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GESTÃO DE CUSTOS E INVESTIMENTOS AMBIENTAIS E 
EM SUSTENTABILIDADE 
 1 
 
 
SUMÁRIO 
NOSSA HISTÓRIA ...................................................................................................... 2 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 3 
1.1 Investimento Ambiental .......................................................................... 4 
2. MEIO AMBIENTE E CUSTOS ................................................................... 5 
1. ............................................................................................................... 6 
2.1 Custos da Qualidade Ambiental............................................................. 6 
2.1.1 Custos Convencionais ....................................................................... 7 
2.1.2 Custos Potencialmente Ocultos ......................................................... 7 
2.1.3 Custos com Contingências ................................................................ 9 
2.1.4 Custos de Imagem e Relacionamento ............................................... 9 
3. GASTOS E BENEFÍCIOS AMBIENTAIS ................................................. 10 
3.1 Processo de Preservação .................................................................... 11 
3.2 Processo de Controle .......................................................................... 12 
3.3 Processo de Recuperação ................................................................... 13 
3.4 Redução de Custos por Meio da Otimização dos Recursos ................ 14 
2. 15 
3.5 Redução de Custos por Meio da Eliminação de Multas e Taxas ......... 15 
3. 15 
3.6 Redução de Custos com a Vendas de Reciclados .............................. 15 
3.7 Redução de Custos por Meio de Economias Atuais ............................ 16 
4. ESTUDOS DE CASOS ............................................................................ 16 
5. GESTÃO DE CUSTOS AMBIENTAIS ..................................................... 22 
6. CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS ........................................................ 24 
6.1 Logística Reversa ................................................................................ 25 
8. REFERÊNCIAS ....................................................................................... 29 
 
 
 2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho de 
um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma entidade capaz 
de oferecer serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na sua 
formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos científicos, 
técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, transmitindo e 
propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de publicações e/ou outras 
normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, de 
forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma 
base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no 
atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de 
uma das instituições modelo no país na oferta de cursos de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
De acordo com Silva e Quelhas (2006), a valorização das questões ambientais 
e sociais no segmento empresarial, atendendo às novas exigências legais, de 
mercado e da sociedade tem determinado a redefinição das responsabilidades das 
empresas. No mercado financeiro percebe-se uma tendência de reconhecer um risco 
adicional para empresas que não incorporem esses conceitos, existindo diversas 
instituições que têm declarado incluir o risco ambiental e social em seus modelos 
tradicionais de avaliação de crédito corporativo. 
O conceito de desenvolvimento sustentável e seus princípios questionam as 
tradicionais formas de produção, o comportamento humano, e a organização e o 
funcionamento das cidades, exigindo novos padrões para o crescimento econômico. 
A concepção de sustentabilidade tem sido incorporada pelas empresas no sentido de 
redefinir suas responsabilidades em relação ao meio ambiente e a sociedade. 
Embora o desenvolvimento econômico sustentável seja uma responsabilidade 
a ser dividida entre os governos, o segmento corporativo, e os consumidores, o papel 
das empresas na redução da degradação do meio ambiente é fundamental. Além 
disso, empresas têm recursos financeiros, conhecimento tecnológico e capacidade 
institucional, bem como a visão internacional e de longo prazo para encontrar soluções 
para os problemas ambientais. 
Nos últimos anos algumas mobilizações da sociedade em prol do meio 
ambiente como boicotes de consumo, preferências dinâmicas de consumo e outras 
exigências de consumidores nessa área, têm afetado fundamentalmente as 
estratégias de negócios, bem como o valor do negócio principal de várias empresas. 
Esse cenário tem levado muitas empresas a adotar formalmente estratégias e 
programas ambientais. 
Assim, empresas podem contribuir individualmente para o desenvolvimento 
sustentável a partir da inovação nos seus produtos e processos a fim de usar mais 
eficientemente a matéria-prima, melhorando a imagem corporativa ou do produto, 
reduzindo os riscos dos problemas com a responsabilidade ambiental e melhorando 
 4 
 
 
as condições de trabalho. Essas inovações podem contribuir simultaneamente na 
direção de atingir as metas econômicas, ambientais e sociais, na chamada condição 
"win-win-win" quando a melhoria da performance ambiental, a maior satisfação do 
cliente é acompanhada da melhor performance econômica da empresa. 
 
1.1 Investimento Ambiental 
Segundo Vellani e Nakao (2009) o termo investimento pode ter diferentes 
significados: 
 Investimento pode ser o total do ativo menos o passivo de funcionamento, 
tratando-se da área de finanças. 
 Investimento pode ser representado pelas participações em empresas, quando 
se trata da análise de balanço. 
 Outro significado para investimento pode, também, ser toda aquisição de ativos 
visando benefícios futuros. 
O termo Investimento Ambiental é definido como todos os gastos incorridos, 
e a incorrer, para aquisição de ativos que tenham relação com os processos de 
preservação, controle e recuperação do meio ambiente visando benefícios futuros. 
Os gastos podem representar: 
 Ativos de vida curta: Insumos para o processo produtivo; 
 Ativos de vida longa: Aquisição de máquinas. 
A função desses ativos (vida curta e vida longa) deve ser exclusivamente 
preservar, controlar, e recuperar o meio ambiente. 
 
Figura 1 – Investimento em sustentabilidade 
 
Fonte: Lima, 2016. 
 5 
 
 
2. MEIO AMBIENTE E CUSTOS 
 
Para Kraemer (2003) A busca pela preservação do meio ambiente tomou forma 
e começou sensibilizar a sociedade e as autoridades. Após anos de intensas 
discussões, conclui-se que a ausência de crescimento ou desenvolvimento é nociva 
ao meio ambiente e que a grande questão atual é torná-lo sustentável. 
A variável ambiental é um aspecto significativo a ser considerado e tratado na 
estratégia das organizações. A gestão ambiental, por sua vez, deve ser gerida 
eficientemente, monitorando-se os custos de controle, a poluiçãoe os custos das 
falhas da falta de controle de gestão. 
Os custos da qualidade ambiental devem ser utilizados na avaliação e melhoria 
da posição de competitividade das companhias, com relação aos seus concorrentes. 
Daí a sua importância. A gestão de custos da qualidade ambiental é uma ferramenta 
fundamental para o gerenciamento do sistema de gestão ambiental, pois fornece 
elementos para a alta administração das empresas à tomada de decisões, 
direcionando a melhoria do desempenho ambiental. 
Desse modo, o gerenciamento ambiental passa a ser um fator estratégico 
que a alta administração das organizações deve analisar. A Gestão Ambiental inclui 
uma série de atividades que devem ser administradas, tais como: 
 Formular estratégias de administração do meio ambiente; 
 Assegurar que a empresa esteja em conformidade com as leis ambientais; 
 Implementar programa de prevenção à poluição 
 Gerir instrumentos de correção de danos ao meio ambiente 
 Adequar os produtos às especificações ecológicas; 
 Monitorar o programa ambiental da empresa. 
 Além dessa ferramenta, a problemática ambiental envolve também o 
gerenciamento dos assuntos pertinentes ao meio ambiente, por meio de: 
 Sistemas de gestão ambiental; 
 Busca pelo desenvolvimento sustentável; 
 Análise do ciclo de vida dos produtos; 
 Passivos ambientais. 
 6 
 
 
1. 
2.1 Custos da Qualidade Ambiental 
 
Segundo Kraemer (2003) a interface entre a competitividade e a preservação 
do meio ambiente se dá por meio da gestão dos custos da qualidade ambiental. Para 
se adequarem à nova postura de preservação ambiental e buscarem uma política de 
qualidade ambiental na gestão da organização, as empresas devem se preocupar 
também com os custos da relação meio ambiente e meio empresarial, destacando 
estes custos dos demais. 
Os custos da qualidade ambiental referem-se à definição, criação e montagem 
de um sistema de controle da qualidade ambiental, bem como da avaliação, de 
conformidade com os objetivos e metas derivados da política ambiental, de normas 
legais e outros compromissos assumidos pela empresa, além de outros custos 
associados com as consequências de falhas ambientais, acidentes e incidentes. 
A implantação de um sistema de custos da qualidade ambiental, basicamente, 
segue os mesmos procedimentos empresariais tradicionais que consistem em: 
 SAIBA MAIS! 
Passivo ambiental são as obrigações contraídas pela empresa 
perante terceiros, que têm como origem um gasto ambiental (ativos, 
custos, despesas etc). Constituem-se obrigações ambientais aquelas 
decorrentes de compras de ativos ambientais, de elementos 
consumidos durante o processo de produção e aqueles provenientes de 
penalidades impostas às organizações por infração à legislação 
ambiental, por danos ao meio ambiente e à propriedade de terceiros. 
Para a ONU existem três tipos de obrigações decorrentes do 
passivo ambiental: 
1) Legais – são as provenientes de instrumentos legais. 
2)Construtivas – são aquelas que a empresa se propõe a 
cumprir espontaneamente, excedendo as exigências legais. 
3)Justas– refletem a consciência de responsabilidade social, ou 
seja, a empresa cumpre em razão de fatores éticos e morais. 
 7 
 
 
 Preparação do gerenciamento geral do programa de custos da qualidade 
ambiental; 
 Identificação dos itens de custos da qualidade ambiental; 
 Identificação dos centros de responsabilidade (centros de custos); 
 Preparação dos formulários de coleta de dados dos custos da qualidade; 
 Treinamento das pessoas responsáveis pela obtenção dos dados e do pessoal 
da contabilidade; 
 Levantamento dos custos pelas pessoas responsáveis (coleta de dados); 
 Preparação dos relatórios de análise. 
Para melhor entendimento dos conceitos dos custos da qualidade ambiental e 
da sua padronização atribuem-se quatro categorias de custos da qualidade ambiental 
e a seguinte classificação: 
 
2.1.1 Custos Convencionais 
Incluem os custos que, na maior parte das vezes, recebem atenção especial 
na contabilidade gerencial, tais como: 
 Investimentos em equipamentos; 
 Matériaprima; 
 Mão-de-obra; 
 Materiais indiretos. 
Incluem todos custos associados aos aspectos ambientais tangíveis de tais 
processos e atividades. Seu controle conduz ao aumento da eficiência produtiva, pro 
eliminar o desperdício. 
 
2.1.2 Custos Potencialmente Ocultos 
 
São aqueles ligados a todas as atividades necessárias para que a empresa se 
mantenha em conformidade com as leis e outras políticas ambientais inerentes à 
própria organização. Por exemplo, os custos com: 
 Monitoramento ambiental; 
 
 8 
 
 
Figura 2 – Monitoramento Ambiental 
 
Fonte: Avatz Ambiental, 2017. 
 
 Treinamento; 
 Relatório ambiental. 
 
 SAIBA MAIS! 
Qual a diferença entre gerenciamento e monitoramento 
ambiental? 
O gerenciamento ambiental engloba um conjunto de ações 
efetuadas de modo ordenado para entender, prever e intervir na 
qualidade ambiental de um meio específico. Nesse contexto, emprega-
se os instrumentos e métodos mais adequados para alcançar variados 
objetivos. 
O monitoramento ambiental é um instrumento básico para 
viabilizar o gerenciamento. Ele é útil sobretudo nas regiões contaminadas 
por se referir à coleta sistemática de informações, visando a evolução de 
variáveis do meio. Os dados recolhidos servem para fundamentar as 
decisões para as etapas de gerenciamento ambiental. 
 
 
 
 9 
 
 
2.1.3 Custos com Contingências 
 
São os gastos que podem ou não ocorrer devido a futuros custos de: 
 Regulamentações; 
 Multas e penalidades 
 Gastos com recuperação de recursos naturais danificados, etc. 
 
Se o fato gerador de tais custos é conhecido antecipadamente, possibilita à 
empresa definir ações a fim de evitá-los. 
 
2.1.4 Custos de Imagem e Relacionamento 
Envolvem a percepção e o relacionamento que os acionistas, comunidade e 
governo desenvolvem com a companhia. Apesar de difícil quantificação, o 
desempenho ambiental pode melhorar ou prejudicar o relacionamento da empresa 
com terceiros, e os impactos gerados podem ter custos e/ou implicações financeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
 
 
 
3. GASTOS E BENEFÍCIOS AMBIENTAIS 
 
Vellani e Nakao (2009) definem custos ambientais como gastos ambientais 
incorridos diretamente e indiretamente na produção e despesas como os gastos com 
o gerenciamento dos processos de preservação, controle e recuperação do meio 
ambiente. 
Existe uma diferença entre custo e despesa ambiental: 
 Custos ambientais: Considera-se como os gastos em função do processo de 
preservação simultaneamente ao processo produtivo; 
Moraes et al. (2016) apresenta um compilado de diferentes definições, 
considerando que não há um consenso sobre o conceito de custos ambientais, 
conforme mostra o Quadro 1. 
 
Quadro 1 - Definições de custos ambientais 
AUTOR CUSTOS AMBIENTAIS 
Hansen e Mowen (2003) 
São custos incorridos porque existe, ou porque pode 
existir, uma má qualidade ambiental. 
Eagan e Joeres (2002) 
São os custos pagos pela empresa devido aos impactos 
ambientais resultantes da manufatura de seus 
produtos. 
Jasch (2003) 
Compreendem os custos internos e externos que 
surgem devido a danos ao meio ambiente ou à sua 
proteção. 
Regatschnig e Schnitzer 
(1998) 
São custos que podem aparecer como resultado das 
atividades ambientais da empresa, ou seja, atividades 
estabelecidas em lei ou voluntárias, que visam evitar, 
reduzir, tratar ou dispor os seus rejeitos e emissões, 
mas que podem ser resultantes da falta de políticas 
ambientais na organização. 
Fonte: Moraeset al.,2016. 
 
 11 
 
 
 Despesas ambientais: Considera-se como aqueles incorridos sem estar 
diretamente relacionados com o sistema produtivo da empresa, como por exemplo, 
os gastos administrativos incorridos em função da causa ambiental e as taxas e 
emolumentos decorrentes da legislação ambiental. 
Gastos com a recuperação e reparos de danos classificam-se como resultado 
não operacional, como perda. 
Os gastos ambientais classificam-se em três processos. 
 
3.1 Processo de Preservação 
Conjunto de atividades que objetiva resolver o problema ambiental em sua raiz, 
isto é, evitar o surgimento da poluição ou pelo menos proteger o meio ambiente da 
poluição gerada pelo processo produtivo. Essa atividade intervém na causa dos danos 
à natureza. 
Investimentos nessa atividade significa que a empresa está interessada na 
preservação na natureza, está comprometida a contribuir para o desenvolvimento 
sustentável da sociedade com empresas que atendam às necessidades ecológicas 
da sociedade e geremriquezas aos seus acionistas. Exemplos de atividades do 
processo preservação: 
 Operar equipamentos que amenizam ou eliminam poluição; 
 Compra de equipamentos para proteção da natureza como filtros; 
 Reciclar resíduos tóxicos e sucatas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
 
 
Figura 3 – Esquema da instalação de filtro em chaminé – Empresa ArcelorMittal 
Fonte: Folha Vitória, 2016. 
 
3.2 Processo de Controle 
Objetiva supervisionar, controlar, administrar, planejar os processos de 
preservação e recuperação. Processo para manter a poluição como o desejado, 
verificar e auditar os produtos e serviços para descobrir desvios do planejado 
fornecendo feedback e assim evitar que danos maiores possam exigir gastos futuros 
volumosos. 
Investir no processo de controle significa que a empresa está interessada em 
acompanhar o efeito de seu processo produtivo no meio ambiente e evitar que o 
realizado seja diferente do planejado. Exemplificam esse grupo atividades como: 
 Auditar processos ambientais; 
 Inspecionar produtos; 
 Desenvolver medidas de desempenho ambiental; 
 Testar contaminação; 
 Verificar desempenho ambiental de fornecedores; 
 Medir níveis de contaminação; 
 Executar estudos ambientais; 
 13 
 
 
 Desenvolver sistemas de gestão ambiental; 
 Obter certificado ISO 14001. 
Figura 4 - Certificação ISO 14001:2015 – Empresa Geometral Engenharia 
 
Fonte: Geometral Engenharia, 2020. 
 
3.3 Processo de Recuperação 
Conjunto de atividades que objetiva trabalhar determinado local para recuperá-
lo da poluição, para limpá-lo do agente poluidor, restaurá-lo para voltar a ter valor de 
uso. Quando certa empresa incorre em muitos gastos com essas atividades significa 
que seus produtos e serviços estão sendo processados com ineficiências, pois 
 14 
 
 
quando a atividade fim da empresa exige desembolsos para reverter determinado 
local a sua situação natural para possibilitar, novamente, o seu uso indica que há 
desperdícios embutidos nos poluentes. 
Esse grupo deveria ser o menos representativo do total dos gastos ambientais 
incorridos. Exemplificam as atividades do processo de recuperação gastos como: 
 Limpar lago poluído; 
 Limpar manchas de petróleo; 
 Limpar solo contaminado; 
 Indenizar danos pessoais (relacionado ao meio ambiente); 
 Restaurar terra ao estado natural. 
 
Além dos gastos ambientais, ressalta-se também os benefícios, que podem ser 
classificados como: 
 
3.4 Redução de Custos por Meio da Otimização dos Recursos 
Refere-se às economias de gastos geradas devido às medidas ambientais 
visando uso racional dos recursos com o mínimo de desperdícios. Com o uso 
 SAIBA MAIS! 
Leia o artigo:“Brasileiro usa substância da casca da laranja para 
limpar soloscontaminados”. 
Disponível em: https://trcsustentavel.com.br/brasileiro-usa-
substancia-da-casca-da-laranja-para-limpar-solos-contaminados/ 
Assista aos vídeos: 
 Ambievo Recoy: Lavagem de Solo Contaminado. Disponível 
em: 
https://www.youtube.com/watch?v=9Hl6Chsg1vU&feature=emb
_logo 
 Ambievo Tecnologia: Terpenos P. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=MBVlT9766d0&feature=emb
_logo 
 
 
 15 
 
 
inteligente dos recursos, com o mínimo de ineficiências, os gastos com esses recursos 
serão menores. Investir, por exemplo, em atividade preservação pode ter como 
consequência positiva um melhor uso dos recursos evitando desperdícios e 
diminuindo custo. 
2. 
3.5 Redução de Custos por Meio da Eliminação de Multas e Taxas 
Refere-se à diminuição ou eliminação dos gastos que vinham sendo pagos nos 
anos anteriores por causa da não conformidade com a legislação ambiental. Por 
exemplo, após investir em filtros e outros acessórios que evitam o despejo da poluição 
nos ecossistemas a empresa deixará de pagar multas, pois, a emissão de poluentes 
estará de acordo com a legislação ambiental. 
3. 
3.6 Redução de Custos com a Vendas de Reciclados 
Refere-se a redução de custos com vendas de resíduos e sucatas que não 
teriam valor e prejudicariam o meio ambiente sem o tratamento adequado. 
Investimentos em equipamentos e insumos para reciclagem resultam em vendas de 
sucatas recicladas e resíduos tratados. O valor dessa venda reduz custos. 
 
A confrontação do total do investimento para possibilitar a reciclagem com o 
valor presente do fluxo de caixa gerado com a venda indicará a viabilidade do 
investimento possibilitando a empresa proteger o meio ambiente, conseguir vantagem 
competitiva e gerar valor. Essa entrada de capital não pode ser considerada como 
 SAIBA MAIS! 
De acordo com o Portal G1, em uma empresa, o que geraria um 
custo de cerca de R$ 3 mil para descartar 15 toneladas de cacos de vidro 
em aterros sanitários, é vendido para uma empresa de reciclagem e rende 
R$ 1.500 mensalmente. Leia a reportagem completa: “Empresários 
faturam com a venda e reciclagem de sucata de vidro” 
Disponível em: 
http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2015/02/empresarios-
faturam-com-venda-e-reciclagem-de-sucata-de-vidro.html 
 
 
 16 
 
 
receita ambiental pois na essência houve redução de custos com a venda de resíduos 
e não com o produto ou serviço da atividade fim da empresa. 
 
3.7 Redução de Custos por Meio de Economias Atuais 
Refere-se a economia obtida com a gestão dos gastos ambientais nos 
processos de preservação, controle e recuperação do meio ambiente no período atual. 
Por exemplo, após a implementação da gestão ambiental, no decorrer do tempo, a 
gestão dos gastos ambientais identifica maneiras de diminuir esses gastos, nas 
atividades dos processos de preservação, controle e recuperação, gerando assim, um 
benefício com redução dos gastos ambientais no período analisado. 
 
 
 
 
 
4. ESTUDOS DE CASOS 
 
Vellani e Nakao (2009), com o intuito de analisar se a redução de custos é fator 
relevante na decisão de investir no meio ambiente, apresentam casos a fim de 
conhecer na prática o que o mundo empresarial vem fazendo em relação aos 
investimentos ambientais. São exemplos de empresas que investiram no meio 
ambiente ou que tenha alguma relação com investimentos ambientais. 
1. Empresa de transporte de gás natural teve que pagar mais de $400 
milhõespara a limpeza de resíduos químicos liberados no meio ambiente. 
2. Devido à explosão ocorrida em 15 de março de 2001 de uma plataforma de 
extração de petróleo, com posterior submersão, sua imagem e seu patrimônio foram 
afetados, tendo como reflexo imediato do acidente a desvalorização das ações nas 
bolsas de valores em 7,78%. 
Nesses primeiros exemplos, o investimentoem desenvolvimento sustentável, no caso 
1, evitaria futuros custos com multas e indenizações, ou seja, reduziriam os 
desembolsos. E no caso 2, mesmo investindo em controle ambiental, um desastre 
ecológico acarretou perdas ambientais relevantes, indicando que além do 
investimento é necessário um gerenciamento ambiental eficiente e eficaz. 
 17 
 
 
3. Bristol-Myers Squibb Company, fez uma análise do ciclo de vida do produto 
para identificar e reduzir os impactos negativos ao meio ambiente e constatou que 
cada análise custa $25.000 e produz uma economia de $340.000. Outro projeto, e 
mais um exemplo de gestão ambiental almejando vantagem competitiva, dos 
laboratórios Bristol-Myers é a instalação de um sistema de reciclagem de solventes 
usados na cromatografia líquida de alto desempenho. O sistema custou $12.500 e 
produziu uma economia de $35.000. 
4. Spa, principal franqueada da Coca-Cola no Brasil, em sua unidade situada em 
Jundiaí/SP, introduziu controles ambientais e economizou R$ 600.000,00 com a 
diminuição de água, energia e o gerenciamento de resíduos. 
Figura 5 – Notícia da iniciativa Coca-Cola 
Fonte: Portal Tratamento de Água, 2019. 
 
5. Bahia Sul, produtora de celulose e papel, situada no sul da Bahia, reduziu o 
consumo de água específico de 64,9 m³ / t de produto (1994) para 53,5 m³ / t (meados 
de 1996), introduziu programa de coleta seletiva de resíduos sólidos, arrecadando R$ 
450.000,00 somente com a sua venda. 
6. DSM, produtora de borracha EPDM (borracha sintética), situada no polo de 
Triunfo/RS, introduziu programa de coleta seletiva de resíduos sólidos, reduziu a 
geração de efluentes líquidos e de resíduos industriais, contabilizando economias de 
R$ 60.000,00. De acordo com informações obtidas na empresa, o fato se deu no 
segundo semestre de 1996, e o total daeconomia de custos gerado pelo conjunto dos 
programas de controle ambiental implantados no período foi de R$100.000,00. 
 18 
 
 
7. O proprietário de uma empresa canadense foi condenado a seis meses de 
prisão, em 1990, como penalidade porque sua empresa descarregava efluentes 
tóxicos em um rio. Nos EUA, também em 1990, um júri federal condenou o presidente 
de uma empresa ótica, a Borjohn Optical Technology Inc., pela emissão de 
substâncias tóxicas no esgoto local. A empresa foi multada em US$ 50 mil e seu 
presidente, John Borowski, foi sentenciado a vinte e seis meses de prisão, além de ter 
sido multado em US$ 400 mil. A Borjohn Optical entrou para o index nacional das 
“companhias sujas” e tornou-se “inelegível” para contratos, garantias e empréstimos 
relacionados ao governo federal. 
8. A Fosfofértil Ultrafértil, CSN-Paraná, Termoelétrica Araucária investiram, em 
parceria, num projeto ambiental. A Estação de Tratamento de Água Industrial de 
Araucária (Sanepar) fornecerá a essas empresas água de reuso do rio Iguaçu, cujas 
águas estão tão poluídas que não há sinal de peixes. As empresas deixarão de pagar 
2,60 reais por 1000 litros para pagar entre 0,49 a 0,59 real por 1000 litros de água de 
reuso. O gerente da fábrica da Fosfofértil, disse à revista Exame que para fabricar 
toneladas de uréia, amônia e enxofre, a empresa consome 480.000 litros de água por 
hora. Mais da metade disso é extraída da represa Rio Verde pela Refinaria Presidente 
Getúlio Vargas (Repar), da Petrobrás. O restante provém de água de reuso vendida 
pela Sanepar e é utilizado na produção de vapor, no resfriamento das torres e na 
limpeza das caldeiras. “Investir na reciclagem foi uma decisão estratégica”, disse o 
gerente. Do total do investimento de 8,6 milhões de reais a Sanepar, a termelétrica 
Araucária entrou com 4,7 milhões, a CSN-Paraná, com 1,8 milhão e a Fosfofértil 
fechou um contrato de 20 anos pagando a taxa mais alta (0,59 real por 1000 litros 
fornecidos). 
9. Mutupiranga Industrial Ltda., sediada em Nilo Peçanha (BA) apresentou o 
projeto Programa de Gerenciamento de Resíduos e subprodutos e ganhou o prêmio 
CNI de Ecologia – 2001, na modalidade Micro e Pequena indústria. O projeto consiste 
na reutilização interna dos resíduos gerados no processo produtivo, como a borra 
oleosa resultante da extração do azeite de dendê, que é utilizada como matéria-prima 
para a produção de 100 toneladas de sabão em pedra, e dos resíduos da fibra e do 
pó de casca que são utilizados como combustível nas duas caldeiras de geração de 
vapor e energia elétrica da empresa. Atualmente, a produção de sabão em pedra gera 
uma receita mensal de aproximadamente R$ 29 mil representando 20% do 
faturamento. Com a geração interna de energia elétrica, a empresa também deixa de 
 19 
 
 
comprar energia da concessionária local, economizando R$ 6,8 mil/mês, e com a 
comercialização externa dos resíduos, economiza cerca de R$ 7,86 mil/mês, 
perfazendo um total anual de R$ 94,32 mil, ou seja, 6% do faturamento da empresa 
em um ano. 
10. AGCO do Brasil Comércio e Indústria Ltda ganhou o Prêmio CNI de Ecologia 
1999 com um projeto de implementação de Tecnologias Limpas em várias etapas do 
projeto. O investimento teve um custo de aproximadamente R$ 1.885,00 e trazendo 
benefícios econômicos da ordem de R$ 103.864,00 por ano. 
Santos (2013) apresenta demais prêmios recebidos pela AGCO pelas suas 
atuações ambientais, alguns deles são: 
 2012 - Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul - Categoria: 
Medalha e o Certificado de Responsabilidade Social 2012 - Relatório Socioambiental 
AGCO América do Sul 
 2011 - 18º Prêmio Expressão Ecologia - A AGCO América do Sul recebeu o 
prêmio pelo case Gestão Corporativa de Meio Ambiente, Segurança e Saúde 
Ocupacional. 
 2011 - Ranking Benchmarking 2011 - Os Melhores da Gestão Socioambiental 
Corporativa - AGCO - Unidade Valtra do Brasil Ltda., Projeto Integrado Biodiesel - 
100% Biodiesel; 
 2010 - Troféu Onda Verde na 17ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia, a 
maior premiação ambiental da região Sul 
 2009 - 5º Prêmio Mogi News/Chevrolet de Responsabilidade Social – Categoria 
Relação com a Comunidade, projeto Programa de Educação ambiental – unidade: 
Mogi das Cruzes 
 2009 - Prêmio Expressão Ecologia 17ª Edição como o projeto Gestão de 
Recursos Hídricos na AGCO América do Sul 
 2009 - Prêmio Programa Benchmarking Ambiental Brasileiro – 7ª Edição, com 
o projeto Reuso de Água – Unidade: Mogi das Cruzes 
 2008 - Prêmio Expressão de Ecologia - Categoria Gestão Ambiental / Gestão 
dos Resíduos Sólidos 
 2008 - Prêmio Programa Benchmarking Ambiental Brasileiro - 6ª edição, com o 
projeto Reciclar para o Social 
 2007 - Vencedor da 5ª edição do Programa Benchmarking Ambiental Brasileiro 
com projeto Reuso de Água 
 20 
 
 
 2006 - Prêmio Expressão de Ecologia - Prêmio Destaque - Responsabilidade 
Social Empresarial no Sul do Brasil 
 2006 - Destaque em Meio Ambiente da 2º Pesquisa de Meio Ambiente e 
Indústrias do Rio Grande do Sul promovido pelo Conselho de Meio Ambiente da 
FIERGS e Editora Expressão 
 2006, 2005 e 2004 - Reconhecimento Responsabilidade Social no prêmio 
Empresas Socialmente Responsáveis da ONG Parceiros Voluntários e Câmara de 
Indústria, Comércio e Serviços de Canoas/RS 
 2005 - Certificado de Responsabilidade Social da Assembleia Legislativa do 
Estado do Rio Grande do Sul 
 2005 - Prêmio Expressão de Ecologia - Categoria Conservação de Insumos de 
Produção/ Projeto Reuso da Água 
 2005 e 2004 - Parceiro Ambiental da Prefeitura Municipal de Canoas/RS 
 2004 - 3º Prêmio Balanço Social, promovido pela Aberje, Apimec, Instituto 
Ethos, Fides e Ibase 
 2003 e 2002 - Prêmio Expressão de Ecologia - Gestão Ambiental 
 2002 - Prêmio Sul de Energia da Revista Expressão - Conjunto de ações 
visando a redução do consumode energia 
 2001, 2000 e 1999 - Prêmio Expressão de Ecologia - Categoria Controle da 
Poluição Industrial/ Gestão de Resíduos Industriais 
 1999 - Prêmio CNI de Ecologia - Categoria Conservação de Insumos de 
Produção, promovido pela Confederação Nacional da Indústria. 
 
 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22 
 
 
 Quadro 2 - Produção Mais Limpa AGCO 
Fonte: Santos, 2003. 
 
 
 
 
5. GESTÃO DE CUSTOS AMBIENTAIS 
 
Para Kraemer (2003) a gestão dos custos ambientais é um instrumento 
estratégico para aumentar e reduzir os custos, conduzindo a um processo de 
mudanças em desenvolvimento contínuo. É por intermédio da gestão dos custos 
ambientais que se fortalece os sistemas de gestão ambiental existentes ou facilita o 
estabelecimento de sistemas padronizados. Ela gera informações básicas, ajuda a 
formar consciência e a criar estrutura que podem ser utilizadas como primeiros passos 
para o processo ISO 14001. 
Vellani e Nakao (2009) completa que a gestão dos gastos ambientais visando 
o desenvolvimento sustentável poderá trazer vantagem competitiva dependendo do 
posicionamento das empresas para gerir seus custos ambientais, suas despesas 
ambientais e do emprego da mentalidade ecológica na sua missão, estratégias, metas 
e objetivos. 
As informações de gastos ambientais devem ser fornecidas à gestão definindo, 
medindo, classificando e atribuindo os custos ambientais aos processos, produtos e 
outros objetos de custo de interesse e as despesas aos períodos onde foram 
incorridos, quando possível. E devem ser relatados e classificados separadamente de 
forma que os gestores possam avaliar seu impacto na rentabilidade da empresa. 
Os relatórios de custos ambientais são essenciais para a organização que 
pretende melhorar seu desempenho ambiental e controlar os seus gastos ambientais, 
pois estes, são importantes para a definição da rentabilidade da empresa e por 
identificar os montantes despendidos em cada categoria. 
Dependendo da estrutura de gastos ambientais das empresas, eles podem 
afetar a rentabilidade, pois podem representar uma fatia relevante dos gastos 
operacionais. Por exemplo, suponha que dos gastos ambientais, apenas 20% são das 
categorias de prevenção, controle e reciclagem. Assim, 80% dos gastos ambientais 
 23 
 
 
são gastos de falhas, de ineficiência, gastos com recuperação, ou seja, gastos que 
existem por causa do mau desempenho ambiental. 
Por exemplo, voltando ao caso 1, a empresa obteria benefícios com a 
eliminação de gastos, multas e indenizações, se tivesse investido nas atividades de 
preservação, controle, reciclagem e recuperação do meio ambiente num momento 
passado. 
Um recente exemplo no Brasil de redução de custos com investimento em meio 
ambiente foi o caso Fosfofértil Ultrafértil, CSN-Paraná, Termoelétrica Araucária, que 
em conjunto com a Sanepar investiram 8,6 milhões de reais num projeto de 
fornecimento de água de reuso. As empresas deixarão de pagar 2,60 reais por 1000 
litros para pagar entre 0,49 a 0,59 real por 1000 litros de água de reuso. 
O caso 3, Bristol-Myers, exemplifica benefícios econômicos financeiros. A 
empresa instalou um sistema de reciclagem de solventes usados na cromatografia 
líquida de alto desempenho. O sistema custou $12.500 e produziu uma economia de 
$35.000. 
Outro exemplo é o caso 4, Spa, mesmo não tendo o valor total dos gastos com 
controle, certamente, o investimento foi feito por mostrar-se em harmonia com a 
gestão econômica da empresa. 
O caso 5, Bahia Sul, mesmo, também, não tendo o valor do investimento, 
demonstra que a gestão dos resíduos pode gerar receitas. Gerou receitas de 450.000 
reais com a venda de produto reciclado. Além disso, a empresa reduziu o consumo 
de água específico de 64,9 m³ / t de produto para 53,5 m³ / t. 
O caso 9, Mutupiranga Industrial Ltda., também não informa o valor do 
investimento, mas demonstra que somente com uma gestão de resíduos pôde obter 
relevantes benefícios econômicos financeiros. Observe que somente com a 
comercialização externa dos resíduos a empresa economizou cerca de R$ 7,86 
mil/mês, perfazendo um total anual de R$ 94,32 mil, ou seja, 6% do faturamento da 
empresa em um ano. 
 
 
 
 
 
 
 24 
 
 
 
 
6. CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS 
 
Segundo Kraemer (2003) o ciclo de vida do produto tem sido estudado em 
ampla gama de contextos organizacionais, influenciando as relações comerciais entre 
países exportadores e importadores, tendo como preocupações de caráter ambiental 
aspectos que compreendem desde o processo produtivo e seus produtos, o uso, até 
o posterior descarte. 
A avaliação do ciclo de vida do produto é definida como uma técnica para 
avaliação dos aspectos ambientais e dos impactos potenciais, associados a um 
produto, compreendendo etapas que vão desde a retida da natureza das matérias-
primas elementares que entram no sistema produtivo (berço) à disposição final 
(túmulo). A análise do ciclo de vida pode ser utilizada com um enfoque gerencial para 
vários propósitos, pois ajuda no seguinte: 
 A identificar oportunidades de melhoramentos dos aspectos ambientais, 
considerando as várias fases de um sistema de produção; 
 Na tomada de decisão, por exemplo, no estabelecimento de prioridades ou 
durante o projeto de produtos e processos, podendo levar à conclusão de que a 
questão ambiental mais importante para uma determinada empresa pode estar 
relacionada ao uso de seu produto, e não as suas matérias-primas ou ao processo 
produtivo; 
 Como parte do processo para avaliar a seleção de componentes feitos de 
diferentes materiais; 
 Na avaliação da performance ambiental. 
Propõe-se a responder às questões e às dúvidas mais comuns quando da 
concepção de um produto, como: 
 Que embalagens causam menos danos ao meio ambiente: retornáveis ou 
recicláveis? 
 Quais dessas alternativas são mais viáveis economicamente? 
Essas e outras questões são importantes, pois as empresas são responsáveis 
pelo produto até a disposição final, conforme a legislação brasileira atual. 
 25 
 
 
Vellani e Nakao (2009) apresenta o caso da Eastman Kodak que projetou suas 
máquinas fotográficas descartáveis para facilitar a reciclagem. As máquinas 
descartáveis têm componentes codificados em cores. Esses componentes podem ser 
separados e usados para construir câmeras novas. Aproximadamente 86% de cada 
câmara nova são feitos de materiais reciclados. Estima-se que 5 milhões de unidades 
tenham sido reciclados desde a introdução desse produto, totalizando 
aproximadamente 350.000 quilos de materiais. 
Esse caso demonstra a gestão do ciclo de vida dos produtos. Esse tipo de 
gestão consiste em ações tomadas que provocam projeção, desenvolvimento, 
produção, comercialização, distribuição, operação, manutenção, atendimento e 
descarte de um produto para que os lucros do ciclo de vida sejam maximizados. Uma 
oportunidade de obter vantagem competitiva. 
6.1 Logística Reversa 
Leite (2002) apresenta de forma sintética a evolução das definições de 
Logística Reversa, resumidas no Quadro 3. 
Quadro 3–Definições de Logística Reversa 
AUTOR LOGÍSTICA REVERSA 
C.L.M. (1993) 
Logística reversa é um amplo termo relacionado às 
habilidades e atividades envolvidos no gerenciamento de 
redução, movimentação e disposição de resíduos de 
produtos e embalagens... 
Stock (1998) 
Logística Reversa: em uma perspectiva de logística de 
negócios, o termo refere-se ao papel da logística no 
retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, 
substituição de materiais, reuso de materiais, disposição 
de resíduos, reforma, reparação e remanufatura... 
Rogers e Tibben-
Lembke (1999) 
Processode planejamento, implementação e controle da 
eficiência, do custo efetivo do fluxo de matérias-primas, 
estoques de processo, produtos acabados e as 
respectivas informações, desde o ponto de consumo até o 
ponto de origem, com o propósito de recapturar valor ou 
adequar o seu destino 
 26 
 
 
Dornier et al (2000) 
Logística é a gestão de fluxos entre funções de negócio. A 
definição atual de logística engloba maior amplitude de 
fluxos que no passado. Tradicionalmente as companhias 
incluíam a simples entrada de matérias-primas ou o fluxo 
de saída de produtos acabados em sua definição de 
logística. Hoje, no entanto, essa definição expandiu-se e 
inclui todas as formas de movimentos de produtos e 
informações... 
Bowersox e Closs 
(2001) 
Apoio ao Ciclo de Vida” como um dos objetivos 
operacionais da Logística moderna referindo-se ao 
prolongamento da Logística além do fluxo direto dos 
materiais e a necessidade de considerar os fluxos 
reversos de produtos em geral. 
Fonte: Autora, 2020. 
As diversas definições e citações de Logística Reversa até então revelam que 
o conceito ainda está em evolução face às novas possibilidades de negócios 
relacionados ao crescente interesse empresarial e o interesse de pesquisas nesta 
área na última década. 
Entende-se a Logística Reversa como a área da Logística Empresarial que 
planeja, opera e controla o fluxo, e as informações logísticas correspondentes, do 
retorno dos bens de pós-venda e de pós - consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo 
produtivo, através dos Canais de Distribuição Reversos, agregando-lhes valor de 
diversas naturezas: 
 Econômico; 
 Ecológico; 
 Legal; 
 Logístico; 
 Imagem corporativa; 
 Entre outros. 
 
A Figura 6 reúne duas grandes áreas de atuação da Logística Reversa, que 
têm sido tratadas independentemente até então, diferenciadas pelo estágio ou fase 
do ciclo de vida útil do produto retornado. Esta distinção se faz necessária, embora 
existam inúmeras interdependências, pois o produto logístico e os Canais de 
 27 
 
 
Distribuição Reversos pelos quais fluem, bem como os objetivos estratégicos e 
técnicas operacionais utilizadas em cada área de atuação são, via de regra, distintos. 
Figura 6 - Logística Reversa – Área de Atuação e Etapas Reversas 
Fonte: Leite, 2002. 
 
 Logística Reversa de Pós - Venda: Específica área de atuação que se ocupa 
do equacionamento e operacionalização do fluxo físico e das informações logísticas 
correspondentes de bens de pós - venda, sem uso ou com pouco uso, que por 
diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta, que 
se constituem de uma parte dos Canais Reversos pelo qual fluem estes produtos. 
o Seu objetivo estratégico é o de agregar valor a um produto logístico que é 
devolvido por razões comerciais, erros no processamento dos pedidos, garantia dada 
pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento no produto, avarias no transporte, 
entre outros motivos. Este fluxo de retorno se estabelecerá entre os diversos elos da 
cadeia de distribuição direta dependendo do objetivo estratégico ou motivo de seu 
retorno. 
 Logística Reserva de Pós – Consumo:Área de atuação da Logística Reversa 
que igualmente equaciona e operacionaliza o fluxo físico e as informações 
correspondentes de bens de pós - consumo descartados pela sociedade em geral que 
retornam ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo através de canais de distribuição 
reversos específicos. Constituem-se bens de pós-consumo os produtos em fim de vida 
útil ou usados com possibilidade de utilização e os resíduos industriais em geral. 
o Seu objetivo estratégico é o de agregar valor a um produto logístico constituído 
por bens inservíveis ao proprietário original, ou que ainda possuam condições de 
 28 
 
 
utilização, por produtos descartados por terem atingido o fim de vida útil e por resíduos 
industriais. Estes produtos de pós-consumo poderão se originar de bens duráveis ou 
descartáveis e fluírem por canais reversos de Reuso, Desmanche, Reciclagem até a 
destinação final. 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente “A logística reversa é um 
instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto 
de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos 
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em 
outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”. 
 
Figura 7 – Ciclo da Logística Reversa 
4. 
5. 
 
 
 
6. 
 
 
 
7. 
 
 
 
 
 
Fonte: 
IGUI Ecologia, 2018. 
 29 
 
 
 
 
 
8. REFERÊNCIAS 
 
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ambiental?2017. Disponível em: http://avatz.com.br/gerenciamento-e-
monitoramento-ambiental/. Acesso em: 09 de outubro de 2020. 
 
FOLHA VITÓRIA. Arcelor vai instalar filtro em chaminé para reduzir poluição em 
Vitória. 2016. Disponível em: 
https://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/02/2016/arcelor-vai-instalar-filtro-em-
chamine-para-reduzir-poluicao-em-vitoria. Acesso em: 09 de outubro de 2020. 
 
GEOMETRAL ENGENHARIA. Certificação ISO 14001:2015. 2020. Disponível em: 
http://www.geometralengenharia.com.br/servicos/7/certificacao-iso-14001-2015. 
Acesso em: 09 de outubro de 2020. 
 
IGUI ECOLOGIA. Logística Reversa. 2018. Disponível em: 
https://www.iguiecologia.com/logistica-reversa/. Acesso em: 09 de outubro de 2020. 
KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Gestão dos custos da qualidade ambiental. 
Pensar Contábil - Conselho Regional de Contabilidade do RJ. maio/jul. 2003. 
 
LEITE, Paulo Roberto. Logística reversa. Nova área da logística empresarial. 
Revista tecnologística. Editora Publicare.São Paulo, maio / 2002. 
 
LIMA, Carina. Investimento em sustentabilidade: vantagem competitiva ou 
apenas mais uma despesa? 2016. Disponível em: 
https://viridis.energy/pt/blog/investimento-em-sustentabilidade-vantagem-competitiva-
ou-apenas-mais-uma-despesa. Acesso em: 08 de outubro de 2020. 
 
MMA – Ministério do Meio Ambiente. Logística Reversa. Disponível em: 
https://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-perigosos/logistica-reversa. 
Acesso em: 09 de outubro de 2020. 
 
MORAES, M. A.; THEIS, V.; SCHREIBER, D. Investimentos e custos ambientais 
para adequação às normas legais em empresas do setor químico. XXIII 
Congresso Brasileiro de Custos – Porto de Galinhas, PE, Brasil. 2016. 
 
PORTAL TRATAMENTO DE ÁGUA. Fábrica da Coca-Cola FEMSA Brasil em 
Jundiaí recebe menção honrosa no Prêmio Fiesp/Ciesp por redução no 
consumo de água. 2019. Disponível em: 
https://www.tratamentodeagua.com.br/femsa-fiesp-ciesp-reducao-consumo-agua/. 
Acesso em: 09 de outubro de 2020. 
 
SANTOS, Alessandra Maina. Responsabilidade social empresarial: um estudo 
das ações socioambientais da AGCO do brasil. Dissertação. Centro Universitário 
Univates. Lajeado, 2013. 
 
 30 
 
 
SILVA, Lílian Simone Aguiar da; QUELHAS, Osvaldo Luiz Gonçalves. O impacto da 
sustentabilidade no custo de financiamento das empresas. XIII SIMPEP - Bauru, 
SP, Brasil. 2006 
VELLANI, C. L.; NAKAO, S.H. Investimentos ambientais e redução de custos. 
Revista de Administração da UNIMEP, v. 7, n. 2, maio/ago. 2009.

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