Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Principais Aspectos das Mudanças da Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP) Módulo 6 2 | 48 Créditos Equipe Executiva Conteudista Karen Mancini Diretor-Geral da Escola de Contas e Gestão (ECG) João Paulo Menezes Lourenço Assessora-chefe da Assessoria Pedagógica da ECG Máira Conceição Alves Pereira Coordenadora-Geral de Capacitação da ECG Claudia Gomes Corrêa Barbosa Coordenador-Geral de Documentação da ECG Paulo Cesar Peçanha Coordenador da Secretaria da ECG Jose Sigberto da Silva Junior Assessoria da Direção-Geral da ECG Rachel Constant Vergara Mann Assessoria Pedagógica da ECG Dalva Stella Pinheiro da Cruz Marcia Araujo Calçada Paulo Cesar Bessa Neves Tania Maria de Oliveira Silva Coordenadoria-Geral de Capacitação da ECG Jose Antonio Gomez Marquina Letícia da Costa Beserra Regina P.A. da Silva Abrantes Equipe técnico-pedagógica responsável Dalva Stella Pinheiro da Cruz Marcia Araujo Calçada Rachel Constant Vergara Mann Estagiários da ECG Jeff erson Correa Abreu Karla Waleska Cvitanic Souza Marcia Gladys Guimarães de Oliveira Rayane Medina Nogueira Assessor da Diretoria-Geral de Informática Robert Vicente Libotti 3 | 48 Recursos Didáticos � Atenção: destaca conceitos importantes e apresenta dicas sobre o conteúdo. � Saiba Mais: apresenta conteúdo complementar através de link ou obra externa. � Leitura de Lei: apresenta citações de leis. 4 | 48 Sumário Módulo 6 | Manual de Demonstrativos Fiscais (MDF) – 7ª Edição .........................................5 Unidade 1 | Anexo de Metas Fiscais (AMF) .............................................................7 Unidade 2 | Anexo de Riscos Fiscais (ARF) ..........................................................15 Unidade 3 | Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) ................20 Unidade 4 | Relatório de Gestão Fiscal (RGF) ......................................................27 Resumindo .................................................................................................................35 Referências Bibliográfi cas ..........................................................................................36 Lista de Siglas ............................................................................................................43 5 | 48 MÓDULO 6 Manual de Demonstrativos Fiscais (MDF) – 7ª Edição 6 | 48 Módulo 6 | Manual de Demonstrativos Fiscais (MDF) – 7ª Edição Módulo 6 Manual de Demonstrativos Fiscais (MDF) – 7ª Edição Bem-vindo(a) ao Módulo 6, caro(a) estudante! Neste Módulo, faremos um estudo mais detalhado do Manual de Demonstrativos Fiscais (MDF), que está em sua sétima edição. O objetivo aqui é conhecer os anexos e relatórios que compõem o Manual de Demonstrativos Fiscais, que são: • Anexo de Metas Fiscais (AMF); • Anexo de Riscos Fiscais (ARF); • Execução Orçamentária através do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO); e • Gestão Fiscal através do Relatório de Gestão Fiscal (RGF). Por isso, este módulo será dividido em 4 unidades: Unidade 1 | Anexo de Metas Fiscais (AMF) Unidade 2 | Anexo de Riscos Fiscais (ARF) Unidade 3 | Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) Unidade 4 | Relatório de Gestão Fiscal (RGF) Bons estudos! 7 | 48 UNIDADE 1 Anexo de Metas Fiscais (AMF) 8 | 48 Unidade 1 | Anexo de Metas Fiscais (AMF) Unidade 1 Anexo de Metas Fiscais (AMF) Caro(a) estudante, bem-vindo(a) à primeira Unidade do Módulo 6! Nela, vamos conhecer o Anexo de Metas Fiscais. Bons estudos! O Anexo de Metas Fiscais (AMF) e o Anexo de Riscos Fiscais (ARF) constam na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que é um instrumento orçamentário criado pela Constituição (BRASIL, 1988). A LDO orienta, ano a ano, a elaboração e a execução da Lei Orçamentária Anual (LOA), entre outras funções. Em atendimento ao disposto no § 1º e no § 2º do art. 4º da Lei Complementar nº. 101, de 4 de maio de 2000, LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do Poder Executivo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A competência para elaborar o PLDO com seus anexos é privativa e indelegável do chefe do Poder Executivo, que após elaborar encaminha o PLDO para ser apreciado pelo Poder Legislativo e posteriormente, em regra, o projeto é devolvido para ser sancionado, promulgado e publicado pelo Poder Executivo. O Anexo de Metas Fiscais abrangerá os órgãos da Administração Direta, dos Poderes e entidades da Administração Indireta, constituídas pelas autarquias, fundações, fundos especiais, empresas públicas e sociedades de economia mista que recebem recursos a conta do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social (empresas estatais dependentes), inclusive sob a forma de subvenções 9 | 48 Unidade 1 | Anexo de Metas Fiscais (AMF) para pagamento de pessoal ou custeio de auxílios para pagamento de despesa de capital, excluídas, neste caso, aquelas empresas que recebem recursos para aumento de capital. Na elaboração deste anexo da LDO, deverão ser observados os critérios e medidas constantes no MDF, a fi m de se estabelecer padrões para as informações que deverão ser demonstradas, conforme o artigo 165, § 9°, da Constituição Federal (BRASIL, 1988): �� § 9º Cabe à lei complementar: I - dispor sobre o exercício fi nanceiro, a vigência, os prazos, a I - dispor sobre o exercício fi nanceiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; orçamentárias e da lei orçamentária anual; (BRASIL, 1988) Todavia esta lei complementar ainda não foi editada. Sendo assim, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que não estabeleceram prazos específi cos continuam seguindo o disposto no art. 35, § 2º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da CF/88 (BRASIL, 1988). Prazos do PPA PE PE Elabora Envio Discute/vota Devolução Sanção/Veto PL PL PE Legenda: = Poder Executivo = Poder Legislativo 10 | 48 Unidade 1 | Anexo de Metas Fiscais (AMF) Conforme vimos anteriormente, cabe à LC dispor sobre o exercício fi nanceiro, a vigência, os prazos, a elaboração e organização dos instrumentos orçamentários. Como esta lei ainda não foi aprovada, os entes que não dispuserem prazos diferentes em suas constituições estaduais ou leis orgânicas municipais seguirão o art. 35 do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) da Constituição Federal (BRASIL, 1988). No caso do Plano Plurianual (PPA), o Poder Executivo tem até quatro meses do encerramento do exercício fi nanceiro para encaminhar o projeto para o poder legislativo apreciar. Se fi zermos as contas, considerando o disposto no parágrafo acima, a data limite para o envio é o dia 31 de agosto do primeiro ano de mandato do chefe do Poder Executivo. O PPA tem vigência de quatro anos e começa a produzir seus efeitos no segundo ano de mandato do chefe do Poder Executivo, indo até o primeiro ano do mandato subsequente. Logo, o chefe do Poder Executivo no seu primeiro ano de mandato elabora seu PPA para começar a vigorar no 2º ano do seu mandato. Já o Poder Legislativo tem o prazo de até o término do segundo período da sessão legislativa, 22 de dezembro em âmbito federal, para devolver o projeto de PPA para o Poder Executivo, a fi m de sancionar ou vetar – total ou parcialmente – promulgar e publicar a Lei do Plano Plurianual. Prazos da LDO Vejamos agora os prazos de elaboração para Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que tem o mesmo trâmite que o PPA, mas com prazos diferenciados. �� Lembre-se que esses prazos estão previstos na Constituição Federal, então eles valem no âmbito Federal e para os Estados e Municípios então eles valem no âmbito Federal e para os Estados e Municípios que não tiveram disposições diferentes de prazos nas suas que não tiveramdisposições diferentes de prazos nas suas constituições estaduais ou leis orgânicas municipais. 11 | 48 Unidade 1 | Anexo de Metas Fiscais (AMF) Conforme o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem que ser encaminhada pelo chefe do Poder Executivo (competência privativa e indelegável) em até oito meses e meio do encerramento do exercício fi nanceiro, ou seja, até o dia 15 de abril em âmbito federal. Ao chegar no Poder Legislativo, o projeto de LDO será discutido e votado. O prazo previsto no ADCT da CF (BRASIL, 1988) para devolver o projeto para o Poder Executivo é até o término da primeira sessão legislativa, ou seja, em 17 de julho, para âmbito federal. O prazo para o chefe do Poder Executivo enviar a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o Poder Legislativo apreciar é o mesmo prazo do PPA, ou seja, quatro meses antes do encerramento do exercício fi nanceiro. Do mesmo modo, o Poder Legislativo deve devolver o projeto de LOA para o Poder Executivo até o término da sessão Legislativa, 22 de dezembro. A única diferença em relação aos prazos do PPA e da LOA é que a LOA é elaborada todos os anos, e o PPA de quatro em quatro anos. �� Estes prazos, comentados anteriormente, estão no artigo 35 do ADCT da CF/88. Atualmente ainda não existe no ordenamento jurídico uma da CF/88. Atualmente ainda não existe no ordenamento jurídico uma lei tratando dos temas. Portanto, na prática pode acontecer de o ano lei tratando dos temas. Portanto, na prática pode acontecer de o ano começar e o orçamento ainda não estar aprovado. Sendo assim, a lei começar e o orçamento ainda não estar aprovado. Sendo assim, a lei que deverá resolver esses problemas é o Projeto de Lei nº 229/09 que deverá resolver esses problemas é o Projeto de Lei nº 229/09 (BRASIL, 2009) que já foi aprovado no Senado Federal e está na (BRASIL, 2009) que já foi aprovado no Senado Federal e está na Câmara dos Deputados aguardando votação. Os prazos assinalados que acabamos de verifi car dizem respeito à União, prevalecendo para Estados, Distrito Federal e Municípios o que estiver disposto em suas respectivas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas, mas apenas até que a Lei Complementar referida no artigo 165, § 9°, inciso I e II, da Constituição Federal (BRASIL, 1988), esteja em vigor. 12 | 48 Unidade 1 | Anexo de Metas Fiscais (AMF) �� Art. 35. [...] § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o fi nal do primeiro I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o fi nal do primeiro exercício fi nanceiro do mandato presidencial subsequente, será exercício fi nanceiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício fi nanceiro e devolvido para sanção até o encerramento da exercício fi nanceiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; sessão legislativa; II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício fi nanceiro e oito meses e meio antes do encerramento do exercício fi nanceiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; sessão legislativa; III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício fi nanceiro e quatro meses antes do encerramento do exercício fi nanceiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. (BRASIL, 1988) A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem diversas funções previstas constitucionalmente e a Lei de Responsabilidade Fiscal ampliou as funções da LDO, inclusive trazendo o anexo de riscos fi scais e o anexo de metas fi scais. As metas fi scais são relativas às/ao: 1 - Receitas Públicas 2 - Despesas Públicas 3 - Resultado nominal 4 - Resultado primário 5 - Montante da dívida pública 13 | 48 Unidade 1 | Anexo de Metas Fiscais (AMF) Desse modo, o Anexo de Metas Fiscais vai trazer metas fi scais em valores correntes e constantes para o exercício em que venha entrar em vigor, assim como para os dois subsequentes exercícios, relativos à receita pública, às despesas públicas, ao resultado primário, ao resultado nominal e ao montante da dívida pública. Portanto, as metas fi scais representarão os resultados a serem alcançados para variáveis fi scais visando atingir os objetivos desejados pelo ente da federação quanto à trajetória de endividamento no médio prazo. Pelo princípio da gestão fi scal responsável, essas metas irão representar conexão entre o planejamento, a elaboração e a execução do orçamento. Esses parâmetros indicam os rumos da condução da política fi scal para os próximos exercícios e servem de indicadores para a promoção da limitação de empenho e da movimentação fi nanceira. Por exemplo, se a previsão for de arrecadar mil reais, mas na execução da receita estiver arrecadando menos que o previsto (frustração da arrecadação da receita), não será possível gastar mais, pois, não há como suportar o total das despesas fi xadas se não há arrecadação de receita. Sendo assim, se a receita está sendo frustrada é preciso cortar gastos, ou seja, contingenciar, limitar empenho. Por isso, a previsão da receita, desde o planejamento, é muito importante. Quando um orçamento é bem planejado, ele certamente – ou provavelmente – vai ser bem executado, por consequência, o planejamento que precede a execução não precisará ser muito ajustado, pois possui previsão mais próxima da realidade. É claro que, no decorrer do exercício, várias situações podem ocorrer. Cabe ressaltar que, o orçamento é autorizativo e não impositivo, mas mesmo assim o orçamento deve prever o quanto de receita a se arrecadar para custear despesas, cumprindo o princípio do equilíbrio orçamentário formal. A fi m de dar cumprimento ao preceito da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o Anexo de Metas Fiscais deve ser composto pelos seguintes demonstrativos: 14 | 48 Unidade 1 | Anexo de Metas Fiscais (AMF) 1. Demonstrativo 1 – Metas anuais; 2. Demonstrativo 2 – Avaliação do cumprimento das metas fi scais do exercício anterior; 3. Demonstrativo 3 – Metas Fiscais Atuais Comparadas com as Metas Fiscais Fixadas nos três exercícios anteriores; 4. Demonstrativo 4 – Evolução do patrimônio líquido; 5. Demonstrativo 5 – Origem e aplicação dos recursos obtidos com alienação de ativos; 6. Demonstrativo 6 – Avaliação da situação fi nanceira e atuarial do RPPS; 7. Demonstrativo 7 – Estimativa e a compensação da renúncia de receitas; e 8. Demonstrativo 8 – Margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. O cumprimento das metas deve ser acompanhado com base nas informações que são divulgadas no Relatório Resumido da Execução Orçamentária e no Relatório de Gestão Fiscal, que abordaremos em unidades posteriores ainda neste módulo. Parabéns, você fi nalizou a primeira Unidade deste Módulo! Em caso de dúvidas, volte ao conteúdo quando necessitar. Continue seus estudos e até a próxima Unidade! 15 | 48 UNIDADE 2 Anexo de Riscos Fiscais (ARF) 16 | 48 Unidade 2 | Anexo de Riscos Fiscais (ARF) Unidade 2 Anexo de Riscos Fiscais (ARF) Caro(a) estudante, bem-vindo(a) à segunda Unidade do Módulo 6 de seu curso! Nela, veremos o Anexo de Riscos Fiscais, contemplado no Projeto de Lei deDiretrizes Orçamentárias. Bons estudos! Com o intuito de unifi car a elaboração do Anexo de Riscos Fiscais, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) estabelece a forma de elaboração e quais as informações mínimas que devem ser apresentadas no Anexo de Riscos Fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias, em âmbito nacional, ou seja, para todos os entes da federação. O MDF aborda o Anexo de Riscos Fiscais, bem como as instruções de preenchimento. O § 3º do art. 4º da LRF (BRASIL, 2000) determina o que deverá conter no Anexo de Riscos Fiscais conforme discriminado a seguir. �� § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. serem tomadas, caso se concretizem. (BRASIL, 2000) 17 | 48 Unidade 2 | Anexo de Riscos Fiscais (ARF) Como o próprio nome do anexo já diz, o Anexo de Riscos Fiscais contempla possíveis riscos que podem afetar as contas públicas. A LRF (BRASIL, 2000) prevê que, além de o referido anexo contemplar os passivos contingentes e os possíveis riscos de afetar as contas públicas, deve ainda trazer as providências a serem tomadas caso esses riscos se concretizem. A LOA contém uma dotação orçamentária global para a chamada Reserva de Contingência. Esta reserva constitui uma exceção ao princípio orçamentário da especifi cação, porque em virtude de ser uma dotação global não especifi cada e, em regra, as receitas e despesas do orçamento tem de ser especifi cadas, detalhadas. Este fato excepcional justifi ca-se em virtude desta reserva atender os passivos contingentes que estão previstos no Anexo de Riscos Fiscais. Na realidade, é o referido anexo que vai dizer como esta reserva de contingência deve ser utilizada caso os riscos se concretizem, conforme comentado anteriormente. O anexo de riscos fi scais avalia e informa: • Os passivos contingentes (Riscos Fiscais); • Outros riscos capazes de afetar as contas públicas; e • As providências a serem tomadas, caso os riscos se concretizem. Riscos Fiscais Riscos Fiscais podem ser conceituados como a possibilidade da ocorrência de eventos que impactem negativamente as contas públicas, eventos estes resultantes da realização das ações previstas no programa de trabalho para o exercício ou decorrentes das metas de resultados, correspondendo, assim, aos riscos provenientes das obrigações fi nanceiras do governo. É importante ressaltar que riscos repetitivos deixam de ser riscos, devendo ser tratados no âmbito do planejamento, ou seja, devem ser incluídos como ações na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA) do ente federativo. 18 | 48 Unidade 2 | Anexo de Riscos Fiscais (ARF) Por exemplo, se a ocorrência de catástrofes naturais – como secas, inundações, epidemias como a dengue – tem sazonalidade conhecida, as ações para mitigar seus efeitos, assim como as despesas que vão ser decorrentes, devem estar previstas na LDO e na LOA, do ente federativo afetado, e não ser tratada como um risco fi scal no Anexo de Riscos Fiscais. Contingências Passivas Contingência passiva é uma possível obrigação presente, cuja existência só será confi rmada pela ocorrência de um ou mais eventos futuros que não estão totalmente sob o controle da entidade, ou é uma obrigação presente que surge em decorrência de eventos que ocorreram no passado, mas que não é reconhecida ou porque é improvável que a entidade tenha que liquidá-la ou porque o valor da obrigação não pode ser estimado com sufi ciente segurança. Obrigações Fiscais De modo abrangente, as obrigações fi nanceiras do governo podem ser classifi cadas: A) Quanto à transparência, em: • Explícitas: são aquelas estabelecidas por lei ou contrato. • Implícitas: são aquelas obrigações morais ou esperadas do governo, devido à expectativa do público, pressão política ou à histórica intervenção do Estado na Economia. B) Quanto à possibilidade de ocorrência, em: • Diretas: de ocorrência certa, possíveis e baseadas em algum fator bem conhecido. • Contingentes: associadas à ocorrência de algum evento particular, que pode ou não acontecer, e cuja probabilidade de ocorrência e magnitude são difíceis de prever; em outras palavras, as obrigações contingentes podem ou não se transformar em dívida dependendo da concretização de determinado evento. 19 | 48 Unidade 2 | Anexo de Riscos Fiscais (ARF) Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, os passivos contingentes são representados por demandas judiciais, dívidas em processo de reconhecimento e operações de aval de garantias dadas pelo poder público. Os outros riscos são classifi cados em duas categorias: • Riscos Orçamentários • Riscos da Dívida Riscos Orçamentários São aqueles que dizem respeito à possibilidade de as receitas e as despesas previstas não se confi rmarem, isto é, de existir desvio entre receitas ou despesas orçadas e realizadas. Exemplo: Frustração de parte da arrecadação de determinado imposto, em decorrência de fatos novos e imprevisíveis à época da programação orçamentária. Riscos da Dívida Possíveis ocorrências externas à Administração Pública, que, caso sejam efetivadas, resultarão em um aumento do serviço da dívida pública no ano de referência. Exemplo: variações de taxas de juros e de câmbio em títulos vincendos (ainda por vencer); ou passivos contingentes que representam dívidas cuja existência dependem de fatores imprevisíveis, a exemplo dos resultados de julgamentos de processos judiciais. Parabéns, você fi nalizou a segunda Unidade deste Módulo! Em caso de dúvidas, volte ao conteúdo quando necessitar. Continue seus estudos e até a próxima Unidade! Riscos Fiscais Riscos Orçamentários Riscos da Dívida 20 | 48 UNIDADE 3 Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) 21 | 48 Unidade 3 | Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) Unidade 3 Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) Caro(a) estudante, seja bem-vindo(a) à terceira unidade do Módulo 6 de seu curso! Nela, vamos conhecer o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO). Bons estudos! O Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), é um demonstrativo previsto e exigido na Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) e regulamentado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (BRASIL, 2000). O § 3° do art. 165 da CF (BRASIL, 1988) determina que o Poder Executivo de cada ente da Federação publique, em até 30 dias após o término do bimestre, o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO). Essa determinação constitucional deve ser obedecida pelos Poderes Executivos de todos os entes da Federação e abrangerá a execução orçamentária de todos os poderes e do Ministério Público. 22 | 48 Unidade 3 | Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) �� O Relatório de Gestão Fiscal (RGF) é diferente do RREO em vários aspectos. O RGF é elaborado quadrimestralmente, enquanto o RREO aspectos. O RGF é elaborado quadrimestralmente, enquanto o RREO é bimestralmente, além de apresentar outras informações. é bimestralmente, além de apresentar outras informações. Outra diferença importante é que a LRF permite que os municípios Outra diferença importante é que a LRF permite que os municípios com menos de 50 mil habitantes publiquem o RGF em até 30 dias do com menos de 50 mil habitantes publiquem o RGF em até 30 dias do término do semestre, ou seja, é facultativa a elaboração quadrimestral término do semestre, ou seja, é facultativa a elaboração quadrimestral deste relatório. Essa mesma situação não ocorre no RREO. Abrangência Institucional do RREO Todos os órgãos devem elaborar o RREO? Na verdade, não, o RREO deve ser elaborado e publicado pelo Poder Executivo da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.Portanto, a responsabilidade para elaboração e publicação do RREO é do chefe do Poder Executivo. Esse Poder consolida as informações de todos os outros poderes ou órgãos da administração pública, com exceção das estatais independentes. Como já visto, o RREO é exigido pela Constituição Federal (BRASIL, 1988), que estabelece no artigo 165 § 3º que o Poder Executivo o publicará até trinta dias após o encerramento de cada bimestre. Desse modo, a Constituição determina que a publicação seja bimestral, mas, a União pode decidir publicá-lo mensalmente visando dar mais transparência à sua gestão. O objetivo dessa periodicidade é permitir que cada vez mais a sociedade, por meio de diversos órgãos de controle, conheça, acompanhe e analise o desempenho da execução do governo, em tempo real. A Lei Complementar nº 101/2000, a LRF (BRASIL, 2000), que se refere às normas de Finanças Públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fi scal, estabelece as normas de como serão a elaboração e a publicação do RREO. Assim, o RREO e os seus demonstrativos, abrangerão os órgãos da Administração Direta, as entidades da Administração Indireta, de todos os Poderes constituídos pelas autarquias, fundações especiais, empresas públicas e sociedades de 23 | 48 Unidade 3 | Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) economia mista que recebem recursos à conta do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social (empresas estatais dependentes), inclusive sob forma de subvenções para pagamento de pessoal ou custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. O RREO, que é elaborado e publicado pelo Poder Executivo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, deverá ser assinado pelo Chefe do Poder Executivo que estiver no exercício do mandato na data da publicação do relatório ou por pessoa a quem o chefe do poder executivo tenha delegado essa competência. Qualquer dos dois deve fazê-lo em conjunto com o profi ssional de contabilidade responsável pela elaboração desse relatório. As informações deverão ser elaboradas a partir dos dados contábeis consolidados de todas as unidades gestoras no âmbito da Administração Direta, autarquias, fundações, fundos, empresas públicas e sociedades de economia mista dependentes. Conforme artigo 52 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (BRASIL, 2000): �� Seção III Do Relatório Resumido da Execução Orçamentária Do Relatório Resumido da Execução Orçamentária Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de: trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de: I - balanço orçamentário, que especifi cará, por categoria econômica, I - balanço orçamentário, que especifi cará, por categoria econômica, as: as: a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada; a previsão atualizada; b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo; 24 | 48 Unidade 3 | Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) II - demonstrativos da execução das: a) receitas, por categoria econômica e fonte, especifi cando a previsão a) receitas, por categoria econômica e fonte, especifi cando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada no inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar; bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar; b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação inicial, dotação para o exercício, despesa, discriminando dotação inicial, dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício; despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício; c) despesas, por função e subfunção. c) despesas, por função e subfunção. § 1º Os valores referentes ao refi nanciamento da dívida mobiliária § 1º Os valores referentes ao refi nanciamento da dívida mobiliária constarão destacadamente nas receitas de operações de crédito e constarão destacadamente nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização da dívida. nas despesas com amortização da dívida. § 2º O descumprimento do prazo previsto neste artigo sujeita o ente § 2º O descumprimento do prazo previsto neste artigo sujeita o ente às sanções previstas no § 2º do art. 51. às sanções previstas no § 2º do art. 51. Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos à: relativos à: I - apuração da receita corrente líquida, na forma defi nida no inciso IV I - apuração da receita corrente líquida, na forma defi nida no inciso IV do art. 2º, sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho do art. 2º, sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho até o fi nal do exercício; até o fi nal do exercício; II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o inciso IV do II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o inciso IV do art. 50; art. 50; III - resultados nominal e primário; III - resultados nominal e primário; IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4º; IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4º; V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar. 25 | 48 Unidade 3 | Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) § 1º O relatório referente ao último bimestre do exercício será acompanhado também de demonstrativos: acompanhado também de demonstrativos: I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, conforme o § 3º do art. 32; conforme o § 3º do art. 32; II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos; próprio dos servidores públicos; III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação dos recursos dela decorrentes. aplicação dos recursos dela decorrentes. § 2º Quando for o caso, serão apresentadas justifi cativas: § 2º Quando for o caso, serão apresentadas justifi cativas: I - da limitação de empenho; I - da limitação de empenho; II - da frustração de receitas, especifi cando as medidas de combate à II - da frustração de receitas, especifi cando as medidas de combate à sonegação e à evasão fi scal, adotadas e a adotar, e as ações de sonegação e à evasão fi scal, adotadas e a adotar, e as ações de fi scalização e cobrança. fi scalização e cobrança. (BRASIL, 2000) Anexos do RREO Previstos no MDF Agora vamos conhecer todos os anexos previstos no Manual de Demonstrativos Fiscais, que compõem o Relatório Resumido de Execução Orçamentária! O RREO deverá ser elaborado e publicado em até trinta dias após o encerramento do bimestre de referência durante o exercício e será composto dos seguintes anexos: 26 | 48 Unidade 3 | Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) a. Balanço Orçamentário; b. Demonstrativo de Execução da Despesa, por Função e Subfunção; c. Demonstrativo da ReceitaCorrente Líquida (RCL); d. Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias; e. Demonstrativo do Resultado Nominal; f. Demonstrativo do Resultado Primário; g. Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão; h. Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino; i. Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção dos Serviços de Saúde; j. Demonstrativos das Parcerias Público-Privadas; e k. Demonstrativo Simplifi cado do Relatório Resumido da Execução Orçamentária. Além dos demonstrativos anteriormente citados, também deverão ser elaborados e publicados, até trinta dias após o encerramento do último bimestre, os seguintes: a) Demonstrativo das Receitas de Operação de Crédito e Despesas de Capital. b) Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime de Previdência. c) Demonstrativo da Receita de Alienação de Ativos e Aplicações dos Recursos. Parabéns, você fi nalizou a terceira Unidade deste Módulo! Em caso de dúvidas, volte ao conteúdo quando necessitar. Continue seus estudos e até a próxima Unidade! 27 | 48 UNIDADE 4 Relatório de Gestão Fiscal (RGF) 28 | 48 Unidade 4 | Relatório de Gestão Fiscal (RGF) Unidade 4 Relatório de Gestão Fiscal (RGF) Caro(a) estudante, seja bem-vindo(a) à quarta e última Unidade do Módulo 6 de seu curso! Aqui estudaremos o Relatório de Gestão Fiscal (RGF). Vamos lá! O Relatório de Gestão Fiscal está previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, capítulo 9, que trata da transparência, do controle e da fi scalização, ou seja, é o mesmo capítulo que prevê as regras para o RREO, visto na Unidade anterior. O RGF constitui-se de um instrumento imprescindível no acompanhamento das atividades fi nanceiras e de gestão do Estado. A obrigatoriedade de elaboração e publicação está prevista no art. 54 da Lei de Responsabilidade Fiscal (BRASIL, 2000). 29 | 48 Unidade 4 | Relatório de Gestão Fiscal (RGF) O que é o RGF É um documento obrigatório exigido pela LRF (BRASIL, 2000), devendo ser emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos, com a fi nalidade de demonstrar os resultados de sua gestão, em especial os relativos a gastos com: pessoal, empréstimos, garantias, disponibilidades de caixa e outros dados relevantes. Em realidade, o RGF evidencia informações sobre a gestão pública de bens, direitos e obrigações, demonstrando os resultados alcançados e a alcançar em um determinado período. Abrangência Institucional do RGF Estão abrangidos no RGF toda a Administração Pública direta e indireta, excluídas as empresas estatais independentes. �� Perceba que, o Relatório Resumido da Execução Orçamentária trabalhado na Unidade anterior é elaborado pelo Poder Executivo de trabalhado na Unidade anterior é elaborado pelo Poder Executivo de cada ente da federação, abrangendo toda administração pública com cada ente da federação, abrangendo toda administração pública com exceção das estatais não dependentes. Por sua vez, o Relatório de exceção das estatais não dependentes. Por sua vez, o Relatório de Gestão Fiscal é elaborado não só pelo Poder Executivo, mas por Gestão Fiscal é elaborado não só pelo Poder Executivo, mas por todos os Poderes e Órgãos, ou seja, Poder Executivo, Poder todos os Poderes e Órgãos, ou seja, Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário, Tribunais de Contas e Ministério Público, Legislativo, Poder Judiciário, Tribunais de Contas e Ministério Público, que elaborarão o seu relatório de gestão fi scal para encaminhar ao que elaborarão o seu relatório de gestão fi scal para encaminhar ao Tribunal de Contas, para análise e acompanhamento da gestão. 30 | 48 Unidade 4 | Relatório de Gestão Fiscal (RGF) O RGF está previsto no art. 54 da Lei de Responsabilidade Fiscal (BRASIL, 2000), que dispõe o seguinte: �� Seção IV Do Relatório de Gestão Fiscal Do Relatório de Gestão Fiscal Art. 54. Ao fi nal de cada quadrimestre será emitido pelos titulares Art. 54. Ao fi nal de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo: assinado pelo: I - Chefe do Poder Executivo; I - Chefe do Poder Executivo; II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo; Legislativo; III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos Administração ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário; internos dos órgãos do Poder Judiciário; IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados. IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados. Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas autoridades Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela administração fi nanceira e pelo controle interno, responsáveis pela administração fi nanceira e pelo controle interno, bem como por outras defi nidas por ato próprio de cada Poder ou bem como por outras defi nidas por ato próprio de cada Poder ou órgão referido no art. 20. órgão referido no art. 20. (BRASIL, 2000) A Lei de Responsabilidade Fiscal (BRASIL, 2000) trouxe alguns limites de gastos públicos. Segundo ela, por exemplo, no âmbito Federal, a União tem um limite de gasto com despesas com pessoal que é de 50% da receita corrente líquida, ou seja, o Governo Federal não pode gastar mais de 50% da sua receita corrente líquida em despesa com pessoal. Os outros entes da Federação (Estados, 31 | 48 Unidade 4 | Relatório de Gestão Fiscal (RGF) Municípios e Distrito Federal) têm um limite de 60% da receita corrente líquida para gastar com despesas com pessoal. A LRF (BRASIL, 2000), além dos limites legais, também traz outros dois limites chamados de limite de alerta e limite prudencial. O limite alerta é emitido quando a despesa com pessoal ou despesa da dívida consolidada atingir 90% do limite legal. Então, ao analisar o RGF do respectivo órgão ou poder o Tribunal de Contas deve emitir o alerta para aquele ente. Ainda assim, o órgão ou o poder tem outro limite antes de chegar ao limite legal, chamado limite prudencial, que é de 95% do limite legal. Caso o poder ou órgão de determinado ente ultrapasse este limite, além de ser alertado pelo Tribunal de Contas, o ente começa a sofrer sanções institucionais. � O ideal é não chegar ao limite legal, mantendo uma margem para fi car sempre abaixo do limite de alerta. Caso o ente não se reenquadre no período previsto pela LRF, a situação se agrava, porque ele passa a não receber transferências voluntárias e nem contratar operações de crédito. O art. 55 da Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe sobre os dados que devem constar no RGF. �� Art. 55. O relatório conterá: I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes: dos seguintes montantes: a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas; pensionistas; b) dívidas consolidada e mobiliária; b) dívidas consolidada e mobiliária; c) concessão de garantias; c) concessão de garantias; d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita; d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita; e) despesas de que trata o inciso II do art. 4º; 32 | 48 Unidade 4 | Relatório de Gestão Fiscal (RGF) II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites; ultrapassado qualquer dos limites; III - demonstrativos,no último quadrimestre: III - demonstrativos, no último quadrimestre: a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro; dezembro; b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas: b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas: 1) liquidadas; 1) liquidadas; 2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das 2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II do art. 41; condições do inciso II do art. 41; 3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da 3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa; disponibilidade de caixa; 4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos 4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados; foram cancelados; c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea bb do inciso IV do inciso IV do art. 38. do art. 38. § 1º O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos incisos II, § 1º O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos incisos II, III e IV do art. 54 conterá apenas as informações relativas à alínea III e IV do art. 54 conterá apenas as informações relativas à alínea aa do inciso I, e os documentos referidos nos incisos II e III. do inciso I, e os documentos referidos nos incisos II e III. § 2º O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do § 2º O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive período a que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico. por meio eletrônico. § 3º O descumprimento do prazo a que se refere o § 2º sujeita o ente § 3º O descumprimento do prazo a que se refere o § 2º sujeita o ente à sanção prevista no § 2º do art. 51. à sanção prevista no § 2º do art. 51. § 4º Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão ser elaborados § 4º Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão ser elaborados de forma padronizada, segundo modelos que poderão ser atualizados de forma padronizada, segundo modelos que poderão ser atualizados pelo conselho de que trata o art. 67. pelo conselho de que trata o art. 67. (BRASIL, 2000) 33 | 48 Unidade 4 | Relatório de Gestão Fiscal (RGF) �� O chefe do Poder Executivo não pode contrair obrigações nos oito últimos meses do seu último ano de mandato, a não ser que deixe últimos meses do seu último ano de mandato, a não ser que deixe disponibilidade de caixa sufi ciente para o novo gestor arcar com as disponibilidade de caixa sufi ciente para o novo gestor arcar com as referidas obrigações contraídas, ainda que seja caso de reeleição. Essa regra, presente no art. 42 da LRF (BRASIL, 2000), tem como objetivo prevenir que o próximo gestor assuma seu mandato com a casa desorganizada. No último quadrimestre do exercício, há uma exigência para que o RGF também encaminhe um demonstrativo em anexo informando o montante da disponibilidade de caixa em 31 de dezembro. Nesse período, também tem que ser encaminhado em anexo ao RGF um demonstrativo do cumprimento do disposto no inciso II, e na alínea b do inciso IV, do art. 38 (BRASIL, 2000), que trata do pagamento de Antecipação de Receita Orçamentária (ARO), e da proibição dessa antecipação de receita orçamentária no último ano de mandato. A Lei de Responsabilidade Fiscal traz uma série de condições para contratar uma operação de crédito por ARO. Vejamos um exemplo: a operação só pode ser realizada a partir de 10 de janeiro, e deve ser totalmente concluída (paga) até 10 de dezembro. �� Ressalta-se que os juros que serão pagos por essa operação de crédito por ARO são despesas orçamentárias correntes, e, neste crédito por ARO são despesas orçamentárias correntes, e, neste caso, há uma proibição: caso, há uma proibição: Não pode haver contratação de crédito por ARO nessa modalidade, Não pode haver contratação de crédito por ARO nessa modalidade, no último ano de mandato. Se o gestor fi zer isso, ele infringe a Lei de no último ano de mandato. Se o gestor fi zer isso, ele infringe a Lei de Responsabilidade Fiscal. 34 | 48 Unidade 4 | Relatório de Gestão Fiscal (RGF) Lembrando que esse relatório deve ser publicado em até 30 dias após o encerramento do período que corresponder cada quadrimestre, com amplo acesso público, inclusive por meio eletrônico. Assim, eles devem estar disponibilizados nos portais de transparência de cada um dos órgãos ou poderes. No caso dos municípios que possuam menos de 50 mil habitantes, a data de elaboração pode ser semestral. Ou seja, é facultativo ao município apresentar quadrimestral ou semestralmente. Confi ra o que diz a LRF (BRASIL, 2000) na íntegra: �� Art. 51. [...] § 2° O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, § 2° O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba até que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refi nanciamento do principal atualizado da dívida destinadas ao refi nanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. mobiliária. [...] [...] Art. 55. [...] Art. 55. [...] § 3° O descumprimento do prazo a que se refere o § 2° sujeita o ente § 3° O descumprimento do prazo a que se refere o § 2° sujeita o ente à sanção prevista no § 2° do art. 51. à sanção prevista no § 2° do art. 51. (BRASIL, 2000) Parabéns, você fi nalizou o sexto Módulo deste curso! Em caso de dúvidas, volte ao conteúdo. Continue seus estudos e até o próximo Módulo! 35 | 48 Resumindo Para fi nalizar, relembre o que foi visto no decorrer do Módulo 6: Unidade 1 – Defi nimos e conceituamos o Anexo de Metas Fiscais (AMF), que abrange os órgãos da Administração Direta, dos Poderes e entidades da Administração Indireta, constituídas pelas autarquias, fundações, fundos especiais, empresas públicas e sociedades de economia mista que recebem recursos a conta do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social (empresas estatais dependentes), inclusive sob a forma de subvenções para pagamento de pessoal ou custeio de auxílios para pagamento de despesa de capital, excluídas, neste caso, aquelas empresas que recebem recursos para aumento de capital. Unidade 2 – Defi nimos e conceituamos o Anexo de Riscos Fiscais (ARF), que contempla possíveis riscos passíveis de afetar as contas públicas. A LRF prevê que, além de o referido anexo contemplar os passivos contingentes e os possíveis riscos de afetar as contas públicas, deve ainda trazer as providências a serem tomadas, caso esses riscos se concretizem. Unidade 3 – Defi nimos e conceituamos o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), que é um demonstrativo previsto e exigido na Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Unidade 4 – Defi nimos e conceituamos o Relatório de Gestão Fiscal (RGF), que é um documento obrigatório exigido pela LRF, que deve ser emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos, com a fi nalidade de demonstrar os resultados de sua gestão, em especial os relativos a gastos com: pessoal, empréstimos, garantias, disponibilidades de caixa e outros dados relevantes. 36 | 48 Referências Bibliográfi cas ANGELICO, J. Contabilidade Pública. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1995. BEZERRA FILHO, João Eudes. Contabilidade Pública: teoria, técnica de elaboração de balanços e questões. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Secretaria de Orçamento Federal. Manual Técnico de Orçamento MTO. Edição 2017. Brasília, 2016. 159 p. Disponível em:<http://www.orcamentofederal.gov.br/informacoes- orcamentarias/manual-tecnico/mto_2017-1a-edicao-versao-de-06-07-16.pdf>. Acesso em: 16 jun. 2017. _______. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. 7ª. ed. Brasília, 2017. Secretaria do Tesouro Nacional, Subsecretaria de Contabilidade Pública, Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação, 2016. 416 p. Disponível em: <https://tinyurl.com/ybx2xu3h>. Acesso em: 16 jun. 2017. _______. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de Demonstrativos Fiscais: aplicado à União e aos Estados, Distrito Federal e Municípios. 7ª. ed. Brasília: Secretaria do Tesouro Nacional, Subsecretaria de Contabilidade Pública, Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação, 2016. 653 p. Disponível em: <http://www.tesouro.fazenda.gov. br/documents/10180/542015/MDF_7_edicao_05_04_17_versao_02_12_16. pdf/7a4bf97c-0db9-48c4-bb0e-41d9f6bedf55>. Acesso em: 16 jun. 2017. _______. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria nº 511, de 28 de agosto de 2014. Dispõe sobre a instituição, as atribuições, a composição e o funcionamento do Grupo Técnico de Padronização de Relatórios e Demonstrativos Fiscais – GTREL. Brasília, 2014a Disponível em: <http://www. tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/370003/CPU_Portaria_STN_511_ GTREL.PDF/16cfa875-3d4d-453a-9b89-cd82e068e397>. Acesso em: 19 jun. 2017. 37 | 48 _______. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria nº 510, de 28 de agosto de 2014. Dispõe sobre a instituição, as atribuições, a composição e o funcionamento do Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos Contábeis – GTCON. Brasília, 2014b. Disponível em: <http://www. tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/372026/CPU_Portaria_STN_510_ GTCON.PDF/0779f49f-6aea-439b-ba67-6224952c4f2a>. Acesso em: 19 jun. 2017. _______. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria nº 438, de julho de 2012. Brasília, 2012. Aprova a alteração dos Anexos nº 12 (Balanço Orçamentário), nº 13 (Balanço Financeiro), nº 14 (Balanço Patrimonial), nº 15 (Demonstração das Variações Patrimoniais), nº 18 (Demonstração dos Fluxos de Caixa) e nº 19 (Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido) da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, revoga a Portaria STN nº 665, de 30 de novembro de 2010, e dá outras providências. Disponível em: <http:// www3.tesouro.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Portaria_STN_438_ Atualizacao_Anexos_Lei_4320.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2017. _______. Lei nº 12.249, de junho de 2010. Institui o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da Indústria Petrolífera nas Regiões [...]. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12249.htm>. Acesso em: 19 jun. 2017. _______. Decreto nº 6.976, de 7 de outubro de 2009. Dispõe sobre o Sistema de Contabilidade Federal e dá outras providências. Brasília, 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6976. htm>. Acesso em: 16 jun. 2017. _______. Projeto de Lei nº 229, 28 de maio de 2009 (Lei da Qualidade Fiscal). Estabelece normas gerais sobre plano, orçamento, controle e contabilidade pública, voltadas para a responsabilidade no processo orçamentário e na gestão fi nanceira e patrimonial, altera dispositivos da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a fi m de fortalecer a gestão fi scal6 responsável e dá outras providências. Brasília, 2009. Disponível em: <http://www25.senado.leg.br/web/ atividade/materias/-/materia/91341/pdf>. Acesso em: 20 jun. 2017. 38 | 48 _______. Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009 (Lei da Transparência). Acrescenta dispositivos à Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de fi nanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fi scal e dá outras providências, a fi m de determinar a disponibilização, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e fi nanceira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Brasília, 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/lcp/lcp131.htm>. Acesso em: 16 jun. 2017. _______. Ministério da Fazenda. Portaria nº 184, de 25 de agosto de 2008. Dispõe sobre as diretrizes a serem observadas no setor público (pelos entes públicos) quanto aos procedimentos, práticas, elaboração e divulgação das demonstrações contábeis, de forma a torná-los convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. Brasília, 2008. Disponível em: <http://www.fazenda.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/ legislacao/portarias-ministerial/2008/portaria184>. Acesso em: 19 jun. 2017. _______. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria nº 136, de 6 de março de 2007. Cria o Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos Contábeis, dispondo sobre sua composição e funcionamento. Brasília, 2007a. Disponível em: <http://www3.tesouro.gov.br/legislacao/download/contabilidade/ Portaria136.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2017. _______. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria nº 135, de 6 de março de 2007. Cria o Grupo Técnico de Padronização de Relatórios, dispondo sobre sua composição e funcionamento. Brasília, 2007b. Disponível em: <http://www3.tesouro.gov.br/legislacao/download/contabilidade/ Port_135_2007.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2017. _______. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406. htm>. Acesso em: 16 jun. 2017. _______. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Ministério da Fazenda. Portaria Interministerial nº 163, de 4 de maio de 2001 (e atualizações posteriores). Dispõe sobre normas gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, 39 | 48 e dá outras providências. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www3.tesouro. fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Portaria_Interm_163_2001_ Atualizada_2011_23DEZ2011.pdf>. Acesso em: 16 jun. 2017. _______. Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de 2001. Organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, e dá outras providências. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10180.htm>. Acesso em: 16 jun. 2017. _______. Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Estabelece normas de fi nanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fi scal e dá outras providências. Brasília, 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm>. Acesso em: 16 jun. 2017. ______. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Portaria nº 42 do MPOG, de 14 de abril de 1999. Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1º do art. 2º e § 2º do art. 8º, ambos da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá outras providências. Brasília, 1999. Disponível em: <http://www.lex.com.br/doc_989210_PORTARIA_N_42_DE_14_ DE_ABRIL_DE_1999.aspx>. Acesso em: 16 jun. 2017. _______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicao.htm>. Acesso em: 16 jun. 2017. _______. Decreto-Lei nº 200, de 24 de fevereiro de 1967. Dispõe sôbre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências. Brasília, 1967. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200.htm>. Acesso em: 16 jun. 2017. _______. Leinº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Brasília, 1966. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172.htm>. Acesso em: 20 jun. 2017. 40 | 48 _______. Lei nº 4.320 de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Brasília, 1964. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm>. Acesso em: 16 jun. 2017. _______. Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946. Cria o Conselho Federal de Contabilidade, defi ne as atribuições do Contador e do Guarda-livros, e dá outras providências. Rio de Janeiro, 1946. Disponível em: <http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del9295.htm>. Acesso em: 19 jun. 2017. CARVALHO, D. Manual Completo de Contabilidade Pública. 2. ed. Brasília: Elsevier, 2014. _______. Orçamento e Contabilidade Pública. 6. ed. Brasília: Campus, 2014. CASTRO, D. P. Auditoria, Contabilidade e Controle Interno no Setor Público. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. _______. Balanços Públicos, teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. CFC – CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TSP – do Setor Público. Portal ofi cial, 2017. Brasília, 2017. Disponível em: <http://cfc.org.br/ tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/nbc-tsp-do-setor-publico/>. Acesso em: 14 jun. 2017. _______. NBC TSP Estrutura Conceitual. Aprova a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público. Brasília, 2016. Disponível em: <http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre. aspx?Codigo=2016/NBCTSPEC&arquivo=NBCTSPEC.doc>. Acesso em: 16 jun. 2017. _______. Resolução CFC n.º 1.137/08. Aprova a NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público. Brasília, 2008. Disponível em: <http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre. aspx?Codigo=2008/001137>. Acesso em: 16 jun. 2017. 41 | 48 _______. Resolução CFC nº. 1.133/08. Aprova a NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis. Brasília, 2008. Disponível em: <http://www3.stn.gov.br/contabilidade_ governamental/download/RES_CFC_11332008_NBC_T166_Demonstracoes_ Contabeis.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2017. _______. Resolução CFC n.º 1.111/07. Apêndice sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.cfc. org.br/sisweb/sre/docs/RES_1111.doc>. Acesso em: 14 jun. 2017. _______. Resolução CFC n.º 750/93. Dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC). Brasília, 1993. Disponível em: <http://cfc.org.br/sisweb/ sre/docs/RES_750.doc>. Acesso em: 16 jun. 2017. FEIJÓ, P. H. Entendendo as mudanças na Contabilidade Aplicada ao Setor Público. 1. ed. Brasília: Gestão Pública, 2013. GIACOMONI, J. Orçamento público. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2010. JUND, S. Administração, Orçamento e Contabilidade Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. KOHAMA, H. Contabilidade Pública: teoria e prática. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2013. MARTINS, L. Contabilidade Governamental – um enfoque administrativo da contabilidade pública. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2012. MOTA, F. G. L. Contabilidade Aplicada ao Setor Público. 1. ed. Brasília: Estefania Gonçalves, 2009. QUINTANA, A. C. et. al. Contabilidade Pública – De acordo com as novas NBCASP e a LRF. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2002. REIS, H. C. A Lei 4.320 comentada e a Lei de Responsabilidade Fiscal. 34. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris/IBAM, 2012. ROSA, M. B. Contabilidade do Setor Público. São Paulo: Atlas, 2011. 42 | 48 SLOMSKY, V. Manual de Contabilidade Pública – um enfoque na contabilidade municipal. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2013. VAZ, D. Contabilidade Pública: integrando União, Estados e Municípios (SIAFI e SIAFEM). 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 43 | 48 Lista de Siglas ABASAF: Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais ABIN: Agência Brasileira de Inteligência ABM: Associação Brasileira de Municípios ABRACOM: Associação Brasileira dos TCMs ABRASF: Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais ADCT: Ato das Disposições Constitucionais Transitórias AMF: Anexo de Metas Fiscais ARF: Anexo de Riscos Fiscais ARO: Antecipação de Receita Orçamentária ATRICON: Associação dos membros do TCs do Brasil BF: Balanço Financeiro BO: Balanço Orçamentário BP: Balanço Patrimonial BSPN: Balanço do Setor Público Nacional CASP: Contabilidade Aplicada ao Setor Público CF: Constituição Federal CFC: Conselho Federal de Contabilidade CJF: Conselho da Justiça Federal CNJ: Conselho Nacional de Justiça 44 | 48 CNM: Confederação Nacional dos Municípios CNMP: Conselho Nacional do Ministério Público CONACI: Conselho Nacional de Controle Interno CONFAZ: Conselho Nacional de Política Fazendária CONSEPLAN: Conselho Nacional de Secretários Estaduais do Planejamento CPC: Comitê de Pronunciamentos Contábeis CUTN: Conta Única do Tesouro Nacional DC: Despesa Corrente DCASP: Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público DESID/SE/MS ou SIOPS: Departamento de Economia da Saúde; Investimento e Desenvolvimento DFC: Demonstração dos Fluxos de Caixa DMPL: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DRPSP/SPPS/MPS: Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público da Secretaria de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência Social DVP: Demonstração das Variações Patrimoniais FCO: Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste FG: Fator Gerador FMI: Fundo Monetário Internacional FNDE: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação FNE: Fundo de Desenvolvimento do Nordeste FNO: Fundo de Desenvolvimento das Regiões Norte 45 | 48 FNP: Frente Nacional de Prefeitos FPE: Fundo de Participação dos Estados FPM: Fundo de Participação dos Municípios GEFIN: Grupo de Gestores de Finanças Estaduais GFSM: Government Finance Statistics Manual GTCON: Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos Contábeis GTREL: Grupo Técnico de Padronização de Relatórios IASB: International Accounting Standards Board IES: Instituições de Educação Superior IFAC: International Federation of Accountants IFRS: em inglês, International Financial Reporting Standards IFRS: em português, Normas Internacionais de Contabilidade IPSAS: International Public Sector Accounting Standards IPSASB: International Public Sector Accounting Standards Board IPTU: Imposto Predial e Territorial Urbano IRB: Instituto Rui Barbosa LDO: Lei de Diretrizes Orçamentárias LOA: Lei Orçamentária Anual LRF: Lei de Responsabilidade Fiscal MCASP: Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público MDF: Manual de Demonstrativos Fiscais MP: Ministério Público 46 | 48 MPOG: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão MTO: Manual Técnico Orçamentário NBC: Normas Brasileiras de Contabilidade NBCASP: Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público NBC T SP: Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público NBC T: Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público ONG: Organização Não Governamental OS: Organização Social OSCIP: Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público PCASP: Plano de Contas Aplicado ao Setor Público PCE: Procedimentos Contábeis Específi cos PCO: Procedimentos Contábeis Orçamentários PCP: Procedimentos Contábeis Patrimoniais PE: Poder Executivo PJ: Poder Judiciário PL: Poder Legislativo PLDO: Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias PPA: Plano Plurianual RC: Receitas Correntes RCL: Receita Corrente Líquida RCPGs: Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do Setor Público RGF: Relatório de Gestão Fiscal 47 | 48 RK: Receitas de Capital RPPS: Regimes Próprios de Previdência Social RREO: Relatório Resumido da Execução Orçamentária SIAFI: Sistema Integrado de Administração FinanceiraSICONFI: Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro SOF: Secretaria do Orçamento Federal SPL: Situação Patrimonial Líquida STF: Supremo Tribunal Federal STN: Secretaria do Tesouro Nacional TC: Tribunal de Contas VPA: Variação Patrimonial Aumentativa VPD: Variação Patrimonial Diminutiva
Compartilhar