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1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 3 2 LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS ............................................. 4 3 SEGURANÇA DO TRABALHO E LEGISLAÇÃO ............................... 5 4 SEGURANÇA DO TRABALHO .......................................................... 6 5 METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO E CUSTO DOS ACIDENTES DE TRABALHO (AT) ........................................................................................ 10 6 IMPLICAÇÕES DA CONCEPÇÃO CASUAL NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES ..................................................................................................... 11 6.1 O Acidentado do Trabalho: de Vítima a Culpado ...................... 13 7 RESPONSABILIDADE CIVIL A VIGOR DAS LEGISLAÇÕES E NORMAS 15 8 A LEGISLAÇÃO NA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO 17 9 ARTIGOS NA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO ......... 18 10 NORMAS TÉCNICAS ................................................................... 21 11 O QUE É SEGURANÇA DO TRABALHO .................................... 29 12 CELERIDADE ............................................................................... 32 13 CAUTELARES .............................................................................. 33 14 BIBLIOGRAFIA ............................................................................. 39 3 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS Fonte: www.blogdoprisco.com.br/ Legislação - Como o próprio nome indica, refere-se ao conjunto de leis que, no caso avaliado, regulamentam sobre a comercialização, instalação e/ou manutenção de cercas eletrificadas. Estas leis normalmente se referem às características técnicas do equipamento eletrificador, assim como às características básicas de instalação, como por exemplo, alturas mínimas da cerca, aterramento, etc. Normas - São compostas por um conjunto de regras que devem ser cumpridas, podendo ser de natureza técnica, construtiva, procedimental, de segurança, desempenho, etc. As normas oficialmente adotadas no Brasil são editadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que por sua vez possui a prerrogativa de adotar, por inteiro ou parcialmente, normas internacionais, normalmente editadas pelo IEC (International Eletrotechnical Comission), assim como modificá-las objetivando uma "nacionalização" das mesmas. No caso da norma Brasileira sobre eletrificadores de cercas, foi adotada por inteiro a norma IEC, resultando assim na norma ABNT NBR IEC 60335-2-76. 5 3 SEGURANÇA DO TRABALHO E LEGISLAÇÃO Compreender o binômio Homem-Ambiente de trabalho, reconhecer, avaliar e controlar os riscos que possam afetar a saúde dos trabalhadores, através de metodologias conhecidas. Adquirir conhecimentos básicos sobre Legislação de Segurança e Medicina do Trabalho – Normas Regulamentadoras, legislação pertinentes ao acidentado do trabalho. Analisar e avaliar dados estatísticos sobre os acidentes do trabalho. Adquirir conhecimento sobre proteção coletiva e individual contra os riscos à saúde decorrente do trabalho ou condições em que este é realizado. Os empresários habituaram-se a ver a Segurança do Trabalho sob uma lógica marcadamente legalista, com destaque para as questões do dia-a-dia das relações de trabalho, tais como: recolhimento das taxas de seguro de acidente do trabalho; manutenção do “SESMT – Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho”; CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes; fornecimento de EPI- Equipamentos de Proteção Individual; controle médico e, eventualmente, alguns conflitos trabalhistas envolvendo insalubridade e periculosidade. A questão do meio ambiente de trabalho foi, desde o início, identificada com a figura do trabalhador, incorporada ao rol das questões trabalhistas e tratada sob as égides da legislação pertinente, numa visão nitidamente “legalista”1 e conflituosa - como conflituosas são, no nosso meio, quase todas as relações de trabalho. Poucos são que ver o item “Segurança do Trabalho” como parte integrante do sistema de gestão empresarial e tratado numa visão de negócio. 6 4 SEGURANÇA DO TRABALHO Fonte: www.laborar.com.br/ E a ciência que aplica os princípios e recursos da engenharia no controle e prevenção dos acidentes do trabalho. A palavra legalista, entre aspas, refere-se aos desvios, na prática, do verdadeiro sentido da palavra. Algumas empresas, e não são poucas, “maquiam” seus ambientes de trabalho com Mapas de Risco, PPRA, PCMAT e PCMSO, feitos por empresas especializadas em Segurança do Trabalho - sem a participação de qualquer segmento da empresa, especialmente dos trabalhadores - com o objetivo puro e simples de “cumprir” a Lei. Assim, paradoxalmente, acabam arcando com maiores custos, do que se estivessem efetivamente controlando seus ambientes de trabalho. E como se não bastasse, continuam tendo parte considerável de seus lucros corroídos pela não-conformidade de suas ações em relação às condições de trabalho, traduzidos em prejuízos para o sistema produtivo e em passivos trabalhistas. A ciência e arte devotada ao reconhecimento, avaliação e controle dos riscos profissionais. É um conjunto de ciências e tecnologias que buscam a proteção do trabalhador em seu local de trabalho. Seu objetivo básico envolve a prevenção 7 de riscos e de acidentes nas atividades profissionais dentro do ambiente de trabalho mantendo e respeitando integridade do trabalhador. É a norma geral obrigatória escrita instituída e imposta coercitivamente a obediência geral pelo legislador. Fonte: www.sienge.com.br/ Via de regra, entende que basta que o acidente do trabalho ocorra para que seja devida uma indenização na esfera civil, já que a técnica e o cumprimento as normas legais impediriam sua ocorrência, ou seja, o nexo causal entre a causa e o fato que prejudicou a vítima, ou seja, a infortunística pode e deve ser controlada pela execução de medidas técnicas, operacionais e administrativas, que visem a não ocorrência do fato. PREVENTIVA – CLT e Normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho COMPENSATORIA – CLP – Consolidação da Legislação Previdenciária INDENIZATORIA – CCB - Código Civil Brasileiro INCRIMINATORIA – CPB - Código Penal Brasileiro. CONCEITO PREVENCIONISTA - É uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma 8 atividade, ocasionando perda de tempo útil, e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais. CONCEITO LEGAL - Lei 8.213/91 c/c Decreto 89.312/84 Acidentes de trabalho são aqueles que acontecem no exercício do trabalho prestado àempresa e que provocam lesões corporais ou perturbações funcionais que podem resultar em morte ou na perda ou em redução, permanente ou temporária, das capacidades físicas ou mentais do trabalhador. Fonte: www.e-konomista.pt/ Serão equiparados aos acidentes do trabalho, todos os casos previstos na legislação vigente – Artigo 21 da Lei 8.213 de 24/07/91, ou seja: Será considerado como do trabalho o acidente que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte ou a perda ou a redução da capacidade para o trabalho. O acidente sofrido pelo empregado no local e no horário de trabalho, em consequência de: a) Ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive companheiro de trabalho; 9 b) Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) Ato de imprudência ou de negligência de terceiro, inclusive companheiro de trabalho; d) Ato de pessoa privada do uso da razão; e) Desabamento, inundação ou incêndio; f) Outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior: Doença proveniente de contaminação acidental do empregado, no exercício de suas atividades. O acidente sofrido pelo empregado, ainda que fora do local e horário de trabalho, desde que: g) Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; h) Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa, para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; i) Em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do empregado; j) No percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela. Fonte: www.hugodemoura.adv.br/ 10 Nos períodos destinados a refeições ou descanso ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado será considerado a serviço da empresa. Considera-se também como acidente de trabalho, as doenças profissionais e as doenças do trabalho. No caso de acidente com empregados de prestadoras de serviços, deverá ser adotada a sistemática definida na Norma para Trabalho de Terceiros. As recomendações constantes do formulário "Análise de Acidentes do Trabalho", deverão constar da ata de reunião dos grupos de segurança como assuntos novos. 5 METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO E CUSTO DOS ACIDENTES DE TRABALHO (AT) Os acidentes do trabalho (AT) são fenômenos socialmente determinados, previsíveis e preveníveis. Ao contrário de constituir obra do acaso como sugere a palavra acidente, os acidentes do trabalho são fenômenos previsíveis, dado que os fatores capazes de os desencadear encontram-se presentes na situação de trabalho (passíveis de identificação) muito tempo antes de serem desencadeados. A eliminação / neutralização de tais fatores é capaz de evitar / limitar a ocorrência de novos episódios semelhantes, ou seja, além de previsíveis, os acidentes do trabalho são preveníveis. 11 Fonte: http:www.pmkb.com.br/ Afirmar que os AT são socialmente determinados equivale a dizer que resultam de fenômenos sociais, sobretudo da forma de inserção dos trabalhadores na produção e, consequentemente, no consumo, expressando as correlações de forças existentes em sociedades concretas. Nesses termos, sua prevenção ultrapassa o âmbito das ações desenvolvidas e, ou coordenadas por ministérios como o do Trabalho, da Saúde e da Seguridade / Previdência Social. Em outras palavras, as mudanças das condições de saúde e segurança do trabalho passam necessariamente pela existência de políticas públicas de educação, saúde e segurança do trabalho, sobretudo por pressões sociais que, praticamente inexistem no Brasil. 6 IMPLICAÇÕES DA CONCEPÇÃO CASUAL NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES Acreditar que o acidente do trabalho é fruto da fatalidade implica em aceitar que não há como preveni-lo. Concebê-lo como castigo de Deus, em buscar a solução em orações. Entender que os acidentes do trabalho são fenômenos uni ou pauci-causais, decorrentes, sobretudo, de atos inseguros 12 praticados pelos trabalhadores, implica em centrar as ações preventivas no comportamento dos trabalhadores. Aliada à identificação de responsável pelo acidente, tal concepção acaba por atribuir ao acidentado, culpa pela ocorrência de que foi vítima. Cabe salientar que o encontro de responsável ou culpado, torna desnecessário investigar as causas do acidente, deixando intocados os fatores que lhes deram origem. Fonte: www.pt.slideshare.net/ Investigações que atribuem a ocorrência do acidente a comportamentos inadequados do trabalhador ("descuido", "negligência", "imprudência", "desatenção" etc.), evoluem para recomendações centradas em mudanças de comportamento: "prestar mais atenção", "tomar trabalhadores são capazes de manter elevado grau de vigília durante toda a jornada de trabalho, o que é incompatível com as características bio-psico-fisiológicas humanas. Em consequência, a integridade física dos trabalhadores fica na dependência quase exclusiva de seu desempenho na execução das tarefas. De acordo com concepções mais recentes, os acidentes de trabalho resultam de modificações ou desvios que ocorrem no interior de sistemas de produção, modificações ou desvios esses que por sua vez resultam da interação de múltiplos fatores. Concebendo a empresa como um sistema sócio técnico aberto e o acidente como um sinal de mau funcionamento desse sistema, 13 investigá-lo implica em analisar aspectos do subsistema empresa (idade e sexo dos trabalhadores, qualificação profissional, organização do trabalho, relações pessoais e hierárquicas, cultura da empresa, contexto psico-sociológico, etc.). Um conceito básico na teoria de sistemas e o de equilíbrio ou homeostase, considerando-se estável o sistema que, submetido a perturbações, retorna à condição de equilíbrio devido às suas características intrínsecas ou por ação externa. Em algumas situações de trabalho o equilíbrio precário exige intervenção de operadores / trabalhadores que nem sempre se desenrolam com sucesso, podendo advir prejuízos na produtividade e, ou acidentes. 6.1 O Acidentado do Trabalho: de Vítima a Culpado Um aspecto importante a ser considerado ao se pensar a questão da prevenção dos acidentes diz respeito às concepções desse fenômeno que a experiência quotidiana ainda nos tem revelado. Entre trabalhadores, militantes e dirigentes sindicais, membros de comissões internas de prevenção de acidentes - CIPA, técnicos de segurança, diretores de empresa, enfim, entre profissionais com formações as mais variadas, constata-se ainda a persistência da concepção fatalista acerca dos acidentes do trabalho que, atribuídos ao azar, ao destino, à vontade de Deus são, a partir dessa ótica, inevitáveis! Fonte: www.yeling.com.br/ 14 No Brasil, durante décadas, a formação de profissionais de segurança foi calcada na concepção de que os acidentes do trabalho são causados por atos inseguros - entendidos como ações voluntárias ou involuntárias do próprio acidentado - e por condições inseguras. Essa concepção dicotômica, pauci- causal, aliada à identificação de responsável pela ocorrência do acidente, tem contribuído enormemente para a culpabilização do acidentado. Fonte: www.palmeira.pr.gov.br/ Nesse contexto, o acidente é erroneamente entendido como fruto de descuido, negligência, imprudência, falta de atenção etc, do próprio acidentado e, nessas condições, as medidas de prevenção - se é que podem ser consideradas como tal - consistem basicamente em recomendações para prestar mais atenção, tomar mais cuidado e outras do gênero, conforme já demonstraram alguns autores no Brasil e no exterior. A concepção dicotômica, simplista e pauci-causal de fenômenos complexos e pluricausais como são os acidentes dotrabalho pode ter sérias implicações na prática, na medida em que propicia o prevalecimento da falsa noção de que o acidente geralmente resulta de causa única e imediata, ou seja, de ato inseguro do trabalhador e o que é pior, contribui para a difusão da idéia de que o acidente é algo natural no mundo do trabalho. Para ilustrar a difusão desta concepção, tome-se, como exemplo, um acidente domiciliar banal que ocorre quando uma criança, ao pegar uma garrafa 15 de vidro com água na geladeira, deixa-a escapar de suas mãos, o que faz com que se espatife no chão. Nessas circunstâncias o que costuma ocorrer é a criança ser advertida, algumas vezes aos berros, por sua falta de cuidado ou por seu comportamento desastrado, aceitando-se, sem questionar, o fato da segurança depender exclusivamente de seu comportamento, passando ao largo do fato de estar sendo utilizado recipiente de vidro, acessível a mãos infantis, para água na geladeira. Isto significa a aceitação tácita de situações extremamente frágeis do ponto de vista da segurança, no caso, doméstica. No Brasil, ainda hoje, a culpabilização dos acidentados sobrevive e encontra defensores, apontando para o que pode ser considerado como resultado do processo social de construção da culpa, ocorrido ao longo de décadas. Modelos que induz a culpabilização do acidentado. A realidade brasileira em termos de segurança do trabalho é extremamente heterogênea, o que constitui dificuldade adicional para os profissionais da prevenção, uma vez que em seu cotidiano enfrentarão tanto situações cujo diagnóstico é relativamente simples, como situações complexas que exigirão estudo, consulta a especialistas, etc. Um aspecto importante a ser considerado ao se pensar a questão da prevenção dos acidentes diz respeito às concepções desse fenômeno que a experiência quotidiana ainda nos tem revelado. Entre trabalhadores, militantes e dirigentes sindicais, membros de comissões internas de prevenção de acidentes - CIPA, técnicos de segurança, diretores de empresa, enfim, entre profissionais com formações as mais variadas, constata-se ainda a persistência da concepção fatalista acerca dos acidentes do trabalho que, atribuídos ao azar, ao destino, à vontade de Deus são, a partir dessa ótica, inevitáveis. 7 RESPONSABILIDADE CIVIL A VIGOR DAS LEGISLAÇÕES E NORMAS A responsabilidade civil tem natureza de sanção e reparação, ou seja, punir aquele que age em desacordo com o ordenamento para que não reincida, 16 bem como indenizar a vítima pelo dano sofrido. Segundo Melo (2011), os pressupostos da responsabilidade civil subjetiva são: a) Ação ou omissão do agente. b) Culpa do agente (dolo ou culpa). Fonte: www.immi-canada.com/l A culpa pode se dar por: Negligência – deixar de tomar uma atitude ou não apresentar a conduta que era esperada para a situação, agindo com descuido, desatenção e/ou indiferença, não tomando as devidas medidas preventivas. Nesse caso, temos uma omissão. Exemplo: O funcionário deixar um fio solto e sem proteção, provocando choque em uma pessoa que passava no local. Imprudência – é a atuação intempestiva e irrefletida. Consiste em praticar uma ação sem as necessárias precauções, isto é, agir com precipitação, com inconsideração ou inconstância. Nesse caso, temos uma ação. Exemplo: Ligar uma máquina industrial sem verificar se havia alguém no local, causando um acidente com amputação de membro. 17 Imperícia – é a falta de especial habilidade, experiência ou de previsão no exercício de determinada função, profissão, arte ou ofício. Exemplo: Uma enfermeira do trabalho ministra um remédio a um funcionário sem receita médica. O paciente, no entanto, é alérgico ao medicamento. Relação de causalidade entre o ato culposo e o dano – tem que existir um vínculo entre o ato e o dano. a) Dano efetivo – se não resulta dano, não existe responsabilidade. Exemplo Se, apesar do erro do empregado, não ocorrer nenhum dano, não pode haver responsabilização, ou seja, se o trabalhador não regular a temperatura de um local adequadamente, gerando excesso de calor ou de frio, e não houver nenhum dano - seja pessoal ou material -, não haverá motivo para responsabilidades civis. No Código Civil (2002), temos o conceito de ato ilícito no artigo transcrito a seguir: e-Tec Brasil 80 Normalização e Legislação Aplicada Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Também se considera ato ilícito quando, mesmo que titular de um direito, a pessoa comete um excesso, conforme o Código Civil (2002), de acordo com o seguinte artigo: Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa fé ou pelos bons costumes. 8 A LEGISLAÇÃO NA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO A observância, em todos os locais de trabalho não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho. Art. 155 - Incumbe ao 18 órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho: Estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste capítulo, especialmente os referidos no art. 200; Coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho; Conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do trabalho. 9 ARTIGOS NA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO Fonte: www.siticocimocir.com.br/ Art. 156 - Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição: Promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho; 19 Adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias; Impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste capítulo, nos termos do art. 201. Art. 157 - Cabe às empresas: Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais; Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. Art. 158 - Cabe aos empregados: Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; Ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. Art. 159 - Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderão ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste capítulo. Art. 162 - As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializadosem 20 segurança e em medicina do trabalho. As normas a que se refere este artigo estabelecerão: a) Classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do risco de suas atividades; b) O número mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo o grupo em que se classifique, na forma da alínea anterior; c) A qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho; d) As demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho, nas empresas. Art. 163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento da CIPA . Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. § 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados. § 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. § 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição. § 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA. § 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente. Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar 21 em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. Arts. 166 a 201 da CLT, também relativos à Segurança e Medicina do Trabalho. Apresentamos, a seguir, um resumo das Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego, segundo CLT do art. 154 a 201, Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de 1977, Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978, e suas alterações, que devem ser seguidas pelas empresas e instituições possuidoras de empregados regidos pela CLT. NR 01. 10 NORMAS TÉCNICAS Fonte: www.amvid.com.br/ Norma técnica é o resultado de um processo de consenso estabelecido por um organismo reconhecido onde todas as partes interessadas podem participar e contribuir. As Normas se baseiam em estudos consolidados da ciência, tecnologia e experiência acumulada, visando a benefícios para a comunidade. Proporcionam maior facilidade e segurança nas trocas de informações entre o fornecedor e o consumidor, eliminando ruídos na comunicação. Além 22 disso, cria padrões de qualidade, em respeito ao seu consumidor, aos novos mercados que pretende alcançar e, ainda, à imagem de sua empresa e setor industrial. A Norma Técnica promove a difusão tecnológica, consolidando e estabelecendo parâmetros consensuais entre todas as partes envolvidas. As comissões de estudos a ela relacionadas reúnem agentes especializados nas mais diferentes matérias, que interagem continuamente na troca do conhecimento. Um de seus grandes méritos é exatamente a atualização tecnológica, para a busca de melhoria do produto e dos processos, além da melhor adequação da mão-de-obra e dos centros e institutos de pesquisa. Dentre elas são: 1. DISPOSIÇÕES GERAIS Prevê o campo de aplicação das Normas Regulamentadoras de segurança e medicina do trabalho e os direitos e deveres do Estado, dos empregadores e dos trabalhadores relativos a este tema. NR 02 2. INSPEÇÃO PREVIA Prevê os casos em que as empresas são obrigadas a solicitar ao Ministério do Trabalho e Emprego a inspeção prévia em seus estabelecimentos e os procedimentos para a sua realização. 3. EMBARGO OU INTERDIÇÃO Prevê os casos em que os serviços, as máquinas e os equipamentos das empresas podem ser paralisados por não atender às normas de segurança e medicina do trabalho. Também prevê como realizar a fiscalização nessas situações. 4. ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO Prevê a criação dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) com o objetivo de promover a saúde e a proteção da integridade do trabalhador no local de labor. 23 5. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA Fonte: www.saudeevida.com.br/ Prevê a criação de uma comissão, constituída por empregados, cuja finalidade é auxiliar no controle da segurança e medicina do trabalho. Suas principais funções são: trabalhar na prevenção de infortúnios laborais; apresentar sugestões ao empregador na busca da melhoria das condições de trabalho, visando extinguir ou diminuir as possíveis causas de acidentes e as doenças ocupacionais. 6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) Prevê os tipos de equipamentos de proteção individual que as empresas devem fornecer a seus empregados para resguardar a saúde e a integridade física destes, de acordo com as condições exigidas pelo local de trabalho. 7. PROGRAMAS DE CONTROLE MEDICO DE SAÚDE OPUPACIONAL – PCMSO Prevê a criação e a implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), objetivando a promoção e a preservação da saúde coletiva dos trabalhadores. 24 8. EDIFICAÇÕES Prevê os requisitos técnicos mínimos a serem observados nas edificações, visando garantir segurança e conforto aos trabalhadores que nelas operam. 9. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA Prevê a criação e a implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), objetivando a preservação da saúde, da integridade física dos trabalhadores e a proteção do meio ambiente. Para assegurar a proteção ao meio ambiente, devem ser realizados estudos prévios e efetuadas avaliações das situações de risco, a fim evitar a ocorrência de eventos danosos ao meio. 10. INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRCIDADE Prevê as condições mínimas de segurança dos empregados que atuam em instalações elétricas, dos usuários e de terceiros, considerando as normas técnicas brasileiras e internacionais. 11. TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS Prevê as condições mínimas de segurança nos locais de trabalho onde ocorre transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais, com o objetivo de promover a saúde e evitar acidentes laborais. 12. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Prevê as medidas de segurança e medicina do trabalho nos ambientes ligados à instalação, à operação e à manutenção de máquinas e de equipamentos, visando prevenir acidentes de trabalho. 13. CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO Prevê as medidas técnicas e legais relativas à instalação, à operação e à manutenção de caldeiras e de vasos de pressão, de modo a prevenir a ocorrência de infortúnios no ambiente laboral. 25 14. FORNOS Prevê as medidas técnicas e legais referentes à construção, à operação e à manutenção de fornos industriais nos ambientes de trabalho. 15. ATIVDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES Prevê e descreve as atividades, as operações e os agentes insalubres (seus limites de tolerância); aponta os casos em que existe a presença de agente insalubre e os meios de proteção que devem ser adotados pelos trabalhadores. 16. ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS Regulamentae descreve as atividades e as operações consideradas perigosas indicando as ações preventivas que devem ser adotadas no ambiente de trabalho. 17. ERGONOMIA Estabelece parâmetros que permitem ao trabalhador o máximo de conforto e de segurança no ambiente de trabalho e a devida adaptação às condições psicofisiológicas, garantindo-lhe a saúde e um desempenho eficiente. Fonte: www.trabalho.facafisioterapia.net/ 26 18. CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDUSTRIADA CONTRUÇÃO Prevê diretrizes que devem ser adotadas, na indústria da construção civil, objetivando a organização administrativa para a promoção da segurança, melhorando as condições e o meio ambiente de trabalho. 19. EXPLOSIVOS Prevê as medidas de depósito, de manuseio e de transporte de explosivos, objetivando a proteção da saúde e da integridade física dos trabalhadores e de terceiros. 20. LÍQUIDOS COMBUSTIVEIS INFLAMÁVEIS Prevê as medidas de armazenamento, de manuseio e de transporte de líquidos combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção da saúde e da integridade física dos trabalhadores e de terceiros. 21. TRABALHO A CÉU ABERTO Prevê as medidas de prevenção de acidentes nas atividades desenvolvidas a céu aberto, como em minas ao ar livre e em pedreiras. 22. SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO Prevê as medidas de segurança em trabalhos subterrâneos. 23. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS Prevê as medidas de proteção contra incêndios, nos locais de trabalho, objetivando a integridade física dos trabalhadores e de terceiros. 27 24. CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO DOS LOCAIS DE TRABALHO Estabelece as normas de higiene e de conforto nos locais de trabalho, especialmente em banheiros, em vestiários, em refeitórios, em cozinhas, em alojamentos e em água potável. 25. RESÍDUOS INDUSTRIAIS Prevê as medidas de proteção e de destino final que serão dadas aos resíduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores e de terceiros. 26. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA Prevê a padronização das cores das sinalizações de segurança nos ambientes de trabalho. 27. REGISTRO PRIFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO NO MINISTERIO DO TRABALHO Prevê os procedimentos a serem realizados pelo profissional para obter seu registro profissional - imprescindível para a prática de sua profissão. 28. FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES Prevê os procedimentos a serem adotados pela fiscalização de segurança e medicina do trabalho, seja na concessão de prazos para correção das 28 irregularidades, seja no procedimento de autuação por alguma infração às normas de segurança e medicina do trabalho. 29. SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO Prevê medidas de proteção à saúde dos trabalhadores portuários. Tais medidas são meios de facilitar o apoio aos acidentados e obter melhores condições de atendimento nos casos de infortúnios. 30. SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO Estabelecem condições mínimas de segurança e de saúde aos trabalhadores de toda embarcação comercial utilizada no transporte de mercadorias ou de passageiros, na navegação marítima de longo curso, na cabotagem, na navegação interior, no serviço de reboque em alto-mar, bem como em plataformas marítimas e fluviais, quando em deslocamento, e em embarcações de apoio marítimo e portuário. 31. SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, NA AGRICULTURA, NA PECUÁRIA, NA SILVICULTURA, NA EXPLORAÇÃO FLORESTAL E NA AGRICULTURA Prevê as medidas de proteção e de organização nos ambientes de trabalho nas atividades de agricultura, de pecuária, de silvicultura, de exploração florestal e de aquicultura, objetivando a segurança e a saúde dos trabalhadores. 32. SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE Prevê as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores da saúde (incluindo os que trabalham na promoção e na assistência). 29 33. SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS Prevê as normas para a identificação de espaços confinados (reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos existentes), de modo a garantir, permanentemente, a saúde e a segurança dos trabalhadores. 34. CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDUSTRIA DA CONTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL Prevê as normas e as condições mínimas de segurança. 35. TRABALHO EM ALTURA Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta e indiretamente com esta atividade. Fonte: www.afeal.com.br/ 11 O QUE É SEGURANÇA DO TRABALHO Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. 30 A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos. Fonte: www.nitmed.com.br/ A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil, a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e as futuras gerações. Assim, na busca de uma melhor qualidade de vida, são criados mecanismos legais para que as práticas sejam repensadas e ajustadas. Não é diferente nos ambientes de trabalho, onde objetiva-se uma constante melhoria, principalmente, na diminuição de doenças e de riscos para os 31 trabalhadores, com o fim de promover a saúde. Além da saúde, medidas são tomadas para garantir que o sistema previdenciário tenha condições financeiras de manter seus segurados e seus beneficiários, criando mecanismos para favorecer e penalizar os empregadores de acordo com suas condutas e riscos em suas atividades. A lei previdenciária prevê diferentes alíquotas de pagamento de acordo com a atividade da empresa. Ao considerar tal fator, foram criados o NTEP e o FAP. A alíquota de contribuição de um, dois ou três por cento, destinada ao financiamento do benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá ser reduzida, em até cinquenta por cento, ou aumentada, em até cem por cento, conforme dispuser o regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de frequência, gravidade e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social. Essa medida foi regulada pelo Ministério da Previdência Social (MPS), Resolução 1.236, de 2004, que introduziu o FAP que norteará os futuros enquadramentos das empresas e posteriormente pela Resolução 1.269/2006, com algunstrechos transcritos a seguir: O Plenário do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), em sua 118ª Reunião Ordinária, realizada no dia 15 de fevereiro de 2005, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991; Considerando a necessidade de se conferir estímulo ao desenvolvimento econômico via redução de custos e fomento ao trabalho saudável; Considerando o resultado dos estudos desenvolvidos pelo Ministério da Previdência Social, por intermédio da Secretaria de Previdência Social desde a edição da Resolução n.º 1.236, de 28 de abril de 2004, que trata da metodologia para a flexibilização das alíquotas de contribuição destinadas ao financiamento do benefício de aposentadoria especial e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho; O direito do Trabalho no Brasil foi fortemente influenciado pela evolução e tendências na Europa, pelos esforços de vários países para codificar as leis 32 para a proteção dos trabalhadores e, principalmente, por compromissos do Brasil com a Organização Internacional do Trabalho. Essas influências, ao lado de fatores internos significativos, incluindo a crescente industrialização e as políticas trabalhistas do governo brasileiro, foram fundamentais para a formulação de um corpo de leis trabalhistas nacionais. As leis trabalhistas brasileiras consolidadas (Consolidação das Leis do Trabalho - CLT) entraram em vigor em 1943, como consequência dos esforços de juristas para harmonizar as leis existentes e desenvolver um quadro institucional. Assim, a CLT, que contém mais de 900 artigos, prevê normas jurídicas que regulam as relações de trabalho no Brasil. 12 CELERIDADE Para agilizar a tramitação dos processos, no exame da admissibilidade, os órgãos de controle poderão requisitar informações ao denunciado, ao titular da unidade gestora ou ao seu órgão de controle interno. Outra alteração para a celeridade processual é a possibilidade de realização do exame de admissibilidade e exame preliminar do mérito da denúncia pelo órgão de controle no mesmo momento, já indicando ao relator as possíveis irregularidades e a necessidade de citação ou audiência. Assim, uma fase na tramitação dos processos de denúncia e de representação poderá ser suprimida, caso todas as evidências estejam no processo. Cumpridos os requisitos de admissibilidade, a norma autoriza a remessa do processo diretamente ao relator, dispensando o encaminhamento prévio ao Ministério Público de Contas, como ocorria antes. “Está resguardada a atuação do Ministério Público junto ao TCE/SC no caso de não conhecimento ou conhecimento parcial das representações”, ressaltou o conselheiro Herbst. Com relação às representações formuladas por presidente e conselheiro do Tribunal, por procurador junto ao TCE/SC, e diante da conversão de comunicação da Ouvidoria, ficou dispensado o exame de admissibilidade, devendo ser imediatamente autuadas e encaminhadas à área técnica para apuração dos fatos. 33 13 CAUTELARES Foi incluído no Regimento Interno artigo que trata das medidas cautelares para suspensão de atos administrativos em caso de ameaça de grave lesão ao erário ou indícios de favorecimento pessoal ou de terceiros. Em situações dessa natureza, o relator determinará, por meio de decisão singular, a sustação do ato até que haja decisão que o revogue ou deliberação do Pleno do Tribunal. Fonte: www.slideplayer.com.br/ O procedimento já vinha sendo adotado pelo TCE/SC, mas a nova norma determina que a decisão singular seja ratificada pelo Plenário na primeira sessão subsequente, conforme defendido pelo relator do processo, conselheiro Adircélio de Moraes Ferreira Júnior. “Para que seja concedido maior respaldo às decisões singulares referentes às medidas cautelares”, afirmou Ferreira Jr., que utilizou como parâmetro a tramitação adotada pelo Tribunal de Contas da União. A elaboração do projeto de alteração das normas que disciplinam o processamento das denúncias e representações é resultado do trabalho de 34 grupo constituído para atender à iniciativa do Planejamento Estratégico, incluída no Plano de Ações do TCE/SC, conforme disposto na Portaria nº 0184/2015. Fonte: www.areal.rj.gov.br/ A Consolidação das Leis Trabalhistas, ou Decreto-lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943 é composta por oito capítulos que abrangem e especificam direitos de grande parte dos grupos trabalhistas brasileiros. Nos seus 922 artigos são encontradas informações como: identificação profissional, duração (jornada) do trabalho, salário mínimo, férias anuais, segurança e medicina do trabalho, proteção ao trabalho da mulher e do menor, previdência social e regulamentações de sindicatos das classes trabalhadoras. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é norma legislativa brasileira referente ao Direito do trabalho e ao Direito processual do trabalho. Ela foi criada através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 e sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, entre 1937 e 1945, unificando toda legislação trabalhista então existente no Brasil. Alguns analistas afirmam que ela tenha sido fortemente inspirada na Carta del Lavoro do governo de Benito Mussolini na Itália, enquanto outros consideram este fato como uma mistificação. A CLT surgiu como uma necessidade constitucional após a criação da Justiça do Trabalho em 1939. O país passava por um momento de desenvolvimento, mudando a economia de agrária para industrial, as mudanças 35 eram extremamente necessárias. Em janeiro de 1942 o presidente Getúlio Vargas e o ministro do trabalho Alexandre Marcondes Filho trocaram as primeiras ideias sobre a necessidade de fazer uma consolidação das leis do trabalho. A ideia primária foi de criar a "Consolidação das Leis do Trabalho e da Previdência Social". Seu objetivo principal é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. Foi assinada em pleno Estádio (Club de Regatas Vasco da Gama), que estava lotado para a comemoração da assinatura da CLT. Foram convidados para fazer parte da empreitada os juristas José de Segadas Viana, Oscar Saraiva, Monteiro, Dorval e Arnaldo Lopes Süssekind. Na primeira reunião ficou definido que a comissão seria dividida em Trabalho e Previdência e que seriam criadas duas consolidações diferentes. As fontes materiais da CLT foram, em primeiro lugar, as conclusões do 1° Congresso Brasileiro de Direito Social, realizado em maio de 1941, em São Paulo, para festejar o cinquentenário da Encíclica Rerum Novarum, organizado pelo professor Antônio Ferreira Cesarino Júnior e pelo advogado e professor Rui de Azevedo Sodré. A segunda fonte foram as convenções internacionais do trabalho. A terceira foi a própria Encíclica Rerum Novarum e, finalmente, os pareceres dos consultores jurídicos Oliveira Viana e Oscar Saraiva, aprovados pelo ministro do Trabalho. Em novembro de 1942, foi apresentado o anteprojeto da CLT, publicado posteriormente no Diário Oficial para receber sugestões. Após estudar o projeto, Getúlio Vargas deu aos coautores e nomeando os mesmos para examinar as sugestões e redigir o projeto final, finalmente assinado em 1º de maio de 1943, mas que não substituiu o publicado no DOU de 9 de agosto do mesmo ano. A lei prevê atribuições inerentes à profissão de Técnico em Segurança do Trabalho que devem ser conhecidas, estudadas e colocadas em prática, pois o cumprimento adequado destas garantirá a integridade, a saúde e a vida de muitas pessoas. O Técnico em Segurança do Trabalho tem uma forte missão: trabalhar na prevenção de acidentes; identificar riscos; alertar empregados, empregadores e prestadores de serviço sobre possíveis perigos; promover a saúde e a defesa do meio ambiente,executando as normas ligadas à segurança e planejando formas de diminuir os riscos já existentes. 36 Na responsabilidade trabalhista, aplicam-se os conceitos da responsabilidade civil vistos anteriormente. A seguir, alguns casos ligados à prática do Técnico em Segurança do Trabalho: Segundo Melo (2011), no Direito brasileiro, a regra geral é a responsabilidade subjetiva na qual se considera a culpa do agente para que o mesmo seja responsabilizado. Essa regra, porém, admite exceções, como em alguns casos de acidentes de trabalho nos quais prevalece a responsabilidade objetiva. Na responsabilidade objetiva, relembrando o estudo anterior, estão presentes todos os requisitos da responsabilidade subjetiva, menos a culpa, ou seja, não se questiona a culpa de quem pratica, pois, a responsabilidade acontece independente da forma como agiu o autor. No caso dos acidentes de trabalho - devido ao aumento dos infortúnios do trabalho e também para obrigar os agentes a tomarem todas as medidas possíveis para a prevenção de acidentes -, é admitida a responsabilidade objetiva que obriga aquele que, em razão da atividade, cria um perigo a reparar o dano independente de culpa. Essa regra admite exceção: quando o responsável prova que adotou todas as medidas idôneas a fim de evitar o acidente. Aquele que prática uma ação ou omissão e causa danos a outrem além de responder na esfera civil e/ou trabalhista ainda pode sofrer sanções penais. No direito brasileiro, existe o direito penal cuja definição transcreve-se a seguir: O direito penal como o conjunto de normas que ligam ao crime, como fato, a pena como consequência e disciplinam também as relações jurídicas daí derivadas, para estabelecer a aplicabilidade das medidas de segurança e tutela do direito de liberdade em face do poder de punir do Estado (JESUS, 1995, p.5). Pelo conceito extraímos que cabe ao Estado a proteção das pessoas, do patrimônio, do meio, dentre outros, prevendo crimes para aqueles que agem em desacordo com o ordenamento jurídico e prevendo penas a serem cumpridas e- Tec Brasil 86 Normalização e Legislação Aplicada pelos réus após o devido processo legal. Com isso, o Estado regula as relações sociais utilizando-se do seu poder de punir. 37 Conhecimentos Ao afetar o custo de produção, os acidentes e doenças do trabalho forçam as empresas a elevar o preço dos bens e serviços que produzem o que pode gerar inflação ou sabotar a sua capacidade de competir - o que compromete a sua saúde econômica, a receita tributária e o desempenho da economia como um todo. Na composição dos custos dos acidentes há duas categorias básicas: os custos segurados (despesas com seguro acidentes) e os não segurados (outras despesas). Durante muito tempo, considerou-se que a relação entre os custos segurados e os não segurados era de 1:4. Considerando-se que a Previdência Social do Brasil arrecada e gasta anualmente cerca de R$ 2,5 bilhões no campo dos acidentes do trabalho, as empresas brasileiras estariam arcando com um custo adicional de R$ 10 bilhões o que, nos leva a concluir que a precariedade da prevenção dos riscos do trabalho custa a elas, R$ 12,5 bilhões por ano. Os acidentes têm custos para outros membros e entidades da sociedade, a saber: 1. Devem ser considerados aqui os danos aos trabalhadores e às suas famílias na forma de redução de renda, interrupção do emprego de familiares, gastos com acomodação no domicílio e, o mais importante, a dor e o estigma do acidentado ou doente. Os trabalhadores e os familiares "bancam" uma grande parte dos custos dos acidentes, estimando-se que isso eleva a relação acima para 1:5, fazendo subir o custo para R$ 15 bilhões por ano. 2. Além disso, os acidentes e doenças profissionais geram custos para o Estado não só em termos de pagamento de benefícios a doentes e acidentados, mas também em termos do pagamento das despesas de recuperação da saúde e reintegração das pessoas no mercado de trabalho e na sociedade em geral, inclusive os do mercado informal (60% dos brasileiros). Estima-se que isso acarrete um adicional de custo de R$ 5 bilhões Chega-se à triste conclusão de que os acidentes do trabalho no Brasil geram uma despesa fenomenal que chega à casa dos R$ 20 bilhões por ano! 38 Mesmo assim, esses números são subestimados. Calcula-se que 80% dos acidentes e doenças profissionais no mercado de trabalho formal, especialmente, os de menor gravidade, não são notificados. Mas deixemos essa matemática de lado pois o ser humano vale muito mais do que todos esses cálculos. O valor da vida não pode ser matematizado. Eventos como o da Petrobrás, vão muitos além da aritmética dos burocratas e escancaram a necessidade de empresários e trabalhadores elevarem substancialmente os cuidados com as vidas de todos os brasileiros. 39 14 BIBLIOGRAFIA DUNCAN, J. R. Human Factors – Operator Behavior: Responses to interruptions of a machine function.American Society of Agricultural Engineers – ASAE, 1991. BARROS, C. M. Isolamento elétrico e sua manutenção preventiva. IBP, 1965. BRASIL. Norma Regulamentadora NR-10. Ministério do Trabalho e Emprego, 2009. FARIA, M. T. Prevenção e Controle de Riscos em Maquinas, Equipamentos e Instalações na Construção Civil (apostila). UTFPR, Curitiba, 2007. KINDERMANN, G. Choque elétrico. 1. ed. Porto Alegre: Sagra, 2002. ROUSSELET, E. da S.; FALCÃO, C. Segurança na Obra. Rio de Janeiro: Interciência, 1999. SALIBA, T. M.; CÔRREA, M. A. C. Manual prático de avaliação e controle de gases e vapores: PPRA. 2. ed. São Paulo: LTr, 2003. SENAI. Operador de caldeiras: prevenção e combate a incêndios. Rio de Janeiro: Divisão de Ensino e Treinamento, 1984. TORREIRA, R. P. Manual de segurança industrial. 1. ed. São Paulo: Margus, 1999. SAMPAIO, J. C. de A. Manual de Aplicação da NR-18. São Paulo: Pini/Sinduscon, 1998. SAMPAIO, J. C. de A. PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil. São Paulo: Pini/SINDUSCON, 1998. ZOCCHIO, Á.; Pedro, L. C. F. Segurança em trabalhos com maquinaria. São Paulo: LTr, 2002. http://www.ebah.com.br/content/ABAAABgSsAF/apostila-legislacao-seguranca- trabalho?part=4
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