textos que destacavam o Brasil como terra 
nova a ser conquistada. As duas manifestações literárias do período são a lite-
ratura de informação e a literatura dos jesuítas. 
A primeira possui um caráter mais informativo e histórico sobre o país; e 
a segunda, escrito por jesuítas, reúne aspectos pedagógicos. 
A obra que mais merece destaque é a Carta de Pero Vaz de Caminha. 
Escrita na Bahia em 1500, o escrivão-mor da tropa de Pedro Álvares Cabral des-
creve suas impressões sobre a nova terra para o rei de Portugal. 
 
Barroco 
O Barroco é o período que se estende entre 1601 e 1768. Tem início com 
a publicação do poema Prosopopeia, de Bento Teixeira e termina com a funda-
ção da Arcádia Ultramarina, em Vila Rica, Minas Gerais. 
https://www.todamateria.com.br/quinhentismo/
https://www.todamateria.com.br/carta-de-pero-vaz-de-caminha/
https://www.todamateria.com.br/barroco/
 
 
 
7 
O Barroco literário brasileiro desenvolve-se na Bahia, tendo como pano 
de fundo a economia açucareira. Dois estilos literários que marcaram essa es-
cola foram: o cultismo e o conceptismo. 
O primeiro utiliza uma linguagem muito rebuscada e, por isso, é também 
caracterizado pelo 'jogo de palavras'. Já o segundo, trabalha com a apresenta-
ção de conceitos, portanto, é apontado como 'jogo de ideias'. 
Um dos maiores representantes foi o poeta Gregório de Matos, conhecido 
como "boca do inferno". Além dele, merece destaque o padre Antônio Viera e 
seus Sermões. 
 
Arcadismo 
O Arcadismo é o período que se estende e 1768 a 1808 e cujos autores 
estão intimamente ligados ao movimento da Inconfidência, em Minas Gerais. 
Agora, o pano de fundo é a economia ligada à exploração do ouro e das 
pedras preciosas. Além disso, destaca-se o relevante papel desempenhado pela 
cidade de Vila Rica (Ouro Preto). 
A simplicidade, a exaltação da natureza e os temas bucólicos são as prin-
cipais características dessa escola literária. 
No Brasil, esse movimento tem início com a publicação de “Obras Poéti-
cas”, de Cláudio Manuel da Costa, em 1768. Além dele, merece destaque o po-
eta Tomás Antônio Gonzaga e sua obra “Marília de Dirceu” (1792). 
 
Período de Transição 
O chamado período de transição ocorre entre 1808 a 1836. É considerado 
um momento inerte da literatura brasileira, marcado pela chegada da Missão 
Artística Francesa, em 1816, contratada por Dom João IV. 
 
https://www.todamateria.com.br/arcadismo-no-brasil/
 
 
 
8 
Era Nacional 
A Era Nacional da literatura brasileira começa em 1836 e dura até os dias 
atuais. Começa com o Romantismo e perpassa pelo Realismo, Naturalismo, Par-
nasianismo, Simbolismo, Pré-Modernismo, Modernismo e o Pós-modernismo. 
Recebe esse nome pois ela aconteceu após a Independência do Brasil, 
em 1822. Nesse período o nacionalismoé uma forte característica, notória na 
literatura romântica e moderna. 
 
Romantismo 
Essa é a primeira escola literária a registrar um movimento genuinamente 
brasileiro. O Romantismo no Brasil se inicia em 1836, com a publicação da 
obra Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves Magalhães. 
Perdura até 1881, quando Machado de Assis e Aluísio de Azevedo publi-
cam obras de orientação Realista e Naturalista. 
O período romântico no Brasil está dividido em três fases. Na primeira 
temos uma forte carga nacionalista, onde o índio é eleito herói nacional (india-
nismo). Os autores mais importantes são José de Alencar e Gonçalves Dias. 
No segundo momento, os principais temas explorados estão ligados com 
o pessimismo e o egocentrismo, onde destacam-se Álvares de Azevedo e Casi-
miro de Abreu. Já na terceira fase, a mudança é notória tendo a 'liberdade' como 
mote principal. Os principais representantes são Castro Alves e Sousândrade. 
 
Realismo 
O Realismo no Brasil começa em 1881 quando Machado de Assis pu-
blica Memórias Póstumas de Brás Cubas. 
As principais características são o objetivismo e a veracidade dos fatos, 
os quais são explorados por meio de uma linguagem descritiva e detalhada. Te-
mas sociais, urbanos e cotidianos são apresentados pelos escritores do período. 
https://www.todamateria.com.br/romantismo-no-brasil/
https://www.todamateria.com.br/realismo-no-brasil/
 
 
 
9 
Oposto aos ideais românticos, a ideia era mostrar um retrato fidedigno da 
sociedade. Além de Machado de Assis, merecem destaque Raul Pompeia e Vis-
conde de Taunay. 
 
Naturalismo 
O Naturalismo no Brasil tem início em 1881 com a publicação da obra O 
Mulato de Aluísio de Azevedo. 
Paralelo ao realismo, esse movimento literário também pretendia apre-
sentar um retrato fidedigno da sociedade, no entanto, com uma linguagem mais 
coloquial. 
Da mesma forma que o movimento anterior, o naturalismo era oposto aos 
ideais românticos e apresentava muitos detalhes nas descrições. Entretanto, 
trata-se de um realismo mais exagerado onde suas personagens são patológi-
cas. Além disso, o sensualismo e o erotismo são marcas dessa produção literá-
ria. 
A obra O cortiço (1890) de Aluísio de Azevedo é um bom exemplo da 
prosa naturalista desenvolvida no período. Além dele, destaca-se Adolfo Ferreira 
Caminha e sua obra A Normalista,publicada em 1893. 
 
Parnasianismo 
O Parnasianismo tem como marco inicial a publicação da obra Fanfarras, 
de Teófilo Dias, em 1882. Essa também é outra escola literária que surge para-
lela ao realismo e o naturalismo. Todavia, sua proposta era bem diferente e por-
tanto, foi classificada de maneira independente. 
Ainda que os autores do período escolhessem temas relacionados com a 
realidade, a preocupação residia na perfeição das formas. 
https://www.todamateria.com.br/naturalismo-no-brasil/
https://www.todamateria.com.br/parnasianismo-no-brasil/
 
 
 
10 
A "arte pela arte" é o mote principal do movimento. Nesse período os va-
lores estiveram essencialmente voltados para a estética poética, como a métrica, 
as rimas e a versificação. 
Dessa maneira, houve uma forte preferência pelas formas fixas, por 
exemplo, o soneto. Os escritores que se destacaram nesse período formavam a 
"Tríade Parnasiana": Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia. 
 
Simbolismo 
O Simbolismo começa em 1893 com a publicação de Missal e Broquéis, 
de Cruz e Souza. Ele vai até o início do século XX, quando ocorre a Semana de 
Arte Moderna. 
As principais características dessa escola literária são o subjetivismo, o 
misticismo e a imaginação. 
Assim, os escritores do período, apoiados em aspectos do subconsciente, 
buscavam compreender a alma humana exaltando a realidade subjetiva. Desta-
cam-se as obras poéticas de Alphonsus de Guimarães e Augusto dos Anjos. 
Esse último, já apresenta algumas obras de caráter pré-modernista. 
 
Pré-Modernismo 
O pré-modernismo no Brasil foi uma fase de transição entre o simbolismo 
e o modernismo que ocorreu no início do século XX. 
Aqui, já se via despontar algumas características modernas como a rup-
tura com o academicismo e ainda, o uso de uma linguagem coloquial e regional. 
A temática mais explorada pelos escritores do período esteve voltada para 
a realidade brasileira com temas sociais, políticos e históricos. 
Com uma grande produção literária, destacam-se os escritores: Monteiro 
Lobato, Lima Barreto, Graça Aranha e Euclides da Cunha. 
https://www.todamateria.com.br/simbolismo-no-brasil/
https://www.todamateria.com.br/pre-modernismo/
 
 
 
11 
Modernismo 
O Modernismo no Brasil é marcado pela Semana de Arte Moderna, ocor-
rida em São Paulo em 1922. É o limite entre o fim e o início de uma nova era na 
literatura nacional e nas artes como um todo. 
Inspirado nas vanguardas artísticas europeias, o movimento modernista 
propõe o rompimento com o academicismo e o tradicionalismo. É assim que a 
liberdade estética e diversas experimentações artísticas são apresentadas 
nesse momento. 
Esse período foi dividido em três fases: a fase heroica, a fase de consoli-
dação e a a fase pós-moderna. 
Com uma intensa produção poética, muitos escritores se destacaram: Os-
wald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de 
Andrade, Rachel de Queiroz, Cecília Meireles, Clarice Lispector, Jorge Amado, 
João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Vinícius de Mo-
raes, dentre outros. 
 
Pós-Modernismo 
A produção artística brasileira passa por intensa transformação após o fim 
da 1945. Assim, o pós-modernismo é uma fase de novas formas de expressão 
que acontecem na literatura, no teatro, no cinema e nas artes plásticas. 
Essa nova postura moldará o imaginário por meio da ausência de valores, 
a liberdade de expressão e o forte individualismo. Além disso, a multiplicidade 
de estilos é uma marca do período. 
A literatura brasileira contemporânea é composta por muitos escritores: 
Ariano Suassuna, Millôr Fernandes, Paulo Leminski, Ferreira Gullar, Adélia 
Prado, Cora Coralina, Nélida Pinõn, Lya Luft, Dalton Trevisan, Caio Fernando 
Abreu, etc. 
 
https://www.todamateria.com.br/modernismo-no-brasil/
https://www.todamateria.com.br/semana-de-arte-moderna/
https://www.todamateria.com.br/pos-modernismo/
https://www.todamateria.com.br/caracteristicas-da-literatura-brasileira-contemporanea/
 
 
 
12 
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA 
 
 
 
Tanto a leitura quanto a escrita são práticas sociais de suma importância 
para o desenvolvimento da cognição humana. 
Ambas proporcionam o desenvolvimento do intelecto e da imaginação, 
além de promoverem a aquisição de conhecimentos. 
Dessa maneira, quando lemos ocorrem diversas ligações no cérebro que 
nos permitem desenvolver o raciocínio. Além disso, com essa atividade aguça-
mos nosso senso crítico por meio da capacidade de interpretação. 
Nesse sentido, vale lembrar que a “interpretação” dos textos é uma das 
chaves essenciais da leitura. Afinal, não basta ler ou decodificar os códigos lin-
guísticos, faz-se necessário compreender e interpretar essa leitura. 
 
 
 
 
13 
Os benefícios da leitura 
Muitos são os benefícios que a leitura proporciona: desenvolvimento da 
imaginação, da criatividade, da comunicação, bem como o aumento do vocabu-
lário, conhecimentos gerais e do senso crítico. 
Além desses benefícios, com a leitura exercitamos nosso cérebro, o que 
facilita a interpretação de textos e leva à maior a competência (habilidade) na 
escrita. 
 
 
Ao ler o indivíduo adquire maior repertório, ampliando e expandindo seus 
horizontes cognitivos. Para além disso, estudos apontam que o ato de ler é muito 
prazeroso na medida em que reduz o stress ao mesmo tempo que estimula re-
flexões. 
Por esse motivo, a leitura deve ser incentivada desde a educação primá-
ria. Incentivar os filhos pequenos em casa e criar hábitos são chaves importantes 
para que as crianças desenvolvamo gosto pela leitura. Uma dica é levá-los nas 
bibliotecas, livrarias ou mesmo contar histórias para eles. 
 
 
 
14 
Para o escritor brasileiro Monteiro Lobato: "Um país se faz com homens 
e livros". 
 
Você sabia? 
Do latim, a palavra “leitura” (lectura), significa eleição, escolha. 
 
A evolução da leitura 
Com a invenção da Imprensa (Tipografia), em 1455, pelo inventor alemão 
Johannes Gutenberg (1398-1468), o ato de ler (anteriormente divulgado por ma-
nuscritos), expandiu-se rapidamente. Junto à isso, proporcionou maior a difusão 
e produção de conhecimentos no mundo. 
 
Com a globalização e a aceleração das transformações comunicacionais 
e digitais da modernidade (televisores, computadores, celulares, etc) o ato da 
leitura foi cada vez mais adquirindo um lugar secundário. 
Todavia, tal seja a importância da leitura no mundo, a expansão tecnoló-
gica proporcionou outras formas de leitura, por exemplo, os famosos e-books. 
 
 
 
15 
GÊNEROS LITERÁRIOS 
 
 
 
 
 
 
Os gêneros literários são categorias que organizam todos os tipos de 
textos literários pelas semelhanças formais, estruturais e temáticas que eles pos-
suem. 
Os gêneros literários são classificados em três tipos: 
 Gênero lírico: inclui os textos poéticos de caráter sentimental revelando 
as emoções do poeta, por exemplo, os sonetos. 
 Gênero narrativo (anteriormente chamado de épico): narra uma história 
com personagens, situados em um tempo e um espaço, por exemplo, um 
romance. 
 Gênero dramático: reúne textos teatrais para serem encenados, por 
exemplo, uma comédia. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Gênero Lírico 
O gênero lírico é um gênero literário escrito em versos que tem como foco 
mostrar as emoções, sensações, sentimentos e impressões pessoais do poeta. 
Os textos líricos são marcados pela subjetividade, onde o poeta expressa 
sua opinião, por isso, eles são escritos na primeira pessoa (eu). 
O gênero lírico recebe esse nome, pois faz referência ao instrumento mu-
sical, a lira, que acompanhava a declamação de poesias na antiguidade. 
Alguns subgêneros de textos líricos são: 
 Soneto - poema de forma fixa, formado por catorze versos (dois quartetos 
e dois tercetos). 
 Poesia - texto poético formado por versos que se agrupam em estrofes. 
 Ode - poema de exaltação composta para ser declamada ou cantada. 
 Haicai - poema de forma fixa de origem japonesa, formado por três ver-
sos. 
 Hino - poema que homenageia alguém ou venera algo. 
 Sátira - poema que ridiculariza pessoas ou costumes. 
 
 
Exemplo de texto do gênero lírico 
O Soneto da fidelidade, de Vinicius de Moraes, é um poema de forma fixa 
composto por catorze versos (dois quartetos e dois tercetos). Nele, o autor expõe 
seus sentimentos relacionados com o amor e a fidelidade. 
 
De tudo, ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 
Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou seu contentamento. 
https://www.todamateria.com.br/genero-lirico/
https://www.todamateria.com.br/soneto/
https://www.todamateria.com.br/o-que-e-poesia/
https://www.todamateria.com.br/o-que-e-haicai/
https://www.todamateria.com.br/satira/
 
 
 
17 
E assim, quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama 
Eu possa me dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure. 
 
Gênero Narrativo 
O gênero narrativo é um gênero literário moderno em prosa, que tem 
como intuito narrar uma história. Para um texto ser considerado narrativo, ele 
precisa conter esses elementos: 
 Enredo - história que narra uma sucessão dos acontecimentos. 
 Narrador - aquele que narra a história. 
 Personagens - pessoas que estão presentes na história. 
 Tempo - o período em que acontece a história. 
 Espaço - local onde se passa a história. 
Em sua origem, o gênero narrativo era chamado de “gênero épico”, pois 
incluía as narrativas histórico-literárias de grandes acontecimentos, chamadas 
de epopeias. 
Alguns subgêneros de textos narrativos são: 
 Epopeia - narrativa longa sobre fatos grandiosos de um herói ou de um 
povo. 
 Romance - narrativa extensa escrita em prosa que revela ações de per-
sonagens dentro de uma história. 
 Novela - escrita em prosa, é uma narrativa longa, porém mais breve e 
mais dinâmica que o romance. 
 Conto - escrito em prosa, é uma narrativa mais objetiva e curta que a no-
vela e o romance. 
 Crônica - narrativa breve que focam em acontecimentos do cotidiano. 
 Fábula - narrativa fantasiosa que procura ensinar sobre algo. 
 
Exemplo de texto do gênero narrativo 
https://www.todamateria.com.br/genero-epico/
https://www.todamateria.com.br/epopeia/
https://www.todamateria.com.br/o-que-e-romance/
https://www.todamateria.com.br/conto/
https://www.todamateria.com.br/cronica/
https://www.todamateria.com.br/fabula/
 
 
 
18 
A Rã e o Boi, fábula de Esopo, traz o seguinte ensinamento: "quem 
tenta parecer maior do que é se arrebenta". 
Uma rã estava no prado olhando um boi e sentiu tal inveja do tama-
nho dele que começou a inflar para ficar maior. 
Então, outra rã chegou e perguntou se o boi era o maior dos dois. 
A primeira respondeu que não – e se esforçou para inflar mais. 
Depois, repetiu a pergunta: 
– Quem é maior agora? 
A outra rã respondeu: 
– O boi. 
A rã ficou furiosa e tentou ficar maior inflando mais e mais, até que 
arrebentou. 
 
Gênero Dramático 
O gênero dramático é um gênero literário teatral que reúne os textos es-
critos, em prosa ou em verso. Os textos dramáticos são utilizados para apresen-
tar para uma plateia (espectadores). 
Uma característica muito importante dos textos teatrais é a presença de 
diálogos entre as personagens. Eles são geralmente divididos em atos, quando 
as ações ocorrem num mesmo espaço, e cenas, quando há mudança de local e 
personagens. 
Alguns subgêneros dos textos dramáticos são: 
 Tragédia - texto teatral trágico com tensão permanente e final infeliz. 
 Comédia - texto teatral humorado que satiriza diversos aspectos da soci-
edade. 
 Tragicomédia - texto teatral que reúne aspectos trágicos e cômicos. 
 Farsa - texto teatral curto e cômico, formados por um ato. 
 Auto - texto teatral de abordagem mais religiosa e moralista. 
 
Exemplo de texto do Gênero dramático 
O trecho de Romeu e Julieta, de William Shakespeare, aponta o local 
onde acontece o diálogo entre dois personagens. 
ATO PRIMEIRO - CENA I 
https://www.todamateria.com.br/genero-dramatico/
 
 
 
19 
Verona. Uma praça pública. 
Entram Sansão e Gregório da casa dos Capuletos, com espadas e 
broquéis (Escudos redondos e pequenos.). 
SANSÃO – Palavra, Gregório, não carregaremos desaforos! 
GREGÓRIO – Não, porque então nos tomariam por carregadores. 
SANSÃO – Quero dizer que, se nos zangarmos, puxaremos a espada. 
GREGÓRIO – Sim, porém procura, enquanto viveres, puxares teu 
pescoço para fora do nó da forca. 
SANSÃO – Bato logo, quando bolem comigo. 
GREGÓRIO – Mas não bolem tão depressa que sejas levado a bater. 
SANSÃO – Um cão da família dos Montecchios bole-me com os ner-
vos. 
Saiba mais sobre a origem e as categorias do gênero dramático: 
 Teatro Grego 
 Comédia Grega 
 Tragédia Grega 
 
Como surgiram os gêneros literários? 
A classificação dos gêneros literários foi proposta na antiguidade clássica 
pelo filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) em sua obra Poética. Segundo 
ele: 
 O gênero lírico representava a “palavra cantada”, pois, antigamente, os 
textos literários eram recitados e acompanhados por instrumentos musi-
cais. 
 O gênero épico significava a “palavra narrada”, pois retratava os aconte-
cimentos grandiosos de um herói em poemas extensos chamados de epo-
peias. Com o tempo,esse gênero se expandiu e atualmente ele é cha-
mado de “narrativo”. 
 O gênero dramático que simbolizava a “palavra representada” e reunia 
textos escritos para uma peça teatral. 
 
 
 
https://www.todamateria.com.br/teatro-grego/
https://www.todamateria.com.br/comedia-grega/
https://www.todamateria.com.br/tragedia-grega/
 
 
 
20 
O que é um Texto literário: 
Um texto literário é uma construção textual de acordo com as normas da 
literatura, com objetivos e características próprias, como linguagem elaborada 
de forma a causar emoções no leitor. 
De acordo com a classificação de textos, existe a divisão entre duas ca-
tegorias: textos literários e textos não literários. 
Alguns exemplos de textos literários são: peças teatrais, romances, crôni-
cas, contos fábulas, poemas, etc. Uma das características distintivas dos textos 
literário é a sua função poética, onde é possível constatar ritmo e musicalidade, 
organização específica das palavras e um elevado nível de criatividade. 
 
Diferenças entre texto literário e não literário 
A grande diferença entre os textos literários e não literários consiste na 
sua função ou objetivo. 
O texto não literário tem como objetivo informar, esclarecer, explicar, ou 
seja, pretende ser útil ao leitor. O texto não literário é frequentemente visto como 
um texto informativo, construído de forma específica, com linguagem clara e ob-
jetiva. Alguns exemplos são artigos científicos, notícias, ou textos didáticos. 
Por outro lado, o texto literário é mais artístico, com uma função estética, 
que tem como objetivo recreativo, provocando diferentes emoções no leitor. As-
sim, os textos literários nem sempre estão ligados à realidade (no caso da ficção) 
e muitas vezes são subjetivos, podendo existir diferentes interpretações de lei-
tores distintos. Além disso, o texto literário contém figuras de linguagem, sentido 
figurado e metafórico das palavras, que tornam o texto mais expressivo. 
 
Quais as características do texto literário? 
Nas composições textuais literárias, os elementos artísticos e estéti-
cos ganham destaque. Abaixo, conheça os principais recursos utilizados por au-
tores em suas produções: 
 
Ênfase na função poética da Linguagem 
https://www.significados.com.br/texto-informativo/
 
 
 
21 
A função poética se direciona para a forma estética do texto. Para isso, 
utiliza-se figuras de linguagem ou elementos que conferem expressividade à es-
crita. Ou seja, uso da musicalidade, exploração dos significados e ordens das 
palavras e/ou sentenças. 
A seguir, leia um soneto de Luís de Camões: 
A fermosura fresca serra, 
e a sombra dos verdes castanheiros, 
o manso caminhar destes ribeiros, 
donde toda la tristeza se desterra; 
o rouco som do mar, a estranha terra, 
o esconder do sol pelos outeiros, 
o recolher dos gados derradeiros, 
das nuvens pelo ar a branda guerra; 
enfim, tudo o que a rara natureza 
com tanta variedade nos oferece, 
me está (se não te vejo) magoando. 
Sem ti, tudo me enoja e me aborrece; 
sem ti, perpetuamente estou passando 
nas mores alegrias, mor tristeza. 
Note que cada palavra destacada no poema possui um par que compõe 
uma rima sonora: serra/desterra, castanheiros/ribeiros, terra/guerra, outei-
ros/derradeiros, natureza/tristeza, ofrece/aborrece e magoando/passando. Aná-
lises mais profundas também demonstram que todos os versos desse soneto 
são metrificados em decassílabos, ou seja, contém dez sílabas poéticas. 
Essas observações evidenciam a presença da preocupação formal e es-
tética por parte do autor, o que confere o caráter literário ao texto. 
 
Aspecto Subjetivo 
Essa característica diz respeito ao uso do âmbito pessoal e individual da 
linguagem. A esfera subjetiva é caracterizada pelas emoções, sentimentos, va-
lores e crenças do indivíduo ー o que torna o texto mais personalista. 
 
 
 
22 
A seguir, no trecho do poema de Luís de Camões, note a presença da 
subjetividade, que está marcada pela expressão dos afetos do eu lírico: 
Sem ti, tudo me enoja e me aborrece; 
sem ti, perpetuamente estou passando 
nas mores alegrias, mor tristeza. 
Uso da Conotação 
É a utilização da mensagem figurada, repleta de sentidos e significados 
ocultos que estão dispostos nas entrelinhas. 
O poema Amora, de Marco Catalão, e apresenta exemplos de conotação. 
Veja: 
a palavra amora 
seria talvez menos doce 
e um pouco menos vermelha 
se não trouxesse em seu corpo 
(como um velado esplendor) 
a memória da palavra amor 
a palavra amargo 
seria talvez mais doce 
e um pouco menos acerba 
se não trouxesse em seu corpo 
(como uma sombra a espreitar) 
a memória da palavra amar 
Ao considerar a palavra “corpo”, nota-se que está se referindo ao 
corpo/forma da “palavra amora”. Então, nesse caso, o termo “corpo” não infere 
a um sentido material e literal ー como o “corpo humano” ー, mas a um espaço 
conotativo, em sentido representativo. 
 
Interpretação Múltipla ou Plurissignificação 
 
 
 
23 
Devido à alta subjetividade dos textos literários, é muito comum que ad-
mitam interpretações diversas para um mesmo trecho ー o que destaca a impor-
tância da visão pessoal para esse tipo de obra. 
O poema de Ana Cristina César, em A Teus Pés, permite várias faces 
interpretativas. Acompanhe: 
 
O último adeus II 
O navio desatraca 
imagino um grande desastre sobre a terra 
as lições levantam vôo, 
agudas 
pânicos felinos debruçados na amurada. 
E na deck-chair 
ainda te escuto folhear os últimos poemas 
com metade de um sorriso. 
A primeira estrofe, principalmente, possibilita questionamentos, como: 
“que navio?”, “que lições?”, “quais felinos?”. As respostas para essas perguntas 
podem variar conforme o entendimento do leitor, o que demonstra a plurissigni-
ficação do texto. 
 
Ficcionalidade 
Esse traço da literatura permite a criação de “novos mundos” em que 
se localizam as situações textuais. Assim, os ambientes da história não precisam 
ser reais e são a base para o desenvolvimento do enredo. 
Confira no trecho do teatro O Marinheiro de Fernando Pessoa: 
“SEGUNDA — Sonhava de um marinheiro que se houvesse perdido numa 
ilha longínqua. Nessa ilha havia palmeiras hirtas, poucas, e aves vagas passa-
vam por elas… Não vi se alguma vez pousavam… Desde que, naufragado, se 
salvara, o marinheiro vivia ali… Como ele não tinha meio de voltar à pátria, e 
cada vez que se lembrava dela sofria, pôs-se a sonhar uma pátria que nunca 
tivesse tido: pôs-se a fazer ter sido sua uma outra pátria, uma outra espécie de 
 
 
 
24 
país com outras espécies de paisagens, e outra gente, e outro feitio de passarem 
pelas ruas e de se debruçarem das janelas… Cada hora ele construía em sonho 
esta falsa pátria, e ele nunca deixava de sonhar, de dia à sombra curta das gran-
des palmeiras, que se recortava, orlada de bicos, no chão areento e quente; de 
noite, estendido na praia, de costas e não reparando nas estrelas.” 
 
Nesse excerto, ocorre a formação de um cenário que não existe. Apesar 
disso, dentro do contexto textual, a ambientação faz sentido e, por isso, é um 
exemplo de ficcionalidade. 
 
TIPOS DE TEXTOS LITERÁRIOS 
 
 
 
Agora que você conhece as características que permitem identificar um 
texto literário, é preciso descobrir os tipos de composições literárias existentes. 
Para isso, leia os tópicos seguintes. 
 
 
 
 
 
25 
 
Romance 
O romance é um tipo de texto literário e narrativo. Comumente, os roman-
ces são extensos e abordam histórias fictícias. Para a formação do enredo, são 
criados cenários, personagens completos, tempos e contextos que aproximam o 
corpo textual da realidade. 
As literaturas românticas podem abordar histórias de amor, drama, situa-
ção histórica, entre outras. 
 
Crônica 
A crônica pode ser definida como uma forma de texto direta, simples e 
breve. A marca principal desse tipo textual é a exposição de situações cotidia-
nas, as quais são basepara reflexões de diversos temas. 
Essa classe, geralmente, utiliza o humor, a ironia e o sarcasmo para a 
construção de uma análise crítica do cotidiano. A publicação das crônicas pode 
ocorrer tanto para o meio literário quanto para o meio jornalístico, o que mostra 
a versatilidade desse modelo literário. 
 
Conto 
O conto é, também, uma literatura narrativa. Mas, ao contrário do ro-
mance, o desenvolvimento da história ocorre rapidamente. Para a construção 
dessa escrita breve, os autores propõem um só conflito para o texto, que se situa 
em um ou dois cenários e envolve poucos personagens. 
 
Poema 
Muito conhecido por todos e frequente nas provas de vestibulares, os po-
emas são textos dispostos em estrofes e versos. 
Seu caráter mais notável é a presença de rimas, mas, lembre-se, isso não 
é obrigatório. 
A marca do poema é a musicalidade, o ritmo e a estrofação, isso faz com 
que a forma e a expressão sejam importantes na produção poemática – carac-
terística de texto literário. 
 
 
 
26 
LINHA DO TEMPO DO ENSINO DE LITERATURA NO 
BRASIL 
 
 
 
 
 
Assim como em muitas outras áreas, o ensino da Literatura no Brasil pas-
sou por várias mudanças ao longo dos anos. A seguir, confira uma linha do 
tempo que traça como a Literatura se insere na história da educação brasileira. 
 
Literatura no ensino jesuíta, século XVI 
A questão de conhecimento por meio de obras literárias começou com os 
jesuítas. O objetivo do estudo da Literatura no Brasil colonial estava fortemente 
ligado à arte da eloquência. Ou seja, o texto na escola não era visto como um 
objeto de pesquisa histórico-social, mas um mero elemento para aprender a lín-
gua-padrão. 
 
Reforma do ensino e nacionalismo literário, século XVIII 
Com a expulsão da Companhia de Jesus em 1759, o ensino público pas-
sou a ser responsabilidade do Estado. Isso resultou em algumas mudanças na 
formação dos alunos, antes formados para a Igreja. O ensino de Literatura no 
 
 
 
27 
Brasil passou a ser direcionado à contemplação do nacional, favorecendo os es-
critores brasileiros acima dos portugueses. 
 
Função da Literatura no preparo para as universidades, século XIX 
No século XIX, o ensino de Literatura no Brasil acontecia nas escolas se-
cundárias (que incluem colégios, liceus, ginásios etc) brasileiras — tem-se o Co-
légio Pedro II como um importante nome. A função dessas instituições era prin-
cipalmente preparar as elites da época para os exames de admissão em univer-
sidades de Direito e Medicina. Sendo assim, o currículo das escolas era baseado 
no que os alunos precisavam para os chamados preparatórios. 
 
Caminho até a primeira LDB, 1850–1860 
Na história da educação brasileira, há vários marcos que envolvem ajus-
tes e reformas no ensino, como: 
 Reforma de Couto Ferraz, 1854 
 Reforma Leôncio de Carvalho, 1879 
 Reforma Benjamin Constant, 1891 
 Reforma Rivadália Correia, 1911 
 Reforma Carlos Maximiliano, 1915 
 Reforma Rocha Vaz, 1925 
 Reforma Francisco Campos, 1931 
 Plano Nacional de Educação, 1936 
 Reforma Gustavo Capanema, 1942 
 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), 1961 
No que diz respeito ao ensino de Literatura, essas diferentes mudanças 
ocasionaram alterações no foco dos estudos literários e linguísticos — que, por 
sinal, sempre caminharam juntos na educação brasileira. 
 
Literatura e comunicação, 1971 
As definições da Segunda Lei de Diretrizes e Bases, Lei 5692/71, objeti-
varam um alinhamento da formação dos não-membros das camadas mais privi-
https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/128525/lei-de-diretrizes-e-base-de-1971-lei-5692-71
 
 
 
28 
legiadas do país. Nesse período de regime militar, o ensino de Literatura no Bra-
sil passa a relacionar-se mais fortemente com o desenvolvimento com foco na 
comunicabilidade. Comunicação e Expressão era nome da disciplina que con-
templava esses aspectos. 
 
Universalização da educação e o estudo literário, 1996 
Com a Constituição de 1988, a LDB de 1971 passou a ser vista como 
antiquada. Após anos de discussão, a nova Lei de Diretrizes e Bases, promul-
gada em 1996, baseava-se no direito universal à educação para todos. Os estu-
dos da Literatura, aqui, estavam ligados ao pragmatismo de habilidades discur-
sivas. 
 
Literatura no ensino por competências, 2013 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (DCNs) re-
presentaram um marco para a educação brasileira, uma vez que trouxeram à 
tona a pedagogia das competências em documentos oficiais. Na perspectiva de 
competências, a Literatura está inserida na prática discursiva de Leitura. Nesse 
contexto, a leitura de textos literários está voltada à capacidade de pensamento 
crítico e à percepção estética, afastando-se da função gramatical tradicional-
mente concebida. 
 
Aprendizagens essenciais da Literatura, atualmente 
Nas reformas educacionais ocorridas mundialmente, a questão curricular 
ganha destaque. No Brasil, o currículo passou a ser visto como um ponto de 
suma importância com a homologação da Base Nacional Comum Curricular. O 
documento não representa um currículo único, mas uma definição do que é es-
sencial em cada currículo escolar. A Literatura na BNCC aparece de modo trans-
versal, com foco na formação de leitores-fruidores. 
https://www.edocente.com.br/literatura-bncc/
 
 
 
29 
 
COMO SURGIU A LITERATURA NO BRASIL 
 
A Literatura no Brasil possui sua origem logo no momento de descobri-
mento do nosso país. Como o Brasil foi colonizado por um país consolidado, com 
uma rica cultura de língua, muito da Literatura Portuguesa veio junto dos portu-
gueses. Ainda no Brasil Colônia, a atividade literária produzida aqui era fruto das 
tradições jesuíticas. 
Portanto, tem-se no Brasil um desdobramento da Literatura em língua por-
tuguesa, assim como ocorre em outros países lusófonos. O começo da Literatura 
genuinamente brasileira — isto é, produzida por nascidos em solo nacional — 
foi fortemente influenciado pela arte produzida em Portugal. 
Porém, a clara emancipação da cultura literária brasileira se deu a partir 
da metade do século XX. O movimento do Modernismo Brasileiro, o ressurgi-
mento da Literatura Brasileira, foi inspirado sobretudo nas vanguardas europeias 
e modificou a arte de modo geral. Já na contemporaneidade, a Literatura Brasi-
leira é uma mescla de inovação e de seus vários anos de tradição, possuindo 
características de todas as escolas literárias antecessoras. 
A Literatura no Brasil, portanto, surgiu logo após o descobrimento da terra 
brasílica e vive em constante alteração desde sua manifestação. Ela ressurge a 
cada novo pensamento e a cada novo escritor iniciado à arte da palavra. 
 
 
 
 
30 
 
PRINCIPAIS AUTORES DA LITERATURA BRASI-
LEIRA 
 
 
 
 
 
 
Dos muitos escritores de Literatura no Brasil, citam-se alguns célebres. 
Abaixo, confira quatro nomes fundamentais para o estudo de Literatura na es-
cola. 
Machado de Assis 
O carioca Joaquim Maria Machado de Assis é considerado por muitos o 
maior nome da Literatura no Brasil. Membro da Academia Brasileira de Letras, o 
escritor assinou contos, crônicas, poemas e peças teatrais. Por ser negro, levar 
Machado de Assis para a sala de aula é uma forma de incentivar novos escritores 
negros. Toda obra de Machado de Assis pode ser conferida gratuitamente na 
internet. 
 
 
 
http://machado.mec.gov.br/
http://machado.mec.gov.br/
 
 
 
31 
Clarice Lispector 
Clarice Lispector, apesar de nascida ucraniana, foi naturalizada brasileira. 
Além de um dos maiores nomes do século XX, Clarice é considerada mundial-
mente a maior escritora judia desde Kafka. De escrita inovadora, é impossível 
não falar de Macabéa (A Hora da Estrela) e dos Laços de família em ambiente 
escolar. 
 
Carlos Drummond de Andrade 
Mineiro da cidade de Itabira, Drummond é o poeta brasileiro mais reco-
nhecido até hoje. Um dos principaisnomes da segunda geração do Modernismo 
Brasileiro, o poeta abordou a vida em amplo modo em seus escritos, refletindo 
acerca do sujeito e da modernidade. Seus poemas são muito indicados para a 
fase gauche dos alunos (referência ao poema Sete Faces) e ideais para o estudo 
do Modernismo. 
 
Martha Batalha 
Natural de Recife, a escritora Martha Batalha representa perfeitamente a 
Literatura Contemporânea. Seus romances são estudos profundos sobre a soci-
edade e a cultura, sendo muito indicados para as turmas de Ensino Médio. A 
adaptação de primeiro romance, A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, será o 
representante do Brasil no Oscar 2020, o que pode ser bastante atrativo para os 
jovens leitores. 
 
COMO A LITERATURA APARECE NA BNCC 
 
Apesar de não ser delimitada como um componente curricular especifico, 
a Literatura está presente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A cien-
tificidade e a importância dos estudos de Literatura aparecem em vários aspec-
tos do documento que determina o essencial para o Ensino Básico brasileiro. 
O texto literário é de grande importância dentro da BNCC, principalmente 
no ensino de Língua Portuguesa em todos os segmentos de ensino. Porém, ela 
https://www.edocente.com.br/pnld-programa-nacional-do-livro-e-material-didatico/
 
 
 
32 
não é manifestada apenas nas aulas de português: a Literatura aparece em vá-
rias outras disciplinas, como Arte e até mesmo Geografia. 
Neste artigo, entenda como a Base fundamenta os estudos literários den-
tro das escolas e veja quais são os principais conceitos para implementar a Lite-
ratura da BNCC na prática escolar. 
 
 
 
 
A EDUCAÇÃO LITERÁRIA NAS COMPETÊNCIAS DA BNCC 
 
A Literatura na BNCC já se manifesta no direcionamento do documento: 
as 10 competências gerais da Educação Básica. A terceira competência, que diz 
respeito ao repertório cultural, envolve o lugar da escola enquanto lugar propício 
para as manifestações artísticas: 
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais 
às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artís-
tico-cultural. 
 
 
 
33 
Na escola, os alunos podem conhecer literaturas de várias regiões do Bra-
sil, de outros países e de outras épocas. O professor, ao comentar, discutir e 
indicar obras literárias, apregoa a importância e valor da leitura para a formação 
humana. Enquanto ciência, a Literatura representa uma forma de elucidação de 
conceitos, funcionando como um confronto ao senso comum. 
Se tratando da Literatura na BNCC, o documento é norteado principal-
mente pelo papel da disciplina na vida das pessoas. Por conta desse fator, há 
um destaque quanto à adequação das práticas literárias que vão além dos muros 
da escola. Em várias habilidades da Base, a Literatura é associada à prática di-
gital (vlog e blog, por exemplo), além da importância de se considerar as temáti-
cas atuais e de interesse comum para as crianças e os adolescentes. 
Ligada a posição e escolha por parte dos educadores, tem-se a fruição, 
importantíssima na BNCC. O ato de fruir, no documento, “refere-se ao deleite, 
ao prazer, ao estranhamento e à abertura para se sensibilizar durante a partici-
pação em práticas artísticas e culturais”. A reflexão, promovida pelas fruições, 
envolve a construção de argumentos e ponderações. Ou seja, o fruidor, en-
quanto escritor ou leitor, é capaz de analisar e interpretar as diversas manifesta-
ções culturais. 
 
A FORMAÇÃO DE LEITORES-FRUIDORES ALICERÇADA NA BNCC 
 
A Literatura na BNCC envolve, principalmente, a formação dos chamados 
leitores-fruidores. Essa edificação pode ser vista como o principal objetivo da 
Base no ensino da arte e ciência literária. 
A seguir, veja como a formação do leitor literário é direcionada em cada 
um dos segmentos: 
Educação Infantil e o começo da formação do leitor 
Na BNCC, o ensino de crianças pequenas é baseado em campos de ex-
periências. Neles, há a definição dos objetivos de aprendizagem e desenvolvi-
mento de cada ano. A Literatura aparece de maneira mais forte no campo de 
experiência denominado Escuta, fala, pensamento e imaginação. 
 
 
 
34 
Até os seis anos de idade, o ensino de Literatura é pautado na Literatura 
Infantil, que desenvolve o gosto pela leitura, estimulando a imaginação e ampli-
ando o conhecimento de mundo das crianças. A aproximação com histórias, con-
tos, fábulas, poemas, cordéis faz com que os alunos iniciem seu relacionamento 
com os livros. Por compreender a etapa que antecede a alfabetização e a orto-
grafização, o contato com diferentes gêneros literários, além da diferenciação 
entre ilustrações e escrita, são aprendizagens necessárias nessa fase de ensino. 
 
Ensino Fundamental: o desenvolvimento da fruição 
Dentre as seis competências especificas de Linguagens para o Ensino 
Fundamental, tem-se a quinta: 
Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diver-
sas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aque-
las pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de 
práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com 
respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. 
Essa competência define que, no Ensino Fundamental, haverá um traba-
lho mais sólido em relação à formação do leitor-fruidor. Essa formação ocorre, 
majoritariamente, dentro do componente curricular Língua Portuguesa. No en-
sino da língua nativa, há o eixo Leitura, que, dentre outros atributos, busca tor-
nar acessível práticas de linguagem diversas. 
A fruição de obras literárias permite que o aluno faça apreciações estéti-
cas, éticas, políticas e ideológicas a partir da leitura crítica. Desse modo, obje-
tiva-se a “adesão às práticas de leitura”, traduzidas na Base com demonstrações 
esperadas do aluno em relação aos estudos literários: 
 Interesse pelos livros de Literatura e envolvimento com a leitura proporci-
onada por eles; 
 Aceitação aos textos desafiadores, desconhecidos e clássicos. 
Ensino Fundamental: as atividades de leitura 
https://www.edocente.com.br/dia-da-lingua-portuguesa/
 
 
 
35 
Outro ponto que a BNCC ressalta dentro do Ensino Fundamental envolve 
a progressão das atividades de leitura. O professor, ao propor estudos de tex-
tos literários, deve buscar a ampliação do repertório dos alunos, além da intera-
ção com o diferente. 
Ainda dentro da Língua Portuguesa, o campo de atuação denominado ar-
tístico-literário, presente tanto nos anos iniciais quanto nos finais, dialoga for-
temente com a Literatura e, portanto, com a formação do leitor-fruidor. O campo 
artístico-literário objetiva, de forma especial, a valorização dos textos literários, 
proporcionando o fruir. 
As práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades desse 
campo envolvem a formação do leitor literário, potencializando o valor humani-
zador, transformador e mobilizador da Literatura. Quando o aluno é impactado 
por esse valor e consegue compreender as múltiplas camadas de sentido do 
texto literário, há a caracterização do leitor-fruidor. 
Os leitores-fruidores, no projeto previsto pela BNCC, são aqueles que, nos 
sinais socioemocionais, exercem a empatia e o diálogo. Nessa formação de 
cidadãos emocionalmente educados, a Literatura permite “o contato com diver-
sificados valores, comportamentos, crenças, desejos e conflitos, o que contribui 
para reconhecer e compreender modos distintos de ser e estar no mundo”. As-
sim, o reconhecimento do que é diverso e a compreensão de si geram ações 
respeitosas que valorizam as diferenças. 
 
Ensino Médio e a complexidade da leitura literária 
Na proposta da BNCC do Ensino Médio, a Literatura se aproxima mais do 
componente curricular Arte, também do grupo das disciplinas de Linguagens. A 
conexão entre o pensamento e a ludicidade são fortalecidos com o exercício da 
crítica,que se junta à apreciação e fruição já iniciados nos anos anteriores. 
Para a constituição de alunos leitores-fruidores no Ensino Médio, é pre-
ciso direcionar os adolescentes às ações protagonistas. Ao exercerem diversas 
posições — apreciadores, artistas, criadores e curadores —, os alunos são des-
 
 
 
36 
pertados tanto às produções quanto à cena artística. A tecnologia, nesse as-
pecto, rompe barreiras existentes posteriormente e permite que os jovens co-
nheçam as representações artísticas conscientemente. 
Novamente, o campo artístico-literário de Língua Portuguesa busca a for-
mação de leitores, porém de forma mais complexa. Ele dialoga com a segunda 
competência específica de Linguagens e suas tecnologias para o Ensino Médio: 
Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que 
permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a plu-
ralidade de ideias e posições, e atuar socialmente com base em princípios e 
valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exer-
citando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a 
cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza. 
Para desenvolver essa habilidade, é necessário aproximar as obras lite-
rárias de teorias mais aprofundadas. A Literatura no Ensino Médio, portanto, en-
volve a análise e compressão de circunstancias sociais, históricas e ideológicas 
dos textos literários de diversos períodos e origens. 
São citados como exemplos de textos literários para o trabalho no Ensino 
Médio: 
 a literatura juvenil, 
 a literatura periférico-marginal, 
 o culto (próximo ao erudito), 
 o clássico (no que diz respeito ao cânone), 
 o popular, 
 a cultura de massa, 
 a cultura das mídias e 
 as culturas juvenis. 
 
 
LITERATURA NA BNCC: RELAÇÃO COM O DIGITAL 
Muitos são os momentos em que a Base Nacional Comum Curricular re-
laciona o ensino da Literatura às práticas digitais. A questão do compartilha-
mento é explicitada nas práticas da pós-leitura. 
 
 
 
37 
A Base apresenta algumas ações possíveis após a leitura de um livro li-
terário: comentar em redes sociais, seguir escritores, produzir vlogs, escrever 
fanfics, se tornar booktuber. Essas realizações, além de presentes no dia a dia 
das crianças e adolescentes, envolvem um outro. A partir da interatividade pro-
porcionada pelo mundo virtual, os alunos desenvolvem critérios de escolha e 
preferência e compartilham suas impressões e críticas com outros leitores. 
Em relação aos instrumentos para o desenvolvimento da leitura na escola, 
a Base não se limita aos textos puramente literários. As HQs, filmes, animações, 
paródias, games e outras produções baseadas em obras literárias são muito 
aplicáveis ao contexto escolar e são ainda mais acessíveis por meio da internet. 
Isso significa que o professor, além de leitor, deve procurar representar 
uma figura inteirada nas práticas digitais e virtuais. A atualização envolve consi-
derar a Literatura que é comentada com maior frequência nesse contexto: a Li-
teratura contemporânea juvenil. O professor deve buscar selecionar livros que 
fogem da perspectiva clássica e canônica, embora esses sejam de suma impor-
tância nos estudos literários. Dessa maneira, as obras do PNLD Literário envol-
vem temáticas mais atualizadas e juvenis. 
Interessante ressaltar que a ideia de utilizar livros de interesse dos alunos 
é ainda mais profunda. Essa perspectiva marca a aproximação das práticas de 
leitura às preferencias das crianças e adolescentes. Ao estimular a leitura com 
base na predileção naturalizada, é possível motivar a leitura dos clássicos mais 
facilmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.edocente.com.br/pnld-2020-confira-as-caracteristicas-das-obras-literarias/
 
 
 
38 
 
REFERENCIAS 
 
 
 
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