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Saúde e segurança no trabalho

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Saúde e segurança no trabalho: veja como evitar acidentes
Saúde e segurança no trabalho: veja como evitar acidentes. Quando falamos em Saúde e Segurança no Trabalho (SST), vários fatores devem ser levados em conta: o ambiente de trabalho em si; as atividades que serão desempenhadas e seu grau de risco; a exposição às partes perigosas dos maquinários; o uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e dos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs), entre outros. 
No mundo, a cada 15 segundos um trabalhador morre em função de acidente de trabalho ou doença laboral. Aqui no Brasil, entre os anos de 2012 e 2020, 21.467 brasileiros entraram nessa triste conta. Dentro do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), nosso país é o que apresenta a segunda maior taxa de mortalidade por acidente de trabalho. 
Neste artigo, daremos dicas simples que, se colocadas em prática, poderão salvar vidas. Por outro lado, também vamos demonstrar que a não observância de alguns pontos poderá resultar em perdas humanas e, ainda, comprometer a sustentabilidade de todo o seu negócio. 
Boa leitura! 
Ambiente de trabalho: seguro ou inseguro? 
Vários quesitos podem fazer de um ambiente um local seguro ou inseguro. Uma sala vazia, sem nenhum equipamento, aparentemente é um local bem seguro, certo? Mas, dependendo das condições, por exemplo, com o piso molhado, poderá se tornar um ambiente perigoso ao trabalhador. Por outro lado, um galpão cheio de maquinários pesados, se bem sinalizado e com a instalação de equipamentos de proteção, passa a ser um lugar plenamente seguro. 
O que torna um ambiente propenso (ou não) a acidentes não é a arquitetura, o terreno, nem o que nele está instalado, mas como vamos minimizar os riscos advindos desse ambiente. E isso deve ser feito adotando medidas efetivas de prevenção e proteção. A NR 5, que regulamenta a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), pode ser uma grande aliada nisso. 
Dicas importantes: 
· Cuide da sinalização dos espaços com algum nível de risco; 
· Faça todas as manutenções preventivas e corretivas (do prédio e dos equipamentos); 
· Promova ações de conscientização para todos os colaboradores. 
Atividades e graus de risco 
Além de se atentar ao ambiente, é preciso entender que algumas atividades têm maior grau de risco que outras. Um trabalhador que exerce seu ofício em um andaime, por exemplo, certamente está sujeito a mais riscos do que um profissional que fica em um escritório. 
Por isso, como diz o dito popular, “cada caso é um caso” e precisa ser analisado por uma equipe especializada. Essa equipe irá determinar quais riscos podem ser reduzidos (ou eliminados) e quais medidas precisarão ser tomadas para minimizar (ou zerar) os incidentes. 
A NR 1 é a legislação que ajuda a levar luz ao assunto, pois ela traz todas as Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Seu objetivo é “estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação, os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras – NR relativas à segurança e saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho”. 
Já a NR 4 define uma escala numérica de 1 a 4 para avaliar a intensidade de riscos em que os trabalhadores de cada tipo de empresa estão expostos. Esse valor serve para definir quais obrigações a empresa deve cumprir para estar em dia com as leis trabalhistas. 
Não abra mão de: 
· Manter os Atestados de Saúde Ocupacional (ASOs) sempre em dia; 
· Estar atento a todas as orientações da NR 1 e da NR 4. 
Maquinários 
Outra fonte de preocupação em muitas empresas, no tocante à segurança, é o maquinário. Em cada organização esses equipamentos terão um nível de risco diferenciado, dependendo do tamanho, da potência e até da função da máquina em questão. Há casos em que uma simples falha na operação pode causar a amputação de um membro. E se o funcionário não estava com os EPIs obrigatórios (tema do nosso próximo tópico), a complicação legal pode ser grande. 
Algumas dicas aqui: 
· Instale os equipamentos de proteção coletiva recomendados à sua realidade de empresa; 
· Polias, peças ou engrenagens móveis devem ter grade e/ou telas de proteção; 
· Invista em treinamento e reciclagem dos operadores dos maquinários. 
· Observe as orientações da NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. 
Equipamentos de proteção individual 
Fundamentais para trazer mais segurança aos trabalhadores em seus ambientes de trabalho, EPIs e EPCs estão largamente previstos na legislação brasileira, inclusive na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seus artigos 166 e 167, como veremos mais adiante.  
E, ao contrário do que muita gente ainda acredita, seu uso não é opcional, mas obrigatório. Caso o cargo ou função exija um determinado EPI, o colaborador, necessariamente, tem de usar. Por outro lado, a empresa tem a obrigação de fornecer e orientar o uso correto.  
Exemplos de EPIs são: abafador de ruído, capacete de segurança, máscara filtradora, calçado fechado, luvas, óculos de segurança, etc. Todos devem possuir o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Isso atesta sua efetividade. No CA também consta a validade do EPI. É isso mesmo: EPIs têm um prazo de validade para uso! 
Fique ligado: 
· Não existe justificativa para que o colaborador recuse um EPI; 
· Crie um Diálogo Diário de Segurança para repassar, diariamente, orientações sobre o EPI; 
· Não permita que EPIs sejam emprestados, pois seu uso deve ser individual. 
Equipamentos de proteção coletiva 
Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) devem atender a mais de um empregado – ou a toda a empresa – e, logicamente, pode ser compartilhado. Em alguns casos, os EPCs serão instalados nas dependências da organização, como os corrimãos das escadas. 
Como exemplos de EPCs, podemos citar: redes de proteção, sinalizadores de segurança (cartazes, placas, etc.), corrimão de escadas, plataforma de segurança (para conter queda de peças e equipamentos), exaustores para gases, névoas e vapores, entre outros. 
Mais dicas: 
· EPCs devem estar em perfeito estado de uso; 
· Nunca deixe de instalar um EPC que foi recomendado à sua empresa; 
· Assegure-se de que os EPCs vêm de fabricantes com bom histórico no mercado. 
Legislação sobre os equipamentos de proteção 
É na CLT que temos a principal menção aos equipamentos de proteção para os trabalhadores. O artigo 166 é enfático: “A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados”. 
O artigo seguinte, 167, continua o tema, mas com uma observação às empresas que irão comercializar esse tipo de produto: “O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho”. Isso significa que, sem o Certificado, o EPI não terá qualquer efeito prático e a empresa poderá ser punida em caso de fiscalização. Daí a importância de sempre ser feita a consulta de CA. 
Além da CLT, carta magna das relações de trabalho, temos algumas Normas Regulamentadoras (NRs) que falam sobre a obrigatoriedade do correto uso dos EPIs. Entre elas, podemos citar a NR 1 (que trata das Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais), a NR 4 (falando dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) e a NR 9 (com foco para o Programas de Prevenção de Riscos Ambientais). 
E, claro, não poderíamos deixar a NR 6 de fora. Ela fala especificamente dos EPIs. Essa norma estipula, por exemplo, o que cabe ao empregador, as responsabilidades do trabalhador e os deveres dos fabricantes (sejam nacionais ou estrangeiros). Nessa NR também teremos orientações a respeito do Certificado de Aprovação e uma lista completa de possíveis EPIs.

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