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Rafaela Gomes Barbosa 
 APG S16 P1 HIV (AIDS)
Objetivos D3:
- Citar a epidemiologia do HIV/AIDS;
- Estudar a etiopatogenia do HIV/AIDS;
- Compreender os fatores de risco, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento do HIV/AIDS.
Epidemiologia 
O vírus da imunodeficiência humana emergiu na década de 1980 com uma assustadora taxa de mortalidade. Com o advento dos tratamentos cada vez mais eficazes, no entanto, a infecção pelo HIV não é mais uma sentença de morte. A epidemia é considerada controlada no Brasil, com uma taxa de cerca de 39 mil novos casos ao ano. Quatro a seis a cada mil pessoas é portadora do vírus no país, levando a um total de mais de um milhão de pessoas. E pelo menos um terço, aproximadamente 150 mil pessoas, não sabe de sua condição, segundo estimativa do Ministério da Saúde.
 Em contrapartida à taxa constante de novos casos, a taxa de soropositividade em jovens (15-24 anos) está aumentando a níveis alarmantes, mais de 50% em seis anos, talvez justamente por essa nova geração ter menos contato com o verdadeiro massacre que a AIDS já causou. Isso indica uma necessidade de mais campanhas voltadas para o público jovem, em relação ao uso do preservativo e da testagem frequente, tendo em vista que um dos principais motivos de mortalidade pela AIDS é o diagnóstico tardio.
 A taxa de mortalidade no país está decaindo, cerca de 10% na última década, por conta do tratamento oferecido gratuitamente pelo SUS. Porém, ainda é significativa, com cerca de 11 mil óbitos em 2015. A recomendação da ONU é que o tratamento deve ser iniciado assim que o diagnóstico é feito, independente da carga viral ou do estado de saúde da pessoa, para evitar o desenvolvimento da doença mais grave e reduzir drasticamente o risco de transmissão. O Brasil, considerado pela ONU pioneiro no tratamento do HIV, já trabalhava dessa forma desde 2013, antes da recomendação, e foi o primeiro país a oferecer gratuitamente a terapia antirretroviral combinada.
 
Pessoas vivendo com HIV:
 Em 2021, havia 38,4 milhões [33,9 milhões – 43,8 milhões] de pessoas vivendo com HIV. Sendo: 36,7 milhões [32,3 milhões – 41,9 milhões] pessoas adultas (idade igual ou superior a 15 anos). 1,7 milhão [1,3 milhão – 2,1 milhões] crianças (de 0 a 14 anos). 54% de todas as pessoas vivendo com HIV eram mulheres e meninas. 85% [75 – 97%] de todas as pessoas vivendo com HIV sabiam do seu status para HIV em 2021. Cerca de 5,9 milhões de pessoas não sabiam que viviam com HIV em 2021.
Etiopatogenia 
O HIV é um retrovírus humano não transformador que pertence à família dos lentivírus. Estão incluídos neste grupo o vírus da imunodeficiência felina, o vírus da imunodeficiência dos símios, o vírus visna dos carneiros, o vírus da imunodeficiência bovina e o vírus da anemia infecciosa equina. Duas formas geneticamente diferentes, porém relacionadas de HIV, chamadas HIV-1 e o HIV-2, foram isoladas de pacientes com AIDS.
Enquanto o HIV pode infectar muitos tecidos, os dois maiores alvos da infecção por HIV são o sistema imunológico e o sistema nervoso central. A imunodeficiência profunda, afetando primariamente a imunidade mediada por células, caracteriza a AIDS. Isso resulta principalmente da infecção e subsequente perda de células T CD4+, bem como do prejuízo na função das células T auxiliares sobreviventes.
 Os macrófagos e células dendríticas também são alvos da infecção pelo HIV. O HIV entra no corpo através das mucosas e do sangue e infecta primeiro as células T, bem como as células dendríticas e os macrófagos. A infecção se estabelece nos tecidos linfóides, onde o vírus pode permanecer latente por longos períodos. A replicação viral ativa associa-se a maior infecção das células e progressão para a AIDS.
-TRANSMISSÃO e FATORES de RISCO
A doença era originalmente associada à população homossexual masculina, devido à transmissão sexual do vírus ser mais eficiente pela forma anal. Entretanto, estamos em uma nova fase da epidemia, em que o maior número de casos novos corresponde a heterossexuais (67,5% em 2012, 58% dos quais eram mulheres). Já entre mulheres homossexuais, a transmissão é rara. Dessa forma, atualmente não se fala mais em grupo de risco, mas sim em comportamento de risco, como a relação sexual sem preservativo.
 Um grande problema associado ao HIV é a transmissão vertical, da mãe para o filho, seja na gestação, parto ou amamentação, que ainda é uma importante fonte de contaminação, apesar de altamente evitável (probabilidade de 2% se tomadas todas as medidas de prevenção).
As três principais vias de transmissão são contato sexual, inoculação parenteral e passagem do vírus de mães infectadas para seus recém-nascidos.
A transmissão do vírus ocorre de duas formas:
 (1) inoculação direta nos vasos sanguíneos que foram violados pelo trauma e (2) infecção das células dendríticas ou células CD4+ no interior da mucosa. Além da transmissão de homem para homem e de homem para mulher, há evidências apoiando a transmissão de mulher para homem.
Manifestações Clínicas 
A síndrome retroviral aguda é a apresentação clínica da disseminação inicial do vírus e da resposta do hospedeiro. Estima-se que de 40% a 90% dos indivíduos que adquirem uma infecção primária desenvolvam essa síndrome. Isso ocorre tipicamente 3 a 6 semanas depois da infecção e resolve-se espontaneamente em 2 a 4 semanas. Clinicamente, essa fase está associada a uma doença aguda autolimitada com sintomas inespecíficos, incluindo faringite, mialgias, febre, perda de peso e fadiga, assemelhando-se a uma síndrome gripal. Também podem ocorrer outras manifestações clínicas, como exantema, adenopatia cervical, diarreia e vômitos. 
Na fase seguinte, fase crônica da doença, os linfonodos e o baço são locais de replicação do HIV e destruição celular contínuas. Nessa fase crônica da infecção, os pacientes são assintomáticos ou desenvolvem infecções oportunistas menores, como a candidíase oral (sapinho), a candidíase vaginal, o herpes-zóster e a tuberculose (sendo esta última particularmente comum em regiões com poucos recursos, como a África subsaariana). Também pode ser observada trombocitopenia autoimune.
A fase final é a progressão para a AIDS, caracterizada por colapso das defesas do hospedeiro, aumento dramático do vírus no plasma e doença clínica grave que coloca a vida em risco. Tipicamente, o paciente apresenta febre de longa duração (mais de 1 mês), fadiga, perda de peso e diarreia. Após um período variável, infecções oportunistas graves, neoplasias secundárias ou doenças neurológicas clínicas (agrupadas sob a designação de doenças indicadoras da AIDS) emergem, e diz-se que o paciente desenvolveu AIDS. Nos Estados Unidos, o paciente adulto típico com AIDS apresenta febre, perda de peso, diarreia, linfadenopatia generalizada, múltiplas infecções oportunistas, doença neurológica e, em muitos casos, neoplasias secundárias. 
Diagnóstico
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
Os exames podem ser feitos de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo(a) usuário(a). Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136). 
Além da rede de serviços de saúde, é possível fazer os testes por intermédio de uma Organização da Sociedade Civil, no âmbito do Programa Viva Melhor Sabendo.
 Em todos os casos, a infecção pelo HIV pode ser detectada em, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no material coletado. Esse período é chamado de janela imunológica.
Tratamento
Váriasclasses de medicamentos antirretrovirais são utilizadas em conjunto para tratar infecção por HIV. Esses medicamentos bloqueiam a penetração do HIV em células humanas ou bloqueiam a atividade de uma das enzimas de que o HIV precisa para se replicar dentro de células humanas e/ou integrar seu material genético ao DNA humano.
Os medicamentos são agrupados em classes com base na forma como agem contra o HIV:
· Inibidores da transcriptase reversa impedem a transcriptase reversa do HIV de converter RNA de HIV em DNA. Há três tipos desses remédios: nucleosídeo, nucleotídeo e não nucleosídeo.
· Os inibidores de protease impedem que a protease ative certas proteínas no interior dos vírus recém-produzidos. O resultado é um HIV imaturo e defeituoso que não infecta novas células.
· Inibidores de entrada (fusão) impedem o HIV de entrar nas células. Para entrar na célula humana, o HIV deve se ligar a um receptor CD4 e outro receptor, tal como o receptor CCR5. Um tipo de inibidor de entrada, inibidor de CCR-5, bloqueia o receptor de CCR-5 impedindo que o HIV entre nas células humanas.
· Inibidores pós-fixação também impedem o HIV de entrar nas células, mas de forma diferente dos inibidores de fusão. Estes são usados principalmente para infecção por HIV resistente a vários outros medicamentos.
· Os inibidores da integrase impedem a integração do DNA do HIV ao DNA humano.
· Os inibidores de fixação impedem o HIV de se ligar às células T do hospedeiro e a outras células do sistema imunológico, impossibilitando, assim, sua entrada nas células.

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