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Eduarda Lopes da Silva Tel: (19) 9 7115-6384 @eduarda.slopess 1 Definição Definição do ECA – Período de transição entre a infância e a fase adulta Período de 10- 19 anos Definição da OMS – alterações físicas e psicológicas A Fase da adolescência O Adolescente passa por uma fase semelhante ao luto, despedida da vida de criança juntamente com as alterações físicas, gera um grande sofrimento Essas transformações são muito rápidas e frequentes exigindo uma adaptação constante. Transformações Psicológicas As transformações psicológicas também são muito presentes mudando a forma como o adolescente age, juntamente como a forma de ver os pais, levando a formação de um individuo independente do núcleo familiar, gerando medo e transtorno para os pais e os filhos. Pais passam a sofrer criticas e questionamentos, jovens passam a buscar outras figuras de referencia de comportamento adulto (muitas vezes opostas aos pais). Adolescentes passam a tentar manter as expectativas dos pais e suas próprias, tornando comuns atitudes de protestos e mudanças no mundo externo, que não são compreendidas pelos pais. Nesse momento existe um grande risco de quadros patogênicos. Cognitiva As transformações cognitivas levam a formação de pensamento operatório formal – capacidade de manipular ideias abstratas e capacidade de analisar vários pontos de vista, além de entender causa e consequências, pensar além do próprio pensamento. Social Socialização – a família passa a ser substituída pelo grupo de amigos (pode gerar sofrimento por não poder se encaixar em um grupo). O grupo de amigos é uma forma de se encaixar na sociedade. Cada grupo tem suas regras grupais, cabe ao adolescente seguir essas regras ou não. Sexual Sexualidade – A sexualidade humana tem uma dimensão um pouco traumática pelo fato de procurar no parceiro uma completude colocando uma carga muito grande nos relacionamentos de maneira geral, que se agrava na adolescência. Isso gera uma insegurança por conta da falta de experiência, agravando problemas psíquicos Pontos principais • Busca pela identidade • Tendência grupal • Crises religiosas • Contradições • Atitude social reivindicatória • Variações de humor • Separação progressiva dos pais • Evolução da sexualidade Eduarda Lopes da Silva Tel: (19) 9 7115-6384 @eduarda.slopess 2 Períodos da adolescência: Adolescência Inicial Adolescência inicial – Ocorre dos 10 aos 13 anos, é representado por um grupo do mesmo sexo com interesses em comum, aflora o desejo pelas relações sexuais, é o período em que ocorre a semenarca, exploração sexual por indivíduos do mesmo sexo não significa homossexualidade. O raciocínio formal é usado apenas em situações acadêmicas, mas não é extrapolado para a vida pessoal, por tanto ainda é prevalente o pensamento mágico. Questionam a moralidade recebida dos pais e passam a seguir a moralidade dos grupos, diluindo o sentimento de culpa. Aumento da autoconsciência, manifestando-se na aparência. Modificações do vestuário muitas vezes com intuito de concretizar conflitos (entre os pais e os filhos) entre poder e dificuldade de aceitar a separação. Adolescentes acabam tomando outros adultos como modelos (geralmente pessoas com nível socioeconômico mais elevado). Nessa fase, tudo o que importa é pertencer ao grupo, geralmente esse grupo é formado por pessoas da mesma escola. Alerta sobre o perigo da facilidade da pornografia. Para o médico Nesse momento a criança pode levar dúvidas ao médico, caso a criança não pergunte, orientar no momento do exame físico. Quando a entrevista ocorre separado dos pais, é melhor ouvir primeiro os pais para que a criança não tenha medo de relatar nada a você. É necessário saber o que é um comportamento normal e o que não é. Adolescência média Adolescência média – ocorre dos 14 aos 16 anos, os encontros amorosos são os mais variados (celibato, monogamia e poligamia), os pais tentem a não estimular as relações sexuais. Adolescentes tendem a saber sobre o ato sexual mais não sabem aplicar. Nessa fase a experimentação sexual ainda é comum, mas não significa a homossexualidade. Alguns adolescentes criam uma ética indivudual, o estilo de roupa não segue mais o estilo do grupo. Ocorrem muitos questionamentos especialmente com os pais, o namoro agrava ainda mais a relação, muitas vezes a família personifica o problema. Criança quer ser atraente sexualmente. Busca por modelos de vida. Para o médico Para os amigos, ele não demonstra problemas, o médico deve ser um adulto imparcial e sem preconceito para ouvi-los. Adolescência tardia – Maioria já adquiriu uma identidade sexual mais estável, cognição mais voltada para o externo, podendo levar a uma alienação e se tornar intolerante, achando soluções fáceis para problemas complexos. As mudanças passam a ser lentas, portanto a imagem corporal é mais estável. Adolescentes ainda tem a família como base segura, mas já são mais independentes financeiramente. Relacionamento agora envolve amor e compromisso. Para o médico É esperado que o paciente tenha desenvolvido as seguintes áreas da vida: separação, independência e sexualidade. Caso o adolescente ou a família tenha dificuldade em alguma dessas áreas, orientar sobre e recomendar ajuda de especialista. Atendimento do adolescente Adolescente geralmente é uma pessoa saudável, mas está sujeito a acidentes, gestação, ISTs, abuso de substâncias e transtornos de imagens. Eduarda Lopes da Silva Tel: (19) 9 7115-6384 @eduarda.slopess 3 A presença da família é altamente desejável, mas sua falta não deve interferir no atendimento do adolescente. Devemos chamar os pais apenas quando a criança não se encaixa na descrição acima ou quando o problema é muito complexo. Caso seja necessário quebrar o sigilo, devemos avisar o adolescente Quando quebrar o sigilo? QUEBRAR O SIGILO – Qualquer caso de violência, qualquer ato sexual menor de 14 anos, uso abusivo de drogas, Gestação menor que 18, situações de risco, abortamento em qualquer idade, não aderir tratamento de ISTs, tratamento de doenças graves, quadros psíquicos de depressão, etc. MANTER O SIGILO – Ato sexual com 14 anos ou mais e com consentimento, experimentar alguma droga, orientação sexual, uso de contraceptivo com 14 anos ou mais, maturidade para aderir o tratamento de ISTs. Anamnese A anamnese deve ser feita com a família e com a criança, geralmente de maneira separada e com o responsável primeiro para que a criança se sinta segura em relatar suas dúvidas e questões pessoais. Anamnese com a mãe Perguntar sobre antecedentes gestacionais, imunização, etc Anamnese com o adolescente: Protocolo HEEADSSS H- Home – perguntar sobre o convívio da casa E- Estudo/Emprego E- Percepção do corpo A- Atividades D- Drogas S- Sexualidade S- Segurança S- Suicídio Exame físico – é recomendado ter alguém por perto • Iniciar com antropometria • Exame físico geral • Genitais por ultimo • Tanner a cada 6 meses • Orientar sobre cuidados de higiene e autoexame (mamas e testículo) DESDE QUE O ADOLESCENTE SEJA CAPAZ DE AVALIAR SEUS PROBLEMAS E DE CONDUZIR- SE POR SEUS PRÓPRIOS MEIOS E SOLUCINA-LOS O ADOLESCENTE TEM O DIREITO DE SER ATENDIDO SEM A PRESENÇA DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS.
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