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E_Book_Psicopedagogia Clínica

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Psicopedagogia Clínica (FPC) 
 
 
Sumário 
 
UNIDADE I – O atendimento psicopedagógico: o processo do diagnóstico. 
Introdução à Análise Funcional ........................................................................................ 3 
UNIDADE II – Análise Funcional........................................................................................ 8 
UNIDADE III – Anamnese .................................................................................................. 12 
UNIDADE IV – Os métodos e as técnicas na clínica psicopedagógica ................... 15 
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA .............................................................................................. 24 
 
 
UNIDADE I – O atendimento psicopedagógico: o 
processo do diagnóstico. Introdução à Análise 
Funcional 
 
Para começar assista ao vídeo abaixo: 
Crianças com Dificuldade de Aprendizagem (disponível no AVA – Ambiente 
virtual de Aprendizagem). 
 
 
Você pode verificar, no vídeo, que há diversos fatores que influenciam 
no processo da aprendizagem ocasionando dificuldades. 
 Do ponto de vista da Psicologia Cognitivo-Comportamental, o processo 
de aprendizagem surge no período infantil e, estende-se pela vida afora. 
 A aprendizagem está relacionada com a maneira como um indivíduo 
percebe o mundo a sua volta, como o compreende e pensa a seu respeito. E, 
junto a isso, acrescentam-se os fatores genéticos. 
 A teoria da aprendizagem, vista sob essa ótica, enfoca esse processo 
através das influências ambientais no processo de formação da inteligência das 
crianças, principalmente na capacidade de uma criança aprender por 
comportamentos recompensados e outros que são ou desencorajados ou 
punidos. 
Agora, leia o artigo disponível no AVA: 
Análise funcional do comportamento 
 
 O artigo aborda a questão do comportamento e o trata como algo que se 
mantém pelas consequências que ele provoca. O comportamento humano é 
adaptativo. Dessa forma, uma dificuldade de aprendizagem implica , na 
verdade, numa tentativa do organismo de se adaptar ao meio a qualquer preço. 
 
 Nesse contexto, a explicação de uma dificuldade não é causal. Veja as 
seguintes “explicações” do porquê uma criança não aprende; 
“ele é preguiçoso” 
“ele não quer” 
“ele tem tdh”, etc. 
 A pergunta que o profissional pode fazer, do ponto de vista da teoria 
comportamental para entender o comportamento humano e, no caso em 
questão, relativo às dificuldades de aprendizagem é: “o que aquela pessoa tem 
como consequência ao agir daquela maneira? Ou ao deixar de agir? 
 Pode-se perguntar também: “qual o valor que tem para aquela pessoa 
ao agir daquela maneira?” Perguntas como essas fazem alusão ao fato de 
que o ser humano em geral busca a sobrevivência da espécie, tal como no 
evolucionismo, e, no caso em questão, uma sobrevivência psicológica. 
 Sendo assim, todo comportamento, além de um porquê, também tem 
uma finalidade. Essa finalidade é o que o terapeuta precisa descobrir. O 
processo de descobrir a finalidade do comportamento em Psicologia 
Comportamental chama-se análise funcional. 
 
 
 
 
 
 A análise funcional vai trabalhar com a ideia da existência de que 
mudança na ou nas variáveis independentes agem sobre uma ou mais 
variáveis dependentes, o que constitui uma relação funcional. A mudança 
numa variável relaciona-se com uma mudança na outra. 
 O foco, nessa perspectiva, não é um agente causador da dificuldade, 
mas o processo da dificuldade. Sendo assim, não se falaria em dificuldade de 
aprendizagem, por mostrar algo estático, mas teria de se expressar numa 
linguagem diferente que mostre ação, pois a linguagem funcional é uma 
linguagem de processos. 
 
 A dificuldade de aprendizagem seria substituída, numa linguagem 
funcional, por “ João não lembra do que leu após ler uma página”. Percebe 
como a linguagem funcional capta o processo?! 
 Veja melhor o exemplo abaixo: 
“Uma criança, quando necessita de atenção ou ajuda, aprende a captar o olhar 
de adultos', 
O trecho acima podee ser reescrito de maneira mais aceitável da seguinte 
forma: 
'O contato visual com adultos pode se tornar um evento reforçador para uma 
criança, e também um evento discriminativo, estabelecendo a ocasião na qual 
essa criança poderá vir a ser reforçada por esses adultos'. 
Vejamos quais são os passos para chegarmos a essa transformação: 
1) A identificação e a descrição do efeito comportamental (definir 'captar o olhar 
de adultos' e 'necessitar de atenção ou ajuda' versus definir 'estabelecer 
contato visual com adultos'). 
2) A busca de uma relação ordenada entre variáveis ambientais (presença ou 
não de adultos, ocorrência de situações 'problema', intervenções do adulto, 
solução ou eliminação da situação 'problema', etc.) e variáveis 
comportamentais relacionadas (i.e., relevantes) a esse efeito (descrever as 
condições em que ocorrem os comportamentos mencionados em 1; descrever 
as variações nessas condições e possíveis variações nos comportamentos). 
3) A formulação de predições confiáveis baseadas nas descrições dessas 
relações (inferências ou suposições que serão postas a prova, 'presença de 
adultos' como estímulos discriminativos, 'intervenção de adultos' como 
estímulos reforçadores, etc.). 
4) A produção controlada desses efeitos predizíveis (demonstração da 
confiabilidade das inferências e/ou aplicação do conhecimento).” 
 
 
 Observa-se, pelo exemplo, que ficou claro que a linguagem cotidiana 
não é funcional e, não favorece a análise funcional. Como profissional que vai 
elaborar um trabalho, a linguagem mais apropriada para o estudo em questão 
seria uma linguagem de descrição de processos, como o exemplo quis mostrar. 
É uma linguagem científica. 
 O uso dessa linguagem vai exigir do profissional uma capacidade melhor 
de observar o que está ocorrendo para efetuar o processo de identificação das 
variáveis relacionadas ao comportamento. 
 Você observou que no exemplo acima, surgem as variáveis ambientais e 
as variáveis comportamentais. Quais as relações entre elas? Tem-se os 
seguintes elementos: qual ou quais as características do ambiente? Qual ou 
quais os comportamentos ocorridos no ambiente? Qual ou quais são os 
efeitos? 
 Tem-se aqui um tripé que vai caracterizar a análise funcional. Qual a ou 
as relações entre esses três elementos? Perceba como, ao observar dessa 
maneira, o foco vai de um aspecto causal para uma descrição de processos? 
 Nessa perspectiva, o profissional não atua sobre a causa específica, 
mas sobre a relação entre as variáveis. 
 Por último, veja abaixo o processo de execução! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE II – Análise Funcional 
 
Para começar assista ao vídeo abaixo: 
Análise Funcional do Comportamento 
 
 
Caro Psicopedagogo, vamos observar um pouco mais sobre a Análise 
Funcional. Essa é um termo empregado por psicólogos analistas do 
comportamento durante atividades científicas, didáticas e de prática clínica. 
Dada a sua ampla utilização, o termo pode ser utilizado pelo psicopedagogo 
num contexto clínico. 
 A análise funcional é definida como "a identificação de relações 
relevantes, controláveis, causais e funcionais aplicáveis a um conjunto 
específico de comportamentos-alvo para um cliente individual". Assim, 
psicopedagogo, temos os procedimentos de decidir qual informação coletar, 
delinear o problema, decidir que ações proceder e avaliar as mudanças. 
 O principal instrumento conceitual adotado para a realização de análises 
funcionais é o conceito de contingência: 
"uma formulação das interações entre um organismo e o seu meio 
ambiente, para ser adequada, deve sempre especificar três coisas: 1) a 
ocasião na qual ocorreu a resposta, 2) a própria resposta e 3)as 
consequências reforçadoras. As relações entre elas constituem as 
'contingências de reforço'" (Skinner, 1975, p.182). 
"é apenas quando analisamos o comportamento sob contingências 
conhecidas de reforço que podemos começar a ver o que ocorre na 
vida cotidiana. Fatos que inicialmente desprezamos começam a 
comandar a nossa atenção, e coisas que inicialmente nos chamavam a 
atenção aprendemos a descontá-las ou ignorá-las. (...) Em outros 
termos, não mais encaramos o comportamento e o ambiente como 
coisas ou eventos separados, mas nos preocupamos com a sua inter-
relação. Procuramos as contingências de reforço. Podemos então 
interpretar o comportamento com mais sucesso" (Skinner, 1975, 
p.184). 
 
 Decifrar um comportamento significa entender sua função, que pode 
variar de um indivíduo a outro, entre situações e no tempo. De forma geral, as 
funções relacionam-se com a aquisição da obtenção de estímulos apetitivos 
(ou prazerosos) ou a evitação de estímulos aversivos. 
 Psicopedagogo, seu papel é verificar as relações entre as variáveis e, 
sua relação com o trabalho. Quando você proceder à analise funcional de um 
comportamento, das informações sobre a vida atual e passada do indivíduo, e 
selecionar aquelas variáveis que parecem ter relação causal com o 
comportamento analisado, você só terá certeza da escolha das variáveis 
corretas após sua manipulação (em geral, durante a processo de intervenção). 
Assim, num primeiro momento, você estabelece hipóteses. 
 Por fim, observe abaixo um conjunto de quadros exemplos extraídos 
dos trabalhos de COSTA, Silvana Elisa Gonçalves de Campos & MARINHO, 
Maria Luiza, 2002. Os quadros apresentam um processo de Análise Funcional. 
 Observe a presença de três momentos: 
• identificação dos comportamentos antecedentes: pensamentos e 
acontecimentos; 
• descrição do comportamento atual; 
• consequências do comportamento atual: ganho, perda, punição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE III – Anamnese 
 
Para começar assista ao vídeo abaixo: 
EOCA- Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem 
 
 Nesse primeiro vídeo você poderá assistir sobre a EOCA, instrumento 
apresentado na disciplina Fundamentos de Psicopedagogia Institucional. 
Agora, assista ao vídeo abaixo: 
Anamnese Psicopedagógica: COMO? QUANDO? POR QUÊ? 
 
 
Após assistir aos vídeos disponíveis em seu AVA, leia as considerações 
a seguir. 
 É interessante que seja realizada uma entrevista com a família e, se for 
possível será abordado a escuta e a história de vida do indivíduo. (vide modelo 
de Anamnese disponível no AVA). Nesse, momento teremos a escuta dos 
pais, onde poderá ser observado o que eles pensam sobre as questões 
referentes à aprendizagem, o que eles esperam com a intervenção e outras 
demandas. 
 Você pode observar o relacionamento dos pais entre si e deles com a 
criança. Essa entrevista pode ser dividida em mais de uma sessão. Será 
 
investigado, da parte dos pais, o histórico pessoal e escolar da criança, 
incluindo desenvolvimento, interesses e traumas. 
 A entrevista pode e deve ser realizada também com a criança. Vale 
lembrar que em outra disciplina (Psicopedagogia Institucional), foi apresentado 
o modelo EOCA (Entrevista, Operativa Centrada na Aprendizagem). 
Você ouvirá a criança para saber, através dela, o motivo da consulta e 
também deixa-la consciente do processo. 
 Quando você está lidando com a questão da aprendizagem, o seu foco 
não é no diagnóstico, mas no levantamento do potencial do paciente. Isso é 
muito importante para que não sejam criados rótulos. Para levantar esses 
potenciais, a EOCA pode ser útil bem como as provas operatórias de Piaget ou 
outras formas de avaliação psicopedagógica. 
 Pode ser interessante que você realize o contato com a escola em 
algum momento da entrevista. Talvez, o melhor momento possa ser após a 
entrevista com os pais e a criança, para evitar ficar influenciado pela visão da 
escola, principalmente se esta for negativa. Aqui, o que se recomenda é a 
entrevista diretamente com a professora. E é importante que seja dada a 
devolutiva para a escola/professora. 
 Pode ser que ainda seja necessário o contato com outros profissionais 
para colaborar na construção de uma visão clara do que ocorre com a criança, 
inclusive, observando se ela já não apresenta um laudo. Outra questão é que 
o contato com algum outro profissional pode ocorrer ao longo da entrevista e, 
também no final, num processo de encaminhamento. 
 Em relação à devolutiva para a família, esta deve ser dada na forma de 
um resumo de como foi o processo, procurando oferecer as respostas às 
questões que foram levantadas pelos responsáveis. Nesse momento, o 
psicopedagogo apresenta a proposta de trabalho e os desafios que poderão se 
apresentar. 
 Em relação à entrevista, há que se destacar dois pontos quando esta é 
realizada com os responsáveis. Um deles é o conhecimento da gestação. O 
relato dos dados circunstanciais do período anterior ao nascimento poderá 
 
conter informações sobre as condições de gestação e a expectativa do casal 
em relação à criança. 
 Essas informações não precisam ser objetivas, mas, quando são dadas, 
contém uma carga afetiva. É nessa carga que você deve prestar atenção 
também. 
 Você pode perguntar qual a influência desse período na criança. Sem 
levar em consideração as diversas teorias, sabe-se que, a mãe influencia 
através dos seus sentimentos a criança. E, esta pode carregar esses 
sentimentos ao longo da vida. 
 Um detalhe importante em relação a anamnese: saiba que você pode 
mudar as perguntas, acrescentando, mudando ou tirando as questões. A 
anamnese não pode ser mais importante que as pessoas. 
 O outro ponto a ser destacado na entrevista é referente ao período após 
o nascimento, período a ser explorado pelo psicopedagogo no que diz respeito 
a relação mãe-filho. O que será buscado aqui é o que significou, o que 
representou essa experiencia e seu conteúdo emocional 
 Agora, observe o modelo de anamnese (disponível no AVA) e compare 
com outros que você possa encontrar e elabore o seu. 
 Para complementar seus estudos assista também ao vídeo: 
Roteiro de Observação - Parte I - Como iniciar um diagnóstico 
psicopedagógico 
 
 
UNIDADE IV – Os métodos e as técnicas na clínica 
psicopedagógica 
 
Para começar assista ao vídeo abaixo: 
Instrumentos de Avaliação Psicopedagógica 
 
O vídeo acima é bem interessante para situar o uso de testes por parte 
dos psicopedagogos, já que testes também são utilizados pelos psicólogos. 
Se você não assistiu, assista, pois é muito importante. 
Agora, assista também ao vídeo abaixo: 
Provas Operatórias de Jean Piaget 
Nesse vídeo você pode observar uma referência às provas operatórias, 
as quais irão avaliar os processos cognitivos relacionados às fases de 
desenvolvimento infantil em função do desenvolvimento do sistema nervoso. 
 O psicopedagogo, ao aplicar as provas, durante uma avaliação 
psicopedagógica, pode utilizar no mínimo três provas operatórias para avaliar o 
processo de raciocínio da criança. 
Agora, observe instruções detalhadas no vídeo abaixo: 
Psicopedagogia (Aplicação das PROVAS OPERATÓRIAS) 
Por último, observe as instruções abaixo: 
 
 
 
COMO UTILIZAR AS PROVAS OPERATÓRIAS DE PIAGET? 
 
PROVA 01 – CONSERVAÇÃO DE PEQUENOS CONJUNTOS DISCRETOS 
DE ELEMENTOS 
Pedir que o aluno escolha uma das coleções de fichas e as coloque lado a lado 
formando uma fila. Fazer em baixo a mesma fila com as fichas de outra cor. Perguntar 
ao aluno se estas filas têm a mesma quantidade. De acordo com a resposta da 
criança, separar as fichas da fila de baixo. 
Perguntar se as duas filas possuem a mesma quantidade. Por quê? Onde tem 
mais? Onde tem menos? 
Para uma resposta conservativa perguntar: se estalinha está mais comprida, 
será que ela tem mais fichas? 
Para uma resposta não conservativa perguntar: você se lembra que antes as 
duas fileiras tinham a mesma quantidade? O que você acha agora? 
Após dar as fichas vermelhas para o aluno e ficar com as azuis. Perguntar: 
Quantas fichas eu tenho na mão? Responda sem contar. Como você sabe? 
AVALIAÇÃO DA PROVA: 
NÍVEL 1 – CONDUTAS NÃO CONSERVATIVAS (ATÉ 4 OU 5 ANOS) – o 
aluno não conserva a noção quando modificada e poderá ou não resolver a questão 
de quantidade. 
NÍVEL 2 – CONDUTAS INTERMEDIÁRIAS (ENTRE 5 E 6 ANOS) – o aluno 
consegue conservar quando há a troca mas vacila na resposta e não justifica o 
porquê. Consegue resolver a questão da quantidade. 
NÍVEL 3 – CONDUTAS CONSERVATIVAS (APÓS 6 ANOS) – tem noção de 
identidade (tem o mesmo, não tirou e não botou nada), tem noção de reversibilidade 
(se esticar não muda) e tem noção de compensação (uma está com as fichas mais 
perto e o outro com as fichas mais longe). 
 
 
 
PROVA 02 – CONSERVAÇÃO DE QUANTIDADES DE LÍQUIDOS – 
TRANSVASAMENTO 
Fazer a criança constatar que os recipientes a serem usados são iguais. 
Colocar a mesma quantidade de líquido em duas garrafas iguais e pedir que ela 
coloque esta quantidade em dois copos diferentes. 
Perguntar para a criança se ela beber o que há no copo 1 e no copo 2 estará 
bebendo a mesma quantidade? 
Modificar a atividade para o uso de copos iguais e de garrafas diferentes. 
Colocar a água em dois copos iguais e passar para duas garrafas diferentes. Fazer a 
mesma pergunta novamente. 
AVALIAÇÃO DA PROVA: 
NÍVEL 1 – JULGAMNETOS OSCILANTES ENTRE CONSERVAÇÃO E NÃO 
CONSERVAÇÃO (ENTRE 5 E 6 ANOS) – predomínio da não conservação. 
Considera-se que tem mais no mais alto, oscilando as suas respostas (hora tem mais 
e hora tem menos). As justificativas dadas não são claras. 
NÍVEL 2 – CONDUTAS INTERMEDIÁRIAS OSCILANTES ENTRE 
CONSERVAÇÃO E NÃO CONSERVAÇÃO (ENTRE 6 E 7 ANOS) – oscila nas suas 
respostas principalmente pela contra argumentação. Melhoram as justificativas mas 
estas ainda não são bem claras. 
NÍVEL 3 – NOÇÃO CONSERVATIVA ( A PARTIR DE 7 ANOS) – realiza a 
operação, justifica e a resposta é mantida mesmo com a contra-argumentação. 
PROVA 03 – NOÇÃO DE QUANTIDADE DE MATÉRIA (QUANTIDADE 
CONTÍNUA) 
Faça as duas bolas de massa de modelar iguais. Pergunte para a criança: se 
fossem bolos e nos fossemos comer, estas duas teriam a mesma quantidade? O que 
devo fazer para ficarem iguais? 
Agora transforme uma das bolas em uma salsicha. Pergunte para a criança: 
será que tem a mesma quantidade na bola e na salsicha? Como você sabe? A 
salsicha é mais comprida que a bola? Ela tem a mesma quantidade? Você não lembra 
que as bolas tinham a mesma quantidade? O que você acha agora? 
 
E se eu transformar a salsicha em uma bola agora elas ficam iguais? E se eu 
fizer a salsicha de novo? Agora vou fazer bolas pequenas. Elas ficam com a mesma 
quantidade? 
AVALIAÇÃO DA PROVA 
NÍVEL 1 – CONDUTAS NÃO CONSERVATIVAS (ATÉ 5 ANOS) – não 
consegue conservar quando muda a bola, mesmo com a contra argumentação. 
NÍVEL 2 – CONDUTAS INTERMEDIÁRIAS (ENTRE 5 E 6 ANOS) – julga igual 
ou diferente, mas muda com a contra-argumentação. As justificativas não são claras. 
NÍVEL 3 – CONSERVAÇÃO (A PARTIR DOS 7 ANOS) – realiza a conservação 
e justifica. 
PROVA 04 – CONSERVAÇÃO DE COMPRIMENTO 
Mostrar duas fitas, sendo uma larga e outra estreita. Perguntar para o aluno: se 
na estrada A a gente vai caminhar a mesma coisa que na estrada B? A estrada A é 
menos comprida, mais comprida ou a mesma coisa que a estrada B? 
Deforme as fitas e pergunte se a formiguinha vai caminhar a mesma coisa se 
caminhar nestas duas estradas? Depois faz o mesmo fazendo curvas. 
AVALIAÇÃO DA PROVA 
NÍVEL 1 – CONDUTAS NÃO CONSERVATIVAS (ATÉ 6 ANOS) – quando 
transformadas as fitas não conserva e não justifica. 
NÍVEL 2 – CONDUTAS CONSERVATIVAS (APÓS 7 ANOS) – conserva e 
justifica. 
PROVA 05 – CONSERVAÇÃO DE PESO 
O professor utiliza a balança mostrando, com o auxílio de diferentes materiais, 
como é o uso de uma balança. O examinador dá, para o aluno, dois pedaços de 
massa de modelar e pede para que faça duas bolas. Usa a balança para mostrar o 
peso. Depois transforma uma das bolas em uma salsicha. Pergunta: você pensa que a 
salsicha pesa a mesma coisa que a bola ou é mais pesada? Depois transforma a bola 
em mini pizza e depois em pedaços de 8 a 10 bolas pequenas. Sempre pergunta o 
que pesa mais. 
AVALIAÇÃO DA PROVA 
 
NÍVEL 1 – NOÇÃO NÃO CONSERVATIVA (6 A 7 ANOS) – o peso é julgado 
mais ou menos pesado em cada transformação e ele não sabe justificar o porquê. 
NÍVEL 2 – NOÇÃO INTERMEDIÁRIA (7 ANOS) – os julgamentos oscilam entre 
a conservação e na não conservação. 
NÍVEL 3 – NOÇÃO CONSERVATIVA (A PARTIR DE 8 ANOS) – os pesos são 
julgados iguais e sabe justificar o porquê. 
PROVA 06 – CONSERVAÇÃO DE VOLUME 
O professor leva o aluno a constatar a mesma quantidade de água nos dois 
copos usados. Depois pede que ele faça duas bolas iguais, que tenham a mesma 
quantidade. 
Depois pergunta: se você puser esta bola dentro do vidrinho o que acontecerá 
com a água lá dentro? Por que você acha isto? Se colocarmos a água no outro 
vidrinho, a água subirá o mesmo que este, mais, ou menos? 
Depois ele transforma uma das bolas em uma salsicha e faz o gesto de colocá-
la no vidro. Pergunta: se eu coloco esta salsicha aqui a água subirá a mesma coisa 
que no outro copo, mais ou menos? Faz o mesmo procedimento com a mini pizza e as 
8 a 10 bolinhas pequenas. 
AVALIAÇÃO 
NÍVEL 1 – CONDUTAS NÃO CONSERVATIVAS (8 A 9 ANOS) – o peso varia 
conforme a justificativa dada e muitas vezes não consegue justificar. 
NÍVEL 2 – CONDUTAS INTERMEDIÁRIAS (10 ANOS) – as respostas variam 
de acordo com a noção de não conservação e de conservação e consegue justificar 
com confiança mesmo que esteja errado. 
NÍVEL 3 – CONDUTAS CONSERVATIVAS (11 A 12 ANOS) – demonstram a 
noção de conservação e justificam as suas colocações. 
PROVA 07 – MUDANÇA DE CRITÉRIO (DICOTOMIA) 
Distribuir aos alunos fichas azuis e vermelhas, redondas e quadradas, 
pequenas e grandes. O examinador coloca as fichas na mesa e pergunta para o aluno 
o que ele está vendo. 
 
Você pode juntar todas as fichas que combinam? Ponha junto todas que são 
iguais. Ponha junto todas que tem alguma coisa igual. Ponha junto as que se parecem. 
Por que você as colocou assim? 
Agora gostaria que você fizesse apenas dois grupos. Por que você colocou 
assim? Como a gente poderia chamar este monte? E este aqui? 
Será que você poderia arrumar em dois grupos diferentes destes? Após tentar 
uma terceira classificação. 
AVALIAÇÃO DA PROVA 
NÍVEL 1 – COLEÇÕES FIGURAIS (4 A 5 ANOS) – classificam por uma 
característica, mudando o critério e não utilizando todas as possibilidades. 
NÍVEL 2 – INÍCIO DA CLASSIFICAÇÃO (5 A 6 ANOS) – faz classificações por 
critérios diferentes, mas não antecipa o uso dos critérios. 
NÍVEL 3 – DICOTOMIA SEGUNDO TRÊS CRITÉRIOS (APÓS 7 ANOS) – 
realiza a classificação nos três critérios e antecipa o uso destes. 
PROVA 08 – QUANTIDADE DA INCLUSÃO DE CLASSES 
Verificar se a criança conhece o nome das flores a serem usadas. Quais os 
nomes das flores que você conhece? Perguntar das margaridas e rosas. 
Perguntar se neste ramo há mais margaridas ou rosas? Dizer que você precisa 
de um ramo só de margaridas e pedir que o aluno separe. Perguntar qual o ramo que 
tem mais, o de margaridas ou o de rosas? Por quê? Se eu dou para você as 
margaridas o que fica no outro ramo? Eu vou fazer um ramo só de margaridas e você 
fica com as rosas. Quem vai fazer o ramo maior? Como você sabe? 
 
AVALIAÇÃO DA PROVA 
NÍVEL 1 – AUSÊNCIA DE QUANTIFICAÇÃO INCLUSIVA (5 A 6 ANOS) – 
identifica que há mais margaridas do que rosas mas erra na subtração das classes. 
NÍVEL 2 – CONDUTAS INETERMEDIÁRIAS ( 6 A 7 ANOS) – hesita nas 
respostase se confunde na contra-argumentação. 
NÍVEL 3 – EXISTÊNCIA DE QUANTIFICAÇÃO INCLUSIVA (A PARTIR DOS 7 
OU 8 ANOS) – responde corretamente a todas as questões. 
 
PROVA 09 – INTERSECÇÃO DE CLASSES 
Coloque o círculo da prova com as fichas redondas amarelas no meio da 
junção dos dois círculos. Por fora deixe as redondas vermelhas e as quadradas 
vermelhas e amarelas. 
Perguntar por que o aluno acha que eu deixei as redondas amarelas no meio. 
Há mais fichas vermelhas ou amarelas? Há mais fichas quadradas ou redondas? Há 
mais fichas redondas do que amarelas? Há a mesma coisa, mais ou menos fichas 
quadradas do que amarelas? Como é que você sabe? Você pode me mostrar? O que 
tem no círculo preto? E no azul? 
AVALIAÇÃO DA PROVA 
NÍVEL 1 – SEM NOÇÃO DE INTERSECÇÃO (4 A 5 ANOS) – responde às 
perguntas em separado, mas não compreende a intersecção e a inclusão. 
NÍVEL 2 – CONDUTAS INTERMEDIÁRIAS ( 6 ANOS) – faz repetições e pode 
dar algumas respostas corretamente. 
NÍVEL 3 – NOÇÃO DE INTERSECÇÃO (7 A 8 ANOS) – dá respostas corretas. 
PROVA 10 – SERIAÇÃO DE BASTONETES 
Dá o material em desordem para que ele monte. Pedir que ele faça uma 
escadinha com o material, colocando-os do maior ao menor. Se ele não souber 
demonstrar com três pauzinhos. Pedir que o aluno feche os olhos e retirar um dos 
bastonetes. Depois pedir para o aluno recolocar no local correto. 
Dizer que ele vai lhe dar um bastonete de cada vez para você fazer uma 
escadinha no papelão. 
AVALIAÇÃO DA PROVA 
NÍVEL 1 – AUSÊNCIA DE SERIAÇÃO (3 A 5 ANOS) – de 3 a 4 anos existe a 
ausência de série e não compreende a proposta. De 4 a 5 anos faz série de 3 a 4 
bastões, se confunde com o todo e não consegue intercalar os outros. 
NÍVEL 2 – CONDUTA INTERMEDIÁRIA (5 A 6 ANOS) – compara cada bastão 
para fazer a série. 
NÍVEL 3 – ÊXITO OBTIDO POR MÉTODO OPERATÓRIO (7 anos em diante) 
–antecipa os critérios e realiza corretamente as atividades. 
 
PROVA 11 – PROVA DE COMBINAÇÃO DE FICHAS DUPLAS PARA 
PENSAMENTO FORMAL 
Pedir que o aluno faça, com estas fichas, o maior número de combinações 
possíveis. Tente fazer com as fichinhas todas as duplas que puder, não pode repetir. É 
valida fazer a combinação visual com um par. 
Cores das fichas – vermelho, azul, verde, amarelo, laranja, preto. 
AVALIAÇÃO DA PROVA 
NÍVEL 1 – AUSÊNCIA DE CAPACIDADE COMBINATÓRIA (11 ANOS) – não 
consegue fazer muitas combinações e não estabelece critérios. 
NÍVEL 2 – CONDUTAS INTERMEDIÁRIAS (12 ANOS) – faz combinações mas 
não consegue prever o número total de combinações. 
NÍVEL 3 – CONDUTAS OPERATÓRIAS (13 ANOS EM DIANTE) – chega a 
descobrir até 30 duplas e justifica suas combinações. 
PROVA 12 – PERMUTAÇÕES POSSÍVEIS COM UM CONJUNTO 
DETERMINADO DE FICHAS 
Procurar fazer o mesmo exercício anterior com o uso de quatro fichas 
simultaneamente. 
Avaliação é a mesma. 
 
MATERIAL PARA AS PROVAS DE PIAGET 
PROVA 1 – 20 fichas de papelão grosso sendo dez azuis e 10 vermelhas. 
PROVA 2 – 2 garrafas plásticas de água mineral e dois copos de tamanho 
diferente. 
PROVA 3 – duas massas de modelar de pote 
PROVA 4 – duas fitas de 15cm e 10cm. 
PROVA 5 – uma balança e duas massas de modelar de pote. 
PROVA 6 – 2 vidros com água e duas massas de modelar. 
 
PROVA 7 – 6 círculos azuis de 25mm, 6 círculos vermelhos de 50mm, 6 
quadrados azuis de 50mm, 6 quadrados vermelhos de 25mm, 1 tampa de caixa de 
papelão e 2 caixas baixas. 
PROVA 8 – 1 ramalhete com 10 margaridas e 3 rosas. 
PROVA 9 – 5 fichas redondas amarelas, 5 fichas quadradas amarelas, 1 folha 
de papelão com dois círculos interligados sendo 1 preto e o outro azul. 
PROVA 10 – bastonetes graduados de 16 a 10 cm com intervalo de 0,6 entre 
cada bastão e 1 anteparo de papelão. 
PROVA 11 – 6 FICHAS DE CORES DIFERENTES. 
Fonte: https://atividadeparaeducacaoespecial.com/inclusao-como-aplicar-as-
provas-operatorias-de-piaget/ 
https://atividadeparaeducacaoespecial.com/inclusao-como-aplicar-as-provas-operatorias-de-piaget/
https://atividadeparaeducacaoespecial.com/inclusao-como-aplicar-as-provas-operatorias-de-piaget/
 
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA 
 
ANDRADE, MS de. Psicopedagogia clínica: manual de aplicação prática para 
diagnóstico de distúrbios do aprendizado. São Paulo: Póluss Editorial, 1998. 
BORGES, K.k, Machado, A.C & Bello, S.F. (2019). Transtornos específicos de 
aprendizagem no contexto clínico e educacional. In Sociedade Brasileira de 
Psicologia, R. Gorayeb, M.C. Myazaku & M. Teodoro (Orgs), POROPSICO – 
Programa de Atualização em Psicologia Clínica e da Saúde: Ciclo 3 (pp. 71-103). 
Porto Alegre: Artmed Panamericana. (Sistema de Educação Continuada a Distância, 
v.3). 
COSTA, Silvana Elisa Gonçalves de Campos; MARINHO, Maria Luiza. Um modelo de 
apresentação de análise funcionais do comportamento. Estud. psicol. (Campinas), 
Campinas , v. 19, n. 3, p. 43-54, Dec. 2002. Available from 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
166X2002000300005&lng=en&nrm=iso>. access on 24 Aug. 2020. 
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2002000300005. 
MATOS, Maria Amélia. Análise funcional do comportamento. Estud. psicol. 
(Campinas), Campinas , v. 16, n. 3, p. 8-18, dez. 1999 . Disponível em 
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166X1999000300002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 07 ago. 2020. 
https://doi.org/10.1590/S0103-166X1999000300002. 
Provas piagetianas – Disponível em: 
<https://atividadeparaeducacaoespecial.com/inclusao-pdf-ilustrado-com-as-provas-
operatorias-de-piaget/>. Acessado em 10.08.2020 
Provas piagetianas – Disponível em: 
<https://atividadeparaeducacaoespecial.com/inclusao-como-aplicar-as-provas-
operatorias-de-piaget/>. Acessado em 12.08.2020 
ZUMPANO, Gabriela. Psicopedagogia: processo histórico, ambientes e técnicas de 
atuação. 2013. 
 
 
 
https://doi.org/10.1590/S0103-166X1999000300002

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