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una nirada a traves del diseño contemporaneo

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Publicaciones independientes experimentales brasileñas (...)
91Cuaderno 166 | Centro de Estudios en Diseño y Comunicación (2022/2023). pp 91-98 ISSN 1668-0227
J. Zugliani | M. de Moura
Publicaçiones independientes 
experimentales brasileiras: 
una mirada a través del 
Diseño Contemporáneo
Jorge Otávio Zugliani (1)
Mônica Cristina de Moura (2)
Resumo: As publicações independentes têm revelado novas práticas na criação de livros no 
mercado editorial brasileiro. Este artigo traz uma reflexão a partir de análises qualitativas 
de obras que adotam concepções experimentais em suas composições material e imagética, 
com o objetivo de discutir temas pertinentes ao Design Contemporâneo. Como resultado, 
identificou-se processos inter e transdisciplinares; a importância da memória e autoria 
em design; questões acerca do consumo e responsabilidade social; o resgate de técnicas 
artesanais como recurso metodológico; e a relevância do design enquanto produtor de 
cultura. Estas experiências foram realizadas durante pesquisa de mestrado em Design.
 
Palavras-chave: Design contemporâneo - Design gráfico - Design editorial - Livros 
Experimentais - Publicações Independentes - Autopublicação - Designer autor - 
Transdisciplinaridade - Memória - Responsabilidade Social
[Resumos em inglês e espanhol nas páginas 97 e 98]
(1) Jorge Otávio Zugliani. Doutorando em Design, UNESP FAAC Bauru - SP.
j.zugliani@unesp.br
(2) Mônica Cristina de Moura. Orientadora, UNESP FAAC Bauru - SP.
monica.moura@unesp.br
Introdução
No mercado de livros, assim como em outros mercados da área cultural, utiliza-se a no-
menclatura “independente” para categorizar um agente publicador que adota maneiras al-
ternativas de produzir, distribuir e vender sua obra. Geralmente este procedimento faz um 
contraponto às estruturas estabelecidas por grandes grupos editoriais e conglomerados 
de empresas livreiras. Dentro deste segmento independente há ainda setores que, além de 
buscarem o contato direto com seu público nas feiras e outros pontos de venda de nicho, 
Fecha de recepción: marzo 2022
Fecha de aceptación: abril 2022
Versión final: mayo 2022
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dedicam-se a repensar os métodos de produção e configuração material de seus objetos. 
Estas escolhas trazem em todo seu processo uma série de reflexões que são também discu-
tidas dentro do Design Contemporâneo.
Observou-se, portanto, o recorte de aproximadamente dez anos (2010 a 2020) das publi-
cações independentes brasileiras, de onde se selecionou exemplos para uma análise formal 
e simbólica, com o objetivo principal de verificar o resgate de técnicas artesanais ou tradi-
cionais na impressão e manufatura desses livros contemporâneos como parte integrante 
da criação do objeto e visualizar o papel e as responsabilidades do design nesse meio.
Dentre os principais autores citados na dissertação para a teorização do design, design 
gráfico e editorial, estão Gustavo Bomfim (2014), Rafael Cardoso (2012), Mônica Moura 
(2015), Ellen Lupton (2011), entre outros. As questões relacionadas às publicações in-
dependentes e os desdobramentos da arte e do objeto livro são baseados em José Muniz 
Jr. (2016), Roger Chartier (1999), Kátia Canton (2009), Paulo Silveira (2008), Ana Paula 
Mathias de Paiva (2010). Por fim, os cruzamentos com a filosofia e a sociologia são rea-
lizados a partir de Roland Barthes (2004), Giorgio Agamben (2007), Mike Featherstone 
(1995) e Lipovetsky (2015).
2. Metodologia
O método adotado na pesquisa é qualitativo e a pesquisa bibliográfica decorrente é assis-
temática e exploratória. Uma pesquisa de campo proporcionou a colheita de dados docu-
mentais acerca do universo do objeto de estudo, além da aquisição de um acervo de obras 
para as análises descritivas e interpretativas. Realizou-se também entrevistas semi estru-
turadas, aprovadas pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FAAC Unesp, com um número 
de dez agentes publicadores, sendo eles autores, editores, coletivos, donos de pequenas 
editoras, enfim, pessoas envolvidas na área editorial independente experimental, de dife-
rentes regiões do país. O critério de escolha corresponde a qualidade experimental do seu 
respectivo material ou método de produção. A análise destas obras se dá a partir do cruza-
mento entre a pesquisa bibliográfica acerca do design contemporâneo com as ferramentas 
de análise formal e simbólica em design. 
3. Desenvolvimento
O Design Contemporâneo tem sua práxis na mediação entre homem, objeto e sociedade. 
Ao ir além da configuração física de objetos, ele se interessa cada vez mais pelos pro-
cessos de utilização, as pessoas envolvidas e os contextos em que se inserem tais objetos 
(Bomfim, 2014). Originalmente pode-se pensar o objeto livro apenas como suporte ao 
texto. Porém, na arte, não é de hoje que os artistas reinventam sua configuração física 
tornando ele próprio, o objeto livro, uma obra de arte. O design tradicional, derivado de 
uma lógica industrial, cuidava apenas de aspectos formais e funcionais da diagramação, 
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tipografia, processos de impressão, papel, acabamentos, ilustrações, cores, etc. Contudo, é 
possível evocar ainda outros aspectos pertinentes ao livro, como as poéticas geradas pelo 
seu uso. Um livro transpassa séculos carregando a história que lhe foi impressa e também 
a das pessoas que o manusearam e guardaram, dos locais onde esteve, das conversas que 
gerou. Sua materialidade reflete e influencia a sociedade, no contexto em que está inserido.
Portanto, as práticas ao redor dos eventos e dos livros independentes e experimentais dos 
últimos anos são um conjunto ideal para análise da presença das características essenciais 
do design contemporâneo, como a coletividade, a transdisciplinaridade, o hibridismo, a 
memória, a autoria e a responsabilidade social, entre outros.
3.1 Transdisciplinaridade e Hibridismo
Segundo Mônica Moura (2015), o design contemporâneo estabelece uma fusão de práti-
cas e pensamentos ao romper com limites e fronteiras do próprio campo, somando áreas, 
propondo novas visões, comportamentos e gerando outros saberes.
Ao projetar em design gráfico editorial e mais especificamente no segmento das publi-
cações independentes experimentais, a transdisciplinaridade se desenvolve por meio de 
processos dialógicos dos participantes envolvidos nas diferentes situações. As obras são 
escritas, impressas e encadernadas por pessoas que vêm da literatura, do jornalismo, de-
sign, arte, e nada impede que mais profissionais se apropriem das ferramentas do design 
para criar. Ezio Manzini (2015) chama este processo de design colaborativo, ou seja, um 
design realizado por todos, mesmo leigos, em colaboração com um design especializado.
A linguagem híbrida em design se desenvolve a partir das transformações sociais na pós-
modernidade, conforme aponta Frederico Braida (2012). Em comunicação, o híbrido se 
apresenta para auxiliar na compreensão de algo novo que parte da junção e eleva-se en-
quanto ferramenta essencial de experimentação, tanto na criação como na análise de ar-
tefatos criados pelo homem. Portanto, não se trata apenas de uma correlação entre físico 
e digital. No recorte estabelecido, pode-se pensar além das técnicas híbridas e adentrar os 
hibridismos simbólicos, que envolve a mescla de diferentes conceitos, épocas e questões 
sociais, unidas em um discurso. Dentro das técnicas de impressão observa-se a misci-
genação de saberes do passado e saberes do presente, com livros produzidos com tipos 
móveis, capas em serigrafia e encadernação manual, costurados muitas vezes em conjunto 
com impressos em laser ou off-set, por exemplo.
3.2 Memória e autoriaAs escolhas do designer compreende decisões conscientes e subconscientes, derivadas de 
experiência e criatividade, além de referência e inspiração. Porém, não se trata apenas de 
memória cinética implícita na organização de um layout, mas também memória afetiva. 
Neste campo, se acessa a poética, um sentido elevado do agir e criar que vai além do con-
hecimento técnico de ferramentas, como define Abbagnano (2014). 
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Para Katia Canton (2009), a memória é um grito de resistência do ser criador diante dos 
excessos do mundo contemporâneo. Pode ser também uma fuga da realidade ou simples 
diferenciação comercial. Por outro lado, deve-se admitir que foram as experimentações 
formais e conceituais, calcadas na memória, no afeto e no sensível, que impulsionaram o 
desenvolvimento do livro e da leitura tal qual a entendemos hoje (PAIVA, 2010). Ou seja, 
ao mesmo tempo em que se vê surgindo novas formas de “fetichização” do material im-
presso, revela-se também uma preocupação com a manutenção e preservação de práticas 
e saberes imprescindíveis à memória gráfica da comunidade ou de toda uma sociedade.
Na atividade comercial do designer a discussão sobre autoria é pouco relevante. Contudo, 
na prática da auto publicação, por suas possibilidades narrativas e criativas e equipes re-
duzidas conectadas pelo afeto, surge um canal de escoamento para o design autoral. 
Partindo de autores como Rick Poynor (2010), Walter Benjamin (1994), Roger Chartier 
(1999), é possível compreender que a voz de uma obra não deriva somente do conteúdo 
textual escrito, mas há também um discurso estabelecido pela materialidade do suporte. 
Antes disso, Barthes (2004), Foucault (2015), Agambem (2009) já diziam que o próprio 
texto é uma soma de retalhos compilados de outras fontes e que este texto será reinter-
pretado pelo leitor, que desenvolverá novas ideias de acordo com as exigências políticas e 
morais de seu próprio tempo.
Destes aportes, é possível compreender a evolução do designer simples diagramador para 
um articulador de discursos, um organizador de elementos narrativos de naturezas di-
ferentes. Um papel semelhante e não excludente à figura do tradicional editor de livros.
3.3 O capitalismo artista e a responsabilidade social
Enquanto a arte dialoga com diversas áreas de conhecimento na contemporaneidade, ela é 
absorvida pelo mercado, como sugerem Serroy e Lipovetsky (2015) ao empregar o termo 
capitalismo artista. A lógica de consumo se apropria de aspectos da arte e os articula em 
bens e serviços com a finalidade de monetizar os produtos, a estética e as emoções.
Neste sentido, compreende-se que autores desenvolvam seus experimentos em busca de 
uma valorização e diferenciação de seus produtos ou validação entre os seus pares. Apesar 
disso, no circuito existem ações com debates críticos a respeito do próprio cenário e temas 
sociais, oficinas, capacitações abertas ao público, que possivelmente estimulam o movi-
mento a crescer e se diversificar. Neste circuito se destacam também coletivos artísticos e 
editoriais focados na capacitação de jovens na linguagem das artes gráficas, ampliando as 
condições de cidadania dos moradores de determinadas comunidades. 
4. Resultados
A pesquisa de campo proporcionou acesso a uma grande quantidade de dados e obras 
de todo o Brasil. A quantidade de feiras por ano cresceu vertiginosamente, chegando de 
37 feiras em 2016 a 110 no ano em 2018. Aproximadamente duas feiras por final de se-
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mana em alguma parte do país. Nesta investigação comparou-se a linha de produção do 
livro tradicional com o livro experimental e se constatou que, neste segmento estudado, a 
iniciativa na ponta da cadeia de produção passa a apresentar uma conjunção de saberes. 
Ou seja, a iniciativa de criação neste circuito está baseada em um design colaborativo. E 
em seu fim, desviasse de intermediadores para chegar ao público. Além disso, “impressão” 
está fora do círculo por seu teor tecnológico, mas poderia estar dentro, justamente por que 
seu uso planejado como recurso metodológico criativo tem influenciado o resultados das 
obras analisadas.
Com estas considerações, selecionou-se, portanto, dez publicadores para serem entrevis-
tados. A partir das respostas, foi possível organizar o gráfico abaixo com o objetivo de 
mapear a posição em que cada um se auto-afirma no cenário.
Figura 1. Um possível modelo de desenvolvimento de livro. 
Fonte: Zugliani, 2020, p.81.
Figura 2. Representação do 
posicionamento dos entrevistados. 
Fonte: Zugliani, 2020, p.84.
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Afinal, elegeu-se um recorte de cinco obras e agentes publicadores para análise de acordo 
com as ferramentas próprias do design, segundo Burdek (2010), Lobach (2001), Dondis 
(2015) e Braida e Nojima (2014, 2015). Assim, a análise se organizou no formato ficha-
mento, trabalhando com os cruzamentos dos eixos (I), (II) e (III), com [A], [B], [C], [D]: 
(I) Características estético-formais: organização física e estrutural do produto, o que se 
vê e suas relações, sem entrar no uso. Formato, material, tecnologia e diagramação, entre 
outros.
(II) Características simbólico-semânticas: o que o produto pode significar, considerando 
inclusive quais relações ele estabelece com elementos externos.
(III) Características prático-funcionais: a função prática daquele produto, sua usabilidade.
[A] Transdisciplinaridade: evidenciando as relações entre campos de conhecimentos;
[B] Hibridismo: considerando diferentes aspectos de complementaridades possíveis;
[C] Memória e suas relações na construção de poéticas do sensível presente no discurso;
[D] Autoria e coautoria, assim como a valorização do leitor interator;
Capitalismo artista e responsabilidade social ficaram fora desta estrutura, mas dentro do 
texto síntese de análise de cada entrevista que acompanha o respectivo livro/autor.
5. Conclusão
A análise dos livros e dos métodos dos criadores permitiu constatar o uso ressignificado 
das técnicas de impressão e encadernação na manufatura de livros na contemporaneidade. 
A produção gráfica, ao se valer da xilogravura, tipografia, serigrafia, carimbos, mostrou-
se, nestes casos, ir além de uma simples atmosfera vintage, ou necessidade fetichista. São 
experimentos pertinentes à práxis do designer em sua ação projetual que, aliado à cola-
boração transdisciplinar e a diversidade do hibridismo, almeja a valorização das poéticas 
do livro.
Neste caminho, evidencia-se a autoria e a memória no design contemporâneo. É mais do 
que uma busca por referências, mas uma forma de se pensar e estar no mundo e projetar 
para o outro. Um design centrado no ser humano e não necessariamente no consumo.
Por fim, destaca-se o potencial da utilização das ferramentas e práticas metodológicas do 
design reveladas nos saberes em produção gráfica editorial, para desenvolver projetos so-
ciais de capacitação e inclusão de pessoas. Tal pensamento vai de encontro às abordagens 
humanistas de ensino, direciona uma continuidade para esta pesquisa e reforça o papel 
social do design.
Referências
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Benjamin, W(1994). O Narrador. In: Magia e Técnica, arte e política: ensaios sobre literatura 
e história da cultura. Brasiliense.
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Bomfim, G A. (1997). Fundamentosde uma Teoria Transdisciplinar do Design:
morfologia dos objetos de uso e sistemas de comunicação. Estudos em Design, v.5, pp. 27-41.
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Feaherstone, M. (1995) Cultura de Consumo e Pós-Modernismo. Nobel.
Lipovetsky, G & Serroy, J. (2015) A estetização do mundo: Viver na era do capitalismo artista. 
1ª ed. Companhia das Letras.
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Manzini, E. (2015) Design, When everbody designs: An introduction to design for social in-
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Zugliani, J. O. (2020) Práticas contemporâneas em design editorial: livros independentes e 
experimentais. [Dissertação de mestrado em Design] FAAC Unesp.
Abstract: Independent publishing has revealed new practices in the creation of books 
in the Brazilian publishing market. The present article represents a reflection based on 
qualitative analysis of books that adopt experimental concepts in their material and 
imagery compositions, with the goal of discussing topics relevant to Contemporary 
Design. As a result, there were identified: inter and transdisciplinary processes; the 
importance of memory and authorship in design; topics about consumption and social 
responsibility; the rescue of artisanal techniques as a methodological resource; and the 
relevance of design as a producer of culture. These themes were developed during Master’s 
research in Design.
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Keywords: Contemporary Design - Graphic Design - Editorial Design - Experimental 
book - Independent Publishing - Self Publishing - Author Design - Transdisciplinarity - 
Memory - Social Responsibility
Resumen: Las publicaciones independientes han revelado nuevas prácticas en la creación 
de libros en el mercado editorial brasileño. Este artículo trae una reflexión basada en aná-
lisis cualitativo de obras que adoptan concepciones experimentales en sus composiciones 
materiales y de imágenes, con el objetivo de discutir temas pertinentes al Diseño Contem-
poráneo. Como resultado, se identificaron procesos inter y transdisciplinares; la memoria 
y autoría en diseño; consumo y responsabilidad social; el rescate de las técnicas artesanales 
como recurso metodológico; y la relevancia del diseño como productor de cultura. Estos 
pensamientos fueron desarrollados durante una investigación de Maestría en Diseño.
Palabras clave: Diseño contemporáneo - Diseño gráfico - Diseño editorial - Libros 
Experimentales - Publicaciones Independientes - Autopublicación - Diseño de autor - 
Transdisciplinaridad - Memoria - Responsabilidad Social
[Las traducciones de los abstracts fueron supervisadas por el autor de cada artículo]

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