Roteiro- Intorducao_ Caracterisitca_ Classificacao _ Principios

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Bibliografia 
i) Manual de D. Proc. Civil, Daniel Amorim Assunção Neves, Ed. JusPodivm; 
ii) Manual de D. Proc. Civil, Renato Montans, Ed. Saraiva; 
iii) O Novo Processo Civil Brasileiro, Alexandre F. Câmara, Ed. Atlas 
iv) Direito Processual Civil Esquematizado. Marcus Vinícius Rios Gonçalves. 
Ed. Saraiva. 
v) Novo Código de Processo Civil Comentado. José Miguel Garcia Medina. Ed. 
RT 
TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO 
I. TEORIA GERAL DA TUTELA JURISDICIONAL EXECUTIVA 
1. Introdução/Conceito 
A tutela jurisdicional executiva, pretende satisfazer o direito da-
quele que possui um título executivo judicial ou extrajudicial, que foi inadimplido. 
A execução retrata a fase ou o processo no qual o magistrado de-
termina as medidas judiciais executivas para possibilitar o cumprimento de uma obri-
gação descumprida, constante em um título executivo. 
Nas palavras do Prof. Cândido Dinamarco: “executar é dar efetivi-
dade e execução é efetivação” e para diferenciar o processo de conhecimento da exe-
cução, ele afirma que o primeiro se resolve em decisão judicial (por meio de palavras) 
e o segundo com entrega de bens ou realização de atos. 
2. Localização dos Dispositivos sobre Execução no CPC/15 
- Arts. 513 a 538 do CPC/15 - Cumprimento de Sentença ou Execução Imediata 
- Arts. 771 a 925 do CPC/15 - Execução Tradicional ou Execução Mediata 
3. Características da Execução 
1. Substitutividade: O Estado substitui o particular no que toca a atividade que ele 
deve praticar para satisfazer a pretensão do titular do direito. 
2. Definitividade: Embora exista controvérsia, prevalece o entendimento de que a de-
finitiviade retrata uma característica da Execução, retratando que as decisões proferi-
das na Execução produzem o efeito de coisa julgada formal e material. 
3. Subsidariedade: Aplica-se as regras do processo de conhecimento (art. 771, § úni-
co c/c 318, § único CPC). 
4. Classificação da Execução no CPC/15 
4.1 Classificação quanto a origem do título 
Os títulos executivos podem ser classificados em 2 espécies: 
- Judiciais, são aqueles previstos no rol do art. 515 CPC/15 
- Extrajudiciais, são aqueles previstos no rol do art. 784 do CPC/15 
OBS: Outros dispositivos legais podem prever títulos executivos, por exemplo, art. 24 
Lei 8.906/94. 
4.2 Quanto à autonomia 
A Execução com base em título executivo judicial, se desenvolve no mesmo processo. 
Em verdade, é uma etapa do processo. 
Execução com base em título executivo extrajudicial, origina um processo. 
4.3 Classificação quanto a natureza da obrigação constante no título execu-
tivo 
- Obrigação de pagar quantia em dinheiro (art. 523 e ss e 824 e ss do CPC/15). 
- Obrigação de entregar coisa (art. 538 e 806 e ss do CPC/15) 
- Obrigação de fazer ou não fazer (art. 536 e 537 e 814 e ss do CPC/15) 
4.4 Quanto a Estabilidade Do Título (2 espécies) 
- Execução Definitiva - baseada em título executivos judicial transitado em julgado ou 
título executivo extrajudicial. 
- Execução provisória: baseada em título executiva judicial, cujo processo ainda não 
transitou em julgado, existindo recurso desprovido de efeitos suspensivos. 
4.5 Quanto a forma de Efetivação da Execução (2 técnicas) 
- Técnica Sub-rogação - O Estado substitui a vontade do executado e pratica atos 
para para satisfazer o direito do exequente. Exemplo: Expropriação, Desapossamento, 
Transformação, etc. 
- Técnica Coerção - Imposição de sanção jurídica direcionadas a coagir o executado a 
cumprir a obrigação. Exemplo: Astreintes. 
OBS: O que distinguirá uma técnica da outra é a participação ou não do executado no 
cumprimento da execução forçada. 
5. Princípios Gerais da Execução 
5.1 Princípio da Autonomia da Execução 
Entende-se que a fase executiva é autônoma em relação a fase cognitiva precedente. 
5.2 Princípio Nulla Executio Sine Titulo 
Significa que a execução somente poderá se iniciar com a existência de um título exe-
cutivo. 
Ao lado desse princípio, temos princípio da tipicidade dos títulos executivos. Signifi-
cando que os títulos executivos encontram-se tipificados na lei. 
5.3 Princípio da Patrimonialidade ou Responsabilidade ou Realidade da 
Execução (art. 789 do CPC/15) 
Determina que o devedor responderá com seu patrimônio, presente e futuro, para sa-
tisfazer o crédito existente, salvo restrições previstas em lei. 
5.4 Princípio do Exato Adimplemento 
A execução deve aparelhar o Estado a possibilitar o cumprimento da prestação como 
se o devedor a tivesse cumprido voluntariamente. 
5.5 Princípio do Desfecho Único 
A Execução é direcionada a única finalidade de satisfazer o direito do exequente. 
5.6 Princípio da Disponibilidade da execução pelo credor (art. 775 CPC/15) 
Por ser direito disponível, o credor poderá desistir da execução iniciada a qualquer 
momento - direito potestativo. 
Exceção: Apresentada defesa do executado, a desistência ficará condicionada a con-
cordância deste. 
5.7 Princípio da Utilidade (art. 836 do CPC/15) 
Execução, não é vingança. Portanto, caso se verifique que o bem encontrado, sequer 
conseguirá pagar as custas, a execução não alcançará o bem. 
Informativo 426/STJ 
5.8 Princípio do Menor Sacrifício ou da Menor Onerosidade (art. 805 do 
CPC/15). 
Dante de vários meios para se promover a execução, o juiz deve determinar o meio 
menos oneroso para o executado. 
Ler art. 805 e § único do CPC/15 
5.9 Princípio da Lealdade e Boa-Fé Processual 
O Novo Código de Processo Civil estipula como vetores de todo e qualquer processo 
(conhecimento, cautelar, execução) que as partes atuem com lealdade e a boa-fé pro-
cessual. 
Sanção: Art. 774 do CPC/15 - estabelece os atos atentatórios à dignidade da Justiça. 
5.10 Princípio do Contraditório 
Trata-se de princípio aplicável a qualquer espécie de processo (art. 5, LV da CRFB/88). 
Contraditório retrata um binômio: informação + possibilidade de reação. 
5.11 Atipicidade dos Meios Executivos 
A lei prevê inúmeros meios do Estado para satisfazer o direito do exequente (penhora, 
astreintes, busca e apreensão, etc). 
Além disso, o julgador poderá adotar outras medidas atípicas, quando as medidas tí-
picas tiverem se mostrado incapazes.