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AVA_U4_Biologia Celular

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Unidade 4.1
FECUNDAÇÃO, PRIMEIRA E SEGUNDA 
SEMANAS DO DESENVOLVIMENTO 
EMBRIONÁRIO
Olá! Este convite marca a etapa final do curso "Introdução à Biologia Celular e do Desenvolvimento". 
Durante nossa jornada, exploramos a estrutura e função das células, mergulhamos na genética para 
compreender a hereditariedade e a expressão gênica, destacando a importância das células como 
blocos fundamentais da vida.Agora, nosso foco é entender o desenvolvimento dos seres vivos, 
principalmente o estudo da embriologia. Ela investiga o processo de formação dos embriões, desde 
a união dos gametas até o nascimento. Este estudo não só descreve o crescimento, mas também 
identifica possíveis problemas genéticos ou ambientais que afetam o feto, contribuindo para 
minimizar riscos durante a gestação.
Nesta etapa, vamos mergulhar na embriologia humana, explorando o desenvolvimento passo a 
passo, desde a fecundação até a formação da placenta. As seções se concentram em momentos 
específicos: desde a fecundação e as primeiras semanas de desenvolvimento até a terceira à oitava 
semana, detalhando a formação de estruturas e folhetos embrionários. Em seguida, exploramos as 
transformações da nona semana até o nascimento, incluindo a formação da placenta e das 
membranas fetais.
Esse convite é para desvendar um mundo fascinante que dá origem à vida. Vamos estudar juntos e 
compreender de forma mais detalhada e ampla o processo incrível do desenvolvimento embrionário!
Introdução à Fecundação e Desenvolvimento Embrionário
O processo de fecundação e o subsequente desenvolvimento embrionário são etapas cruciais para o 
início de uma nova vida. A fecundação, marco inicial do desenvolvimento embrionário, depende do 
encontro entre um óvulo saudável e um espermatozoide capaz de penetrá-lo. Este encontro pode 
ocorrer naturalmente, durante a relação sexual, ou por meio de técnicas de reprodução assistida, 
como fertilização in vitro e inseminação artificial. Apesar da presença de milhões de 
espermatozoides, somente um deles inicia a formação de uma nova vida.
Primeiras Duas Semanas do Desenvolvimento
Nas duas primeiras semanas do desenvolvimento, ocorrem inúmeros eventos e mudanças celulares, 
geralmente passando despercebidos pela mulher, que muitas vezes ainda não sabe que está 
grávida. A embriologia desempenha um papel fundamental ao identificar possíveis anomalias e 
doenças genéticas nesse estágio inicial, diminuindo os riscos durante a gestação, tanto para a mãe 
quanto para o feto. Além disso, contribui para a realização de técnicas de reprodução assistida 
quando a fecundação natural não é viável.
Fases Iniciais do Desenvolvimento Embrionário
Nesta seção, exploraremos o início do desenvolvimento humano, descrevendo os eventos essenciais 
para uma fecundação bem-sucedida e a formação do zigoto. Serão detalhadas as transformações 
desde a clivagem, a formação do blastocisto até sua implantação no útero, caracterizando a primeira 
semana. A segunda semana é marcada pela conclusão da implantação do blastocisto, juntamente 
com a formação de estruturas anexas que desempenham papéis cruciais no desenvolvimento 
embrionário.
Implantação do Blastocisto e Técnicas de Reprodução Assistida
Problemas na implantação do blastocisto podem acarretar consequências. O estudo da embriologia 
aborda formas de evitar essa implantação indesejada. Além disso, graças à tecnologia e pesquisas 
médicas, muitos casais, mulheres em busca de gestação independente ou indivíduos mais velhos 
desejosos de serem pais, podem recorrer à reprodução assistida. No Brasil, a reprodução assistida 
tem crescido significativamente, com procedimentos como a fertilização in vitro.
Desafios na Fertilização In Vitro e Relação com Endometriose
Um caso de um casal com dificuldades para engravidar é apresentado, optando por fertilização in 
vitro. No entanto, a endometriose diagnosticada na mulher influencia na escolha desta técnica em 
vez da inseminação artificial. O acompanhamento do embrião em incubadora por 3 a 5 dias é 
mencionado, antes da transferência para o útero.
Conceito-Chave: Desenvolvimento Embrionário Humano
O desenvolvimento embrionário humano consiste em uma série coordenada de eventos para gerar 
um bebê saudável após semanas de gestação. Aspectos como ovulação, formação de gametas, 
fecundação e implantação do zigoto são cruciais para a gravidez.Essas informações abrangem 
desde a fecundação até os estágios iniciais do desenvolvimento embrionário humano, oferecendo 
uma visão detalhada do processo que dá início a uma nova vida.
1.FECUNDAÇÃO: O INÍCIO DA VIDA
A fecundação, que marca o início da primeira semana do desenvolvimento humano, é o resultado do 
encontro entre o óvulo e o espermatozoide. O processo ocorre durante a relação sexual, quando os 
espermatozoides se movem do útero para a tuba uterina em busca do óvulo. A penetração do 
espermatozoide no óvulo, após a liberação de enzimas pelo acrossomo, resulta na formação do 
zigoto, que é a união das células haploides do espermatozoide e do óvulo, encerrando a fase de 
fertilização.
2. Fases da Fertilização: Compreendendo o Processo
A passagem do espermatozoide através das células da corona radiata do óvulo marca a primeira 
fase. Aqui, o óvulo, envolto por uma camada chamada corona radiata, emite sinais químicos que 
atraem os espermatozoides. O acrossomo do espermatozoide libera enzimas para atravessar a 
corona radiata e a zona pelúcida, camada glicoproteica que protege o óvulo, marcando a segunda 
fase da penetração. Uma vez que um espermatozoide penetra na zona pelúcida, ela se torna 
impermeável a outros espermatozoides, formando a membrana de fecundação.
3. Fusão e Formação do Zigoto
Após a penetração, as membranas plasmáticas do óvulo e espermatozoide se fundem, permitindo a 
entrada da cabeça e da cauda do espermatozoide no citoplasma do óvulo. A fusão de membranas é 
seguida pela formação dos pronúcleos masculino e feminino, que, ao crescerem, replicam o material 
genético e, finalmente, se fundem para formar o zigoto.
4. Características do Zigoto e Determinação Cromossômica do Sexo
O zigoto é uma célula totipotente, capaz de se diferenciar em qualquer tipo de célula, composto por 
46 cromossomos (23 do óvulo e 23 do espermatozoide). Neste momento, ocorre a determinação 
cromossômica do sexo, marcando a célula com XX ou XY, determinando o gênero. 
5. Condições para a Fecundação
A fecundação é viável se a mulher estiver no período fértil, durante a ovulação. O óvulo permanece 
viável por aproximadamente 24 horas após a ovulação, enquanto os espermatozoides permanecem 
ativos no corpo feminino por cerca de 48 horas após a relação sexual.Este processo complexo, que 
ocorre em um curto período de tempo, é fundamental para o início do desenvolvimento embrionário e 
é influenciado por uma série de fatores que precisam estar alinhados para que a fecundação seja 
bem-sucedida.
2.CLIVAGEM DO ZIGOTO: MULTIPLICAÇÃO CELULAR 
INICIAL
Após a formação do zigoto, inicia-se a clivagem ou segmentação, um processo de múltiplas divisões 
celulares que resulta em blastômeros, células menores derivadas da divisão do zigoto. Cerca de 30 
horas após a fecundação, o zigoto passa por sua primeira divisão, originando dois blastômeros. Ao 
prosseguir com a divisão celular, os blastômeros se tornam menores e migram para o útero, 
mantendo-se envolvidos pela zona pelúcida. Após a formação de 12 a 32 blastômeros, o conceito, 
ainda dentro da zona pelúcida, é chamado de mórula.
1. Formação do Blastocisto: Etapas e Estrutura
Durante essa fase, a zona pelúcida começa a ser digerida por enzimas. Um fluido secretado pela 
tuba uterina cria uma cavidade entre os blastômeros, conhecida como blastocele. Este processo 
separa as células em dois grupos: o trofoblasto (as células mais externas, que formarão a parte 
embrionária da placenta) e o embrioblasto (a massa celular interna, que dará origem ao embrião). 
Nesta etapa, o conceito é chamado de blastocisto, que aumenta rapidamente detamanho e se 
desloca pela cavidade uterina em direção ao útero.
2. Implantação e Nidação
Por volta do sexto dia após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial do útero, num 
processo conhecido como implantação ou nidação. Nesta fase, o trofoblasto começa a proliferar e se 
diferencia em citotrofoblasto (camada interna) e sinciciotrofoblasto (camada externa). A implantação 
inicial é superficial, mas já permite a nutrição do conceito através dos tecidos maternos.
3. Processo Invasivo e Completude da Implantação
O sinciciotrofoblasto é altamente invasivo, se expande rapidamente, atravessa o endométrio e atinge 
vasos sanguíneos e glândulas. Além disso, produz enzimas que facilitam a implantação do 
blastocisto no endométrio do útero. Ao final da primeira semana, o blastocisto ainda se encontra 
parcialmente implantado. A implantação completa ocorre na segunda semana, simultaneamente à 
formação de outras estruturas extraembrionárias.Este estágio inicial do desenvolvimento embrionário 
é marcado por uma série de transformações celulares e interações específicas que são cruciais para 
a formação do blastocisto e sua implantação no útero, preparando o terreno para o desenvolvimento 
contínuo do embrião.
3. FORMAÇÃO DE CAVIDADE AMNIÓTICA, SACO 
VITELINO E DISCOEMBRIONÁRIO
Durante a fase de implantação do blastocisto, as mudanças morfológicas resultam na formação do 
disco embrionário, constituído por duas camadas de células: o epiblasto, mais espesso, e o 
hipoblasto, mais fino. Este disco desempenha um papel fundamental na origem dos tecidos e órgãos 
do embrião.
O epiblasto contribui para formar o assoalho da cavidade amniótica, revestida pelo âmnio, que abriga 
o líquido amniótico, responsável por proteger o embrião contra choques mecânicos, patógenos e 
desidratação. Por outro lado, as células do hipoblasto compõem o teto da cavidade exocelômica, 
originando o saco vitelino primário ou primitivo, um componente vital no suporte inicial do embrião.
Na segunda semana de desenvolvimento, o disco embrionário se estabelece entre a cavidade 
amniótica e o saco vitelino primário. O endoderma do saco vitelino gera o mesoderma 
extraembrionário, envolvendo o âmnio e o saco vitelino. O sangue materno preenche espaços no 
sinciciotrofoblasto para nutrir o embrião.
Por volta do décimo dia, o embrião está completamente implantado no endométrio. No décimo 
segundo dia, as lacunas do sinciciotrofoblasto se conectam, formando as redes lacunares. O 
mesoderma extraembrionário cresce, gerando o celoma extraembrionário, uma cavidade que envolve 
âmnio e saco vitelino, enquanto este último se reduz, formando o saco vitelino secundário.
O disco embrionário é responsável pela formação do embrião e seus folhetos primitivos, além dos 
anexos embrionários: saco vitelino, cavidade amniótica e saco coriônico.
O sinciciotrofoblasto, além de facilitar a implantação do blastocisto, secreta o hormônio gonadotrofina 
coriônica humana (hCG), essencial para manter a atividade do ovário durante a gravidez e base para 
testes de gravidez. A detecção do hCG no sangue materno, entre o décimo e décimo quarto dia 
após a fecundação, confirma a gravidez nos testes de laboratório.Esse estágio inicial é crucial para o 
desenvolvimento embrionário e demonstra a complexidade das interações celulares e formação das 
estruturas que sustentarão o crescimento e a saúde do embrião.
4. DESENVOLVIMENTO DO SACO CORIÔNICO
Ao término da segunda semana de desenvolvimento embrionário, é notável a formação das 
vilosidades coriônicas primárias da placenta, originadas da proliferação das células do 
sinciciotrofoblasto e do citotrofoblasto. O mesoderma extraembrionário se divide em duas camadas 
pelo celoma extraembrionário: o mesoderma somático extraembrionário, que reveste o âmnio e o 
trofoblasto, e o mesoderma esplâncnico extraembrionário, envolvendo o saco vitelino.Uma nova 
estrutura, o córion, composto pelo mesoderma somático extraembrionário e as duas camadas do 
trofoblasto, surge no final da semana. O córion dá origem ao saco coriônico ou saco gestacional, 
responsável pelo transporte de oxigênio e nutrientes da circulação materna para o embrião. Os 
anexos embrionários, incluindo o saco amniótico e o saco vitelino, juntamente com o embrião, ficam 
suspensos no saco coriônico por meio de um pedúnculo de conexão, que se transformará no cordão 
umbilical no futuro.
Algumas células do hipoblasto sofrem modificações em uma região específica do disco embrionário, 
formando a placa precordal. Essa placa indica o local onde a boca será originada na região da 
cabeça. Assim, descrevemos os principais acontecimentos ocorridos durante a segunda semana de 
desenvolvimento desse novo ser em formação.
5. LOCAIS DE IMPLANTAÇÃO DOS BLASTOCISTOS
De maneira geral, o blastocisto se fixa no endométrio do útero, geralmente na parte superior do 
corpo do útero. Menos frequentemente, a fixação acontece na parede posterior do útero, mas em 
ambos os casos, a gestação ocorre dentro da cavidade uterina, conhecida como gravidez tópica. O 
desenvolvimento do embrião prossegue no útero, onde a mãe e o feto trocam oxigênio e nutrientes 
de forma adequada. Em muitos casos, as mulheres ainda não têm consciência da gravidez ao final 
da segunda semana, embora a implantação do blastocisto possa ser observada em 
ultrassonografias.
Alguns casos podem envolver endometriose, uma condição em que o tecido endometrial, comum no 
interior do útero, cresce fora dele. A endometriose pode causar dores e até mesmo comprometer a 
fertilidade feminina. Os exames regulares são cruciais para diagnóstico e tratamento adequado, que 
pode variar desde medicamentos até cirurgias para conter o crescimento anormal do tecido.
A implantação do blastocisto fora do útero, conhecida como implantação extrauterina ou gravidez 
ectópica, ocorre em cerca de 95% dos casos nas trompas uterinas. Em circunstâncias mais raras, a 
implantação pode acontecer na cérvice, em cicatrizes uterinas, na cavidade pélvica, abdominal ou 
nos ovários.
Por exemplo, quando a gravidez acontece na trompa uterina, um dos motivos pode ser o 
impedimento do zigoto chegar ao útero, como um bloqueio na trompa durante a fase de clivagem do 
desenvolvimento. As trompas não possuem as condições adequadas para nutrir o embrião, 
prejudicando o desenvolvimento do feto. Em alguns casos, ocorre um aborto tubário, onde o 
organismo expulsa o embrião, considerando-o um corpo estranho. Em situações mais graves, o 
desenvolvimento continua na trompa e, por volta da 6ª ou 7ª semana, há risco de ruptura, podendo 
causar sangramento e ameaçar a vida da gestante.Esses cenários demonstram os diferentes 
desfechos e complicações decorrentes da implantação do blastocisto e destacam a importância da 
identificação precoce de tais problemas.
Unidade 4.2
TERCEIRA À OITAVA SEMANAS DO 
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
Nas duas primeiras semanas, acompanhamos o processo desde a fertilização até a implantação do 
blastocisto no útero, considerado o início da gestação. Agora, direcionamos o foco para a terceira 
semana de desenvolvimento embrionário. Esta fase é um marco na formação do embrião, com o 
surgimento da linha primitiva, indicando o início da gastrulação.
Nesse período, ocorrem eventos cruciais para a diferenciação do embrião: a formação da notocorda 
(eixo de sustentação do corpo), a transformação do disco bilaminar em trilaminar, com a formação 
dos três folhetos germinativos (endoderma, mesoderma e ectoderma), que são responsáveis pela 
origem dos tecidos e órgãos do futuro bebê.
Essa semana é marcada pela ausência do período menstrual, ocorrendo aproximadamente cinco 
semanas após o início do último ciclo menstrual, sendo um sinal indicativo de uma possível gravidez, 
detectável por ultrassonografia em uma gestação normal.
No cenário de sua atuação em uma clínica especializada em reprodução assistida, a paciente F.L.S. 
está grávida após a realização da fertilização in vitro. Com uma série de questionamentossobre a 
fase embrionária, a paciente tem dúvidas sobre escutar os batimentos cardíacos, visualizar os 
membros e descobrir o sexo do bebê. Ela compartilha com você a data da última menstruação, 
buscando prever a data provável do parto.
Para responder a todas essas questões, é essencial contextualizá-las com o desenvolvimento 
embrionário. Nesse estágio, a quinta semana marca a possibilidade de detecção de um pequeno 
embrião, mas ainda é prematuro escutar os batimentos cardíacos. A formação dos membros começa 
a se tornar visível por volta da sétima semana, quando os membros superiores e inferiores começam 
a surgir, embora não estejam completamente formados. A determinação do sexo do bebê geralmente 
ocorre após a oitava semana. Quanto à data provável do parto, pode ser calculada adicionando 40 
semanas à data do início do último ciclo menstrual.
Essa fase de desenvolvimento é crucial para a formação do embrião e sua progressão para assumir 
características humanas mais reconhecíveis. Sua compreensão e orientação são fundamentais para 
proporcionar informações precisas e tranquilizadoras a pacientes como F.L.S. durante essa fase 
emocionante e repleta de transformações.
1. GASTRULAÇÃO
O Papel Crucial dos Anexos Embrionários
Na segunda semana do desenvolvimento embrionário, a formação dos anexos embrionários é 
essencial para o suporte e o fornecimento de condições necessárias para o crescimento e a 
sobrevivência do embrião. O saco vitelino é responsável pelo armazenamento do vitelo, fornecendo 
nutrientes vitais para o embrião, enquanto o âmnio oferece proteção ao embrião, envolvendo-o em 
uma cavidade cheia de líquido amniótico. O córion, por sua vez, envolve o embrião e os anexos 
embrionários, desempenhando um papel crucial na formação da placenta.
Entretanto, há um anexo embrionário adicional que surge por volta do 16º dia do desenvolvimento, 
denominado alantoide. Especificamente, o alantoide aparece na parede caudal do saco vitelino. Nos 
mamíferos, o alantoide é mantido como uma estrutura reduzida, manifestada como uma linha que se 
estende da bexiga urinária até a região umbilical. Sua função é auxiliar na eliminação de 
excrementos e contribuir para a formação dos vasos sanguíneos da placenta.
O Papel Significativo da Notocorda
Enquanto o embrião passa pelo processo de gastrulação, a notocorda, formada pelo processo 
notocordal, desempenha um papel vital. Este bastão celular define o eixo do embrião, atuando como 
a base para o desenvolvimento do esqueleto axial, que se transformará na coluna vertebral e, 
posteriormente, na região dos corpos vertebrais.
A Importância do Canal Notocordal e da Membrana Bucofaríngea
Durante a gastrulação, a formação do canal notocordal, proveniente das células mesenquimais 
migratórias, resulta no encontro do canal notocordal com a placa precordal, composta por células 
endodérmicas e ectodérmicas, formando a membrana bucofaríngea, que é a região onde a boca 
será desenvolvida. Paralelamente, na extremidade caudal da linha primitiva, a região circular do 
disco bilaminar se transforma na futura região do ânus, denominada membrana cloacal. Este é um 
estágio crucial no desenvolvimento embrionário, no qual as estruturas essenciais para a formação do 
corpo e dos órgãos do feto começam a se delinear e a se desenvolver. A compreensão dessas 
transformações é vital para profissionais de saúde, permitindo a correlação das fases embrionárias 
com a aparência do embrião durante o processo de ultrassonografia, o que pode ajudar a tranquilizar 
e informar as futuras mães sobre o desenvolvimento de seus bebês.
2. NEURULAÇÃO
A notocorda formada durante a gastrulação induz a formação da placa neural (início do sistema 
nervoso central) através do espessamento do ectodermaembrionário. No 18º dia aproximadamente 
do desenvolvimento embrionário, aplaca neural forma um sulco neural mediano, composto de pregas 
neurais que sefundem para formar o tubo neural (medula espinhal primitiva). Mais tarde, ocorreo 
fechamento deste tubo neural e algumas células neuroectodérmicas dispostasna crista de cada 
prega neural perdem a adesão com células epiteliais vizinhas, e formam a crista neural, uma massa 
achatada e irregular, entre o tubo neural e asuperfície da ectoderme, dividindo o embrião em duas 
partes (direita e esquerda),que originarão os gânglios espinhais e do sistema nervoso autônomo, 
incluindo asmeninges do cérebro. O sistema nervoso inicia a sua formação na terceira semanade 
desenvolvimento, mas só estará totalmente formado após o nascimento dobebê, durante o 
crescimento da criança.
A fase de neurulação é marcada pela formação da placa neural e do tudo neural,nesta fase o 
concepto é chamado de nêurula. 
Durante a neurulação, a notocorda, previamente formada durante a gastrulação, exerce influência na 
criação da placa neural, o início do desenvolvimento do sistema nervoso central. Aproximadamente 
no 18º dia do desenvolvimento embrionário, a placa neural começa a tomar forma, gerando um sulco 
neural mediano, composto por pregas neurais que se fundem para formar o tubo neural, uma 
estrutura precursora da medula espinhal.
Em um estágio subsequente, ocorre o fechamento do tubo neural. Algumas células 
neuroectodérmicas localizadas na crista de cada prega neural perdem a adesão com as células 
epiteliais vizinhas, formando a crista neural. Esta estrutura, uma massa irregular e achatada, 
localiza-se entre o tubo neural e a superfície da ectoderme, dividindo o embrião em duas partes, 
direita e esquerda. Da crista neural, derivam-se os gânglios espinhais e o sistema nervoso 
autônomo, incluindo as meninges que revestem o cérebro. Embora o sistema nervoso comece a se 
formar durante a terceira semana de desenvolvimento, ele só estará completamente desenvolvido 
após o nascimento da criança, continuando a amadurecer e crescer durante a infância.
3. FORMAÇÃO DE SOMITOS E CELOMA
Formação dos Somitos e do Celoma
Durante a terceira semana, as vilosidades coriônicas são diferenciadas em capilares e células 
sanguíneas, permitindo o início do fluxo sanguíneo embrionário e a difusão de nutrientes e oxigênio.
O mesoderma intraembrionário se divide em mesoderma paraxial, intermediário e lateral.
O mesoderma paraxial se diferencia em somitos, que darão origem a grande parte do 
esqueleto axial, músculos e derme.
Mesoderma lateral e cardiogênico formam celoma intraembrionário, uma cavidade que 
abrigará os órgãos internos.
Esse celoma se divide em camada parietal (soma) e visceral (esplâncnica).
A formação dos vasos sanguíneos (vasculogênese) inicia-se, essenciais para o transporte de 
nutrientes e oxigênio.
Desenvolvimento do sistema cardiovascular primitivo para fornecer nutrientes ao embrião.
Início da formação do tubo cardíaco com os primeiros batimentos cardíacos ao final da terceira 
semana.
Quarta Semana
4. FOLHETOS EMBRIONÁRIOS E SEUS DERIVADOS
Durante a gastrulação, os três folhetos embrionários - ectoderma, mesoderma e endoderma - são 
formados, sendo essenciais para o desenvolvimento de tecidos e órgãos. 
- O ectoderma dá origem à epiderme, sistema nervoso central e periférico, bem como estruturas 
como a retina ocular.
- O mesoderma é responsável por formar músculos lisos, tecidos conjuntivos, sistema circulatório, 
excretor e reprodutor.
- O endoderma origina revestimentos epiteliais do trato gastrointestinal e vias respiratórias, assim 
como órgãos associados, como pulmões, fígado e pâncreas.
O embrião passa por dobramentos estruturais, assumindo uma forma mais tubular.
Formação do intestino anterior, médio e posterior, onde o médio se comunica com o saco 
vitelino.
Crescimento do cordão umbilical e redução do saco vitelino.
A placenta se desenvolve para a troca de substâncias entre a mãe e o embrião.
O embrião assume uma forma cilíndrica devido ao crescimento rápido dos somitos e da medula 
espinhal.
Para estimar a idade gestacional, os obstetras utilizam uma regra baseada na data do último 
período menstrual, somando um ano esete dias e subtraindo três meses.
Na ultrassonografia, é possível estimar a data do parto medindo o tamanho do embrião ou feto. O 
sistema de classificação de Carnegie categoriza o desenvolvimento embrionário em 23 estágios, 
baseado em características externas e comprimento, útil para estimar a idade do embrião em abortos 
espontâneos.
5. PRINCIPAIS EVENTOS DA QUARTA À OITAVA 
SEMANA DE DESENVOLVIMENTO
Durante a quarta semana, o embrião passa por dobramentos cefálicos e caudais, com surgimento 
dos arcos faríngeos, embora os membros superiores e inferiores já estejam começando a aparecer. 
Na quinta semana, há um crescimento acentuado da cabeça, o início das respostas reflexas ao 
toque e os primeiros sinais dos dedos. Na sétima semana, membranas entre os dedos das mãos 
surgem e o ducto onfaloentérico se desenvolve.
No período entre a quarta e a oitava semana de desenvolvimento, ocorre a organogênese. As 
mudanças são notáveis, como o desenvolvimento de várias partes do corpo, como as mãos, o 
sistema digestivo e os olhos, com ossificação inicial no fêmur. Os movimentos coordenados dos 
membros e a formação de características humanas são visíveis ao final da oitava semana, quando o 
embrião mede cerca de 3 cm. Durante esse período, os principais sistemas orgânicos começam a se 
desenvolver, ainda que o funcionamento de muitos desses sistemas permaneça precário, com 
exceção do sistema cardiovascular.
É uma fase crucial, visto que é quando ocorre a diferenciação de muitos tecidos e órgãos, e o 
embrião está mais vulnerável a substâncias ou fatores que podem causar malformações 
(teratógenos). No entanto, ao fim da oitava semana, o embrião começa a assumir características 
humanas, embora ainda não sejam identificáveis as genitálias externas.
Unidade 4.3
NONA SEMANA AO NASCIMENTO, 
PLACENTA E MEMBRANAS FETAIS
Durante a transição do embrião para o feto, que acontece por volta da nona semana de 
desenvolvimento, ocorrem eventos cruciais que marcam a formação do novo indivíduo. O estudo da 
embriologia oferece entendimento sobre a complexidade dos processos que vão desde a fecundação 
até o nascimento, proporcionando informações sobre as origens dos tecidos, órgãos e a 
possibilidade de interferências externas que podem afetar o desenvolvimento do feto.
Este período fetal é caracterizado pelo desenvolvimento de estruturas fundamentais, como as 
primeiras batidas cardíacas e os movimentos fetais. O estudo abrange a formação de características 
como cabelo, unhas, cílios e órgãos genitais externos, podendo permitir a identificação do sexo do 
feto por ultrassom. Destacam-se também a importância da placenta e das membranas fetais, que 
oferecem suporte essencial ao feto.
É essencial compreender os cuidados e particularidades relacionados à gestação múltipla. Durante o 
acompanhamento de uma gravidez de gêmeos monozigóticos, é relevante alertar sobre as chances 
de parto prematuro e as complicações associadas. Gêmeos que compartilham a mesma placenta 
podem desenvolver a síndrome de transfusão feto-fetal.
É crucial compreender que os danos causados por teratógenos são mais difíceis de ocorrer durante 
o período fetal, mas ainda possíveis, podendo afetar a visão e o sistema nervoso do feto. A gestação 
múltipla requer atenção redobrada devido ao risco aumentado de parto prematuro. A passagem do 
embrião para feto ocorre gradativamente, sendo marcada pelo rápido crescimento dos tecidos e 
órgãos.
Este período fetal compreende a formação inicial das estruturas anatômicas e fisiológicas, que 
começam a se desenvolver de maneira mais efetiva. A compreensão de cada uma dessas etapas é 
fundamental para acompanhar o desenvolvimento do novo ser que está se formando.
1. PRINCIPAIS EVENTOS DA NONA SEMANA AO NASCIMENTO
Durante o período que vai da nona semana ao nascimento, a formação e o desenvolvimento do feto 
avançam significativamente. No início desse estágio, o tamanho da cabeça ainda é 
proporcionalmente grande em relação ao corpo do feto. Durante a décima primeira semana, o 
intestino retorna ao abdome e começa a formação da urina, que é lançada no líquido amniótico, 
contribuindo para a circulação e absorção de líquido pelo feto.
À medida que o desenvolvimento prossegue, os membros alcançam tamanhos mais próximos dos 
definitivos. Na décima quarta semana, ocorre a padronização dos cabelos no couro cabeludo e os 
movimentos dos olhos se tornam perceptíveis. Durante a décima sexta semana, o tecido ósseo 
começa a se formar, os primeiros dentes decíduos se desenvolvem, e já é possível identificar o sexo 
do feto por ultrassonografia.Durante a gestação, o feto cresce e se desenvolve progressivamente, 
atingindo diferentes marcos ao longo das semanas. Por exemplo, na vigésima quarta semana, as 
unhas já estão formadas, as células epiteliais secretoras iniciam a produção de um líquido nos 
pulmões (surfactante) para manter os alvéolos abertos. É nesse período que o feto começa a 
perceber a dor.
Entre a vigésima sexta e a vigésima nona semana, o feto atinge estágios de desenvolvimento 
significativos: os pulmões são capazes de realizar trocas gasosas suficientes, o sistema nervoso 
central amadurece para controlar a temperatura corporal e a respiração. No entanto, o nascimento 
antes da vigésima sexta semana pode acarretar sérios riscos à sobrevivência devido à imaturidade 
do sistema respiratório.
Nas últimas semanas de gestação, o feto continua a ganhar peso, crescer e desenvolver órgãos 
essenciais. Durante a trigésima segunda semana, há uma boa chance de sobrevivência sem a 
necessidade de incubadoras. No final da gestação, por volta da trigésima oitava semana, o feto está 
pronto para o parto.Em termos de duração, uma gestação completa normalmente se estende por 
cerca de 40 semanas, contadas a partir da data da última menstruação (DUM), ou aproximadamente 
38 semanas após a fecundação.
2. PLACENTA E MEMBRANAS FETAIS
Durante o desenvolvimento fetal, a placenta desempenha um papel crucial como local de trocas 
entre a mãe e o feto. Ela surge a partir do trofoblasto, das vilosidades coriônicas e do saco coriônico 
no final da terceira semana de desenvolvimento. A placenta é um órgão de suporte nutricional e 
respiratório para o feto, composta por uma parte fetal e uma parte materna.
A parte materna, denominada decídua, é o endométrio gravídico e possui três regiões distintas: 
decídua basal, que fica mais distante do concepto; decídua capsular, que recobre o concepto; e 
decídua parietal, que compreende as partes restantes. O aumento dos níveis de progesterona no 
sangue da mãe leva ao aumento das células do tecido endometrial, formando as células deciduais. 
O córion frondoso, por sua vez, surge do crescimento das vilosidades-tronco à medida que a 
gravidez avança. Ele representa a parte fetal da placenta, enquanto do lado oposto a este polo 
embrionário, as vilosidades se degeneram e formam o córion liso.
O córion, que reveste a parede do saco coriônico, é uma estrutura fundamental para a determinação 
da idade gestacional de embriões. Através do ultrassom, diâmetros entre 2-3 mm indicam 
aproximadamente 18 dias de idade gestacional após a fecundação.
Durante o desenvolvimento fetal, uma série de mudanças ocorre nas membranas fetais e na 
formação da placenta, atuando como uma conexão essencial entre a mãe e o feto.
O desenvolvimento dos anexos embrionários é fundamental. O âmnio, que forma o saco amniótico, 
preenchido com o líquido amniótico, desempenha múltiplas funções: proteção contra choques 
mecânicos, ressecamento, infecções e lesões, além de favorecer o desenvolvimento muscular e 
pulmonar do feto. O líquido amniótico é composto por água, solutos, compostos orgânicos e sais 
inorgânicos.O saco vitelino desempenha um papel crucial nas fases iniciais do desenvolvimento, 
facilitando a transferência de nutrientes, embora seja reduzido durante o desenvolvimento, formando 
parte do intestino primitivo e contribuindo para a formação de células germinativas primitivas.Quanto ao alantoide, embora não seja funcional nos embriões humanos, sua formação e involução 
são essenciais para o desenvolvimento do sistema circulatório fetal e a formação do cordão 
umbilical, sendo fundamental para a conexão entre o feto e a placenta.Por sua vez, a placenta 
desempenha um papel crítico, permitindo a troca de nutrientes e gases entre o feto e a mãe. 
Formada a partir das vilosidades coriônicas, a placenta, composta por um lado fetal e um lado 
materno, possui a função de garantir a troca de substâncias entre o sangue materno e o sangue 
fetal. Esse processo envolve transporte de substâncias como água, gases, ureia, hormônios, 
nutrientes e resíduos metabólicos, com mecanismos de difusão simples, difusão facilitada e 
transporte ativo.
Através do cordão umbilical, composto por veias e artérias, a placenta assegura o fornecimento de 
nutrientes e a remoção de resíduos do feto, garantindo seu desenvolvimento adequado. No entanto, 
alterações extremas no comprimento do cordão umbilical podem afetar o feto, levando a possíveis 
problemas de oxigenação.Essas estruturas auxiliam na proteção, nutrição e suporte do feto durante 
o processo de gestação, contribuindo para o desenvolvimento saudável e adequado.
3. PARTO
O parto é o momento culminante do nascimento, marcado pelo momento em que o feto, a placenta e 
os anexos embrionários são expelidos do corpo da mãe. Este processo é desencadeado pelo 
trabalho de parto, caracterizado por uma sequência de contrações uterinas. Essas contrações, 
também conhecidas como dores de parto, resultam na dilatação do colo do útero, permitindo a saída 
do feto. Esse processo é mediado por uma complexa interação hormonal.O trabalho de parto é 
iniciado pela ação do hormônio liberador de corticotropina secretado pelo hipotálamo do feto. Este 
hormônio estimula a produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela hipófise, 
desencadeando uma série de reações. A liberação de cortisol pelo córtex suprarrenal, relacionado à 
síntese de estrógenos, estimula a produção de ocitocina. A ocitocina, por sua vez, estimula as 
contrações do músculo liso do útero.
As contrações peristálticas são intensificadas pelo aumento de estrógeno, que atua no miométrio, e 
estimulam a liberação adicional de ocitocina e prostaglandinas. Essas substâncias desempenham 
um papel crucial na progressão do trabalho de parto, inicialmente espaçado, mas gradualmente 
tornando-se mais intensificado. Conforme o útero se contrai, o âmnio e o córion liso são 
progressivamente forçados para dentro do colo do útero, levando à sua dilatação. Nesse momento, a 
membrana amniocoriônica se rompe, e o líquido amniótico é expelido pela vagina.À medida que as 
contrações uterinas se tornam mais fortes, e com a assistência dos músculos abdominais, o feto é 
expelido juntamente com as demais membranas fetais. Com a saída do feto do corpo da mãe, ele é 
considerado um recém-nascido.
Logo após o nascimento do feto, a placenta é separada da parede uterina. Esse processo é 
essencial para controlar possíveis hemorragias. As contrações do útero ajudam a comprimir as 
artérias, o que, geralmente, dura cerca de 15 minutos. Se a placenta permanecer aderida ou não for 
expelida após aproximadamente 60 minutos, pode ocorrer uma complicação conhecida como 
hemorragia pós-parto.
4. MÚLTIPLAS GESTAÇÕES
As gestações múltiplas são aquelas em que uma mulher carrega dois ou mais fetos de uma vez. Elas 
são associadas a um risco maior de complicações para a mãe e para os fetos. O aumento do 
número de fetos está correlacionado com um risco progressivamente maior de anomalias 
cromossômicas e complicações, como parto prematuro, hipertensão, diabetes gestacional, anemia e 
crescimento fetal reduzido.Gestações múltiplas são mais comuns em casos de fertilização in vitro, o 
que aumenta significativamente a incidência de gestações de gêmeos e múltiplos.
Os gêmeos podem ter origens diferentes. Gêmeos dizigóticos (DZ), conhecidos como bivitelinos ou 
dicoriônicos, surgem da fecundação de dois óvulos por dois espermatozoides. Já os gêmeos 
monozigóticos (MZ), univitelinos ou monocoriônicos, originam-se de um único óvulo 
fertilizado.Gêmeos DZ geralmente têm placentas e membranas separadas, cada um com seu próprio 
âmnio, córion e placenta. Já os gêmeos MZ frequentemente compartilham a mesma placenta e se 
desenvolvem no mesmo córion, mas podem ou não ter o mesmo âmnio.
Os gêmeos monozigóticos, ao contrário dos dizigóticos, são sempre do mesmo sexo. Eles são 
geneticamente idênticos, mas algumas características fenotípicas, como impressões digitais, podem 
ser distintas devido à interação do genótipo com o ambiente.Trigêmeos, quádruplos e demais 
nascimentos múltiplos podem ser originados de um único zigoto idêntico, de dois zigotos com 
gêmeos idênticos e um diferente ou a partir de um zigoto para cada gêmeo, permitindo que eles 
tenham sexos iguais ou distintos.
Gêmeos siameses são casos raros em que o disco embrionário não se divide completamente, 
resultando em gêmeos monozigóticos conjugados. Em alguns casos, são separados cirurgicamente 
com sucesso.O estudo dos gêmeos é valioso para a genética humana, pois permite comparar a 
influência do ambiente e dos genes no desenvolvimento. Condições anormais podem ser 
comparadas entre gêmeos para determinar o papel da hereditariedade.Compreender o 
desenvolvimento humano, desde a fecundação até o nascimento, é essencial para entender a vida. 
Esses processos são fascinantes e complexos, interligando conceitos de biologia celular, genética e 
embriologia para compreender a formação de um novo indivíduo.

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