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AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO 
PSICOPEDAGÓGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumara Luiz Bento Ferreira 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO ---------------------------------------------------------------------------- 06 
MÓDULO I- Introdução a Avaliação Psicopedagógica ------------------------- 07 
O que é avaliação e intervenção Psicopedagógica------------------------------------07 
Sobre as dificuldades de aprendizagem escolar---------------------------------------09 
Como estruturar uma avaliação psicopedagógica ------------------------------------11 
Primeira consulta, Anamnese, EOCA, Vínculo terapêutico e Análise da Hipótese 
Diagnóstica --------------------------------------------------------------------------------------13 
Funções executivas e atenção--------------------------------------------------------------15 
Ferramentas avaliativas: instrumentos da Psicopedagogia, Testes de rastreio do 
Autismo e de TDAH ----------------------------------------------------------------------------17 
MÓDULO II- Avaliação a Intervenção Psicopedagógica-------------------------- 21
 
Psicopedagogia Clínica- Introdução aos aspectos básicos do Diagnóstico 
Psicopedagógico -------------------------------------------------------------------------------21 
Principais Transtornos e síndromes que podem causar desafios/dificuldades de 
aprendizagem: Dislexia, Disortografia, Disgrafia, Discalculia, TDAH, TPAC e 
TOD------------------------------------------------------------------------------------------------24 
Principais Transtornos e Deficiência: Transtorno do Espetro Autista- TEA, 
Transtornos Desintegrativos e Deficiência Intelectual --------------------------------33 
Diagnóstico Operatório - Provas Piagetianas ------------------------------------------ 37 
Teoria da Epistemologia Convergente (Jorge Visca)----------------------------------42 
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Instrumentos e técnicas Projetivas na avaliação Psicopedagógica -----------------46 
Ferramentas: Instrumentos, escalas e técnicas Psicopedagógicas para 
Avaliação dos Aspectos Educacionais e Funções Executivas ---------------------48 
Instrumentos de Avaliação e intervenção para Consciência Fonológica --------53 
Avaliação dos Aspectos Psicomotores, coordenação motora ampla e fina, 
coordenação visomotora, lateralidade, esquema corporal, orientação temporal e 
espacial e sequência lógica; Habilidades adaptativas e Atividades de Vida Social 
e autônoma- AVAS e Aspectos Emocionais, afetivos e comportamentais-------55 
O uso do lúdico no processo de avaliação e intervenção psicopedagógica -----59 
Avaliação e proposta de intervenção para crianças com Transtornos Funcionais 
Específicos: TDAH, TPAC e TOD ---------------------------------------------------------61 
Avaliação e proposta de intervenção para crianças com Transtorno Funcionais 
Específicos: Dislexia, Disortografia, Disgrafia, Discalculia --------------------------67 
Avaliação e Intervenção Psicopedagógica em crianças com diagnóstico de 
Deficiência Intelectual -------------------------------------------------------------------------69 
Avaliação e Intervenção Psicopedagógica no Transtorno do Espectro Autista-
TEA -----------------------------------------------------------------------------------------------71 
Intervenção com atividades de Ginástica Cerebral ----------------------------------75 
Proposta de Intervenção Psicopedagógica para o Atendimento e orientação da 
Família -------------------------------------------------------------------------------------------79 
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Elaboração do Parecer/ Informe Psicopedagógico -----------------------------------81 
Devolutiva e Encaminhamentos -----------------------------------------------------------85 
MÓDULO III: PRÁTICAS PSICOPEDAGÓGICAS -----------------------------------87 
1-Clínica -----------------------------------------------------------------------------------------87 
O primeiro contato com o paciente e sua família --------------------------------------87 
Anamnese (qual a melhor anamnese para a sua demanda?)-----------------------88 
Como elaborar a avaliação Psicopedagógica: Quais ferramentas: testes e 
instrumentos utilizar? --------------------------------------------------------------------------89 
Como estruturar e realizar a EOCA? ------------------------------------------------------90 
 As estratégias interventivas para as demandas comportamentais, 
desenvolvimento e aprendizagem----------------------------------------------------------92 
2-Educacional: ---------------------------------------------------------------------------------94 
Avaliação e Intervenção no contexto escolar, observação no contexto escolar e 
principais testes no processo de avaliação ----------------------------------------------94 
Elaboração do PEI -----------------------------------------------------------------------------96 
O trabalho do Atendimento Educacional Especializado- AEE, Adequação 
Curricular e Inclusão ---------------------------------------------------------------------------98 
Mediação junto a Equipe Escolar e atuação em casos de violência, bullying e 
evasão escolar---------------------------------------------------------------------------------103 
3-Hospitalar:-----------------------------------------------------------------------------------104 
A atuação e papel do Psicopedagogo no contexto hospitalar e humanização da 
saúde--------------------------------------------------------------------------------------------104 
O processo de aprendizagem no contexto de internação e práticas 
psicopedagógicas----------------------------------------------------------------------------105 
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4-Empresarial:-------------------------------------------------------------------------------107 
Atuação e papel do Psicopedagogo no contexto organizacional e os diversos 
setores de trabalho -------------------------------------------------------------------------107 
 Avaliação e intervenção no comportamento, habilidades sociais, cognitivas, 
inteligência emocional e psicopatologias----------------------------------------------109 
Programa de Transição---------------------------------------------------------------------110 
CONCLUSÃO---------------------------------------------------------------------------------111 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ----------------------------------------------------113 
ANEXOS ---------------------------------------------------------------------------------------117 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. APRESENTAÇÃO 
 
Diante a pandemia da Covid-19 no Brasil e no mundo, no qual em 
praticamente todos os lugares as aulas presenciais foram suspensas e muitas 
crianças e adolescentes ficaram estudando de forma remota por meio de aulas 
síncronas e assíncronas, provavelmente teremos um aumento significativo de 
crianças e adolescentes que poderão ser encaminhadas para o processo de 
avaliação psicopedagógica. 
 E foi pensando também nessa possibilidade que acreditamos a 
importância de promover um curso de avaliação eintervenção psicopedagógica, 
observando que muitas crianças e adolescentes não conseguiram acompanhar 
as aulas de forma remota e apresentaram dificuldades e defasagem de 
aprendizagem ao retornar as aulas presenciais. Importante pensar nessa lacuna 
que existe e nas possibilidades de sanar as dificuldades que irão aparecer. 
 Essa apostila tem como objetivo apresentar a vocês os principais tópicos 
relacionados com a avaliação e intervenção psicopedagógica. 
 O primeiro módulo é uma introdução ao processo, no qual realizei a 
definição de avaliação e intervenção psicopedagógica, sobre as dificuldades de 
aprendizagem, como estruturar uma avaliação, a primeira consulta, as funções 
executivas no processo de aprendizagem, e os principais instrumentos 
avaliativos. 
 O segundo módulo, é apresentado o passo a passo de uma avaliação, 
trazendo os principais autores da área. Trouxemos os principais transtornos 
funcionais específicos e síndromes, Epistemologia Convergente, Provas 
operatórias, principais ferramentas, testes e escalas. Acredito que esse módulo 
está muito completo e irá instrumentalizar você a realizar uma avaliação e 
intervenção psicopedagógica de qualidade. 
 O terceiro módulo, trouxemos as práticas psicopedagógicas, na área 
clinica que é a mais conhecida, seguida da Educacional/ Escolar, a Hospitalar e 
por fim Empresarial/ Organizacional. 
 Aproveitem esse material que foi preparado com muito planejamento, 
esmero, carinho e qualidade. E vamos juntos aperfeiçoar a nossa prática 
profissional. 
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MÓDULO I- INTRODUÇÃO A AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA 
 
 
O que é avaliação e intervenção psicopedagógica 
 
 A psicopedagogia é um campo de conhecimento em que a psicologia e a 
pedagogia interagem, com objetivo de facilitar o processo de ensino-
aprendizagem. Nesse sentido, a psicopedagogia é a ciência que permite 
investigar a pessoa e o seu ambiente nas várias etapas de aprendizagem que 
abarca a sua vida, seja os desafios e dificuldades apresentadas, e também as 
potencialidades. 
 Sendo a Psicopedagogia uma ciência que visa estudar a aprendizagem 
em suas diferentes relações e circunstâncias, ela se ocupa do processo de 
aprendizagem e suas variações e da construção de estratégias para a superação 
do não-aprender, tendo como um de seus focos principais a autoria do 
pensamento e da aprendizagem (PICETTI &MARQUES, 2016). 
 Cabe salientar que a Psicopedagogia visa compreender o ser aprendente 
como um todo, entendendo todas as dimensões da pessoa em seus distintos 
processos: cognitivos, afetivos, emocionais, sociais, culturais, orgânicos, 
psíquicos e pedagógicos. 
 Dessa forma para conhecer os desafios e dificuldades de aprendizagem 
do estudante e suas potencialidades e com isso elaborar estratégias de 
intervenção é preciso realizar a avaliação psicopedagógica. 
 A avaliação psicopedagógica é o processo no qual visa investigar as 
relações do estudante com o conhecimento e os seus vínculos com a 
aprendizagem, procurando considerar os aspectos emocionais, sociais e 
cognitivos. De acordo com Weiss (2012), o diagnóstico psicopedagógico, nada 
mais é que um processo de investigação, uma pesquisa, do que não vai bem 
com a pessoa em relação ao que se era esperado. É o esclarecimento de uma 
queixa, que pode ser do próprio estudante, da família e em sua maioria da 
escola. 
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 Importante destacar que, na avaliação psicopedagógica a intenção é 
obter a compreensão global da forma de aprender e dos desvios que pode estar 
acontecendo nesse processo. 
 De acordo com Sampaio (2018), a avaliação psicopedagógica é como 
montar um grande quebra-cabeças, pois conforme vai se encaixando as peças, 
vai se descobrindo o que tem por trás dos sintomas que a pessoa apresenta. As 
peças do quebra cabeça vêm do próprio estudante, da família, da escola, e a 
forma de montá-las, depende de quem está conduzindo a avaliação, no caso, o 
psicopedagogo, pois precisa levar em consideração todos os aspectos objetivos 
e subjetivos observados nos diversos âmbitos: cognitivo, familiar, pedagógico e 
social. 
 Após todo o processo de avaliação, em que o psicopedagogo já tem a 
visão global da pessoa, a sua contextualização na família, na escola e no seu 
meio social, elabora-se um documento contendo todas as etapas do processo, 
com a intenção de apresentar tudo o que foi realizado, investigado e quais os 
encaminhamentos a realizar e um desses pode ser a intervenção 
psicopedagógica, como pontua Weiss (2012). 
 A intervenção psicopedagógica tem como objetivo auxiliar o estudante 
nos seus desafios e dificuldades de aprendizagem apresentados durante o 
processo de avaliação, por isso para cada pessoa é preciso criar plano de 
intervenção, baseado no que é preciso intervir. 
A intervenção psicopedagógica visa por meio de atividades escolhidas e 
direcionadas pelo psicopedagogo contribuir no processo de ensino 
aprendizagem da pessoa e mediar a relação do aprendente com a construção 
do saber. Durante as intervenções podem realizar atividades tanto pedagógicas 
como lúdicas. 
Importante salientar que, a avaliação e intervenção psicopedagógica pode 
ser realizada por profissionais com especialização na área da psicopedagogia, 
seja psicólogo, pedagogo ou de outra formação, mas que tenha a experiência e 
o conhecimento para tal. 
E muitos perguntam: somente criança e adolescentes que podem ser 
avaliados? A reposta é não. Muitos adultos também procuram o profissional de 
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psicopedagogia para avaliação e até mesmo intervenção. Adultos esse que 
tiveram um histórico de dificuldade de aprendizagem quando criança, ou até 
mesmo adultos que procuram conhecer como aprendem e como melhorar seu 
desempenho nos estudos. 
 
 
Sobre as dificuldades de aprendizagem escolar 
 
 Boa parte das famílias que procuram pela avaliação psicopedagógica de 
uma criança, de um adolescente e até mesmo de um adulto, percebem que estes 
apresentam ou apresentaram alguma dificuldade de aprendizagem escolar. 
 Geralmente o profissional de psicopedagogia é procurado pois, a escola 
observou que a criança ou adolescente apresenta desafios e dificuldades de 
aprendizagem que para a sua faixa etária já teriam sido vencidas. Em outros 
momentos percebem desafios comportamentais que também estão contribuindo 
para a não aprendizagem. 
 Por vezes, o professor relata que a criança apresenta uma linguagem oral 
com trocas de fonemas, ou que ainda não consegue escreve o seu prenome. 
Outros percebem uma agitação motora e dificuldade no processo de 
alfabetização. Alguns adolescentes apresentam desafios na atenção e 
concentração para concluir as atividades. E muitas vezes acontece de os pais 
também perceberem esses desafios e confirmar com o professor da criança ou 
adolescente. E acontece ainda de alguns médicos perceberem durante uma 
consulta que a criança apresenta um olhar fugaz, estereotipias, dificuldades de 
socialização e interação com seus pares. 
 Mas antes de falar sobre o que dificuldade de aprendizagem escolar, 
precisamos saber o que é aprendizagem e temos muitos teóricos que trazem o 
conceito de aprendizagem diante a perspectiva de sua teoria. 
De um modo geral aprendizagem pode ser considerada como o resultado 
de uma organização dos esquemas mentais desenvolvidos em diferentes 
estágios com influência do ambiente, assimilação dos valores culturais e demais 
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aspectos funcionais, conceituada como a capacidade de compreender, conhecer 
e observar as informações obtidas(CHIARELLO, 2019). 
No entanto a aprendizagem e formas de aprender vem sendo estudadas 
ao longo de muitos anos e as teorias clássicas como Comportamentalismo, 
Cognitivismo, Humanismo e Teoria Sócio-Histórica são as mais conhecidas 
quando estudamos a psicologia da aprendizagem ou do desenvolvimento. 
Para os comportamentalistas, aprender implica mudanças no 
comportamento, destacando as teorias do reflexo, associacionista, Behaviorismo 
de Watson e o Behaviorismo de Skinner (BARBOSA, 2015, p.16). 
Já no cognitivismo busca entender a ocorrência dos processos mentais 
durante a aprendizagem. Os cognitivistas entendem que se aprende a partir da 
construção do conhecimento e a base do cognitivismo está na cognição, dando 
ênfase aos processos da mente, percepção e compreensão, como retrata bem 
Piaget. 
O Humanismo, tendo como representante Carl Rogers, destaca que 
aprender leva a autonomia e auto- realização do ser. Tem a atenção voltada para 
o ensino centrado no aluno e a sua principal preocupação é o crescimento 
pessoal. 
E a teoria Sócio-Histórica de Lev Vygotsky, Luria e Leontiev, destacando 
a influência das questões culturais, históricas e sociais as quais agem 
diretamente na aprendizagem do indivíduo, nesta perspectiva a mediação é uma 
atividade indispensável para a aprendizagem do aluno. 
Diante das abordagens descritas cada uma procura investigar como a 
aprendizagem acontece e também passam a perceber quando ela não ocorre e 
então passam a investigar os motivos. Sendo assim as dificuldades de 
aprendizagem podem acontecer por vários motivos: por uma desordem ou 
disfunção neurológica, causada por lesões cerebrais, desenvolvimento 
inadequado do cérebro ou desconformidade química. Ou as dificuldades surgem 
a partir de obstáculos encontrados no processo de ensino-aprendizagem 
causados pelos fatores externos, metodologias inapropriadas, conflitos pessoais 
e diferenças culturais, como pontua Chiarello (2019) em seu artigo. 
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E é no ambiente escolar que percebe as dificuldades de aprendizagem de 
crianças e de adolescentes. E também é nesse ambiente que os transtornos de 
aprendizagem se tornam mais evidentes. Sendo que é nesse momento que 
muitas crianças recebem diagnósticos de Transtorno de Hiperatividade e Déficit 
de Atenção- TDAH, Dislexia, Discalculia, Disgrafia, Disortografia, Transtorno do 
Processo Auditivo Central- TPAC, Transtorno do Espectro Autista- TEA, 
Transtorno Opositor Desafiador- TOD e Deficiência Intelectual. Transtornos que 
falaremos mais adiante. 
Enfim, as dificuldades de aprendizagem escolar são um dos maiores 
motivos para os encaminhamentos de avaliação e intervenção psicopedagógica. 
 
Como estruturar uma avaliação psicopedagógica 
 
 Para a realização da avaliação psicopedagógica é preciso estruturar e 
criar um roteiro para que aconteça da melhor maneira possível a partir da queixa 
que foi levada até o psicopedagogo. 
 Importante destacar que, a forma de realizar a avaliação 
psicopedagógica, depende da postura teórica adotada. Aqui vou apresentar 
duas teorias mais conhecidas de estruturar e realizar uma avaliação. 
 De acordo com Weiss (2012) para iniciar o processo de avaliação é 
importante que o psicopedagogo tenha claro dois grandes eixos: o eixo 
horizontal que se explora o presente, a contextualização da queixa atual, 
centrada nas causas que coexistem temporalmente com o sintoma. E o eixo 
vertical, que é o histórico, no qual se busca a construção geral da pessoa, 
procurando contextualizar em vários momentos. 
 Nesse sentido, Weiss (2012) inicia a avaliação utilizando os seguintes 
instrumentos: Entrevista Familiar Exploratória Situacional (EFES), Entrevista 
com toda família, incluindo pais e irmãos, (anamnese), Entrevista Operativa 
Centrada na Aprendizagem (EOCA), as sessões lúdicas centradas na 
aprendizagem (em crianças), provas e testes diversos, de acordo com a 
necessidade, entrevistas com equipe da escola ou outros profissionais 
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envolvidos, depois elabora a Síntese Diagnóstica e entrevista de Devolução e 
encaminhamentos. 
 Porém, na linha teórica da Epistemologia Convergente de Jorge Visca, a 
avaliação inicia-se por uma consulta inicial de cunho contratual com os pais e ou 
responsáveis, para explicar todo o processo, depois segue para a Entrevista 
Operativa Centrada na Aprendizagem (EOCA), testes e provas diversos de 
acordo com a necessidade, Anamnese que visa nesse momento, conhecer toda 
a história da pessoa, posteriormente a elaboração do informe e por fim a 
devolutiva e encaminhamentos como destaca Sampaio (2018). 
 Pode ser perceber que a diferença entre as duas propostas está na 
escolha de quando será realizada a Anamnese. A Epistemologia Convergente 
acredita que ao realizar a Anamnese logo no início do processo avaliativo pode 
“contaminar” o psicopedagogo e fica-se preocupado com os indícios já relatados. 
Já a outra abordagem não percebe problema em já conhecer tudo sobre a 
pessoa que estará em avaliação (SAMPAIO, 2018). 
 É muito importante destacar, que esta diferença não vai alterar o resultado 
da sua avaliação e nem tem pouco irá prejudicar o seu trabalho, o importante é 
você seguir a estrutura que escolheu para desempenhar a sua avaliação. 
 Sobre a quantidade de sessões para o processo de avalição, depende 
muito do que precisa ser avaliado, geralmente a avaliação acontece em 10 
sessões, sendo a primeira sessão a entrevista com os pais ou responsáveis para 
firmar o contrato, a segunda para Anamnese ou a EOCA (conforme sua base 
teórica), da terceira até a sétima sessão, a aplicação de provas operatórias, 
projetivas e provas pedagógicas, se necessário, oitava sessão (a Anamnese no 
caso da Epistemologia Convergente) e nona e décima sessão a devolutiva e 
encaminhamentos. 
 O principal é que você enquanto pessoa que está avaliando a criança, o 
adolescente ou até mesmo o adulto, tenha um plano estruturado de avaliação. 
Procure sempre fazer um específico para cada paciente e de forma que você 
consiga realizar todo processo dentro de um período satisfatório. 
 
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Primeira consulta, Anamnese, EOCA, Vínculo terapêutico e 
Análise da Hipótese Diagnóstica 
 
 O passo inicial para iniciar o processo de Avaliação Psicopedagógica é a 
primeira consulta com que será avaliado, com os pais ou responsáveis. Nessa 
primeira consulta o profissional em psicopedagogia ouvirá a queixa inicial, e irá 
explicar como será todo o processo. 
É na primeira consulta que se estabelece o contrato com a família, o valor 
das sessões, caso realizado em uma clínica, a quantidade de sessões, o tempo 
determinado de cada sessão, a frequência, se será uma vez por semana ou 
mais. 
Nesse contato é importante destacar que para a avaliação acontecer da 
melhor maneira possível é preciso dedicação também por parte da família, sendo 
assim é preciso não faltar, chegar no horário combinado, explicar para a pessoa 
que vai passar pela avaliação, principalmente as crianças, sobre a ida dela às 
sessões, avisar com antecedência se não puder comparecer. 
Caso queira formalizar tudo que foi acordado, é interessante ter um 
contrato impresso, com todas as explicações e cláusulas para que sempre possa 
ser consultado por ambos. 
Lembrando: a primeira consulta é o momento dos pais ou responsáveis 
e até mesmo de quem será avaliado tirar todas as dúvidas e entender todo o 
processo. Procure explicar da melhor maneira como se fosse para você. 
No primeiro encontro além do contrato também será realizada a Entrevista 
Familiar Exploratória Situacional (EFES), de acordo com Weis (2012), tem comoobjetivo a compreensão da queixa nas dimensões familiar e escolar, captar as 
relações e as expectativas familiares centrada na aprendizagem escolar, a 
expetativa em relação ao psicopedagogo, a aceitação e o comprometimento da 
pessoa que será avaliada e também de sua família. Nesse momento procure 
criar um clima de confiança, demonstre que a sua intenção é de fazer o melhor 
trabalho possível e que você tem conhecimento do que irá ser feito. Nessa 
entrevista é importante que estejam os pais ou responsáveis e a criança ou 
adolescente. 
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Após a primeira consulta com todos os esclarecimentos e dúvidas 
sanadas, iniciado o vínculo terapêutico com a criança ou adolescente e a família, 
o próximo passo é a Anamnese. 
A Anamnese é uma entrevista, com foco mais específico, é considerada 
como um dos pontos cruciais para um bom diagnóstico, visando coletar dados 
importantes sobre a história da pessoa na família, integrando passado, presente 
e projeções para o futuro, permitindo perceber a inserção deste na sua família e 
a influência das gerações passadas neste núcleo e no próprio. Na anamnese, 
são levantados dados das primeiras aprendizagens, evolução geral da pessoa, 
história clínica, história da família nuclear, história das famílias materna e paterna 
e história escolar (WEISS, 2012). Mais a frente detalharemos sobre a Anamnese. 
Em seguida o psicopedagogo dará início ao atendimento individualizado 
com a criança ou adolescente em que seguira para a Entrevista Operativa 
Centrada na Aprendizagem- EOCA. A EOCA é a primeira entrevista realizada 
com a criança ou adolescente no processo de avaliação psicopedagógica, e o 
seu objetivo é investigar os vínculos que ela possui com o objetos e conteúdos 
da aprendizagem escolar, observando a suas defesas, as condutas evitativas e 
como enfrenta novos desafios. Isto é, perceber o que a criança e adolescente 
sabe fazer e o que aprendeu a fazer (SAMPAIO, 2018). 
A EOCA é uma proposta de Jorge Visca, e tem a intenção de investigar o 
modelo de aprendizagem da pessoa. E no qual se deve observar três aspectos 
que fornecerão um sistema de hipóteses a serem verificados em outros 
momentos do diagnóstico, que são: A temática, a dinâmica e o produto feito pela 
pessoa. Vamos explicar melhor sobre a EOCA, mais adiante, aqui é só uma 
breve introdução. 
É a partir da EOCA que se pode extrair o primeiro sistema de hipóteses, 
por meio das observações realizadas, procurando levar em consideração a 
dinâmica, a temática e o produto. Depois da análise de Hipóteses Diagnóstica é 
possível separar os testes e provas que serão utilizados no processo de 
avaliação, de acordo com a sua faixa etária, que veremos mais adiante com 
todas as explicações. 
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Esses são os primeiros passos da avaliação psicopedagógica, em outra 
aula falaremos de forma detalhada sobre todos os processos. 
 
Funções executivas e atenção 
 
 No processo de avaliação psicopedagógica é de suma importância ter 
conhecimento das funções executivas e atenção, pois faz parte do processo de 
aprendizagem do indivíduo. Por isso faz-se necessário a definição das funções 
executivas e atenção para melhor compreensão. 
Funções executivas constituem um conjunto de habilidades que são 
fundamentais para o controle consciente e deliberado sobre ações, 
pensamentos e emoções. Elas possibilitam a pessoa gerenciar diferentes 
aspectos da vida com autonomia, isto é, tomar decisões com independência e 
responsabilidade. É possível considerar três dimensões das funções executivas 
que, apesar de distintas, são interligadas. São elas a memória de trabalho, o 
controle inibitório e a flexibilidade cognitiva (COSTA, et al, 2016). 
A Memória de trabalho, permite armazenar, relacionar e pensar 
informações no curto prazo. Sem essa capacidade, por exemplo, o indivíduo não 
se lembraria do que estava fazendo após ser interrompido. O Controle 
inibitório, possibilita controlar e filtrar pensamentos, ter o domínio sobre atenção 
e comportamento. Conseguir ler um texto, mesmo na presença de barulhos 
incômodos, é um exemplo de uso dessa habilidade. E a Flexibilidade 
cognitiva, permite mudar de perspectiva no momento de pensar e agir, e 
considerar diferentes ângulos na tomada de decisão. Por exemplo, essa 
capacidade é fundamental para o indivíduo perceber um erro e poder corrigir 
(COSTA, et al, 2016). 
Considera-se que a partir das três dimensões, ou componentes principais 
das funções executivas (memória de trabalho, controle inibitório e flexibilidade 
cognitiva), são construídas as funções executivas de ordem superior, que 
envolvem a capacidade de raciocínio, solução de problemas e planejamento. 
Além disso, as três dimensões, das funções executivas são essenciais para a 
construção de diversas habilidades fundamentais para a autonomia individual, 
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como criatividade, perseverança, cooperação, respeito mútuo, disciplina e 
flexibilidade (COSTA, et al, 2016). 
Outra função cognitiva que precisamos avaliar e que é importante no 
processo de aprendizagem é a Atenção, que consiste num processo cognitivo 
que permite escolhermos um estímulo relevante e, em consequência, dar-lhe 
uma resposta. Esta habilidade cognitiva é uma função essencial no nosso dia a 
dia. Nesse sentido a atenção não pode ser reduzida a somente um aspecto, pois 
deve ser entendida por meio dos seus subsistemas componentes, que por vezes 
são evidenciados em função da demanda de uma tarefa (MENEZES et al., 2012). 
Existem vários estudos sobre a atenção e a literatura cientifica nos traz a 
separação entre a atenção de orientação voluntária e atenção de orientação 
involuntária ou automática. Sendo que a atenção voluntária ocorre 
intencionalmente, está ligada as motivações e interesses, enquanto que a 
involuntária ocorre mediante eventos inesperados no ambiente e o indivíduo não 
é o agente de escolha da sua atenção (MENEZES et al., 2012; LIMA, 2005). 
Mas também existe outra subdivisão da atenção, baseada na maneira 
como ela operacionalizada que são: seletiva, sustentada, alternada e dividida. A 
atenção seletiva é a capacidade de o indivíduo privilegiar determinados 
estímulos, ignorando os estímulos distratores ou irrelevantes. A atenção 
sustentada é a capacidade de o indivíduo manter o foco atencional em 
determinado estímulo e sustentar por um período de tempo de modo consistente. 
A atenção alternada é a capacidade de alternar o foco atencional entre duas ou 
mais tarefas. E a atenção dividida é a capacidade de desenvolver duas tarefas 
simultaneamente (MENEZES et al., 2012; LIMA, 2005). 
Diante de toda explicação para a avaliação de funções executivas, em 
muitos momentos avaliam-se também a atenção. Atualmente existem muitos 
testes e baterias para avalição das funções executivas e atenção. Falaremos de 
alguns testes que podem ser utilizados, como o Teste de Atenção por 
Cancelamento, para crianças e adolescentes de 5 a 14 anos e Teste de Torre 
de Londres para crianças e adolescentes de 11 a 14 anos. 
No entanto sabe-se que existem vários testes psicológicos que podem ser 
utilizados no processo de avaliação psicopedagógica, e também na avalição 
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neuropsicológica, porém cabe salientar que estes testes só podem ser aplicados 
por psicólogos conforme dispõe o Art. 13 da lei 4.119/62 e amparado pelo Código 
de Ética Profissional do Psicólogo. 
Alguns testes que podem ser utilizados no processo na avaliação 
psicopedagógica como: WISC-IV- Escala de Inteligência Wechsler para 
crianças,Figuras Complexas de Rey, Neupsilin, entre outros. Porém nesse curso 
não veremos esses testes específicos. 
 
Ferramentas avaliativas: instrumentos da Psicopedagogia, 
Testes de rastreio do Autismo e de TDAH. 
 
 Sabe-se que para a avaliação psicopedagógica faz o uso de vários 
instrumentos e testes, nesse tópico falaremos de alguns principais que podem 
ser utilizados nesse processo. 
 Importante destacar que as provas e testes devem ser selecionados de 
acordo com a necessidade diante as hipóteses formuladas nas entrevistas com 
a família e na EOCA. 
 Segue abaixo os instrumentos, testes e provas utilizados: 
 
INSTRUMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA 
Os instrumentos da psicopedagogia auxiliam o psicopedagogo a 
identificar dificuldades e desafios de fala, leitura ou escrita, bem como 
dificuldades psicomotora e visomotoras. A identificação do que não está bem por 
meio dos testes psicopedagógicos permite que profissional elabore o plano de 
intervenção mais apropriado para utilizar na clínica, na escola e junto aos pais. 
 
 Provas Operatórias Piagetianas 
Consiste em provas que foram desenvolvidas por Jean Piaget para 
auxiliar na compreensão do funcionamento das habilidades lógicas do indivíduo, 
permitindo investigar e identificar o nível cognitivo, bem como atrasos em relação 
a idade cronológica (ALVES, et al, 2021). De acordo com Sampaio (2018), é por 
meio das provas operatórios que enquanto profissionais teremos condições de 
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conhecer o funcionamento e o desenvolvimento das funções lógicas da pessoa. 
Pois uma criança com dificuldades de aprendizagem poderá ter uma díade 
cognitiva diferente da idade cronológica. 
As provas operatórias piagetianas são classificadas em provas de 
conservação, classificação, seriação e mensuração espacial. São treze provas 
operatórias, a saber: Conservação de pequenos conjuntos discretos de 
elementos; Conservação de superfície; Conservação dos líquidos; Conservação 
de Massa; Conservação de Peso; Conservação de Volume; Conservação de 
Comprimento; Mudança de Critério (Dicotomia); Inclusão de Classes; 
Intersecção de Classes; Seriação de Palitos; Combinação de Fichas e Predição, 
como destaca (ALVES, et al,2021). 
O objetivo da utilização das provas piagetianas é identificar o estágio de 
desenvolvimento da criança, bem como seu nível de desenvolvimento cognitivo, 
não se importando com o erro ou acerto das respostas. O primeiro nível, 
expressa que a criança não compreendeu os conceitos avaliados. O segundo 
nível refere-se àquelas crianças que apresentam respostas incompletas, que 
alcançaram parcialmente êxitos nas respostas. Já o terceiro nível é quando as 
respostas foram dadas com êxito e argumentações claras (SAMPAIO, 2018). 
Existe no mercado kit prontos para aplicação de provas operatórias, 
porém você pode construir o seu de acordo com as suas possibilidades. 
Teremos no curso uma aula específica para explicitar melhor sobre as 
Provas Operatórias de Piaget. 
Outros instrumentos e testes que podem ser utilizados na avaliação 
psicopedagógica: 
 
 IAR- Instrumento de Avaliação do Repertório Básico para a 
alfabetização, que é um instrumento de auxílio para os educadores que 
atuam com crianças da faixa pré-escolar (5-6 anos) e do primeiro ano do 
Ensino Fundamental. 
 CONFIAS – Consciência Fonológica Instrumento de Avaliação 
Sequencial é um instrumento que tem como objetivo avaliar a consciência 
fonológica de forma abrangente e sequencial. 
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 TDE – Teste de Desempenho Escolar: é um instrumento que busca 
oferecer de forma objetiva uma avaliação das capacidades fundamentais 
para o desempenho escolar, mais especificamente da escrita, aritmética 
e leitura. 
 
 Teste de Competência de Leitura: Sampaio (2018) sugere, o Teste de 
Competência de Leitura que consiste no teste no qual entrega-se ao 
sujeito um texto e observa-se a velocidade da leitura. 
 
 TCLPP - Teste De Competência de Leitura De Palavras e Pseudo: Visa 
avaliar a competência de leitura silenciosa de palavras isoladas. 
 
TESTES DE RASTREIO DO AUTISMO 
 
 M-CHAT: teste de rastreio recomendado pela Sociedade Brasileira de 
Pediatria, em caso de suspeita de TEA. Para crianças de 16 a 30meses 
de idade. 
 CARS- Escala de Avaliação de Autismo na Infância: questionário 
também utilizado por profissionais da área da saúde, em crianças a partir 
de 2 anos. 
 
 ATA – Escala de Avaliação de Traços Autísticos: busca averiguar a 
possibilidade de presença de autismo em crianças, a partir e 2 anos de 
idade, parecido com o CARS 
 
Ao longo de pesquisas, observa-se que existe vários testes de rastreio 
para traços de autismo. Porém vamos nos ater a somente esse três, que 
falaremos também na aula referente a Avaliação e Intervenção no Transtorno do 
Espectro Autista- TEA. 
 
 
 
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TESTE DE RASTREIO DE TDAH: 
 SNAP –IV: questionário que pode ser preenchido pela família e também 
pelo professor da criança ou adolescente. 
 
 ETDAH- pais - Escala de Avaliação de comportamento infanto-
juvenis no TDAH em ambiente familiar: avalia os comportamentos de 
crianças e adolescentes no ambiente familiar. 
 
 ETDAH- CriAd- Escala de Auto avaliação do TDAH: versão para 
crianças e adolescentes: a própria criança ou adolescente se auto 
avaliam em relação a atenção, hiperatividade/impulsividade. 
 
 ASRS 18: questionário de rastreio para adultos, muito parecido com o 
SNAP-IV e é autoaplicável. 
 
 
Na aula referente a avaliação e intervenção dos transtornos funcionais 
abordarei sobre melhor sobre os instrumentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO II - Avaliação a Intervenção Psicopedagógica 
 
 Nesse módulo será abordado modelos de avaliações e sugestões de 
intervenções Psicopedagógicas que podem ser realizadas em sua prática 
clínica, desde avaliação de crianças, adolescentes e adultos com dificuldades de 
aprendizagem, até daqueles que já possuem diagnóstico. 
 
Psicopedagogia Clínica- Introdução aos aspectos básicos do 
Diagnóstico Psicopedagógico 
 
 O processo de Avaliação psicopedagógica até o seu fim tem um longo 
percurso. Na maioria das vezes o momento inicial é a queixa, isto é, o motivo 
para que se realize a avaliação psicopedagógica e o término acontece com a 
devolução para aqueles que a solicitaram. 
 Muitas vezes a queixa para avaliação vem da família da criança e 
adolescente ou até mesmo da própria pessoa quando já é adulta. Pode vir 
também do médico que realiza o acompanhamento. Mas no caso de crianças e 
adolescentes também pode vir da escola, seja do professor que tem o contato 
direto com o aprendente ou da coordenação pedagógica. 
 Algumas queixas são bem conhecidas como: “ Meu filho não aprende 
nada”, ou “ Em sala de aula parece estar em outro lugar, voando”, ou “ essa 
criança não para quieta um segundo”, ou “ não compreendo nada do que ele 
fala”, ou “ ele me desafia em sala de aula”, ou ainda “ ela lê, mas não consegue 
escrever, as frases dela não têm sentido”. Dentre outra muitas queixas que 
aparecem nesse primeiro momento. 
 A questão é que a queixa é somente uma frase falada no primeiro contato, 
por isso precisa ser escutada ao longo da avaliação e procurar refletir com o 
olhar diferenciado para o significado que ela traz. Em muitos momentos, a família 
repete o mesmo que a escola apontou como queixa, ou a suspeita do médico, 
como destaca Weiss (2012). 
 No processo de avaliação é preciso buscar pela unidade, coerência e 
integração com a intençãode evitar que vire uma “colcha de retalhos”. “É 
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importante percebe o sintoma, que é o que emerge da personalidade em 
interação social em está inserido o sujeito” (WEISS, 2012, p.31). 
 Por isso na avalição clínica é preciso segundo Weiss (2012), observar 
dois eixos o horizontal, que a visão do presente, o aqui e agora e o vertical que 
é a visão do passado, da construção do sujeito. No eixo horizontal realiza a 
contextualização que permite evidenciar o aqui e agora e nesse eixo utiliza-se 
os seguintes instrumentos: Entrevista com a família (exploratória), a EOCA – 
Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem, Sessões Lúdicas, provas, 
testes diversos, diagnóstico operatório, entrevista com professores da criança ou 
adolescente e até mesmo análise de documentos e materiais produzidos na 
escola. Já no eixo vertical, que busca a construção histórica do indivíduo, pode-
se usar, a entrevista de anamnese, com a família, e também com a escola, além 
de laudos, relatórios escolares, álbuns de fotografia, entre outros. 
Como Weiss (2012) destaca que o objetivo básico da avaliação 
psicopedagógica é de identificar os desafios básicos no modelo de 
aprendizagem da pessoa que o impedem de crescer na aprendizagem no nível 
esperado. O Modelo de aprendizagem é um conjunto dinâmico que estrutura os 
conhecimentos que o sujeito já possui, quais estilos utilizados nessa 
aprendizagem, a mobilidade e o funcionamento cognitivos, as modalidades de 
aprendizagem assimilativa e acomodativa e suas distorções, os hábitos 
adquiridos, as motivações presentes, as ansiedades, o vínculo da pessoa com o 
conhecimento, o que significa a aprendizagem para o sujeito, a sua família e até 
mesmo a escola. 
E quando nesse processo de avaliação o profissional consegue perceber, 
analisar e compreender o modelo de aprendizagem da pessoa avaliada, e com 
isso permite refletir sobre os desafios e dificuldades apresentados com a 
integração dos dados é que surge o Prognóstico e também o conteúdo para a 
devolução da avaliação. 
É importante salientar que o processo de avaliação psicopedagógica já 
pode ser considerado também uma intervenção junto a pessoa avaliada, a 
família e até mesmo a escola. 
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Destaco ainda que muitos preocupam-se com quais instrumentos utilizar, 
se precisa utilizar todos os instrumentos oferecidos, mas adianto a vocês que 
não precisa aplicar todos os instrumentos disponíveis, por isso é de muita 
importância o planejamento da avaliação e das intervenções. Pois o trabalho se 
torna fiel quando de fato seguimos o planejamento. Falo isso por experiência 
profissional. 
 E por onde começar a avaliação? Comece recebendo a queixa e seguindo 
as sugestões que aqui serão apresentadas. 
 Como saber que instrumentos eu vou precisar utilizar em cada caso? Ao 
longo das aulas a seguir falarei dos instrumentos que poderão ser utilizados em 
cada caso. 
 Aqui vou explicitar uma sugestão de sequência diagnóstica para o seu 
planejamento, pois a avaliação é composta de vários momentos, claro que 
dependendo de cada caso e claro que no decorrer da avaliação essa sequência 
pode ser modificada. Pois a avaliação não é imutável. 
 Sequencia diagnóstica proposta por Weiss (2012): 
1- Entrevista Inicial para recebimento da queixa principal e contrato com 
a família; 
2- Entrevista Familiar Exploratória Situacional; 
3- Entrevista de Anamnese; 
4- Sessões Lúdicas Centrada na aprendizagem (para crianças ou até 
mesmo adolescentes); 
5- Provas e testes (quando necessário); 
6- Síntese Diagnóstica; 
7- Entrevista de Devolução e Encaminhamentos 
 
Porém pode acontecer outras modificações ao longo da avaliação, 
podendo incluir também a EOCA, conforme proposta de Jorge Visca (1987) 
baseado na Epistemologia Convergente, sendo que a EOCA acontece logo após 
o contato inicial com a queixa. 
 No módulo I falei um pouco sobre a primeira consulta, a anamnese, a 
EOCA, e de como comumente pode acontecer a avaliação psicopedagógica. E 
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vou trazer o passo a passo especifico no módulo III em que falarei da prática da 
Psicopedagogia Clínica. 
 
Principais Transtornos Funcionais Específicos: Dislexia, 
Disortografia, Disgrafia, Discalculia, TDAH, TPAC e TOD 
 
 O presente tópico visa apresentar de forma objetiva e clara os principais 
Transtornos Funcionais Específicos que podem levar a desafios e dificuldades 
de aprendizagem. 
 Na maioria das vezes a solicitação de uma avaliação psicopedagógica em 
pessoas que tem a suspeita de um Transtorno Funcional Especifico, vem do 
médico que acompanha, da escola ou até mesmo da família. Comumente a 
queixa da avaliação vem acompanhada de um discurso de que o indivíduo não 
aprende, não escreve, não realiza leitura, apresenta erros ortográficos 
grosseiros, apresenta-se desafiador, parece não compreender comandos e 
vários outros. 
 Mas antes de definir os transtornos em questão. Tenho certeza que a 
pergunta é: Mas o que são Transtornos Funcionais Específicos? 
 De acordo com o DSM-5, o transtorno específico da aprendizagem é um 
transtorno do neurodesenvolvimento com uma origem biológica que é a base 
das anormalidades no nível cognitivo as quais são associadas com as 
manifestações comportamentais. A origem biológica inclui uma interação de 
fatores genéticos, epigenéticos e ambientais que influenciam a capacidade do 
cérebro para perceber ou processar informações verbais ou não verbais com 
eficiência e exatidão. 
 Já o Classificação Internacional de Doenças-CID esclarece que a 
etiologia dos Transtornos de Aprendizagem não é conhecida, mas que há "uma 
suposição de primazia de fatores biológicos, os quais interagem com fatores não-
biológicos". 
Os dois manuais informam que os transtornos não podem ser 
consequência de: 
 Falta de oportunidade de aprender; 
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 Descontinuidades educacionais resultantes de mudanças de escola; 
 Traumatismo ou doença cerebral adquirida; 
 Comprometimento na inteligência global; 
 Comprometimentos visuais ou auditivos não corrigidos. 
 
Enfim, os transtornos funcionais específicos se configuram em um 
conjunto de sintomas que provocam uma série de perturbações na 
aprendizagem do estudante. Dentre os distúrbios de aprendizagem mais comuns 
estão: dislexia, disgrafia, disortografia, discalculia - e transtornos de atenção e 
hiperatividade (CUSTÓDIO & PEREIRA, 2013). Além disso é considerado 
também o Transtorno do Processamento Auditivo Central – TPAC embora o 
Transtorno Opositor Desafiador- TOD, não seja um Transtorno Especifico 
Funcional, frequentemente nos deparamos com ele na clínica ou escola, por isso 
a proposta de falar um pouco sobre o assunto. 
 
 Dislexia 
 É uma específica dificuldade de aprendizado da linguagem: em leitura, 
soletração, escrita, em linguagem expressiva ou receptiva, linguagem corporal e 
social. Importante destacar que não é o resultado da má alfabetização, 
desatenção, condição sócio- econômica ou baixa Inteligência. É uma condição 
hereditária com alterações genéticas neurológicas (ACAMPORA, 2019; 
CUSTÓDIO&PEREIRA, 2013). 
 Os principais sinais da dislexia são: a dificuldade de escrever, inversão de 
letras, leitura lenta no qual pronuncia uma sílaba por vez, troca de fonemas 
semelhantes como a letra b com a letra p ou até mesmo visualmente parecidos, 
como a letra q com a letra p (ACAMPORA, 2019). 
 Geralmente a pessoa com dislexia tem aprendizagem dentro do esperado 
em outras disciplinas, porémpode ter apresentado atraso de fala, dificuldade 
com rimas na pré-escola, confusões temporal-espacial, desafios em relação a 
consciência fonológica, e dificuldade na relação entre letra (grafema) e som 
(fonema) como salienta Acampora (2019). 
 
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 Disgrafia 
 A Disgrafia é uma alteração da escrita ligada normalmente a problemas 
perceptivo-motores. Isto é, para escrever é necessário o desenvolvimento da 
coordenação visomotora, para que realize movimentos finos e precisos no 
desenho das letras (ACAMPORA, 2019). 
 Também chamada de letra feia a Disgrafia ocorre devido a criança não 
conseguir recordar a grafia correta da letra. Ao tentar recordar a grafia, apresenta 
a sua escrita muito lenta e por vezes, ilegível. Essa deficiência em traçar a letra 
corretamente não significa que ela tenha algum déficit intelectual ou neurológico. 
Embora algumas crianças com disgrafia também possuam disortografia, essas 
não estão associadas (SAMPAIO, 2018). 
 
 Disortografia 
 A Disortografia caracteriza-se por troca de fonemas na escrita, 
aglutinação ou separação indevida das palavras, confusão com as sílabas, 
omissões de letras e inversões, dificuldades em perceber as sinalizações 
gráficas, coo parágrafos, acentuação e pontuação. É uma escrita com muitos 
erros e fica aparente logo a pessoa adquiriu os mecanismos da leitura e da 
escrita (ACAMPORA, 2019). 
 As causas da Disortografia é as alterações na linguagem, como: um 
atraso na aquisição ou no desenvolvimento e a utilização da linguagem, com 
pobreza de vocabulário. Ela não compromete o traçado ou a grafia. Destaca-se 
que até o terceiro ano do Ensino Fundamental que as crianças façam rocas 
ortográficas pois a relação entre o fonema e a grafema ainda não estão sendo 
dominados por completo (ACAMPORA, 2019). 
 
 Discalculia 
 A discalculia é um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com 
números. É um transtorno estrutural da maturação das habilidades matemáticas, 
que se manifesta fazendo com que a pessoa confunda em operações 
matemáticas, conceitos matemáticos, formulas, sequencias numéricas, ao 
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realizar contagens, sinais numéricos e até mesmo na utilização da matemática 
no cotidiano (ACAMPORA, 2019). 
 A pessoa com discalculia apresenta dificuldades em sequenciar números, 
compreender os sinais das quatro operações, lembrar os passos para realizar 
as operações, contar objetos e aprender a tabuada (CUSTÓDIO & PEREIRA, 
2013). 
 Acampora (2019), destaca que o distúrbio neurológico que provoca a 
Discalculia não causa deficiência mentais. 
 
 TDAH- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade 
 O TDAH é um transtorno neurológico. Sua origem é genética. Para a 
Associação Brasileira do Déficit de Atenção-ABDA é um transtorno 
neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente 
acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas 
desatenção, inquietude e impulsividade. 
 Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes 
encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, 
em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da 
metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora 
os sintomas de inquietude sejam mais brandos. 
 O DSM-5 destaca que o TDAH com um padrão persistente de desatenção 
e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento e no 
desenvolvimento, que pode ser caracterizado pela combinação de Desatenção 
e Hiperatividade e Impulsividade. 
Para a pessoa que tem o diagnóstico fechado de TDAH, muitas vezes é 
preciso fazer uso de medicação. A medicação mais conhecida é a Ritalina, de 
curta duração, porém existem outras no mercado de longa duração como a 
Concerta, a Venvanse e pode utilizados outras medicações adjuvantes. Porém 
precisa se prescrita por um médico e ser acompanhado sistematicamente. No 
entanto, outras medidas e intervenções podem ser aliadas a pessoas com 
TDAH, veremos mais a frente sugestões de intervenção. 
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Pessoas com o diagnóstico de TDAH se não acompanhadas podem 
apresentar complicações como: baixo auto estima, comportamento disruptivo, 
atraso e dificuldades de aprendizagens, desafios nas habilidades sociais, 
comportamento de oposição ou conduta, exclusão escolar, abuso de 
substâncias, alterações no comportamento, problemas emocionais e 
dificuldades acadêmicas. 
 
 TPAC- Transtorno do Processamento Auditivo Central 
O Transtorno do Processamento Auditivo Central – TPAC pode ser 
descrito como uma dificuldade que o sujeito tem em lidar com as informações 
que chegam por meio da audição. É um transtorno funcional da audição, no qual 
o indivíduo detecta os sons normalmente, mas tem dificuldades em interpretá-
los. Também pode ser considerado como uma dificuldade em processar a 
informação auditiva da forma correta (PEREIRA, 2018). 
O Transtorno do Processamento Auditivo Central costuma produzir 
dificuldades diárias no processo de comunicação oral, na leitura e escrita, 
incluindo o desempenho escolar e a compreensão da linguagem. Além dos 
prejuízos acadêmicos, é comum que esses indivíduos tenham algum tipo de 
dificuldade de adaptação social (PEREIRA, 2018). 
Segundo Pereira (2018), os sintomas comportamentais do Transtorno do 
Processamento Auditivo Central poderão apresentar-se com características 
diferentes entre os indivíduos, e esta diferença vai ocorrer dependendo da 
habilidade auditiva que esteja em déficit, ou dependendo do subtipo no qual foi 
classificado o TPAC. 
De acordo com Pereira (2018) existe vários autores que classificam os 
tipos de TPAC, os estudiosos Bellis (2002), Ferre (1997) e Sanchez (2013), 
classificam o TPAC em três subperfis primários e dois secundários, são eles: 
Subperfil primários do TPAC: 
 Déficit de Decodificação Auditiva: 
 Déficit de Prosódia ou não verbal: 
 Déficit de Integração Auditiva: 
 
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Subperfil secundário do TPAC: 
 Déficit de Associação Auditivo- Linguístico: 
 Déficit de Organização de Saída/Resposta: 
 
Vamos exemplificar cada subtipo para que você entenda da melhor 
maneira de acordo com os autores citados por Pereira (2018): 
 
Déficit de Decodificação Auditiva: 
Solicitam a repetição da mensagem ou utilizam as expressões: Hã? O quê? 
Como? Durante a conversa. Tal fato ocorre porque a análise do sinal acústico 
está comprometida prejudicando a compreensão da mensagem recebida, ou 
seja, apresentam dificuldades em reconhecer e discriminar os sons, 
principalmente os da fala; Ex.: Mãe pergunta: Você viu a cola? 
Dificuldade de discriminação auditiva especialmente em ambientes ruidosos, 
ou seja, possuem déficit para ouvir na presença de ruído. 
Tempo de atenção auditiva reduzido, ou seja, em atividades que necessitam 
se manter por muito tempo escutando, sem outros estímulos visuais, por 
exemplo, se cansam com mais facilidade. Podendo ter um aprendizado 
deficitário pelo tempo da atenção auditiva ser reduzida; 
 
Déficit de Prosódia ou não verbal: 
 Dificuldades em reconhecer ênfase, entonação, expressões de emoções 
e sentimentos daquilo que está sendo falado. Ou seja, tem dificuldade de 
compreender o subliminar da comunicação, por não entender o tom de voz do 
interlocutor. Desta forma, podem interpretar erroneamente a mensagem, pois 
não percebem se aquilo que está sendo falado é brincadeira ou agressão; 
Dificuldades de ler silenciosamente; 
Dificuldades em compreender piadas ou “a moral da estória”; 
Geralmentesuas maiores defasagens serão nas aulas de Cálculo, 
Geometria, Música e Artes. 
 
 
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Déficit de Integração Auditiva: 
Necessitam de mais tempo para realizarem atividades que exigem a 
formulação e a execução de respostas. Por isto, muitas vezes são considerados 
mais lentos; 
Apresentam o processamento da informação mais lento, podendo 
“esquecer” ou não compreender parte da tarefa quando transmitida através de 
frases complexas, e em ordens seguidas. Por exemplo, lembrando somente as 
duas ou três últimas sentenças ou palavras faladas por outra pessoa; 
Podem apresentar dificuldades em acompanhar tarefas multimodais, ou 
seja, que utilizam a integração auditiva e visual, como por exemplo, o ditado, a 
anotação da explicação do professor, ou acompanhar a correção das tarefas; 
Dificuldades no ritmo, como por exemplo, em acompanhar o ritmo da 
música ou coreografia; 
Apresentam dificuldades em entender a ideia central da mensagem, do 
que está ouvindo ou lendo; 
Dificuldades para dar início a tarefas complexas, para mudar de uma 
tarefa para outra, e/ou para completar ou finalizar uma tarefa, isto quando é 
determinado um prazo/tempo; 
 
Déficit de Associação Auditivo- Linguístico: 
Dificuldades em compreender o que ouvem. Este sintoma aparece com 
mais frequência em sentença complexas e em sentenças que incluem várias 
formas temporais (antes, depois, primeiro, então), espaciais (sobre, dentro, fora, 
ao lado) e outros conceitos relacionados. Desta forma, podem solicitar a 
repetição da mensagem, ou utilizar as expressões: Hã?, O quê?, Não entendi!; 
Frequentemente só compreendem instruções simplificadas; 
Na escrita é muito comum apresentarem erros gramaticais, de pontuação 
e do emprego do tempo verbal; 
A grande maioria tem dificuldade em fazer sozinha qualquer tarefa 
acadêmica. 
Dificuldades na memória auditiva (responsável por toda a informação 
auditiva de curto prazo que recebemos do que está ao nosso redor); 
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Baixa habilidade em comunicação, apresentando déficit em vocabulário, 
semântica (significado) e sintaxe (na estrutura das palavras dentro da frase). 
 
Déficit de Organização de Saída/Resposta: 
 Apresentar dificuldade para nomear rapidamente e resgatar verbalmente 
uma informação. Muitas vezes dizendo, por exemplo: “Como que é mesmo o 
nome daquela coisa que coloca no pão e que tem na geladeira” (porque 
esqueceu o nome da palavra manteiga); 
Alteração nas funções executivas (atenção sustentada e memória 
operacional ou de trabalho); 
Podem ser considerados bagunceiros ou desorganizados, por 
apresentarem dificuldades nas habilidades de organizar, sequencializar, planejar 
ou resgatar as informações adequadas para executar tarefas. 
Deixar atividades de sala de aula e/ou provas com questões incompletas 
ou sem resposta, ou esquecer de realizar alguma tarefa em sala de aula ou em 
casa que fora solicitada pelo professor; 
Pouca motivação para execução de tarefa e por consequência também 
podem comprometer o desempenho das atividades que são solicitadas tanto da 
escola, quanto em casa; 
 
Atenção: 
 Para crianças e adolescentes que foram diagnosticados com TPAC, além 
da avaliação psicopedagógica ou neuropsicológica, devem ser acompanhados 
pelo profissional da fonoaudiologia e realizar o exame de PAC, no qual detecta 
se tem ou não o Transtorno do Processamento Auditivo Central. 
Muitas vezes, o indivíduo precisa da terapia de cabine, que se chama 
Terapia de PAC, na terapia de Processamento Auditivo Central, o profissional de 
Fonoaudiologia irá intermediar esse processo, realizando exercícios verbais e 
não verbais, dentro e/ou fora da cabine acústica, capazes de estimular o córtex 
cerebral e, utilizando a plasticidade cerebral do indivíduo, minimizar as 
dificuldades de compreensão de fala em ambientes gerais ou específicos. 
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O profissional que realiza a avaliação psicopedagógica pode auxiliar em 
estratégias para lidar com os desafios do TAC, mas é o profissional de 
fonoaudiologia que melhor orientará a família da necessidade da realização de 
atendimento fonoaudiólogico para a reabilitação das habilidades auditivas que 
se apresentam em déficit, bem como encaminhará para outras avaliações ou 
acompanhamentos médicos e/ou terapêuticos dependendo de cada caso, como 
bem salienta Pereira (2018). 
 
 TOD – Transtorno Opositor Desafiador 
 O TOD se caracteriza por comportamentos desafiadores, irresponsável, 
agressivo, com dificuldades para assumir erros e responsabilidades, apresenta 
humor irritável e índole vingativa. 
Segundo Jorge, Ribeiro e André (2019), o TOD pode ainda apresentar as 
seguintes características: crueldade com animais ou crianças menores, 
destruição dos pertences de outra criança, crises de birra e de desobediência, 
condutas incendiárias e roubos. 
O Transtorno Opositor Desafiador não é considerado um transtorno de 
aprendizagem, visto que seus sintomas não afetam diretamente o processo de 
ensino aprendizagem, mas seu comportamento e atitudes dificultam o convívio 
social entre o aluno e todos ao seu redor, necessitando de regras bem definidas 
e respeitadas e da compreensão por parte dos professores que ele possui uma 
patologia e que suas especificidades devem ser trabalhadas como destacam os 
autores Jorge, Ribeiro e André (2019). 
Segundo a Classificação Internacional de Doenças, pode-se dizer que o 
TDO é caracterizado por ser um Transtorno de conduta que se manifesta 
habitualmente em crianças jovens, apresenta como características um 
comportamento provocador, desobediente ou perturbador e não acompanhado 
de comportamentos delituosos ou de condutas agressivas ou dissociais graves. 
Para que um diagnóstico positivo possa ser feito, o transtorno deve 
corresponder aos seguintes critérios gerais citados em F-91 (capítulo da 
classificação internacional de doenças que aborda e caracteriza os distúrbios de 
conduta), são eles: 
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 Manifestações excessivas de agressividade e de tirania; 
 Crueldade com relação a outras pessoas ou a animais; 
 Destruição dos bens de outrem; 
 Condutas incendiárias; roubos; mentiras repetidas; cabular aulas e fugir 
de casa; crises de birra e de desobediência anormalmente frequentes e 
graves. 
A presença de manifestações nítidas de um dos grupos de conduta 
precedentes é suficiente para o diagnóstico, mas atos dissociais isolados não o 
são. 
Portanto ainda segundo a Classificação Internacional de Doenças esta 
categoria deve ser utilizada com prudência, em particular nas crianças com mais 
idade, dado que os transtornos de conduta que apresentam uma significação 
clínica se acompanham habitualmente de comportamentos dissociais ou 
agressivos que ultrapassam o quadro de um comportamento provocador, 
desobediente ou perturbador. 
Por isso em algum momento poderá se deparar com uma criança com 
suspeita de TOD e precisará realizar uma avalição psicopedagógica. 
 
Principais Transtornos e Deficiência: Transtorno do Espetro 
Autista- TEA, Transtornos Desintegrativos e Deficiência 
Intelectual 
 O presente tópico visa apresentar de forma objetiva e clara os principais 
Transtornos, Síndromes e Deficiência que podem levar a desafios e dificuldades 
de aprendizagem. 
 TEA -Transtorno do Espetro Autista 
 De acordo com DSM-5 o Transtorno do Espectro Autista é novo nome 
para categoria, que inclui transtorno autístico (autismo), Transtorno de Asperger,Transtorno Desintegrativo da Infância e Transtorno Global ou Invasivo do 
desenvolvimento sem outra especificação. 
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 Atualmente, os domínios para o TEA incluem deficiências na 
comunicação, na interação social, nos interesses restritos e nos 
comportamentos repetitivos. A chamada tríade autista (ACAMPORA, 2019). 
Agora o DSM-5 são realizadas distinções de acordo com a nível de gravidade à 
interação e comunicação: Nível 1- pouco dependente, nível 2- dependência 
moderada, nível 3- muito dependente. 
De acordo com o DSM-5, são esses os critérios de diagnóstico: 
A-Deficiências persistentes na comunicação e interação social: 
 Limitação na reciprocidade social e emocional; 
 Limitação nos comportamentos de comunicação não verbal utilizados 
para interação social; 
 Limitação em iniciar, manter e entender relacionamentos, variando de 
dificuldades com adaptação de comportamento para se ajustar as 
diversas situações sociais. 
B-Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, 
manifestadas pelo menos por dois dos seguintes aspectos observados ou pela 
história clínica: 
 Movimentos repetitivos e estereotipados no uso de objetos ou fala; 
 Insistência nas mesmas coisas, aderência inflexível às rotinas ou padrões 
ritualísticos de comportamentos verbais e não verbais; 
 Interesses restritos que são anormais na intensidade e foco; 
 Hiper ou hiporreativo a estímulos sensoriais do ambiente 
 
C- Os sintomas devem estar presentes nas primeiras etapas do 
desenvolvimento. Eles podem não estar totalmente manifestos até que a 
demanda social exceder suas capacidades ou podem ficar mascarados por 
algumas estratégias de aprendizado ao longo da vida 
 
D- Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo nas áreas social, 
ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento atual do paciente. 
 
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E- Esses distúrbios não são melhores explicados por deficiência cognitiva ou 
atraso global do desenvolvimento. 
 
 Ainda de acordo com o DSM-5 no que se refere ao comprometimento da 
interação, enfatizam-se os prejuízos persistentes na comunicação e na interação 
social em vários contextos, e no que tange ao comportamento, citam-se padrões 
repetitivos e restritos dos comportamentos, interesses ou atividades, há 
referências à hipo ou hiper-reatividades a estímulos sensoriais ou a intenso 
interesse nos aspectos sensoriais do ambiente. 
O TEA pode se manifestar já nos primeiros meses de vida ou se 
apresentar após período inicial de desenvolvimento aparentemente normal 
seguido por regressão do desenvolvimento (autismo regressivo), o que ocorre 
em cerca de 30% dos casos diagnosticados. 
Também apresentam dificuldades sociais para compartilhar interesses, 
iniciar ou manter interações sociais; possuem dificuldades em compreender 
expressões faciais de sentimentos e afetos. Comportamentos estereotipados 
são observados (como bater palmas ou flapping – movimentar os braços como 
que batendo asas), os interesses são limitados, e há dificuldade em mudar 
rotinas, dentre outras alterações. 
Por isso é preciso conhecer sobre o TEA, pois provavelmente a criança 
com suspeita ou hipótese diagnóstica pode ser encaminhada pelo médico que 
acompanha para uma avaliação psicopedagógica. 
 
 Transtornos Desintegrativos 
 Os Transtornos Desintegrativos implicam na perda de funções e 
capacidade previamente adquirida pela criança e que a uma perceptível 
regressão. Para a realização do diagnóstico a perda deve ocorrer após dois anos 
de idade e antes dos dez anos e antes da regressão precisa ter o 
desenvolvimento claro das competências da linguagem, comunicação verbal, 
jogo, relações sociais e condutas adaptativas (ACAMPORA, 2019). 
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 Nesse sentido, o critério para o diagnóstico é que deve haver a perda de 
pelo menos em duas destas cinco áreas (COLL, 2004, apud ACAMPORA,2019): 
1- Linguagem Expressiva e Receptiva; 
2- Competências Sociais e adaptativas; 
3- Controle de esfíncteres vesicais e/ou anais; 
4- Jogo; 
5- Destrezas motoras 
Por isso, muitas vezes se faz necessário o processo de avaliação 
psicopedagógica. 
 Deficiência Intelectual 
 De acordo com o DSM-5 a Deficiência intelectual é um transtorno com 
início no período do desenvolvimento que inclui déficits funcionais, tanto 
intelectuais quanto adaptativos, nos domínios conceitual, social e prático. O 
DSM-5 caracteriza a Deficiência Intelectual em Leve, Moderada, Grave e 
Profunda. 
 Para o diagnóstico é preciso preencher os seguintes critérios: 
 Déficits em funções intelectuais como raciocínio, solução de problemas, 
planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e 
aprendizagem pela experiência confirmado tanto pela avaliação clínica 
quanto por testes de inteligência padronizados e individualizados. 
 Déficits em funções adaptativas que resultam em fracasso para atingir 
padrões de desenvolvimento e socioculturais em relação a independência 
pessoal e responsabilidade social. Sem apoio continuado, os déficits de 
adaptação limitam o funcionamento em uma ou mais atividades diárias, 
como: comunicação, participação social e vida independente, e em 
múltiplos ambientes, como em casa, na escola, no local de trabalho e na 
comunidade. 
 Início dos déficits intelectuais e adaptativos durante o período do 
desenvolvimento. 
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Importante destacar que a avaliação da deficiência Intelectual não é 
somente psicopedagógica, neurológica ou neuropsicológica, precisa ser 
biopsicossocial, e realizada por uma equipe multidisciplinar, de acordo com a Lei 
nº 13.146/2015, precisa considerar: 
I- Os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; 
II- Os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; 
III- A limitação no desempenho de atividades; 
IV- A restrição de participação 
As causas da Deficiência Intelectual advêm de vários processos 
patológicos que afetam o funcionamento do sistema nervoso central que podem 
ser: hereditariedade (mutações genéticas); alterações no desenvolvimento 
embrionário; alterações cromossômicas (Síndrome de Down e outras síndromes, 
como o X- frágil); dano causado por toxinas durante a gestação (álcool, drogas); 
problemas na gravidez (infecção urinária); desnutrição fetal, prematuridade, 
hipóxia, traumas encefálicos; influencias ambientais e outros transtornos 
mentais, maus tratos quando bebê, falta de estimulação social, linguística e 
outras; 
Essas são os Transtornos e deficiências que a escola, os pais e até 
mesmo médicos podem solicitar avaliação psicopedagógica. 
 
Diagnóstico Operatório - Provas Piagetianas 
 
 As provas operatórias são baseadas nas fases de desenvolvimento de 
Jean Piaget. A provas piagetianas pode auxiliar na compreensão do 
funcionamento das habilidades lógicas do indivíduo, permitindo investigar e 
identificar o nível cognitivo, bem como atrasado em relação a idade cronológica. 
 Piaget dividiu o desenvolvimento humano em quatro estágios vividos de 
acordo com cada pessoa. Que são: sensório motor – até os dois anos de idade, 
nesse estágio a criança busca adquirir o controle motor e aprender sobre objetos 
físicos que o rodeia; o estágio simbólico ou pré-operatório – de dois a 8 anos de 
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idade, nesse estágio a criança busca habilidade verbal; o estágio operatório 
concreto- entre 7/8 anos a 11/12 anos de idade, nesse estágio a criança lida comconceitos abstratos, números e relacionamentos; o estágio operatório formal- de 
12/14 anos a 15 anos, no qual a criança começa a ter raciocínio lógico e 
sistemático (OLIVEIRA, 2012). 
 As provas operatórias ou piagetianas são classificadas em provas de 
conservação, classificação, seriação e mensuração espacial. São treze provas: 
Conservação de pequenos conjuntos discretos de elementos, Conservação de 
superfície, Conservação de líquidos, Conservação de massa, Conservação de 
peso, Conservação de massa, Conservação de peso, Conservação de volume, 
Conservação de comprimento, Mudança de critério (dicotomia), Inclusão de 
classes, Intersecção de classes, Seriação de palitos, Combinação de Fichas e 
Predição. 
 Para aplicação das provas operatórias é preciso de muita atenção, para 
quem ainda não se sente seguro para aplicação, sugiro ter um roteiro de 
aplicação, você mesmo pode elaborar o seu roteiro, da melhor forma que 
convier. 
 Sampaio (2018) destaca para aplicar as provas, deve-se aplicar várias 
provas de conservação em uma mesma sessão, para que não haja uma possível 
contaminação das repostas da pessoa. É interessante que alterne entre provas 
de conservação, classificação e seriação. 
 É muito importante anotar as respostas do avaliado, até mesmo as 
reações, postura, falar, as reações diante o desconhecido, os seus argumentos 
e questionamento, como manipula os objetos, como organiza o material 
(SAMPAIO,2018). 
 Para a avaliação, as respostas são divididas em três níveis, segundo 
Sampaio (2018): 
 Nível 1: Não há conservação, o sujeito não atinge o nível operatório nesse 
domínio; 
 Nível 2 ou intermediário: As respostas apresentam oscilações, 
instabilidade ou não são completas. Em um momento, conservam, em 
outro não. 
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 Nível 3: As respostas demonstram aquisição da noção, sem vacilação. 
 
 Atenção: Algumas crianças não obtêm êxito em apenas uma prova e 
apresentam acerto operatório nas demais. Porém isso não significa que ela 
esteja em defasagem. É preciso analisar o resultado geral das provas. 
 Sampaio (2018) relaciona quais provas podem ser utilizadas na aplicação 
das provas operatórias: 
 Seleção das provas operatórias para pensamento operatório 
concreto de acordo com a idade: 7 anos (seriação, conservação de 
pequenos conjuntos discretos de elementos; conservação de massa; 
Conservação de comprimento; Conservação de superfície; Conservação 
de líquido; Espaço unidimensional); 8 a 9 anos (todos de 7 anos, mais 
quantificação de inclusão de classes, interseção de classe e Espaço 
bidimensional); 10 a 11 anos (todos de 8 anos, mais a conservação de 
volume) 
 Seleção das provas para pensamento formal: acima de 12 anos, 
procure iniciar com conservação de volume, caso não consiga, aplique as 
provas de pensamento formal, caso ainda tenha dificuldade aplica as 
provas anteriores, depois aplique a combinação de fichas; permutação de 
fichas, predição espaço tridimensional. 
 
 É sempre importante perguntar ao avaliado, após cada resolução de 
atividade, como ele sabe, peça para explicar como resolveu, com o objetivo de 
observar como o avaliado pensa e que argumentos utiliza. O avaliado pode 
conservar, mas também pode apresentar desafios em argumentar e explica 
como denota Sampaio (2018). 
 
 Aplicação das Provas operatórias: 
 De acordo com o que apresentamos, pode-se perceber que a aplicação 
das provas operatórias é extensa, por isso é preciso o roteiro, e também é 
preciso por dividir em etapas de aplicação. Não é recomendado aplicar tudo no 
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mesmo dia, procure dividir em sessões. Aplicar tudo na mesma sessão pode 
levar o avaliado a fadiga e a responder de forma aleatória, por já estar cansado. 
 Vamos então para aplicação na prática, o roteiro de provas operatórias 
piagetianas elaborada pelo Professor Jefferson Baptista Macedo (2014) que se 
encontra bem didático e que pode ser utilizado incialmente. Depois de você 
poderá criar o seu próprio roteiro. 
 É importante que você já tenha preparado todo o material para a 
avaliação, conforme venho enfatizando é preciso planejamento, para que tudo 
aconteça da melhor maneira possível. 
 
Segue um exemplo de aplicação de prova de conservação. 
 
Prova de conservação: 
 Número: 10 fichas vermelhas e 10 fichas azuis 
 
 
 
 Disponha sobre a mesa 6 a 8 fichas azuis (para a criança de 4 anos, usar 
6 fichas), alinhando-as. Pedir à criança que faça outra fileira igual com as fichas 
vermelhas, dizendo: Faça outra fileira com as suas fichas e coloque a mesma 
quantidade como eu fiz com as azuis. 
 Espere a criança realizar e depois faça o seguinte questionamento: você 
tem certeza que estas duas fileiras têm a mesma quantidade de fichas? 
Como você sabe disso? A preparação é finalizada quando a criança dá uma 
resposta positiva para o questionamento. Anote as repostas. 
 Depois faça uma modificação na disposição das fichas de uma das 
fileiras, espaçando-as, de modo que uma fique mais comprida do que a outra, a 
faça o seguinte questionamento: E agora? As fileiras ainda têm a mesma 
quantidade (tanto) de fichas? Como você sabe disso? Se a resposta for 
negativa, pergunte: Onde tem mais? Como você sabe? Independente da 
resposta faça a contra argumentação. 
Como pode ser realizada a contra argumentação: 
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Conservação: Olha como esta fila é mais comprida do que a outras, será que 
aqui não tem mais fichas? 
Não- Conservação: Você se lembra que antes havia uma ficha em frente a 
outra? 
Retorno: Se arrumarmos as fichas como antes, as fileiras ficarão iguais? 
 
Posteriormente faça uma nova preparação: 
 
 
 
 
 Faça um círculo com as fichas azuis e peça à criança para ajudar e fazer 
a mesma coisa com as fichas vermelhas de modo que fiquem idênticos. Anotar 
o que a criança fez e perguntar: Você tem certeza que os círculos têm a mesma 
quantidade? Há a mesma quantidade (tanto) de fichas vermelhas e azuis? Como 
você sabe? A preparação é finalizada quando a criança dá uma resposta positiva 
para o questionamento. 
 Em seguida junte as fichas de um dos círculos e pergunte: E agora? Ainda 
há mesma quantidade de fichas azuis e vermelhas? Como você sabe disso? 
Agora faça a contra-argumentação: 
Conversação: Veja como os círculos são diferentes? Será mesmo que tem a 
mesma quantidade? 
Não- conservação: Você se lembra que antes havia uma ficha vermelha em 
frente a uma azul? 
Retorno: Se arrumamos os círculos como antes, eles serão iguais? 
 
Formação da Hipótese Diagnóstica: 
Possui Noção de Conservação de quantidade- afirma a igualdade da 
quantidade mesmo quando a correspondência ótica deixa de existir. 
Argumentações lógicas: 
De identidade: Colocamos a mesma quantidade, você somente espalhou; 
De Reversibilidade simples: Se esticar vai ficar igual 
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De Reversibilidade por reciprocidade: esta fileira é mais comprida porque as 
fichas estão separadas, mas a quantidade é a mesma. 
Não possui Noção de Conservação de Quantidade- Quando admite que a 
quantidade de um conjunto é maior ou menor, quando a configuração espacial é 
modificada; 
Transição: Algumas vezes admite e outras nega a conservação 
 
Diante desse exemplo, pode-se ter a avaliação da prova de conservação: 
Nível 1- Não conservador 
Nível 2- Transição 
Nível 3- Conservador 
Qual nível encontra-se a criança que avaliou: 1, 2 ou 3. 
 
 E dessa forma, você pode proceder em todas as provas operatórias. 
Lembrando que é importante sempre anotar todas as observações.Como destaquei as provas operatórias são extensas e seria 
provavelmente um outro curso e como estamos em um curso de avaliação e 
intervenção psicopedagógica vamos seguir para outros aspectos importantes 
também nesse processo. 
 
Teoria da Epistemologia Convergente (Jorge Visca) 
 
 Jorge Visca, é argentino, psicólogo, foi o idealizador da teoria 
Epistemologia Convergente. A literatura sobre a teoria elaborada por Visca 
destaca que a Epistemologia Convergente constitui-se a partir das contribuições 
de outras três grandes linhas de pensamento – a Epistemologia Genética de 
Jean Piaget; a Psicanálise de Sigmund Freud; e a Psicologia Social de Pichón 
Riviere. Seu objetivo era de propor um modelo que servisse de base clínica para 
o processo diagnóstico, o tratamento corretor e por último como processo 
preventivo (BUENO & ALMEIDA, 2017). 
 De acordo com Visca (1987) a aprendizagem depende de uma estrutura 
no qual envolva o cognitivo, afetivo e social, no qual estão interligadas. Nesse 
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sentido a inteligência se constrói a partir da ação mútua do sujeito e o contexto 
social, que para aprender pensar socialmente é indispensável a orientação do 
condutor e o contato do aprendente com outros de si por isso a Epistemologia 
Convergente. 
 O processo de ensino e aprendizagem é entendido, portanto, como um 
processo global uma vez que envolve a dimensão cognitiva – das estruturas que 
possibilitam o conhecimento; a dimensão afetiva – das emoções, motivação e 
inclinações para o ato de aprender; e a dimensão social – referente ás 
particularidades do meio social e cultural de cada sujeito (BUENO &ALMEIDA, 
2017). 
 A teoria da psicologia genética de Jean Piaget, aborda a construção das 
aprendizagens em estruturas cognitivas, na qual os conceitos são construídos 
pelo indivíduo para compreender e responder às experiências que decorrem do 
meio em que vive. Ao se reportar a teoria de Piaget, Visca compreendeu que 
ninguém pode tornar-se capaz de aprender algo acima do nível de estrutura 
perceptiva que demonstra (OLIVEIRA, 2012). 
 Falamos sobre Piaget na aula anterior, e lá apresentamos as fases do 
desenvolvimento de Piaget. 
 No entanto é importante destacar que na Epistemologia Convergente o 
desenvolvimento cognitivo não se respalda apenas no aspecto psicogenético. 
Os elementos afetivos e sociais também estão presentes no desenvolvimento e 
na aprendizagem do ser humano como bem destaca Oliveira (2012). 
 A teoria psicanalítica também embasa a Epistemologia Convergente. Na 
visão da teoria duas pessoas podem ter o mesmo nível cognitivo e distinto em 
relação a um objeto, porém aprenderão de forma distintas pois possuem 
personalidades diferentes. Cabe relembrar que Freud investigava utilizando o 
método interpretativo, buscando significado aquilo que era manifesto. Para Visca 
a Psicanálise releva a importância das relações afetivas dos bons e maus 
vínculos estabelecidos pelo sujeito quando está diante do seu objeto de 
aprendizagem. Assim, para Visca cada contexto oferece diferentes crenças, 
conhecimentos, atitudes e habilidades (OLIVEIRA, 2012). 
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 E a última linha teórica que inspirou Visca foi da psicologia social. Visca 
então se fundamenta em Pinchon-Rivière, que considera “o estabelecimento do 
vínculo como um principal atributo no processo de aprendizagem, caracterizando 
a formação do grupo operativo como uma unidade de funcionamento na 
aplicação no campo psicoterapêutico e na educação” (OLIVEIRA, 2012, p.23). 
 Diante das fundamentações téoricas utilizada por Visca para embasar a 
teoria, a epistemologia convergente dentro de uma perspectiva integradora de 
três teorias possibilita ao psicopedagogo, psicólogo e educador refletir sobre os 
mais diversos causados problemas que aparecem no decorrer do processo de 
ensino e aprendizagem, como bem pontua Oliveira (2012). 
 Partindo desta concepção é que Visca elabora sua proposta de avaliação 
diagnóstica, reiterando sempre seu caráter corretor e também preventivo no 
sentido de fazer com que o sujeito supere os obstáculos que estejam impedindo-
o de aprender. Assim emergem não só as contribuições para o contexto 
psicopedagógico clínico, mas também para o âmbito educacional, de sala de 
aula e para as estratégias de ensino e aprendizagem escolar (BUENO 
&ALMEIDA, 2017). 
 Na Epistemologia Convergente todo o processo de avaliação 
psicopedagógica, é estruturado para que se possa observar a interação entre o 
cognitivo e afetivo e no qual se resulta a aprendizagem. Por isso Visca estrutura 
o diagnóstico psicopedagógico da seguinte forma de acordo com (SAMPAIO, 
2018). 
 
1- Inicia-se com a primeira sessão com a entrevista contratual, o objetivo 
dessa entrevista é de colher os dados pessoais, ouvir a queixa que trazem 
sobre o que a criança, ou adolescente vem apresentando, explicar como 
é o trabalho do profissional, a quantidade de sessões, frequência, valores 
e demais dúvidas referentes ao processo naquele momento; 
2- A realização da EOCA- Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem, 
que tem a intenção de investigar o modelo de aprendizagem da pessoa. 
É primeira sessão realizada com o avaliado, busca investigar os vínculos 
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que tem com os objetos e conteúdos de aprendizagem escolar, observar 
suas defesas, condutas evitativas e como enfrenta novos desafios; 
3- Na terceira e quarta sessão geralmente aplica-se a provas operatórias, 
com o objetivo de conhecer o funcionamento e o desenvolvimento das 
funções lógicas da pessoa. A aplicação das provas permite investigar o 
nível cognitivo em que o avaliado se encontra e se há defasagem para a 
sua faixa etária de idade; 
4- A quinta e sexta sessão é aplicação de técnicas projetivas, que tem como 
objetivo investigar os vínculos que a pessoa pode estabelecer em três 
grandes domínios: a escola, a família e consigo mesmo, por meio das 
técnicas projetivas é possível reconhecer três níveis em relação ao grau 
de consciência dos distintos aspectos que constituem o vínculo de 
aprendizagem; 
5- Na sétima e oitava sessão, pode acontecer a aplicação de outros testes 
de acordo com a necessidade que o avaliador percebeu até o presente 
momento. E pode ser testes de avaliação de coordenação motora ampla 
e fina, esquema corporal, lateralidade, orientação espacial, temporal, 
sequência lógica, consciência fonológica, entre outras; 
6- Somente na nona sessão que na Epistemologia Convergente realiza a 
Anamnese, que é uma entrevista realizada com os pais ou responsáveis, 
com o objetivo de resgatar a história de vida da pessoa, colher dados 
importantes que possam esclarecer fatos observados ao longo da 
avaliação. A anamnese é peça fundamental para avaliação, pois é por 
meio dela que vão ser revelados informações do passado, do presente da 
pessoa, e com todo histórico. Irá observar a visão da família sobre a 
criança ou adolescente, sobre a expectativa do nascimento, da gestação, 
dos primeiros anos de vida, desenvolvimento e crescimento; 
7- A última sessão é a devolutiva de toda a avaliação psicopedagógica, essa 
acontece por meio de uma comunicação verbal, realizada aos pais ou 
responsáveis e o avaliado, dos resultados obtidos por meio da 
investigação. É importante também que além da comunicação verbal 
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entregue a família um relatório ou parecer, permitindo que os envolvidos 
tenham tudo documentado. 
 
 Enfim, a Epistemologia Convergente de Visca, o ser humano aprende 
sem interrupções desde seu nascimento até a morte. A teoriafundamenta-se na 
assimilação recíproca das contribuições das escolas piagetianas, psicanalíticas 
e da psicologia social O que se entende a aprendizagem como uma variável 
dependente dos aspectos afetivos, cognitivos e escoais que acontecem ao 
mesmo tempo (OLIVEIRA, 2012). 
 
Instrumentos e Técnicas Projetivas na avaliação 
Psicopedagógica 
 
 A aplicação de instrumentos e técnicas projetivas tem por objetivo 
procurar investigar os vínculos que o sujeito pode estabelecer em três grandes 
domínios: o escolar, o familiar e consigo mesmo (SAMPAIO, 2018). 
 Weiss (2012), destaca que o princípio básico das técnicas projetivas é 
uma forma do sujeito perceber, interpretar e estruturar o material ou a situação 
que reflete os aspectos fundamentais do psiquismo. Assim é possível buscar 
relações com a apreensão do conhecimento, como procurar, evitar, distorcer, 
omitir esquecer algo que lhe é apresentado. Com o uso de técnicas projetivas 
pode-se detectar, obstáculos afetivos existentes nesse processo de 
aprendizagem de nível geral e especificamente escolar. 
 O objetivo das técnicas projetivas é de descobri como o sujeito usa seus 
próprios recursos cognitivos a serviço da expressão de sus emoções. O 
importante é a leitura psicopedagógica das situações trazidas pelo o indivíduo, 
pois muitas vezes o não saber lidar com a emoções impacta no processo de 
ensino aprendizagem (WEISS, 2012). 
 Weiss (2012), destaca que existem três grupos de técnicas projetivas que 
podem ser utilizados na avaliação psicopedagógica, que são: Técnica dos 
relatos, o grafismo e as provas projetivas Psicopedagógicas. 
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 A técnica de relatos: os testes mais utilizados são o CAT- Teste de 
Apercepção Infantil e o TAT- Teste de Apercepção Temática. Esses dois testes 
trabalham com estruturas, forma de aplicação, registro e avaliação semelhantes. 
O número de pranchas a ser utilizado depende de cada caso. E o mais 
importante é o bom registo dos relatos e atitudes do avaliado durante a aplicação 
das pranchas. O TAT, por exemplo é um teste composto de 19 pranchas com 
gravuras e uma em branco. Ele se baseia no pressuposto de que o avaliado, 
estado muito envolvido na tarefa, esquece-se de se defender e relata coisas 
sobre os personagens que se aplicam a própria pessoa. Avalia-se o protagonista, 
o aspecto formal que é narrativa, a linguagem, os sentimentos e emoções. Já o 
CAT- pode ser aplicado como uma brincadeira, como por exemplo, “conte uma 
história dos animais que aparecem na prancha? ” Observe e anote tudo que o 
avaliado trouxe. 
 O uso do grafismo na avaliação psicopedagógica, é de fácil aplicação 
somente lápis e papel podem ser utilizados, somo sugestão solicite ao avaliado 
que realize um desenho da figura humana, pode ser dele mesmo. E conte uma 
história sobre o desenho, o profissional pode realizar perguntas. Existe ainda o 
Teste projetivo do HTP- Casa, Arvore e Pessoa, no qual esses três temas são 
agrupados numa sequência mobilizadora e analisados em conjunto. É 
importante observar a produção dos desenhos por onde a criança começa, se 
ela conta uma história do desenho no processo. Importante destacar, não 
confundir, ao analisar o desenho, os aspectos evolutivos com aspectos 
patológicos, embasar na fase de desenvolvimento da criança, ou adolescente. 
 Sobre as provas projetivas Psicopedagógicas, existem inúmeras, no 
entanto a proposta é ter um olhar psicopedagógico, pois algumas provas são 
nitidamente escolares, outras relacionadas ao contexto familiar, ou até da vida 
de uma forma geral, mas sempre indo pelo viés do processo de aprendizagem. 
 Como exemplo de provas projetivas Psicopedagógicas, temos: 
 Dupla Educativa: elaborada por Malvina Oris e Pichona Ocampo, que 
analisa de acordo com proposta de Jorge Visca, cujo objetivo é pesquisar 
o vínculo com a aprendizagem, o professor, os objetos escolares. 
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 Eu e meus companheiros: elaborado por Sara Bozzo, no qualo objetivo 
é pesquisar vínculos com os colegas de turma e com a escola, 
sentimentos vividos em sala de aula e expectativas; 
 A planta da sala de aula: no qual visa pesquisar a representação 
geográfica da sala de aula e campo psicológico da sala de aula, as 
posições dos alunos e a desejada pelo avaliado. 
 Família Educativa: prova no qual se desenha uma família realizando 
alguma atividade, o objetivo é pesquisa as relações de aprendizagem 
dentro da família, o modelo de aprendizagem que os diferentes membros 
da família possuem e transmitem. 
 Como podem visualizar, existem várias técnicas projetivas que podem ser 
utilizadas no processo de avaliação psicopedagógica, porém importante 
salientar que os teste de TAT, CAT e HTP, são exclusivos do uso do profissional 
de psicologia, sendo vetado a aplicação de outros profissionais. 
 Weiss (2012) destaca que as provas e testes não podem ser utilizados, 
apenas, entro dos limites propostas nos seus objetivos, mas, sim, analisados 
como dados que permitem diferentes perspectivas na compreensão integrada 
do avaliado. 
 
Ferramentas: Instrumentos, testes e escalas Psicopedagógicas 
para Avaliação dos Aspectos Educacionais e Funções 
Executivas 
 
 De acordo com Weiss (2012) o uso de testes e provas não é indispensável 
num processo de avaliação psicopedagógica. Ele representa um recurso a mais 
a ser explorado pelo profissional em alguns casos. 
 Importante destacar que os testes e provas são selecionados de acordo 
com a necessidade surgida em função de hipóteses expostas na entrevista com 
os familiares e nas atividades iniciais realizadas com a criança, adolescente ou 
adulto. Weiss (2012) salienta que por ser um meio auxiliar, é fundamental a 
observação cuidadosa, a escuta durante o processo de execução e a leitura 
psicopedagógica possível de ser feita do produto realizado. 
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 É sempre bom relembrar que durante a avaliação psicopedagógica 
precisamos ver a pessoa como um todo: questões familiares, escolares, sociais, 
afetivas, cognitivo. 
 Existem muitos instrumentos e escalas que podem ser utilizados na 
avaliação psicopedagógica, aqui apresentaremos alguns deles: 
 
 IAR- Instrumento de Avaliação do Repertório Básico para a 
alfabetização: Que tem como objetivos: avaliar o repertório comportamental 
das crianças no que diz respeito aos pré-requisitos fundamentais para a 
aprendizagem da leitura e escrita; possibilitar 
informações que indicarão se a criança está em 
condições ideais de iniciar a alfabetização 
propriamente dita; fornecer aos professores 
informações seguras sobre que habilidades ou 
conceitos deverão ser treinados para que a criança 
possa iniciar a aprendizagem da leitura e escrita. 
 
 
 
 Teste de Competência de Leitura: Esse teste pode ser usado em 
pessoas de todas as faixas etárias, apesar de poder ser aplicado em todas as 
faixas etárias, é preciso que a criança já encontre-se alfabetizada (SAMPAIO, 
2018). 
 Enquanto a pessoa realiza a leitura, você como profissional que está 
avaliando, vai somar a quantidade de palavras lidas, nos cinco minutos e dividir 
o resultado por cinco para saber o número de palavras lidas em um minuto. 
 Esse teste pode ser usado em casos de suspeita de Dislexia, pois a 
pessoa com dislexia costuma ler menos de 50 a 60 palavras por minuto. 
 Após a leitura do texto pode-se também realizar algumas perguntas sobre 
o texto, como quem são os personagens, o que aconteceu, para realizar uma 
síntese oral, síntese escrita e pode-se realizar também ditado com palavras do 
texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Site Amazon 
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TCLPP - Teste De Competência de Leitura De 
Palavras e Pseudo: Visa avaliar a competência de leitura 
silenciosa de palavras isoladas. Avaliação da compreensão 
Leitora de Textos Expositivos. O teste em questão tem 
como objetivo principal auxiliar os psicopedagogos e 
fonoaudiólogos na avaliação da compreensão leitora dos 
pacientes a eles encaminhados. 
 
 
 
TDE II – Teste de Desempenho Escolar: é um 
instrumento que busca oferecer de forma objetiva 
uma avaliação das capacidades fundamentais para 
o desempenho escolar, mais especificamente da 
escrita, aritmética e leitura. Indica de uma maneira 
abrangente, quais as áreas da aprendizagem escolar 
que estão preservadas ou prejudicadas no 
examinando. A faixa etária abrange a avaliação de 
escolares de 1ª a 6ª séries do Ensino Fundamental, 
ainda que possa ser utilizado com algumas reservas, 
para a 7ª e 8ª séries. 
 
 
Teste de Sondagem de Escrita: o presente teste visa saber em que fase 
da escrita a pessoa encontra, principalmente para crianças que estão na fase 
alfabetização. Se estão na fase pré-silábica, silábico alfabético ou alfabético. 
Entregue para a criança uma folha de papel A4, lápis e borracha, solicite 
que a criança escreva o nome dela; dite as palavras uma a uma e peça que 
escreva: elefante, formiga, cachorro, tigre e rã. Faça o ditado de uma frase e pela 
que escreva: O cachorro pisou na formiga. 
Entregue a criança dois cartões escrito em cada um: Boi e no outro cartão 
aranha e peça-lhe que aponte onde está escrito a palavra boi e onde está escrito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: site amazon 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: site Amazon 
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a palavra aranha. Pode fazer isso com outras palavras, com isso irá observar a 
superação do realismo nominal. 
Para observações das questões matemáticas, pode-se fazer o uso de 
instrumentos como jogo de pega varetas e dominó como sugere Sampaio (2018), 
com pega varetas pode-se observar as operações de adição, subtração, 
multiplicação e divisão, bem como também com o dominó. Pode ser propor ainda 
situações problemas para observar o raciocínio lógico. Lembrando que precisa 
ser de acordo com a faixa etária da pessoa que está em avaliação. 
Há ainda os testes de avaliação das Funções Executivas e atenção que 
citei no módulo I, que são: 
Teste de Atenção por Cancelamento que foi desenvolvido por Montiel 
e Seabra (2009, 2012) que consiste em três matrizes impressa com diferentes 
tipos de estímulos. A pessoa que está realizando o teste deve assinalar todos os 
estímulos iguais ao solicitado, avaliando assim a atenção seletiva. Sendo que o 
teste tem um tempo determinado para ser aplicado (GODOY, 2012). 
Na primeira parte do instrumento avalia a atenção seletiva e consiste 
numa prova de cancelamento de figura numa triz impressa com seis tipos de 
estímulos (círculo, quadrado, triangulo, cruz, estrela, retângulo), elas são 
expostas de forma aleatória, sendo que a figura-alvo fica indicada na parte 
superior da folha (GODOY, 2012). 
A segunda parte do teste também avalia a atenção seletiva, porém com 
grau de dificuldade maior, sendo que a tarefa é semelhante a da primeira parte, 
porém a figura-alvo é composto por figuras duplas. Assim deverá procurar um 
par de figuras geométricas (GODOY, 2012). 
Na terceira parte do teste, atenção seletiva também é avaliada, porém 
demanda a avaliação de alternância, pois é preciso mudar de foco em cada linha. 
Nessa parte o estímulo-alvo muda a cada linha (GODOY, 2012). 
Para realização do teste em cada parte é de 1 minuto. Para correção são 
computados o número de acertos, erros, alvos cancelados indevidamente, alvos 
não cancelados. 
 
 
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Teste da Torre de Londres: busca avaliar a capacidade de 
planejamento, decisão estratégica e de resolução de problemas em crianças e 
adolescentes. O objetivo do Torre de Londres é oferecer um teste com níveis 
progressivos de dificuldade. 
O teste baseia-se na utilização de um instrumento que é constituído por 
três hastes verticais de comprimentos diferentes, três esferas coloridas (uma 
vermelha, uma verde e azul): a pessoa deve transpor estas esferas em um 
determinado número de movimentos de modo a obter a configuração indicada 
pelo profissional. 
Para todos os itens do teste, há sempre uma mesma posição inicial das 
esferas encaixadas nas hastes, cabendo ao sujeito reorganizá-las, de acordo 
com aposição-alvo apresentada em um caderno de aplicação. Nesse sentido, a 
medida que a pessoa evolui de um item para outro teste, o nível de dificuldade 
aumenta proporcionalmente ao número de movimentos necessários para 
solucionar cada uma das tarefas. Por isso é fundamental inicialmente planejar 
ouse já, pensar antes, representar mentalmente cada passo, para executar 
(MENEZES, DIAS & SEABRA, 2012). 
Na correção do teste, serão consideradas 
respostas corretas quando a solução fora alcançada com 
número mínimo de movimentos. São oferecidas três 
tentativas para cada posição apresentada, se naquele item 
não conseguir realizar a pontuação é zero. O tempo de 
aplicação do teste é de cerca 15 a 20 minutos (MENEZES, 
DIAS & SEABRA, 2012). 
 
Fonte: Livro: Avaliação neuropsicológica cognitiva: atenção e funções executiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Site Amazon 
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Saliento que para avaliação psicopedagógica não é necessário fazer uso 
de todas ferramentas aqui apresentadas, porém é preciso conhecer, pois cada 
uma pode ser utilizada de acordo com a queixa e hipótese do avaliado. 
 
Instrumentos de Avaliação e intervenção para Consciência 
Fonológica 
 
 É muito importante a realização da Consciência Fonológica, 
principalmente de crianças pequenas e que estão iniciando a alfabetização. Até 
mesmo das crianças com suspeita de Dislexia ou TPAC. 
 Segundo Sampaio (2018), alguns estudos mostram que pessoas com 
dislexia pode ter prejuízo na identificação de rima, manipulação de fonemas, que 
caracteriza-se em um desafio na consciência fonológica, é por isso, a dificuldade 
da leitura, apesar de ter um nível dentro do esperado em relação a inteligência. 
Cabe destacar que muitas vezes também ocorre com os TPAC. 
 Mas como avaliar a consciência fonológica? Existem algumas maneiras 
que vou exemplificar para vocês. 
 Separe figuras que terminam com o mesmo som, por exemplo: sapo-
mato-gato-pato; leão-pião-balão-mamão; pode utilizar com outras terminações e 
mostre a criança as figuras e peça para que fale o nome de cada uma. Peça para 
criança colocar as figuras juntas que tem o mesmo som. 
 Outra forma, é apresentar figuras diversas que as palavras comecem com 
o mesmo som, por exemplo: macaco-maçã-mala; panela- paçoca-palhaço; 
caneta-cachorro-cabelo. Peça para colocar as figuras juntas que tem o mesmo 
som inicial. 
 Outra atividade que pode ser utilizada são as Rimas, fale para criança três 
palavras, no qual somente uma irá rimar com a outra, por exemplo: caneta- livro, 
gaveta e geladeira; papel- lápis, borracha e pastel. 
 Pode também solicitar que durante a avaliação escreva palavras que 
rimem. 
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 Pode ainda, fazer a troca de letras, por exemplo: Se a palavra é SOL e eu 
trocar a letra O pela letra A, que palavra forma? Se a palavra é PATO e eu troco 
a letra P pela letra G, que palavra forma? 
 Sampaio (2018) ainda sugere observar a escrita de palavras que 
começam com sons semelhantes. Em uma folha de papel, separe em duas 
colunas e coloque letra F e letra V. Informe que irárealizar o ditado de palavras 
que começam com essas letras e peça para escrever na coluna correspondente 
aquela letra. Pode fazer também com a letra p e b, d e t, pois são letras com 
sons semelhantes e que confundem muito quem está no processo de 
alfabetização. 
 Existe ainda outro teste específicos para avaliação da Consciência 
Fonológica, como o CONFIAS – Consciência Fonológica 
Instrumento de Avaliação Sequencial. A utilização deste 
instrumento possibilita a investigação das capacidades 
fonológicas, considerando a relação com a hipótese da 
escrita (Ferreiro & Teberosky, 1991). Além disso, contribui 
para a prática na alfabetização e instrumentaliza 
profissionais de diferentes áreas tais como fonoaudiólogos, 
psicopedagogos, psicólogos e educadores, podendo 
também, subsidiar pesquisas acadêmicas na área da 
linguagem, da psicologia cognitiva e da educação. Faixa 
etária: a partir de 4 anos de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Site Amazon 
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Avaliação dos Aspectos Psicomotores, coordenação motora 
ampla e fina, coordenação visomotora, lateralidade, esquema 
corporal, orientação temporal e espacial e sequência lógica; 
Habilidades adaptativas e Atividades de Vida Social e 
autônoma- AVAS e Avaliação dos Aspectos emocionais, 
afetivos e comportamentais 
 
 Na avaliação psicopedagógica é muito importante, avaliar também os 
aspectos psicomotores, bem como as habilidades adaptativas e de vida social e 
autônoma, principalmente de crianças pequenas e de crianças que estão 
ingressando no processo de alfabetização. 
 Para essa avaliação é preciso de alguns materiais, mas faça de acordo 
com o que você pode utilizar, aproveite esse momento no qual trabalhamos mais 
o movimento e crie. O importante é observar se os parâmetros avaliados estão 
de acordo com a idade de desenvolvimento do avaliado. 
 
 Avaliação da Coordenação Motora Ampla: 
 Na avaliação da coordenação motora ampla, procuramos avaliar o 
momento da criança, por exemplo, como ela corre, pula, salta, dança, sobe de 
desce escadas. Sugiro que faça um pequeno circuito com alguns obstáculos 
para que possa observar os movimentos da criança. 
 
 Avaliação da Coordenação Motora fina: 
 Na avaliação da coordenação motora fina, observamos por meio de 
movimentos se a criança consegue alinhavar, fazer o movimento de pinça 
correto, realizar traço em cima de uma linha. Nesse momento poderá oferecer 
pedacinhos de canudos e fio de barbante e solicitar que passe o barbante por 
dentro do pedacinho de canudo, pode fazer uso de pregador de roupa e pedir 
para abri-lo e fechar em algum papel, pode pedir para separar alguns grãos de 
um por um. Pode ainda fazer uso de peças de lego para observar o encaixe e 
desencaixe, a força. 
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 Avaliação da Coordenação Viso motora: 
 Na avaliação da coordenação viso motora, no qual observa-se se tem 
capacidade de observar, reconhecer e usar as informações visuais em relação 
as forma, figuras e objetos. Para essa avaliação pode entregar figuras 
geométrica e solicitar que reproduza numa folha de papel. Alguns psicólogos 
fazem uso do teste Gestáltico Viso-motor de Bender (B-SPG), que visa observar 
as questões psicomotoras e espaciais. 
 Também pode fazer utilizar outras atividades para avaliar como: 
realização de transposição de objetos de um recipiente para outro, montagem 
de quebra-cabeça com peças adequadas para a idade, realizar pareamento de 
figuras iguais e diferentes. 
 
 Lateralidade: 
 Na avaliação da lateralidade, no qual observa-se qual é mão dominante, 
chuta a bola com qual perna, qual o olho dominante. Nesse momento pode 
sugerir um jogo com bola, observando com qual perna chuta, durante a 
realização de um desenho observar com qual mão usa para desenhar, para 
observa o olho dominante, pode fazer um buraco no papel entregar e pedir para 
olhar pelo buraco no papel, geralmente leva o buraco para o olho dominante. 
 Segundo Sampaio (2018), para suspeita de dislexia é muito importante 
fazer a avaliação da lateralidade, pois alguns estudos mostram a dificuldade que 
muitos têm em relação a esse aspecto. Crianças com dificuldade na lateralidade, 
pode apresentar dificuldade de identificar posição de letra, confundindo como 
p,q,b,d; ler da direita pra esquerda, escrever espelhado, confundir números 
como por exemplo o 6 9. 
 
 Esquema Corporal: 
 Na avaliação do esquema corporal, no qual observa-se se tem o 
conhecimento do seu próprio corpo e se reconhece o outro. Pode ser realizado 
por meio do desenho da figura humana, e observar se desenhou toda a figura 
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com cabeça, tronco, pernas, braços e etc. Pode também fazer em forma de 
brincadeira, como a brincadeira do Mestre Mandou. 
 
 Orientação Temporal: 
 Na avaliação de Orientação Temporal, visa observar se tem 
conhecimento de turnos do dia como: está de manhã, de noite? Dias da semana, 
Meses do ano, em que ano estamos, que horas tomamos o café da manhã, 
almoçamos e jantamos, quando é hora de dormir, se já sabe olhar as horas em 
relógio de ponteiros. Lembrando que precisamos observar de acordo com a 
idade de cada um. 
 
 Orientação Espacial: 
 Na avaliação de Orientação Espacial, que vis observar se tem 
conhecimento de situar-se e orienta-se em relação aos objetos, as pessoas e o 
seu próprio corpo num espaço. Pode-se fazer uso de quebra-cabeças, adequado 
para a idade, pedir para desenhar a sala de aula, ou a casa. Com um objeto pode 
colocá-lo em várias posições e perguntar em posição se encontra. Como colocar 
o objeto em cima da mesa, embaixo da mesa, atrás da cadeira, a frente da 
cadeira, ao lado. E assim percebendo se responde de forma assertiva ou não. A 
dificuldade de organização espacial pode refletir no posicionamento de letras, 
em ordenar letras e palavras, bem como antecessores e sucessores (SAMPAIO, 
2018). 
 
 Sequência lógica: 
 Avaliar a sequência lógica é muito importante, pois observa-se se 
consegue organizar os acontecimentos de acordo como estes acontecem. 
Observa-se também o pensamento, a atenção e memória. Para avaliação pode 
oferecer cartões com figuras que juntos formas uma história sequenciada. Pode 
também cantar uma música, iniciar a música e pedir para continuar. 
 
 
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 Habilidades adaptativas e Atividades de Vida Social e autônoma- 
AVAS 
 A avaliação das Habilidade Adaptativas e Atividades de Vida Social e 
Autônoma, muitas vezes realizadas com crianças no qual encontra-se com 
suspeita do Transtorno do Espectro Autista ou Deficiência Intelectual. 
 As Habilidade Adaptativas e Atividades de Vida Social e Autônoma, são 
habilidades que temos em nos adaptar ao ambiente e que conseguimos realizar 
de maneira autônoma, como a Comunicação, como a pessoa se comunica, 
Cuidados pessoais: vestir-se, limpar-se, higienizar-se, tomar banho sozinho, 
calçar sapatos ou sandálias. Habilidade sociais: como é a socialização; Saúde 
e segurança, se tem noção de perigo, se avisa que não está se sentindo bem, 
Desempenho escolar: diferencia a hora de brincar e de fazer atividades, cuidado 
com objetos escolares, guarda e organiza os objetos e materiais; 
Essas informações podem ser observadas ao longo do processo e 
avaliação, ou até mesmo na anamnese realizada com os pais ou responsáveis. 
 
 Avaliação dos Aspectos emocionais, afetivos e comportamentais 
 A avaliação dos aspectos emocionais afetivos e comportamentais é muito 
importante para observamos como o avaliado lida com as emoções,com a 
mudança de ambientes, como é seu comportamento mediante a situações. 
Esses aspectos podem ser observados durante toda avaliação, como reage 
quando chega ao consultório, como lida com contrariedades ou não fazemos o 
que deseja, como lida com frustrações. Demonstra ser uma pessoa, afetuosa, 
carinhosa, arredia, impulsiva. Para crianças em avaliação para o TEA, 
demonstra alguma reação. Como é seu comportamento quando chega em 
alguns lugares específicos. Apresenta episódios de birra, como eles são. 
 Nesse contexto tudo isso pode ser observado e também perguntado aos 
pais ou responsáveis na Anamnese. 
 
 
 
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O uso do lúdico no processo de avaliação e intervenção 
psicopedagógica 
 
 O brincar é uma das melhores maneiras de estabelecer um vínculo, 
principalmente no processo de avaliação psicopedagógica com crianças. E é no 
brincar que também conseguimos avaliar muitos aspectos. Analisamos a forma 
do brincar, se é funcional ou não, o jogo simbólico. Aspectos esses fundamentais 
em crianças que estão em investigação para o TEA. 
 Weiss (2012, p.75) destaca “é no espaço do brincar transicional, da 
criança-outro, individuo-meio, dá-se a aprendizagem”. E por isso, o processo 
lúdico é fundamental na avaliação psicopedagógica com crianças. 
 No ambiente clinico e até mesmo escolar, é interessante, observar a idade 
das crianças para preparar a brincadeira, isso mesmo, é preciso também 
planejar com o que brincar, porque em momentos direcionar para obter os 
resultados. Depois pode deixar a criança brincar livremente também para 
observar esse momento. Por exemplo com crianças pequenas, é interessante 
levar brinquedos que geralmente as crianças adoram, como dinossauros. 
 Nesse momento explore, os sons dos dinossauros, o que os dinossauros, 
fazem, onde eles vivem, o que eles comem, qual o dinossauro mais bravo, o 
mais legal. E assim vai observando a linguagem da criança, o foco atencional, a 
organização de ideias, entre outros. Aqui também pode trabalhar jogos de 
imitação, estatua, e jogos musicais. Crianças pequenas gostam muito de música. 
 Com crianças maiores que já estão no processo de alfabetização pode 
utilizar jogos alfabéticos, com silabas, palavra, jogos da memória, quebra-
cabeças, e até mesmo propor um jogo em que a criança coloque regras, uma 
corrida de carros, brincadeira de bonecas, por exemplo. Para observar atenção 
concentração e resolução de problemas tem o a Hora do Rush, que muitos 
adoram, como também o dominó. 
 Com adolescentes também pode usar brincadeiras, jogos que utilizem 
raciocínio lógico, resolução de problemas, planejamento geralmente utiliza, 
jogos de tabuleiro ou com regras já definidas, temos tantos jogos no mercado, 
como Imagem & Ação, Jogo de detetive, Dama, Monopoly, entre tanto outros. 
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 Como salienta Weiss (2012), ao abrir espaço de brincar durante a 
avaliação psicopedagógica, estamos possibilitando um movimento de direção a 
saúde, pois o brincar é saudável. Rompe-se assim a fronteira ente o diagnóstico 
e tratamento. Acrescento mais, ao realizar a avaliação de maneira lúdica, já 
estamos também intervindo junto a criança e adolescente. 
 Em sua experiência pratica Weiss (2012), observou que a sessão lúdica 
centrada na aprendizagem, fornece dados também sobre aspectos afetivos 
gerais da aprendizagem, ao adotar o uso do lúdico, começou a obter resultado 
satisfatório na avaliação, conseguindo diminuir o tempo do diagnóstico e o 
número de instrumentos. 
 Na sessão Lúdica Centrada na Aprendizagem, Weiss (2012) propõe: o 
enquadramento específico que é onde acontecerá a sessão, a sala, o tempo, o 
material, o papel do profissional (observação); O modo do brincar, o que 
acontece nessa brincadeira, como a criança uso o material disponível, a relação 
com os objetos, se permanece centrada na brincadeira, resolve situações 
problemas, convida o profissional para brincar, ou brinca sozinha. 
 Enfim, como já foi dito, muito pode ser observado nesse momento lúdico 
e de brincadeiras. O importante é observar a aprendizagem e investigar o que 
está envolvido nesse processo e a sua relação com a queixa. Observar, o que 
faz, como faz, como organiza esse fazer e também as múltiplas facetas 
cognitivas, afetivos, sociais e corporais. E assim, realizar interligações com os 
testes já realizados e as entrevistas realizadas com os pais ou responsáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Avaliação e proposta de intervenção para Transtornos 
Funcionais Específicos: TDAH, TPAC e TOD 
 
 Nas aulas anteriores vimos claramente as ferramentas que podem ser 
utilizadas no processo de avaliação de forma em geral. Nesse tópico 
apresentarei os instrumentos, escalas para avaliação dos Transtorno Funcionais 
Específicos do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade- TDAH, 
Transtorno do Processamento Aditivo Central e Transtorno Desafiador opositor- 
TOD. 
 Na avaliação psicopedagógica para pessoas com suspeita de TDAH 
pode-se fazer o uso de escalas: 
 
 SNAP –IV 
 É um questionário muito utilizado para rastrear o Transtorno de Déficit de 
Atenção e Hiperatividade, foi construído a partir dos sintomas do Manual de 
Diagnóstico e Estatística – IV Edição (DSM-IV) da Associação Americana de 
Psiquiátrica. O professor da criança também pode preencher o questionário. Em 
anexo pode-se encontrar a tradução validada pelo GEDA – Grupo de Estudos 
do Déficit de Atenção da UFRJ e pelo Serviço de Psiquiatria da Infância e 
Adolescência da UFRGS. 
 O questionário é composto de 18 questões no qual responde-se as 
escalas, nem um pouco, só um pouco, bastante e demais. 
Como avaliar: 
1) se existem pelo menos 6 itens marcados como “BASTANTE” ou “DEMAIS” de 
1 a 9 = existem mais sintomas de desatenção que o esperado numa criança ou 
adolescente. 
2) se existem pelo menos 6 itens marcados como “BASTANTE” ou “DEMAIS” de 
10 a 18 = existem mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que o 
esperado numa criança ou adolescente. 
O questionário SNAP-IV é útil para avaliar apenas o primeiro dos critérios (critério 
A) para se fazer o diagnóstico. Existem outros critérios que também são 
necessários. 
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IMPORTANTE: Não se pode fazer o diagnóstico de TDAH apenas com o critério 
A! Existem outros critérios, que veremos em breve. 
 
 
 ETDAH- pais - Escala de Avaliação de comportamento infanto-
juvenis no TDAH em ambiente familiar 
 A escala em questão foi desenvolvida para avaliar os 
comportamentos infanto-juvenis (em crianças e adolescentes 
com idades entre 2 e 17 anos) em ambiente familiar, tendo os 
pais como fonte de informação no entendimento dos 
possíveis prejuízos de atenção hiperatividade e 
impulsividade, dificuldades emocionais e comportamentais, 
bem como a intensidade do prejuízo existente (moderado e 
grave). 
 
 
 ETDAH- CriAd- Escala de Auto avaliação do TDAH: versão para 
crianças e adolescentes 
A escala em questão foi desenvolvida para trazer o entendimento da própria 
criança e do adolescente (com idades entre 6 e 15 anos) a 
respeito dos possíveis prejuízos de atenção, hiperatividade / 
impulsividade, bem como a intensidade do prejuízo (moderado 
ou grave). Os resultados observados com a aplicação da 
ETDAH-CriAd permitem a elaboração de um plano de 
intervenção psicológica, neuropsicológica, médica, escolar, 
social, psicopedagógica e psicoeducativa, e servem como 
medida de acompanhamento, ou seja, de monitoramento dos 
benefícios alcançados após intervenção e da necessidade deredirecionamento do plano interventivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: site Amazon 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: site amazon 
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 ASRS 18 
 É um questionário de rastreio para adultos, muito parecido com o SNAP-
IV, aplicação segue o mesmo formato. É um questionário autoaplicável, que foi 
traduzido para a língua portuguesa, composto de 18 questões no qual responde-
se as escalas, nunca, raramente, algumas vezes, frequentemente, muito 
frequentemente. 
Como avaliar: 
 
Se os itens de desatenção da parte A (1 a 9) e/ou os itens de 
hiperatividade-impulsividade da parte B (1 a 9) têm várias respostas marcadas 
como FREQUENTEMENTE ou MUITO FREQUENTEMENTE existe chances de 
ser portador de TDAH (pelo menos 4 em cada uma das partes). 
O questionário ASRS-18 é útil para avaliar apenas o primeiro dos critérios 
(critério A) para se fazer o diagnóstico. Existem outros critérios que também são 
necessários. 
IMPORTANTE: Não se pode fazer o diagnóstico de TDAH apenas com os 
sintomas descritos na tabela. 
 
 
Acampora (2019) destaca que de acordo com o DSM-5 o diagnóstico só 
e feito quando a criança atinge 6 anos de idade, pois é nesta época que ela 
começa a vivenciar situações específicas de aprendizagem onde um padrão de 
comportamento estruturado é necessário. 
 Para a desatenção seis ou mais dos seguintes sintomas devem estar 
presentes de uma forma desadaptativa por um período de seis meses: 
 Deixar de prestar atenção com frequência na escola, gerando muitos 
erros por descuido; 
 Tem dificuldade persistente em manter a atenção em tarefas ou 
atividades lúdicas; 
 Parece não escutar quando falam com ele, com frequência; 
 Com frequência, não segue instruções e não termina uma atividade que 
começou; 
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 Dificuldade de organizar tarefas e atividades frequentemente; 
 Com frequência, evita ou antipatiza com as atividades que exijam esforço 
mental constante; 
 Perde coisas com frequência; 
 É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa; 
 Frequentemente apresenta esquecimentos com atividades diárias. 
 
Para Hiperatividade ou Impulsividade, seis ou mais dos seguintes sintomas 
devem estar presentes de uma maneira desadaptativa por um período de no 
mínimo seis meses: 
 Remexe mãos ou pés ou se remexe na cadeira com frequência; 
 Com frequência, não consegue permanecer sentado em sua cadeira; 
 Frequentemente ocorre em demasia onde isso é inadequado; 
 Dificuldade em brincar ou se envolver em atividades prazerosas em 
silêncio; 
 Está frequentemente “ a mil” ou “ todo vapor”; 
 Fala demais; 
 Com frequência, responde apressadamente antes de a pergunta ter 
sido formulada; 
 Tem frequente dificuldade em aguardar sua vez; 
 Repetidas vezes interrompe ou entra no assunto dos outros. 
 
Em relação ao TDAH, pode ocorrer a presença de apenas desatenção, 
apenas hiperatividade ou impulsividade, ou de ambos. Geralmente, o transtorno 
deve começar antes dos sete anos de idade e manifestar e vários contextos 
como na escola, em casa, em outras atividades sociais. Porém é importante 
salientar que preencher a maioria das características não significa que tenha o 
TDAH, por isso necessária avaliação psicopedagógica e por vez 
neuropsicológica. 
 Na avaliação psicopedagógica para o TDAH, além das escalas 
supracitadas, também pode realizar atividades lúdicas e demais atividades já 
citadas anteriormente. 
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 Em relação o Transtorno do Processamento Auditivo Central, conforme 
vimos na aula sobre a definição do Transtornos Funcionais Específicos, 
geralmente o diagnóstico é realizado pelo profissional de fonoaudiologia e com 
o otorrinolaringologista. Profissionais responsáveis pelo laudo e relatório médico. 
 Nesse sentido, a avaliação psicopedagógica para crianças ou 
adolescentes com suspeita de TPAC podem ser realizadas por meio de provas 
e testes, bem como sessões lúdicas e jogos pedagógicos. 
 Já para crianças com suspeita de TOD- Transtorno Opositor Desafiador, 
além das atividades já propostas para os outros, também é um diagnóstico mais 
clinico e que devem observar: 
 Como é comportamento da criança em vários ambientes como escola, 
casa e com pessoas de um modo em geral. Além disso observar que tipo 
de prejuízo essa criança tem, se é social, afetivo, de aprendizagem. 
 Geralmente não são crianças bem quistas na escola, tem a fama de 
caudadores de problemas e as pessoas acabam evitando a criança. 
 Os sintomas já podem ser percebidos a partir dos 4-5 anos. Por volta de 
6-8 anos a situação começa a complicar, e é aí que se pode fechar o 
diagnóstico. 
 
 Para avaliação do TOD existe também escala de avaliação na qual avalia 
o comportamento da criança, que se chama Escala de Avaliação e Transtornos 
de Comportamento Disruptivo para Pais e Professores, criada por William E. 
Pelham Jr. A escala é comportas por 45 afirmações no qual os pais e professores 
irã responder sobre o comportamento da criança. A escala vai de Nada, Pouco, 
Muito e Demais. 
 Para correção é preciso observar os itens 3, 13,15, 17,24,26,28,39. 
Nestes itens se 4 ou mais deles estiverem “muito” ou “demais”, tanto descrito 
pelos pais quanto pelos professores é positivo para o TOD. Vocês podem 
encontrar a escala de forma fácil na internet. 
 
 
 
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Sugestões de intervenção: TDAH, TPAC e TOD 
 Depois do processo de avaliação psicopedagógica, e ao perceber que as 
crianças, adolescentes precisam de intervenção. É necessário criar um 
planejamento interventivo que abarque os desafios e dificuldades. Por isso 
muitas vezes o plano precisa ser individualizado, porém irei sugerir algumas 
intervenções que encontramos na literatura. 
 Para os três tipos de Transtorno, pode-se utilizar 
atividades que trabalhem a autorregulação e as funções 
executivas, temos como exemplo o PIAFEX - que é um programa 
de intervenção em autorregulação e Funções Executivas, que 
tem o objetivo de estimular o engajamento e o desenvolvimento 
das funções executivas em crianças. No Piafex existe 43 
atividades estruturadas, dividas em módulos básicos e que pode 
utilizar de acordo com os desafios e dificuldades apresentados 
pela criança ou adolescente. 
 Por exemplo: o primeiro módulo é de organização de materiais/ rotina e 
manejo do tempo: na etapa 1- faça a rotina do dia, com todas atividades que 
serão utilizadas, na etapa 1- é execução da atividade e o check quando terminar, 
na etapa 3- é verificar se todo o planejamento foi executado. 
 Demonstrei esse exemplo pois sabe-se que muitas pessoas com TDAH, 
TPAC ou TOD apresentam desafios em concluir atividades é essa é boa 
estratégia para trabalhar com eles. 
 Além disso, pode-se trabalhar também com a ginastica cerebral que 
contribui no desenvolvimento da atenção, memória. Teremos uma aula sobre 
Ginástica Cerebral como auxílio nas intervenções. 
 Segue ainda sugestões: 
 Sempre que der instruções a criança ou adolescente peça-o para 
repetir; 
 Dê comandos de cada vez e simples; 
 Procure não criticar ou apontar a falha da criança, é importante 
também elogiar quando fizerem tudo correto; 
 Procure utilizar atividades mais visuais; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Site Amazon 
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 Realizar intervenções orais com a criança ou adolescente; 
 Dê exemplos de como realizar a atividade proposta. 
 Defina metas e objetivos claros, pois assim é de melhor 
entendimento; Ofereça também atividade motoras. 
 
 Existem uma infinidade de modelos de intervenção e de sugestões para 
trabalhar com TDAH, TPAC e TOD, se desejam ser profissionais especialistas 
na área não deixem de estudar e pesquisar para se manterem atualizados. 
 
Avaliação e proposta de intervenção para Transtornos 
Funcionais Específicos: Dislexia, Disortografia, Disgrafia, 
Discalculia 
 
A avaliação dos Transtorno Funcionais- Dislexia, Disortografia, Disgrafia 
e Discalculia que são transtornos relacionados a desafios e dificuldades na 
leitura, escrita e números, são muito parecidas. Para avaliação de leitura temos 
teste e escala como: IAR- Instrumento de Avaliação do Repertório Básico para 
a alfabetização; Teste de Competência de Leitura; TCLPP - Teste De 
Competência de Leitura De Palavras e Pseudo; TDE – Teste de Desempenho 
Escolar; Teste de Sondagem de Escrita, entre vários outros que podem subsidiar 
nesse processo de avaliação psicopedagógica. 
Todos os testes acima já fiz um apanhando de como podem ser aplicados, 
muitos podem ser adquiridos também pela internet. 
No entanto é importante destacar que além dos testes, é preciso ainda 
fazer uso de atividades lúdicas com as crianças e adolescentes pois contribuem 
muito na avaliação, assim como também observação do material escolar que 
pode ser solicitado a família ou a escola. 
Para crianças com Dislexia, Disortografia, Disgrafia e Discalculia, também 
pode fazer uso do programa do Piafex com atividades que pode ser aplicada de 
acordo com a dificuldade de cada um. Assim também como a Ginástica Cerebral. 
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Segue algumas estratégias para trabalhar com crianças e adolescentes 
com: 
 Dislexia: 
 Inicie a intervenção com a leitura de uma história conhecida pela 
criança ou adolescente, pode utilizar até gibis, leia apontando as 
palavras, pode pedir também para ler uma palavra o outra. 
 Após a leitura peça para que fale um pouco sobre a história e o 
quais palavras chamou mais atenção; 
 Pode escrever a palavra e pedir para a criança repetir e depois 
solicitar que ela escreva; 
 Pode ainda escrever palavras em cartões e pedir para que leia; 
 Além disso pode usar jogos, as crianças adoram. 
 Elogie sempre que a criança acertar isso as motiva. 
Os exemplos acima também podem ser usados para crianças com 
Disgrafia e Disortografia, mas ainda pode trabalhar com exercícios 
grafomotores, com pinturas com dedo, pincel, até mesmo caligrafia, para 
crianças com Disgrafia. Para a Disortografia trabalhar atividades de percepção 
visual-espacial, trabalhar também com processamento fonológico. 
 
 
 Discalculia: 
 Trabalhe com papel quadriculado para aprender a organizar as ideias no 
papel, no qual cada número estará dentro de um quadradinho; 
 Leia para ele problemas matemáticos e solicite a leitura dele também; 
 Incentive a criança a desenhar figuras que representem os problemas que 
ele está resolvendo; 
 Tente apresentar os problemas de maneira prática e até mesmo concreta 
para que possa manipular; 
 Pratique estimar (tentar adivinhar) como uma forma de começar a resolver 
problemas de matemática; 
 Ofereça outras ferramentas para utilizar, como calculadora, tabuadas, 
formulas; 
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 Principalmente procure não tratar a matemática como uma matéria ruim 
ou muito difícil, muito é questão de explicação e entendimento. 
 
Existem várias outras formas de trabalhar com a dislexia, disgrafia, 
Disortografia e Discalculia. Mas o principal é que no processo de intervenção 
procure sempre incentivar a criança e o adolescente, e tentar trabalhar 
desmitificando a questão do “eu não consigo aprender”, explique que é um 
processo e que se realizar todas as atividades propostas irá avançar. 
 
 
Avaliação e Intervenção Psicopedagógica para Deficiência 
Intelectual 
 
 A avaliação psicopedagógica em crianças e adolescentes com suspeita 
ou até mesmo com diagnóstico de Deficiência Intelectual, acontece de acordo 
com a demanda e queixa que o profissional recebe. Podem ser realizadas as 
provas operatórias, bem como testes projetivos e Testes psicológicos de 
avaliação da inteligência, que só podem ser aplicadas por psicólogos. 
 Os testes psicológicos devem ser de acordo com a faixa etária da criança 
e adolescente e alguns também são de acordo com a escolaridade. Existem 
muitos testes para avaliação da Inteligência, como o WISC- IV, que avalia 
instrumento para capacidade intelectual de crianças e adolescentes (de 6 a 16 
anos). É composto de vários subtestes, cada um medindo um aspecto diferente 
da inteligência. O desempenho nestes subtestes é resumido em 3 medidas 
compostas: QIs Verbal, de Execução e Total que oferecem estimativas das 
capacidades intelectuais dos indivíduos. 
 O teste TIG-NV- Teste de inteligência geral não verbal, com o objetivo 
avaliar desempenhos característicos dos testes de inteligência não verbais e 
possibilita uma análise neuropsicológica, a qual permite identificar os tipos de 
raciocínios errados e os processamentos envolvidos na sua execução, além das 
classificações habituais do potencial intelectual possibilita uma classificação dos 
sujeitos em termos de Percentil ou QI, além da classificação da inteligência de 
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acordo com o grau de escolaridade (Fundamental, Médio e Superior), nas idades 
de 10 a 79 anos. 
 Para crianças pequenas tem a Escala de Maturidade Mental Colúmbia-
(CMMS 3), tem como objetivo avaliar a capacidade de raciocínio geral de 
crianças de 3 anos e 0 meses a 9 anos e 11 meses de idade. Devido a sua 
praticidade para aplicação, correção e interpretação, o teste é indicado para 
compor protocolos de avaliação multidimensional de crianças com suspeitas de 
déficits cognitivos. 
 Existem outros testes e escalas que podem ser utilizados na avaliação de 
crianças e adolescentes com suspeita ou diagnóstico de Deficiência Intelectual. 
 Sabe-se que a Deficiência Intelectual envolve diversos desafios em 
relação a aprendizagem, como também dificuldades em adaptação social, nas 
questões do autocuidado, nas questões relacionadas a linguagem, por isso a 
avaliação precisa envolver outros instrumentos como citamos acima, e caso 
necessário também avaliação neuropsicológica. 
 Como sempre fora dito, além da avaliação precisa-se pensar na 
intervenção, como as crianças e adolescentes com Deficiência Intelectual 
também apresentam desafios nas questões de autorregulação e funções 
executivas, também pode ser utilizado o Piafex, exemplo esse já sinalizado na 
aula de Transtornos Funcionais. 
A avaliação psicopedagógica proporcionou que você enquanto 
profissional conheça a criança e o adolescente que avaliou, por isso saberá quais 
as potencialidades e desafios que possuem para realizar a intervenção mais 
adequada. 
Explique com clareza como deseja que a criança e o adolescentes se 
comporte durante a intervenção, procure fazer isso antes de iniciar, faça 
combinados e rotina com eles. 
Importante destacar que as atividades de intervenção propostas para 
Deficiência intelectual precisam ser planejadas e as informações/instruções 
precisam ser claras e curtas. Além disso, em muitos momentos, é preciso 
apresentar como se realiza para que o outro tente fazer igual. 
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 Procure utilizar itens concretos para explicar os conceitos e assim crie 
oportunidades para que a criança ou adolescente pratique o conceito novo que 
aprendeu. 
 Utilize jogos pedagógicos que trabalham memória, atenção, 
concentração, tomada de decisões e planejamento,esses jogos podem ser tanto 
presenciais, como também em plataformas na internet. 
 Enquanto profissional utilize sua criatividade e planejamento para 
alcançar os objetivos da intervenção psicopedagógica, algumas atividades darão 
super certo, outras não. Mas o importante é o desenvolvimento da criança e 
adolescente que está sendo acompanhado por você. 
 
Avaliação e Intervenção Psicopedagógica no Transtorno do 
Espectro Autista-TEA 
 
 Para o diagnóstico do TEA, atualmente, os domínios incluem deficiências 
na comunicação, na interação social, nos interesses restritos e nos 
comportamentos repetitivos. A chamada tríade autista (ACAMPORA, 2019). 
 O processo de avaliação psicopedagógica do Transtorno do Espectro 
Autista, quando há a suspeita ou já o diagnóstico partirá da tríade citada acima, 
no qual o profissional irá observar e analisar criteriosamente. 
 Pode-se fazer na avaliação a aplicação de provas operatórias, testes 
psicológicos já citados, bem como o uso de escalas de avaliação para contribuir, 
que são: 
 
 M-Chat: 
Um dos testes de rastreio utilizado para o Transtorno do Espectro Autista 
é o M-CHAT, recomendado pela Sociedade Brasileira de pediatria e que deve 
ser utilizado em consultas pediátricas, até mesmo no Sistema Único de Saude- 
SUS segundo a lei 13.438/17, caso suspeita de TEA. 
 O formulário de M-CHAT possui 23 questões do tipo sim/não, que devem 
ser respondidas pelos pais de crianças entre 16 e 30 meses de idade. Ao final 
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soma-se todas as pontuações e se for superior a 8 é preciso uma avaliação 
cautelosa da criança. 
 
 CARS- Escala de Avaliação de Autismo na Infância 
 Outro teste de rastreio comumente usado é o CARS (Escala de Avaliação 
de Autismo na Infância) é um questionário frequentemente utilizado por 
profissionais da área da saúde para averiguar a possibilidade da presença de 
autismo em crianças. Costuma ser aplicada a crianças a partir dos 2 anos de 
idade e é considerada uma ferramenta pré-diagnóstica bastante confiável. 
Dentre todas as escalas de avaliação do autismo, a CARS é a de maior validação 
e preferência. 
 
 ATA – Escala de Avaliação de Traços Autísticos 
A escala é um questionário utilizado por profissionais da área da saúde 
para averiguar a possibilidade da presença de autismo em crianças, assim como 
a escala CARS. Pode ser aplicada a crianças a partir dos 2 anos de idade e é 
considerada uma ferramenta pré-diagnóstica bastante confiável. Sua utilização 
é fácil, de modo que possa ser preenchida também pelos próprios pais. 
 As escalas aqui apresentadas, são facilmente encontradas na internet, 
porém devem ser aplicadas com cautela. Existem outros testes de rastreio, 
porém esses são os mais utilizados. 
 Em sua maioria, é importante que as crianças e adolescentes 
diagnosticados com TEA e que já realizaram avaliação psicopedagógica, sejam 
atendidos por equipe multidisciplinares, de acordo com as demandas que foram 
observadas durante a avaliação. 
 Os profissionais geralmente envolvidos são psicólogos, psicopedagogos, 
neuropediatras, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros. 
 Existem vários métodos de trabalhos interventivos com o TEA, no Brasil 
os mais conhecidos são o ABA- Analise do comportamento Aplicada; TEACCH- 
Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados à 
Comunicação, Terapia de Integração Sensorial. Ainda tem-se outros métodos de 
intervenção, porém nesse momento vamos nos ater as esses. 
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 Método ABA e método TEACCH: 
 
 De acordo com Acampora (2019), os métodos ABA e TEACCH se 
baseiam em uma proposta terapêutica comportamentalista, isto é, entendem que 
os comportamentos são operantes, ou seja, quando um indivíduo se comporta, 
esse comportamento opera sobre o ambiente, promovendo uma resposta do 
ambiente que funciona como reforçador positivo ou negativo para esse 
comportamento. 
 Os objetivos programáticos desses métodos são: 
 Promover um desenvolvimento normal dos aspectos cognitivo, linguístico 
e social; 
 Promover aprendizagem; 
 A redução da rigidez e estereotipia; 
 Eliminar os comportamentos desadaptativos; 
 Alivio do sofrimento familiar 
 Educação e conscientização da comunidade para aceitação do indivíduo. 
 
 O método ABA, é uma metodologia estritamente comportamental que 
trabalha com uso de reforçadores, concretos ou sociais, na modelagem do 
comportamento autista. É uma Instrução Programada, uma maneira de ensinar 
que possuem princípios, como por exemplo: os comportamentos dever ser 
reforçados positivamente, o feedback deve ser imediato; a criança deve ser 
comparada com ela mesma; os conteúdos devem ser apresentados em uma 
ordem de complexidade crescente; expor a criança somente ao material 
preparado, entre outros princípios (ACAMPORA, 2019). 
 O método TEACCH, é uma composição entre o cognitivismo e o 
condicionamento operante, sendo uma adaptação da terapia cognitivo 
comportamental ao autismo e também a crianças com dificuldades na área da 
comunicação. O método utiliza princípios e técnicas de análise do 
comportamento, mas também alguns aspectos que auxiliam nas dificuldades 
especificas encontradas no autismo. Nesse método os pais também auxiliam na 
elaboração e aplicação (ACAMPORA, 2019). 
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 O TEACCH, parte do pressuposto que no tratamento com autistas, toda 
e qualquer situação dever ser estruturada, com material disponível, sequência e 
tempo de duração preestabelecidos, fazendo uso do recurso visual, no qual são 
introduzidas a linguagem gestual ou a de cartões (ACAMPORA, 2019). 
 
 Método de Terapia de Integração social: 
 Segundo Acampora (2019), na Terapia de integração Sensorial, são 
usadas brincadeiras, jogos e atividades lúdicas para organizas a estimulação 
sensorial. O ambiente precisa conter equipamentos e recursos que promovam 
sensações e informações sensoriais variadas e desafiadoras. 
 Importante destacar que depende das necessidades de cada criança. 
Nesse método auxilia na consciência corporal por meio da coadunação dos 
estímulos percebidos pelo sistema tátil, vestibular e proprioceptivo, pois uma vez 
a ausência de consciência corporal no autismo se daria por déficit nessa área 
sensorial, o incentivo ao desenvolvimento de seu esquema corporal, com a 
avaliação e a instauração dos níveis adequados de estimulação sensorial é 
considerado um ótimo recurso como afirma Acampora (2019). 
 Brito (2017) destaca que é importante lembrar sempre, que ao selecionar 
e utilizar estratégias com TEA deve-se levar em consideração que: crianças e 
adultos com TEA apresentam dificuldades e habilidades com graus variáveis em 
relação ao seu desenvolvimento social, linguístico, cognitivo, motor e emocional. 
 Para intervir é preciso entender e conhecer o indivíduo, por isso a 
importância da avaliação psicopedagógica, por isso é preciso analisar cada caso 
e escolher a melhor maneira de intervir, Brito (2017), sugere as seguintes 
intervenções: 
 A criança que apresenta desafios na comunicação por exemplo, pode 
usar recursos comunicativos como empregar frases objetivas e curtas, evitar uso 
de muitas metáforas, palavras e expressões de duplo sentido. Aproveitar para 
conversar com a criança usando palavras simples e curtas, incentive a chamar 
as pessoas pelo nome. 
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 Faça uso de quadros de rotina diária em casa, na terapia e na escola, 
passo a passo de algumas situações do cotidiano, por exemplo, de como usar o 
banheiro ou tomar banho. 
 Busque oportunidadespara elogiar a criança. Ensine e elogie formas 
adequadas de se comunicar, compartilhar, esperar, etc. 
 Faça pedidos que você sabe que a criança ensine e elogie formas 
adequadas de se comunicar, compartilhar, esperar, etc. 
 Divida as tarefas e atribuições em partes e passos menores, ou peça para 
a criança fazer somente uma parte da tarefa, como por exemplo: guardar uma 
peça de cada vez do jogo ao invés de pedir que guarde todas as peças de uma 
só vez. Busque elogiar quando a criança atender as solicitações. 
 Use interesses específicos e preferências da criança para incentivar 
habilidades e talentos. 
 Brincadeiras simples com bolinhas de sabão e cócegas podem 
proporcionar situações muito importantes em relação ao contato visual, atenção 
compartilhada e habilidades sociais, por exemplo. 
 Faça atividades motoras que também incentivem o compartilhamento das 
situações como jogo de boliche, basquete, futebol, jogar bola um para o outro ou 
jogar para o alto e pegar, sempre mostrando como essas situações podem ser 
prazerosas. 
 Entre outras tantas atividades que podem ser realizadas. Existem uma 
gama de intervenções, como já orientei, seja criativo e também planeje seus 
atendimentos. 
 
 
Intervenção com atividades de Ginástica Cerebral 
 
 Já deixei aqui várias sugestões de intervenções, porém trarei uma que 
acredito ser muito interessante de se trabalhar com todas as crianças, 
adolescentes e até mesmo adultos e idosos. Principalmente com pessoas com 
o diagnóstico de Transtornos Funcionais Específicos, que é a Ginástica 
Cerebral. 
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A ginástica cerebral surgiu na Califórnia, nos Estados Unidos, no meio 
dos anos 70. Seu precursor foi o Dr. Paul Dennison, pioneiro da pesquisa 
cerebral aplicada e criador da educação cinestésica. As descobertas de 
Dennison se basearam na compreensão da interdependência do 
desenvolvimento acadêmico, do desenvolvimento físico e da aquisição da 
linguagem. Em outras palavras, o especialista descobriu que todas essas áreas 
estavam ligados entre si. Consequentemente, a estimulação de uma contribuiria 
para o desenvolvimento das outras. Somente no ano de 1990 a ginástica 
cerebral foi aceita como uma das técnicas de ponta específicas para educação 
pela National Learning Foundation (SOUZA, 2019). 
A ginástica cerebral é baseada na neurociência, tendo conceito de 
neuroplasticidade cerebral. Assim, é a capacidade do cérebro em se modificar 
conforme os estímulos que ele recebe. Isto é, o cérebro humano consegue se 
adequar de acordo com os estímulos, podendo melhorar suas atividades. 
Dessa forma, quanto maior e mais ativa for a conexão entre os neurônios, 
mais fortalecida será suas reservas cognitiva e, com isso, melhor será sua 
longevidade. 
O nosso cérebro é composto por dois hemisférios. O direito geralmente 
está associado ao pensamento linear, aos números, ao raciocínio lógico e ao 
uso da linguagem. Já o hemisfério direito é considerado o lado criativo, ligado às 
artes, às emoções, às sensações e à imaginação (SOUZA, 2019). 
A ginástica cerebral é um método de ativação simultânea desses dois 
hemisférios. Ela está baseada na educação cinestésica e pode ser usada para 
melhorar a capacidade de aprendizado e, consequentemente, provocar um 
aumento de desempenho nas mais diversas atividades e funções. Inclusive, no 
trabalho (SOUZA, 2019). 
Para isso, a ginástica cerebral usa uma série de atividades e movimentos 
mecânicos simples. Esses exercícios são responsáveis por ativar partes do 
cérebro que normalmente não costumam ser utilizadas, aprimorando o 
funcionamento do órgão. Com isso, é possível aumentar a concentração, a 
criatividade, a leitura e a escrita, além da capacidade de raciocínio (SOUZA, 
2019). 
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 De acordo com Souza (2019) os benefícios da Ginástica Cerebral são: 
melhora do equilíbrio, percepção e coordenação motora, autoconhecimento, 
disposição para novas experiência e aprendizados, maior facilidade para muar 
hábitos, clareza de pensamentos e melhora da organização, cooperação, 
aumento da consciência maior capacidade para fazer novas escolhas, aumento 
da autoestima e autoconfiança, desenvolvimento da criatividade e resolução de 
problemas, redução do estresse, e vários outros. 
 Para que exista uma melhora definitiva de funções como a concentração, 
raciocínio e memória, é necessário que você estimule e condicione sempre o seu 
cérebro. 
Algumas atitudes simples já podem ajudar nesse processo, como: 
 Aprender coisas novas constantemente, pois isso ajuda a eliminar falhas e 
estimular o surgimento de neurônios; 
 Estudar um outro idioma ou viver experiências culturais. E quanto maior for a 
diferença, melhor. Por exemplo, é preferível aprender japonês do que francês; 
 Estimular áreas pouco usadas do cérebro. Por exemplo, se você é engenheiro, 
pode aprender a tocar um instrumento musical; 
 Meditar e fazer atividades relaxantes ou prazerosas, pois isso favorece a 
atividade cerebral. 
 
Atividades que podem ser utilizadas na intervenção: 
 Teste das cores 
Nesta atividade você deve escrever o nome de várias cores usando um lápis 
ou caneta de outra cor (que não seja o nome que você estiver escrevendo). 
Por exemplo: Você pega um lápis vermelho e escreve a palavra “verde“. 
Depois pega um lápis azul e escreve a palavra “amarelo“. Em seguida, tente ler 
em voz alta as cores em que as palavras estão escritas (e não o texto). 
O teste faz com forcemos os dois lados do cérebro e que trabalhem juntos, já 
que um tenta ler a linguagem enquanto o outro dará prioridade às cores. 
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 Conexões de memória: 
Em um papel escreva palavras simples, peça para a pessoa observar a 
lista de palavras por 2 minutos e tente memorizar o maior número de 
palavras possível. Depois cubra a lista e peça para escrever as palavras 
em uma folha em branco, o máximo de palavras que lembrar. 
 
 
 
 
 
 
 Contando Estrelas 
Observe as estrelas sobrepostas e responda as perguntas: 
- Quantas estrelas você consegue ver? 
- Quantos triângulos você pode contar? 
- A quantas estrelas a maior delas se sobrepõe? 
 
 
 
 
 
 
 
 Importante destacar que existem milhares de atividades que pode realizar 
na intervenção com crianças, adolescentes e até mesmo adultos. E as atividades 
Livro Cama Lama 
 
Azul Mão E 
 
Pato Oi Sim 
 
Verde Amarelo Roxo 
 
Preto Azul Laranja 
 
Rosa Branco Vermelho 
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de Ginástica cerebral pode ser de memória, atenção, numérica, ritmos musicais 
entre tantos outros. Use da sua criatividade para usar nas intervenções. 
 
 
Proposta de Intervenção Psicopedagógica para o Atendimento 
e Orientação da Família 
 
 Durante o processo de avaliação e intervenção psicopedagógica, não é 
somente a criança ou o adolescente que estão envolvidos. A família também 
está e precisa muitas vezes de ser acolhida, de ter um olhar e escuta sensível. 
Isso porque, a queixa que a família traz, também interfere com a dinâmica 
familiar. Além disso, faz a própria família pensar que tem culpa em relação a 
queixa ou a situação em que se encontram. 
A participação da família no processo de aprendizagem é de suma 
importância e a necessidade de se esclarecer e instrumentalizar os pais quanto 
as suas possibilidades em ajudar seus filhos com dificuldades de aprendizagem 
é evidenciada ao manifestaremfalta de conhecimento, ou insegurança em como 
fazê-lo (COSTA et al, 2018). 
 Por esse motivo é importante deixar a família a par de todo o processo de 
avaliação e intervenção psicopedagógica e explicar de forma clara e objetiva 
todas as etapas da avaliação. 
 Sabe-se que a família exerce um papel crucial no desenvolvimento da 
criança e adolescente, pois é na família que se realizam as aprendizagens 
básicas com linguagem, sistema de valores e o controle da impulsividade, 
aspectos esses que fazem parte da avaliação e também na intervenção (COSTA 
et al, 2018). 
 Diante do momento delicado que a família está passando, segue algumas 
sugestões de como atender e orientá-la: 
 Peça a família para orientar a criança ou adolescente sobre o processo 
de avaliação e intervenção psicopedagógica, principalmente se forem 
pequenas e se tiverem suspeita de TEA; 
 Oriente a família quanto a importância de uma rotina familiar adequada; 
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 Desenvolva junto a família e as crianças um quando de combinados 
(regras e rotinas) e até mesmo recompensas semanais, caso necessário; 
 Lembre a família que cada pessoa é singular, para que esta evite 
comparações do seu filho ou filha com um irmão ou irmã, ou com outras 
crianças; 
 Importante a família entender que não é bom ofensas para com a criança 
ou adolescente e até mesmo brigas e discussões sobre de quem a culpa 
da criança “ser” ou “estar” assim; 
 Oriente a família a ficar mais próximo do filho ou filha, dos gostos dele e 
de procurar estabelecer vínculos sadios; 
 A família precisa também fortalecer o vínculo com a escola da criança ou 
adolescente; 
 Ofereça aos pais dicas de brincadeiras e jogos que podem realizar junto 
com os filhos para aproximá-los e também como processo de intervenção 
fora do consultório ou ambiente escolar; 
 Destaque aos pais as potencialidades dos filhos e filhas, muitas vezes, 
eles ficam tão preocupado com o “problema” que percebe outros aspectos 
positivos; 
 Oriente a família que a criança e adolescente estão em desenvolvimento 
constante e que é necessário para que eles aprendam dar certa 
autonomia, não fazer tudo pelos filhos; 
 
Essas são algumas orientações que podem ser realizadas com a família 
de uma maneira em geral, assim como as crianças e adolescentes não são 
iguais, as famílias também não são e como profissionais precisamos ter isso bem 
claro. 
 Para isso o trabalho interventivo do profissional deve estar pleno do seu 
saber, da sua criatividade, da sua perspicácia, para que tenha condições de 
adaptar o trabalho em conjunto com a família frente às ocorrências provenientes 
das dificuldades no processo do aprender (COSTA et al, 2018). 
 Portanto é importante enquanto profissional auxiliar nesse elo de pais/ 
responsáveis e filhos, durante todo o processo irá ouvir muito e também poderá 
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auxiliar da melhor maneira cada um. Pois lembre-se que tanto o processo de 
avaliação quanto de intervenção psicopedagógica gera expectativa em todos e 
precisamos ser cautelosos e também ter um olhar diferenciado para cada um 
que passar por nós. 
 
Elaboração do Parecer/ Informe Psicopedagógico 
 
 Após a realização de toda a avaliação psicopedagógica, faz-se 
necessário a escrita de um documento informando tudo o que foi observado, 
avaliado e analisado. Alguns profissionais denominam de parecer 
psicopedagógico, outros de informe psicopedagógico. 
 Nesse tópico vamos abordar os aspectos principais que precisam estar 
nesse documento, pois é com ele que apresentaremos os dados da nossa 
avaliação, de como ela foi realizada, quais ferramentas utilizamos, e os 
encaminhamentos. 
 O parecer ou informe psicopedagógico precisa se escrito 
cuidadosamente, porque por vezes irá ser entregue ao médico que acompanha 
a criança ou adolescente, será levado a escola e também demais profissionais 
para o qual poderá ser encaminhado. 
 Tenha muito cuidado com a redação, com o que será escrito e relatado e 
com o uso de uma linguagem acessível a todos. Sabemos que muitos testes, em 
seus manuais exemplificam a escrita do resultado, mas que em momentos a 
família pode não compreender, por isso explicar no próprio relatório como a 
criança ou adolescente fez. 
 Acampora (2019) destaca que jamais se deve redigir a mesma coisa para 
a tesouraria de uma empresa, para uma escola. O nível de profundidade do 
assunto, o resguardo ético da vida do avaliado e sua família devem ser 
preocupações nesse momento. 
 Nesse sentido o parecer ou informe tem como objetivo central resumir as 
conclusões que se chegou na busca às perguntas iniciais a queixa e que levaram 
a avaliação psicopedagógica. 
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 É interessante ter um roteiro para escrita do parecer ou informe, por isso 
segue abaixo um roteiro proposto por Weiss (2012) complementado pelo de 
Acampora (2019): 
Roteiro: 
1- Dados Pessoais: 
 Nome completo; 
 Data de nascimento; 
 Idade em anos e meses; 
 Nome dos pais/responsáveis; 
 Endereço; 
 Telefone; 
 Nome da escola que estuda; 
 Série, ano e turno de estudo; 
 
2- Motivo da Avaliação: 
 Nesse espaço é preciso relatar a queixa na visão da família, e da 
escola, caso houver. Caracterizar o encaminhamento feito para um 
diagnóstico psicopedagógico pela escola, médico, fonoaudiólogo 
entre outros 
 
3- Período da avaliação e número de sessões: 
 Descreve em que momento avaliação acontece, data de início e 
término, o número de sessões, se houve alguma interrupção, se 
houve faltas e as justificativas. 
 
4- Instrumentos Utilizados: 
 Relate os instrumentos utilizados no processo de avaliação, quais 
entrevistas foram utilizadas (Entrevista familiar, Anamnese, EOCA), 
quais foram as atividades lúdicas, os diferentes testes e escalas. 
Pode colocar até por ordem de aplicação. 
 
 
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5- Análise dos resultados nas diferentes áreas: 
 Faz-se um relato descritivo de cada área ou domínio (aspectos 
cognitivos, pedagógico, psicomotor, comportamental, afetivo-social), 
pode escrever até mesmo em tópicos. 
 Na área pedagógica procure dar uma visão do nível pedagógico de forma 
global e da especificidade nos diferentes campos, como leitura, escrita e cálculo. 
 Nos aspectos cognitivos procure situar o nível da estrutura do 
pensamento, memória, percepção, atenção, funcionamento cognitivo e seus 
possíveis desafios. Acrescente nesse espaço o observado sobe sua capacidade 
de antecipação, sequência lógica entre outros. 
 Na área psicomotora: situe o uso do corpo em diversas situações, 
aspectos de normalidade. Como está o esquema corporal, autoimagem e 
aspectos psicomotores. 
 Nas questões afetivas social: além de colocar sobre a dinâmica familiar, 
da estrutura da família, pode colocar também como ele se mostra durante a 
avaliação. 
Por exemplo: 
 Nas questões cognitivas foi possível avaliar que a criança fornece 
seus dados de identificação, relatando sua idade e seu nome, o nome 
de seus pais, fazendo assim uso da linguagem oral. Em relação a 
atenção..., nas atividades de memória observou-se... 
 Em relação a questão pedagógica percebe que reconhece cores, 
formas geométricas, realiza a escrita do seu nome encontrando-se no 
nível alfabético. Realiza problemas matemáticos simples e operações 
matemáticas de adição subtração e multiplicação, porém apresenta 
desafios na divisão. 
 No aspecto psicomotor, faz uso da pega do lápis de forma 
adequada, apresenta desenvolvimento adequado para sua idade. 
Reconhece parte do corpo em si e no outro. Salta, pula,corre. 
 Na questão comportamental nota-se agitação motora, ou por vezes 
recusa-se realizar a atividade proposta. 
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 No que concerne o aspecto afetivo social apresenta ser carinhoso, 
responde a tudo que lhe é perguntado. A família é composta de 4 
pessoas, sendo pai, mãe, a criança e mais um irmão. 
 
6-Síntese dos resultados- Hipótese Diagnóstica: 
 Nesse tópico faz-se uma síntese do que foi analisado, 
estabelecendo-se a relação entre as diferentes áreas em função do 
motivo da avaliação. É uma reelaboração dos dados e suas 
interligações, de modo a se ter uma visão global do avaliado em 
relação a questão da aprendizagem e assim formular hipótese 
diagnóstica final. 
 
7-Prognóstico: 
 Relata-se a hipótese final sobre o possível estado futuro do avaliado 
em relação ao momento do diagnóstico. É uma visão condicional, 
baseada no que poderá acontecer ou não a partir das 
recomendações e indicações. Pode-se fazer referência aos 
indicadores dos testes, como: bom nível intelectual, atitude 
colaborativa. 
 
8- Recomendações e indicações: 
 Orientações a pais e escola: sugestão de posição se sentar na sala, 
troca de turma, como lidar com a criança e adolescente em casa, 
sugestões quanto rotina de estudo e em casa. 
 Indicações para demais profissionais: fonoaudiologia, 
psicopedagogia, terapia família, psicoterapia, neurologista, pediatra, 
entre outros. 
 
9- Observações: 
 Caso necessário acrescentar aqui alguns dados específicos, por 
exemplo: recorte de sessões ou testagem; interferência durante o 
processo, análise da visita a escola. 
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10- Data final da elaboração do parecer ou informe, com local e estado e por 
fim assinatura do profissional que realizou a avaliação. 
 
Devolutiva e Encaminhamentos 
 
 De acordo com Sampaio (2018) a devolução da avaliação 
psicopedagógica é uma comunicação verbal, realizada junto aos 
pais/responsáveis e ou ao avaliado, dos resultados obtidos por meio de uma 
investigação que utilizou do processo de diagnóstico para obter resultados. 
 É um momento que gera muita expectativa e ansiedade nos envolvidos, 
seja da família, e até mesmo do profissional que conduziu todo o processo. Da 
família que não sabe ainda do resultado e do profissional que ainda não sabe 
como o resultado será recebido. 
 Sampaio (2018), orienta que a devolutiva seja realizada também a criança 
e adolescente, pois ele é o ator principal, claro que utilizando uma linguagem 
adequada para idade. 
 É importante agendar o momento da devolutiva, pois ela também é 
computada como parte do processo de avaliação. 
 Sugiro como experiência realizar a leitura do parecer ou informe, por isso, 
para esse dia já esteja com ele redigido e em mãos e tenha também duas ou 
três cópias para que os pais ou responsáveis o acompanhe na leitura. 
 Leia os Dados pessoais, confira se os dados estão corretos. Depois 
prossiga a leitura sempre explicando cada tópico, isso é importante para que os 
pais ou responsáveis compreendam o processo. 
 Quando chegar na parte da avaliação em si, pode oferecer até exemplos 
aos pais de forma oral, para que assim eles compreendam melhor. Se for uma 
criança ou adolescente com suspeita de TDAH, ou Dislexia por exemplo, pode 
aproveitar o momento posterior a leitura do parecer, para explicar sobre o 
transtorno e o tratamento. 
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 Sampaio (2018), sugeres que se for um diagnóstico de defasagem 
cognitiva, é interessante explicar as fases do desenvolvimento da criança e em 
que nível a criança se encontra em relação a sua idade cronológica. 
 Se observou durante a avaliação aspectos relacionados ao Transtorno do 
Espectro Autista, sugira a família o acompanhamento do neuropediatra, 
explicando os desafios apresentados pela criança. 
 Saliento que por mais que você tenha conhecimento, experiência por 
vezes é importante ter cautela junto a família, por isso sempre deixe claro que a 
avaliação é daquele momento. E que com intervenções pode mudar. 
 Muitas vezes após a leitura do parecer ou informe, os pais ficam com 
dúvidas, ou não acredita no que está escrito, procure explicar da melhor forma 
possível, pois alguns mostram resistência, não concorda com o que foi 
observado. 
 Se os pais resistem muito a questão do tratamento ou intervenção, pode 
usar exemplos de outros casos, para motivar, mas nunca como comparação. 
Explique que em alguns casos, quanto mais cedo a intervenção, mais o 
prognóstico é favorável. 
 Sampaio (2018) ainda orienta que é importante apresentar os aspectos 
positivos do avaliado, para que o mesmo se sinta valorizado. Pois algumas 
crianças e adolescentes já se encontram tão desmotivados e com auto estima 
tão baixa que revelar suas potencialidades é uma forma de motivar e mostrar 
que são capazes de superar os desafios com as intervenções adequadas. 
 Após a leitura abra um espaço de tira-dúvidas sobre a avaliação e também 
de conversa. Apresente as orientações a família pertinentes ao que foi visto na 
avaliação e também os encaminhamentos necessários para profissionais de 
outras áreas de acordo com as dificuldades apresentadas na avaliação, 
neuropediatra, psicólogo, fonoaudiólogo, psiquiatria, terapia ocupacional, entre 
outros. 
 Por fim, faça a devolutiva como um momento também de acolhida e 
escuta sensível, pois é fundamental. 
 
 
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MÓDULO III: PRÁTICAS PSICOPEDAGÓGICAS 
 
 O presente módulo tem como objetivo apresentar as práticas do 
profissional de psicopedagogia, na área clínica e institucionais como: 
educacional, hospitalar e empresarial/organizacional, procuramos apresentar 
como pode ser o trabalho do profissional em cada área em questão. 
 
1- Clínica 
 Sabe-se que a psicopedagogia clinica é a mais conhecida e a quem mais 
os profissionais trabalham. Nesse sentido, a intenção é apresentar de forma 
geral como é o trabalho e como pode ser realizado. 
 
 O primeiro contato com o paciente e sua família 
 No módulo II fizemos um apanhado bem interessante sobre a avaliação e 
intervenção psicopedagógica. 
 O primeiro contato com o paciente, em sua maioria vem da família da 
criança ou adolescente. A família entra em contato com o profissional, 
agendando um dia e horário para conversarem sobre a avaliação. 
 É no primeiro encontro que o profissional recebe a queixa, como já fora 
dito, pode ser da família, da escola e do médico e até mesmo do próprio paciente. 
Após esse contato é estabelecido o contrato com o número de sessões, que 
variam entre 8 e 10 sessões. Claro que depende da queixa e de contexto. 
 Após esse primeiro encontro inicia-se a avalição psicopedagógica 
propriamente dita. É pertinente reforçar nesse momento que o planejamento da 
avaliação é muito importante. Uma avaliação preparada faz com que tenhamos 
o melhor retorno de quem está sendo avaliado. 
 Se o profissional seguir a linha da Epistemologia Convergente, fará a 
Anamnese no final da avaliação, como já vimos na aula em que falamos do 
criador Jorge Visca. Se seguir a linha de Weiss, inicia o processo com a 
Anamnese. Em seguida a esse momento, tem-se a entrevista com a criança e 
segue para avaliação com testes, provas, entre outros. 
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 Muitos profissionais procuram a escola da criança e adolescente para 
entrevista o professor, coordenador pedagógico e observar o avaliado no 
ambiente escolar, é muito importante esse momento, pois é nele que 
observamos comopode ser a relação da criança ou adolescente com o 
professor, com os colegas de sala. No entanto, é preciso que essa observação 
seja permitida pelos pais, escola e até mesmo pelo avaliado em questão. 
 Portanto, é nesse primeiro contato que enquanto profissional temos todos 
os subsídios para realizar a melhor avaliação e consequentemente intervenção. 
 
 Anamnese (qual a melhor anamnese para a sua demanda?) 
 De acordo com vários autores e profissionais que trabalham com 
avaliação e intervenção psicopedagógica, o momento da anamnese é um dos 
mais importantes, pois é com ela que vamos adentrar a história da criança, do 
adolescente e até mesmo do adulto, se este for o avaliado. 
 É na anamnese, que vamos descobrir a história antes de nascer, da 
concepção, gestação, do nascimento e do seu desenvolvimento. Recolhemos 
também informações da família toda, dos pais, e de outros familiares. 
Levantamos ainda dados de como é relação da família com a aprendizagem, 
como é a dinâmica familiar, dentre outros. 
 Cabe destacar, que a melhor anamnese é aquela que você realiza como 
se fosse uma conversa, é importante ter um roteiro semiestruturado, mas que 
esse roteiro não seja somente um questionário, como salienta Weiss (2012, p. 
67) “não me parece proveitoso transformar a anamnese num simples 
questionário”. É interessante que a entrevista de anamnese transcorra de forma 
que o relato espontâneo da família já seja em si um dado. 
 É também na anamnese que investigamos o desenvolvimento cognitivo, 
motor, social e emocional da criança e do adolescente. Observa-se como 
processou o seu desenvolvimento, os controles, aquisição de hábitos, a 
interiorização de normas, a aquisição da fala, o sono, a sexualidade (WEISS, 
2012). 
 Cabe destacar que na anamnese observa-se se os padrões do 
desenvolvimento encontram-se dentro da faixa de normalidade, se houve 
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alguma defasagem significativa ou se ocorreram problemas neurológicos ou 
algum acidente de percurso (WEISS, 2012). 
 É importante contextualizar a história da família da criança e do 
adolescente que está sendo avaliado, na perspectiva socioeconômica e cultural. 
Durante a anamnese também é fundamental conhecer o histórico escolar, se 
houver troca constantes de escola, de professor, como foi o processo de 
alfabetização, ou se ainda está em processo (WEISS, 2012). 
 Weiss (2012) ainda destaca que por vezes, solicita que a família leve 
álbuns de fotografia, relatórios da escola. E acrescento até mesmo o cartão da 
criança. 
 Enfim, a anamnese é o momento de maior informação que teremos de 
quem será avaliado. Por isso, faça com calma e deixe em aberto ao final sempre 
se existe algo que a família queria falar e que não foi perguntado, por vezes é 
nesse momento que surge outros pontos importantes que ainda não foram 
mencionados. 
 
 Como elaborar a avaliação Psicopedagógica: Quais ferramentas: 
testes e instrumentos utilizar? 
 Considero essa parte uma das mais importantes no processo de 
avaliação, o planejamento. Para realizar a avaliação é preciso planejar e é nesse 
planejamento e que separamos quais testes iremos utilizar, os roteiros e as 
escalas. 
 Costuma-se realizar o planejamento depois do primeiro contato com 
família, no qual recebe-se a formalização da queixa, nesse momento escolha as 
ferramentas que irá utilizar. 
 Por exemplo a família chegou com a queixa de que a criança com 7 anos 
de idade, não para quieta, tem dificuldades para prestar atenção, gosta muito de 
conversar, mas não gosta de estudar, é muito impulsivo e na escola não para 
sentado, é o tempo todo atrapalhando a aula, por isso, está com dificuldade de 
alfabetização. 
 Diante a queixa apresentada, quais ferramentas utilizaria? Acredito que 
perante o que foi dito podemos começar com a anamnese, posteriormente fazer 
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uso de atividades lúdicas, com materiais para a sua idade (jogos, desenhos), 
pode também aplicar a EOCA, depois realizar a avaliação do nível pedagógico 
de leitura e escrita (leitura de texto, solicitação de leitura da criança, ditado), o 
Snap IV para os pais e professor, avaliação com testes do HTP (somente 
psicólogos pode aplicar), alguma outra prova projetiva: dupla educativa, família 
educativa. Avaliar Consciência Fonológica, coordenação motora, visomotora, 
lateralidade, esquema corporal, orientação temporal, espacial, sequência lógica. 
 Poderia dar outros exemplos, mas a intenção é que perante todo as 
ferramentas apresentadas no módulo II, você consiga realizar o planejamento de 
acordo com as queixas. Saliento ainda que durante a avaliação pode acrescentar 
outro teste, de acordo com o que for percebido. 
 O exemplo que coloquei geralmente é para crianças com suspeita de 
TDAH, mas também muitas das atividades pode ser utilizada em outras queixas. 
 
 Como estruturar e realizar a EOCA? 
 Na aula que trouxe sobre a história da Epistemologia Convergente de 
Jorge Visca (1987, p.73), falou-se sobre a EOCA, que é a Entrevista Operativa 
Centrada na Aprendizagem, é um instrumento rico, porém de simples aplicação. 
Pois o que é interessante se observar é os conhecimentos, atitudes, destrezas, 
mecanismo d de defesa, ansiedades, áreas de expressão da conduta, níveis de 
operatividade, mobilidade horizontal e vertical, dentre outros. 
 Sampaio (2018) destaca que na EOCA deve-se observar três aspectos 
que fornecerão um sistema de hipóteses as serem verificados: 
 A temática- que é tudo aquilo que o sujeito diz (tem-se sempre um 
aspecto manifesto e outro latente); 
 A dinâmica- é tudo aquilo que o sujeito faz, isto é, gestos, tons de voz, 
postura entre outros; 
 O produto- é tudo aquilo que o sujeito deixa no papel. 
 
Mas, e como podemos estruturar e realizar a EOCA? 
 Para realização da EOCA, é necessário separar o material que será 
utilizado: folhas de papel A4, folhas com pauta, lápis, borracha, caneta, régua, 
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compasso, esquadro, lápis de cor, canetinha, tesoura, cola, um texto, livro, 
revistas, gibis e pode ainda incluir jogos como quebra cabeça, dama ou outros. 
Com crianças pequenas, pode utilizar ainda massinha de modelar, legos, e livros 
para faixa etária. E com adolescentes e adultos, pode utilizar outras atividades e 
jogos. 
 Conforme Sampaio (2018) é a primeira sessão do avaliado. Por isso é 
importante se apresentar e perguntar o motivo de estarem ali, o que vai ser feito. 
Mostre a criança onde sentar e apresente os materiais, peça para nomear os 
objetos. 
 Depois oriente o que precisa realizar: gostaria que me mostrasse o que 
você sabe fazer, o que já lhe ensinaram a fazer e o que aprendeu a fazer. E pode 
usar o que quiser. Observe e registre a postura do avaliado, como se senta, que 
materiais utiliza, se conclui a atividade, quanto tempo permanece realizando-a. 
 Posteriormente, converse com o avaliado, o que foi que ele produziu, peça 
para mostrar. Se concluiu a atividade, convide para realizar outra. 
 Atenção: 
 A EOCA precisa ser realizada em uma só sessão; 
 O material deve estar todo distribuído a mesa; 
 Diga principalmente se for criança, que naquele momento utilizará 
somente o material a mesa; 
 Anote todo o comportamento, principalmente os de fuga da atividade; 
 A recusa por escrever, ou ler pode ser indicativo de dificuldades na área; 
 Se ficar paralisado, convide a fazer o que já sabe; 
 Importante que o material seja de acordo com a idade; 
 Deixe os materiais em sua embalagem para que observe a autonomia do 
avaliado; 
 Segundo Sampaio (2018), na EOCA, já podemos observar a modalidade 
de aprendizagem- hipoassimilativa, hiperassimilativa,hipoacomadativa, 
hipoassimilativa. 
 Hipoassimilativa: bastante tímido, quase não fala, não explora os objetos 
na mesa, fica numa mesma atividade. 
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 Hiperassimilativa: vários assuntos enquanto realiza a atividades, 
conversa, pergunta, questiona, no entanto, não costuma ouvir porque já 
está formulando outra pergunta. Prende-se a detalhes e não observa o 
todo. 
 Hipoacomadativa: dificuldade de estabelecer vínculos emocionais e 
cognitivos. Pode também não explorar muito objetos, normalmente 
permanece em uma mesma atividade. 
 Hipoassimilativa: apresenta dificuldade de criar, prefere copiar, repete o 
que aprende sem questionar, é muito obediente, aceita tudo. 
 
 Depois da aplicação da EOCA, pode-se realizar o primeiro sistema de 
hipóteses que são: nível cognitivo, nível de leitura, se rejeita leitura e escrita, 
vínculo negativo ou positivo com aprendizagem sistemática, desafios para 
planejar e organizar, modalidade da aprendizagem, problemas de fala, de visão, 
suspeita de algum transtorno como TDAH, Dislexia, entre outras hipóteses. 
 Como já fora dito, a EOCA é uma ferramenta simples, mas no qual 
podemos observar muito do avaliado. 
 
 As estratégias interventivas para as demandas comportamentais, 
desenvolvimento e aprendizagem 
 Após a avaliação psicopedagógica, com a formulação de hipóteses, com 
a observação das potencialidades e dificuldades, após a realização da devolutiva 
para os pais, pode sugerir a intervenção psicopedagógica. Sabemos que durante 
a avaliação já estamos também intervindo, porém é preciso após esse processo 
criar o planejamento de intervenção. 
 Existe uma quantidade enorme de atividades que pode ser utilizada na 
intervenção, porém tem que ser de acordo com as dificuldades apresentadas. 
 No caso de uma criança com desafios comportamentais, pode-se utilizar 
atividades que trabalhe o controle inibitório, um dos métodos interessante de 
utilizar é o Piafex, que traz atividades para trabalhar autoregulação e funções 
executivas, como por exemplo a atividade, aprendendo a lidar com objetivos de 
médio e longo prazo, no qual estimula crianças a cumprir rotina no dia a dia 
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escolar ou até mesmo de tarefas específicas. Trazendo para clínica no momento 
de intervenção combine como será realizada as atividades e determine tempo 
para cumpri-las. 
 As intervenções relacionadas ao desenvolvimento e aprendizagem 
depende da avaliação psicopedagógica, se na avaliação por exemplo você 
percebeu que a criança apresenta dificuldade na consciência corporal, como 
atividade pode apresentar um boneco e fazer com que a criança explore o objeto 
e pergunte onde está a cabeça do boneco, joelho, ombro, pode ir dificultando 
com membros e locais que não costumamos perguntar. Outro exemplo é solicitar 
que imite os movimentos que você faz. 
 Se a criança apresenta desafios em relação a conhecimento de cores, a 
cada sessão pode apresentar uma cor nova e sempre procurar que todos os 
materiais trabalhados tenham a mesma cor da qual irá aprender. Se apresenta 
dificuldade com coordenação motora fina, trabalhar com uso de pinça, 
transposição, alinhavos. 
 Se for um adolescente com dificuldade de orientação quanto aos meses 
do ano, apresentar a ele cada mês e relacionar com alguma figura. E depois 
solicitar que ele diga a que mês cada figura corresponde. 
 Crianças que apresenta impulsividade, pode utilizar jogos com prêmios e 
consequências caso não realize. Durante a intervenção elogie o comportamento 
positivo e tente ignorar os comportamentos inapropriados. 
 Se tem desafios em relação a consciência fonológica, apresente 
atividades como: imitar onomatopeias de objetos conhecidos como por exemplo, 
tic-tac do relógio, vrum de um carro, o alarme de um carro, entre outros. 
 Como falei anteriormente, existe muitas atividades para se trabalhar com 
os desafios e dificuldades que observarmos na avaliação psicopedagógica. Faça 
com que o momento da intervenção seja diferente da sala de aula, procure 
despertar na criança e adolescente que aprender é muito bom e que todos têm 
a capacidade de aprender no seu momento. 
 
 
 
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2-Educacional: 
 
Atualmente existem muitos profissionais de psicopedagogia que atuam no 
contexto escolar e educacional, pode ser o pedagogo com especialização em 
psicopedagogia, ou psicólogo escolar com especialização em psicopedagogia. 
 
 Avaliação e Intervenção no contexto escolar, observação e 
principais testes no processo de avaliação. 
 Atualmente muitas escolas em seu quadro de colaboradores tem o 
profissional psicopedagogo ou especialista em psicopedagogia, sendo 
pedagogo ou psicólogo escolar. E geralmente são eles responsáveis pela 
avaliação e intervenção psicopedagógica no contexto educacional. 
 Normalmente o contexto de avaliação é o próprio ambiente escolar. E 
como profissional que trabalho nesse ambiente. 
 Quando o profissional está inserido no contexto da criança ou adolescente 
que será avaliado, acredito ter um ponto positivo, pois estamos onde na maioria 
das vezes percebe as dificuldades de aprendizagem. Pois é no contexto 
educacional que temos a presença de inúmeros estudantes que não 
acompanham o ritmo acadêmico da turma e por isso são encaminhados para 
avaliação psicopedagógica. 
 E como acontece o processo de avaliação psicopedagógica no contexto 
educacional? Geralmente a queixa vem do professor da criança ou adolescente. 
Os motivos são variados: dificuldade na aprendizagem da leitura, da escrita, em 
cálculos matemáticos, baixo rendimento escolar, multirrepetência, 
hiperatividade, problemas emocionais, comportamentais, cognitivos, como: 
memória, atenção, compreensão, entre tantos outros motivos. 
 No entanto, por estar no ambiente escolar, é preciso ter cautela, para que 
a criança ou adolescente que está em avaliação, não seja rotulado como uma 
pessoa com dificuldades de aprendizagem, e muito menos diagnosticado 
antecipadamente, sem o relatório médico. 
 A avaliação psicopedagógica precisa ser norteador para o médico e 
também para a intervenção que poderá ser realizada. 
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 Mas como pode ser a avaliação no ambiente escolar? Para o processo de 
avaliação, quase sempre fazemos o uso das ferramentas que utiliza-se na 
prática clínica, claro que de forma adaptada para a área educacional. 
 Aqui vou apresentar um modelo que costumo realizar na escola em que 
atuo há muitos anos: 
 Após receber a queixa do professor, que formalizamos por meio de 
uma ficha de encaminhamento, no qual o professor preenche 
falando sobre os desafios apresentados pela criança ou 
adolescente, como é em sala de aula, o que já aprendeu, entre 
outros; 
 Segundo passo é entrar em contato com a família, para conhecer 
a relação familiar, o que a família acha do encaminhamento do 
professor, e se autoriza a avaliação. Geralmente a avaliação 
acontece no contra turno, para não atrapalhar o momento de aula. 
Nessa conversa com os pais, já realizamos a anamnese e 
explicamos todo o processo; 
 Terceiro passo, é o planejamento da avaliação de acordo com a 
queixa do professor e com os dados colhidos pela família; 
 Quarto passo é o início da avaliação em si. Nesse primeiro 
momento com a criança, explicamos como será, apresentamos 
nossa sala, e realizamos os testes de leitura, escrita e outros; 
 Nos próximos 3 encontros continuamos a avaliação realizando 
provas, testes e outros. Em alguns casos, ainda fazemos uso de 
testes psicológicos (claro se na equipetiver psicólogo). 
 Depois da avaliação escrevemos o relatório ou parecer 
psicopedagógico; 
 O documento produzido é entregue a família em formato de 
devolutiva, bem como também ao professor que encaminhou. 
 
 Após todo esse processo, a criança ou adolescente pode ser atendido na 
escola pela equipe psicopedagógica semanalmente, para intervenção. E então 
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elaboramos um plano interventivo. Assim, como também assessoramos o 
professor da criança ou adolescente de como pode intervir em sala de aula. 
 Importante salientar que, já existem escolas com modelos diferentes de 
atendimentos, algumas possuem uma equipe especializada composta por 
pedagogo e psicólogo escolar, para trabalhar com crianças e adolescentes com 
Transtornos Funcionais Específicos e outro profissional na mesma escola que 
trabalham com crianças com diagnósticos de Transtorno do Espectro Autista- 
TEA e deficiências: física, intelectual, auditiva e visual. Isso já acontece em 
escolas públicas do Distrito Federal-DF. 
 Mas em outras escolas, e estados brasileiros existe o profissional ou 
equipe multidisciplinar que realiza a avaliação e intervenção psicopedagógica. 
 
 Elaboração do PEI 
 O Plano Educacional Individualizado, mais conhecido pela sigla PEI, é um 
documento elaborado pelo professor a partir de uma avaliação de uma criança 
ou adolescente com necessidade educacional específica. 
 Como já fora dito o plano é elaborado a partir da avaliação 
psicopedagógica de acordo com as necessidades, potencialidades e desafios de 
crianças ou adolescentes com deficiências, transtornos globais de 
desenvolvimento, até mesmo altas habilidades/Superdotação ou com outras 
dificuldades de aprendizagem. 
 Importante salientar que o PEI é único para cada aluno, o PEI visa 
registrar esse caráter individual de cada aluno para que, usando estratégias 
adequadas, ele possa aprender, assim como os outros estudantes, no ensino 
regular. 
 O PEI precisa ser aprovado pelo responsável quando criança ou 
adolescente e deve ser revisado periodicamente, a fim de que o professor possa 
acompanhar o desenvolvimento do aluno e mudar as estratégias conforme 
observação em sala de aula e no convívio desse aluno com a comunidade 
escolar. 
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 Conforme a Instrução normativa PRE/IFSP nº 001, de 20 de março de 
2017, o PEI é composto de informações gerais sobre o estudante, de sugestões 
de encaminhamentos e de um programa pedagógico. 
 Mas como elaborar um PEI? A construção do PEI consiste em quatro 
etapas: 
 Conhecer o Aluno: Traçar um perfil com suas habilidade e necessidades. 
Conhecer sua história, seus gostos, seus conhecimentos já adquiridos e 
o que ele precisa aprender; 
 Estabelecer Metas: Nesta etapa, você deve definir as metas de curto, 
médio e longo prazo. Avaliar o que a criança deve aprender em cada 
espaço de tempo a partir do seu perfil; 
 Elaboração do Cronograma: Com as metas traçadas, você precisa 
definir como e quando elas serão executadas; 
 Avaliação: Você precisa realizar o Registro Avaliativo do aluno 
organizando os procedimentos e avaliando as metas alcançadas. 
 
Para a construção do Plano Educacional Individualizado por meio de 
estratégias de ensino específicas pauta-se no plano educacional da turma. Por 
isso utiliza as estratégias gerais para atingir metas específicas como também 
auxiliar na produção de materiais de modo a colaborar com a aprendizagem da 
criança ou adolescente. 
Sendo assim, todos os conteúdos delimitados para serem trabalhados 
com a turma devem ser inclusos no PEI, como também foram elencados os 
mesmos objetivos. Pois é partir dos objetivos gerais que alguns serão 
selecionados para focar na intervenção. 
O que deve ter no PEI (BARBOSA & CARVALHO, 2019): 
 Identificação da criança ou adolescente: precisa conter todos os 
dados que identificam o aluno, além dos nomes e assinaturas dos 
pais e/ou responsáveis, data de ingresso na escola, data da 
elaboração do plano, entre outros; 
 Relato básico da criança ou adolescente: retrata a história de vida 
da criança ou adolescente, o seu percurso escolar, e etc; 
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 Necessidades Educacionais Especiais: são as necessidades 
educacionais próprias do estudante em decorrência da sua 
deficiência ou dificuldade; 
 Habilidades, potencialidades, afinidades, interesses e dificuldades: 
tudo isso encontra-se no relatório de avaliação psicopedagógica; 
 Objetivos e metas: aquilo que deve ser alcançado e em quanto 
tempo; 
 Metodologias e materiais de apoio: quais metodologias serão 
usadas, e quais materiais serão utilizados; 
 Critérios e métodos de avaliação: avaliação do processo, 
lembrando de comparar a criança e o adolescente com ele mesmo; 
 Revisão e reformulação do PEI: o documento precisa ser revisado 
e reescrito, se necessário. 
 
 Lembrando: O PEI é um documento dinâmico e flexível e pode ser 
revisitado e reelaborado sempre que preciso. É preciso que quando elaborado 
tenha a data para avaliar, podendo ser a cada bimestre, semestre, conforme com 
quem elaborou. 
 Ao realizar pesquisas na internet encontramos vários modelos, e até 
mesmo como preencher. Faça sempre com atenção e pensando no melhor 
desenvolvimento e aprendizagem da criança e adolescente. 
 
 O trabalho do Atendimento Educacional Especializado- AEE, 
Adequação Curricular e Inclusão. 
 
 No tópico anterior falamos sobre o documento PEI, que pode também ser 
elaborado pelo professor do Atendimento Educacional Especializado, em 
conjunto com o professor regente. 
 O Atendimento Educacional Especializado- AEE é compreendido como 
um conjunto de atividades, serviços e recursos de acessibilidade e pedagógicos 
organizados institucional e continuamente, para complementar ou suplementar 
à formação dos estudantes com deficiências, transtorno do espectro autista e 
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altas habilidades/superdotação no ensino comum, com vistas à autonomia e 
independência. As atividades desenvolvidas pelo AEE diferenciam-se daquelas 
realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização 
(BRASIL, 2015a). 
 Para desenvolver as atividades propostas no AEE os professores devem 
ter como base de sua formação, inicial e continuada, conhecimentos que os 
habilitem para o exercício da docência e formação específica para na área da 
Educação Especial. A oferta do AEE deve acontecer nas salas de recursos 
multifuncionais (SRM), que são ambientes dotados de mobiliário, equipamentos 
e materiais didáticos (BRASIL, 2010). 
 Os encontros das crianças com o professor do AEE acontecem em 
períodos específicos por semana, no contraturno. Em outros momentos, o 
profissional também deve realizar um diálogo constante com professores e 
estudantes. Esse trabalho deve estar previsto no Projeto Político Pedagógico de 
cada escola e organizado pelo conjunto de profissionais: gestores escolares, 
secretaria de Educação e educadores. 
 Importante destacar que o trabalho do professor do AEE tem como função 
identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que 
eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas 
necessidades específicas. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a 
formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora 
dela. 
 Consideram-se serviços e recursos da educação especial àqueles que 
asseguram condições de acesso ao currículo por meio da promoção da 
acessibilidade aos materiais didáticos, aos espaços e equipamentos, aos 
sistemasde comunicação e informação e ao conjunto das atividades escolares. 
 
 São atribuições do professor do atendimento educacional especializado, 
(BRASIL, 2010): 
 
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 Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, 
de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades 
específicas dos alunos público-alvo da educação especial; 
 Elaborar e executar plano de atendimento educacional especializado, 
avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e 
de acessibilidade; 
 Organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de 
recursos multifuncional; 
 Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos 
pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino 
regular, bem como em outros ambientes da escola; 
 Estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de 
estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade; 
 Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de 
acessibilidade utilizados pelo aluno; 
 Ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias 
da informação e comunicação, a comunicação alternativa e aumentativa, 
a informática acessível, o soroban, os recursos ópticos e não ópticos, os 
softwares específicos, os códigos e linguagens, as atividades de 
orientação e mobilidade entre outros; de forma a ampliar habilidades 
funcionais dos alunos, promovendo autonomia, atividade e participação. 
 Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, 
visando a disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de 
acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos 
nas atividades escolares. 
 Promover atividades e espaços de participação da família e a interface 
com os serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros. 
 
 Nesse sentido o professor do AEE, juntamente com o professor regente 
da criança ou adolescente elaboram adequações curriculares que são 
compreendidas como medidas pedagógicas que se destinam ao atendimento 
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dos estudantes com necessidades educacionais especiais de modo a favorecer 
a sua escolarização. 
As adequações curriculares correspondem ao conjunto de modificações 
nos elementos físicos e materiais do ensino, bem como aos recursos pessoais 
do professor e ao seu preparo para trabalhar com os estudantes. Essas 
adequações são definidas como alterações ou recursos especiais, materiais ou 
de comunicação voltados a facilitar a aplicação do currículo escolar de forma 
mais compatível com as características específicas do estudante (DISTRITO 
FEDERAL, 2010). 
 Essas medidas focalizam a diversidade da população escolar e 
pressupõem o tratamento diferenciado como ação estratégica na propagação da 
igualdade de oportunidades educacionais. Por isso em relação às 
especificidades das adequações curriculares, é necessário atentar-se às 
habilidades adaptativas e à funcionalidade do estudante, a fim de definir quais 
aspectos necessitam sofrer alterações, de quais formas e com qual intensidade 
devem ser estabelecidas. 
É importante salientar que as adequações curriculares não dizem respeito 
em qual turma onde o estudante está inserido (classe inclusiva, classe especial 
ou instituição educacional especializada), mas à necessidade educacional 
especial apresentada por ele. Independentemente da intensidade, toda e 
qualquer adequação que se fizer necessária, torna-se relevante. Isso porque 
essas adequações são imprescindíveis para o processo de ensino e de 
aprendizagem (DISTRITO FEDERAL, 2010). 
Para elaboração da adequação curricular é imprescindível conhecer o 
estudante deve-se observá-lo a fim de que possa saber como ele pensa, sente, 
se relaciona, deseja, cria, recria e constrói sua própria história. Portanto, nas 
instituições educacionais, deve ser oferecido um currículo que respeite as 
necessidades dos estudantes, pois, somente assim, ele conseguirá desenvolvê-
lo com eficiência e interesse (DISTRITO FEDERAL, 2010). 
No processo de elaboração da adequação é preciso seguir alguns 
elementos como: organizativa (organização da sala, e de materiais didáticos); 
Objetivos e conteúdos (prioridade de áreas e conteúdo de acordo com a 
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funcionalidade; Avaliativas (instrumentos e técnicas para avaliação); 
Procedimentos Didáticos e Atividades de Ensino-Aprendizagem (adaptação aos 
métodos, duração das atividades propostas) (DISTRITO FEDERAL, 2010). 
 Mediante ao que foi apresentado sobre o professor do AEE e das 
atividades em que precisa atuar, importante destacar que todo seu trabalho 
contribui para o processo de inclusão escolar, que tem como objetivo garantir o 
direito de todos a educação. Oportunizando e valorizando as diferenças, 
contemplando as diversidades, com a intenção de garantir a participação de 
todos, sem exceção. 
 A luta pela inclusão escolar é histórica, fazendo um breve resgate ao 
longo da década de 90, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a 
Ciência e a Cultura (Unesco) e movimentos sociais em defesa dos direitos das 
pessoas com deficiência se mobilizaram em torno desse tema, resultando 
na publicação de importantes documentos. Desde a Declaração de 
Salamanca (1994) até a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com 
Deficiência, adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006 e 
incorporada à Constituição federal, na forma da Lei Brasileira de Inclusão (LBI), 
em 2015, um amplo cobertor legal se formou para amparar o combate 
à segregação e ao capacitismo. 
 A LBI é uma grande conquista, definindo a deficiência como atributo que 
não pode ser descolado do contexto, uma vez que se dá na interação de uma 
pessoa que possui uma ou mais características que divergem do padrão com 
barreiras. Em outras palavras, a deficiência – seja ela de que ordem for – só 
existe na relação com um mundo repleto de impedimentos para a plena inclusão 
da pessoa que a possui. 
 A inclusão garante direitos e promove a aprendizagem, estimulando a 
autonomia e a independência das pessoas com deficiência em todas as fases 
da vida. Dessa forma, o Brasil estabeleceu na Meta 4 do Plano Nacional de 
Educação o objetivo de universalizar para a população de 4 a 17 anos com 
deficiência o acesso à educação de acordo com o modelo de inclusão. A 
abordagem prioriza o direito de todos os estudantes frequentarem as salas 
regulares, combatendo qualquer discriminação 
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 O professor do Atendimento Educacional Especializado é um dos atores 
para que a inclusão escolar aconteça, mas toda a escola, precisa estar envolvida 
nesse projeto. Por isso inclusão escolar precisa sempre ser pauta na escola em 
que atua e precisa constar nos documentos escolares, na formação continuada 
dos professores e na prática do dia a dia. 
 
 Mediação junto a Equipe Escolar, atuação em casos de violência, 
bullying e evasão escolar 
 
 O profissional ou especialista em psicopedagogia pode atuar no contexto 
educacional, não somente na avaliação e intervenção psicopedagógica. De 
forma institucional o profissional pode atuar na colaboração junto a equipe 
escolar, com elaboração de estratégias pedagógicas para escola, no 
assessoramento aos professores, no auxílio na construção de documentos 
pedagógicos da escola, entre outras atividades que pode ser exercida pelo 
profissional de psicopedagogia. 
 O profissional também pode atuar em casos de violência, bullying e 
evasão na escola, com projeto voltadosa prevenção. Sabemos que a violência 
permeia o ambiente escolar, e por vezes é nele que se manifesta, por isso o 
profissional em psicopedagoga pode atuar por meio de projetos que possam 
prevenir. 
 Assim como também em casos de bullying e cyberbullying que vem 
aumentando consideravelmente no ambiente escolar. Trabalhar com projetos, 
utilizando exemplos, as consequências e propor uma campanha juntos as 
crianças e adolescentes. 
 Além disso, o psicopedagogo pode atuar com a evasão escolar, 
principalmente, nesse momento, em que voltamos as aulas semi presencias e 
presencias. Realizando busca ativa e enfatizando a importância da escola. 
 No ambiente escolar o psicopedagogo tem uma gama de projetos, 
trabalhos para realizar, aproveite a sua criatividade e faça a diferença no 
processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. 
 
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3-Hospitalar: 
 A atuação e papel do Psicopedagogo no contexto hospitalar e 
humanização da saúde 
 O profissional de psicopedagogia, como já fora dito pode atuar além da 
psicopedagogia clínica e escolar, que são as áreas mais comuns. Além delas 
existe a atuação do psicopedagogo na área hospitalar e também empresarial 
(que falaremos na próxima aula). 
 Diante o processo de ensino aprendizagem, que acontece em todos os 
lugares, o ambiente hospitalar muitas vezes também de aprendizagem, muitas 
crianças ou até mesmo adultos permanecem muito tempo hospitalizado e por 
vezes precisa de avaliação psicopedagógica e intervenção. 
 Por isso o psicopedagogo no ambiente hospitalar tem como foco principal 
auxiliar os processos de aprendizagens e também o desenvolvimento cognitivo, 
emocional e educacional, favorecendo a recuperação da pessoa. 
 A oferta do trabalho psicopedagógico no ambiente hospitalar deve ser 
pensada com cautela, pois não pode ser reduzido à mera transferência das 
práticas do ensino regular ao ensino hospitalar, considerando as diferentes 
demandas dos diversos alunos-pacientes. Assim como a área hospitalar que 
atuando diretamente no desenvolvimento cognitivo, afetivo e educacional 
favorece a recuperação do indivíduo que se encontra enfermo e distante da 
escola, evitando um futuro fracasso escolar, e intervindo nas dificuldades de 
aprendizagem encontradas durante as sessões feitas no decorrer do período de 
internamento, como salienta Pereira (2015). 
 Para tanto, precisamos falar também sobre a humanização no contexto 
da saúde. Importante destacar que humanizar é proporcionar uma condição 
humana, isto é, tornar um ambiente mais agradável, que possa desenvolver uma 
escuta sensível, como traz Pereira (2015), humanizar a forma de ver as coisas 
com carinho, compaixão e domínio emocional, isso não quer dizer que devemos 
olhar para essas crianças, adolescentes, ou adultos com pena, mas ter a 
sensibilidade e a compreensão para ajudá-las de forma que ele supere suas 
dificuldades e obstáculos. 
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 De acordo com Porto (2008) o ambiente hospitalar exclui atividades da 
rotina de qualquer pessoa seja ela criança, adolescente, adulto ou idoso. A 
singularidade de cada sujeito fica restrito a um número de prontuário, número da 
enfermaria e leito. 
 Por isso, Psicopedagogia no contexto hospitalar visa promover o 
desenvolvimento não apenas na área cognitiva por meio de atividades 
psicopedagógicas, como por exemplo, a ciências, história, matemática, escrita e 
leitura, como também trabalham a criança ou o adolescente com o aspecto 
afetivo, gerando uma interação com o meio e com o próximo, por intermédio de 
jogos psicopedagógicos e brincadeiras lúdicas. 
 Mas no ambiente hospitalar, pode realizar avaliação e intervenção? Sim, 
pode! Pode-se criar todo um planejamento de avaliação de acordo com a 
demanda e pode utilizar as ferramentas e instrumentos já apresentado aqui no 
nosso curso. E na intervenção o psicopedagogo precisa estar atento a detalhes 
pequenos, mas que se tornam riquíssimos na hora da tomada de decisão e 
principalmente quando se trata de um âmbito hospitalar, como ficou bem claro, 
que não se tem muito tempo para agir em uma intervenção com crianças em 
espaço hospitalar. Um outo fator é que um profissional só terá êxito em suas 
intervenções se tiver um olhar humanizado isso leva a um trabalho eficaz com 
qualidade e profissionalismo como já destacou Pereira (2015) em seu trabalho. 
 
 O processo de aprendizagem no contexto de internação e práticas 
psicopedagógicas 
 
 Sabemos que o ambiente hospitalar não é um ambiente mais promissor 
para promovermos a aprendizagem, porém apesar de ser um contexto em que 
se lembra o tempo inteiro de adoecimento, sofrimento. O trabalho do 
psicopedagogo pode ser um “oásis” nesse ambiente. 
 A Psicopedagogia hospitalar é um ramo da educação que proporciona a 
criança e ou adolescente hospitalizado uma recuperação mais aliviada através 
de atividades lúdicas, pedagógicas e recreativas, ou seja, uma forma de 
humanizar, de tornando mais prazeroso aquele ambiente pesado que na maioria 
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das vezes traz infelicidade para as crianças. Sabemos que a felicidade não é 
sempre as vinte e quatro horas do dia, mais em contrapartida a importância de 
levar alguns momentos de felicidade para os mesmos é grandiosa. Por isso a 
necessidade do pedagogo e do psicopedagogo é de suma importância dentro 
dos parâmetros educacionais e sociais, no entanto o trabalho destes 
profissionais ainda tem muito a ser estudado na unidade de saúde 
(PEREIRA,2015). 
 Importante salientar que o profissional que buscar atuar na área, tenha 
qualificação, formação e habilidades e além disso, tenha o prazer de trabalhar 
no ambiente de hospital, no qual lidará com boas e más notícias. 
 Para que exista um processo educativo no ambiente hospitalar é preciso 
uma elaboração cuidadosa atendendo-se para as circunstancias educacional do 
desenvolvimento no aluno paciente (PEREIRA,2015). 
 Diante um cenário humanizador se faz necessário a intervenção 
psicopedagógica, para um melhor rendimento de crianças e adolescentes em 
um ambiente hospitalar, logo a intervenção de um psicopedagogo é relevante 
para transformar sofrimento de angústia e solidão em possibilidades de 
melhorias e incentivo para um desempenho educacional (DAVI, 2019). 
 Nesse sentido as práticas psicopedagógicas no ambiente hospitalar visa 
reduzir todo ócio que envolve as crianças e adolescentes enfermos, já que o uso 
do lúdico estimula a criatividade e proporciona a socialização, outras alternativas 
também são consideradas no processo de aprendizagem de crianças, como o 
uso de brinquedotecas, musicas, teatros, demonstrando uma pedagogia 
transformadora em prol da saúde e bem-estar dessas crianças (PORTO, 2008) 
 Porto (2008) ainda salienta que no processo de hospitalização é 
importante a atuação do psicopedagogo que, por ser um profissional 
interdisciplinar está apto a executar atividades diversas, bem como, promover a 
autoestima e direcionar caminhos para que o hospitalizado consiga conviver com 
suas limitações e dificuldades devido a enfermidade. Existe a necessidade de 
uma equipe para acompanhar, direta ou indiretamente, todo o processo de 
internação, que em geral são enfrentadas de forma diferente por cada indivíduo 
hospitalizado. 
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 Logo nota-se que psicopedagogos podem contribuir consideravelmente 
com indivíduos hospitalizados, promovendo o autoconhecimento, 
desenvolvimento da autonomia e responsabilidade no tratamento promovendo a 
saúde e bem-estar do enfermo, proporcionando aprendizadosobre si, 
estimulando melhorias em sua qualidade de vida (DAVI, 2019). 
 Importante salientar que a proposta de um atendimento pedagógico 
dentro de um hospital necessita de um ambiente adequado para este 
atendimento. Uma vez que necessita de um ambiente adaptado para que a 
criança hospitalizada possa explorá-lo e interagir da melhor maneira possível, 
conforme suas demandas internas. E assim sendo um paciente com essa 
assistência de um psicopedagogo poderá ter uma melhora significativa da 
experiência de uma internação (DAVI, 2019). 
 Lembrando que o processo de hospitalização é bastante complicado e 
doloroso esse torna ainda mais difícil para uma criança, por ser um ambiente de 
corredores obscuro, com processos cirúrgicos, exames laboratoriais, com 
aplicação de soro, este se torna um ambiente informal, embora a sala hospitalar 
tente transmitir um ensino formal de educação não se pode fugir da realidade, 
mas amenizar esta situação traz uma diferença tamanha e a aprendizagem 
acontece sem que o aluno paciente se dê conta (PEREIRA, 2015). 
 Portanto, se desejam trabalhar na área de psicopedagogia hospitalar, 
procurem se especializar, pois é fundamental, é um ambiente desafiador, porém 
como muitos trazem em sua fala, é também um trabalho gratificante. 
 
 
4-Empresarial: 
 Atuação e papel do Psicopedagogo no contexto organizacional e os 
diversos setores de trabalho. 
Sabemos que as organizações e empresas estão passando por muitas 
transformações, principalmente nesse momento, em que estamos enfrentando 
a pandemia do Coronavírus. No qual tivemos que nos reinventar, aprender uma 
nova forma de trabalhar e também de nos relacionar, já que muitos começaram 
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a trabalhar em home-office, outros continuaram a trabalhar presencial, e ainda 
aqueles que estão no trabalho híbrido. 
Diante de tudo o que está acontecendo, o que pode vir a acontecer e de 
como as organizações são dinâmicas, venho nesse tópico falar sobre o trabalho 
da psicopedagogia empresarial ou organizacional. No entanto, nota-se o quanto 
a empresarial no Brasil é pouco disseminada e estudada. São poucas 
organizações que tem a presença de profissionais da psicopedagogia em seu 
quadro de colaboradores. Ressalta-se que o profissional psicopedagogo nas 
organizações tem condições de atuar em pelo menos dois setores, ressalvada a 
peculiaridade de cada empresa: o departamento de Recursos Humanos e o 
departamento de Educação Corporativa ou de Treinamento e Desenvolvimento, 
como ressalta Miranda e Garcia (2015). 
Você deve estar se perguntando, como pode ser o trabalho do profissional 
em psicopedagogia no contexto empresarial/organizacional? Em que ele atua? 
Qual é o público –alvo? 
A função do psicopedagogo empresarial/organizacional é promover o 
desenvolvimento e avaliar ações quanto à aprendizagem do indivíduo no 
contexto grupal, facilitando a construção e o compartilhamento do conhecimento 
coletivo, incentivando novas formas de relacionamentos, criando harmonia entre 
gestores e colaboradores, podendo atuar junto ao profissional de RH, assumindo 
um papel importante, avaliando e controlando a aprendizagem, favorecendo a 
qualidade nos processos de recrutamento, seleção e organização de pessoal, 
bem como levantando o diagnostico organizacional, dando subsídios 
significativos e perfis específicos e estabelecendo princípios didáticos aos 
treinamentos. É utilizar possibilidades criativas e eficazes através da reflexão 
grupal, conseguir uma real transformação do indivíduo, e isso é aprendizagem 
(GERVASIO; RODRIGUES,2014). 
De acordo com Bossa (2011, p.48) o psicopedagogo pode “realizar 
processos de orientação educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma 
individual quanto em grupo”. Sua atuação reside na análise dos fatores em que 
ocorre o aprendizado, bem como dos que podem dificultá-lo, para poder construir 
seu modelo de intervenção, seja ele individual ou grupal. 
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O psicopedagogo na empresa poderá intervir também em problemas de 
concentração, como por exemplo: organizar tarefas do dia a dia, arquivos, 
eventos, e tarefas que requeiram atenção concentrada, nos erros que advêm da 
incorreta compreensão de uma orientação -intervir tanto com o colaborador que 
orienta como com o orientado, apresentações em grupo pertinentes à rotina do 
trabalho, dentre outras, conforme a dinâmica de ações que fazem parte da 
cultura organizacional da empresa (MIRANDA;GARCIA, 2015). 
O profissional em psicopedagogia, pode ainda trabalhar em outras áreas 
da empresa além das já citadas, pode atuar no setor de prevenção e promoção 
de saúde, em campanhas no ambiente organizacional, oferecendo palestras, 
workshops dentre outros. Além disso pode atuar ainda com projeto de 
acolhimento com os colaborados portadores de deficiência, colaborando no 
processo de ensino e aprendizagem. 
Alguns estudiosos destacam que o psicopedagogo empresarial pode 
atuar em duas linhas no contexto das organizações: preventiva e terapêutica, 
sendo que a preventiva desempenha uma prática docente, envolvendo a 
preparação de vários profissionais da empresa ou atuar dentro da própria 
empresa. Na linha terapêutica, o psicopedagogo empresarial trata das 
dificuldades de aprendizagem diagnosticando, desenvolvendo técnicas 
remediativas, orientando líderes e gerentes, estabelecendo contato com 
profissionais das áreas, pois tais dificuldades são multifatoriais em sua origem e, 
muitas vezes no seu tratamento. 
 
 Avaliação e intervenção no comportamento, habilidades sociais, 
cognitivas, inteligência emocional e psicopatologias 
O profissional em psicopedagogia pode atuar ainda no processo de 
avaliação e intervenção nos comportamentos, nas habilidades sociais e 
cognitivas. A avaliação pode voltar-se para a apreciação de aspectos 
psicomotor-perceptivo, linguísticos cognitivos do indivíduo, tendo em vista as 
dificuldades que se apresentam e buscam a compreensão do significado dos 
sintomas de aprendizagem na organização da personalidade do indivíduo e seu 
contexto social. 
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No processo de intervenção o psicopedagogo pode adequar as 
estratégias a serem utilizadas, diante ao que foi avaliado e observado. Por vezes 
envolve em situações complexas, por isso é preciso que o psicopedagogo tenha 
conhecimentos sobre funcionamento de grupos, o histórico e cultura de 
organização, como também, o desenvolvimento administrativo, bem como o 
equilíbrio emocional e um código de ética profissional muito bem elaborado e 
dirigido, pois trabalhar com grupos e estar permanentemente administrando 
conflitos (GERVASIO; RODRIGUES,2014). 
Outro aspecto que o psicopedagogo pode trabalhar e até 
interdisciplinarmente é com a Inteligência Emocional, em muitos momentos 
dentro de uma organização, colaboradores passam por situações em que 
interferem na sua produção e aprendizagem, pois somos sujeitos dotados se 
emoções e sentimentos, e por vezes a não resolução de problemas ou conflitos 
entre colegas de trabalho, ou questões pessoas podem ser afetar. E e aí que 
entra o trabalho do psicopedagogo, procurar compreender o que está 
acontecendo e elaborar estratégias para que o colaborador ou relações não 
sejam afetadas. 
 Além das áreas de atuação já citadas, o profissional de psicopedagogia 
pode atuar junto a colaboradores que apresentam diagnóstico de alguma 
psicopatologia e que realiza acompanhamento. De forma ética e com estratégias 
especificas para cada colaborador. Também pode atuar com grupos, palestras, 
informes sobre e principalmente no processo de acolhimento. Já que o ambiente 
organizacional, por vezespode ter sido o gatilho adoecedor. Por isso é preciso 
também ter conhecimento das psicopatologias. 
 
 Programa de Transição 
 Outra área de atuação do profissional de psicopedagogia, são os 
programas de transição que podem ser oferecidos pelas empresas. No qual o 
psicopedagogo, pode atuar com outros profissionais. O programa de transição 
pode depender de cada organização, algumas realizam para pessoas que estão 
próximas a se aposentar, outros para transição de carreira (troca de cargo). 
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 O trabalho do psicopedagogo costuma ser bem pontual, no processo de 
escuta, acolhimento e de estratégias para se trabalhar de acordo com a 
demanda. 
 Por fim, o psicopedagogo empresarial/organizacional em como finalidade 
estimular o desenvolvimento de relações interpessoais, o estabelecimento de 
vínculos, a utilização de métodos de compatíveis com as mais recentes 
concepções a respeito desse processo. Procura envolver equipes de 
colaboradores, ajudando-os a ampliar o olhar em torno da empresa e 
circunstancias de produção do conhecimento, ajudando o empregado a superar 
os obstáculos que se interpõem ao pleno domínio das ferramentas necessárias 
à leitura do mundo. Nesse sentido, o psicopedagogo empresarial/organizacional 
não só contribuirá com o desenvolvimento dos colaboradores, como também 
contribuirá com a evolução da empresa. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 E chegamos ao final do nosso curso, e quanto material e aprendizagens 
aconteceram por aqui, não é? Espero que tenham gostado do curso de avaliação 
e intervenção psicopedagógica. 
 O objetivo do curso era de proporcionar e instrumentalizar você para atuar 
na área de forma, clara e prática. Que você possa planejar a sua avaliação da 
melhor maneira possível e que a intervenção seja bem pensada de acordo com 
os resultados colhidos na avaliação. 
 Iniciamos o curso falando sobre a definição, passando pelas dificuldades 
de aprendizagem, seguindo para como elaborar uma avaliação. Trouxe ainda os 
principais teóricos e exemplos de avaliação. Falamos sobre os principais 
Transtornos Funcionais Específicos e sobre Transtorno do Espectro Autista e 
outras deficiências. Em relação a sugestões de intervenção trouxemos várias 
sugestões, estratégias, instrumentos de intervenção como o Piafex e a ginástica 
cerebral. 
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 Ainda trouxemos as principais práticas psicopedagógicas nas áreas: 
clínica, educacional, hospitalar e empresarial. Áreas de atuação da 
psicopedagogia. 
 Agora é com vocês, coloquem o conhecimento aprendido em prática e 
desejo uma ótima atuação e trabalho. Um abraço afetuoso e até breve. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anexos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Modelo de Anamnese 
 
Entrevista de Anamnese 
 
Data: ____/____/______ 
 
1.Dados de Identificação: 
Nome: _________________________________________________________ 
Data de nascimento: ________/_________/ ________. 
Idade: ___________ 
Naturalidade: ___________________ 
Nome da mãe: ___________________________________________________ 
Nome do pai: ____________________________________________________ 
Responsável: ____________________________________________________ 
Endereço Residencial: _____________________________________________ 
Telefones: ______________________________________________________ 
 
2.Motivo da queixa para avaliação psicopedagógica: 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
3.Indicativos de algum diagnóstico, qual? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
4.Realiza atendimento complementares, onde? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
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5.Concepção: 
 
Idades do pais na época: 
 
Mãe:______ Pai:_______ 
 
Número de gestações anteriores: _________________________ 
Algum aborto: ______________ 
 
6. Gestação e parto: 
Realizou o pré natal?: ( ) Sim ( ) Não 
Apresentou alguma intercorrência: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, qual? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Fez algum tipo de cirurgia: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, qual? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Alguma doença durante a gestação: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, qual? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Fez uso de alguma medicação: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim qual? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Relate como se sentiu ao longo da gestação: 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
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Fale sobre o parto, de quantas semanas, como foi o parto, passou por alguma 
intercorrência? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Como estava a condição da criança ao nascer? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
7.Alimentação: 
Amamentou: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, por quanto tempo:__________________________________________ 
Com quantos meses iniciou a alimentação pastosa:______________________ 
E alimentos sólidos: _______________________________________________ 
Faz uso do copo: ( ) Sim ( ) Não 
Como está alimentação atual: 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Preferência alimentar, por: 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Alergia de algum alimento: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, qual? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________8.Histórico da Infância: 
Alguma doença: ( ) Sim ( ) Não 
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122 
 
 
 
Se sim quais? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Precisou de internação: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, por qual motivo e quanto tempo? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Já apresentou convulsões? ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, quando e como foi? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Alguma cirurgia: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, qual? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
9.Sono 
Como é o sono? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
10.Desenvolvimento psicomotor 
 
Com qual idade sustentou a cabeça, sentou, engatinhou e andou? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Com qual mão costuma pegar os objetos: _____________________________ 
Apresenta alguma dificuldade motora, qual? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
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123 
 
 
 
11. Controle de esfíncteres: 
Faz uso de fralda? ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, em que momentos: 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Se não, em que momento deixou de usar a fralda: 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
12. Linguagem e Comunicação: 
Iniciou os Balbucios: ______________________________________________ 
As primeiras palavras: _____________________________________________ 
Demorou a falar: ( ) Sim ( ) Não: _________________________________ 
Apresentou ou apresenta algum desafio na fala: 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Faz uso de outro para se comunicar. ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, como isso acontece: 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Comunica-se por choro: ( ) Sim ( ) Não 
Fala compreensível: ( ) Sim ( ) Não 
Compreende comandos simples: ( ) Sim ( ) Não 
Apresenta sialorréia: ( ) Sim ( ) Não 
Apresenta alguma mania, ou esteriotipia: ( )Sim ( ) Não 
Se sim, qual: ____________________________________________________ 
Tem birras com frequência: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, como é a birra: ____________________________________________ 
 
13. Escolaridade: 
Com qual idade ingressou a escola: __________________________________ 
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124 
 
 
 
Como foi a adaptação: 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Já encontra-se alfabetizado: 
_______________________________________________________________ 
Já mudou de escola? Quais? Em que séries e com qual idade? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Em qual escola estuda atualmente: 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Local: __________________________________________________________ 
Série e turno: ____________________________________________________ 
Nome do professor atual:___________________________________________ 
Coordenador: ____________________________________________________ 
Realiza tarefas sozinho (a)? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Que ajuda a criança nas tarefas quando e preciso: ______________________ 
_______________________________________________________________ 
Já foi reprovado? Se sim, qual série e quando? _________________________ 
_______________________________________________________________ 
Relate algum fato importante que aconteceu na vida escolar do seu filho ou 
filha: ___________________________________________________________ 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Quais são as queixas mais frequentes: ________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Apresenta dificuldades na leitura: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, qual? ____________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
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125 
 
 
 
Dificuldade na escrita: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim,qual? ____________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Coordenação motora: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, qual? 
_______________________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Em matemática: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, qual? ___________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Esquece o que aprende: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, qual? ____________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Como é a letra?__________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Apresenta atenção para realizar as atividades? _________________________ 
_______________________________________________________________ 
O que reconhece: 
 ( ) Cores, quais: ______________________________________________ 
 ( ) Números, quais: ____________________________________________ 
 ( ) Dinheiro, quais notas: _________________________________________ 
( ) Letras do alfabeto, quais: ______________________________________ 
( ) Meses do ano, quais: _________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
( )Dias da semana, quais: _________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Faz uso da tesoura de forma funcional: _______________________________ 
 
14. Comportamento: 
Como é humor habitual: ____________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Prefere brincar sozinho ou em grupos? ________________________________ 
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126 
 
 
 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________Estranha mudanças de ambiente? ___________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Adapta-se facilmente ao meio? ______________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Aceita regras: ____________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Apresenta apatia, teimosia ou agressividade: ___________________________ 
_______________________________________________________________ 
Apresenta algum medo? ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, qual? ____________________________________________________ 
Quais as brincadeiras e brinquedos preferidos: _________________________ 
_______________________________________________________________ 
Como se comporta quando está sozinha: 
_______________________________________________________________ 
E quando está em família: 
_______________________________________________________________ 
Com pessoas desconhecidas: 
_______________________________________________________________ 
Com quem mais gosta de ficar e por quê? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
A criança já presenciou algum conflito familiar: 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
Tem amigo: _____________________________________________________ 
 
15. Autonomia: 
A criança: 
( ) veste-se sozinho 
( ) tira a roupa sozinho 
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127 
 
 
 
( ) Toma banho sozinho 
( ) Higieniza-se sozinho 
( ) Calça sapato ou sandália sozinho 
( ) Escova os dentes 
( ) Alimenta-se sozinho 
( ) Guarda os objetos sozinho 
Obs.: Se for adolescente ou adulto coloque a idade com quem realizou. 
 
16. Visão, Audição: 
Apresenta algum problema de visão: 
_______________________________________________________________ 
Faz uso de óculos: _______________________________________________ 
Já realizou alguma cirurgia: _________________________________________ 
Apresenta algum problema de audição: _______________________________ 
Parece não ouvir quando é chamado: _________________________________ 
Já realizou exame de audiometria: ___________________________________ 
 
17.Relacionamento: 
Como é o relacionamento com outras crianças: _________________________ 
_______________________________________________________________
Como é a relação como professores e colegas de sala de aula: ____________ 
_______________________________________________________________ 
Como é relação com os pais: _______________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Com os irmãos: __________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Quais são os hábitos de lazer da família: ______________________________ 
_______________________________________________________________ 
Fazem as refeições juntos:__________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Faz uso de alguma medicação: ( ) Sim ( ) Não 
Se sim, qual? ____________________________________________________ 
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128 
 
 
 
 
18. Outros: 
Algo que não perguntei e que gostariam de falar: ________________________ 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
Assinatura de um dos responsáveis: __________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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129 
 
 
 
SCALA SNAP-IV 
(Versão em português: (MATOS, P et al. Revista de Psiquiatria RS, v. 3, n. 
28, p. 290-297, set./dez. 2006) 
 
Marque um X na coluna que melhor descreve o comportamento da 
criança ou adolescente. 
 Nem 
um 
pouco 
Só um 
pouco 
Bastante Demais 
1. Não consegue prestar muita 
atenção a detalhes, ou comete 
erros por descuido nos 
trabalhos da escola ou tarefas 
 
2. Tem dificuldade de manter a 
atenção em tarefas ou atividades 
de lazer. 
 
3. Parece não estar ouvindo 
quando se fala diretamente com 
ele. 
 
4. Não segue instruções até o 
fim e não termina deveres de 
escola, tarefas ou obrigações. 
 
5. Tem dificuldade para 
organizar tarefas e atividades 
 
6. Evita, não gosta ou se envolve 
contra a vontade, em tarefas 
que exigem esforço mental 
prolongado. 
 
7. Perde coisas necessárias para 
atividades (brinquedos, deveres 
da escola, lápis ou livros) 
 
8. Distrai-se com estímulos 
externos. 
 
9. É esquecido em atividades do 
dia a dia. 
 
10. Mexe com as mãos ou os pés 
ou se remexe na cadeira 
 
11. Sai do lugar na sala de aula 
ou em outras situações em que 
se espera que fique sentado. 
 
12. Corre de um lado para o 
outro ou sobe demais nas coisas 
em situações em que isto é 
inapropriado. 
 
13. Tem dificuldade em brincar 
ou envolver-se em atividades de 
lazer de forma calma. 
 
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130 
 
 
 
14. Não para ou frequentemente 
está a “mil por hora”. 
 
15. Fala em excesso. 
 
 
16. Responde perguntas de 
forma precipitada antes que elas 
tenham sido terminadas. 
 
17. Tem dificuldade em esperar 
sua vez. 
 
18. Interrompe os outros ou se 
intromete (nas conversas, jogos, 
etc.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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131 
 
 
 
Escala para adultos de TDAH- ASRS-18 
 
 
Mattos P, Segenreich D, Saboya E, Louzã M, Dias G, Romano M. Adaptação Transcultural 
para o Português da Escala Adult Self-Report Scale (ASRS-18, versão1.1) para avaliação 
de sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH) em adultos. 
Revista Brasileira de Psiquiatria. 
 
 
Marque um X na coluna que melhor descreve o comportamento da 
criança ou adolescente. 
 
 Nunca Raramente Algumas 
Vezes 
Frequen 
temente 
Muito 
Frequen 
temente 
Parte A 
1. Com que frequência você comete erros por 
falta de atenção quando tem de trabalhar num 
projeto chato ou difícil? 
 
2. Com que frequência você tem dificuldade 
para manter a atenção quando está fazendo 
um trabalho chato ou repetitivo? 
 
3. Com que frequência você tem dificuldade 
para se concentrar no que as pessoas dizem, 
mesmo quando elas estão falando 
diretamente com você? 
 
4. Com que frequência você deixa um projeto 
pela metade depois de já ter feito as partes 
mais difíceis? 
 
5. Com que frequência você tem dificuldade 
para fazer um trabalho que exige 
organização? 
 
6. Quando você precisa fazer algo que exige 
muita concentração, com que frequência você 
evita ou adia o início? 
 
7. Com que frequência você coloca as coisas 
fora do lugar ou tem de dificuldade de 
encontrar as coisas em casa ou no trabalho? 
 
8. Com que frequência você se distrai com 
atividades ou barulho a sua volta? 
 
9. Com que frequência você tem dificuldade 
para lembrar de compromissos ou 
obrigações? 
 
Parte B 
 
 
1. Com que frequência você fica se mexendo 
na cadeira ou balançando as mãos ou os pés 
quando precisa ficar sentado (a) por muito 
tempo? 
 
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1322. Com que frequência você se levanta da 
cadeira em reuniões ou em outras situações 
onde deveria ficar sentado (a)? 
 
3.Com que frequência você se sente inquieto 
(a) ou agitado (a)? 
 
4. Com que frequência você tem dificuldade 
para sossegar e relaxar quando tem tempo 
livre para você? 
 
5. Com que frequência você se sente ativo (a) 
demais e necessitando fazer coisas, como se 
estivesse “com um motor ligado”? 
 
6. Com que frequência você se pega falando 
demais em situações sociais? 
 
7. Quando você está conversando, com que 
frequência você se pega terminando as frases 
das pessoas antes delas? 
 
8. Com que frequência você tem dificuldade 
para esperar nas situações onde cada um tem 
a sua vez? 
 
9. Com que frequência você interrompe os 
outros quando eles estão ocupados? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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133 
 
 
 
Escala de Avaliação e Transtornos de Comportamento 
Disruptivo para Pais e Professores. 
Criada por William E. Pelham Jr. 
 
 
Assinale nos quadros de acordo com o comportamento da criança 
 
Assertivas Nada= 0 Pouco=1 Muito =2 Demais=3 
1. Frequentemente interrompe 
ou se intromete nas atividades 
dos outros (em geral as 
conversas ou atividades lúdicas 
e jogos) 
 
2.Tem fugido de sua casa ou 
escola pelo menos 2 vezes 
quando ainda vive com seus 
pais ou cuidadores (ou uma vez 
sem retornar por um longo 
período) 
 
3. Frequentemente argumenta 
desnecessariamente com 
adultos 
 
4. Frequentemente para obter 
vantagens ou favores ou evitar 
obrigações. 
 
5. Frequentemente inicia luta 
corporal ou brigas com seus 
parentes de casa. 
 
6. Tem sido fisicamente cruel 
com as pessoas. 
 
7. Fala excessivamente 
8. Tem roubado itens ou coisas 
9.Distrai-se facilmente por 
estímulos. 
 
10. Frequentemente se engaja 
em atividades físicas perigosas 
sem considerar os riscos e sem 
noção de perigo. 
 
11. Frequentemente mata aulas 
(antes dos 13 anos) 
 
12. Inquietude excessiva com as 
mãos e os pés e durante 
postura sentada. 
 
13. É rancorosamente vingativo. 
14. Frequentemente usa 
linguagem obscena. 
 
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134 
 
 
 
15.F requente responsabiliza os 
outros pelos seus erros ou 
comportamentos inadequados 
 
16. Tem deliberadamente 
destruído as propriedades dos 
outros. 
 
17. Frequentemente desafia ou 
se recusa concordar com 
opiniões ou regras de adultos. 
 
18. Parece frequentemente não 
atender quando se fala 
diretamente com ele(a). 
 
19. Frequentemente responde 
precocemente antes das 
perguntas serem completadas. 
 
20. Frequentemente inicia lutas 
físicas e brigas com pessoas 
que não conhece ou que vivem 
na sua escola ou vizinhança. 
 
21. Frequentemente pula de 
uma atividade para outra. 
 
22. Tem frequentemente 
dificuldade de participar uma 
atividade em silêncio. 
 
 23. Frequentemente falha em 
cumprir atividades que exigem 
observação de detalhes e 
comete erros na escola, em 
casa e/ou com os trabalhos. 
 
24. Frequentemente emburra e 
aborrece por pouca coisa. 
 
25. Frequentemente levanta ou 
anda em momentos em que se 
espera que fique sentado e 
tranquilo. 
 
26. Frequentemente e sensível e 
facilmente se aborrece com os 
outros. 
 
27. Frequentemente não segue 
instruções e fracassam em 
tarefas escolares, trabalhos da 
escola ou pesquisas no 
ambiente onde se faz estas 
atividades (mas não por 
comportamento opositivo ou 
porque não entendeu as 
instruções). 
 
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135 
 
 
 
28. Temperamento explosivo 
facilmente. 
 
29. Tem frequente dificuldade 
em sustentar a atenção em 
tarefas ou atividades lúdicas. 
 
30.Tem dificuldade em esperar 
a sua vez. 
 
31. Forçou ou força alguém a 
manter elações sexuais. 
 
32. Aplica bullying, intimida ou 
ameaça as pessoas. 
 
33. Frequentemente quer 
sempre chegar logo na frente e 
faz as coisas correndo. 
 
34. Frequentemente perde 
coisas objetos necessários 
para tarefas e atividades 
(brinquedos, materiais 
escolares, lápis, livros ou 
instrumentos quaisquer). 
 
35. Frequentemente se agita e 
corre excessivamente em 
situações nas quais não se 
recomenda ou não se é 
esperado (em adolescentes e 
adultos, pode ser em situações 
onde se esteja o descanso ou 
subjetivamente se espera que 
sossegue). 
 
36. Aplica atos cruéis com 
animais. 
 
37. Frequentemente evita, não 
gosta ou fica relutante para se 
engajar em atividades. 
 
38. Fica fora de casa com 
frequência mesmo com a 
proibição dos pais, começando 
antes dos 13 anos. 
 
39. Deliberadamente aborrece 
as pessoas. 
 
40. Tem roubado de forma a 
confrontar com a vítima 
(assalto, puxa objetos, 
extorsão, e roubo à mão 
armada). 
 
41. Estraga deliberadamente 
coisa, patrimônios, causando 
sérios danos. 
 
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136 
 
 
 
42. Tem evidente dificuldade e 
organizar tarefas e atividades 
sequenciais. 
 
43. Tem quebrado e devastado 
muitas coisas da casa, do carro 
ou da escola 
 
44. Frequentemente é 
esquecido para atividades 
rotineiras de vida 
 
45. Tem usado instrumentos ou 
armas que tem causado sérios 
danos físicos às pessoas ou 
instituições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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137 
 
 
 
ESCALA (CARS)- CHILDHOOD AUTISM RATING SCALE 
Schopler,E; Reichler,RJ; Renner,BR 
 Escala para avaliação complementar ao diagnóstico de Autismo e 
gravidade (Leve, moderado e Grave) 
 
Fonte: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12936/000634977.pdf 
1 - Relacionamento inter-pessoal 
Pontos Sintomas 
1 Sem evidencia de dificuldade ou anormalidade: o comportamento 
da criança é apropriado para a idade. Alguma timidez, inquietação ou 
prejuízo pode ser observado, mas não a um nível diferente (atípico) 
quando comparado com outra de mesma idade. 
1,5 
2 Grau leve de anormalidade: A criança evita olhar o adulto nos olhos; 
evita o adulto; demonstra dificuldade quando é forçado a tal; é 
extremamente tímido; não é tão sociável com um adulto quanto uma 
criança normal de mesma idade; fica agarrada aos familiares de 
forma mais intensa que outras de mesma idade. 
2,5 
3 Grau moderado: A criança as vezes demonstra isolamento. Há 
necessidade de esforço persistente para obter sua atenção. Há um 
contato mínimo por iniciativa da criança (o contato pode ser 
impessoal). 
3,5 
4 Grau severo: A criança é isolada realmente, não se dando conta 
do que o adulto está fazendo; nunca responde as iniciativas do 
adulto ou inicia contato. Somente as tentativas muito intensas 
para obter sua atenção tem algum efeito positivo. 
 
2 - Imitação 
Pontos sintomas 
1 Apropriada: A criança imita sons, palavras e movimentos que são 
apropriados para seu nível de desenvolvimento. 
1,5 
2 Grau leve de anormalidade: A criança imita comportamentos 
simples como bater palmas ou palavras isoladas na maior parte do 
tempo. As vezes reproduz uma imitação atrasada (após tempo de 
latência) 
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138 
 
 
 
2,5 
3 Grau moderado: A criança só imita as vezes e mesmo assim precisa 
de considerável persistência e auxílio do adulto. Frequentemente 
reproduz uma imitação atrasada. 
3,5 
4 Grau severo: A criança raramente ou mesmo nunca imita sons, 
palavras, ou movimentos mesmo com auxílio de adultos ou após 
período de latência. 
 
3 - Respostaemocional 
Pontos sintomas 
1 Resposta apropriada para a idade e situação: A resposta 
emocional (forma e quantidade) demonstra sintonia com a expressão 
facial, postura corporal e modos. 
1,5 
2 Grau leve de anormalidade: A criança ocasionalmente demonstra 
alguma inadequação na forma e quantidade das reações 
emocionais. Às vezes as reações são não relacionadas a objetos ou 
acontecimentos do “entorno”. 
2,5 
3 Grau moderado: Há presença definitiva de sinais inapropriados na 
forma e quantidade das respostas emocionais. As reações podem ser 
inibidas ou exageradas, mas também podem não estar relacionadas 
com a situação. A criança pode fazer caretas, rir ou ficar estática 
apesar de não estarem presentes fatos que possam estar causando 
tais reações. 
3,5 
4 Grau severo: As respostas são raramente apropriadas as situações: 
quando há determinado tipo de humor é muito difícil modificá-lo 
mesmo que se mude a atividade. O contrário também é verdadeiro 
podendo haver enorme variedade de diferentes reações emocionais 
durante um curto espaço de tempo mesmo que não tenha sido 
acompanhado por nenhuma mudança no meio ambiente. 
 
4 - Expressão corporal 
Pontos Sintomas 
1 Apropriada: A criança se move com a mesma facilidade, agilidade e 
coordenação que outra da mesma idade. 
1,5 
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139 
 
 
 
2 Grau leve de anormalidade: Algumas peculiaridades “menores” 
podem estar presentes como movimentos desajeitados, repetitivos, 
coordenação motora pobre, ou presença rara de movimentos não 
usuais descritos no próximo item. 
2,5 
3 Grau moderado: Comportamentos que são claramente estranhos ou 
não usuais para outras crianças de mesma idade. Podem estar 
presente: peculiar postura de dedos e corpo, auto-agressão, balançar-
se, rodar e contorcer-se, movimentos serpentiformes de dedos ou 
andar na ponta dos pés. 
3,5 
4 Grau severo: Movimentos frequentes ou intensos (descritos acima) 
são sinais de comprometimento severo do uso do corpo. Estes 
comportamentos podem estar presentes apesar de um persistente 
trabalho de modificação comportamental assim como se manterem 
quando a criança está envolvida em atividades. 
 
5 - Uso do objeto 
Pontos Sintomas 
1 Uso e interesse apropriado: A criança demonstra interesse 
adequado em brinquedos e outros objetos relativos a seu nível de 
desenvolvimento. Há uso funcional dos brinquedos. 
1,5 
2 Grau leve de anormalidade: A criança apresenta menos interesse 
pelo brinquedo que a criança normal ou há um uso inapropriado para 
a idade (bater o brinquedo no chão ou colocá-lo na boca). 
2,5 
3 Grau moderado: Há muito pouco interesse por brinquedos e objetos 
ou o uso é disfuncional. Pode haver um foco de interesse em uma 
parte insignificante do brinquedo, ficar fascinado com o reflexo de luz 
do objeto, ou eleger um excluindo todos os outros. Este 
comportamento pode ao menos ser parcialmente ou temporariamente 
modificável. 
3,5 
4 Grau severo: A criança pode apresentar os sintomas descritos acima 
porém com uma intensidade e frequência maior. Há significativa 
dificuldade em distrair a criança quando está “ocupada” com estas 
atividades inadequadas e é extremamente difícil modificar o uso 
inadequado do uso dos objetos. 
 
 
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140 
 
 
 
6 - Adaptação a mudanças 
Pontos Sintomas 
1 Idade apropriada na resposta: Apesar da criança notar e comentar 
sobre as mudanças de rotina, há uma aceitação sem grandes 
distúrbios. 
1,5 
2 Grau leve de anormalidade: Quando o adulto tenta modificar 
algumas rotinas a criança continua com a mesma atividade ou no uso 
dos mesmos materiais, porém pode ficar facilmente “confusa” assim 
com aceitar a mudança. Ex: fica muito agitada quando é levada numa 
padaria diferente / o caminho para a escola é mudado, mas é 
acalmada facilmente. 
2,5 
3 Grau moderado: Há resistência as mudanças da rotina. Há uma 
tentativa de persistir na atividade costumeira e é difícil acalmá-la; 
ficam raivosos ou tristes quando há modificação. 
3,5 
4 Grau severo: Quando ocorrem mudanças a criança apresenta 
reações graves que são difíceis de serem eliminadas. Se são 
forçadas a modificarem a rotina podem ficar extremamente 
irritados/raivosos ou não cooperativos e talvez respondam com birras. 
 
7 - Uso do olhar 
Pontos Sintomas 
1 Idade apropriada na resposta: O uso do olhar é normal para a 
idade. A visão é usada junto com os outros sentidos como a audição e 
tato, como forma de explorar os objetos. 
1,5 
2 Grau leve de anormalidade: A criança precisa ser lembrada de vez 
em quando para olhar para os objetos. A criança pode estar mais 
interessada em olhar para espelhos e luzes que outras crianças da 
mesma idade, ou ficar olhando para o espaço de forma vaga. Pode 
haver evitação do olhar. 
2,5 
3 Grau moderado: A criança precisa ser lembrada a olhar o que está 
fazendo. Podem ficar olhando para o espaço de forma vaga; evitação 
do olhar; olhar para objetos de modo peculiar; colocar objetos muito 
próximos aos olhos apesar de não terem déficit visual. 
3,5 
4 Grau severo: Há uma persistência recusa em olhar para pessoas ou 
certos objetos e podem apresentar outras peculiaridades no uso do 
olhar em graus extremos como os descritos acima. 
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141 
 
 
 
 
8 - Uso da audição 
Pontos Sintomas 
1 Idade apropriada na resposta: O uso da audição é normal para a 
idade. A audição é usada junto com os outros sentidos como a visão e 
tato. 
1,5 
2 Grau leve de anormalidade: Pode haver falta de resposta a certos 
sons, assim como uma hiper-reação. As vezes a reação é atrasada, 
as vezes é necessário a repetição de um determinado som para 
“ativar” a atenção da criança. A criança pode apresentar uma resposta 
catastrófica a sons estranhos a ela. 
2,5 
3 Grau moderado: A resposta aos sons podem variar: ignorá-lo das 
primeiras vezes, ficar assustado com sons de seu cotidiano, tampar 
os ouvidos. 
3,5 
4 Grau severo: Há uma sub ou hiper-reatividade aos sons, de uma 
forma extremada, independentemente do tipo do som. 
 
9 - Uso do paladar, olfato e do tato 
Pontos Sintomas 
1 Normal: A criança explora novos objetos de acordo com a idade 
geralmente através dos sentidos. O paladar e olfato são usados 
apropriadamente quando o objeto é percebido como comível. Quando 
há dor resultante de batida, queda, ou pequenos machucados a 
criança expressa seu desconforto, porém sem uma reação 
desmedida. 
1,5 
2 Grau leve de anormalidade: A criança persiste no levar e manter 
objetos na boca, em discrepância de outras da mesma idade. Pode 
cheirar ou colocar na boca, de vez em quando, objetos não 
comestíveis. A criança pode ignorar ou reagir de forma exacerbada a 
um beliscão ou alguma dor leve que numa criança normal seria 
expressada de forma adequada (leve). 
2,5 
3 Grau moderado: Pode haver um comportamento de grau moderado 
de tocar, cheirar, lamber objetos ou pessoas. Pode haver uma reação 
não usual a dor de grau moderado, assim como sub ou hiper-reação. 
3,5 
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4 Grau severo: Há um comportamento de cheirar, colocar na boca, ou 
pegar objetos - pela sensação em si - sem o objetivo de exploração 
do objeto. Pode haver uma completa falta de resposta a dor assim 
como uma hiper-reação a algo que é só levemente desconfortável. 
 
10 - Medo e nervosismo 
Pontos Sintomas 
1 Normal: O comportamento é apropriado a situação e a idade da 
criança. 
1,5 
2 Grau leve de anormalidade: De vez em quando a criança demonstra 
medo e nervosismo que é levemente inapropriado (para mais ou 
menos) quando comparado a outras de mesma idade. 
2,5 
3 Graumoderado: A criança apresenta um pouco mais ou um pouco 
menos de medo que uma criança normal mesmo quando comparado 
a outra de menor idade colocada em situação idêntica. Pode ser difícil 
entender o que está causando o comportamento de medo 
apresentado, assim como é difícil confortá-la nessa situação. 
3,5 
4 Grau severo: Há manutenção de medo mesmo após repetidas 
experiências de esperado bem-estar. Na consulta de avaliação a 
criança pode estar amedrontada sem razão aparente. É 
extremamente difícil acalmá-la. Pode também não apresentar 
medo/sentido de auto-conservação a cachorros não conhecidos, a 
riscos da rua e trânsito, como outras que as da mesma idade evitam. 
 
11 - Comunicação verbal 
Pontos Sintomas 
1 Normal: A comunicação verbal é apropriada a situação e a idade da 
criança. 
1,5 
2 Grau leve de anormalidade: A fala apresenta um atraso global. A 
maior parte da fala é significativa, porém pode estar presente ecolalia 
ou inversão pronominal em idade onde já não é normal sua presença. 
Algumas palavras peculiares e jargões podem estar presentes 
ocasionalmente. 
2,5 
3 Grau moderado: A fala pode estar ausente. Quando presente a 
comunicação verbal pode ser uma mistura de fala significativa + fala 
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143 
 
 
 
peculiar como jargões; comerciais de TV; jogo de futebol; reportagem 
sobre o tempo + ecolalia + inversão pronominal. Quando há fala 
significativa podem estar presentes um excessivo questionamento e 
preocupação com tópicos específicos. 
3,5 
4 Grau severo: Não há fala significativa; há grunhidos, gritos, sons que 
lembram animais ou até sons mais complexos que se aproximam da 
fala humana. A criança pode mostrar persistente e bizarro uso de 
conhecimento de algumas palavras ou frases. 
 
12 - Comunicação não-verbal 
Pontos Sintomas 
1 Normal: A comunicação não-verbal é apropriada a situação e a idade 
da criança. 
1,5 
2 Grau leve de anormalidade: O uso da comunicação não-verbal é 
imaturo, p.ex: a criança somente aponta/mostra sem precisão o que 
quer numa situação em que a criança normal de mesma idade aponta 
ou demonstra por gestos de forma mais significativa o que quer. 
2,5 
3 Grau moderado: A criança é incapaz, geralmente, de expressar 
necessidades e desejos através de meios não-verbais, assim como é, 
geralmente, incapaz de compreender a comunicação não-verbal dos 
outros. Pegam na mão do adulto o levando ao objeto desejado, mas 
são incapazes de mostrar através de gestos o objeto desejado. 
3,5 
4 Grau severo: Há somente uso de gestos bizarros e peculiares que 
não aparentam significado. Demonstram não terem conhecimento do 
significado de gestos ou expressões faciais de terceiros. 
 
13 - Atividade 
Pontos Sintomas 
1 Normal: A atividade é apropriada a situação e a idade da criança, 
quando comparada a outras. 
1,5 
2 Grau leve de anormalidade: Pode haver uma leve inquietação ou 
alguma lentidão de movimentos. O grau de atividade interfere 
somente de forma leve na performance da criança. Geralmente é 
possível encorajar a manter um nível adequado de atividade. 
2,5 
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3 Grau moderado: A criança pode ser inquieta e ter dificuldade de ficar 
quietar. Pode aparentar ter uma quantidade infinita de energia e não 
querer/ter vontade de dormir a noite. Pode também ser letárgica e 
exigir grande esforço para modificação deste comportamento. Podem 
não gostar de jogos que requeiram atividade física e assim “passar” 
por preguiçosos. 
3,5 
4 Grau severo: Há demonstração de níveis de atividade em seus 
extremos: hiper ou hipo, podendo também passar de uma para outra. 
É difícil o manejo desta criança. Quando há hiper-atividade ela está 
presente em todos os níveis do cotidiano, sendo necessário quase 
que um constante acompanhamento por parte de um adulto. Se a 
criança é letárgica é muito difícil motivá-la a alguma atividade. 
 
14 - Grau e consistência das respostas da inteligência 
Pontos Sintomas 
1 Normal: A criança é inteligente como uma criança normal de sua 
idade não havendo nenhuma habilidade não-usual ou problema. 
1,5 
2 Grau leve de anormalidade: A criança não é tão inteligente quanto 
uma criança de mesma idade e suas habilidades apresentam um 
atraso global em todas as áreas, de forma equitativa. 
2,5 
3 Grau moderado: Em geral a criança não é tão inteligente quanto 
outra de mesma idade, entretanto há algumas áreas intelectivas que o 
funcionamento beira o normal. 
3,5 
4 Grau severo: Mesmo em uma criança que geralmente não é tão 
inteligente quanto uma normal de mesma idade, pode haver um 
funcionamento até melhor em uma ou mais áreas. Podem estar 
presentes certas habilidades não-usuais como p.ex: talento para 
música, ou facilidade com números. 
 
15 - Impressão geral 
Pontos Sintomas 
1 Não há autismo: A criança não apresentou nenhum sintoma 
característico de autismo. 
1,5 
2 Autismo de grau leve: A criança apresentou somente alguns poucos 
sintomas ou grau leve de autismo. 
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145 
 
 
 
2,5 
3 Autismo de grau moderado: A criança apresentou um número de 
sintomas ou um moderado grau de autismo. 
3,5 
4 Autismo de grau severo: A criança apresentou muitos sintomas ou 
um grau severo de autismo. 
 
Pontuação 
o A contagem total do teste será feita no final, 
o Durante a coleta das informações deve-se ter em mente que o 
comportamento da criança deve ser balizado com outra (normal) de mesma 
idade. 
o As “notas” variam de 1 a 4. 
o A “nota” 1 significa que o comportamento está dentro dos limites da 
normalidade para outra criança de mesma idade. 
o A “nota” 2 é “dada” para quando houver pequena anormalidade, quando 
comparada a outra criança de mesma idade. 
o A 3 indica que a criança examinada apresenta um grau moderado de 
comprometimento no assunto pesquisado. 
o A 4 é para aquela cujo comportamento é severamente anormal para a idade. 
o Os meios pontos são para serem usados quando o comportamento situar-
se entre os dois itens, 
 
Resultado final: 
o Normal: 15 – 29,5, 
o Autismo leve/moderado: 30 – 36,5, 
o Autismo grave: acima 37. 
 
M-CHAT em Português 
 
Fonte: LOSAPIO & PONDÉ, Rev Psiquiatr RS. 2008;30(3) – 221-229. 
 
Por favor, preencha as questões abaixo sobre como seu filho geralmente é. Por favor, 
tente responder todas as questões. Caso o comportamento na questão seja raro (ex. 
você só observou uma ou duas vezes), por favor, responda como se seu filho não 
fizesse o comportamento. 
 
1.Seu filho gosta de se balançar, de pular no seu joelho, etc.? Sim Não 
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2. Seu filho tem interesse por outras crianças? Sim Não 
3. Seu filho tem interesse por outras crianças? Sim Não 
4. Seu filho gosta de brincar de esconder e mostrar o rosto ou de 
esconde-esconde? 
Sim Não 
5. Seu filho já brincou de faz-de-conta, como, por exemplo, fazer de 
conta que está falando no telefone ou que está cuidando da boneca, 
ou qualquer outra brincadeira de faz-de-conta? 
Sim Não 
6. Seu filho já usou o dedo indicador dele para apontar, para pedir 
alguma coisa? 
Sim Não 
7. Seu filho já usou o dedo indicador dele para apontar, para indicar 
interesse em algo? 
Sim Não 
8. Seu filho consegue brincar de forma correta com brinquedos 
pequenos (ex. carros ou blocos) sem apenas colocar na boca, 
remexer no brinquedo ou deixar o brinquedo cair? 
Sim Não 
9. O seu filho alguma vez trouxe objetos para você (pais) para lhe 
mostrar este objeto? 
Sim Não 
10. O seu filho olha para você no olho por mais de um segundo ou 
dois? 
Sim Não 
11. O seu filho já pareceu muito sensível ao barulho (ex. tapando os 
ouvidos)? 
Sim Não 
12.O seu filho sorri em resposta ao seu rosto ou ao seu sorriso? Sim Não 
13. seu filho imita você? (ex. você faz expressões/caretas e seu filho 
imita?) 
Sim Não 
14. O seu filho responde quando você chama ele pelo nome? Sim Não 
15. Se você aponta um brinquedo do outro lado do cômodo, o seu 
filho olha para ele? 
Sim Não 
16. Seu filho já sabe andar? Sim Não 
17. O seu filho olha para coisas que você está olhando? Sim Não 
18. O seu filho faz movimentos estranhos com os dedos perto do 
rosto dele? 
Sim Não 
19. O seu filho tenta atrair a sua atenção para a atividade dele? Sim Não 
20. Você alguma vez já se perguntou se seu filho é surdo? Sim Não 
21. O seu filho entende o que as pessoas dizem? Sim Não 
22. O seu filho às vezes fica aéreo, “olhando para o nada” ou 
caminhando sem direção definida? 
Sim Não 
23. seu filho olha para o seu rosto para conferir a sua reação quando 
vê algo estranho? 
Sim Não 
 
ATA – Autistic Traits Assessment (Avaliação de Traços 
Autistas) 
 
Nome da criança: ________________________________________ 
Idade: _________ 
Data da aplicação: ____/____/____ 
 
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Responda as questões de acordo com sua percepção sobre a criança. Marque 
um X sobre os comportamentos que você observa na criança. 
I. INTERAÇÃO SOCIAL 
1. Não sorri 
2. Ausência de aproximações espontâneas 
3. Não busca companhia 
4. Busca constantemente seu cantinho (esconderijo) 
5. Evita pessoas 
6. É incapaz de manter um intercâmbio social (conversa com trocas, pergunta e 
resposta) 
7. Isolamento intenso 
II. AMBIENTE 
1. Não responde às solicitações 
2. Mudança repentina de humor 
3. Mantém-se indiferente, sem expressão 
4. Risos compulsivos 
5. Birra e raiva frequente 
6. Excitação motora ou verbal (ir de um lugar a outro, falar sem parar) 
III. PESSOAS AO SEU REDOR 
1. Utiliza-se do adulto como um objeto (por exemplo, levando a mão do adulto 
até o interruptor, para acender a luz) 
2. O adulto lhe serve como apoio para conseguir o que deseja (por exemplo, 
faz a perna do adulto de ponte para o carrinho passar) 
3. O adulto é essencialmente um meio para suprir uma necessidade (por 
exemplo, a aproximação tem o objetivo principal de pedir coisas) 
4. Se o adulto não responde às suas demandas, atua interferindo na conduta 
desse adulto (por exemplo, desliga a TV que o adulto esteja assistindo, 
ameaça quebrar algo, joga coisas no adulto, toma coisas da mão do adulto 
como pirraça) 
 
IV. RESISTÊNCIA A MUDANÇAS 
1. Insistente em manter a rotina (por exemplo, prefere fazer sempre o mesmo 
passeio ou comer sempre a mesma coisa) 
2. Grande relutância em aceitar fatos que alteram sua rotina, tais como 
mudanças de atividade, horário ou mobília 
3. Apresenta resistência a mudanças, persistindo na mesma resposta ou 
atividade (por exemplo, brincar sempre do mesmo jeito) 
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V. BUSCA DE UMA ORDEM RÍGIDA 
1. Ordenação dos objetos de acordo com critérios próprios e pré-estabelecidos 
2. Prende-se a uma ordenação espacial (cada coisa tem um lugar próprio rígido 
para ficar) 
3. Prende-se a uma sequência temporal (por exemplo, só pode por a meia 
depois da blusa) 
4. Prende-se a uma correspondência pessoa-lugar (por exemplo, a mesma 
pessoa precisa sentar sempre no mesmo lugar) 
VI. CONTATO VISUAL 
1. Desvia o olhar, não olhando nos olhos ou olhando sempre rapidamente 
2. Olha para outra direção quando é chamado 
3. Expressão do olhar vazio e sem vida (sem expressão de emoções, 
indiferente) 
4. Quando segue os estímulos com os olhos, somente o faz de maneira 
intermitente (não contínua, ou seja, com pausas) 
5. Fixa os objetos com um olhar periférico, não central (olhar de lado, com a 
cabeça um pouco virada e não de frente) 
6. Dá a sensação de que não olha 
VII. MÍMICA INEXPRESSIVA 
1. Se fala, não utiliza a expressão facial, gestual ou vocal com a frequência 
esperada 
2. Não mostra uma reação antecipatória (como um ‘suspense’ pelo que vai 
acontecer) 
3. Não expressa através da mímica ou olhar aquilo que quer ou o que sente 
4. Imobilidade facial 
VIII. DISTÚRBIOS DE SONO 
1. Não quer ir dormir (relutância frequente, choro, birra, resistência intensa e 
prolongada) 
2. Levanta-se muito cedo 
3. Sono irregular (em intervalos) 
4. Troca o dia pela noite 
5. Dorme poucas horas 
IX. ALTERAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO 
1. Seletividade alimentar rígida (ex.: come o mesmo tipo de alimento sempre) 
2. Come outras coisas além de alimentos (papel, insetos) 
3. Quando pequeno, não mastigava 
4. Apresenta uma atividade ruminante (fica um tempo longo com a comida na 
boca, de um lado para o outro, antes de engolir) 
5. Vômitos 
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149 
 
 
 
6. Come grosseiramente, esparrama a comida ou a atira 
7. Rituais (por exemplo, esfarelar alimentos antes da ingestão) 
8. Ausência de paladar (falta de sensibilidade gustativa) 
X. CONTROLE DOS ESFÍNCTERES 
1. Medo de sentar-se no vaso sanitário 
2. Utiliza os esfíncteres para manipular o adulto (por exemplo, ameaça fazer 
xixi no local errado de propósito) 
3. Utiliza os esfíncteres como estimulação corporal, para obtenção de prazer 
4. Tem controle diurno, porém o noturno é tardio ou ausente 
XI. EXPLORAÇÃO DOS OBJETOS (APALPAR, CHUPAR) 
1. Morde e engole objetos não alimentares 
2. Chupa e coloca as coisas na boca 
3. Cheira tudo 
4. Apalpa tudo, examina as superfícies com os dedos de forma minuciosa 
XII. USO INAPROPRIADO DOS OBJETOS 
1. Ignora os objetos ou mostra um interesse momentâneo 
2. Pega, golpeia ou simplesmente os atira no chão 
3. Conduta atípica com os objetos (segura indiferentemente nas mãos ou gira) 
4. Carrega insistentemente consigo determinado objeto 
5. Se interessa somente por uma parte do objeto ou do brinquedo 
6. Coleciona objetos estranhos 
7. Utiliza os objetos de forma particular (pouco usual) e inadequada 
XIII. ATENÇÃO 
1. Quando realiza uma atividade, fixa a atenção por curto espaço de tempo ou 
é incapaz de fixá-la 
2. Age como se fosse surdo 
3. Tempo de latência de resposta aumentado, entende as instruções com 
dificuldade. 
4. Resposta retardada 
5. Muitas vezes dá a sensação de ausência 
XIV. AUSÊNCIA DE INTERESSE PELA APRENDIZAGEM 
1. Não quer aprender 
2. Cansa-se muito depressa, ainda que de atividade que goste 
3. Esquece rapidamente 
4. Insiste em ser ajudado, ainda que saiba fazer 
5. Insiste constantemente em mudar de atividade 
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XV. FALTA DE INICIATIVA 
1. É incapaz de ter iniciativa própria 
2. Busca a comodidade 
3. Passividade, falta de interesse 
4. Lentidão 
5. Prefere que outro faça o trabalho para ele 
XVI. ALTERAÇÃO DE LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO 
1. Mutismo 
2. Estereotipias vocais (fazer sempre os mesmos sons) 
3. Entonação incorreta 
4. Ecolalia imediata e/ou retardada (repetir palavras ou falas que acabou de 
ouvir, imediatamente ou algum tempo depois) 
5. Repetição de palavras ou frases que podem (ou não) ter valor comunicativo 
6. Emite sons estereotipados quando está agitado e em outras ocasiões, sem 
nenhuma razão aparente 
7. Não se comunica por gestos 
8. As interações com o adulto nunca são um diálogo 
XVII. NÃO MANIFESTA HABILIDADES E CONHECIMENTOS 
1. Ainda que saiba fazer uma coisa, não a realiza porque não quer, mesmo que 
solicitado 
2. Não demonstra o que sabe, até ter uma necessidade primária ou um 
interesse específico 
3. Aprende coisas, porém somente as demonstra em determinados lugares e 
com determinadas pessoas 
4. Às vezes, surpreende por suas habilidades inesperadas 
XVIII. REAÇÕES INAPROPRIADAS ANTE A FRUSTRAÇÃO 
1. Reações de desagrado intenso caso seja esquecida alguma coisa 
2. Reações de desagrado intenso caso seja interrompida algumaatividade que 
goste 
3. Desgostoso quando os desejos e as expectativas não se cumprem 
4. Reações de birra 
XIX. RESPONSABILIDADES 
1. Não assume nenhuma responsabilidade, por menor que seja 
2. Para chegar a fazer alguma coisa, há que se repetir muitas vezes ou elevar 
o tom de voz 
XX. HIPERATIVIDADE/ HIPOATIVIDADE 
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A criança pode apresentar desde agitação, excitação desordenada e 
incontrolada, até grande passividade, com ausência total de resposta. Estes 
comportamentos não têm nenhuma finalidade. 
1. A criança está constantemente em movimento 
2. Mesmo estimulada, não se move 
3. Barulhento, a maioria das coisas que faz geram ruído/barulho 
4. Vai de um lugar a outro, sem parar 
5. Fica pulando (saltando) no mesmo lugar 
6. Não se move nunca do lugar onde está sentado 
XXI. MOVIMENTOS ESTEREOTIPADOS E REPETITIVOS 
Ocorrem em situações de repouso ou atividade, com início repentino. 
1. Balança-se 
2. Olha e brinca com as mãos e os dedos 
3. Tapa os olhos e as orelhas 
4. Dá pontapés 
5. Faz caretas e movimentos estranhos com a face 
6. Fica rodopiando ou rodando objetos 
7. Caminha na ponta dos pés ou saltando, arrasta os pés, anda fazendo 
movimentos estranhos 
8. Torce o corpo, mantém uma postura desequilibrada, posições estranhas, 
pernas dobradas, cabeça recolhida aos pés, extensões violentas do corpo 
XXII. IGNORA O PERIGO 
1. Não se dá conta do perigo 
2. Sobe em todos os lugares 
3. Parece insensível à dor 
XXIII. APARECIMENTO DOS SINTOMAS ANTES DOS 36 MESES (DSM-IV)* 
 O último item da escala (XXIII) não possui subescalas/subitens e refere-se à 
visão geral dos sintomas assinalados no decorrer da escala. Se os sintomas 
assinalados nos itens anteriores já estavam presentes antes dos 3 anos (36 
meses) de idade, marque 2 pontos para o item XXIII. Se apareceram depois 
dessa idade, não pontuar este item. 
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