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International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 211 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 Impacto das emoções culpa e orgulho na intenção de compra consciente de slow fashion Impact of guilt and pride emotions on conscious purchase intention of slow fashion DOI: 10.55905/ijsmtv10n1-011 Recebimento dos originais: 15/12/2023 Aceitação para publicação: 19/01/2024 Déa Emiliana Santos do Couto Soares Mestra em Administração Instituição: Universidade de Pernambuco (UPE) Endereço: Av. Sport Clube do Recife, 252, Madalena, Recife - PE, CEP: 50750-500 E-mail: dea.santos.couto@gmail.com Orcid: https://orcid.org/0009-0003-6575-8154 Marcus Augusto Vasconcelos Araújo Doutor em Administração Instituição: Universidade de Pernambuco (UPE) Endereço: Av. Sport Clube do Recife, 252, Madalena, Recife - PE, CEP: 50750-500 E-mail: marcus.araujo@upe.br Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4559-0860 Cristiane Salomé Ribeiro Costa Doutora em Administração Instituição: Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Endereço: Av. Marielle Franco, S/N, Km 59, Nova - PE, CEP: 55014-900 E-mail: cristiane.costa@ufpe.br Orcid: https://orcid.org/0000-0002-9327-9164 Pablo Aurélio Lacerda de Almeida Pinto Doutor em Economia Instituição: Universidade de Pernambuco (UPE) Endereço: Av. Sport Clube do Recife, 252, Madalena, Recife - PE, CEP: 50750-500 E-mail: pablo.aurelio@upe.br Orcid: https://orcid.org/0000-0001-5199-5181 Lia Ramos Lustosa Molina Mestranda em Administração Instituição: Universidade de Pernambuco (UPE) Endereço: Av. Sport Clube do Recife, 252, Madalena, Recife - PE, CEP: 50750-500 E-mail: lialustosa.molina@upe.br Orcid: https://orcid.org/0009-0001-2996-479X mailto:dea.santos.couto@gmail.com https://orcid.org/0009-0003-6575-8154 mailto:marcus.araujo@upe.br https://orcid.org/0000-0003-4559-0860 mailto:cristiane.costa@ufpe.br https://orcid.org/0000-0002-9327-9164 mailto:pablo.aurelio@upe.br https://orcid.org/0000-0001-5199-5181 mailto:lialustosa.molina@upe.br https://orcid.org/0009-0001-2996-479X International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 212 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 RESUMO O referente trabalho teve como objetivo avaliar o impacto das emoções culpa e orgulho na intenção de compra consciente, com foco na moda sustentável; slow fashion. Foi realizado com base em cinco hipóteses, das quais quatro foram confirmadas e uma refutada. Os resultados desta pesquisa podem ajudar a compreender como as emoções culpa e orgulho afetam a intenção de compra consciente, e pode ser útil para a indústria de moda e para profissionais de marketing, que podem usá-los para aprimorar suas estratégias e ajudar os consumidores a tomar decisões de compra consciente. No entanto, a pesquisa aponta para a necessidade de mais estudos sobre o assunto, considerando outras emoções e aplicando-o em contextos diferentes para ter uma compreensão mais ampla do comportamento do consumidor. Além disso, a pesquisa pode inspirar futuros estudos sobre o tema e ajudar a avançar o conhecimento sobre as emoções e a intenção de compra consciente. Palavras-chave: culpa, consumo consciente, intenção de compra, orgulho, slow fashion. ABSTRACT The related work aimed to evaluate the impact of guilt and pride emotions on conscious purchase intention, focusing on sustainable fashion; slow fashion. It was carried out based on five hypotheses, of which four were confirmed and one refuted. The results of this research can help to understand how the emotions of guilt and pride affect the conscious purchase intention, and can be useful for the fashion industry and for marketers, who can use them to improve their strategies and help consumers to make informed purchasing decisions. However, the research points to the need for further studies on the subject, considering other emotions and applying it in different contexts to have a broader understanding of consumer behaviour. In addition, the research can inspire future studies on the topic and help to advance knowledge about emotions and conscious purchase intention. Keywords: conscious consumption, guilt, pride, purchase intention, slow fashion. 1 INTRODUÇÃO Para que a compra aconteça muitos fatores devem ser considerados, tanto os provenientes internamente quanto externamente. As emoções podem ser significantes para a definição do comportamento de consumo, segundo Antonetti e Maklan (2014) são provenientes de experiências já vividas, as quais podem interferir no comportamento futuro. As emoções desempenham um papel importante na tomada de decisão do consumidor, assim como no desenvolvimento e manutenção da preferência de bens de consumo ou serviços (ZALTMAN, 2003; SHIV, 2007; KENRICK et al., 2013). Os International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 213 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 indivíduos tendem a associar sentimentos profundos a compras, ou uso de produtos/serviços, e isso permite com que as respostas possam ser fortes influenciadores dos processos, como avaliação, memória, julgamento e percepção de risco (GARDNER, 1985; DOLAN, 2002; RUSTICHINI, 2005). De acordo com Baumeister (2002) e Blasi (1999) as emoções autoconscientes, mais especificamente a culpa e orgulho, são importantes para a autorregulação dos consumidores, que impactam na capacidade dos indivíduos em controlar as suas decisões em apoio de metas de longo prazo. A tomada de decisão consciente também é tida a partir de emoções, segundo Meneses (2010) mais do que por meio da cognição. Estas que podem prever tipos específicos de comportamentos, inclusive os sustentáveis vistos em diferentes estudos. Antonetti e Maklan (2014) afirmam que as emoções de culpa e orgulho são vetores relevantes que direcionam os consumidores a aderirem a comportamentos sustentáveis, tais quais podem incidir positivamente ou negativamente sob a intenção de compra do consumidor, o que pode resultar na prática de consumo, ou não, a depender da experiência. Bem como o estudo de Lima Costa e Félix (2019), cujo objetivo é compreender as variáveis da emoção, culpa e orgulho, e como estas se relacionam com o comportamento sustentável do consumidor. As emoções positivas e negativas, de acordo com Muller (2007), estão atrelados à intenção e à atitude de compra, o que leva o consumidor a efetuar seus atos quando possui clareza de suas emoções relacionadas ao consumo. Na maioria das vezes as emoções contribuem na intenção de próximas compras, que podem ser influenciadas por meio de diferentes variáveis, dentre preços, aspectos psicológicos e físicos (MULLER, 2007). Destarte, para que a atitude de compra seja realizada é necessário a existência da intenção de compra, a qual pode ser alterada por meio de diferentes interferências (LIMA, COSTA E FÉLIX, 2019). Assim, tal conceito é considerado relevante no direcionamento do comportamento do consumidor consciente, o que reflete informações primordiais ao aspecto mercadológico tendo em vista a possibilidade de planejar estratégias mais eficientes. Trazendo a indústria de moda a este contexto, as coleções são preparadas com base nas intenções de compra projetadas pelos consumidores, o que atende as demandas International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 214 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 de formaeficiente. Segundo Chang e Watchravesringkan (2018) existe uma relação significativa entre a intenção de comportamento em adquirir produtos de moda sustentável e a consumação destes, ou seja, sabendo que determinado indivíduo tem interesse em fazer uma compra sustentável a empresa pode ser mais precisa em sua campanha e conseguir conquistar esse consumidor. Tendo em vista que os consumidores estão se tornando cada vez mais participativos e críticos, mais movimentos sociais surgem visando mudar a perspectiva da produção demasiada de produtos e a fim de transformar o mercado em um ambiente mais consciente e menos prejudicial ao meio ambiente e sociedade. Dentre estes, destaca- se o movimento slow fashion, um movimento que surgiu em meio a outros movimentos conceituados por slow – que vão de encontro à lógica hegemônica do capitalismo com processos rápidos, processos padronizados e em larga escala– como uma representação ética no processo geral, desde a produção, comercialização ao consumo das roupas (BERLIM, 2021). A partir destes direcionamentos conceituais, pode-se explorar como as emoções de culpa e orgulho afetam o comportamento de compra dos consumidores e como estas podem ser usadas como uma ferramenta para influenciar as escolhas de compra dos consumidores. Além disso, pode-se investigar a relação entre as emoções de culpa e orgulho e a intenção de compra consciente, incluindo a importância dessas emoções no processo de tomada de decisão de compra consciente de produtos slow fashion. Finalmente, o estudo pode contribuir no desenvolvimento de uma teoria mais completa e abrangente sobre as emoções e o comportamento de compra consciente, fornecendo uma base sólida para futuros estudos e aplicações práticas no marketing e na publicidade, no sentido de direcionar os processos para o conceito de sustentabilidade e a forma de posicionamento no mercado através de uma comunicação mais ética e responsável. 2 INTENÇÃO DE CONSUMO CONSCIENTE DE PRODUTOS SLOW FASHION A compreensão acerca da intenção de compra consiste na previsão do possível comportamento do consumidor, o qual indica sua vontade baseado em diferentes aspectos que justifiquem seu ato de consumo. Estudos como o de Ajzen e Fishbein, (1980) definem International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 215 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 a intenção de compra como o determinante real do comportamento do sujeito em desempenhar alguma ação. Outros autores como Santiago et al. (2020), consideram que a intenção de compra acontece em um momento específico, ou, em uma situação que o consumidor está propenso a consumir o produto. Para Lima Costa e Félix (2019), a intenção de compra só é realizada com a existência da atitude de compra, a qual pode ser alterada por meio de diferentes interferências, enquanto que a ação é algo que já foi realizada, sem haver possibilidade de modificações. Seguindo esta linha é possível entender que a intenção de compra é uma previsão do ato, mas que pode ser alterado diante a variáveis apresentadas ao sujeito. Assim, o consumidor pode mudar sua maneira de pensar sobre determinado consumo, considerando as diversas interferências ao longo deste processo, e quando a compra é concretizada, a sua experiência de consumo encarrega-se em determinar a avaliação que contribuirá para o direcionamento das intenções de compras futuras (LIMA, COSTA E FÉLIX, 2019). Apesar da intenção de compra não ser uma certeza absoluta, pode vir a ser um ótimo previsor para as empresas acessarem os possíveis comportamentos de compra de seus consumidores, em que tais informações podem ser utilizadas a favor de suas estratégias mercadológicas. Trazendo essa perspectiva à indústria de moda, o entendimento prévio acerca do comportamento dos consumidores é imprescindível para que as campanhas atendam a demanda de seu público-alvo de maneira efetiva. De acordo com Chang e Watchravesringkan (2018) há uma relação significativa entre a intenção de comportamento em adquirir produtos de moda sustentável e o efetivo consumo destes, levando a entender que as pessoas que consideram fazer uma compra sustentável têm maior chance de realizar a compra de maneira consciente. Ainda neste contexto é visto o surgimento de movimentos que buscam mudar a forma como os processos são apresentados, resultados de uma produção massiva e nociva à sociedade em diferentes níveis. O slow fashion é um exemplo de movimento, o qual incorpora a ética e a estética em todo o ciclo desde a produção até o consumo das roupas. International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 216 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 Segundo Berlim (2021) é uma alternativa que consegue romper o mindset padrão da moda sendo substituída por percepções mais sustentáveis provenientes de todos envolvidos. O consumo consciente depende de métodos racionais e ambientalmente sustentáveis para que os consumidores tomem as decisões baseados em seus valores profundos (OTTMAN, 1993). Estes consumidores tendem a prestar mais atenção nas consequências públicas por trás de seu ato de consumo e vislumbram gerar menos impactos negativos à sociedade. E tal forma de consumo não está baseada apenas em satisfazer suas necessidades e desejos, mas também visa beneficiar o meio ambiente a longo prazo (SAMARASINGHE, 2012). Destarte, o estudo entende que o fato do consumidor ser considerado sustentável é um fator que gera influência sobre a intenção de compra de produtos sustentáveis, como os produtos slow fashion, levando a primeira hipótese da pesquisa: H3: Os consumidores conscientes têm maior intenção em comprar produtos slow fashion. Enquanto para Muller (2007) são os afetos positivos ou negativos provenientes da compra de determinado produto ou serviço - influenciados por meio de diferentes variáveis dentre preços, aspectos psicológicos, e físicos - que os levam a ter a intenção de comprar novamente. À vista disso, o processo decisório, as intenções e atitudes têm como referência o afeto, ou, as lembranças das experiências vividas, que serve de base para decidir o comportamento de compra (PHAM, 1998). Havlena & Holbrook (1986) afirmam que as emoções aparecem como influenciadores das atitudes e intenções. Assim, o consumidor pode efetuar compra quando tem clareza aos sentimentos emitidos, e as emoções positivas são as que mais contribuem para que exista a recompra. Em estudos como o de Antonetti e Maklan (2014) às emoções de culpa e orgulho são vistas como os principais vetores que direcionam os consumidores a aderirem a comportamentos sustentáveis, e tais emoções podem incidir positivamente ou negativamente sob a intenção de compra do consumidor. Bem como o estudo de Lima et al. (2019), cujo objetivo é o de compreender as variáveis da emoção, culpa e orgulho, e como estas se relacionam com o comportamento sustentável do consumidor. International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 217 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 Estes estudos serão discutidos com mais profundidade na próxima seção, em que os constructos emoção de culpa e orgulho serão definidos e as principais teorias que se relacionam a este serão apresentados. 3 EMOÇÕES CULPA E ORGULHO As emoções são as combinações de processos de avaliação mental, cujas respostas são transmitidas ao corpo que resultam em um estado emocional corporal, que produzem alterações mentais (DAMÁSIO, 1996). Diante desta perspectiva é necessário a compreensãodas empresas acerca da importância de considerar o perfil dos seus consumidores, tendo em vista que as emoções podem influenciar no comportamento como consumidor (SCHNEIDER, 1999). Na busca pela compressão da influência do comportamento sustentável, a literatura aponta as crenças, normas, valores e atitudes como variáveis que preveem a intenção de compra ecológica (LEE, 2009), e em estudos sobre as emoções antecipadas são consideradas variáveis proeminentes no comportamento sustentável dentre outros comportamentos futuros (ADAMS et al., 2020; SCHNEIDER et al., 2017). As emoções podem ser motivadoras de ações sustentáveis, em que a culpa e o orgulho antecipados fazem com que as pessoas percebam uma preocupação social (PARKINSON E ILLINGWORTH, 2009) e moral (WANG, 2011). Estas apesar de serem opostas, podem afetar as escolhas do indivíduo de forma equiparada ao que se refere à sustentabilidade. A culpa é considerada uma negativa por provocar um sentimento negativo a elementos externos, cujas consequências são compostas por sentimentos como o remorso e mal-estar (PELOZA et al., 2013). Assim, o efeito negativo desencadeado a partir de um consumo insustentável, como o sentimento de culpa que pode interferir na forma como os consumidores tomam suas atitudes futuras, a fim de evitar situações de compra similares que representem sensações de insatisfação. Muitos estudiosos (MURALIDHARAN E SHEEHAN, 2017; WHITE et al., 2019) consideram a culpa como uma emoção que reflete significativamente no estímulo da intenção e ações sustentáveis. Seguindo a literatura comportamental e das emoções, é visto que tal sentimento antecipado ocasiona forte impacto no indivíduo permitindo o International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 218 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 estímulo de tomar decisões mais conscientes, inclusive ações a favor do meio ambiente (THEOTOKIS E MANGANARI, 2014; MURALIDHARAN E SHEEHAN, 2017). De acordo com Lima, Costa & Félix (2019) as emoções de culpa exercem uma influência sobre as intenções de consumo de produtos sustentáveis. Tal perspectiva corrobora com outras pesquisas sobre o tema, como a de Antonetti e Maklan (2014) que apontou que a emoção de culpa influencia o comportamento do consumidor e que mediante a sensação negativa provocada pela ação, os consumidores tendem a evitar a repetição do comportamento. Jiang et. al. (2020), confirmam esta linha de pensamento em que a culpa antecipada causa impacto positivo direto a intenção de comportamento de consumo de baixo carbono. Dessa forma, é possível levantar duas hipóteses desta pesquisa: H1: A emoção culpa exerce influência positiva na intenção do consumidor na compra de produtos slow fashion. H4 A emoção de culpa influencia os consumidores a consumirem conscientemente produtos slow fashion. Enquanto o sentimento de orgulho é considerado positivo e está associado com o sentimento de satisfação e bem-estar, e acarreta no aumento da motivação do consumidor para o comportamento, que segue de acordo com seus padrões pessoais (WILLIAMS E DESTENO, 2009). O sentimento de orgulho pode levar os consumidores a quererem voltar a sentir a mesma emoção de positividade através do comportamento que ocasionou. Contudo, a emoção negativa de culpa e a positiva de orgulho se relacionam positivamente com o consumidor rumo a um comportamento de consumo ético (ANTONETTI E MAKLAN, 2014). Para Liang et al. (2019) as emoções positivas como orgulho e gratidão são potencializadores da prevenção da poluição e do consumo verde. Enquanto Lima, Costa e Félix (2019) dizem que o orgulho não exerce influência sobre a intenção de compra de produtos verdes, o que pode ser explicado pelos consumidores que não tenham sentido tal emoção ao comprar um produto considerado sustentável, ou, ainda não tenham experimentado situações de consumo, cuja emoção seja exaltada. Sendo um resultado que vai de encontro a muitos outros estudos (ANTONETTI E MAKLAN, 2014; WANG E WU, 2016; SCHNEIDER et al., 2017) que abordam a temática. International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 219 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 De acordo com Schneider et al. (2017) a emoção de orgulho pode ser considerada um forte incentivador de ações sustentáveis, em que o desejo de experimentar sentir orgulho a partir de uma ação pode estimular comportamentos mais conscientes com foco na conduta ecológica. Deste modo, as emoções positivas como o orgulho são tidas como um forte preditor comportamental de intenção de compra consciente. A partir do exposto, a emoção de orgulho pode agir positivamente no comportamento do consumidor mais consciente com compra de produtos de cunho sustentável, levando a mais uma hipótese de pesquisa: H2: A emoção orgulho exerce influência positiva na intenção do consumidor na compra de produtos slow fashion. H5. A emoção de orgulho influencia os consumidores a consumirem conscientemente produtos slow fashion. Sendo assim, relevante aprofundar o conhecimento acerca das emoções ao que se refere aos estudos sobre o consumo sustentável. A seção a seguir será mencionada a metodologia adotada nesta pesquisa, em que serão pontuados os métodos para comprovar ou refutar as hipóteses levantadas. 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia utilizada nesta dissertação foi de natureza quantitativa é caracterizada como descritiva, cujo método usado para o levantamento dos dados foi por meio de survey, de recorte transversal único, com o intuito de atingir o objetivo geral da pesquisa. Este, consiste em analisar o impacto das emoções culpa e orgulho na intenção de compra consciente de produtos slow fashion. A pesquisa quantitativa é uma abordagem que busca quantificar os dados e analisá-los estatisticamente, com o propósito de traçar as características de uma população (MALHOTRA, 2001, 2012). Enquanto para Knechtel (2014) é uma modalidade de pesquisa desenvolvida a partir de um problema humano ou social, levantada através do teste de uma teoria, a fim de comprovar se a pesquisa é legítima, consistente e válida, partindo das análises estatísticas dos dados coletados. As hipóteses são descritas em um modelo teórico apresentado na 1. Figura apresentada abaixo, definida como pesquisa descritiva (CHURCHILL JR, 1999). International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 220 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 Figura 1- Modelo Teórico Fonte: Elaborado pela autora (2022) O questionário utilizado seguiu o modelo do estudo de Antonetti e Maklan (2014), adaptado ao contexto proposto pela pesquisa, em que os respondentes podiam concordar ou discordar das afirmativas por meio da escala likert de 5 pontos, sendo dividido em cinco seções. A primeira foi sobre a emoção de culpa e a segunda sobre a emoção de orgulho, em sequência a seção sobre a intenção de compra. A quarta seção estava relacionada ao construto do comportamento do consumidor sustentável e a última seção teve por finalidade traçar o perfil dos respondentes através de questões sociodemográficas. O tipo de amostragem foi não probabilístico por bola de neve, cuja pesquisa foi divulgada nas redes sociais e compartilhada de forma espontânea. De acordo com Vinuto (2014) a amostragem em snowball ou, bola de neve utiliza cadeias de referência, além de ser útil em pesquisas com grupos de difícil acesso. A ferramenta de coleta de dados utilizada foi o Google Forms compartilhado em grupos de redes sociais, cuja amostrafoi selecionada pelo pesquisador por meio de julgamento (MALHOTRA, 2012). A pesquisa foi distribuída após os ajustes tidos a partir das considerações do pré- teste, no período de 19 maio de 2022 a 26 junho de 2022, levantando o total de 313 International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 221 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 respostas sendo considerado 312 tendo em vista que um dos respondentes não se enquadra nas exigências da pesquisa. Após a elaboração e estruturação do instrumento de coleta de dados da pesquisa, este passou por um procedimento de validação, em que as escalas foram validadas através da regressão logística, em que Hair Jr. et al. (2009) diz que o tamanho da amostra é fundamental. Para Hosmer e Lemeshow (2000) o número mínimo da amostra tem de ser 400 casos, enquanto Hair et al. (2009) sugerem uma razão de 10 casos para cada variável independente incluída no modelo. Deste modo a amostragem consegue suprir o valor mínimo para que a análise aconteça em que atingiu um total de 312 pessoas. Para a análise de dados foi usado a estatística descritiva e multivariada de dados, por meio da técnica de regressão logística. Esta é uma das técnicas mais utilizadas em pesquisas em Administração, especialmente na área de Marketing (EBERLE, 2014; NESPOLO, 2014). A regressão logística, que baseado na literatura é um tipo de regressão múltipla que tem por objetivo utilizar as variáveis independentes para poder prever os valores da variável dependente (HAIR et al., 2009). Este método é utilizado quando o estudo estatístico não possui características paramétricas das variáveis (HAIR Jr. et al., 2009; HOSMER, LEMESHOW E STURDIVANT, 2013). Assim, as variáveis foram adaptadas, em que a escala Likert de 5 pontos utilizada na coleta de dados foi transformada em uma escala binária, possibilitando uma melhoria na análise dos dados levantados. Sendo então definido as medidas de cada uma das escalas, em que 0 representa os valores que foram iguais ou menores que a mediana e 1 para os valores que ficaram acima da mediana. Foi utilizado o software de dados estatísticos: Statistical Package for Social Sciences (SPSS), através do método stepwise backward LR que geraram os modelos de regressão logística. Este que utiliza um processo interativo a partir de um modelo maior, e tal interação acontece até que sejam mantidas as variáveis independentes consideradas significantes no modelo (HAIR JR. et al., 2009). As variáveis socidemográficas (sexo, idade, renda e escolaridade) também foram incluídas na interação. Na próxima seção, apresentam-se os resultados realizados na análise dos dados coletados. International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 222 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 5 ANÁLISE DOS DADOS O resultado da estatística de Alfa de Cronbach dos construtos emoção de culpa indicou um percentual de 0, 913%, de orgulho 0,778% e o de intenção de compra 0,856% confirmando a confiabilidade das respostas coletada Cada variável está apresentada de acordo com sua distribuição. Em relação à emoção de culpa obteve-se uma mediana de 4,0. Cujas respostas foram baseadas numa escala de 1 a 5, em que 1 discordo totalmente e 5 concordo totalmente. Sendo representado pelo número 1 quando a resposta é 5 e quando inferiores são representados por 0, devido ao procedimento adotado para dicotomizar as variáveis. Para a emoção de orgulho a mediana foi 4,0 em uma escala de cinco pontos com variação entre discordo totalmente (1) e concordo totalmente (5). A próxima variável é a de intenção de compra, cuja escala indicava cinco pontos, com a variação entre discordo totalmente e concordo totalmente, indicou a mediana de 4,0. A amostra levantada em termos de frequência relativa a sexo indica que 69,6 % são do sexo feminino e 29,8% do sexo masculino e apenas 1% não se identifica com estas definições. Assim, a amostra possui em sua maioria pessoas do sexo feminino, que possui um comportamento de consumo consciente maior que o público masculino. As mulheres são consideradas mais atuantes como consumidoras, e são as principais responsáveis por modelar a cultura do consumo (LEACH, 1984, apud ROCHA et al., 2016). Tal gênero demonstra estar mais propenso em reinventar sua forma de consumir abrindo espaço para tendências mais sustentáveis, como brechós e lojas online de troca ou venda de roupas de moda (RODRIGUES E SOUZA, 2018). Tabela 1- Perfil da Amostra Variáveis Frequência Percentual Masculino 29,8 69,9% Feminino 69,9 29,8% Não Binário 0,3 03% Z (12-27) 39 12,5% Y (27-42) 194 62% X (42-62) 67 21,4% BB (62-82) 3 1% Omissos 10 3,2% Renda de meio até um salário mínimo 12 3,8% International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 223 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 Renda de zero até meio salário mínimo 1 0,3% Renda maior que três salários mínimos 187 59,7% Renda de dois e meio até três salários mínimos 47 15% Renda de um até um e meio salário mínimo 28 8,9% Renda de um e meio até dois salários mínimos 32 10,2% Renda de um e meio até dois e meio salários mínimos 2 0,6% Renda maior que três salários mínimos 3 1% Cursando ensino superior 23 7,3% Ensino médio completo 24 7,7% Ensino médio incompleto 1 0,3% Ensino superior completo 68 21,7% Ensino superior incompleto 25 8% Fundamental completo 2 0,6% Pós-graduação completa 135 43,1% Pós-graduação incompleta 34 10,9% Centro-oeste 4 1,3% Nordeste 280 89,5% Norte 1 0,3% Sudeste 10 3,2% Internacional 3 0,9% Fonte: Elaborado pela autora (2022) A grande parte dos respondentes desta pesquisa fazem parte da faixa etária dos 30 anos e 35 anos, algo previsto devido a conveniência da pesquisadora em acessar este público. Este que corresponde a geração millenial, representados por pessoas entre as idades 27 e 42 anos. Considerados jovens engajados nas redes e que indicam possuir um nível de consciência de compra maior em relação a gerações posteriores. De acordo com Issa e Isaias (2016) esta geração faz um uso positivo da internet como a coleta de informações e conscientização global e local sobre assuntos relacionados à sustentabilidade. A frequência de renda familiar indica que a grande parte da amostra, precisamente 59,7% dizem ter renda familiar maior de três salários mínimos e outra parte significativa de 15,0% diz ter renda familiar de dois e meio até três salários mínimos. A grande parte da amostra possui uma renda familiar de classe média, cujo público possui mais acesso às tecnologias e internet do que as classes mais baixas, como visto no período crucial da pandemia, COVID 19, em que os estudantes das redes públicas não International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 224 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 puderam acessas as aulas devido a precariedade do acesso à internet. De acordo com a Agência de Notícias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE em 2020 o índice de desemprego teve um aumento comparado a 2012, chegando a 14,4% no trimestre terminado em agosto somam mais de 1,1 milhões de pessoas desempregadas, refletidos na ausência do acesso as aulas remotas que afetou diretamente na educação das crianças (BEHAR, 2020, p.105). Em estudos (PEREIRA E SILVA, 2010; ZUIN, 2010) é possível identificar o quanto as característicassocioeconômicas são determinantes para acessar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), as quais permitem consumir e compartilhar informações de maneira célere e livre possibilitando maior conhecimento sobre assuntos como os que envolvem a sustentabilidade, aumentando a possibilidade de despertar uma consciência sobre tal tema. A tabela abaixo indica a frequência da renda per capita dos respondentes. Foi coletado também o nível de escolaridade da amostra, e foi visto que 43,1 % são pós-graduados e 21,7% possuem ensino superior completo, sendo poucos os que estão cursando ou cursaram o ensino básico. Tendo em vista que a grande maioria da amostra em análise foram pessoas com renda familiar superior a dois salários mínimos é possível relacionar-se ao índice alto de pessoas com a escolaridade de nível superior. O que corresponde a um público que possui algum tipo de acesso à internet. Segundo Macedo (2010) às desigualdades de acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) são fortemente ligadas ao poder aquisitivo bem como à educação. O Brasil é um país com mais de habitantes em que 26,5% vivem abaixo da linha da pobreza (IBGE, 2018), e esta faixa de renda são as mais afetadas com relação à inclusão digital, sendo 27% da população aqueles que não são usuários de internet, e 44% se enquadram nas classes D e E (CETIC, 2019) O uso da internet amplifica o acesso à informação e permite que as pessoas, principalmente jovens, adquiram novos conhecimentos e novas formas de arte (PALFREY E GRASSER, 2011), desenvolvendo uma consciência sobre diferentes assuntos, inclusive ao que tange às dimensões da sustentabilidade. As mídias sociais proporcionam novas formas de tratar os problemas ambientais e permitir que as pessoas International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 225 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 se mantenham engajadas nesta causa através do ativismo ambiental online. (PEZULLO E COX; 2018; COBERT, 2006). A maioria dos respondentes foram da região Nordeste com o percentual de 89,5%, sendo algo já esperado devido a conveniência da pesquisa, resultado das conexões da pesquisadora. Outra parte dos respondentes foi das demais regiões, em que 4,2 % foram do Sul e 3,2%, do Sudeste do país. É importante mencionar que a pesquisa teve um alcance maior que o esperado por chegar a brasileiros que moram na Europa representado por 0,3% da Irlanda e 0,3% de Portugal. Partindo da perspectiva desta dissertação é possível correlacionar diferentes pesquisas que abordam a temática do consumo consciente, a fim de investigar os aspectos comportamentais que representam a população da região Nordeste. O estudo de Cavalcanti (2021) buscou compreender os hábitos de consumo dos estudantes da Universidade Federal de Pernambuco direcionando ao grau de preocupação socioambiental dos universitários, e os dados apresentados apontaram um exíguo grau de consciência socioambiental das pessoas entrevistadas em relação aos hábitos de consumo. Seguindo este direcionamento, os autores Lima, Costa e Félix (2022) analisaram a influência dos construtos percepção de responsabilidade social, consumo de produtos verdes e sensibilidade de preço, sobre o consumo consciente com foco nos consumidores do Agreste Pernambucano, e conseguiram identificar que a percepção de ações de responsabilidade social e a compra de produtos verdes exercem influência sobre o consumo consciente, sendo a primeira uma influência positiva e a segunda negativa. Foi visto que a sensibilidade de preço não teve nenhuma significância estatística. 6 ANÁLISE DAS RELAÇÕES ENTRE AS VARIÁVEIS As variáveis foram tratadas de maneira conjunta, em que cada relação apresentou o odds ratio que indica se há a relação entre elas, e quais as chances de acontecer. O modelo apresentou odds ratio de 3,3 para as variáveis frequência de compra e o sexo feminino. Sendo assim, comprovado estatisticamente que as chances de as mulheres terem uma frequência maior de compra de slow fashion aumentam em 3,3 vezes. As mulheres são muito influentes na sociedade de consumo (BARLETTA, 2006; LEACH, 1984) e isso é sentido pelas empresas de moda, as quais buscam atender o International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 226 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 desejo das consumidoras tanto com relação a estar na moda quanto seguir uma tendência mais sustentável. O aspecto preço teve apenas uma variável compatível com a equação, sendo esta a idade. Se o preço for um aspecto importante para a compra, as chances desta pessoa ser mais velha diminuem 40%, ou seja, as pessoas mais novas se importam mais com o preço do que pessoas com mais idade. E isso pode acontecer pelo fato destas não terem uma estabilidade financeira, assim como as pessoas com idades mais avançadas. Foi visto que a conveniência teve relação com duas variáveis, dentre estas a emoção de orgulho indicando que as pessoas que compram por conveniência têm suas chances diminuídas em 40% de não sentir orgulho em sua compra. Partindo assim da ideia que a variável conveniência é um critério utilizado por pessoas que buscam praticidade e rapidez, e não priorizam uma compra consciente e responsável. Os bens de conveniência são aqueles que os consumidores não promovem esforços para efetuar a compra, não tem lealdade com a marca e avaliam baixo risco no processo de decisão. Os produtos não apresentam diferenças percebidas de qualidade e são vendidos a preços atrativos e distribuídos em muitos pontos de venda (COBRA, 1984; KOTLER, 1994). Sendo, possivelmente, o motivo para as pessoas não sentirem orgulho em comprar produtos por conveniência. Outra variável relacionada a mesma, foi o nível médio educacional, em que as pessoas deste nível de ensino indicam ter uma chance diminuída em 45% de comprar por conveniência, ou seja, quanto mais baixo o nível de ensino, menores são as chances de comprar por conveniência. A variável conforto teve relação com a variável renda e emoção de culpa, as quais indicaram que pessoas com mais de três salários mínimos se preocupam mais com o conforto em que as chances aumentam o odds ratio foi de 1,95. E estas pessoas que dizem comprar por conforto a chance aumenta em 1,596% de sentir a emoção de culpa. Esta que pode ser desencadeada quando a compra acontece por impulso, priorizando apenas o conforto. O odds ratio obtido na relação entre a variável tendência e idade foi de 0,558, indicando que as pessoas mais velhas têm as chances reduzidas de comprar por tendência em 44%. Logo, as mais jovens têm mais chances de comprar seguindo as tendências de International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 227 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 moda. Para Campos (2009) os jovens são os principais influenciadores de moda, os quais transmitem sua individualidade e originalidade para o topo da moda, sendo assim responsáveis pelo lançamento de tendências. A internet possibilita o fácil acesso à informação e sua celeridade em transmitir coisas novas a todo momento permite que o jovem tenha uma percepção sobre o todo, e o faz se adequar e seguir as tendências impostas pela mídia impactando a transformação da sociedade (RODRIGUES, 2022). A variável sustentabilidade obteve 5,560 odds ratio em relação a emoção de culpa, indicando que esta emoção aumenta as chances de as pessoas consumirem de forma mais consciente produtos slow fashion. O que confirma a hipótese H4, cujo critério de sustentabilidadefaz com que as pessoas se sintam menos culpadas por estarem consumindo de forma mais responsável. Compactuando com o estudo de Antonetti e Maklan (2014), as emoções de culpa dentro do comportamento de compra sustentável só acontecem quando o consumidor tem uma percepção prévia do significado de sustentabilidade e os impactos de suas escolhas de consumo. E quanto maior for seu engajamento, mais emoções de culpa irão influenciar sua escolha. Enquanto, o item emoção de orgulho não obteve relação considerável com esta variável, logo a hipótese H5 não pode ser confirmada. Significa que a maioria da amostra não considera tal emoção como um fator influente para que possam consumir de forma mais consciente. Esse resultado vai de encontro com o estudo de Antonetti e Maklan (2014) e Schneider et al. (2017), em que estes dizem que a emoção de orgulho exerce influência considerável na motivação para o consumo sustentável, ou seja, estas emoções positivas fazem com que os consumidores continuem a ter determinado comportamento. Ao que tange o aspecto de ensino superior obteve 0,428 odds ratio, indicando que pessoas do ensino superior reduzem as chances em 57,2% levando em consideração o aspecto de sustentabilidade como um ponto relevante no momento da compra. Sendo algo inesperado tendo em vista que o nível de conhecimento poderia indicar esse ato de compra mais sustentável, entretanto não se apresenta desta forma. International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 228 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 Outra variável analisada foi a compra por indicação, sendo evidenciado a relação idade, cujas pessoas mais jovens aumentam as chances em 87% na compra por indicação. Assim, entende-se que quanto mais jovem for a pessoa mais consideram comprar a partir de uma indicação bem como uma influência dos considerados “influenciadores digitais”, logo quem compra por indicação compra por influência. De acordo com Matos et al. (2019) os consumidores têm buscado referência em influenciadores digitais e até mesmo amigos com intuito de saber se o determinado produto/serviço vale a pena, por estarem condicionados a buscarem opiniões em fóruns, blogs, redes sociais dentre outros meios, para então poderem tomar suas decisões de compra. Este meio permitiu que os indivíduos se tornassem criadores de conteúdos permitindo uma interação com outros usuários para promover produtos e estilos de vida, caracterizado uma expansão do comércio eletrônico através do marketing de influência, também conhecido por marketing boca a boca (MAGNO E CÁSSIA,2018; MOREIRA et al., 2021). Neste âmbito, o estudo de Lindh e Johnstone (2017) investiga como os influenciadores digitais conseguem influenciar a consciência sustentável de consumidores de idades específicas. O resultado foi que tanto as intenções como os comportamentos dos jovens são fortemente influenciados pelos influenciadores digitais. Seguindo esta linha, o estudo de Castro et al. (2020), verificou que são muitos os jovens que são influenciados por influenciadores digitais, principalmente em suas decisões de compra. Assim, pode-se dizer que o influenciador digital incide grande influência na vida de gerações mais jovens incitando o exercício de práticas sustentáveis. A regressão logística da variável intenção de compra indicou quatro relações dentre elas a variável emoção de orgulho, cujo modelo apresentou odds ratio de 1,974 levando a entender que as pessoas ao sentirem a emoção de orgulho pela compra sustentável aumentam as chances de ter intenção de compra consciente de produtos de slow fashion, confirmando a hipótese H2, cuja emoção de orgulho se relaciona positivamente com a intenção de compra consciente de produtos slow fashion. O que compactua com os estudos de Antonetti e Maklan (2014) e Wang e Wu (2016), os quais identificaram que a emoção de orgulho é forte influenciador que atua International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 229 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 sobre a intenção de compra de produtos éticos ou sustentáveis. Segundo os mesmos, as sensações positivas geradas pela emoção de orgulho fazem com que o consumidor queira manter este comportamento pelas próximas vezes. Assim, entende-se que esta emoção positiva leva as pessoas que querem repetir ações que os façam estimulados (TRACY E ROBINS, 2007; PENZ E HOGG, 2011). Outra variável relacionada a intenção de compra foi a emoção de culpa, em que o odds ratio deu 1,935 significando que as pessoas que sentem a emoção de culpa têm 93% de chances de ter a intenção de comprar de forma sustentável peças de moda slow fashion. Esta relação confirma a hipótese H1, em que se refere a emoção de culpa que influencia de forma positiva a intenção de consumir produtos slow fashion. O que corrobora com o estudo de Antonetti e Maklan (2014), os quais dizem que a culpa é uma emoção negativa percebida pelo consumidor, os quais tendem a evitar experiências de compra como esta. De acordo com Nuttavuthisit e Thøgersen (2017), as escolhas futuras de consumo são baseadas nas experiências passadas dos consumidores. Contudo, é possível compreender o porquê desta hipótese ser comprovada, cuja culpa é um forte preditor que permite que as chances da intenção de compra de produtos sustentáveis sejam aumentadas. A terceira variável foi o sexo feminino, cujo modelo apontou que as chances de mulheres terem a intenção de comprar moda slow fashion aumentam em 1,648 vezes, ou seja, as mulheres apresentam uma intenção maior de comprar produtos de cunho sustentável do que os homens. O aspecto da sustentabilidade indicou uma relação com a intenção de compra em que apresentou odds ratio de 3,311, comprovando estatisticamente que pessoas que consideram a sustentabilidade relevante para escolha de uma marca de moda são os que têm mais chances de ter uma intenção de compra consciente de slow fashion. Logo, é possível entender que os consumidores que consideram relevante o critério sustentabilidade na escolha de uma marca de moda tem maior propensão em comprar produtos slow fashion, o que confirma a hipótese H3. Contudo, os consumidores que se consideram sustentáveis são os que têm maior intenção de comprar de forma consciente, e tal resultado converge com estudos desta temática (ANTONETTI E MAKLAN, 2014; WANG E WU, 2016, SAMARASINGHE International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 230 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 2012), os quais apontam que os indivíduos autodenominados sustentáveis possuem maior consciência sobre os impactos de suas ações e buscam consumir de maneira responsável evitando os danos ambientais, sociais e econômicos. 7 CONCLUSÃO As emoções são fortes indicadores comportamentais, que acabam direcionando o consumidor desde a intenção ao ato da compra. Para Antonetti e Maklan (2014) as emoções são obtidas através de experiências, as quais contribuem na formação do comportamento futuro. A culpa e o orgulho são emoções bastante mencionados neste campo de estudo, em que são consideradas motivadoras de ações sustentáveis, que fazem as pessoas perceberem uma preocupação como os aspectos sociais (PARKINSON E ILLINGWORTH, 2009) e morais (WANG, 2011). Estas são vetores relevantes que direcionam os consumidores a aderirem a comportamentos sustentáveis, tais quais podem incidir positivamente, ou, negativamente sob a intenção do consumidor, que pode vir a ser consolidada. A pesquisa teve como objetivo analisar oimpacto das emoções culpa e orgulho na intenção de compra consciente, tendo como foco a indústria de moda sob a perspectiva de movimentos sustentáveis, como o slow fashion. Este último é definido como uma corrente a favor de tomadas de decisões mais conscientes (MIHANOVICH, 2021) representados por peças de roupas mais duráveis bem como processos mais responsáveis gerando menos impactos nocivos ao que tange os três âmbitos da sustentabilidade. Foram traçadas cinco hipóteses que compuseram o estudo a fim de chegar ao objetivo central. A hipótese H1 consiste na afirmação que a emoção culpa se relaciona negativamente com a intenção de compra consciente de produtos sustentáveis, mais precisamente os que se enquadram no movimento slow fashion. Esta que foi confirmada corroborando com estudos como de Antonetti e Maklan (2014) e Peloza et al. (2013), que dizem que a emoção culpa por serem percebidas de forma negativa, os consumidores preferem evitar experiências de compra que trazem tais sensações. A hipótese H2 confirma que a emoção orgulho exerce influência positiva na intenção do consumidor na compra de produtos slow fashion, convergindo com demais pesquisas (ANTONETTI E MAKLAN, 2014; WANG E WU, 2016), em que consideram International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 231 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 as emoções de orgulho como vetor para a intenção de compra consciente de produtos sustentáveis. Levando a entender que as emoções positivas sentidas podem influenciar em um comportamento futuro de compra, tendo em vista que a emoção traz uma sensação boa. A próxima hipótese confirmada foi a H3, a qual afirma que os consumidores considerados conscientes têm maior intenção em comprar produtos slow fashion. E isso pode acontecer devido os indivíduos já terem um conhecimento maior sobre os impactos de suas escolhas de consumo sob o meio ambiente, a sociedade e a economia, tendo assim consciência de sua responsabilidade como cidadão. Este resultado converge com outras pesquisas que relacionam tais conceitos (ANTONETTI E MAKLAN, 2014; WANG E HU, 2016, SAMARASINGHE 2012). A quarta hipótese (H4) levantada também foi validada, a qual confirma que a emoção de culpa se relaciona com o consumo consciente de produtos com a premissa sustentável, assim é possível dizer que as pessoas se sentem menos culpadas por estarem consumindo tais produtos, os quais apresentam menos impactos nocivos ao meio ambiente e a sociedade amplamente. Enquanto que a hipótese H5 não foi confirmada, esta que menciona a emoção de orgulho e sua influência no comportamento consciente de compra dos consumidores de produtos sustentáveis, especificamente os que se enquadram ao movimento slow fashion. O resultado da pesquisa vai de encontro com alguns principais estudos desta área, Para Antonetti e Maklan (2014) e Schneider et al. (2017). Estes que acreditam que a emoção de orgulho exerce uma influência na motivação para consumir de maneira sustentável, que as emoções positivas fazem com que as pessoas continuem a querer sentir esta mesma sensação, o que mantém seu comportamento. O tema desta pesquisa tem sido tratado de maneira crescente, mas ainda é muito limitado o entendimento sobre as emoções em sua diversidade em relação a intenção de compra consciente. De acordo com Wang e Wu (2016), a maioria dos estudos negligenciam a potencial disparidade nos impactos de diferentes emoções nas escolhas de consumo sustentável, abrindo possibilidade de explorar ainda mais conhecimento necessário sobre a área. International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 232 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 Para estudos futuros é visto a possibilidade de mais aprofundamento em relação a tais construtos considerando demais emoções envoltos na intenção de compra consciente, além de ser aplicado em contextos diferentes que podem trazer um entendimento mais amplo acerca o comportamento do consumidor atual, em que tais informações são de extrema relevância para a área de marketing. International Journal of Scientific Management and Tourism Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 ISSN: 2386-8570 Page 233 International Journal of Scientific Management and Tourism, Curitiba, v.10, n.1, p. 211-238, 2024 REFERÊNCIAS ADAMS, I.; HURST, K.; SINTOV, N. Experienced guilt, but not pride, mediates the effect of feedback on pro-environmental behavior. 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