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Teoria Geral da execução - Resumo 1

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Teoria Geral da execução 
~ Princípios ~ 
• Execução: são os mecanismo que tendem a proporcionar, no plano prático, o cumprimento efetivo 
daquilo previsto no título executivo. 
- “atos dispostos pelo Estado para realizar materialmente o direito declarado no título.” 
• Executar: é satisfazer, tornar concreto. 
• “Títulos executivos judiciais são aqueles produzidos dentro de um processo por meio de atividade 
jurisdicional.” 
• “Já os títulos executivos extrajudiciais são aqueles produzidos fora de um processo em que a lei 
confere eficácia executiva a determinados documentos e foram formalizados por ato de vontade 
das partes.” 
• Todos esses títulos permitem a execução forçada. 
• Essa diferenciação entre títulos executivos judiciais e extrajudiciais pode ser considerado apenas 
como superficial, tendo em vista que existem casos em que não se enquadram nas duas opções, como 
ocorre com a sentença arbitral. 
• É importante observar que a presença de “vasos comunicais”, que podem ser definidos como uma 
ligação entre o Livro I e o II do CPC, como é versado pelos artigos 513 e 771 do CPC. Podendo ser 
considerado uma via de mão dupla, tendo em vista que a execução do título extrajudicial poderá 
utilizar-se de regras da fase de conhecimento ou mesmo do cumprimento de sentença. 
• As execuções fundadas em título judicial são realizadas no mesmo processo em que ocorreu a 
certificação do direito (fase cognitiva), sendo assim, uma fase executiva dentro de um processo já 
existente. 
• Natureza da obrigação apresentada em juízo: as obrigações podem ser divididas em: fazer/não 
fazer; entrega de coisa certa/incerta ou entrega de dinheiro; 
- As obrigações em dinheiro podem ser divididas em virtude da natureza da prestação, em virtude 
da qualidade da parte. 
• Estabilidade do título: o cumprimento da execução pode ser definitivo ou provisório: 
- Definitivo: execução completa, não admitindo qualquer modificação no conteúdo do título; 
- Provisório: tem como base título provisório, ainda carecendo de ulterior certificação para que se 
torne definitivo. ( Ocorre m execução de título judicial nos recursos recebidos somente no seu 
efeito devolutivo (CPC, arts. 1.012 e 1.029, § 5º). Por ser provisório, a lei não permite que o 
cumprimento chegue muito longe, ou impõe condições (caução) para que possa alcançar o seu final 
tal qual o cumprimento definitivo. 
• Efetivação: é possível que a execução se proceda através de duas técnicas: 
- Sub-rogação: ocorre em situações em que o Estado não precisa de um ato volitivo do executado 
para que a obrigação seja satisfeita 
- Coerção; 
 
 
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Princípios da execução 
• Princípio da autonomia da execução: a execução é consideração um processo autônomo. Todavia, 
há a vigência de um princípio oposto a este o chamado sincretismo; 
- Se a sentença for produzida por um juiz cível brasileiro, a execução será desenvolvida como 
uma fase do processo existente; 
- Se a sentença não foi produzida por um juiz cível brasileiro será desenvolvida a execução em um 
novo processo; 
- o ordenamento vem paulatinamente relegando a autonomia em detrimento do sincretismo. 
• Princípio do sincretismo: permissibilidade que, num mesmo processo, admita atividades 
jurisdicionais distintas realizando-se sem divisão processual. 
• Nulla execcutio titulo: pode ser considerado como um desdobramento do princípio da autonomia, 
tendo em vista que a execução se mostra diferente das demais formas de tutela na medida em que 
seu ingresso com a prática de atividades executivas somente poderá ser efetivado com a existência 
de um título executivo. 
- “ Assim, não poderia haver execução antes da certeza jurídica, pois não seria crível imaginar a 
prática de atos expropriatórios baseados em título sujeito a revogação ou modificação.” 
- Todavia, atualmente essa regra vem se flexibilizando, como ocorre no caso de cumprimento 
provisório que autoriza a prática de atos executivos mesmo sem a definitividade, na medida em que 
o recurso sem efeito suspensivo interposto contra a sentença poderá alterar a realidade do título. 
• Princípio da patrimonialidade: de acordo com esse princípio os bens do devedor respondem para a 
satisfação do crédito: os presentes e futuros; 
- Casos em que a incidência da execução não será no patrimônio do executado: 
a) remoção do executado do imóvel objeto de execução; 
b) prisão civil; 
c) pressão psicológica; 
d) intervenção judicial do Estado nos chamados direitos de terceira geração; 
• Princípio da disponibilidade da execução (desfecho único): é importante observar dois fatores: 
- A disponibilidade decorre do fato de a execução, como categoria de processo, tenha que ser 
instaurada pela parte para que rompa a inércia em atendimento ao princípio disponibilidade; 
- O segundo fator decorre da própria conceituação do título executivo; 
- Restrições da disponibilidade: não atinge o MP; a desistência não alcança o ato jurídico perfeito; 
há restrição na execução da sentença coletiva; nas hipóteses em que a impugnação ou os embargos 
do devedor opostos pelo executado versem sobre a matéria de mérito; 
• Princípio da máxima efetividade da execução e da menor onerosidade: de acordo com esse 
princípio a execução é criada para satisfazer ao interesse do credor. Entretanto, deve-se observar 
que se de um lado a execução deve produzir resultados satisfatórios ao credor, ela também deve 
agir com limites, pois a execução não foi concebida para punir o executado, mas para permitir a 
invasão em sua esfera patrimonial ou jurídica de modo que concretize o direito previsto no título. 
• Princípio da tipicidade da execução: o Estado estabeleceu, dentro do Código de Processo Civil, 
diversas formas para efetivar os direitos estampados nos títulos executivos. 
- na busca da satisfação há uma variante de situações fáticas que demandam uma variante de 
“modelos executivos” estabelecidos pelo legislador. Dois critérios foram estabelecidos: situação 
patrimonial do executado, devendo levar em conta a condição patrimonial, bem como a 
 
 
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disponibilidade de estes responderem ao processo, e a natureza da obrigação: esse critério leva em 
consideração a natureza obrigacional. 
• Princípio da lealdade processual: faz-se presente no direito processual em geral, uma vez que por 
estar à atividade executiva mais favorável a prática de atos de má-fé, o ordenamento estabelece 
normas específicas para apenar o executado na hipótese de improbidade processual. (ver o artigo 
774); 
• Princípios da responsabilidade objetiva do exequente: “A despeito de a execução estar regada 
pelo princípio do desfecho único, não está ela – a execução – isenta de ser injusta. E sendo ela 
injusta, nasce ao executado o direito de ser ressarcido pelos eventuais danos que sofreu, até mesmo 
de ordem moral, pois o exequente responde objetivamente por eles.” 
- Observar os artigos 520 e 776 que abordam esse princípio. 
• Primazia da tutela específica ou maior coincidência possível ou resultado: buscar que seja o mais 
próximo que do que seria o cumprimento voluntário, claro que com correção e jurus... 
> cumprimento específico (arts. 497 e 536 CPC) X conversão em perdas e danos (art. 499 CPC). 
• Princípio da dignidade da pessoa humana: como é versado na constituição o princípio da 
dignidade da pessoa humana, também é necessário garantir que na execução o seja observado. 
OBS.: Penhor é diferente de Penhora 
 Penhor: mercantil que tem como 
garantia um bem móvel X Penhora: 
medida constritiva de natureza 
judicial que configura quando 
determinado bem é atingido por uma 
execução. 
 
Referências: Manual de Direito Processual Civil, Renato Montans de Sá.

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