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NATAL, RN - 2022.2 A P L I C A Ç Ã O D E C O N F O R T O L U M Í N I C O E M P R O J E T O Centro universitário FACEX - UNIFACEX Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: ESD Conforto Ambiental II Prof.: Felipe F Monteiro Aluna: Vitória Regina Marques de Oliveira UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // A P L I C A Ç Ã O D E C O N F O R T O L U M Í N I C O E M P R O J E T O O B J E T I V O S Apresentar projetos com soluções projetuais para promover principalmente estratégias de iluminação natural, mas também sombreamento e ventilação natural aplicados a projetos hospitalares e projetos de edifícios comerciais. Para isso foram elencados os edifícios: Hospital Sarah Kubitschek no Rio de Janeiro, Hospital Sarah Kubitschek em Salvador e o Beijing Greenland Center. 0 2 João Filgueiras Lima, o Lelé se destaca como um arquiteto que aplicacava em obras suas estratégias de ventilação e iluminação natural. Ele integrava princípios funcional, econônicos e ambientais, alcançando redução de custos da obra, como também menor gasto com energia elétrico, ao mesmo tempo em que projetava espaço agradável e mais humanizado (LUKANTCHUKI, 2010). Por esses motivos, para fins desssa pesquisa aqui será abordado o grande destaque da produção arquitetônica de Lelé, os hospitais da Rede Sara, considerados verdadeiros exemplos de arquitetura bioclimática, entre eles o hospital do Rio de Janeiro (figura 1) e o hospital de Salvador (figura 2). UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // H O S P I T A I S D A R E D E S A R A H 0 3 Figura 1. Hospital Sarahdo Rio de Janeiro, acervo CTRS (2008). Figura 2. Hospital Sarahdo de Salvador, acervo CTRS (2008). O primeiro projeto apresentado nessa pesquisa é complexo hospitalar do Rio de Janeiro, este conta com aproximadamente 55.000m². Uma obra marcada pela racionalização e industrialização, feita com um sistema pré-fabricado misto de estrutura metálica e vedação em argamassa armada (LUKANTCHUKI, 2010). Como as temperaturas da cidade em que o edifício estar localizado ao longo do ano são predominantemente altas, a melhor estratégia foi a adoção de ventilação natural, tanto para reduzir temperaturas, quanto para o conforto térmico e menor gasto energético. UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 0 4 P R I N C I P A I S A T R I B U T O S E S T É T I C O S , F O R M A I S E F U N C I O N A I S H O S P I T A L S A R A H K U B I T S C H E K R I O D E J A N E I R O O Hospital Sarah Rio é um importante exemplo da interação forma, função e climatologia. O resultado da interação entre as tecnologias de construção com a sensibilidade do arquiteto evidencia-se, principalmente na relação entre a implantação do edifício e o uso de elementos técnicos, conseguindo através da priorização do clima local, aliar a característica de conforto ambiental a um resultado plástico harmonioso. Percebe-se no decorrer das obras de Lelé que os shed’s para as suas criações deixam de ser apenas um elemento técnico para se transformarem em um princípio indutor da forma do edifício, definindo sua volumetria, sua cobertura e os grandes pés-direitos. Figura 3. Hospital Sarahdo Rio de Janeiro, acervo CTRS (2008). Os sheds são elementos arquitetônicos que têm uma presença marcante em todos os hospitais da Rede Sarah; além do valor estético, eles dão unidade ao conjunto e caracterizam a linguagem arquitetônica de toda a Rede. (PERÉN, 1996, p. 162) 0 5 UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // Fi gu ra 4 . H os pi ta l Sa ra hd o R io d e Ja ne ir o, a ce rv o C TR S (2 00 8) . O grande destaque desse hospital são as coberturas. Os sheds (figura 5) são compostos por telhas e forros de alumínio, formando entre eles uma camada de ar de 15 cm de espessura. A cobertura é desconectada do restante da estrutura e independente dos espaços internos, formando um grande espaço de ar ventilado. Entre a cobertura externa em sheds e os ambientes internos, têm-se forros basculantes e arcos retráteis. Entre os sheds e os tetos móveis, existe um grande espaço de ar ventilado de cerca de 4 m que funciona como uma proteção térmica. Além disso, a localização das aberturas dos sheds em lados opostos – barlavento e sotavento - permite a renovação contínua do ar, evitando nesse espaço o acúmulo de ar quente. Além da grande camada de ar, tem-se também o uso da manta de bidim e a pintura da cobertura na cor branca. UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 0 6 Figura 5. Representação esquemática dos sheds, acervo CTRS (2008). C O B E R T U R A E A B E R T U R A S H O S P I T A L S A R A H K U B I T S C H E K R I O D E J A N E I R O UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 0 7 A ventilação e o conforto térmico dos ambientes são feito por três diferentes métodos. A primeira é uma ventilação natural realizada exclusivamente pelos basculantes do teto (figura 6). A segunda é a ventilação natural forçada (figura 7), feita através de dutos que insuflam para os ambientes internos, e é captado por unidades fancoil localizadas não pavimento técnico. Uma terceira opção é o insuflamento de ar frigorífico através dos mesmos dutos da alternativa anterior, impulsionado por unidades fancoil , que passar uma receber circulação de água gelada produzido na central frigorígena, também localizada sem pavimento técnico. Nesse caso, os basculantes e como aberturas dos tetos são fechadas através de sistema motorizado acionado por interruptores ou controle remoto (MONTERO, 2006; LUKIANTCHUKI, 2010). E S T R A T É G I A S A D O T A D A S Figura 6. Iluminação zenital na circulação do hospital. Fonte: Museu da Casa Brasileira Figura 7. Sheds com esquema de entrada da iluminação natural. Fonte: Museu da Casa Brasileira H O S P I T A L S A R A H K U B I T S C H E K R I O D E J A N E I R O UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 0 8 I N S E R Ç Ã O D A L U Z N A T U R A L O projeto possui um sistema de iluminação natural para todas as áreas, com exceção do centro cirúrgico e das salas de equipamentos, cuja necessidade de iluminação uniforme e direcional, entre outras razões técnicas, necessita do uso de luz artificial. A presença de um sistema de iluminação zenital (Figura 8) revela a intenção do autor do projeto em lançar mão de um melhor aproveitamento da iluminação natural na edificação ao mesmo tempo em que controla a sua incidência em horários e quantidades conforme a necessidade. As fachadas voltadas para o sentido Leste-Oeste vêm corroborar com este máximo de aproveitamento de iluminação visto que foram utilizados grandes beirais objetivando proteger as aberturas de grandes vãos de janelas. Os espaços compreendidos entre os forros e as coberturas, com distâncias que variam entre 4,00 e 8,00m, compõem, num só tempo, um grande colchão de ar ventilado e um difusor da luz solar que penetra pelos ―sheds‖ (Figura 9). Figura 8. Iluminação zenital na circulação do hospital. Fonte: Museu da Casa Brasileira Figura 9. Sheds com esquema de entrada da iluminação natural. Fonte: Museu da Casa Brasileira H O S P I T A L S A R A H K U B I T S C H E K R I O D E J A N E I R O UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 0 9 P R I N C I P A I S A T R I B U T O S E S T É T I C O S , F O R M A I S E F U N C I O N A I S H O S P I T A L S A R A H K U B I T S C H E K S A L V A D O R O arquiteto Lelé tira partido da funcionalidade, da estética e da técnica em suas obras, fazendo o edifício se relacionar com o entorno de forma simbiótica. Além de buscar uma relação direta entre o edifício e a natureza, ele também incorpora a arte aos ambientes (figura 10), entendendo que ela constitui o conceito de qualidade espacial que deve permear as instituições de saúde centrada no bem-estar dos usuários. Observa-se no Hospital Sarah Salvador a presença de painéis pré- moldados (figura 11) com elementosartísticos geométricos e coloridos, que são utilizados para delimitar diversas áreas, criando um cenário agradável nos percursos. Todos os Hospitais Sarah desenvolvidos por Lelé adotam os mesmos princípios básicos inerentes à sua concepção arquitetônica. Sua programação arquitetônica foi planejada de acordo com princípios como a racionalidade construtiva e funcionalidade. Com relação à humanização dos espaços, percebe-se a adoção da sustentabilidade e a aplicação do conforto ambiental à arquitetura – acústico, térmico. Figura 10. Fachada Hospital Sarah de Salvador, Vitruvius (2022). Figura 11. Painéis internos Hospital Sarah de Salvador, Vitruvius (2022). UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 0 9 Quanto aos aspectos formais, tem-se um elemento que dá forma ao projeto: um shed metálico curvo (figura 12 e 13), de grandes e diferentes extensões, e repetidos em dezenas de linhas paralelas. Suas únicas variações, além do formato padrão, são uma gerada por um maior vão da estrutura de aço que o sustenta, repercutindo na maior dimensão do shed; e outra criada pelo fechamento do shed a partir da continuidade da sua curva, quando não há a necessidade de ventilação. Já a funcionalidade preconizada por Lelé está diretamente relacionada à eficiência energética do edifício. Termo até então pouco enfatizado à época, a obra analisada pode ser considerada sustentável. O hospital passa longe da contradição existente em EAS, que em vez de promover a saúde, causa danos ao meio ambiente, prejudicando a mesma, a médio e longo prazo para a população circunvizinha. Figura 13. Shed Hospiltal Sarah de Salvador, Vitruvius (2022). Figura 12. Corte do projeto do Hospital Sarah de Salvador, Vitruvius (2022). UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 1 0 C O B E R T U R A E A B E R T U R A S H O S P I T A L S A R A H K U B I T S C H E K S A L V A D O R A cobertura é marcada pelo o uso dos sheds (figura14). Seguindo a meticulosa preocupação de Lelé com a qualidade do ar no interior da unidade de saúde, o arquiteto cria sheds com abertura em posição contrária aos ventos predominantes. Dessa maneira, é possível expulsar o ar quente da área interna do hospital através dessas grandes estruturas que funcionam como uma espécie de exaustor e auxiliam na renovação do ar. Às aberturas dos sheds são acrescentadas a cada certa distância testeiras verticais pintadas de amarelo, que prolongam a coberta curva, e entre elas são dispostas fileiras paralelas de brises horizontais. Desse modo, os ambientes internos ficam resguardados dos raios diretos do sol. O fechamento interno da abertura é feito por dois módulos verticais de esquadrias: o inferior é, em geral, uma veneziana metálica, e o superior, uma basculante de vidro. Porém, em certos ambientes, ambos módulos são basculantes de vidro, permitindo a completa interrupção da ventilação, mas sem privar o espaço de iluminação. Figura 15. Corte do projeto Hospital Sarah de Salvador, Vitruvius (2022) A extrema qualidade da construção se confunde nessa obra com sua indissolúvel relação com a arte. 1 3 UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // ARCHDAILY Fi gu ra 4 . H os pi ta l Sa ra hd o R io d e Ja ne ir o, a ce rv o C TR S (2 00 8) . UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 1 1 E S T R A T É G I A S A D O T A D A S H O S P I T A L S A R A H K U B I T S C H E K S A L V A D O R Ressalta-se a existência, neste hospital, de uma das marcantes propostas de Lelé para a Rede Sarah: as galerias de ventilação (Figura 15). Essas estruturas subterrâneas, que possuem 5 quilômetros de extensão, consistem em uma espécie de túnel de captação de ar com um funcionamento bastante preciso. Ao entrar nas galerias, o ar passa por diversas cortinas de água, auxiliando a reduzir, em até 2 graus celsius, a temperatura no interior do hospital. Sua estrutura é como uma grande contenção que recebe manutenção frequente, permitindo que o sistema renove e higienize o ar constantemente, contribuindo para a redução dos índices de infecção hospitalar. O ar frio, transportado nessas galerias, chega aos ambientes através de dutos verticais com grelhas metálicas (Figura 16). Esse ar empurra o ar quente do ambiente, que é expelido através dos sheds localizados na cobertura. Cabe ainda enfatizar que as galerias também funcionam como passagem para os cabeamentos e instalações de grandes equipamentos do hospital, chegando em cada ambiente através do piso. Figura 15. Galerias de Ventilação, Vitruvius (2022). Figura 16. Duto vertical de ventilação natural, Vitruvius (2022). A valorização do espaço aberto e a conexão com o meio exterior para regulação do ritmo circadiano são fatores especialmente relevantes na condição de acamado, que são muito bem trabalhados por Lelé. A previsão de espaços verdes possibilitando exercícios ao ar livre próximos aos leitos, a iluminação e ventilação natural controlável, colaboram não somente para a recuperação e conforto do paciente, mas também para a redução dos custos da atenção à saúde, podendo reduzir o tempo de internação pelo papel terapêutico do espaço e os custos de manutenção da edificação. Outro ponto importante é a região onde está localizado o edifício, esta é densamente arborizada e faz parte de um “pulmão verde”, de certa forma, o local ainda se encontra preservado, sem a presença de edificações verticalizadas no seu entorno imediato, de modo a bloquearem a frequência dos ventos dominantes e a iluminação natural em todo o complexo. O bosque natural associado ao paisagismo proposto pelo conjunto da obra são elementos que contribuem para as práticas terapêuticas de cura dos pacientes. UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 1 3 E S T R A T É G I A S A D O T A D A S H O S P I T A L S A R A H K U B I T S C H E K S A L V A D O R Figura 17. Área de reabilitação através da hidroterapia, Vitruvius (2022). Figura 18. Circulação, Vitruvius (2022). É importante pontuar que as referidas soluções arquitetônicas só se tornaram possíveis devido ao grande terreno onde o edifício hospitalar foi implementado, favorecendo o desenvolvimento do partido horizontal, qualidade defendida por Lelé, com aberturas, acessibilidade, visadas, paisagismo, ventilação e iluminação natural muito bem explorados. A valorização do espaço aberto e a conexão com o meio exterior para regulação do ritmo circadiano são fatores especialmente relevantes na condição de acamado, que também são muito bem trabalhados por Lelé. A previsão de espaços verdes possibilitando exercícios ao ar livre próximos aos leitos, a iluminação e ventilação natural controlável, colaboram não somente para a recuperação e conforto do paciente, mas também para a redução dos custos da atenção à saúde, podendo reduzir o tempo de internação pelo papel terapêutico do espaço e os custos de manutenção da edificação. UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 1 4 I N S E R Ç Ã O D A L U Z N A T U R A L H O S P I T A L S A R A H K U B I T S C H E K S A L V A D O R Figura 19. Varanda descoberta interligada às enfermarias. Vitruvius (2022). Figura 19. Área de reabilitação através da hidroterapia. Vitruvius (2022). UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 1 5 I N S E R Ç Ã O D A L U Z N A T U R A L H O S P I T A L S A R A H K U B I T S C H E K S A L V A D O R Esse aspecto é claramente evidenciado na área destinada à internação do Hospital Sarah Salvador, que prioriza a criação de enfermarias conectadas diretamente a uma extensa varanda descoberta (figura 19) composta por árvores e bancos de concreto pré-moldado, permitindo uma maior relação entre os pacientes e aplicando o conceito de que a promoção do contato com a natureza auxilia o processo de reabilitação de maneira mais acelerada. Há também a presença dos jardins (figura 20) no projeto do Hospital Sarah Salvador, este é mais um item que comprova a genialidade do arquiteto Lelé. O Hospital Sarah Salvador,por meio de suas varandas descobertas, pátios ajardinados e caminhos para a circulação pelas alamedas arborizadas é um modelo de hospital que oferece ambientes que podem ser considerados jardins terapêuticos ou jardins de cura, elemento indispensável na arquitetura hospitalar contemporânea. Figura 20 .Relação da circulação interna com a vegetação. Vitruvius (2022). Beijing Greenland Center é um edifício referencial e altamente sustentável de uso misto, a torre de 260 metros de altura e 55 pavimentos prioriza a sustentabilidade e eficiência. Foi revestida por uma fachada envidraçada prismática trapezoidal que gera um auto-sombreamento para melhorar o desempenho ambiental do edifício. UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // B E J I N G G R E E N L A N D C E N T E R 1 6 Figura 21. Beijing Greenland Center. SOM (2016). A equipe de projeto buscou criar uma torre elegante e chamativa por meio da exploração da interação entre formas simples, luz e sombra. Em resposta aos céus nublados de Pequim, a torre captura e reflete luz natural para animar o bairro que a rodeia. O edifício é habilitado a múltiplos programas - escritórios e apartamentos - e conecta-se a um anexo comercial de vários pavimentos. O design procurou criar uma torre elegante e atraente, explorando as interações entre forma simples, luz e sombra. O padrão fascinante da fachada é formado pela técnica de escultura de baixo relevo: a função de módulos trapezoidais isósceles funcionando como prismas, capturando a luz e refratando-a para criar um jogo de luzes e sombras. A pele trapezoidal aumenta o rendimento do edifício, proporcionando um auto-sombreamento com economia de energia em todas as faces. UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 1 7 B E J I N G G R E E N L A N D C E N T E R P E Q U I M P R I N C I P A I S A T R I B U T O S E S T É T I C O S , F O R M A I S E F U N C I O N A I S Figura 22. Beijing Greenland Center. Arch daily (2016). https://www.archdaily.com.br/br/tag/pequim Este edifício conta com uma fachada completamente espelhada, o que permite que os raios solares incidam por todo o edifício. Além disso, o edifício também reflete a luz, iluminando os arredores e fazendo com que ele não aqueça ao longo do dia e se mantenha confortável sempre. Conforme a luz incide sobre o edifício, cria um jogo de luz e sombra que faz com que o prédio se destaque. Isso também o torna mais sustentável, pois a luz natural é capaz de iluminar muito bem as diferentes salas que a construção abriga. A fachada diferenciada também ajuda a manter a iluminação mais controlada, tornando-a mais eficiente e agradável. O projeto visa alcançar uma redução de 30% no uso de energia e consumo de água em comparação com a linha de base, utilizando recursos sustentáveis, como um sistema de automação predial de controle digital direto, uma roda de recuperação de calor, bombas de velocidade variável para aquecimento e resfriamento e um economizador para resfriamento evaporativo. UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 1 7 B E J I N G G R E E N L A N D C E N T E R P E Q U I M E S T R A T É G I A S A D O T A D A S Figura 23. Beijing Greenland Center. Arch daily (2016). A torre é revestida por uma intrincada cortina de vidro trapezoidal que cria uma textura tecida de luz e sombra. Os módulos de vidro repetidos ondulam, proporcionando auto-sombreamento que melhora o desempenho ambiental do edifício. Um edifício comercial flanqueia a torre, apresentando um átrio central e grandes painéis de vidro translúcido, retilíneos, que preenchem o espaço com luz natural. Camadas de zonas de plantio formam espaços calmos e acolhedores para interação ao redor do centro, com uma variedade de espécies de plantas que produzirão uma variedade de cores e texturas ao longo das estações. UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 1 7 B E J I N G G R E E N L A N D C E N T E R P E Q U I M I N S E R Ç Ã O D A L U Z N A T U R A L Figura 24. Beijing Greenland Center. Arch daily (2016). Figura 25. Beijing Greenland Center. Arch daily (2016). UNIFACEXAPLICAÇÃO DE CONFORTO LUMÍNICO EM PROJETO // 1 4 REFERÊNC IAS https://www.researchgate.net/publication/340254783_QUALIDADE_DO_AR_ E_VENTILACAO_NATURAL_NO_AMBIENTE_HOSPITALAR_- _O_EXEMPLO_DO_EDIFICIO_SARAH_KUBITSCHEK_NO_RIO_DE_JANEIRO http://projedata.grupoprojetar.ct.ufrn.br/dspace/bitstream/handle/1234567 89/793/172.pdf?sequence=1 https://www.archdaily.com.br/br/01-36653/classicos-da-arquitetura- hospital-sarah-kubitschek-salvador-joao-filgueiras-lima-lele https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/15.178e179/8430 https://www.som.com/projects/beijing-greenland-center/ https://www.archdaily.com.br/br/800068/beijing-greenland-center-som https://casatres.arq.br/5-projetos-de-aproveitamento-de-luz-natural-na- arquitetura-corporativa/ https://igsmag.com/features/beijing-greenland-center-som-2/ https://casatres.arq.br/5-projetos-de-aproveitamento-de-luz-natural-na-arquitetura-corporativa/ https://casatres.arq.br/5-projetos-de-aproveitamento-de-luz-natural-na-arquitetura-corporativa/ https://casatres.arq.br/5-projetos-de-aproveitamento-de-luz-natural-na-arquitetura-corporativa/ https://casatres.arq.br/5-projetos-de-aproveitamento-de-luz-natural-na-arquitetura-corporativa/
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