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Lembre-se de curtir e salvar! :) Teoria Geral da execução ~ Princípios ~ • Execução: são os mecanismo que tendem a proporcionar, no plano prático, o cumprimento efetivo daquilo previsto no título executivo. - “atos dispostos pelo Estado para realizar materialmente o direito declarado no título.” • Executar: é satisfazer, tornar concreto. • “Títulos executivos judiciais são aqueles produzidos dentro de um processo por meio de atividade jurisdicional.” • “Já os títulos executivos extrajudiciais são aqueles produzidos fora de um processo em que a lei confere eficácia executiva a determinados documentos e foram formalizados por ato de vontade das partes.” • Todos esses títulos permitem a execução forçada. • Essa diferenciação entre títulos executivos judiciais e extrajudiciais pode ser considerado apenas como superficial, tendo em vista que existem casos em que não se enquadram nas duas opções, como ocorre com a sentença arbitral. • É importante observar que a presença de “vasos comunicais”, que podem ser definidos como uma ligação entre o Livro I e o II do CPC, como é versado pelos artigos 513 e 771 do CPC. Podendo ser considerado uma via de mão dupla, tendo em vista que a execução do título extrajudicial poderá utilizar-se de regras da fase de conhecimento ou mesmo do cumprimento de sentença. • As execuções fundadas em título judicial são realizadas no mesmo processo em que ocorreu a certificação do direito (fase cognitiva), sendo assim, uma fase executiva dentro de um processo já existente. • Natureza da obrigação apresentada em juízo: as obrigações podem ser divididas em: fazer/não fazer; entrega de coisa certa/incerta ou entrega de dinheiro; - As obrigações em dinheiro podem ser divididas em virtude da natureza da prestação, em virtude da qualidade da parte. • Estabilidade do título: o cumprimento da execução pode ser definitivo ou provisório: - Definitivo: execução completa, não admitindo qualquer modificação no conteúdo do título; - Provisório: tem como base título provisório, ainda carecendo de ulterior certificação para que se torne definitivo. ( Ocorre m execução de título judicial nos recursos recebidos somente no seu efeito devolutivo (CPC, arts. 1.012 e 1.029, § 5º). Por ser provisório, a lei não permite que o cumprimento chegue muito longe, ou impõe condições (caução) para que possa alcançar o seu final tal qual o cumprimento definitivo. • Efetivação: é possível que a execução se proceda através de duas técnicas: - Sub-rogação: ocorre em situações em que o Estado não precisa de um ato volitivo do executado para que a obrigação seja satisfeita - Coerção; Lembre-se de curtir e salvar! :) Princípios da execução • Princípio da autonomia da execução: a execução é consideração um processo autônomo. Todavia, há a vigência de um princípio oposto a este o chamado sincretismo; - Se a sentença for produzida por um juiz cível brasileiro, a execução será desenvolvida como uma fase do processo existente; - Se a sentença não foi produzida por um juiz cível brasileiro será desenvolvida a execução em um novo processo; - o ordenamento vem paulatinamente relegando a autonomia em detrimento do sincretismo. • Princípio do sincretismo: permissibilidade que, num mesmo processo, admita atividades jurisdicionais distintas realizando-se sem divisão processual. • Nulla execcutio titulo: pode ser considerado como um desdobramento do princípio da autonomia, tendo em vista que a execução se mostra diferente das demais formas de tutela na medida em que seu ingresso com a prática de atividades executivas somente poderá ser efetivado com a existência de um título executivo. - “ Assim, não poderia haver execução antes da certeza jurídica, pois não seria crível imaginar a prática de atos expropriatórios baseados em título sujeito a revogação ou modificação.” - Todavia, atualmente essa regra vem se flexibilizando, como ocorre no caso de cumprimento provisório que autoriza a prática de atos executivos mesmo sem a definitividade, na medida em que o recurso sem efeito suspensivo interposto contra a sentença poderá alterar a realidade do título. • Princípio da patrimonialidade: de acordo com esse princípio os bens do devedor respondem para a satisfação do crédito: os presentes e futuros; - Casos em que a incidência da execução não será no patrimônio do executado: a) remoção do executado do imóvel objeto de execução; b) prisão civil; c) pressão psicológica; d) intervenção judicial do Estado nos chamados direitos de terceira geração; • Princípio da disponibilidade da execução (desfecho único): é importante observar dois fatores: - A disponibilidade decorre do fato de a execução, como categoria de processo, tenha que ser instaurada pela parte para que rompa a inércia em atendimento ao princípio disponibilidade; - O segundo fator decorre da própria conceituação do título executivo; - Restrições da disponibilidade: não atinge o MP; a desistência não alcança o ato jurídico perfeito; há restrição na execução da sentença coletiva; nas hipóteses em que a impugnação ou os embargos do devedor opostos pelo executado versem sobre a matéria de mérito; • Princípio da máxima efetividade da execução e da menor onerosidade: de acordo com esse princípio a execução é criada para satisfazer ao interesse do credor. Entretanto, deve-se observar que se de um lado a execução deve produzir resultados satisfatórios ao credor, ela também deve agir com limites, pois a execução não foi concebida para punir o executado, mas para permitir a invasão em sua esfera patrimonial ou jurídica de modo que concretize o direito previsto no título. • Princípio da tipicidade da execução: o Estado estabeleceu, dentro do Código de Processo Civil, diversas formas para efetivar os direitos estampados nos títulos executivos. - na busca da satisfação há uma variante de situações fáticas que demandam uma variante de “modelos executivos” estabelecidos pelo legislador. Dois critérios foram estabelecidos: situação patrimonial do executado, devendo levar em conta a condição patrimonial, bem como a Lembre-se de curtir e salvar! :) disponibilidade de estes responderem ao processo, e a natureza da obrigação: esse critério leva em consideração a natureza obrigacional. • Princípio da lealdade processual: faz-se presente no direito processual em geral, uma vez que por estar à atividade executiva mais favorável a prática de atos de má-fé, o ordenamento estabelece normas específicas para apenar o executado na hipótese de improbidade processual. (ver o artigo 774); • Princípios da responsabilidade objetiva do exequente: “A despeito de a execução estar regada pelo princípio do desfecho único, não está ela – a execução – isenta de ser injusta. E sendo ela injusta, nasce ao executado o direito de ser ressarcido pelos eventuais danos que sofreu, até mesmo de ordem moral, pois o exequente responde objetivamente por eles.” - Observar os artigos 520 e 776 que abordam esse princípio. • Primazia da tutela específica ou maior coincidência possível ou resultado: buscar que seja o mais próximo que do que seria o cumprimento voluntário, claro que com correção e jurus... > cumprimento específico (arts. 497 e 536 CPC) X conversão em perdas e danos (art. 499 CPC). • Princípio da dignidade da pessoa humana: como é versado na constituição o princípio da dignidade da pessoa humana, também é necessário garantir que na execução o seja observado. OBS.: Penhor é diferente de Penhora Penhor: mercantil que tem como garantia um bem móvel X Penhora: medida constritiva de natureza judicial que configura quando determinado bem é atingido por uma execução. Referências: Manual de Direito Processual Civil, Renato Montans de Sá.
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