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Filosofia: Razão e Modernidade| Hernane Velozo PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Instituto de Ciências Exatas e Informática – ICEI Curso: Engenharia de Computação 2º/2023 Disciplina: Filosofia: Razão e Modernidade Professor: Dr. José Newton Tomazzoni Tavares Aluno: Hernane Velozo Rosa AVALIAÇÃO GLOBAL 1) A partir do texto: “As grandes modernidades”, mostre o contexto histórico do nascimento da Modernidade e suas principais manifestações para a contemporaneidade. O surgimento da Modernidade, no período de transição da Idade Média para a Idade Moderna (séculos XIV a XVII), promoveu transformações profundas que moldaram a sociedade contemporânea. O Renascimento Cultural resgatou o interesse por artes, ciências e humanidades, estimulando o pensamento crítico e a valorização do indivíduo como agente de mudança. Simultaneamente, a Revolução Científica, liderada por Galileu Galilei e René Descartes, estabeleceu os fundamentos da visão moderna baseada na razão e na observação científica. Esse rompimento com a cosmovisão medieval marcou uma era em que a ciência ganhou protagonismo na compreensão do mundo. A Reforma Protestante, liderada por Martinho Lutero, desafiou a hegemonia da Igreja Católica, promovendo a liberdade religiosa e interpretações diretas da Bíblia, impactando profundamente as sociedades europeias. Os Descobrimentos e a Expansão Marítima abriram novas rotas e terras, ampliando horizontes culturais e comerciais. A descoberta da América, África e Ásia contribuiu para uma ordem mundial mais interconectada. Essas manifestações iniciais da Modernidade estabeleceram bases para desenvolvimentos subsequentes, como o Iluminismo, a Revolução Industrial e os movimentos sociais e políticos dos séculos XIX e XX, junto com avanços tecnológicos e a globalização, moldando a sociedade moderna. Contudo, a complexidade desse legado moderno também gerou desafios. A Pós-Modernidade, marcada pela crítica à racionalidade e ênfase na diversidade cultural, reflete uma tentativa de repensar as estruturas estabelecidas pela Modernidade. Assim, a trajetória da Modernidade, desde suas origens até os dias atuais, representa um processo multifacetado, marcado por avanços, desafios éticos e busca constante por compreender e adaptar-se às transformações sociais, políticas e culturais. Filosofia: Razão e Modernidade| Hernane Velozo 2) A partir do Texto: “Descartes e a questão do método”, explique o cogito cartesiano e sua importância para o processo moderno O "Cogito, ergo sum" de Descartes, traduzido como "Eu penso, eu existo", representa o cerne da filosofia cartesiana e teve um impacto profundo no pensamento moderno. Essa afirmação condensa a certeza central alcançada por Descartes após sua busca por um método seguro e a aplicação da dúvida metódica. O "Cogito" destaca a certeza inabalável da existência do sujeito que pensa. Ao duvidar de tudo, Descartes conclui que, mesmo na dúvida, persiste a presença de um pensamento. Essa formulação não apenas afirma a existência do sujeito pensante, mas também estabelece a base para a certeza e o conhecimento. A importância do cogito para o pensamento moderno reside na sua influência sobre a epistemologia e a filosofia da mente. Descartes inaugura uma revolução ao colocar o sujeito pensante como ponto de partida para o conhecimento, destacando a importância da subjetividade e da consciência. Além disso, o cogito torna-se a base sólida para a construção do conhecimento. A partir desse ponto de certeza, Descartes desenvolve um sistema dedutivo que busca estabelecer verdades claras e distintas. Esse método matemático de raciocínio influencia não apenas a filosofia, mas também a ciência, onde a dedução lógica e a clareza conceitual se tornam princípios fundamentais. 3) A partir do texto: “Europa, modernidade e eurocentrismo”, explique o que é modernidade mundial e seu mito irracionalista. Na obra "Europa, Modernidade e Eurocentrismo", Enrique Dussel redefine a modernidade como um fenômeno global, originado na expansão colonial portuguesa e espanhola do século XV. Ele critica o mito irracionalista associado à modernidade, que limita a emancipação humana à razão, argumentando que essa perspectiva eurocêntrica negligência as complexidades culturais e históricas envolvidas. Dussel destaca a violência inerente à modernidade, especialmente nos confrontos culturais na América Latina, concluindo que para superá-la é necessário reconhecer as vítimas da violência moderna e repudiar a suposta inocência da Europa.
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