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LINGUAGEM RADIOFÔNICA

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Linguagem Radiofônica
As características do rádio como meio de comunicação
Prof. Dr. Carlos Eduardo de Almeida Sá
O rádio há muito ...
Liga os continentes em segundos.
Traz esse mundo para aqueles que não sabem 
ler e ajuda a manter contato com os que não 
podem ver. 
É utilizado por militares na guerra e pelos 
amadores por diversão. 
O rádio precursor ...
Controla o tráfego aéreo e orienta os táxis, 
possibilita transações comerciais, é essencial 
para o corpo de bombeiros e para a polícia, 
além de ser a base para a telefonia móvel. 
Os radialistas transmitem a cada minuto 
milhares de palavras, num esforço para 
informar, educar e entreter, fazer propaganda 
e persuadir, além de veicular música. 
Para R. McLeish
O rádio perdeu a admiração que tinha em seus 
primeiros anos.
Para utilizá-lo devemos adaptar a linguagem 
“escrita” formal que aprendemos na escola e 
redescobrir nossas tradições orais. 
O rádio disputa espaço num mercado 
altamente competitivo com televisão, revistas, 
jornais, cinema, teatro, vídeos, e CDs.
Cultura da visualidade x Cultura do ouvir
Império e crise da visualidade. Visão em detrimento da audição em 
nossos tempos.
O produtor de rádio precisa conhecer bem os pontos fracos e fortes 
desse meio de comunicação. 
O rádio forma imagens...
Trata-se de um meio cego, mas que pode estimular a 
imaginação, de modo que logo ao ouvir a voz do 
locutor o ouvinte tente visualizar o que ouve, 
criando na mente a figura do dono da voz. 
Ao contrário da televisão, em que as imagens são 
limitadas pelo tamanho da tela, as imagens do rádio 
são do tamanho que você quiser.
O rádio forma imagens...
Um meio visual leva mais vantagem quando 
se demonstra um procedimento ou uma 
técnica. 
No rádio, sua grande capacidade de apelar 
diretamente à imaginação não deve permitir 
interpretação individual de um evento.
O rádio fala para milhões...
O termo radiodifusão 
indica a dispersão da 
informação produzida, 
que abrange cada lar, vila, 
cidade e país que esteja 
ao alcance do transmissor.
Seu potencial de 
comunicação é muito 
grande, mas o efeito real 
pode ser bem pequeno.
Parcela e Alcance de audiência 
PARCELA de audiência é o TEMPO GASTO 
ouvindo uma determinada emissora, 
expresso em porcentagem da audiência 
total de rádio nessa área.
ALCANCE de audiência é o NÚMERO DE 
PESSOAS que de fato ouvem alguma coisa 
da emissora. 
Os dois são importantes, mas os meios de 
comunicação devem estar interessados no 
alcance. 
Diferentemente da televisão, em que 
o telespectador está observando algo 
que sai de um quadro “que está alí”, 
as paisagens e sons do rádio são 
criados dentro de nós, podendo ter 
impacto e envolvimento maiores. 
O rádio é algo muito mais pessoal, que 
vem direto para o ouvinte. Ouve-se o 
rádio em fones de ouvido e as famílias 
não se reúnem para ouvir o rádio 
como em seus anos iniciais. 
O rádio fala para cada 
indivíduo...
O rádio em seus primeiros anos.
A velocidade do rádio
É um meio bastante flexível. Funciona bem “ao vivo”.
Não depende de processar o filme nem esperar que o material seja 
impresso. 
Capacidade de deslocamento geográfico. 
O rádio não têm fronteiras...
Livros e revistas podem ser detidos em 
fronteiras nacionais, mas o rádio pode cruzar 
as profundezas do oceano e as montanhas. 
O rádio pode juntar os que se encontram 
separados pela nacionalidade ou pela 
geografia. 
Os programas religiosos e propagandas 
políticas podem ser transmitidos em um país 
e ouvidos em outro. 
Simplicidade do rádio ...
A unidade básica compreende uma pessoa 
com um gravador ou um celular, em vez de 
uma equipe com câmera, luzes e gravador de 
áudio. 
O rádio é melhor compreendido do que as 
outras mídias que dependem da imagem.
Na televisão ou na imprensa escrita qualquer 
perda de padrão técnico torna-se 
imediatamente óbvia e inaceitável.
O rádio é barato ...
Comparado aos outros meios de comunicação o rádio é 
mais barato.
O custo da produção é barato.
O custo por ouvinte é baixo. 
O rádio também é barato para os ouvintes: produção em 
massa de aparelhos a um custo que possibilita uma 
distribuição praticamente universal. 
Mais acessível do que os livros, o bom rádio traz sua 
própria “biblioteca” de especial valor para os que não 
podem ler – analfabetos, cegos, pessoas que por qualquer 
motivo não têm acesso à literatura em sua própria língua.
A natureza efêmera do rádio ...
É um meio de comunicação efêmero, e se o ouvinte não 
estiver ali para ouvir o noticiário este já terá sido 
transmitido e ele terá de esperar pelo próximo. 
Diferentemente do jornal, que o leitor pode deixar de lado, 
pegá-lo numa hora ou passar para outras pessoas, a 
radiodifusão impõe uma disciplina rígida deter de estar ali 
na hora certa. 
Como a memória é falha e não há um registro escrito, o 
que foi dito pode ser facilmente citado de maneira 
incorreta ou tirado do contexto. 
O ouvinte deve entender rapidamente a informação, por 
isso o produtor deve esforçar-se em encontrar uma lógica 
para a transmissão dessa mensagem.
O rádio como pano de fundo ...
É um meio menos exigente e nos permite fazer outras 
coisas ao mesmo tempo.
Os programas são acompanhamentos para alguma outra 
tarefa.
Ponto negativo: o rádio pode ser facilmente 
interrompido. A televisão é mais completa, prendendo 
nossa atenção.
Baixo nível de compromisso por parte do ouvinte.
Os produtores tem de trabalhar duro para obter a sua 
parcela de atenção do ouvinte. 
O rádio é seletivo ...
O produtor de rádio seleciona exatamente o que 
será recebido pelo consumidor.
Em relação à mídia impressa o leitor escolhe o 
que quer ler, por exemplo. 
Para o ouvinte, a escolha existe apenas no 
desligamento mental durante uma matéria ou 
comercial que não despertam seu interesse, ou 
quando sintoniza uma outra estação. 
A personalidade do rádio ...
A grande vantagem de um meio de comunicação auditivo 
sobre o meio impresso está no som da voz humana – o 
entusiasmo, a compaixão, a raiva, a dor e o riso. A voz é 
capaz de transmitir muito mais do que o discurso escrito. 
A voz tem inflexão e modulação, hesitação e pausa, uma 
variedade de ênfases e velocidade. 
A vitalidade do rádio depende da diversidade de vozes 
utilizada e do grau de liberdade no uso de estilos de frase e 
expressões locais. 
É importante ouvir todos os tipos de vozes. 
O rádio é capaz de gerar grande sensibilidade e um alto grau 
de confiança. 
O rádio ensina...
O rádio funciona bem no mundo das ideias.
Pode ilustrar bem um fato histórico ou 
político, conduzindo o ouvinte por um 
conjunto de informações. 
Para apreciar música e ensinar línguas o rádio 
é ideal.
O rádio toca músicas...
O rádio proporciona a agradável sensação de 
um pano de fundo com a música. Pode 
relaxar e induzir ao prazer, à nostalgia, ao 
entusiasmo ou à curiosidade.
A variedade de músicas é muito ampla.
Pode dar ao ouvinte a oportunidade de 
descobrir músicas novas ou que ainda não lhe 
são desconhecidas. 
O rádio pode sofrer interferências ...
Enquanto o jornal ou a revista normalmente são recebidos do mesmo modo como 
foram produzidos, no rádio não temos a mesma garantia. 
Podem ocorrer interferências no canal: flutuação causada por um avião, ignição 
do carro, outros equipamentos elétricos. 
Condições precárias de recepção requerem programas que prendam a atenção do 
ouvinte para que se possa manter uma audiência fiel. 
O rádio para o indivíduo ...
Desvia a pessoa de seus problemas e ansiedades, 
proporcionando relaxamento e lazer.
Reduz sentimentos de solidão, criando uma sensação de 
companhia.
Ajuda a resolver problemas, agindo como fonte de 
informação e aconselhamento, seja diretamente no 
programa ou indicando locais. 
Amplia a experiência pessoal, estimulando o interesse por 
assuntos, eventos e pessoas antes desconhecidos. Promove 
a criatividade.
Contribui para o autoconhecimento e para a 
conscientização, oferecendo segurança e apoio. Conectaindivíduos, líderes e especialistas.
Orienta o comportamento social, 
estabelecendo padrões e oferecendo 
modelos para a identificação.
Auxilia nos contatos pessoais, 
proporcionando temas para conversas.
Capacita os indivíduos a exercitar o ato de 
escolha, tomar decisões e agir como 
cidadãos, em especial numa democracia, 
graças à disseminação de notícias e 
informações imparciais. 
O rádio para o 
indivíduo ...
O rádio para a sociedade ...
Atua como multiplicador, acelerando o processo de informar a 
população.
Fornece informação sobre empregos, produtos e serviços.
Possibilita o debate político e social.
Contribui para a cultura artística e intelectual dando oportunidades 
para artistas novos e consagrados de todos os gêneros.
Facilita o diálogo entre indivíduos e grupos, promovendo a noção de 
comunidade.
Mobiliza recursos públicos e privados para fins pessoais ou 
comunitários, especialmente numa emergência. 
Bibliografia
MCLEISH, Robert. Produção de Rádio: uma guia abrangente de 
produção radiofônica 3.ed. São Paulo: Summus, 2001.

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