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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CURSO DE GRADUAÇÃO CIÊNCIAS CONTÁBEIS Ludmila Aparecida da Silva Santos “O homem de Sócrates e o homem de Protágoras” Belo Horizonte 2020 Questionário 1)- No texto-referência de Reale, Protágoras, propõe a ideia do relativismo natural e moral. A seguir, comente o famoso enunciado do filósofo sofista: “o homem é a medida de todas as coisas”. Justifique em que termos caberia falarmos de um “relativismo natural” e de um “relativismo moral”, segundo o texto mencionado. Com a frase de Protágoras a primeira conclusão que podemos tirar é uma defesa do relativismo, pois para ele não existe uma verdade universal, fixa e que alcance todos os espaços. Assim sendo, quando ele diz que “o homem é a medida de todas as coisas” ele quer nos mostrar que depende do homem para dizer se uma determinada coisa é ou não é, o que uma determinada realização pode fazer ou não, e também nos diz que é somente o homem que pode determinar seu valor, a sua significação e o seu uso. Portanto não podemos dizer que as coisas que determinam o ser humano, e sim o ser humano que às determina, por que as idéias são construídas pelo homem e por isso elas podem ser manipuláveis de acordo com as sua vontade. Caberia falarmos de relativismo moral em relação às diferentes culturas, pois estas não devem ser moralmente julgadas por pessoas de fora, e não existem conjuntos de valores morais que são superiores a outros. Por exemplo, um brasileiro não deve julgar um estrangeiro pelo fato dele comer uma determinada coisa que não faz parte do hábito da sua sociedade. Em relação ao relativismo natural podemos utilizar como base a frase descrita no texto “Tal como cada coisa aparece para mim, tal ela é para mim, tal como aparece para ti, tal é para ti”, e usar o exemplo do número 6, pois vai depender de qual posição a pessoa se encontra para dizer se é 6 ou 9. 2)- Sócrates, segundo os muitos “diálogos” de Platão, combaterá o relativismo sofista. E para isso, na apostila, indicam-se três aspectos: ideia de universalidade; de “maiêutica”; e de “pysché. Justifique cada aspecto. Definições universais: Sócrates definiu como uma verdade absoluta, é a verdade em qualquer tempo e em qualquer lugar. Ele se baseia na universalidade como “conceitos precisos” e “fixos”. Maiêutica: Método de chegar ao conhecimento. Para Sócrates o papel do filósofo era fazer com que as pessoas chegassem ao conhecimento, e com isso utilizava o método de diálogo para levar o seu interlocutor a perceber por si só sua própria ignorância sobre os assuntos tratados. Pysché: A definição que Sócrates utilizava é que “o homem é a sua alma”, portanto é a sua alma que o distingue de qualquer outra coisa, dando-lhe uma personalidade única. E por psyché Sócrates entende a consciência e a personalidade intelectual e moral. 3)- Se tivesse que destacar exemplos do relativismo sofista de Protágoras associados a nossos dias, quais seriam (política, cultura, ciência, ...) Sócrates argumenta em favor de uma “psyché” (alma intelectiva) que é comum a todos os mortais (dentro dela podem-se localizar as virtudes universais). Em que termos o homem ou a mulher diputado ou prefeito poderia agir no congresso apenas sustentando-se na ética das virtudes de Sócrates? Podemos destacar que no dias atuais o que uma pessoa considera caro, a outra pode considerar barato, e isso varia de acordo com o valor que a determinada pessoa é assalariada. Um outro exemplo é o tempo, isso varia de acordo com a situação, pois se você estiver em um momento agradável e de diversão com os amigos, e você só tem mais 10 minutos para ficar junto a eles, esse determinado tempo irá passar rapidamente, agora se em outra ocasião você estiver em uma fila aguardando para utilizar um banheiro pública e faltar esses mesmo 10 minutos para chegar sua vez, esse tempo será considerado uma eternidade, e era isso que Protágoras defendia, para ele não existia uma verdade absoluta, tudo dependia das concepções individuais. Um homem ou uma mulher que desejasse agir no congresso sustentando-se através da ética das virtudes de Sócrates ele devia seguir três termos, o saber (ser bom em alguma coisa), a excelência na ação e a bondade moral. Para ele as pessoas que se interessavam pelo bem, tinham interesse de praticá-lo, e sendo assim levaria o governo no caminho correto e com excelência.
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