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ACÚSTICA 
 
ONDAS SONORAS 
Som – sensação detectável pelo sistema auditivo. Onda mecânica (frequência está situada na 
faixa de 16 Hz e 20.000 Hz) 
É comum se classificar as ondas sonoras em dois grandes grupos: 
- Os sons propriamente ditos e 
- Os ruídos. 
Ruído – som indesejável (trânsito, turbinas de avião...) 
Impactos – sistema/aparelho auditivo, atividades intelectuais, atividades físicas... 
A diferença do ponto de vista fisiológico, que é subjetiva, está no fato de o som ser agradável e o 
ruído desagradável. 
Quando o som é bem harmônico, o organismo gasta menos energia para “ouvi-lo”, caso contrário, 
gasta mais energia. 
 
Altura do som 
- os sons mais graves têm menor altura e 
- os sons mais agudos têm maior altura. 
Voz masculina e voz feminina – voz grossa e voz fina – diferença é a altura. Quanto maior a 
frequência maior é a altura e quanto menor a frequência menor a altura. 
 
Intensidade do som 
Quando estamos ouvindo músicas e por algum motivo, necessitamos “aumentar” o rádio, 
estamos na verdade aumentando a intensidade do som. 
 
 
Timbre 
Muitas vezes, quando ouvimos uma música, podemos distinguir cada voz ou cada instrumento. 
Notamos estas diferenças porque os timbres são diferentes. 
Velocidade de propagação 
Como todas as ondas, o som se propaga de forma diferente em cada meio. 
Nível sonoro 
Se uma fonte emite som, este se propaga em todas as direções. O efeito do som vai diminuindo ao 
se espalhar pelo espaço. 
Esse efeito é medido pelo que chamamos de intensidade física do som. 
O bel (símbolo B) é uma unidade de medida inventada para quantificar a redução no nível acústico 
sobre um cabo telefônico, originalmente chamado de unidade de transmissão TU, foi renomeado 
em homenagem a Alexander Graham Bell. 
1bel = 10 decibéis 
Cada 10 dB de ampliação é identificado pelo ouvido humano como uma duplicação da pressão 
sonora. Sons com diferentes frequências –Hz, necessitam de intensidades diferentes - dB, para 
que possam ser ouvidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: osfundamentosdafísica.blogspot 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: crveducacao.mg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:unimedcrs.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GEOMETRIA DO SOM E A REVERBERAÇÃO 
Quando uma onda sonora encontra um obstáculo, ou seja, uma superfície de separação entre dois 
meios, vários fenômenos podem acontecer simultaneamente: 
- reflexão – o som volta ao meio original. 
- refração – o som muda de meio e de direção. 
- absorção – o som é absorvido, extinguindo-se. 
 
Quando em algum ambiente um som é emitido, uma parte desse som vem diretamente a nós, 
outra parte vai, por exemplo, para o teto e lá batendo reflete-se parcialmente e também chega em 
nossos ouvidos. Podemos dizer que o primeiro som é um som direto e o segundo é um som 
refletido. 
 
A reflexão provoca três tipos de fenômenos: 
Reforço, reverberação e eco a diferenças entre os três tipos estão relacionadas com o intervalo de 
tempo entre a chegada dos sons diretos e refletidos. 
Pode acontecer de o som direto e o refletido chegarem em nossos ouvidos simultaneamente, 
assim ouvimos o som com mais intensidade, dizemos então que houve um reforço do som. 
Também pode acontecer que o som refletido chegue aos nossos ouvidos quando o efeito do som 
direto já está se e extinguindo, neste caso o som refletido provoca uma continuação do efeito 
daquele som, dizemos então que ouve uma reverberação do som. 
A reverberação é um fenômeno muitas vezes desejado, principalmente em música, no entanto 
outras vezes deve ser evitado, pois a superposição de sons em reverberação com novos sons pode 
prejudicar a inteligibilidade de palavras. 
Quando só depois de algum tempo em que o som direto se extinguiu o som refletido chega 
dizemos que houve eco, ou seja, você distingue perfeitamente o som direto do refletido. 
O reforço ocorre quando os sons direto e refletido chegam quase simultaneamente. 
A reverberação ocorre quando o som refletido chega no máximo 1/10 de segundo depois que o 
som direto se extinguiu. 
O eco ocorre quando o som refletido chega mais de 1/10 de segundo depois da extinção do som 
direto. 
 
ACÚSTICA ARQUITETÔNICA 
 Condicionamento acústico 
 Isolamento acústico 
 
Condicionamento acústico 
• definição de revestimentos (ambientes específicos) 
• estudo morfológico de ambientes 
• forma de elementos de arquitetura – distribuição do som – forros e paredes 
Isolamento acústico 
• definição do envoltório do edifício 
• relação entre sistema de ventilação e isolamento dos ambientes 
• definição das aberturas 
• organização do espaço - otimização do isolamento 
 
Comprimento de onda (λ) - distância entre duas cristas ou dois vales 
Período (T) - tempo necessário para uma onda deslocar-se de uma crista a outra. 
 
Onde: λ – comprimento de onda 
 C – velocidade do som no ar (340 m/s) 
 F – frequência 
 
 
A voz humana varia de 500 Hz a 1000 Hz. 
 
 
 
 
ACÚSTICA ARQUITETÔNICA 
 
Garantir: 
• privacidade sonora 
• controle de ruído 
• acústica de salas 
 
Isolamento acústico - impermeabilidade 
• definição do envoltório do edifício 
• relação entre sistema de ventilação e isolamento dos ambientes 
• definição das aberturas 
• organização do espaço - otimização do isolamento 
ACÚSTICA DE SALAS 
Propagação do som em recintos fechados 
 
• Estudo da morfologia e geometria 
• Cálculo do tempo de reverberação (NBR 12179) 
• Materiais 
 
 
Estudo da morfologia e geometria (auditórios, salas de conferências) 
De acordo com NEUFERT: correta relação entre altura, largura e comprimento é: 
• 2(H), 3(L), e 5(C) 
• H = 0,4 C; 
• C = 1,66 L 
 
Como já foi dito a reflexão provoca três tipos de fenômenos: 
Reforço, reverberação e eco a diferenças entre os três tipos estão relacionadas com o intervalo de 
tempo entre a chegada dos sons diretos e refletidos. 
O reforço ocorre quando os sons direto e refletido chegam quase simultaneamente. 
A reverberação ocorre quando o som refletido chega no máximo 1/10 de segundo depois que o 
som direto se extinguiu. 
O eco ocorre quando o som refletido chega mais de 1/10 de segundo depois da extinção do som 
direto. 
Condicionamento acústico 
 
• definição de revestimentos (ambientes específicos) 
• estudo morfológico de ambientes 
• forma de elementos de arquitetura – distribuição do som – forros e paredes 
Podemos aumentar ou diminuir a reverberação. Se a reverberação é provocada pela reflexão, a 
solução é controlar esta. Assim, para aumentar a reverberação, basta aumentar a reflexão, ou seja 
dotar o ambiente de superfícies que reflitam bem o som. Para diminuir, basta usar superfícies que 
reflitam pouco, ou seja, que absorvam a maior parte do som. 
Medimos a intensidade do som que atinge uma superfície, através do coeficiente de absorção: 
 α = Ia/ Io 
Onde: Io é a intensidade do som que atinge uma superfície e 
Ia é a intensidade absorvida pela superfície. 
 
O coeficiente de absorção varia com a superfície e com a frequência do som. Normalmente os 
cálculos são feitos apenas para as frequências médias (1 Khz). 
Materiais diferentes absorvem o som de maneira diferente, portanto devemos considerar a área 
de cada superfície calculando a ÁREA EQUIVALENTE DE ABSORÇÃO ( A), da seguinte forma: 
A = S. α 
 
Onde: S= área de superfície e α = coeficiente de absorção. 
Se a área é dada em metros quadrados (m²), a área de absorção é dada em SABINE MÉTRICO. 
 
Assim o tempo de reverberação (TR) depende: 
• da absorção das superfícies ( ou seja, da área equivalente de absorção) 
• do volume do ambiente, pois se o ambiente é muito grande, o som precisa “caminhar” 
mais e o tempo gasto é maior. 
 
T R = 0,16 . v / A 
(transformada em lei por Sabine) 
Onde: TR = é o tempo de reverberação em segundos 
V = é o volume do ambienteem m³ (metros cúbicos) e 
A = é a área equivalente de absorção em Sabines Métricos. 
PROJETO DE ACÚSTICA - INTRODUÇÃO 
 
Geralmente o cálculo do tempo de reverberação é feito depois que o isolamento acústico já foi 
garantido, bem como a geometria ideal determinada. 
As tabelas de coeficientes de absorção são dadas e costumas fornecer valores da absorção em três 
frequências: 
125 Hz (graves) 500 Hz (médios) 1000 Hz (agudos) 
Ou então, 
128 Hz 512 Hz 1024 Hz 
Que são centros das oitavas que mais aparecem no dia-a-dia. 
O ambiente deve apresentar um bom desempenho em termos de reverberação para as três 
frequências. 
Devendo ser eficiente para graves, médios e agudos. 
Deve-se calcular o tempo de reverberação de um dado ambiente para as três frequências e depois 
corrigir, se necessário. 
ROTEIRO PARA UM PEQUENO PROJETO DE ACÚSTICA 
 
1. Faça a planta do ambiente a ser estudado indicando as dimensões, pé direito e localização de 
pessoas, cortinas, móveis, enfim, de tudo que tenha superfícies que possam interferir com o som. 
Importante: por serem de efeitos desprezíveis, não incluiremos na relação: tomadas, lâmpadas, 
fechaduras, pequenos detalhes etc. 
 
2. Monte uma tabela igual a tabela abaixo (antes de preenche-la, leia as regras que estão após a 
tabela). 
 
I. Superfície aqui é entendida como aquela que está livre para interferir com o som, 
II. São exemplos de superfícies: 
piso - teto - janela - porta - parede - cortina - porta de armário. 
III. Se uma parede tem um móvel encostado, o que vale é a superfície do móvel e não a 
parede. 
IV. Se uma janela tem cortina, defina: 
- a cortina sempre fechada, só conte a cortina 
- a cortina meio aberta, conte metade cortina, metade janela. 
- cortina ora aberta, ora fechada, faça os cálculos para as duas situações. 
V. Se uma parede tem uma porta, desconte a porta. 
 
3. Montada a tabela, comece a preenchê-la. Inicialmente, calcule a área de cada superfície. Anote 
o valor na tabela. 
 
4. Procure na tabela de valores de coeficientes de absorção de cada superfície (tabela coeficientes 
de absorção) existente no fim destes passos e anote esses valores nas linhas e colunas 
correspondentes da sua tabela. 
 
5. Para cada frequência, multiplique a área da superfície pelo coeficiente de absorção. Os valores 
obtidos são as áreas equivalentes de absorção. 
6. Some as três ultimas colunas da tabela. E escreva a síntese: 
Áreas equivalentes de absorção das superfícies: 
a 125 Hz = 
a 500 Hz = 
a 1000 Hz = 
 
 
7. Pessoas, mesas e cadeiras também absorvem som. Assim, também devem ser levadas em 
conta. Por isso, anote as seguintes observações: 
Número de pessoas que estão no ambiente normalmente = 
Número de mesas que existem no ambiente= 
Número de cadeiras que existem no ambiente= 
As tabelas, no que se referem a pessoas, carteiras, cadeiras, mesas e etc., dada a dificuldade de 
calculo de suas áreas, já fornecem as áreas equivalentes por unidade, ou seja, por pessoa, por 
cadeira, etc. ( ver tabela coeficientes de absorção) 
 
Assim, preencha a tabela que segue: 
A área equivalente total você obtém multiplicando a área equivalente por unidade pelo numero 
de pessoas, cadeiras etc 
 
 
8. Após obter as áreas equivalentes de absorção das superfícies e das pessoas, mesas e cadeiras. 
Falta, agora, somar: 
 
 
9. Agora que já temos as áreas equivalentes de absorção a cada frequência, basta calcular o 
volume do ambiente: 
V = m³ 
e aplicar a fórmula de Sabine: 
T R = 0,16 . v / A 
para cada frequência. Após liste os resultados: 
TR 125 = s 
TR 500 = s 
TR 1000= s 
10. Para avaliarmos se os tempos de reverberação são adequados utilizaremos dois critérios: 1º 
através de tabela e 2º método gráfico. (VAMOS UTILIZAR O 1º MÉTODO – TABELA) 
 
1º MÉTODO (tabela): 
Tabela organizada por Luiz C. Prado (FAUUSP), baseada nos gráficos de Kenudsen: 
Tempos de reverberação ideais. 
FINALIDADE DO AMBIENTE
 
Para fazer uso desta tabela, procure o volume mais próximo do seu ambiente (na coluna 1 – 
VOLUME) e identifique a finalidade (ou uma atividade similar). Feito isso, basta ler o valor do 
tempo de reverberação ideal. 
 
ATENÇÃO: 
Esta tabela se refere a 500 Hz. 
Para 1000 Hz, utilizar o mesmo valor. 
Para 125 Hz, multiplicar o valor de 500 Hz por 1,4. 
 
11. Finalmente, compare os valores ideais do item 10 com os existentes (item 9). 
Se os valores forem próximos (diferença máxima de 0,1 s), tudo OK, caso contrário defina 
estratégias para correção e ajustes (selecione materiais de acabamento de acordo com a 
necessidade – aumento ou diminuição do tempo de reverberação) 
 
 
LUMINOTÉCNICA 
Iluminação e Arquitetura 
O ser humano não pode viver sem a luz. 
A luz regula nossos ritmos biológicos. 
Grande parte da percepção humana é visual. 
luminação – sempre presente , indissociavel da arquitetura. 
 
“a arquitetura como realização das necessidades e desejos do homem 
sempre trouxe dentro de si a preocupação com a luz, como possibilitar ao 
homem que cria aquilo que lhe é fundamental: a concretização de seus 
próprios sentimentos através do espaço-luz” (vianna e gonçalves, 2007) 
Arquitetura – relacionada com a própria história do homem. 
Relação fundamental entre forma e clima. 
Trajetória do sol – transformação – revelação – formas – luz e sombra. 
Arquitetura está relacionada com a própria história do homem. 
 
Grande pirâmide de Queóps (3000 a.c.) 
Revestimento – fina camada de cal – brilho – nascer e pôr do sol. 
Instrumento astronômico – marcando chegada solstício ou equinócio. 
 
 
Grande Pirâmide de Queóps 
(Terceira Dinastia, 2570-2500 
AC), Giza, Egito. Fotografia de 
Norman J. Johnston. 
 
Templos gregos eram baseados em um conjunto de princípios similares, 
Modelando o universo, mas expresso em uma geometria retilínea. 
Área murada cercada por uma sequência de colunas. 
Colunas – entre o santuário e a terra - entre luz divina interior e a luz mundana exterior 
Templos com entrada orientada para o leste – nascer do sol - iluminar o interior 
dourado ou de estatuário de pedra 
 
Luz terrena do sol faz com que da estátua do Deus emane - Luz divina 
 
Roma antiga (séc. I a.c. – II d.c.) 
Panteão (120 a 124 d.c.) 
 
 
Igrejas Católicas Medievais 
Sistema de símbolos - a luz do dia e a luz de velas revelava a representação da posse de 
Deus 
Igreja bizantina de S. Marco - Veneza (séc. IX - Reconstruída séc. XI) 
Interior da igreja é escuro, separado da cidade lá fora. 
Interação entre a luz divina e a luz terrena - dentro de uma construção – todos podem 
experimentar 
A luz dentro de S. Marco é luz divina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outro exemplo de utilização solene da luz – Arquitetura bizantina (330 a.c. a 1453 d.c.) 
Santa Sofia - Istambul (532) 
No mesmo período em que os mosaicos estavam sendo aplicados em S. Marco, a luz divina 
também se revelou dentro da catedral de Notre Dame (1194-1220) na França 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arquitetura gótica 
(séc. XII A XVIII) 
 
 
Arquitetura Renascentista 
(séc. XV A XVI) 
 
 
 
 
 
 
 
Iluminação Na Arquitetura Colonial Brasileira 
(Séc. XVII – Séc. XIX) 
 
 
Arquitetura e Clima 
 
Clima – do grego para "inclinação", referindo o ângulo formado pelo eixo de rotação da 
terra e seu plano de translação. 
Conjunto dos fenômenos meteorológicos (temperatura, pressão atmosférica, ventos, 
precipitações) que caracterizam o estado médio da atmosfera 
 
Tipos de clima no mundo 
Considerando o homem como o centro de atenção, os fatores são: 
• radiação solar 
• temperatura 
• umidade 
• ventosTipos de clima no mundo 
 
Principais tipos são: 
• quente – seco 
• quente – úmido equatorial e costeiro tropical 
• quente – úmido subequatorial 
• temperado 
• polar 
• de montanhas (ou de altitude) 
 
 
Luz, Clima e Arquitetura 
A disponibilidadede luz natural está ligada às características da abóbada celeste do 
lugar – latitude e nebulosidade local – caracteriza a fonte de luz (variação e potência) 
Arquitetura espontânea 
• Compreensão das determinantes climáticas 
• Bom uso dos recursos materiais disponíveis 
• Determinantes culturais 
 
Radiação e percepção 
Luz é uma radiação eletromagnética com propriedades de onda e partícula. 
Faixa visível: 380nm a 560nm. 
 
Luz e cor 
cor luz – provém de uma fonte luminosa. 
cor pigmento – tinta, lápis de cor . 
como possuem propriedades físicas diferentes – têm 
cores primárias próprias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
círculo cromático 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
estrela cromática 
esfera cromática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
árvore cromática – sistema munsell 
Luz e Percepção 
 
A luz é uma radiação eletromagnética a que o olho humano é sensível. 
O olho é o orgão responsável em dectar e proporcionar o sentido da 
visão. 
Nossa retina é constituida por dois tipos de celulas: os cones e os 
bastonetes que nos proporcionam a percepção de cor e luminosidade. 
 
 
Visão 
 
 fotópica escotópica 
 central periférica 
 cones bastonetes 
 nitidez movimentos 
 cor branco e preto 
 dia noite 
 
• cones, aproximadamente sete milhões em cada uma das retinas - dia 
• bastonetes, aproximadamente 130 milhões em cada retina - noite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nossos sentidos nos conectam com o mundo e esta percepção de mundo 
é construída através de estímulos que recebemos diariamente. Os nossos 
sentidos atuam em conjunto para a percepção. A percepção visual 
desempenha um papel fundamental nesse processo. 
 
Adaptação permite que o olho funcione dentro de uma grande faixa de 
iluminação. O tempo de adaptação é variável, sendo mais rápida a 
adaptação ao ambiente mais iluminado, após a exposição à iluminâncias 
baixas do que ao contrário. 
Acomodação – ajuste espontâneo do foco de objetos em diversas 
distâncias. Esta capacidade de acomodação do olho humano diminui com 
a idade. 
Acuidade visual – capacidade de distinguir objetos e detalhes próximos 
entre si ou em função da distância do objeto e do observador. Depende da 
quantidade de luz. 
 
 
Luz e Saúde 
 
Ritmo biológico do ser humano - ciclo circadiano.responsável por nos 
colocar em estado de alerta e atenção ou relaxamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luz 
• Influencia nos principais ritmos biológicos (ou ritmos de tempo) 
• Influencia na saúde física e mental 
 
Fototerapia 
• Utilizada (pela primeira vez em 1900) para o tratamento de 
raquitismo 
• Há mais de 40 anos para o tratamento de icterícia em recém-
nascidos 
• Distúrbio afetivo sazonal (sad – seasonal affective disorder) – 
documentada pela primeira vez em 1984. 
 
A cromoterapia, utilização da cor no tratamento terapêutico, já existia em 
diversas culturas antigas como a grega, chinesa, egípcia, indianas e outras, 
e procura através da cor solucionar problemas do corpo e da alma. 
A cronoterapia – espécie de fototerapia adotada para o controle e/ou ajuste 
dos ciclos biológicos em trabalhadores noturnos que provoca alteração no 
ritmo circadiano (jet-lag) – para a regulação da produção desses hormônios 
e a diminuição da incidência de doenças. 
Melatonina – hormônio considerado um marcador da fase e da amplitude 
dos ritmos circadianos (age como um mensageiro circadiano para outros 
sistemas regulatórios do organismo) 
• Produzida a noite e sob condições de escuridão. 
• Limita o crescimento de certos tipos de câncer. (Rea, 2009) 
PRINCIPAIS GRANDEZAS 
São nove as principais grandezas fotométricas relativas à iluminação 
natural e artificial: 
• Fluxo Energético 
• Fluxo Luminoso 
• Intensidade Luminosa 
• Iluminância 
• Eficiência Luminosa 
• Luminância 
• Contraste 
• Índice de Reprodução de Cor 
• Temperatura de Cor 
FLUXO ENERGÉTICO 
• Fluxo Energético (P) 
 Também conhecida como POTÊNCIA. 
 Quandidade de energia concedida por uma fonte. 
 Unidade: WATTS (W) 
FLUXO LUMINOSO 
• Fluxo Luminoso  
 Radiação total emitida por uma fonte luminosa. 
 (natural ou artificial) 
 Unidade: Lumens (lm) 
EFICIÊNCIA LUMINOSA 
• Eficiência Luminosa 
 Relação entre o fluxo luminoso (em lúmen emitido por uma fonte) 
 e seu fluxo energético (potência consumida em Watts). 
 Também conhecido como rendimento ou eficácia. 
 Unidade: lumen / watt 
INTENSIDADE LUMINOSA 
• Intensidade Luminosa 
 É o fluxo luminoso irradiado em uma única direção 
 (em um determinado ponto) 
 Unidade: candela (cd) 
ILUMINÂNCIA 
• Iluminância (E) 
 A luz proveniente de uma fonte luminosa (Fluxo Luminoso) 
 relacionada à superfície (área) onde ela incide define a 
grandeza conhecida por iluminância. 
É o resultado do Fluxo Luminoso por unidade de área. 
Unidade: Lux 
 
 
E = ᶲ 
 A 
 
Exemplos de níveis de iluminâncias (recomendação segundo NBR 5413): 
 
- Escritório de contabilidade: 500 lux 
- Sala de desenho técnico: 1.000 lux 
- Relojoaria: 2.000 lux 
- Sala de cirurgia: 20.000 lux 
 
 
NÍVEIS DE ILUMINÂNCIAS RECOMENDADAS PELA NORMA 
BRASILEIRA 
NBR ISSO 8995 
 
 
LUMINÂNCIA 
• Luminância 
 Sensação luminosa decorrente da reflexão dos raios luminosos que 
incidem em uma superfície. 
 Unidade: cd / m² 
 
 
PORTANTO: 
 Iluminância – luz incidente (não visível) 
 Luminância – luz refletida (visível) 
 
CONTRASTE 
• Contraste 
 Diferença relativa entre as luminâncias de um objeto e seu entorno. 
 
ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR (IRC) – * ver catálogos de fontes de luz 
• Índice de Reprodução de Cor 
 Capacidade da fonte de luz em reproduzir as cores dos 
 objetos ou superfícies. 
Escala quantitativa ( IRC varia de 0 a 100) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMPERATURA DE COR - * ver catálogos de fontes de luz 
• Temperatura de Cor 
 Aparência de cor de uma fonte de luz em comparação à cor 
 emitida pelo corpo negro (que muda de cor de acordo 
 com a mudança da temperatura)’ 
 É dado em graus Kelvin: (K) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS FATORES que devem ser considerados para a adequada realização 
das tarefas visuais: 
• Vista e visão 
• Tarefa a ser desenvolvida 
• Campo visual 
• Nível de iluminância 
• Luminância e constrastes 
• Ofuscamentos 
 
VISTA E VISÃO 
• Percepção visual / Olho humano 
• Exemplos de iluminâncias: 
• Céu descoberto 100.000 lux 
• Céu encoberto 20.000 lux 
• Plano de Trabalho (bem iluminado) 1.000 lux 
• Iluminação pública (vias) 20 a 40 lux 
• Noite de lua cheia 0,25 lux 
 
 
TAREFA A SER DESENVOLVIDA 
A precisaõ da tarefa depende de: 
 Tamanho do detalhe 
 Controle da luminância e cor do detalhe 
 Velocidade e cuidado no desempenho da tarefa 
 Tempo de duração da tarefa 
 
 
 
CAMPO VISUAL 
 Campo visual central – cones (fóvea central) 
 Campo visual periférico - bastonetes 
 
 
NÍVEL DE ILUMINÂNCIA (Iluminação) 
Industrialização – grande utilização da luz natural 
2ª Guerra Mundial – impulso no desenvolvimento de fontes de 
luz artificial mais eficientes (pouco antes do início da guerra 
USA – lâmpada fluorescente – 4 vezes mais eficiente 
que as lâmpadas incandescentes) - altos níveis de iluminação 
2.000 lux / 24 horas . 
 
OFUSCAMENTOS 
Direto – visão direta da fonte de luz 
Indireto – reflexão 
Pode ser perturbador (desconfortável) ou inibidor (desabilitador) 
Sensação 
 
 
REQUISITOS DE UMA BOA VISÃO 
Níveis de iluminância e sua distribuição 
Luminâncias e contrastes 
Tarefa visual – características 
 
 
FONTES DE LUZ ARTIFICIAIS 
 
LÂMPADAS 
Lâmpada – dispositivo elétrico que transforma energia elétrica em energia 
luminosa e térmica (incandescente), construida por Thomas Alva Edison em 
1879, para serproduzida em escala industrial. 
 
Características luminosas e econômicas 
 Eficácia – rendimento (lumens/W) 
 Vida útil – tempo de funcionamento até a depreciação de 25% do 
fluxo (Quantidade de acionamentos pode diminuir a vida útil) 
 Temperatura de cor – K (Cor percebida) 
 Índice de Reprodução de Cor - % relativo à similaridade com o 
espectro natural (Fidelidade) 
 
 
Grupos De Lâmpadas: 
 
• Irradiação por efeito térmico: (incandescente comum, refletora e 
halógenas) 
• Descarga em gases e vapores: (fluorescentes, vapores de mercúrio, 
de sódio e metálico) 
• Indução Magnética 
• GÁS NEÓN 
• CÁTODO FRIO 
 
 Grupos De Lâmpadas: 
• Irradiação por efeito térmico (incandescentes – sua fabricação está 
descontinuada): 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Osram 
 
• Descarga em gases e vapores: (fluorescentes, vapores de mercúrio, 
de sódio e metálico) 
 
Fluorescentes 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Osram 
 
Vapores – mercúrio | metálico | sódio 
 
 
Fonte: Osram 
 
 
LED (Light Emitting Diode) 
LED – diodo emissor de luz – dispositivo eletrônico que transforma energia 
elétrica em energia luminosa. 
 
São fornecidos em diversos modelos e conformações 
 
Fitas | módulos | placas | e em formato de lâmpadas (soquete E27, 
GU10) 
 
 
 
 
Fonte: Osram 
 
 
 
CUIDADOS NA ESPECIFICAÇÃO DAS FONTES DE LUZ 
 
Quando se especifica as fontes de luz em um projeto deve-se levar em 
conta todas as suas características: eficácia – (principalmente se tratando 
de ambientes que funcionam longos períodos), vida útil – (quando a altura 
do pé-direito é grande e necessita de trocas constantes – utiliza-se 
lâmpadas com maior vida útil), índice de reprodução de cor – (quando a 
fidelidade é necessária, por exemplo: galerias de arte, lojas, agências de 
publicidade, restaurantes, e venda de alimentos) e temperatura de cor – 
(que contribui para a atmosfera que se pretende: excitante ou relaxante) 
 
 
Concepção do projeto de luminotécnica. 
Organizar de maneira prática as bases de três premissas: 
 
• O que iluminar – selecionar elementos relevantes para o 
entendimento da arquitetura | ambientação. 
• Como iluminar – relacionar os elementos selecionados com a sua 
hierarquia. O brilho atrai o olhar – balanceamento (luz e sombra). 
• Com o que iluminar – definição das tecnologias que irão responder 
como os objetos serão apresentados ao olhar. Conformação da luz – 
abertura de fachos das fontes de luz, direcionamento, etc. 
 
 
 
 
Métodos de Cálculos: 
 Método dos fluxos totais (método dos lúmens) 
 Método ponto por ponto 
 Método Simplificado (aproximações | pré-dimensionamento) 
 
 
 
 
 
Método dos fluxos totais (método dos lúmens) 
 
Fórmula para obtenção do fluxo total (lúmens) de todas as fontes de luz 
 
 
 
 
Onde: 
F = Fluxo total (de todas as fontes de luz) 
E = Iluminância pretendida (recomendação normativa) 
a = largura do ambiente 
b = comprimento do ambiente 
n = Fator de Utilização (pode aparecer em algumas publicações como “FU”) 
d = Fator de depreciação (manutenção | limpeza do ambiente) 
FFL = Fator de Fluxo Luminoso ou “balast factor” – está relacionado ao 
sistema de acionamento da fonte de luz (reatores). Implica no aumento ou 
diminuição do fluxo luminoso da fonte de luz e consequentemento na sua 
vida útil. (Variação de 90% (0,90) a 110% (1,1) – utilizaremos como 
convenção o fator 100% (1,00), por essa razão retiramos da fórmula. 
 
 
 
 
 
 
1º passo 
Definição do nível de iluminância desejado | necessário - (E) 
(Tabela de recomendações – NBR ISO 8995) 
Exemplo – Iluminâncias por classes de tarefas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2º passo 
Cálculo Índice do Recinto (K ou RCL) 
ATENÇÃO - a folhas fotométricas dos fabricantes de luminárias fornecem 
os fatores de utilização (n ou FU) em tabelas que podem estar formatadas 
em índices de recinto K ou RCL: 
 
 
 Ou 
 
 
3º passo 
Definição do Fator de Utilização (n ou FU) 
(Obter nas tabelas | folhas fotométricas das luminárias) 
 
É fundamental a definição das cores dos acabamentos: 
Teto | Parede | Piso (nessa ordem). 
A refletância dessas superfícies é indicada na tabela em percentuais: 70%, 
50%, 30% (20% ou 10%). Algumas tabelas apresentam os algarismos que 
representam os percentuais, ou seja: 
7 – Para 70%; 
5 – Para 50%; 
3 – Para 30% ou (2 – Para 20% e 1 – Para 10%) 
 
Por exemplo, um teto de cor branca corresponde a uma refletância de 70%, 
expressa na tabela como 7, as paredes brancas a uma refletância de 50%, 
ou seja, 5 e um piso escuro, 20%, na tabela 2, portanto o fator de utilização 
estaria na coluna 752 (70 | 50 | 20), na linha correspondente ao K ou RCL 
calculado no passo anterior. 
 
Atenção 
Já os fatores de utilização (n ou FU), podem aparecer já expressos em 
índices prontos para ser inseridos na fórmula ou então em números que 
ainda deverão ser transformados – geralmente nesses casos há uma 
observação no corpo da tabela indicando essa necessidade de 
transformação, geralmente assim descrito: 
“FATOR DE UTILIZAÇÃO (X 0,01), ou seja, deve-se pegar o número 
obtido na tabela e multiplica-lo por 0,01. Por exemplo, se nessa tabela o 
Fator de Utilização encontrado é 54 (Deve-se multiplicar por 0,01) e o índice 
que será utilizado na fórmula será 0,54. 
 
 
 
Exemplos: 
 
Folha fotométrica onde os fatores de utilização são fornecidos através do 
índice de recinto (K) 
 
 
Se, por exemplo, no cálculo o K obtido é = 1,50 
 
Para Teto – Branco (maior refletância) | Parede Branca (maior refletância) e 
Piso Cinza (refletância média – veja que na tabela não há variação nas 
refletâncias do piso, portanto sua cor, nesse momento, para obtenção do 
Fator de Utilização é irrelevante). 
 
 
 
 
 
Folha fotométrica onde os fatores de utilização são fornecidos através do 
índice de recinto (RCL) 
 
Se, por exemplo, no cálculo o RCL obtido é = 2 
 
Exemplo – Refletâncias: (752) 
Teto (branco) 70% (7) 
Parede (branca) 50% (5) 
Piso (escuro) 20% (2) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Fator de Utilização (n | FU) será = 0,67 
 
 
 
 
 
 
 
Se, por exemplo, no cálculo o RCL obtido é = 5 
 
Exemplo – Refletâncias: (532) 
Teto (cinza) 50% (5) 
Parede (cinza) 30% (3) 
Piso (escuro) 20% (2) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Fator de Utilização (n | FU) será = 0,45 
 
 
 
 
 
 
4º passo: 
Cálculo do Fluxo Luminoso Total por Ambiente (F) 
 
 
 
 
 
Onde: 
F = Fluxo total (de todas as fontes de luz a ser obtido) 
 
E = Iluminância pretendida (recomendação normativa – NBR ISO 8995) 
 
a = largura do ambiente 
 
b = comprimento do ambiente 
 
n = Fator de Utilização (pode aparecer em algumas publicações como “FU”) 
 
d = Fator de depreciação (manutenção | limpeza do ambiente – tabela *) 
 
FFL = Fator de Fluxo Luminoso ou “balast factor” – está relacionado ao 
sistema de acionamento da fonte de luz (reatores). Implica no aumento ou 
diminuição do fluxo luminoso da fonte de luz e consequentemente na sua 
vida útil. (Variação de 90% (0,90) a 110% (1,1) – utilizaremos como 
convenção o fator 100% (1,00), por essa razão retiramos da fórmula. 
 
 
 
 
 
* Tabela para d = fator de depreciação 
(Utilizaremos genericamente: 0,80 – Limpo e 0,60 – Sujo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMBIENTE PERÍODO DE MANUTENÇÃO 
 2.500 hs 5.000 hs 7500 hs 
Limpo 0,95 0,91 0,88 
Normal 0,91 0,85 0,80 
Sujo 0,80 0,66 0,57 
Exemplo de Planilha para Sistematização do Cálculo 
(Pode ser produzida em Excel) 
 
Obs.: Veja que nesse exemplo o Índice de Recinto considerado é K 
O resultado do cálculo através da formula abaixo será o fluxo total (F) – 
todas as fontes de luz utilizadas (lâmpadas ou módulos de LED, por 
exemplo), para a iluminância desejada (E). 
 
 
 
 
 
Para se obter o número de lâmpadasnecessárias – esse valor (F) do 
Fluxo Total – deverá ser dividido pelo fluxo (lúmens) nominal de uma 
lâmpada (obtido no catálogo do fabricante de lâmpadas ou LED 
selecionado). 
Para se obter o total de luminárias utilizadas no ambiente, o número de 
lâmpadas obtido deverá ser dividido pelo número de lâmpadas 
utilizadas pela luminária selecionada. (ATENÇÃO é aconselhável que o 
arredondamento desse número seja feito para cima). 
 
 
5º passo: 
Distribuição das luminárias 
 
Após se obter o número de luminárias que serão utilizadas no ambiente, 
procurar uma relação entre largura e comprimento do ambiente que 
satisfaça adequadamente a distribuição homogênea da iluminação. 
Atenção para a distribuição das luminárias | a equidistância entre as 
luminárias irá garantir a homogeneidade da iluminância. 
 
Método ponto por ponto 
Cálculo da Iluminância (E) em um ponto no Plano Horizontal. 
 
 
 
 
Onde: 
E = Iluminância desejada (a ser obtida) 
 
I = Intensidade luminosa lançada verticalmente sobre o ponto de 
interesse (consultar o catálogo dos fabricantes da fonte de luz a seu 
utilizada) 
d = Distância entre a fonte de luz e o ponto considerado 
α = Ângulo de giro para orientação do facho da fonte de luz. 
(Observação: no ângulo 0º - cosseno é igual a 1) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Osram 
Exemplo de Aplicação 
Iluminação de destaque – plano horizontal 
Seleção do sistema: 
Lâmpada Refletora ALR 111 | OSRAM | 50 W/12V/ 8 GRAUS 
Intensidade luminosa: I = 20.000 cd 
(Observação: no ângulo 0º - cosseno é igual a 1, portanto se pode 
eliminar do cálculo a indicação do cosseno) 
 
 
 
 Portanto 
 
 
 
 Fonte do croqui: arquivo do autor Fonte da Imagem: Osram 
 
 
Método ponto por ponto 
Cálculo da Iluminância (E) em um ponto no Plano Vertical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde: 
E = Iluminância desejada (a ser obtida) 
 
I = Intensidade luminosa lançada verticalmente sobre o ponto de 
interesse (consultar o catálogo dos fabricantes da fonte de luz a seu 
utilizada) 
H ou d = Distância entre a fonte de luz e o plano do ponto considerado 
α = Ângulo de giro para orientação do facho da fonte de luz em relação 
ao plano do plano do ponto. 
 
 
 
Exemplo de Aplicação 
Iluminação de destaque – plano vertical 
Seleção do sistema: 
Lâmpada OSRAM DECOSTAR ECO 35W/12V/36° 
Intensidade luminosa: I = 2.200 cd (catálogo da Osram) 
H ou d = 1,40 m 
α = 30º 
 
 
 
 
Portanto 
 
 (421 Luz por Lâmpada | luminária) 
 
 
 
 
 
 
 
 
30° 
 
Fonte da Imagem: Osram 
 
Método Simplificado (aproximações | pré-dimensionamento) 
Indicado para: 
 Espaços simples (teto branco, paredes médias) 
 Luminárias e equipamentos comuns 
 
1. Determinar a área do ambiente; 
 
2. Selecionar a fonte de luz adequada ao uso – obter a potência da 
lâmpada no catálogo do fabricante. 
 
3. Definir a luminária – Modelo, dimensões e quantidade de lâmpadas 
que são utilizadas por luminária. 
 
4. Para o Cálculo: 
 Multiplicar a área do local pela densidade de potência (W/m²) – 
atenção para selecionar a tecnologia (lâmpada) corretamente. 
 Dividir o valor obtido pela potência das lâmpadas 
 O número obtido é o número de lâmpadas/luminárias necessário. 
 
5. Fazer a distribuição das luminárias no ambiente 
Caso seja necessário alterar a quantidade de lâmpadas | 
luminárias – arredondar para cima. 
 
 
 
Tabela de Densidade de Potências para o Cálculo Simplificado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de Aplicação - exemplo 1 
 
Sala de Aula – Área = 49 m² 
 Iluminância recomendada: 500 Lux 
 Lâmpadas indicadas – fluorescentes tubulares 32 W 
 (FT – na Tabela) - 12 W/m² 
 Luminária selecionada para a instalação: 
Modelo retangular simples para 2 lâmpadas 
Com refletor e aletas brancas com duas lâmpadas 
2x32W = 64W 
 
 
Cálculo 
1º Passo: 
• Multiplicar a área pela densidade de potência (W/m²) 
49 m² x 12 W/m² = 588 W 
2º Passo: 
• Dividir o valor obtido pela potência das lâmpadas 
• 588 ÷ 64 = 9,18 luminárias - cada luminária utiliza 2 lâmpadas 
Pode ser arredondado para 10 luminárias, pensar em uma 
distribuição homogênea da luz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de Aplicação - exemplo 2 
Auditório simples de uma escola – Área = 300 m² 
 
 Iluminância geral recomendada: 100 Lux 
 Lâmpadas propostas: 
1. Halógenas PAR 30/75W (1 ª Possibilidade) 
Ou 
2. Halógenas PAR 38/90W (2 ª Possibilidade) 
 (HAL – na Tabela) – 10 W/m² 
 Luminária selecionada para a instalação: 
 Projetor orientável | spot para 1 lâmpada (prever dimerização) 
 
 
Cálculo 
1º Passo: 
• Multiplicar a área pela densidade de potência (W/m²) 
300 m² x 10 W/m² = 3000 W 
2º Passo: 
• Dividir o valor obtido pela potência das lâmpadas 
 
1 ª Possibilidade: 
• PAR 30 / 75W (facho de 30º de abertura) 
 3000 ÷ 75 = 40 luminárias, cada luminária utiliza 1 lâmpada 
2 ª Possibilidade: 
• PAR 38 / 90W (facho de 30º de abertura) 
 3000 ÷ 90 = 33 luminárias, cada luminária utiliza 1 lâmpada

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