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CARTILHA DE BIOSSEGURANÇA DRA. THAYNARY LOBO CARTILHA DE BIOSSEGURANÇA A Biossegurança é um campo do conhecimento que abrange um conjunto de medidas e ações destinadas a minimizar e controlar os riscos inerentes a uma determinada atividade ou local, e que visam a manutenção da saúde humana, dos animais e do meio ambiente. Mais especificamente, para os profissionais de saúde, o foco da biossegurança está nas instalações laboratoriais, no controle dos agentes biológicos a que as pessoas estão expostas e, ainda, na melhor qualificação dos agentes e trabalhadores, pois estarão mais expostos aos agentes químicos medicamento. físico. Normas e regulamentos de biossegurança geralmente implicam em novos procedimentos e equipamentos. Além de protegê-los de doenças e epidemias, garantem a saúde das pessoas e dos trabalhadores. SUMÁRIO 1 2 3 4 5 6 7 Por que se preocupar com as normas de biossegurança? Legislação e Biossegurança Riscos aos profissionais e seus clientes/pacientes Normas de Biossegurança Agradecimentos Quem é Thaynary Lobo? Referências Bibliográficas 4 1 POR QUE SE PREOCUPAR COM AS NORMAS DE BIOSSEGURANÇA? 5 Uma grande dúvida existente para os profissionais da estética é sobre as normas de biossegurança. Questionamentos sobre a importância e o acesso claro a todas as normas pode ser, na grande maioria dos casos, um empecilho muito grande para que profissionais possam se prevenir da forma correta. Além dos riscos que devem ser evitados, temos a possibilidade de responsabilização criminal por não obedecer às normas de biossegurança, conforme o artigo 268 do código penal brasileiro. Como se não bastasse a pena imposta de detenção de 1 mês a 1 ano, além de multa, essa punição pode ser aumentada em um terço para profissionais da saúde. Ou seja, fica claro que a biossegurança deve existir dentro da estética como forma de manter o pleno funcionamento das clínicas de estética, bem como manter o bem estar de todos que utilizam o ambiente. 6 2 LEGISLAÇÃO E A BIOSSEGURANÇA 7 Em nosso país, existem regulamentações sobre questões de biossegurança na lei que enfatizam a importância de proteger vidas e promover mais segurança em qualquer atividade baseada em capacidades e normas orientadoras, como dispõe a lei de biossegurança nº 11.105/15. Essa lei traz os riscos associados à tecnologia de processamento de organismos geneticamente modificados, bem como a segurança em diversos ambientes de trabalho, como hospitais, indústrias, laboratórios, hemocentros, clinicas de estética, centros de pesquisa e universidades. Existe uma fiscalização da vigilância sanitária responsável em analisar os ambientes de modo que precisem seguir essas normas, e as multas podem ser aplicadas de forma severa e quando menos se espera. 8 3 RISCO AOS PROFISSIONAIS E SEUS CLIENTES/PACIENTES 9 RISCOS AOS PROFISSIONAIS Uma das vantagens de seguir às normas de biossegurança é que isso reduz os riscos inerentes à saúde dos trabalhadores. Atitude simples que é imprescindível, levando em consideração os tipos de materiais e de reagentes que eles utilizam em seus ofícios. Existem danos que podem ser causados pela ausência de uso das normas de biossegurança para os trabalhadores. Vejamos alguns destes riscos: • Riscos ergonômicos: qualquer fator que interfira nas características Psicofisiológicas tais como: postura inadequada que pode levar a problemas de coluna, ritmo excessivo de trabalho, movimentos repetitivos; • Exposição a substâncias potencialmente tóxicas, como: tinturas e substância químicas; • Extremos de temperatura, tornando o ambiente de trabalho inadequado. • “Stress”, entre outros. 10 RISCOS AOS CLIENTES Além dos riscos aos profissionais da estética, os pacientes também estão expostos a riscos quando as normas de biossegurança não são seguidas. Podendo ser desde a contração de doença infecciosa até intercorrências de grade porte. Agora que vimos o suficiente para entender a importância das normas de biossegurança na estética, vejamos abaixo normas que com certeza deverão ser seguidas no seu dia a dia. 11 4 NORMAS DE BIOSSEGURANÇA 12 ESTRUTURA FISICA DAS CLÍNICAS DE ESTÉTICA - Os estabelecimentos de estética ou embelezamento não podem utilizar suas dependências para outros fins, nem servir passagem para outro local; - Todas as instalações, como de água, esgoto, energia elétrica, proteção e combate de incêndio e outras existentes, necessitam estar de acordo com as exigências dos códigos de obras e posturas locais; - Esses locais devem ter entrada de fácil acesso, com identificação externa visível, bem como, acessibilidade à portadores de necessidades especiais, de acordo com a legislação vigente; - A sala de espera ou recepção deve ser ventilada, iluminada e com coletor para lixo com saco plástico. - Instalações sanitárias devem ter piso e paredes de material liso, resistente, antiderrapante e de fácil higienização. Esses locais também devem ter pia lavatório com suporte para toalha de papel e dispensador de sabão líquido, coletor para lixo com saco plástico dotado de tampa e acionamento por pedal; - As dependências ou salas utilizadas para atender os clientes devem ter pia lavatório para a higienização das mãos, com dispensador de sabão líquido e suporte para papel toalha. O recipiente para lixo deve ter tampa, saco plástico e com acionamento por pedal. Os armários e bancadas devem ter acabamento liso impermeável, resiste, lavável de fácil higienização; 13 - A sala para processamento de artigos deve apresentar pia com bancada para limpeza dos materiais e balcão para o preparo, desinfecção ou esterilização de materiais. Caso o estabelecimento não tenha um ambiente para essa atividade, a mesma pode ser realizada dentro da sala de procedimentos, desde que estabelecida barreira técnica; - Um local especifico para armazenamento dos materiais esterilizados e não esterilizados deve ser disponibilizado. O mesmo deve ter armário exclusivo, fechado, limpo e livre de umidade; - A privacidade do cliente deve ser mantida, devendo haver sala/box individual; - Os equipamentos, mobiliários e estrutura física deve ser mantida higienizada e com condições ergonômicas aceitáveis; - Balcão, armário ou recinto para armazenar os materiais de limpeza; - Ralos com sistema de fechamento; - Água potável encanada; - Ligação de esgoto na rede pública; - Manter periodicamente os filtros de ar condicionados limpos; - Produtos que devem ser refrigerados devem ser armazenados em refrigeradores exclusivos, com termômetro de registro diário de temperatura; - É proibido armazenar alimentos nesses refrigeradores; - Estar em dia com equipamentos de proteção contra incêndio. monitorando o prazo de validade de acordo com a legislação específica. 14 DOCUMENTOS EXIGIDOS PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA - Alvará de Localização e Funcionamento; - Alvará de Autorização Sanitária; - Manual de boas práticas; - Registro de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos; - Registro de monitoramento da esterilização; - Comprovante de recolhimento dos resíduos perfurocortantes. Além dos documentos exigidos e as normas impostas sobre a estrutura do local, cabe ao responsável pela clínica identificar a necessidade de um RESPONSÁVEL TÉCNICO de acordo com os procedimentos que serão realizados na clínica. 15 NORMAS SOBRE PRODUTOS • Utilizar produtos que contenham no rótulo: nome do produto; marca; nº de lote; prazo de validade; conteúdo; país de origem; fabricante / importador; composição, finalidade de uso e nº de registro no órgão competente do ministério da saúde; • Utilizar produtos manipulados em farmácias somente quando devidamente prescrito por médico; • Possuir manual de instrução dos aparelhos, notificação de isenção de registro no órgão competente do ministério da saúde e registro de manutenção preventiva e corretiva do aparelho, conforme orientação do fabricante. 16 EQUIPAMENTOS DEPROTEÇÃO INDIVIDUAL A NR nº 6 do Ministério do Trabalho define os Equipamentos de Proteção Individual (E.P.I.) como sendo “todo dispositivo de uso individual destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador no local de trabalho”. São eles: - PROTEÇÃO PARA A CABEÇA Óculos - Devem ser usados para a proteção dos olhos, durante a manipulação de produtos químicos. Exemplo: ao manipular tinturas e químicas para alisamentos. Máscaras - Devem ser usadas contra gases (carvão ativado) durante a manipulação de produtos químicos, para evitar a inalação dos mesmos. 17 - PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS SUPERIORES Luvas - as luvas são de uso obrigatório nos procedimentos potencialmente invasivos, em que exista risco de contato com o sangue, no caso das atividades desempenhadas por manicuros, pedicuros, dentre outros, devendo ser desprezadas após o uso em cada cliente. Devem ser usadas, também, no contato com produtos químicos de ação corrosiva, cáustica, alergênica, tóxica e térmica. No caso da preparação de cera quente para depilação (quando manipulada em panela), devem ser usadas luvas resistentes ao calor (couro) até a altura dos cotovelos, devido ao risco de queimaduras, por respingamento. - PROTEÇÃO DO TRONCO Aventais - devem ser usados aventais impermeáveis, resistentes aos produtos químicos e ao calor, capas e ou outras vestimentas para situações em que haja risco de lesões provocadas por agentes químicos. - Proteção para membros inferiores Sapatos - usar sapatos fechados, evitando o uso de chinelos. 18 É importante ressaltar que em ambiente coletivo onde há convivência de pessoas com origem e costumes diversificados, é necessário adotar procedimentos de higienização diferentes dos comumente utilizados em ambientes domésticos. São princípios que norteiam qualquer procedimento de higienização eficaz: •Limpar no sentido da área mais limpa para a mais suja; •Da área menos contaminada para a mais contaminada; •De cima para baixo (ação da gravidade); •Remover as sujidades sempre no mesmo sentido e direção. NORMAS DE HIGIENE AMBIENTAL 19 Os procedimentos de higienização devem ser realizados nas seguintes áreas e superfícies fixas: PISO Periodicidade: Diariamente e sempre que necessário Procedimentos: - Varrer, retirando todos os resíduos existentes; - Espalhar água e sabão em toda a superfície com auxílio de um pano; - Enxaguar o pano em água limpa e retirar o sabão; - Diluir a solução desinfetante conforme orientação do fabricante, e aplicar em toda superfície com auxílio de um pano limpo; - Deixar secar. Uma vez por semana e sempre que necessário deve-se: - Varrer, retirando todos os resíduos existentes; - Esfregar com água e sabão toda a superfície; - Enxaguar com água limpa; - Secar com rodo e pano limpo; - Diluir a solução desinfetante conforme orientação do fabricante, e aplicar em toda superfície com auxílio de um pano limpo; - Deixar secar. 20 VASO SANITÁRIO Periodicidade: Diariamente e sempre que apresentar-se sujo. Procedimento: - Acionar a descarga; - Iniciar a lavagem externa do vaso sanitário com água e sabão; - Proceder à lavagem interna, com auxílio de uma escova de cabo longo, esfregando todos os cantos visíveis; - Acionar a descarga para enxaguar; - Colocar solução desinfetante dentro do vaso sanitário. MOBILIÁRIO Periodicidade: Diariamente, sempre que houver respingo de algum produto. Procedimento: - Limpar com água e sabão, com auxílio de um pano limpo; - Enxaguar o pano em água limpa e retirar o sabão; - Aplicar solução desinfetante com auxílio de um pano limpo; - Deixar secar. 21 PORTAS E PAREDES Periodicidade: uma vez por semana e sempre que necessário Procedimento: - Limpar com água e sabão, com auxílio de um pano limpo; - Enxaguar o pano em água limpa e retirar o sabão; - Aplicar solução desinfetante com auxílio de um pano limpo; - Deixar secar OBS: A diluição do desinfetante deve seguir orientação do fabricante. 22 ROUPAS Periodicidade: diariamente Procedimento: - Armazenar as roupas sujas em sacos (plásticos ou de tecido; - Colocar de molho em sabão em pó; - Esfregar manualmente ou na máquina de lavar; - Enxaguar com água limpa; - Proceder à passagem das roupas; - Armazenar em armário fechado específico. “As toalhas e lençóis devem ser de uso individual ou descartável e devem ser trocadas a cada cliente”. 23 FILTROS DE AR-CONDICIONADO Os estabelecimentos que utilizarem o ar condicionado para climatização dos ambientes, obrigatoriamente, seguirão a Portaria 3523/GM de 28/8/98 do Ministério da Saúde, que dispõe sobre a higienização dos filtros dos aparelhos de ar- condicionado. Cuidados básicos: • retirar os filtros; • lavá-los com solução de detergente neutro; • enxaguá-los em água corrente; • colocá-los em imersão em solução de hipoclorito de sódio a 1% por 30’; • enxaguá-los e deixar escorrer; • recolocá-los no aparelho de ar-condicionado. 24 NORMAS DE HIGIENE PESSOAL O asseio corporal é condição imprescindível para a manutenção do perfeito estado de saúde. Os profissionais devem apresentar-se com: • Roupas limpas; • Unhas aparadas; • Cabelos limpos e presos se forem longos; • Os objetos de uso pessoal dos profissionais devem ser guardados em locais separados daqueles utilizados para roupas e equipamentos de trabalho. 25 LAVAGEM DAS MÃOS O objetivo da lavagem é liberar a sujeira das mãos, remover bactérias, transitórias e residuais, bem como células escamosas, cabelos, suor, pele oleosa, e deve ser feito antes e depois de atender cada cliente. Os profissionais devem adotar este procedimento como um hábito e seguir as recomendações e etapas de desenvolvimento da seguinte técnica: Lavagem básica das mãos • Ficar em posição confortável, sem tocar a pia e abrir a torneira, de preferência, com a mão não dominante, isto é, com a esquerda, se for destro, e com a direita, se for canhoto; • Manter se possível, a água em temperatura agradável, já que a água quente ou muito fria resseca a pele. Usar de preferência sabão líquido; • Ensaboar as mãos e friccioná-las em todas as suas faces, espaços interdigitais, articulações, unhas e extremidades dos dedos; • Enxaguar as mãos, retirando totalmente a espuma e resíduos de sabão; • Enxugá-las com papel-toalha descartável; • Fechar a torneira utilizando papel-toalha descartável (evitar encostar na torneira ou na pia). 26 PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO DOS ARTIGOS LIMPEZA Consiste na lavagem, enxágue e secagem do material, com objetivo de remover totalmente os detritos e sujidade dos artigos. Os critérios de escolha dos produtos químicos para higienização nos estabelecimentos estéticos devem ser feitos levando em consideração: • Superfície, equipamento e ambiente. • Tempo de ação. • Variedade dos germes sobre os quais atua. • Custo. A limpeza dos artigos pode ser feita por processo manual, utilizando-se as mãos ou mecânico, sendo este o é mais utilizado em serviços de saúde, devido à complexidade e o alto custo das lavadoras mecânicas. 27 LIMPEZA MANUAL DOS ARTIGOS • Materiais indicados para limpeza Manual: Todos os materiais Material necessário: - Detergente; - Solução desincrostante (opcional); - E.P. I (luvas de borracha e avental); - Escova; - Recipiente com solução detergente (bacia, balde). 28 Procedimentos de lavagem manual Passo a passo 1. Imergir o material em solução de água com substância detergente e ou desincrostante (para promover a remoção dos detritos orgânicos). • Utilizar E.P. I. • Deixar o tempo determinado pelo fabricante da solução. 2. Proceder à lavagem do material através de fricção. • Utilizar escova macia com cerdas de nylon, escovando no sentido das serrilhas. 3. Após a lavagem do material deve-se efetuar um cuidadoso enxágue, para remover completamente os resíduos de detergente. • Utilizar água filtrada para o enxágue. 4. Enxugar os artigos. • Utilizar pano seco e limpo 29 LIMPEZAMECÂNICA O conjunto de equipamentos e produtos utilizados no processo de limpeza mecânica funcionam de forma semelhante Máquinas de lavar loiça industriais com detergentes e sprays de água adequados. do O instrumento deve estar ligado. Os limpadores ultrassônicos proporcionam uma limpeza profunda. Núcleo gasoso Ele produz pequenas bolhas, que se expandem até se tornarem instáveis e explodirem. Esta implosão A área de vácuo que ele cria irá "puxar" a sujeira e removê-la do material. Quando combinado com detergente e calor, o ultrassom pode remover A sujeira com maior aderência está em lugares onde você não pode escovar os dentes manualmente. Máquina de lavar mecânica máquina de lavar ultrassônica 30 TRATAMENTO DOS ARTIGOS - utensílios e instrumentais Artigos Críticos O Ministério da Saúde classifica como artigos críticos os instrumentos de natureza perfuro cortante que sejam reutilizáveis e podem ocasionar a penetração através da pele e mucosas e, portanto, necessitam de tratamento específico (esterilização) após o uso, para se tornarem livres de quaisquer microrganismos capazes de transmitir doenças. Os alicates, espátulas e outros instrumentos de metal esterilizados devem ser guardados, em local limpo e seco e constar na embalagem a data da esterilização. O ideal é que esses materiais sejam de uso individualizado, ou seja, que cada cliente tivesse seu próprio material. Artigos Não Críticos Os artigos não críticos de uso permanente, como: tigelas de vidro, plástico ou de aço inox usadas para colocar desde agua até qualquer produto ou equipamento necessário, devem ser lavados com água e sabão a cada atendimento e fazer uso de protetores plásticos, descartáveis, para cada cliente; caso, não utilize o protetor plástico descartável, estes utensílios devem ser desinfetados. 31 EQUIPAMENTOS Os estabelecimentos de que trata este Manual devem dispor de todos os equipamentos necessários à realização das atividades a que se propõem, mantendo-os higienizados e em condições adequadas de funcionamento e ergonomia. Os equipamentos e instrumentais devem ser disponibilizados em quantidade suficiente para atender a demanda do estabelecimento respeitando os prazos para limpeza, desinfecção ou esterilização dos mesmos. Todos os equipamentos devem possuir registro no órgão competente do Ministério da Saúde, sendo observadas suas restrições de uso. Dispor de programa de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos, mantendo os registros atualizados. Os equipamentos destinados à esterilização de materiais devem possuir registro no órgão competente do Ministério da Saúde. A higienização dos equipamentos de ventilação artificial deve atender as orientações do fabricante, em se tratando de equipamento individual ou seguir normas técnicas específicas, em se tratando de central de ar condicionado. O estabelecimento deve possuir refrigerador exclusivo para guarda de produtos que necessitam ser mantidos sob refrigeração, munido de termômetro, com registro diário de temperatura. É vetado armazenar tais produtos em refrigerador de guarda de alimentos. Os estabelecimentos de que trata este Manual devem possuir equipamentos de proteção contra incêndio, dentro do prazo de validade, conforme o preconizado em legislação específica. Os produtos utilizados para embelezamento pertencem à categoria dos cosméticos e são regulamentados pela ANVISA/MS - Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Ministério da Saúde. 32 RESIDUOS (lixo) É responsabilidade de todos os profissionais que trabalham nos estabelecimentos de estética gerenciar os resíduos gerados. A primeira etapa do gerenciamento de resíduos internos refere-se à operação de segregação ou separação dos resíduos, no momento e no local de sua geração, acondicionando-os imediatamente de acordo com a seguinte classificação: • Resíduo comum - Acondicionar em saco plástico de qualquer cor, exceto branca; - O preenchimento dos sacos deve alcançar, no máximo, 2/3 de sua capacidade. • Resíduo infectante - Os materiais perfurantes e cortantes devem ser acondicionados em recipientes apropriados de parede rígida, devidamente, identificados como resíduo infectante; - Para os não perfurantes e cortantes, utilizar sacos plásticos de cor branca leitosa. - Embalar os recipientes, após tratamento para descontaminação, em sacos adequados para descarte identificados como material perfurocortantes e descartar como lixo comum, caso não sejam incinerados. - A agulha não deve ser retirada da seringa após o uso. - No caso de seringa de vidro, levá-la juntamente com a agulha para efetuar o processo de descontaminação. - Não quebrar, entortar ou recapear as agulhas 33 RESÍDUOS QUÍMICOS Os resíduos químicos apresentam riscos potenciais de acidentes inerentes às suas propriedades específicas. Devem ser consideradas todas as etapas de seu descarte com a finalidade, de minimizar, não só acidentes decorrentes dos efeitos agressivos imediatos (corrosivos e toxicológicos), como os riscos cujos efeitos venham a se manifestar a mais longo prazo, tais como os teratogênicos, carcinogênicos e mutagênicos. São compostos por resíduos orgânicos ou inorgânicos tóxicos, corrosivos, inflamáveis, explosivos, teratogênicos, etc. Para a realização dos procedimentos adequados de descarte, é importante a observância do grau de toxicidade e do procedimento de não mistura de resíduos de diferentes naturezas e composições. Com isto, é evitado o risco de combinação química e combustão, além de danos ao ambiente de trabalho e ao meio ambiente. Para tanto, é necessário que a coleta desses tipos de resíduos seja periódica. Os resíduos químicos devem ser tratados antes de descartados. Os que não puderem ser recuperados, devem ser armazenados em recipientes próprios para posterior descarte. No armazenamento de resíduos químicos devem ser considerados a compatibilidade dos produtos envolvidos, a natureza do mesmo e o volume 34 PROCEDIMENTOS GERAIS DE DESCARTE Cada uma das categorias de resíduos orgânicos ou inorgânicos relacionados deve ser separada, acondicionada, de acordo com procedimentos e formas específicas e adequadas a cada categoria. Na fonte produtora do rejeito e em sua embalagem deverão existir os símbolos internacionais estabelecidos pela Organização Internacional de Normalização (ISO) e pelo Comitê de Especialistas em Transporte de Produtos Perigosos, ambos da Organização das Nações Unidas, adequados a cada caso. Além do símbolo identificador da substância, na embalagem contendo esses resíduos deve ser afixada uma etiqueta autoadesiva, preenchida em grafite contendo as seguintes informações: Laboratório de origem, conteúdo qualitativo, classificação quanto à natureza e advertências. Os rejeitos orgânicos ou inorgânicos sem possibilidade de descarte imediato devem ser armazenados em condições adequadas específicas. Os resíduos orgânicos ou inorgânicos deverão ser desativados com o intuito de transformar pequenas quantidades de produtos químicos reativos em produtos derivados inócuos, permitindo sua eliminação sem riscos. Este trabalho deve ser executado com cuidado, por pessoas especializadas. Os resíduos que serão armazenados para posterior recolhimento e descarte/incineração, devem ser recolhidos separadamente em recipientes coletores impermeáveis a líquidos, resistentes, com tampas rosqueadas para evitar derramamentos e fechados para evitar evaporação de gases 35 PROCEDIMENTO GERAL DE DESCARTE PARA RESÍDUOS INORGÂNICOS TÓXICOS E SUAS SOLUÇÕES AQUOSAS Sais inorgânicos de metais tóxicos e suas soluções aquosas devem ser previamente diluídos a níveis de concentração que permitam o descarte direto na pia em água corrente. Concentrações máximas permitidas ao descarte direto na pia para cada metal: Cádmio - no máximo 1 mg/L Chumbo- no máximo 10 mg/L Zinco- no máximo 5 mg/L Cobre- no máximo 5 mg/L Cromo- no máximo 10 mg/L Prata- no máximo 1 mg/L 36 5 AGRADECIMENTOS 37 Uma vezme perguntaram qual o sentido da minha profissão na minha vida. Eu não soube responder. Tempos depois, uma profissional da estética me fez a seguinte pergunta: “Thay, por que você não advoga para a estética?” Eu nunca tinha pensado nisso até esse dia. Seria uma oportunidade de finalmente encontrar o sentido da minha profissão na minha vida? Será que os profissionais da estética me receberiam bem? Se passaram quase 2 anos desde esse dia e digo que encontrei o sentido da vida através de vocês! Muito obrigada por aceitarem ser meus amigos na estética e por toparem ir comigo rumo a uma estética melhor! Só tenho motivos para agradecer. “As pessoas vão esquecer o que você disse, as pessoas vão esquecer o que você fez, mas as pessoas nunca esquecerão como você as fez sentir.” Maya Angelou 38 6 QUEM É THAYNARY LOBO? 39 Bem, sou uma jovem advogada que mora em Goiânia-GO desde a infância. Filha de pai mecânico e mãe manicure, me vi em uma família que merecia a melhor filha que eu poderia ser e hoje tenho o sorriso dos meus pais em cada conquista, ainda que pequena, me dando as forças que preciso para continuar com minha missão. Sou graduada em direito pela UniGoiás e Advogada há 3 anos e nos últimos dois anos me dedico aos profissionais da estética para ser a amiga que precisam em busca de uma estética melhor. Atuo nas áreas de Direito Civil, Registro de Patentes, Direito Médico e da saúde, além de prestar consultoria e assessoria para profissionais da estética que desejam ter segurança jurídica dentro de suas dentro de suas clínicas e locais de atendimento. 40 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 41 - https://valelaser.com.br/vigilancia-sanitaria-e-suas-regras- na-estetica/ - http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosse guranca/manual_biosseguranca.pdf - Lei de biossegurança (Lei n° 11.105/2005) - Lei da vigilância sanitária (nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999) - https://saude.es.gov.br/Media/sesa/LACEN/Manuais/MA NUAL%20DE%20BIOSSEGURAN%C3%87A%20LACENES%20 REV%2002.pdf
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