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Prévia do material em texto

URGÊNCIAS E CUIDADOS 
INTENSIVOS ORTOPÉDICOS 
E NEUROLÓGICOS
Elaboração
Caroline Chaiene Comunian
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................................................................... 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA ................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................................................. 7
UNIDADE I
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA ...................................................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
ANATOMIA E FISIOLOGIA MUSCULOESQUELÉTICAS .......................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
EXAME ORTOPÉDICO ......................................................................................................................................................................................... 16
CAPÍTULO 3
ATENDIMENTO CLÍNICO ................................................................................................................................................................................... 21
UNIDADE II
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA ................................................................................................................................................ 43
CAPÍTULO 1
SISTEMA NERVOSO – BASES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA ............................................................................................................ 43
CAPÍTULO 2
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA ............................................................................................................................................................................ 50
CAPÍTULO 3
CLÍNICA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NEUROLÓGICA ........................................................................................................................ 53
UNIDADE III
CASOS CLÍNICOS................................................................................................................................................................................................................ 70
CAPÍTULO 1
CASOS CLÍNICOS ORTOPÉDICOS................................................................................................................................................................ 70
CAPÍTULO 2
CASOS CLÍNICOS NEUROLÓGICOS ............................................................................................................................................................ 75
ANEXOS ..................................................................................................................................................................................................... 81
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................................................................ 89
4
APRESENTAÇÃO
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como 
pela interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia 
da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos 
conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos 
da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional 
que busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-
tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO 
DE ESTUDOS E PESQUISA
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de 
textos básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam 
tornar sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta 
para aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos 
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto 
antes mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para 
o autor conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma 
pausa e reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em 
seu raciocínio. É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas 
experiências e seus sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para 
a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do 
estudo, discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam 
para a síntese/conclusão do assunto abordado.
6
ORGANIzAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/
conclusões sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando 
o entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a 
aprendizagem ou estimula ponderações complementares sobre o módulo 
estudado.
7
INTRODUÇÃO
O conhecimento da casuística de emergências e urgências na prática veterinária é de 
extrema importância. Compreende grande parte dos atendimentos e seu sucesso de 
tratamento depende da rapidez do profissional em identificar o quadro e corrigi-lo o 
mais rápido possível.
Tanto na ortopedia como na neurologia, conhecimentos específicos são importantes, 
como anatomia musculoesquelética, avaliação ortopédica e neurológica são pontos 
que diferenciam os quadros dos pacientes.
A avaliação ortopédica requer conhecimento muscular, ósseo, tendíneo, ligamentar 
e articular, sendo que o histórico do paciente é de suma importância para definições 
de tratamentos mais específicos.
Na avaliação neurológica, conhecimentos como exame neurológico, avaliação de nervos 
cranianos e avaliação de reflexos são básicos para a localização da lesão e avaliação do 
estado do paciente.
Na grande parte das vezes, é necessário o acompanhamento de um especialista para 
direcionar o diagnóstico e tratamento correto.
Objetivos 
 » Revisar conteúdos básicos relacionados com a área de interesse da emergência 
neurológica e ortopédica.
 » Direcionar os alunos para o conhecimento de pronto atendimento do paciente 
em urgência e emergência neurológica e ortopédica na rotina veterinária.
 » Apresentar as principais ocorrências e formas de conduta na rotina clínica 
emergencial.
9
UNIDADE I
URGÊNCIAS E 
EMERGÊNCIAS NA 
ORTOPEDIA
CAPÍTULO 1
Anatomia e fisiologia 
musculoesqueléticas
Planos e nomenclaturas
Anatomia é um termo derivado do latim, que significa “cortar em partes”. É uma 
ciência que estuda as partes do corpo, tanto de forma macroscópica como microscópica. 
Nesta apostila, abordaremosa parte macroscópica. O corpo é dividido em cabeça, 
tronco e membros torácicos e pélvicos. A cabeça envolve o crânio e a face; no tronco, 
temos o tórax e o abdômen e os membros torácicos são anexados à região torácica 
cranial e os pélvicos anexados à região pélvica (DYCE et al., 2004).
Para uma melhor localização das estruturas, podemos dividir o corpo em planos e eixos.
Os eixos dividem os planos e são (KONIG; LIEBICH, 2009):
 » Craniocaudal.
 » Laterolateral.
 » Dorso ventral.
E os planos são:
 » Horizontal.
 » Transversal.
 » Sagital.
Além disso, podemos nos localizar segundo a posição e direção das estruturas, usando 
termos (KONIG; LIEBICH, 2009):
 » Cranial.
 » Caudal.
10
UNIDADE I | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA
 » Rostral.
 » Superior.
 » Inferior.
 » Interno.
 » Externo.
 » Superficial.
 » Profundo.
 » Lateral.
 » Medial.
 » Dorsal.
 » Ventral.
 » Proximal.
 » Distal.
 » Dorsal.
 » Palmar.
 » Plantar.
 » Axial.
 » Abaxial.
Figura 1. Descrições de posição e direção do corpo do animal.
Fonte: Dyce, 2004.
11
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA | UNIDADE I
Ossos
Os ossos são formados por tecido conjuntivo, sendo seus componentes extracelulares 
calcificados, dessa forma, sua função é basicamente de suporte e proteção.
A formação do osso se dá na fase embrionária, ocorrendo remodelação óssea durante 
o desenvolvimento. Primeiro, forma-se o tecido primário que é substituído por 
tecido ósseo secundário. O processo intramembranoso da origem aos ossos 
planos e ocorre no interior de uma membrana de tecido conjuntivo. Já o processo 
endocondral é o mais complexo e dá origem aos ossos longos, ocorre por meio 
da substituição de um molde de cartilagem por tecido conjuntivo diferenciado 
(Figura 2).
Figura 2. Formação de osso endocondral.
Fonte: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-osseo/.
Os ossos longos são compostos por corpo ou diáfise, metáfise e epífise proximal e 
distal; na camada da diáfise, temos a camada medular, e na metáfise e epífise temos 
tecido trabecular, exemplo: úmero (BENTO, 2003; KONIG; LIEBICH, 2009).
12
UNIDADE I | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA
Figura 3. Anatomia do osso longo.
Fonte: auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-esqueletico/.
Os ossos planos são compostos por duas camadas compactas envolvendo um tecido 
ósseo esponjoso, exemplo: escápula. Além desses, também podemos classificar os 
ossos irregulares, como os sesamoides e os ossos curtos, como os do tarso (KONIG; 
LIEBICH, 2009).
Músculos
Os tipos musculares podem ser divididos em três tipos:
 » O esquelético é fixado aos ossos, tendo a aparência estriada e são contraídos 
de forma voluntária, ou seja, consciente, são responsáveis pela mobilidade 
do corpo.
 » O cardíaco não tem atividade voluntária e é estriado.
 » O liso presente nas vísceras, é não estriado e involuntário.
As fibras musculares são envolvidas por bainhas de tecido conjuntivo que confere 
resistência durante a contração. Microscopicamente, cada fibra muscular esquelética 
é chamada de sarcolema, formado por muitas mioflibrilas que contêm elementos 
contráteis das células (Figura 4), que será explicado junto à imagem.
13
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA | UNIDADE I
Figura 4. Miofibrila e sarcômero esquematizado em macro e microaspectos.
Fonte: Kyoshi, 2015.
Sequência de eventos:
1. Músculo de tecido estriado, composto por fibras musculares, cada fibra 
subdividida em miofibrilas. Cada miofibrila composta por vários sarcômeros.
2. Sarcômeros são subunidades contráteis. Compostos por filamentos de actina 
(filamento fino) e miosina (filamento grosso).
3. A contração: a actina apresenta subunidades conhecidas como tropomiosinas 
(TnI, TnC e TnT). Quando ocorre a despolarização de um nervo, este gera 
um influxo de cálcio. O cálcio se conecta ao TnC, deixando o TnI liberado, 
permitindo a ligação com a cabeça da miosina, por meio do uso do ATP, 
ocorre a contração muscular.
Articulações
São consideradas articulações as regiões que interligam 2 (simples) ou mais ossos 
(composta), permitindo ou não mobilidade. Existem três classificações: 
 » Articulações fibrosas (Figura 5): mínima amplitude de movimento.
 » Articulações cartilaginosas (Figura 6): mínima amplitude de movimento.
14
UNIDADE I | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA
 » Articulações sinoviais (Figura 7): movimentos verdadeiros (flexão e 
extensão, adução e abdução, rotação e cincundução) e são inervadas.
Figura 5: Articulação fibrosa de rádio-ulna, interligando a junção de ambos os ossos, com baixa capacidade de movimento.
Fonte: Shttps://www.slideshare.net/centeruni/sistema-articular-10518834/5?smtNoRedir=1.
Figura 6. Articulação cartilaginosa presente entre vértebras e na sínfise púbica.
Fonte: https://www.anatomia-papel-e-caneta.com/sistema-articular/.
Figura 7. Esquema de articulação do joelho, exemplo de articulação sinovial, com suas estruturas descritas.
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/en/sistemas/sistema-articular/diartroses/joelho/capsula-do-joelho/.
15
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA | UNIDADE I
Ligamentos e tendões
São tecidos que conectam ossos para aumentar a estabilidade mecânica das articulações, 
podem ser do tipo mole, fibroso e elástico e atuam como limitadores, porém sem 
tanta resistência.
Os tendões são conectores formados por fibras de colágeno dispostos paralelamente e 
que fazem a ligação entre músculo e osso, além das articulações, sendo o responsável 
por manter o equilíbrio dinâmico e estático e movimentação articular.
Ambos são formados de tecido conjuntivo pouco vascularizados e densos, sendo que 
o que os diferencia é a quantidade dos componentes.
PARA ESTUDAR:
 » Definição de planos e eixos.
 » Formação de ambos tipos ósseos.
 » Como acontece a contração muscular.
 » Função das articulações e dos ligamentos e tendões.
16
CAPÍTULO 2
Exame ortopédico
Dor
É um estímulo sensitivo, cuja interpretação gera efeitos negativos para o tecido ou 
organismo, ou seja, sofrimento ou angústia. A dor pode ser classificada em fisiológica, 
patológica, neuropática, visceral e somática, ou ainda pela American Animal Hospital 
Association (AAHA), ser classificada como dor adaptativa inflamatória, nociceptiva, não 
adaptativa funcional, não adaptativa neuropática e não adaptativa neuropática central.
A dor patológica tem por característica a intensificação do estímulo fisiológico, 
podendo ser dividida em dor aguda ou crônica, dependendo do tempo de progressão 
do quadro. Ocorre a ativação de fibras do tipo C, que apresentam o limiar de ativação 
prolongado. A dor neuropática é considerada uma doença por si só, na qual ocorre 
lesão direta no sistema somatossensorial. A dor visceral está associada a lesões do 
tipo inflamatório, isquêmica ou de dilatação em vísceras, ativada por fibras do sistema 
autônomo. A dor somática pode ser profunda ou superficial, tem aspecto difuso, sendo 
a profunda relacionada com tecidos profundos como vasos sanguíneos, ligamentos, 
tendões e a dor superficial de tecidos como pele e anexos (COUTINHO, 2012).
Figura 8. Representação das vias de condução, percepção e resposta à dor.
Fonte: Adaptado de Bingham, Ajit, Blake e Samad, 2009.
17
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA | UNIDADE I
O processo de dor ocorre quando há um estímulo nocivo que é transformado em sinais 
elétricos pelos receptores periféricos, resultando em influxo de sódio ou cálcio dos 
canais iônicos, ocasionando despolarização da membrana plasmática e gerando um 
potencial de ação. Esse sinal elétrico segue para modulação no corno dorsal da medula 
espinhal, seguindo o estímulo para a parte caudal do núcleo ventral medial do tálamo, 
em que serão projetados para o córtex somatossensorial (SILVA, 2013).
Figura 9. Etapas do reconhecimento da dor.
 
Estímulo doloroso 
Transdução 
Transmissão 
Modulação 
Percepção 
Nociceptores reconhecem 
o estímulo e transformam 
em potencial de ação. 
Potencial deação segue 
até o corno dorsal da 
medula espinhal. 
O impulso nervoso é 
modulado até seguir para 
o SNC. 
O impulso é interpretado 
como dor na região 
talâmica. 
Fonte: Arquivo pessoal; Chacur, ICB-USP, 2014.
O processo se inicia com uma lesão que resulta em liberação de mediadores inflamatórios 
e ativam receptores para dor. Esses mediadores ativam nociceptores, processo chamado 
de transdução, ou seja, transformação do estímulo físico em atividade elétrica. 
Esse estímulo é conduzido por fibras aferentes ao hipotálamo, córtex cerebral e 
sistema límbico, onde a dor é reconhecida, segue então através de nervos aferentes até 
o corno dorsal da substância cinzenta no cordão espinhal, onde ocorre a transmissão 
através dos nervos espinhais. Na fase de modulação, há a supressão ou amplificação 
do estímulo, gerando liberação de glutamato, neurocinina A e substância P na fenda 
sináptica, responsáveis pelo influxo de cálcio e sódio, intensificando a despolarização 
e prolongando a hipersensibilização, gerando quadro de dor patológica (ALEIXO 
et al., 2016).
18
UNIDADE I | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA
Alguns sinais comportamentais e posturais podem ser considerados no caso de avaliação 
da dor, já que animais não são capazes de verbalizar (COUTINHO, 2012).
A dor deve ser avaliada e, quando necessário, realizar resgates analgésicos. Os tipos 
de escalas de dor podem ser por:
1. Escala descritiva simples:
0 Sem dor
1 Dor leve
2 Dor moderada
3 Dor intensa
2. Escala numérica:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Sem dor Pior dor
3. Escala analógica:
 
Ausência de dor Pior dor 
Atualmente, as escalas mais utilizadas são:
Para cães: Glascow modificada, Melbourne e A4-Vet.
Para felinos: Unesp-Botucatu, Glascow e famince.
As escalas estarão disponíveis ao final do trabalho para análise e uso. Porém é necessário 
saber que cada escala tem um ponto de corte, uma nota média utilizada para indicar 
quando o paciente necessita de resgate.
BELLI, Maíra. Validação clínica das escalas cuta e longa da UNESP-Bocatu 
para avaliar a dor aguda em gatos. Dissertação (Mestrado em Anestesiologia) 
– Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita 
Filho”. Botucatu, 2020. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/
handle/11449/194109/belli_m_me_bot.pdf?sequence=3&isAllowed=y. Acesso 
em: 07 mar. 2021.
www.animalpain.com.br.
19
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA | UNIDADE I
Avaliação ortopédica e tipos de testes
Objetivo: estabelecer o local da dor e permitir a melhor abordagem para o tratamento.
Etapas:
 » Observação: se enquadra no quesito inspeção geral, em que o paciente é 
avaliado enquanto em estação ou se movimentando. Postura, desenvolvimento 
muscular, claudicação/ataxias são importantes nessa etapa.
 » Palpação: avaliação de tônus muscular, presença de crepitação articular, 
amplitude em extensão ou flexão das articulações, respostas dolorosas frente 
aos estímulos.
 » Testes: específicos para diagnóstico de alguns quadros ortopédicos. Exemplos: 
teste de ortolani, gaveta.
Tabela 1. Testes de avaliação ortopédica, em técnicas de palpação e manipulação para cada articulação.
Palpação
Dígitos e metatarsos/metacarpos -Flexão
-Extensão
Tarso/carpo -Flexão
-Extensão
-Instabilidade medial/lateral
-Rotação
Tíbia/fíbula Crista tibial
Joelho -Sentar
-Flexão/Extensão
-Gaveta cranial/caudal
-Compressão tibial
-Instabilidade medial/lateral e craniomedial
-Luxação patelar medial e lateral
Coxo-femoral -Flexão/ extensão
-Abdução com rotação externa
-Compressão trocantérica
-Comprimento dos membros
-Base larga/estreita
-Teste de subluxação
-Sinal de ortolani
-Sinal de Barlow
20
UNIDADE I | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA
Palpação
Cotovelo -Flexão/extensão
-Instabilidade medial/lateral
-Rotação (medial 70graus e Lateral 40 graus)
-Presença de efusão articular
Ombro -Flexão/extensão
-Rotação
-Adução/abdução
-Compressão umeral
Fonte: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:VZsde5DotO8J:www.geac.ufv.br/EXAME-CLINICO-ORTOPEDICO-DOS-
MEMBROS-PELVICOS-DE-CAES-E-GATOS-I.ppt+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br.
IMPORTANTE: Sempre que realizar avaliação ortopédica do paciente, é necessário 
fazer também a avaliação neurológica!
PARA FIXAR:
 » Importância da avaliação de dor: como avaliar?
 » Processo de transmissão dos estímulos dolorosos.
 » Etapas para avaliação ortopédica.
21
CAPÍTULO 3
Atendimento clínico
Traumas
Quando se trata de acidentes traumáticos em animais domésticos, assim como em seres 
humanos, o atropelamento é a principal casuística, sendo que as lesões sofridas também 
são semelhantes; é o conhecido paciente “politraumatizado”. Geralmente, acidentes 
em gatos são mais graves do que em cães. Quando temos um trauma, a gravidade 
das lesões corresponde à troca de energia cinética entre os corpos (aquele que gera o 
trauma e o atingido), se trata de uma troca de energias, liberação ou remoção além do 
que o organismo ou tecido é capaz de tolerar (SLATTER, 2003).
Acidentes automobilísticos
Se trata de um trauma contuso, em que o impacto é por compressão, estiramento, 
cisalhamento, torque ou combinação deles, sendo o grau de importância relacionada 
com a velocidade em que a força é aplicada. A força pode ser de aceleração ou 
desaceleração; em ambas podemos ter avulsão dos órgãos do ponto de fixação. Os ossos 
não são diferentes, quando implicados força em baixa velocidade, normalmente temos 
formação de dois fragmentos; já nos de alta velocidade, temos fraturas cominutivas 
(SLATTER, 2003).
Grande parte dos atendimentos é emergencial, sendo necessário um restabelecimento do 
ABCDE do trauma (avaliação das vias aéreas, circulação sanguínea, estado neurológico 
e temperatura).
Traumas medulares (ou raquimedulares), ruptura diafragmática, fratura de ossos longos 
e evisceração são algumas das possibilidades de lesões sofridas por animais vítimas de 
acidentes automobilísticos.
Ruptura diafragmática 
Ocorre a perda de continuidade do diafragma, deslocando órgãos abdominais para a 
cavidade torácica devido a um aumento de pressão intraabdominal de forma repentina, 
gerando perda de gradiente de pressão entre o tórax e o abdômen.
Ocorre comprometimento respiratório, podendo haver abafamento de ausculta 
cardíaca. O diagnóstico definitivo é realizado por meio do exame de radiografia. 
O tratamento inicia-se com oxigenioterapia e mais o tratamento de choque, 
22
UNIDADE I | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA
utilizando antibioticoterapia, fluidoterapia, até estabilizar para realizar o tratamento 
cirúrgico.
O tratamento cirúrgico é conhecido como herniorrafia, onde é realizado o fechamento 
primário do diafragma. Quando há lesões muito extensas, é necessário realizar a 
reconstrução com o uso de enxertos, biomateriais ou retalhos musculares. Após o 
procedimento, é necessário realizar drenagem torácica para reestabelecer a pressão 
negativa. É possível deixar um acesso com torneira de três vias para fazer a manutenção 
pós-operatória e, assim, evitar pneumotórax.
Complicações do procedimento incluem pneumotórax, hemorragia, sepse, arritmias, 
pneumonia por aspiração e óbito (RUTHES, 2018)
Fratura de ossos longos
A fratura ocorre quando a força aplicada sobre o osso se torna maior que sua resistência, 
podendo ser desde fraturas simples até cominutivas. Os sinais variam de claudicação, 
dor a impotência do membro. O diagnóstico é realizado segundo o histórico de 
trauma, avaliação clínica ortopédica na qual se observa a ausência de continuidade 
óssea, creptação e, em alguns casos, descontinuidade de pele (fratura exposta). Para o 
diagnóstico definitivo e decisão de tratamento, são realizadas duas projeções radiográficas, 
exemplificadas na Figura 10.
Figura 10. Tipos de fraturas em ossos longos.
23
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA | UNIDADE I
Fonte: Campagne, 2019.
Durante os processos de fratura de ossos longos, estes podemperder a continuidade 
de diversas formas; cada tipo de fratura vai depender do posicionamento do osso no 
momento do trauma, densidade óssea e força de impacto, e estas vão adquirir diversas 
apresentações, como demonstrado na Figura 11. Cada fratura precisa de ao menos duas 
projeções radiográficas para o planejamento cirúrgico ou acompanhamento clínico 
conservativo.
As fraturas podem ou não ser expostas, a diferença entre elas é a perda da continuidade 
do tecido mole ao redor da área afetada. As fraturas expostas podem ser classificadas em:
 » Tipo I: osso fraturado lesionou o tecido mole, porém não tem comunicação 
com a ferida.
 » Tipo II: ferimentos mais extensos (maior que 1 cm) que se comunicam 
com a fratura.
 » Tipo III: ferimentos graves, ocorre perda de tecido mole.
 » Tipo IIIa: não necessitam de procedimentos plásticos.
 » Tipo IIIb: requerem procedimento reconstrutivo por falta de tecido para 
fechamento primário.
 » Tipo IIIc: apresentam lesão arterial envolvida.
 » Tipo IV: envolve amputação ou amputação baixa do membro por apresentar 
lesão grave de tecido mole e lesão neurovascular.
O tratamento clínico requer uso medicamentoso de analgésicos, anti-inflamatórios e, em 
alguns casos, com fraturas expostas, antibioticoterapia. Pode-se realizar a estabilização 
com tala (que serão descritas adiante) e, quando necessário, planejamento cirúrgico. 
24
UNIDADE I | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA
A recuperação óssea ocorre em três etapas: 
 » Inflamação: logo após a fratura, ocorre a retirada do tecido danificado.
 » Reparação.
 » Remodelação.
Sendo que na terceira fase passamos a ter a presença do calo ósseo.
Figura 11. Fratura de úmero em cão da raça pinscher de 4 meses de idade, figura A projeção crânio caudal e figura B projeção 
médio lateral, data 09/04/2020. 
A B
Fonte: Arquivo pessoal. Comunian, Jaú/SP, 2020.
Trauma raquimedular e trauma cranioencefálico
Trauma em coluna e em crânio pode levar a perda total ou parcial das funções motoras, 
sensoriais ou viscerais. Essas lesões podem se classificar como compressão, contusão, 
fratura, subluxação ou luxação, além de lesões secundárias como hemorragia, hematoma 
e edema medular (MENDES, 2012). Os detalhes foram descritos no capítulo 2.
Enfermidades mais comuns na rotina ortopédica
Displasia coxofemoral
Anatomia
É uma articulação do tipo sinovial caracterizada como esferoide, permitindo, dessa 
forma, movimentos de flexão e extensão, abdução e adução, rotação e circunvolução. 
É formada pela combinação da cabeça do fêmur e acetábulo, a cápsula articular e 
25
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA | UNIDADE I
espaçosa e apresenta como principal o ligamento da cabeça do fêmur (SANTOS, 2016; 
KONIG; LIEBICH, 2011).
O acetábulo é revestido por cartilagem e se apresenta na forma de ferradura, onde 
no centro se inserem os ligamentos. A cabeça do fêmur apresenta uma face articular 
hemisférica para com o acetábulo, em que se observa uma incisura ao qual se fixa 
o ligamento intracapsular da cabeça do fêmur (SANTOS, 2016; KONIG; LIEBICH, 
2011).
Etiologia e fisiopatologia da displasia coxofemoral
A DCF é considerada como desordem não traumática, dolorosa, que representa 
cerca de 30% dos casos ortopédicos e não possui predisposição sexual. É de origem 
multifatorial, ou seja, a causa é a combinação entre genética, fatores ambientais aos 
quais o animal é exposto durante a fase de crescimento, nutricionais e hormonais, 
porte físico, conformação e massa muscular pélvica (ROCHA et al., 2014; 
SANTOS, 2016).
A doença é uma anormalidade do desenvolvimento entre a cabeça do fêmur e 
o acetábulo. Animais que apresentam genética para desenvolver a deformidade 
nascem com as articulações normais e desenvolvem a doença com o crescimento, 
ocorrendo a não congruência entre a crescimento da articulação e musculatura 
responsável, havendo, assim, uma alteração na biomecânica e, consequentemente, 
alteração na conformação óssea das superfícies articulares (BRAM et al., 2014). Em 
longo prazo, o paciente desenvolve a doença articular degenerativa (DAD) (ROCHA 
et al., 2014).
Sinais clínicos
A sintomatologia é variada, podendo o animal ser assintomático ou com dificuldade 
locomotora. A dor varia com os sinais clínicos, sendo que achados radiográficos não 
estão ligados a intensidade dolorosa (SANTOS, 2016).
Sintomas:
 » Claudicação uni ou bilateral.
 » Arqueamento de coluna.
 » Aumento da carga de peso nos membros torácicos.
 » Marcha bamboleante.
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 » Hipertrofia dos músculos do membro torácico e hipotrofia dos membros 
pélvicos (principalmente contratura de pectíneo).
 » Dor ao levantar e ao sentar.
Diagnóstico
Inicia-se com anamnese, sinais clínicos e histórico da doença nos progenitores e o 
diagnóstico definitivo é realizado por meio da avaliação radiográfica da articulação. 
Na avaliação clínica, é possível observar alteração na conformação pélvica, que na 
doença nota-se em formato de quadrado, além de presença de crepitação ao avaliar o 
movimento de rotação da articulação (SANTOS, 2016).
Testes clínicos:
 » Manobra de Barlow: adução do quadril, sendo positivo quando houver o 
deslocamento.
 » Manobra de Ortolani: paciente é anestesiado e posicionado em decúbito 
dorsal, e é realizada pressão em direção de adução, se houver um estalo ou 
deslocamento da cabeça do fêmur, o resultado é positivo.
Deve-se ser realizado exame radiográfico (Figura 12) para confirmação do quadro, 
porém, até os 24 meses de idade, o animal pode apresentar diagnostico falso 
negativo, dessa forma, é recomendada a realização de acompanhamento por meio 
da radiografia a partir dos 9 meses de idade, com animal anestesiado (ALBERTI 
et al., 2017).
A projeção adotada pela OFA (Fundação Americana de Ortopedia Animal) é a 
ventrodorsal, e a padronização do diagnóstico segundo a mensuração do ângulo 
de Norberg, onde a displasia é caracterizada em: normal, próximo da normalidade, 
displasia leve, displasia moderada e displasia grave (SANTOS, 2016). 
As alterações variam com o estágio da doença e na avaliação radiográfica é observado 
arrasamento da fossa acetabular, achatamento da cabeça do fêmur, em casos mais 
avançados, subluxação ou luxação da articulação e alterações secundárias da articulação 
(BARROS et al., 2008; ALBERTI et al., 2017).
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URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA | UNIDADE I
Figura 12. Imagem radiográfica de paciente da raça yorkshire de três anos com displasia coxofemoral bilateral, atendido no 
dia 22 de outubro de 2020.
Fonte: Arquivo pessoal.
Tratamentos conservativos
Dentre as diversas formas de abordagens clínicas, o controle da dor deve estar presente 
como uma das prioridades, podendo ser utilizados AINEs, analgésicos como dipirona 
(25mg/kg/bid ou tid), opioides como cloridrato de tramadol (2-4mg/kg/bid ou tid). 
Além disso, o controle do peso também é de extrema importância. Outra abordagem 
são os nutracêuticos, por exemplo, os condroprotetores e terapias integrativas.
A fisioterapia é uma das principais abordagens para a displasia coxofemoral. Além 
de auxiliar no controle de peso excessivo sobre as articulações, a terapia auxilia na 
melhora da condição muscular e articular, além do controle da dor. A recomendação da 
frequência, intensidade, tipos de exercícios e técnicas deve ser feita por um veterinário 
fisiatra, porém alguns exemplos de técnicas são: eletroestimulação muscular, natação, 
caminhadas controladas e exercícios passivos e ativos (PIRES, 2019).
Alguns nutracêuticos indicados são: ômega 3 (500 mg/sid/ até 15 kgs e 1g/sid/ acima 
de 15kgs), colágeno tipo 2 (UC-II – 20mg/sid/até 20kgs e 40mg/sid/ a cima de 20kg) 
(DIAS, et al., 2018). Sulfato de condroitina e glucosamina são condroprotetores muito 
conhecidos e utilizados, ambos vêm demonstrando eficácia quanto a seu uso em longo 
prazo (cães de 20 a 40 kg: 1.425mg de glucosamina e 1.050 mg de condroitina e cães 
com mais de 40 kg: 1.900mg de glucosaminae 1.400 mg de condroitina).
A curcumina é utilizada como adjuvante durante cerca de 10 dias de tratamento (25mg/
kg/sid) (SILVA et al., 2017). Outra fórmula fitoterápica que vem sendo avaliada é a 
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boswellia serrata (40mg/kg/sid), cuja composição ajuda a preservar a integridade 
da estrutura da cartilagem, por meio de efeitos anti-inflamatórios e antiartríticos 
(KOECHE, 2019).
Por último, a acupuntura e a ozonioterapia vêm se apresentando como importantes 
ferramentas para controle de dor e melhora clínica do paciente.
Tratamentos cirúrgicos
Os procedimentos cirúrgicos são recomendados como tratamento ou profilaxia e 
quando o paciente não demonstra melhora clínica com o tratamento conservativo 
e passa a ter perda de qualidade de vida ou não consegue manter uma rotina clínica 
(SILVA et al., 2017).
A técnica mais conhecida e amplamente utilizada é a colocefalectomia, na qual 
se realiza a excisão da cabeça e do colo femoral, esperando que se forme uma 
pseudoartrose fibrose posteriormente. É uma técnica utilizada tanto para displasia 
coxofemoral como para luxações coxofemorais, necrose asséptica da cabeça femoral, 
fraturas de acetábulo, fraturas de cabeça e colo femoral. No geral, o resultado é 
positivo, principalmente em pacientes de pequeno e médio porte, e a complicação 
mais comum é a claudicação secundária ao encurtamento do membro, intolerância 
ao exercício, luxação de patela e limitação de amplitude de movimento por atrofia 
muscular (BARBOSA, 2019).
Outra técnica cirúrgica realizada é a osteotomia pélvica tripla. Este é um procedimento 
profilático no qual se realiza a reorientação do acetábulo e aumento da cobertura da 
cabeça femoral, realizada apenas em cães jovens até os oito meses de idade com sinais 
importantes sem doença articular degenerativa. Nessa abordagem, o paciente ainda 
poderá reconsolidar e remodelar a articulação (SILVA et al., 2017).
Fraturas
Em casos de diagnóstico de fratura, é necessário iniciar estabilização clínica, com uso 
de analgésicos como dipirona (25-30mg/kg/tid/oral ou sc), tramadol (2-4mg/kg/tid/
oral ou sc), anti-inflamatórios não esteroidais como meloxicam (0,1-0,2mg/kg/sid/
oral ou SC). Quando ocorre fratura exposta, também se utiliza antibioticoterapia; a 
escolha do antibiótico vai depender do tempo de exposição, grau de contaminação e 
histórico prévio de uso de antibióticos.
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É possível estabilizar temporariamente com talas. Em alguns casos, a tala pode ser o 
tratamento conservativo.
A tala se tornará o tratamento definitivo em fraturas em casos de ossos com perda de 
continuidade simples, ou seja, dois fragmentos que se apresentem alinhados e com baixo 
risco de complicação. Deve-se levar em consideração, para o uso de talas, a idade do 
animal, o ambiente que ele fica, a personalidade (já que animais mais agitados poderão 
apresentar complicações), tempo de trauma e a localização da fratura.
Em casos em que não há possibilidade de tratamento conservativo, é necessário 
realizar procedimentos cirúrgicos, chamados osteossínteses, que podem ser por meio 
de redução fechada com apoio externo, fixação interna e fixação interna com apoio 
externo secundário (SLATTER, 2003).
Os materiais para o procedimento vão variar segundo a necessidade de cada tipo de 
fratura, podendo-se utilizar cerclagens, pinos intramedulares com fixação externa, 
placas com parafusos, pinos travados ou técnicas combinadas (FOSSUM, 2014).
Caso clínico
Exemplo de caso de fratura e conduta clínica
No dia 09 de abril de 2020, foi atendido na clínica na cidade de Jaú, interior de São Paulo, 
um filhote de quatro meses da raça pinscher com histórico de trauma. Na observação 
do paciente, identificou-se impotência de membro torácico direito, aumento de volume 
local, vocalização sem que houvesse a manipulação.
No exame clínico, paciente apresentava dor ao toque da região distal de úmero, com 
mobilidade óssea e crepitação. Havia continuidade de pele.
Foi requisitado exame radiográfico da região úmero-radio-ulnar direito. E como 
tratamento clínico inicial, administramos dipirona sódica 25mg/kg/sc, cloridrato 
de tramadol 2mg/kg/sc e Meloxican 0,2mg/kg/sc e realizamos tala de Robert-Jones 
modificada para conforto do paciente.
A imagem está descrita na Figura 11 do capítulo 2.
Ao identificar o tipo de fratura, o não alinhamento ósseo, e levando em consideração o 
paciente jovem e agitado, a escolha mais indicada de tratamento seria o procedimento 
cirúrgico, no qual o cirurgião optou pela colocação de pinos (Figura 13).
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Figura 13. Pós-operatório de fratura de região distal de úmero em pinscher de quatro meses, 20 de abril de 2020.
 
Fonte: Arquivo pessoal. Comunian, Jaú/SP, 2020.
Após 40 dias, repetimos o raio-x e, observada consolidação da região, o paciente 
recebeu alta clínica.
Talas e bandagens
Durante o tratamento clínico conservador de fraturas do tipo estáveis e alinhadas 
de ossos longos, é possível realizar talas e bandagens de sustentação que permitem a 
consolidação óssea.
Devem sempre seguir algumas regras, como:
 » Imobilizar uma articulação distal e uma articulação proximal da fratura.
 » Trocar quando sujar ou molhar.
 » Trocar em intervalos de sete a quinze dias.
 » Realizar controle radiológico com 20 dias do dia da fratura.
 » Montar a fixação de forma que não ocorram feridas de pele por atrito.
Robert-Jones modificada
Consiste em manter a fratura protegida por grande quantidade de algodão ortopédico, 
seguido de atadura e a bandagem comprimida por esparadrapo ou vetrap. Mantendo 
o membro imóvel. É possível colocar componentes rígidos para sustentação.
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Figura 14. Bandagem de Robert Jones.
Fonte: Animalia Barcelona. Disponível em: https://www.animaliabarcelona.com/vendatge-robert-jones/.
Gesso/Scotchcast
Semelhante à Robert-Jones, porém no lugar do esparadrapo ou vetrap, aplicamos o 
gesso. É útil em caso de fraturas em que é necessário imobilizar todo o membro, no 
entanto requer equipamentos para quebrar o gesso quando for desfazer a tala.
Muleta de Thomas
Pouco utilizada, hoje substituída por órteses e próteses. Consiste de uma estrutura 
rígida fixada ao membro afetado, dando sustentação no andar, sem que o animal apoie 
o membro.
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UNIDADE I | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA
Figura 15. Muleta de Thomas em cão.
Fonte: Brinker, Piermattei, Gretchen, 1986.
Tala simples
As talas são imobilizações utilizando componentes rígidos. Não é necessário grande 
quantidade de algodão ortopédico para a estabilização, recomenda-se imobilizar sempre 
duas articulações: uma proximal e uma distal à fratura.
Figura 16. Tala firme para membro torácico e pélvico de cães e gatos.
Fonte: Site produtos veterinários, Brasmed, 2015-2021.
Órteses e próteses
As órteses são suportes externos ajustáveis de sustentação para o membro. Já as próteses 
são substitutas de partes do corpo.
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URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA | UNIDADE I
Ruptura de ligamento cruzado cranial
O ligamento cruzado é o principal quando falamos da movimentação articular do 
joelho, mantendo a estabilização quanto ao deslocamento cranial da tíbia em relação 
ao fêmur. 
A origem da ruptura é diversa, podendo ser considerada multifatorial, entre eles: 
fatores genéticos, sobrepeso, alterações hormonais, conformação óssea, traumas que 
geram um desequilíbrio entre as forças, superando sua capacidade e assim ocorre a 
ruptura parcial ou total do ligamento.
Figura 17. Anatomia da articulação do joelho.
Fonte: UFV, 2016.
Os mais predispostos são raças grandes, sendo as fêmeas mais predispostas. A castração 
em ambos os sexos aumenta a incidência do quadro e a idade mais comum é entre sete 
e dez anos, mas pode acontecer em qualquer idade. Outro fator importante é a luxação 
medial de patela, pois seu deslocamento gera maior estressena articulação e diminui 
a estabilidade do joelho (CORREA, 2017).
O resultado em longo prazo do quadro é o desenvolvimento de uma doença articular 
degenerativa (DAD), osteoartrose, osteófitos periarticulares e lesões de menisco. 
Quando não tratado ou tratado de forma atrasada, é comum a ocorrência bilateral 
em até 78 semanas.
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UNIDADE I | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA
O diagnóstico ocorre por meio do histórico clinico e da avaliação ortopédica, em que 
realizamos o teste de gaveta. Nesse teste, o fêmur é estabilizado com uma das mãos, e 
com a outra mão translocamos a crista da tíbia de forma cranial, se houve mobilidade, 
o resultado é positivo. O teste de compressão tibial é o mesmo que realizamos 
durante o exame radiográfico, flexionando levemente e aplicando uma força sobre 
a tíbia, forçando-a a deslocar cranialmente. No exame radiográfico, realizamos uma 
projeção laterolateral com o membro em repouso e uma segunda projeção L-L com o 
membro flexionado (Figuras 16 e 17). É possível também realizar tomografia, porém 
não é tão comum devido ao seu custo e acessibilidade (CORREA, 2017).
Os sintomas são claudicação, andar em pinça (o animal não coloca peso sobre o 
membro); geralmente atividades físicas pioram o quadro.
O tratamento clínico inicial envolve analgesia, anti-inflamatórios, protetores articulares, 
controle de peso, fisioterapia e acupuntura. Porém a escolha do tratamento deve levar 
em consideração a adequação do paciente e seu ambiente.
Apesar da resposta positiva frente ao tratamento conservativo, o procedimento 
cirúrgico ainda é a escolha para a afecção. Nenhum procedimento cirúrgico interrompe 
o processo degenerativo do quadro, porém retarda sua progressão e permite conforto.
Figura 18. Radiografia de cão, fêmea, srd, 12 anos e 9Kgs, realizado no dia 12/11/2020. Posição mediolateral não flexionada.
Legenda: A linha amarela acompanha o alinhamento fêmur-tibia-patelar, mostrando o deslocamento cranial da tíbia. 
Fonte: Arquivo pessoal. Comunian, 2020.
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URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA | UNIDADE I
Figura 19. Radiografia de cão, fêmea, srd, 12 anos e 9Kgs, realizado no dia 12/11/2020. Posição mediolateral flexionada.
Legenda: A linha amarela acompanha o alinhamento fêmur-tibia-patelar, mostrando o deslocamento cranial da tíbia. 
Fonte: Arquivo pessoal. Comunian, 2020.
Afecções de membro torácico
Displasia de cotovelo
A displasia de cotovelo é uma afecção ortopédica que pode apresentar sinais agudos, 
sua abordagem requer diagnóstico preciso e, em alguns casos, intervenção cirúrgica 
com pós-operatório rígido.
Trata-se de um desenvolvimento anormal da articulação úmero-radio-ulnar, cuja causa 
varia de genética, ambiental, nutricional e eventos mecânicos como traumas. Ocorre 
principalmente em raças grandes com crescimento rápido. Observa-se claudicação 
do membro torácico, com o cotovelo posicionado de forma abducente (lateralizado), 
muito comum ser bilateral (SPADIN; LIMA; SILVA, 2019).
Os pacientes normalmente vão apresentar: passo mais curto, abdução do membro. A 
avaliação do paciente deve conter: simetria muscular, presença de edemas, forma de 
distribuição de peso.
Pode ser descrita de quatro formas diferentes:
 » Doença do compartimento medial: envolve esclerose, microfraturas, 
fissuras de cartilagem ou do osso subcondral. Tratamento é cirúrgico e é 
possível realizar fisioterapia se não houver incongruência.
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UNIDADE I | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA
 » Osteocondrose/osteocondrite dissecante
 » Não união do processo ancôneo: quando ocorre distúrbio de crescimento 
gerando incongruência e formação de osteófitos, como resultado tempo o 
deslocamento cranial úmero-ulnar.
 » Incongruência articular: pode ser úmero-ulnar, úmero-radial, radio-
ulnar; ocorre a incompatibilidade de comprimento entre o rádio e a ulna. 
O tratamento normalmente é a osteotomia ou ostectomia da ulna.
O diagnóstico pode ser realizado por meio de radiologia, tomografia, artroscopia. 
O exame radiográfico é o de maior acesso, e devem ser realizadas três projeções: 
craniocaudal, mediolateral estendida e mediolateral flexionada 45° (Figuras 18 e 19) 
(HAZEWINKEL, 2008).
O tratamento vai depender do quadro que o animal apresenta. Normalmente, tratamentos 
conservativos têm limitação na qualidade de vida do paciente, é possível o controle da 
dor, porém a evolução do quadro deve ser acompanhada por imagens. A decisão de 
procedimento cirúrgico deverá ser minuciosamente avaliada pelo cirurgião e o pós-
operatório deve ser orientado ao proprietário, assim como as possibilidades de falha 
no tratamento. Ainda é possível abordagem de resgate, em que o paciente é submetido 
a procedimentos cirúrgicos chamados “salvamento”, como artrodeses, próteses e 
denervação do cotovelo, com objetivo de diminuir a dor.
Figura 20. Projeção craniocaudal e mediolateral, demonstrando incongruência úmero-radioulnar, principalmente em 
umeroulnar. Presença de projeções ósseas periarticulares em epicôndilos umerais e esclerose em superfície articular, em 
cadela de 6 anos da raça pastor alemão, 31/08/2020.
 
Fonte: Arquivo pessoal. Comunian, 2020.
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Luxação de cotovelo e ombro
Cotovelo
A luxação de cotovelo em animais pode ser traumática ou congênita e acomete 
principalmente animais de pequeno porte.
A luxação congênita é um dos principais quadros que acometem filhotes que 
claudicam, normalmente é bilateral e lateral, apesar de haver relatos de luxação medial, 
e em geral é acompanhada de outros quadros congênitos (como criptorquidismo, 
hidrocefalia, luxação patelar). Pode ser caracterizada de duas formas: ruptura da 
articulação umeroulnar com rotação lateral e subluxação ou luxação da 
ulna ou deslocamento lateral ou caudolateral da cabeça do rádio com a ulna. 
O quadro pode ser confirmado com exame radiográfico. O tratamento pode ser redução 
aberta ou fechada (até as dez semanas de idade), dependendo do tempo de evolução. 
A redução aberta consiste em cirurgia para estabilizar a articulação por meio do uso 
de implantes (ORLANDO et al., 2016).
A luxação traumática não é tão comum, porém ocorre em casos de aumento de força 
sobre a articulação em animais valgus, isso porque os ligamentos e músculos associados 
impedem que haja a translocação óssea com facilidade, sendo mais comum a ocorrência 
de fraturas dos ossos proximais. Quando há a luxação radioulnar, normalmente acontece 
lateral, devido ao ligamento colateral lateral ser mais resistente, porém a ruptura de 
ambos ligamentos colaterais pode acontecer e, dessa forma, teremos a ruptura do tecido 
mole da cápsula articular. O diagnóstico é realizado pelo histórico recente de trauma e 
postura do membro rotacionado, confirmando o diagnóstico com exame radiográfico.
Figura 21. Esquema de abordagem frente à luxação de cotovelo.
 
CONGÊNITA TRAUMÁTICA 
Claudicação em filhotes 
a partir das 4 semanas 
de idade 
Diagnóstico 
radiográfico 
Tratamento 
Fechado 
Até as 10 
semanas 
de idade 
Cirúrgico 
estabilização com 
implantes até 24 
semanas 
Aguda Crônica 
Não cirúrgico 
Estabilizado Não estabilizado 
Cuidados pós-cirúrgicos 
Cirúrgica 
Instável Estável 
Artrodese 
Fonte: Adaptado de Slatter, 2003; Orlando et al., 2016.
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UNIDADE I | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA
O pós-operatório deve ter uma analgesia cuidadosa com AINEs e bandagem bem 
acolchoada nos primeiros dias. Após a retirada, recomenda-se o início de atividade física 
mínima, como fisioterapia passiva acompanhada pelo médico veterinário. A realização 
dessa mobilidade diminui as chances de aderência de tecidos e enrijecimento articular.
Ombro
A articulação do ombro é composto pela escápula e pelo úmero, interligados pelo 
ligamento glenoumeral. A luxação de ombro normalmente é traumática e medial 
(raças pequenas) e laterais (raças grandes), porém não é uma regra, levando à ruptura 
do ligamento e dos tendões associados. O membrovai se apresentar flexionado e 
normalmente com rotação medial do pé. O diagnóstico definitivo é radiográfico 
(SLATTER, 2003).
O tratamento pode ser fechado ou cirúrgico. É necessário sedar o paciente, pois o 
posicionamento ósseo é doloroso e sempre realizar a colocação de tala em espiga para 
imobilização após durante duas semanas. Porém, por envolver a ruptura de estruturas de 
sustentação, normalmente o paciente reincide a luxação e é necessário o procedimento 
cirúrgico. O prognóstico é reservado e dependerá do ambiente e hábitos do paciente.
Cães de pequeno porte podem apresentar a luxação medial decorrente de causas 
congênitas; nesses casos, ela vai se apresentar bilateral.
As luxações craniais e caudais são raras, normalmente traumáticas e devem ser 
diferenciadas de neuropatia de plexo braquial (SLATTER, 2003).
Figura 22. Radiografia da articulação escapuloumeral de pinscher de 16 anos com luxação lateral, realizado em 11 de agosto de 2020.
 
Fonte: Arquivo pessoal. Comunian, 2020.
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Pós-operatório ortopédico e cuidados 
na internação
O pós-operatório de animais que passaram por procedimentos ortopédicos deve ser 
acompanhado de perto. A realização de analgesias adequadas com anti-inflamatorios, 
analgésicos e opioides são necessários. Para escolher as drogas mais adequadas, é 
necessária uma avaliação cuidadosa dos níveis de dor de cada paciente por meio das 
escalas de dor.
Apesar da necessidade de restrição de espaço, o animal não pode ser mantido imóvel, 
os exercícios de fisioterapia passiva devem ser realizados no pós-operatório imediato 
ou segundo a requisição do veterinário-cirurgião. Além disso, é necessário realizar 
crioterapia: colocação de compressas frias para diminuir o edema.
Cuidados com infecções em pós-cirúrgicos também são importantes, dessa forma, o 
uso de antibioticoterapia é de extrema necessidade, independentemente do ambiente 
em que o procedimento foi realizado. Em casos de fraturas expostas ou lesões que 
tiveram perda de continuidade de tecidos moles, o uso de antibiótico deve se iniciar 
antes da data da cirurgia.
O espaço em que o animal ficar no pós-operatório deve ser com solo antiderrapante, 
de fácil limpeza e restrito, sem que restrinja atividades mínimas.
A limpeza da ferida cirúrgica deve ser diária, com utilização de antissépticos e pomadas 
cicatrizantes.
Fisioterapia intensiva deve se iniciar após a retirada dos pontos.
Pontos de pós-operatório:
 » Analgesia.
 » Controle de infecções.
 » Fisioterapia e gelo.
 » Pisos antiderrapantes.
Analgesia
Abrange técnicas para que haja alívio da dor. 
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UNIDADE I | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA
Pode ser realizada por meio de medicação, técnicas complementares e cuidados 
paliativos.
As medicações compreendem, na ortopedia, o uso de anti-inflamatórios não 
esteriodais, analgésicos, podendo também ser utilizados alguns anticonvulsivantes 
com ação central.
Tabela 2. Lista de drogas analgésicas e anti-inflamatórias mais utilizadas na ortopedia veterinária.
Medicação Classificação Dosagem/frequência
Meloxicam* AINE 0,05-0.1mg/kg/sid
Carprofeno AINE
2,2mg/kg/bid ou
4,4mg/kg/sid
Robenacoxibe AINE/coxibe 1-2mg/kg/sid
Firocoxibe AINE/coxibe 5mg/kg/sid
Cimicoxibe AINE cox 2 seletivo 2mg/kg/sid
Dipirona* AINE/analgésico 25mg/kg/bid - tid – qid
Tramadol* Analgésico opioide 1-4mg/kg/bid – tid – qid
Gabapentina* Anticonvulsivante 5-15mg/kg/bid out tid
Amantadina* Adjuvante analgésico 3mg/kg/sid
Gapiprant AINE, analgésico 2mg/kg/sid
Legenda: *Permitido para cães e gatos.
Fonte: Manual Terapêutica Veterinária (ANDRADE, 2010).
Além das medicações, é possível fazer tratamentos com acupuntura e fisioterapia, 
entre outras técnicas integrativas.
A recomendação de medicamentos é realizada mediante a possibilidade fisiológica: 
função hepática, função renal, condição cardíaca.
Conclusão
As emergências ortopédicas envolvem principalmente o objetivo de controle de 
dor e retorno da função básica do membro acometido. Dessa forma, é de extrema 
importância a avaliação de dor dos pacientes e como atendê-los em primeira instância. 
A realização de procedimentos cirúrgicos fica a cargo do veterinário cirurgião, e podem 
ser organizadas de acordo com o quadro clínico do paciente.
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URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA | UNIDADE I
Figura 23. Esquema de atendimento do paciente politraumatizado.
 
Trauma inicial 
Atendimento ambulatorial 
1- Avaliação de dor → medicar se 
necessário. 
2-ABC → Presença de hérnia 
diafragmática? Temperatura? 
Volemia? → colocar em 
fluidoterapia RL 
3-Fraturas → limpar quando 
exposta ou estabilizar com tala. 
4-Sondagem uretral → aplicar 
4ml/kg de soro fisiológico e retornar 
o conteúdo, devemos ter 70-100% 
de volume para avaliar possível 
ruptura de bexiga. 
SOLICITAÇÃO DE EXAMES 
-EXAME RADIOGRÁFICO → em 
casos de fratura, sinais de hérnia 
diafragmática. 
-ULTRASSOM → em caso de teste 
negativo na avaliação de ruptura de 
bexiga. 
-HEMOGRAMA E BIOQUIMICOS 
→ solicitação para caso de preparo 
cirúrgico. 
Obs.: Outros exames de imagem 
avançada podem ser requisitados: 
tomografia computadorizada/ 
ressonância magnética. 
TRATAMENTO CLÍNICO 
- Analgésicos (dipirona, tramadol, 
morfina). 
- Anti-inflamatórios (Meloxicam, 
carprofeno, cetoprofeno). 
- Antibióticos quando houver 
descontinuidade de pele (cefalexina, 
amoxicilina, metronidazol). 
- Manejo: restrição de espaço, gelo 
em quadros agudos (até 72h), piso 
antiderrapante. 
-Talas e bandagens quando 
necessário. 
CIRÚRGICO 
-Indicações ortopédica: fraturas, 
fraturas expostas, luxações → até 
72h pós-trauma. 
-Hérnias diafragmáticas ou traumas 
envolvendo tecidos moles → até 
24h pós-trauma. 
TALAS E BANDAGENS APENAS 
PARA ESTABILIZAR! 
Fonte: Arquivo pessoal.
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UNIDADE I | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA
Figura 24. Resumo do atendimento emergencial do paciente ortopédico.
 
Entrada no ambulatório Histórico de atropelamento 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE: 
-Taquipneico, taquicárdico 
-Sangue em fossa nasal 
-Temperatura normal 
-TPC 1 segundo 
-Membro torácico com sugestão 
de fratura em radioulna unilateral 
-Hematoma em região inguinal 
1- Acesso venoso + 
fluidoterapia 
2- Auscultação tem 
presença de sons como 
estertor, ronco, estridor, 
sibilos 
3- Sondagem uretral e teste 
de resgate 
4- Avaliação de Glascow 
5- Avaliação do membro 
1- A fluidoterapia de eleição é o 
ringer lactato 
2- Em caso de sons 
pulmonares, realizar 
radiografia do tórax – 
Hematoma? Hérnia 
diafragmática? 
3- Teste de resgate negativo – 
bexiga integra (retorno de 
70-100% do volume) 
4- Se há sangue nasal, houve 
trauma – avaliar possível 
TCE 
5- Radiografia → tala pra 
estabilização → cirurgia? 
-Fluidoterapia 
-Analgesia (dipirona, tramadol, 
morfina, AINEs) 
-Tala/bandagem 
-Cirurgia? – Hérnia 
diafragmática/abdômen/fratura? 
-Antibioticoterapia – se houver 
necessidade ou pós-cirúrgico. 
Fonte: Arquivo pessoal.
43
UNIDADE II
URGÊNCIAS E 
EMERGÊNCIAS NA 
NEUROLOGIA
CAPÍTULO 1
Sistema nervoso – bases de anatomia 
e fisiologia
O SN pode ser dividido em duas partes: central e periférico. O sistema central envolve 
o cérebro, o tronco encefálico, cerebelo e medula, já o sistema periférico é formado 
pelos nervos e ramificações nervosas (Figura 27). 
O tecido nervoso é formado por substância cinzento e branca. A branca engloba os 
prolongamentos nervosos dos neurônios (axônios) e a substância cinzenta é formado 
por corpos celulares dos neurônios. Ambas substâncias estão presentes em todo 
sistema nervoso central, na região do cérebro a substância cinzenta é a mais externa 
e a substância branca é interna, já na região de medula, a substância branca é a mais 
externa e a cinza a interna (Figura 28).
O córtex cerebral é o responsável por áreas motoras e sensoriais, e pode ser dividido 
em partes, chamadas de lobos: frontal (aprendizagem e comportamento), parietal 
(sensibilidade somáticas, envolvendo tálamo e hipotálamo),temporal (audição), 
occiptal (visão) (Figura 25.
Uma região que deve ser levada em consideração é o tálamo, hipotálamo e subtálamo, 
presente na substância cinzenta, é a porção que realiza toda a interpretação de sensações 
ambientais, as principais funções envolvem regulação de temperatura corporal, apetite 
e sede, metabolismo de carboidrato e gordura e equilíbrio hidroeletrolítico, além de 
atividade motora como andar em linha reta e ritmo.
O tronco encefálico é dividido em diversas porções, sendo a ponte e o bulbo responsáveis 
por incluir os pares do V ao XII de nervos cranianos.
O cerebelo é reconhecido como centro de coordenação, cuidando do tônus, postura, 
movimentos voluntários e equilíbrio. O sistema vestibular se localiza nos ouvidos 
internos, são formados por diversas estruturas, sendo as principais os canais semicirculares 
do labirinto, sáculo e cóclea, estes permitem o equilíbrio e andar adequado.
44
UNIDADE II | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA
Figura 25. Anatomia cerebral dividido por lobos e região setorizada do hemisfério cerebral.
Fonte: Adaptado de https://br.freepik.com/vetores-premium/secoes-da-anatomia-do-cerebro-humano-vista-lateral_3045023.htm.
Na primeira imagem da figura acima, temos a localização de cada lobo cerebral 
desenhados em um dos hemisférios. Na segunda imagem da Figura 21, temos a região 
medial do cérebro, descrevendo as principais estruturas.
Figura 26. Anatomia óssea do crânio de cão, vista lateral, para auxiliar no comparativo das estruturas cerebrais.
Fonte: Imagem adaptada de https://br.pinterest.com/pin/467670742529067205/.
Figura 27. Esquema de divisão do Sistema Nervoso.
Fonte: Informações adaptadas de Konig e Liebich, 2009.
45
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA | UNIDADE II
Figura 28. Esquema anatômico do sistema nervoso central.
Legenda: A- Seguimentos da coluna vertebral com a abertura da cauda equina. B- Esquema de vértebra com presença de 
disco pulposo, locais de saída dos nervos pelos forames vertebrais, e localização da medula dentro da vertebra. C- Esquema 
da medula, indicando massa cinzenta e massa branca, localização de raiz nervosa sensitiva e motora. D- Sequência das 
membranas meníngeas da medula espinhal.
Fonte: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/biologia-do-sistema-nervoso/
medula-espinhal.
Figura 29. Esquema anatômico da estrutura da coluna de animal doméstico, com a contagem de vértebras nas espécies 
canina e felina.
Fonte: Adaptado de https://pt.dreamstime.com/ilustra%C3%A7%C3%A3o-stock-esqueleto-canino-image81658240.
Nervos cranianos
Cada atividade, reflexo, movimento realizado em face e tronco são coordenados por 
12 nervos, cada um com sua atividade específica e localizada em regiões do cérebro 
46
UNIDADE II | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA
que permite, quando o reflexo está presente ou ausente, identificar o local da lesão. 
Esses nervos estão descritos na tabela a seguir. A forma de identificar a funcionalidade 
de cada um está descrita no item de avaliação neurológica.
Tabela 3. Pares de nervos cranianos, função, localização e atuação.
Par Nervo Função Localização
I Olfatório Sensitivo Responsável pelo olfato
II Óptico Sensitivo Responsável pela visão
III Oculomotor Motor mesencéfalo Responsável pelos músculos extraoculares e fibras ganglionares parassimpáticas
IV Troclear Motor mesencéfalo Responsável pelo músculo oblíquo superior do olho
V Trigêmeo Sensitivo e motor Ponte
3 porções: oftálmico, maxilar e mandibular.
Responsável pelo m. mastigatório, tato, pressão, dor, temperatura.
VI Abducente Motor Ponte Responsável pelos músculos extraoculares – m. reto lateral.
VII Facial Sensitivo e motor Ponte/Bulbo
Responsável por inervar glândulas salivares sublinguais e 
submandibulares e glad. salivar;
Músculos do arco branquial.
VIII Vestíbulo-coclear
Sensitivo e 
motor Ponte/Bulbo Dois ramos: coclear (audição) e vestibular (equilíbrio).
IX Glossofaríngeo Sensitivo e motor Bulbo 
Musc. da laringe e da faringe, sensibilidade visceral, 
inervação da gl. parótida, dor e temperatura.
X Vago Sensitivo e motor Bulbo
Inervação parassimpática das vísceras torácicas e 
abdominais.
XI Acessório Sensitivo e motor Bulbo
Dois ramos: um associado ao n. vago e o segundo relacionado 
com a musculatura do pescoço.
XII Hipoglosso motor Bulbo Movimentos da língua. 
Fonte: Casimiro, 2018.
Nervos espinhais
São compostos por raiz ventral (fibras aferentes – viscerais e somáticos) e uma raiz 
dorsal (possui um gânglio e são as fibras aferentes – sensitivas). Há também um ramo 
comunicante que se inicia nas vértebras torácicas seguindo até as lombares, formado 
por fibras nervosas simpáticas.
Em cães, vamos ter: 8 pares cervicais, 13 pares torácicos, 7 pares lombares, 3 pares 
sacrais e 5 ou 6 coccígeos.
Sistema Nervoso Autônomo
Tem relação primeiramente com a regulação e a manutenção da estabilidade das 
funções espontâneas do corpo. Exemplo: digestão, glândulas, sistema cardiovascular 
e respiratório, gênito-urinário, temperatura.
47
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA | UNIDADE II
Dividido em simpático (porção cranial do hipotálamo) e parassimpático (porção caudal 
do hipotálamo).
Figura 30. Esquema de caminho dos sinais simpáticos e parassimpáticos.
Fonte: Adaptada de Freitas et al., 2012. Disponível em: http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/128/mta2012r52.
Tabela 4. SN Simpático e SN Parassimpático.
FUNÇÃO AÇÃO NO ORGANISMO
SN SIMPÁTICO Preparar o organismo para situações de estresse.
Aumento de FC e PA, liberação de adrenalina, contração e 
relaxamento muscular, broncodilatação, midríase e sudorese.
SN PARASSIMPÁTICO
Ações não conscientes;
Retornar o corpo para estado 
de relaxamento.
Respiração;
Diminuição de FC e PA, diminui adrenalina, diminui 
a glicemia, controle de contração pupilar segundo a 
luminosidade.
Fonte: Machado, [20--].
Neurotransmissores
São responsáveis pelas transmissões de impulsos elétricos em locais específicos chamados 
de fenda sináptica. Podem ser do tipo excitatórios (exemplo: glutamato) ou inibitórios 
(exemplo: GABA – ácido gama-aminobutírico). 
Existem dois tipos de transmissão nervosa: a elétrica (Figura 30), em que há passagem 
de íons pelos canais, gerando um potencial de ação e a química, em que ocorre a 
excitação de um neurônio por meio de uma despolarização gerando liberação dos 
neurotransmissores, tanto para inibição como para excitação.
48
UNIDADE II | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA
Figura 31. Esquema de estimulação nervosa do tipo elétrica.
Fonte: Adaptado de http://fisio2.icb.usp.br:4882/wp-content/uploads/2016/02/Psicologia-Aula6-2016-2do.pdf.
Uma sinapse de sinal elétrico, os íons são transmitidos diretamente para o neurônio 
pós-sináptico pelas junções comunicantes, gerando potenciais de ação. Esse tipo de 
sinapse está presente em músculos do tipo liso e cardíacos.
Figura 32. Esquema de estimulação nervosa do tipo química.
Fonte: Adaptado de http://fisio2.icb.usp.br:4882/wp-content/uploads/2016/02/Psicologia-Aula6-2016-2do.pdf.
49
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA | UNIDADE II
As sinapses químicas são conduzidas por neurotransmissores, podendo estes ser 
excitatórios ou inibitórios. Inicialmente ocorre um potencial de ação que gera 
despolarização de membrana com a entrada de cálcio para dentro da célula e saída 
de potássio. Esse cálcio intracelular vai estimular a liberação dos neurotransmissores 
pelas vesículas, os neurotransmissores vão então ser liberados por exocitose para a 
fenda sináptica, e se ligar no receptor próprio presente no neurônio pós-sináptico por 
uma ligação do tipo “chave-fechadura”, ativando a via de transdução do sinal nervoso.
Para haver a quebra do estímulo e da ligação do neurotransmissor e do receptor, 
enzimas são ativadas para a quebra dos neurotransmissores, exemplo: acetilcolina é 
destruída pela acetil-colinesterase.
50
CAPÍTULO 2
Avaliação neurológica
É uma avaliaçãoclínica específica e necessária para localização das lesões no sistema 
nervoso central. Nessa avaliação, podemos ter duas fases, a observatória e a avaliação 
clínica específica (Tabela 19).
A anamnese faz parte da avaliação, em que o proprietário deve dar todos os detalhes 
sobre o dia a dia do paciente, como e quando o quadro se iniciou, como progrediu. Se 
possível, requisitar filmagens do paciente. 
O exame físico é necessário para descartar possíveis comorbidades e identificar que 
os sinais clínicos sejam realmente do sistema neurológico.
Avaliação observacional da avaliação neurológica inclui: estado mental, postura, 
marcha e presença de tremores involuntários.
I. Estado mental: ou nível de consciência. Deve-se avaliar como o animal 
se comporta e interage com o ambiente. A classificação é de ALERTA, 
DEPRESSÃO, ESTURPOR e COMA. Além disso, podemos incluir nessa 
etapa a agressividade, andar compulsivo, vocalização, delírio.
II. Postura: posicionamento de cabeça e do tronco durante movimento e 
repouso. A classificação primária é normal ou anormal; quando anormal, 
devemos descrevê-la.
 Head tilt – inclinação de cabeça, com rotação pelo plano mediano da cabeça. 
Pode indicar desordens vestibulares central ou periférica (ipsilateral a lesão) 
ou vestibulopatias paradoxais (contralateral a lesão).
 Head turn – rotação lateral de cabeça. Ocorre a torção de pescoço. Associado 
com pleurostótono, indica lesão prosencefálica ipsilateral.
 Rigidez descerebrada – rigidez e extensão dos quatro membros, associado 
a lesão grave de tronco encefálico.
 Rigidez descerebelada – extensão dos membros torácicas, flexão dos 
pélvicos e opistótono com nível de consciência alerta. Associada com lesões 
de cerebelares agudas.
 Posição de Schiff-Sherrington – extensão rígida dos membros torácicos 
com propriocepção e função motora normal, flacidez de membros pélvicos 
51
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA | UNIDADE II
com diminuição de função motora. Associado com lesão grave aguda em 
toracolombar.
III. Marcha: avaliação locomotora, é importante para ver a funcionalidade do 
tronco encefálico, cerebelo, medula espinhal, nervos periféricos, junção 
neuromuscular e músculos. A avaliação deve ser de frente, lateral e de trás 
e sempre com animal em estação, seguido de movimentos em linha reta e 
circulares para os dois lados. A classificação é: normal ou anormal: ataxia, 
paresia/paralisia (tetraparesia/paralisia, paraparesia/plegia; monoparesia/
plegia, hemiparesia) e claudicação.
IV. Movimentos involuntários: tremores, miotomias, mioclonias, catalepsia, 
epilepsia, head bobbing, desordens de movimentos.
 A segunda etapa é de avaliação física, inclui: reações posturais, nervos 
cranianos, reflexos miotáticos, avaliação sensorial.
V. Reações posturais: propriocepção, saltitamento são os principais e indicam 
lesão no SN, porém não a sua localização. Além desses, também podemos 
incluir: hemicaminhada, carrinho de mão, extensor postural, posicionamento 
tátil e visual.
VI. Nervos cranianos: são ao todo 12 pares, e os principais testes são:
 Resposta a ameaça: cobrir um dos olhos e ameaçar o outro com movimento 
de mão. Ausente até os 4 meses de vida do animal. Avalia o trato visual, 
nervo facial e cerebelo.
 Reflexo pupilar: luz direta ou indiretamente sobre os olhos e avalia-se a 
contração da pupila. Temos a avaliação do nervo óptico e oculomotor.
 Reflexo palpebral e sensibilidade facial: estímulo de toque suave nas 
pálpebras (canto medial e lateral) e toque em diferentes áreas da face. Espera-
se, nesse teste, que o animal pisque e que haja contração miofacial. Avalia-se 
o nervo trigêmeo, nervo facial.
 Simetria facial: avaliação de presença de assimetrias como hipotrofias, 
ptoses de pálpebra, lábio ou orelhas. Avalia-se o nervo trigêmeo e nervo 
facial.
 Estrabismo: posicionamento anormal do globo ocular. Avalia-se os nervos 
oculomotor, nervo abducente, nervo troclear e nervo vestíbulo coclear.
52
UNIDADE II | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA
 Nistagmo: é o reflexo oculovestibular. Avalia os nervos oculomotor, 
abducente e vestibulococlear.
VII. Reflexos miotáticos e tônus muscular:
 Membros torácicos: reflexo de retirada avalia o segmento C6-T2 e o 
plexo braquial, deve ser realizado pinçando de leve o interdígito; é o único 
confiável. Os testes de reflexo do extensor radial do carpo, bíceps e tríceps 
não são confiáveis.
 Membros pélvicos: os principais testes a serem realizados são o reflexo 
patelar e o de retirada. O reflexo patelar avalia o segmento L4-L6 e o nervo 
femoral, o membro deve estar relaxado, semiflexionado e aplicado um 
golpe (com plexímetro) sobre o tendão patelar, o membro deve se estender 
e flexionar após. Já o reflexo de retirada avalia o segmento L4-S3 e raízes 
nervosas, ciático e femoral, deve ser realizado pinçando o interdígito e 
esperando pela flexão do membro.
 Reflexo perineal: leve toque do períneo leva a uma contração do esfíncter 
anal e possível flexão da cauda.
VIII. Avaliação sensorial:
 Nocicepção: envolve a participação de nervos periféricos, medula espinhal, 
tronco encefálico e córtex prosencefálico. A dor superficial é avaliada pinçando 
a membrana interdigital dos membros torácicos e pélvicos, se esta estiver 
diminuída ou ausente, avalia-se a profunda, em que o pinçamento ocorre 
no periósteo dos dígitos.
 Palpação da coluna: detectar áreas de dor em região de coluna. Aplicamos 
uma força por entre os processos espinhosos, em direção craniocaudal. A 
região cervical deve ser manipulada suavemente.
Caderno Técnico de Avaliação Neurológica:
https://vet.ufmg.br/ARQUIVOS/FCK/file/editora/caderno%20tecnico%2069%20
neurologia%20caes%20e%20gatos.pdf.
Sugestão de livro:
CASIMIRO, R.; DEWE, C. W. Neurologia canina e felina – Guia prático. São Paulo: 
Editora Guaraná, 2017. p. 28–38.
53
CAPÍTULO 3
Clínica urgência e emergência neurológica
Convulsão
A convulsão é um evento que envolve cargas elétricas paroxísticas, descontroladas, de 
origem súbita, transitória, em que ocorre ou não a perda de consciência e movimentos 
involuntários. Pode ser classificada como parcial ou generalizada. Durante essa descarga 
elétrica, ocorre excitação dos neurônios, ocasionando a eventual crise epilética.
As causas podem ser intra ou extracranianas, que serão citadas na Tabela 5
A epilepsia é dividida em fases:
 » Pródromo ou pré-ictal*: agitação que precede a convulsão, pode ter duração 
de dias ou horas, na maior parte das vezes não é identificado pelo proprietário.
 » Aura ou pré-ictal*: é o início da crise; nesse momento, o animal aumenta a 
agitação, podendo querer se esconder ou procurar pelos proprietários, ocorre 
minutos antes da manifestação clínica e alguns donos podem conseguir 
identificar.
 » Icto: é a manifestação clínica do estado epilético, quando generalizada, vai 
apresentar movimentos involuntários, micção e defecação espontânea, 
contração muscular, vocalização, perda de consciência.
 » Pós-ictal: quando a crise termina e o animal pode se apresentar agitado, andar 
compulsivo, desorientado, algumas vezes agressivo ou mesmo com cegueira 
temporária.
 » Interictal: é a fase em que o animal se apresenta clinicamente sem alterações 
condizentes com a crise, pode durar de dias a meses. Quanto maior esse 
período, mais eficaz está sendo o tratamento.
*Como muitas vezes não é possível diferenciar essas duas etapas, ambas podem ser 
consideradas pré-icto.
São necessários ao menos dois episódios para classificar o paciente como epilético e 
iniciar o tratamento. Ela pode ser idiopática ou adquirida.
A epilepsia ocorre devido a um desequilíbrio entre os mecanismos excitatórios e 
inibitórios. Entre esses mecanismos, temos os neurotransmissores GABA (inibitório) 
e glutamato (excitatório).
54
UNIDADE II | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA
Tipos de convulsão
Generalizada
Envolve os dois hemisférios cerebrais, com manifestação clínica generalizada e perda 
de consciência. Podem ser primárias (idiopáticasou verdadeiras) ou secundárias por 
causas intra ou extracranianas. Normalmente, convulsões secundárias mais graves 
tendem a ter origem intracraniana.
Podem ser tônicas (apresentação de rigidez), clônicas (apresentação de movimentos 
involuntários) ou tônico-clônicas (rigidez e movimentos involuntários).
Focal ou parcial
Apresenta foco convulsivo em uma única região ou hemisfério cerebral, gerando 
movimentos restritos de uma parte do corpo. É possível que essa crise focal se generalize. 
São de origem adquiridas, ou seja, há uma causa base. Não vai apresentar fases de evolução.
Classificação
Primária
Também chamada de epilepsia idiopática, esta não tem uma causa ou lesão estrutural 
para ocorrência, e acredita-se que a origem seja genética. Normalmente, inicia entre 
os seis meses até os três anos de idade, mas pode acontecer em outras idades também. 
Quando há duas ou mais convulsões em 24h, chamamos de cluster; em caso de crises 
sequenciais de cinco ou mais minutos, é status epileticus.
Durante a avaliação neurológica, o paciente não pode ter alterações ou deficits em fase 
interictal.
Secundária
Também chamada de epilepsia adquirida, tem uma causa intra ou extracraniana que 
dá origem aos episódios. Podemos facilitar o entendimento dessas causas por meio 
da sigla VITAMIND.
Tabela 5. VITAMIND, sigla para diagnóstico de causas de convulsão.
V Vascular
I Inflamatório/infeccioso
T Trauma/tóxico (carbamatos, organofosforado, etilenoglicol, estricnina)
A Anomalia congênita
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URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA | UNIDADE II
M Metabólica (hipoglicemia, distúrbio eletrolítico, encefalopatia hepática)
I Idiopático
N Neoplasia/nutricional
D Degenerativa
Fonte: Chaves et al., 2014.
Diagnóstico
Histórico e sinais clínicos são de extrema importância para a avaliação do quadro do paciente, 
bem como tipo de episódio, forma de aparecimento, evolução, frequência e duração.
O exame físico completo é o início de toda avaliação, permitindo encontrar alterações 
sistêmicas que possam afetar ou interferir no sistema nervoso, indicando uma causa 
primária. A partir do exame físico, são requisitados os exames complementares iniciais, 
como hemograma e perfil bioquímico (função hepática, função renal); se necessário, 
complementar com exames de ultrassonografia, dessa forma podemos descartar causas 
extracranianas.
A avaliação neurológica pode indicar deficits que indicam doenças ativas no sistema 
nervoso, sendo imprescindível para auxiliar na localização dessas lesões estruturais.
É necessário que o veterinário, ao conversar com o proprietário, diferencie episódios 
epiléticos de outros quadros como síncope, catalepsia, entre outros. Pacientes que 
apresentam os episódios até os três anos de idade têm maior chance de que seu quadro 
seja ser considerado hereditário ou genético. Quando os sinais surgem na fase adulta 
ou geriátrica e com deficits passíveis de localização, é mais comum que o quadro seja 
secundário a alguma outra comorbidade.
Além do histórico, avaliação clínica, avaliação neurológica e exames laboratoriais, 
outros exames podem ser necessários para complementar o diagnóstico, como análise 
de líquido cefalorraquidiano.
Observação:
Análise de LCR: suspeita de neoplasia, meningoencefalites de origem infecciosa 
e não infecciosa.
Além desses, é possível realizar radiografias de crânio, tomografia computadorizada e 
ressonância magnética, sendo as últimas duas as melhores para identificar lesões em 
região córtico-talâmicos, porém deve-se tomar cuidado com alterações próprias das 
raças e idades.
56
UNIDADE II | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA
Tratamento
Tabela 6. Drogas utilizadas para controle de episódios epiléticos.
Medicação Dose Frequência e via Observações
Fenobarbital 2-6mg/kg
BID, TID, QID
VO, IV, IM
Medicação mais tradicional no tratamento. Devem ser 
mensurados os níveis séricos em 21 dias após início do 
tratamento.
Diazepam 0,5mg/kg
SID, BID
IR, IM, IV
Usado como medicação emergencial.
Brometo de 
potássio
30-40mg/kg*
40-50mg/kg**
SID
VO
*dose com fenobarbital
**dose sem fenobarbital
Levetiracetam 7-20mg/kg
VO 
TID
Apenas para cães.
Gabapentina 5-10mg/kg
BID, TID
VO
Também utilizado para dores neuropáticas.
Primidona
Quando é metabolizada, se transforma em fenobarbital.
Ainda pouco utilizado na rotina veterinária.
Topiramato 2-10mg/kg
BID
VO
Apresenta excreção renal.
Zonisamide 5-10mg/kg
SID
VO
Felbamato 20mg/kg TID Bom para controle de episódios focais.
Fonte: Andrade, 2011.
O sucesso do tratamento não é a isenção de crises epiléticas, mas sim alcançar o maior 
período possível de interictus.
Ao iniciar o tratamento com a medicação de eleição – o fenobarbital –, é necessário 
acompanhar a dose de fenobarbital sérico pois o tratamento só será eficaz se houver 
uma concentração de 23µg/ml, além disso, uma concentração muito elevada, pode 
levar a intoxicação pelo gardenal.
Quando a terapia com fenobarbital não é eficaz, é necessário acrescentar outras drogas 
ao protocolo.
Só se realiza desmame de medicação mediante a ausência de crises por pelo menos 
seis meses.
Independentemente da droga de escolha, devemos sempre acompanhar as enzimas 
hepáticas e as bilirrubinas, pois todas apresentam metabolização hepática.
57
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA | UNIDADE II
Trauma cranioencefálico (TCE)
É uma lesão traumática aferida diretamente sobre o crânio, gerando lesões secundárias 
no cérebro. Primariamente, o paciente pode apresentar hemorragia e lesão neuronal, 
geralmente irreversíveis devido ao tempo de socorro. Essa será classificada em: concussão 
(leve com perda transitória da consciência), contusão (moderada a severa, pode levar 
a hemorragia e/ou edema), laceração (é a mais grave, vai apresentar obrigatoriamente 
hemorragia e edema em parênquima cerebral, porém também vai ter lesão externa na 
parte estrutural do osso e musculaturas) ou lesão axonal difusa. 
Consequências secundárias:
 » Hemorragia.
 » Aumento da pressão intracraniana (PIC).
 » Edema.
 » Comprometimento da barreira hematoencefálica.
 » Mudança da reatividade vascular cerebral.
Figura 33. Esquema de ocorrência das lesões secundárias ao trauma cranioencefálico.
Fonte: Adaptado de Siqueira, 2011.
O paciente com TCE tem queda de pressão arterial (PAM), automaticamente ocorre a 
diminuição da pressão de perfusão cerebral (PPC), mantendo a PIC entre 8 e 15mmHg, se 
58
UNIDADE II | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA
ocorre de a PIC aumentar, vai haver isquemia, diminuído o fluxo sanguíneo, aumentando 
o CO2, desencadeando uma resposta simpática que automaticamente aumenta a PAM e 
a PPC. A hipertensão sistêmica vai desencadear, por reflexo, uma bradicardia.
Figura 34. Ciclo consequência do aumento da PIC.
 
 
Aumento de 
PIC
Hipertensão 
sistêmica
Bradicardia
Lesão de 
órgãos pela 
vasoconstrição
Pioram a lesão 
cerebral
Piora da 
perfusão 
cerebral
Isquemia
Risco de 
vida! 
Fonte: Adaptado de Siqueira, 2011.
Avaliação do paciente
O paciente que sofreu TCE pode apresentar inicialmente sonolência, confusão, agitação 
ou inconsciência. É necessário avaliação do ABC (vias aéreas, respiração, circulação) 
e estabilizar o máximo possível o paciente. A presença de sangramento pelos orifícios 
(narinas, orelhas, olhos ou boca) pode indicar fratura de crânio.
É necessário imobilização adequada do paciente para evitar outros traumas, como os 
raquimedulares ou mesmo aspiração de exsudatos.
É necessário manter o paciente com a cabeça inclinada de 30-45°, permitindo drenagem 
venosa.
A avaliação do nível de consciência deve ser feita já no atendimento inicial e repetida 
a cada 30 minutos ou uma hora. Essa avaliação é de acordo com a Escala da Glascow 
modificada para cães:
59
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA | UNIDADE II
Tabela 7. Escala de Glascow modificada.
Indicador Critério/resposta Escore
Abertura ocular Espontânea 4
Estímulo verbal/comando 3
Estímulo verbal/comando/ao grito 3
Estímulo doloroso2
Sem abertura 1
Melhor resposta à vocalização Latido/rosnado 5
Choramingo irritado 4
Choramingo à dor 3
Ganido à dor 2
Sem resposta 1
Melhor resposta motora Movimento espontâneo e normal 6
Reação ao toque 5
Reação à dor 4
Flexão anormal/descorticação 3
Flexão anormal/descerebração 2
Nenhuma 1
Total 15
Fonte: Andrade et al., 2010.
O valor mínimo da escala é 3, indicando arreatividade, o máximo é 15, indicando 
que o animal está alerta e totalmente responsivo. De 3 a 8 o quadro é grave, de 9 a 12 
moderada e leve de 13 a 14, sendo 15 normal.
Localização da lesão
Podemos classificar a lesão em:
 » Síndrome cerebral: alteração mental e comportamental, com deficit 
proprioceptivo contrário a lesão. Pode ocorrer a descerebração.
 » Síndrome diencefálica: alteração mental, comportamental, anormalidade 
na ingestão hídrica e alimentar, dificuldade de manutenção da temperatura 
e alterações hormonais.
 » Síndrome mesencefálica: alteração de estado mental, alteração dos reflexos 
do III NC, opistótono, aumento de tônus muscular e reflexos periféricos, 
deficit proprioceptivo dos quatro membros.
60
UNIDADE II | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA
 » Síndrome pontobulbar: alteração estado mental, paralisia mandibular e 
facial, desvio de cabeça, quedas, andar em círculos, nistagmo, paralisia de 
língua, faringe e laringe.
 » Síndrome vestibular: depressão do estado mental, desequilíbrio, quedas, desvio 
angular de cabeça, andar em círculos, nistagmo, estrabismo ventrolateral, 
síndrome de Horner. Sendo que a síndrome vestibular é dividida em central 
e periférica.
Tabela 8. Diferenciação de síndrome vestibular periférica e central.
Sinais clínicos Central Periférica
Nistagmo espontâneo Horizontal, rotatório, vertical Horizontal, rotatório, constante
Nistagmo posicional Modifica Constante
Déficits de NC V, VI, VII, IX VII
Sind. Horner Ausente Presente
Paresia e deficits posturais Presentes Ausentes
Estado mental Alterado Normal
Fonte: Siqueira, 2011.
 » Síndrome cerebelar: tremor de cabeça, nistagmo, anisocoria, base de apoio 
aberta, aumento de temperatura corporal, deficit de reações posturais, 
opistótono e ausência de reflexo de ameaça.
Tratamento
Manter em observação a oxigenação e sinais que indiquem o aumento da PIC. Cuidar 
da mudança de pressão, já que pode ocorrer isquemia cerebral. O uso de medicações 
barbitúricas diminui a PIC por meio da diminuição da taxa metabólica, porém cuidado 
com a hipoventilação.
 » Solução salina hipertônica: 4-5ml/kg durante 5 minutos. Para correção da 
desidratação e restauração da pressão.
 » Oxigenioterapia: diminuir as chances de isquemia.
 » Alimentação por sonda gástrica.
 » Elevação do corpo em até 30°.
 » Terapia médica específica: uso de barbitúricos, hiperventilação e uso de 
diuréticos osmóticos como manitol (0,25-0,5g/kg em 15 minutos repetida 
a cada 6h, dependendo da escala de Glascow) ajudam no tratamento da 
hipertensão craniana.
61
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA | UNIDADE II
 » Se houver hipotensão arterial, uso de dopamina 2-10 µg/kg/min.
Como consequência do TCE, pode acontecer de o paciente apresentar episódios 
convulsivos, que devem ser controlados com diazepam 0,5-1mg/kg/IM ou IV e, em 
caso de episódio recidivo, administrar fenobarbital.
Obs.: O uso de glicocorticoides ainda é controverso, eles são benéficos para edema 
cerebral secundário a neoplasias, porém ocorre o aumento de mortalidade após seu 
uso em casos de TCE.
Trauma raquimedular
Fisiopatologia e diagnóstico
É um trauma direto sobre a coluna vertebral e medula espinhal, levando a perda 
parcial ou total das atividades motoras, sensoriais e viscerais, resultando em fratura, 
subluxação, luxação, hemorragia, hematoma, edema medular, lesões compressivas, 
ocasionando graus diferentes de função neurológica. Para o tratamento, busca-se a 
recuperação do tecido neural, diminuindo ao máximo as possíveis sequelas e melhorando 
a estabilidade anatômica.
A lesão medular pode ser traumática (mais frequente) ou não traumática (vascular, 
infecciosa, neoplásica, artrites que levam a subluxações, doença articular degenerativa 
e degeneração de disco).
Trauma  choque medular  depressão/interrupção das funções.
Trauma  ruptura ou esmagamento de elementos neuras e vasculares.
Figura 35. Simplificação da sequência de eventos pós-trauma raquimedular.
Fonte: Rosa-Ballaben, 2018.
62
UNIDADE II | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA
Figura 36. Esquema de ocorrência da lesão raquimedular.
Fonte: Rosa-Ballaben, 2018.
Após o trauma, haverá efeitos primários e secundários. Os efeitos primários são a lesão 
mecânica, e podem ser compressivas, contusivas, transecção, laceração, flexão, tração 
ou de estiramento, essas lesões ocasionarão, sob os vasos e estruturas neurais, a ruptura 
ou esmagamento. Após essa lesão estrutural/física (que pode ocasionar quadros de 
extrusão com consequente compressão), teremos as secundárias, que ocorrem como 
reflexo ao trauma, de forma progressiva.
Na lesão secundária, então, haverá a mudança de pressão arterial na epidural. 
Esse aumento de pressão vai ocasionar um colapso dos vasos locais, “mimetizando” um 
machucado, atraindo, dessa forma, células de defesa inflamatórias (como os neutrófilos 
e macrófagos), edema e, consequentemente, alteração hidroeletrolítica, hemorragia e 
perda de células para o interstício. Esses eventos levarão à isquemia local à apoptose 
63
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA | UNIDADE II
celular e axonal. Se a isquemia e a pressão arterial não forem corrigidas, o organismo 
entrará em um ciclo de lesão.
Figura 37. Ciclo da lesão secundária.
 
Aumento de PA 
+ lesão 
vascular
Isquemia
EdemaMorte celular
Não correção
Fonte: Rosa-Ballaben, 2018.
Não serão apenas os neurônios que sofrerão com o trauma, mas também todo o 
trato axonal, levando a quadros de paresia e/ou paralisia muitas vezes irreversível. 
A incapacidade de regeneração axonal está associada com a cicatrização glial, resultante da 
hipertrofia dos astrócitos e dos filamentos intermediários (conhecida como astrogliose), 
essa hipertrofia, junto com a chegada das células de defesa (micróglia, macrófagos e 
células progenitoras), geram a cicatrização glial.
O trauma vai ter como consequência imediata o influxo de potássio, gerando um 
bloqueio nervoso.
Observação importante:
Regeneração do SNC # SNP
O sistema nervoso periférico contém axônios capazes de se regenerarem ao longo 
de seu trajeto, permitindo que haja reparo dos nervos lesionados, diferente dos do 
SNC. Isso aparentemente ocorre por conta da presença de moléculas inibitórias 
no sistema central, como astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e fibroblastos, 
gerando uma cicatriz que age como barreira tanto física como química, impedindo 
o brotamento axonal e, consequentemente, a morte neuronal.
64
UNIDADE II | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA
Figura 38. Eventos vasculares, bioquímicos e inflamatórios secundários à lesão medular.
Fonte: Bahr et al., 2007.
Tratamento
Nenhum dos tratamentos disponíveis atualmente é considerado realmente efetivo, 
pois nenhum deles garante eficácia na extensão da lesão secundária.
As abordagens: prevenção da lesão progressiva e restauração dos tecidos danificados.
Cirúrgico
Tem o objetivo de estabilizar a coluna vertebral, retirando o estímulo da lesão primária.
A decisão para a abordagem cirúrgica envolve:
 » Sinais neurológicos graves.
 » Compressão medular.
 » Fratura estável não responsiva a tratamento clínico.
 » Piora do quadro clínico após tratamento clínico.
 » Presença de dor não responsiva a tratamentos.
 » Instabilidade vertebral.
65
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA | UNIDADE II
Alguns quadros traumáticos podem ser evidenciados diretamente por radiografia – é o 
caso de fraturas ou luxações vertebrais. Porém muitos pacientes não apresentarão esse 
quadro clínico, sendo necessário exames de imagem avançada. O ideal é que o paciente 
seja submetido a um examede tomografia contrastada ou ressonância magnética para 
avaliação exata do local lesionado e também de possíveis extensões.
Quanto às técnicas utilizadas durante cada procedimento, este deve ser avaliado por 
um cirurgião especialista na área.
Observação:
A realização de procedimento cirúrgico não garante o retorno da atividade motora 
e sensorial, é uma intervenção realizada com intuito de estabilizar a lesão e 
possibilitar a melhora clínica e prevenir o avanço do quadro.
Clínico
Primeiro passo do tratamento é a estabilização do paciente politraumatizado, fazendo 
controle da hipotensão e hipotermia. Deve-se atentar para o ABCD da emergência, 
para estabilização clínica do paciente.
Em casos de fraturas ou luxações, imobilização física mínima deve ser realizada, pode 
ser maca, restrição de espaço, de preferência em decúbito lateral.
O exame neurológico deve ser realizado de forma minuciosa para localizar a lesão e 
sua gravidade.
Neuroprotetores
 » Bloqueadores de canais de cálcio:
 › São importantes para evitar quadros isquêmicos, melhoram o fluxo 
sanguíneo e a função dos neurônios. Agem impedindo a entrada de cálcio 
nas células, não ativando as fosfolipases, assim não ocorre a peroxidação 
dos lipídeos das membranas celulares.
 › Nimodipine: 0,02-0,04mg/kg/h em infusão contínua durante uma a 
duas horas.
 › Diltiazem: 100ug/kg/IV seguido por 5ug/kg/min em infusão contínua 
durante 30 minutos.
 › Flunarizina: 0,1mg/kg/IV até 3 horas após o trauma em gatos.
66
UNIDADE II | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA
 › O uso de metilpredinisolona ainda é estudado, porém se observa melhora 
clínica dos pacientes.
 » Antioxidantes:
 › Vitamina C, E (1000UI/dia), selênio (50ug/dia), coenxima Q10 e DMSO 
(doses variam).
 › Estes reduzem a necrose tecidual após a lesão.
 › Vitaminas do complexo B, em especial a B2, são positivas para o 
restabelecimento da bainha de mielina de longo prazo.
 » Varredores de radicais livres.
 » Inibidores de ácido araquidônico:
 › Inibem a formação de prostaglandinas e tromboxanos.
 › Ibuprofeno.
 » Barbitúricos e antagonistas dos opioides: ainda experimental, mas 
demonstraram melhora no fluxo sanguíneo.
 » Antagonistas NMDA:
 › Inibir potencial neurotóxico dos aminoácidos. Apesar de mostrar melhora 
da recuperação funcional, os pacientes podem apresentar sedação, ataxia, 
estimulação motora e comprometimento cardiovascular.
 » Glicocorticoides:
 › Reduzir edema, inflamação e lesões vasculares. Porém estudos a respeito 
do fármaco são conflitantes quanto à eficácia e ao mecanismo de ação.
Dexametasona  não há resultados nos tratamentos e ainda está associada com o 
surgimento de hemorragias e úlceras gastrointestinais, pancreatite, imunossupressão 
e até morte.
Succinato sódico de metilpredinisolona  neuroprotetor contra a cascata secundária 
do trauma. A dosagem para inibição da hidrólise lipídica da membrana lipídica é alta, 
recomendando-se o protocolo:
30mg/kg/IV nas primeiras 8h de pós-trauma.
15mg/kg/IV duas horas após a primeira aplicação.
67
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA | UNIDADE II
15mg/kg/IV seis horas após a primeira aplicação (quatro horas após a segunda aplicação).
Pode-se colocar o paciente em infusão contínua 2,5mg/kg/h por até 24h.
Alguns trabalhos demonstraram uma taxa de seis vezes mais mortes por insuficiência 
respiratória em humanos em protocolos que duraram 48h contra protocolos que 
duraram 24h.
Observação
Não esquecer tratamentos analgésicos!
Se houver feridas ou em pós-operatório: uso de antibioticoterapia!
Tratamentos promissores
Inibidor da calpaína
As caspases são mediadores de morte celular, ao inibi-las, procuramos retardar a 
evolução da lesão. Estão ainda em fases experimentais, porém são promissores para 
preservação do tecido.
Polietilenoglicol (PEG)
Notou-se em experimento que o PEG promoveu a reconexão (ou conexão) das 
membranas celulares, retornou à excitabilidade da membrana e inibiu a destruição 
axonal.
Sulfato de magnésio
Em experimento, sob a dose de 100-600mg/kg/intraperitoneal, gerou vasodilatação 
medular, aumentando a liberação de prostaglandinas, inibindo a peroxidação lipídica 
e prevenindo trombos.
Células-tronco
Geralmente de origem mesenquimal, são uma possibilidade de tratamento em estudo 
e acompanhamento. Têm como objetivo do tratamento a regeneração axonal e a 
diferenciação celular em neurônios ou componentes do sistema.
Reabilitação
Acupuntura e fisioterapia são modalidades com comprovações científicas frente ao 
restabelecimento da função e atividade medular.
68
UNIDADE II | URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA
Ambas especialidades entram na categoria de Medicina Veterinária Integrativa, com 
o objetivo de restaurar a qualidade de vida, controle de dor, retorno da função motora 
e sensitiva do paciente.
As modalidades podem ser acrescidas no tratamento logo no início do diagnóstico, 
em pré e pós-operatório e em animais já na fase crônica.
Conclusão
No atendimento de emergências neurológicas, o principal é a avaliação exata do quadro 
do paciente. A realização de um exame neurológico de qualidade vai determinar o 
diagnóstico e, dessa forma, melhorar o prognóstico para o paciente.
Figura 39. Esquema do atendimento do paciente com trauma cranioencefálico.
CHEGADA DO PACIENTE 
COM TRAUMA 
CRANIOENCEFÁLICO
ESTADO DE CONSCIÊNCIA
ALERTA
COMA
1- Acesso venoso
2- Fluidoterapia
3- Colocar em prancha
4- Diurético (manitol)
5- Analgésico
Escala de Glasgow
Glicemia
Pressão arterial
Avaliação neurológica
NÃO UTILIZAR 
CORTICOSTEROIDE
Fonte: Arquivo pessoal.
69
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA NEUROLOGIA | UNIDADE II
Figura 40. Resumo do atendimento geral de neurologia.
 
CHEGADA DO PACIENTE 
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: 
Alerta 
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: 
Depressão 
Trauma? Convulsão? 
Avaliação de escala de 
Glasgow 
Dor? – Realizar analgesia 
 
Convulsão/status 
epileticus? – diazepam + 
fenobarbital 
 
TCE – quais sinais que 
está apresentando? – 
manejo com prancha! 
ACESSO VENOSO! 
Identificar a causa! 
ANAMNESE 
 
(Traumático? Intoxicação? 
Convulsão?...) 
 
Fluidoterapia 
Terapia suporte 
Pressão arterial periférica 
Glasgow a cada 1h 
EMERGÊNCIA URGÊNCIA 
AVALIAÇÃO 
NEUROLÓGICA 
LOCALIZAÇÃO DA 
LESÃO 
EXAMES 
COMPLEMENTARES 
RAIO X 
HEMOGRAMA + BIOQUÍMICOS 
TRIAGEM CLÍNICA (ECO, ELETRO, 
ULTRASSOM) 
TOMOGRAFIA 
COMPUTADORIZADA* 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA* 
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO/ 
DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO 
TRATAMENTO CLÍNICO 
 TRATAMENTO CIRÚRGICO 
 
ESTABILIZAÇÃO DO PACIENTE 
 
Fonte: Arquivo pessoal.
70
UNIDADE IIICASOS CLÍNICOS
CAPÍTULO 1
Casos clínicos ortopédicos
Caso clínico 1
Ruptura de ligamento cruzado cranial
Paciente de 12 anos, canina, sem raça definida, fêmea, portadora de doença respiratória 
brônquica crônica, apresentou histórico de ter pulado da cama e iniciado quadro de 
claudicação e dor ao toque no membro pélvico direito. Proprietário medicou por conta 
própria com dipirona na dosagem de uma gt/kg e levou a atendimento no dia seguinte. 
Em avaliação clínica observatória, paciente apresentava impotência de membro, não 
apoiando o membro no chão durante o andar ao passo. Durante momento de repouso, 
o animal apoiava em pinça sem colocar peso no membro.
Na avaliação física ortopédica, havia contratura de músculo sartório com dor à palpação 
do membro, não havia crepitação articular, amplitudes e goniometrias articulares 
adequadas. Em avaliação de teste de gaveta em articulação de joelho, paciente apresentava 
exame positivo. Requisitou-se exame radiográfico para avaliação.
Figura 41. Radiografia de membro pélvico direito, projeção lateromedial flexionada, craniocaudal e lateromedial sem flexão.
Fonte: Arquivo pessoal, 2020.
71
CASOS CLÍNICOS | UNIDADE III
No exame radiográfico, constatou-se o deslocamento cranial da cabeça da tíbia em relação 
ao fêmur durante a imagem flexionada, quando comparada com a imagem não flexionada.
Após confirmação do diagnóstico de ruptura ligamentar, recomendou-seprocedimento 
cirúrgico, porém com acompanhamento clínico prévio com fisioterapia passiva e 
medicação analgésica durante dias.
A fisioterapia consistia em alongamentos e compressa morna durante cinco minutos 
diários para cuidados da contratura muscular. O tratamento analgésico foi realizado 
com base em anti-inflamatório a base de meloxicam (0,1mg/kg/SID/5 dias), dipirona 
(25mg/kg/bid/7 dias) e cloridrato de tramadol (2mg/kg/bid/3dias).
Após os 7 dias de tratamento clínico, paciente se apresentava sem dor, porém ainda não 
apoiava o membro de forma adequada, e foi então submetida ao procedimento cirúrgico.
Pela avaliação do cirurgião ortopédico, levando em consideração a idade e variantes 
clínicos do paciente, optou-se pelo procedimento de TPLO.
Figura 42. Radiografia da articulação do joelho em pós-operatório, nas projeções de lateromedial e craniocaudal.
Fonte: Arquivo pessoal, 2020.
O pós-operatório foi acompanhado a cada 3 dias pela clínica e recomendada a realização 
de crioterapia (gelo) sobre a região da cirurgia, de cinco a dez minutos diários, associada 
à fisioterapia passiva de extensão e flexão do membro, sem esforço, além das medicações 
analgésicas.
Durante a avaliação pós-operatória, não foi necessário nenhum resgate analgésico.
O paciente levou 35 dias para apresentar deambulação com apoio de membro com 
sobrecarga.
72
UNIDADE III | CASOS CLÍNICOS
Notas sobre o caso:
 » A RLCCr é um quadro cujo diagnóstico é realizado clinicamente com a 
avaliação do teste de gaveta. O exame radiográfico foi requisitado para 
demonstrar ao cliente o quadro e para planejamento cirúrgico por parte 
do cirurgião (requisitado por alguns cirurgiões).
 Outro motivo para requisição do exame radiográfico é o descarte de outras 
causas para a ruptura do ligamento que não o trauma.
 » O pós-operatório deve ser acompanhado pelo clínico ou cirurgião para 
avaliação de possíveis necessidades de resgate analgésico.
 » O acompanhamento de pós-operatório é de no mínimo 6 meses, pois há a 
possibilidade de haver ruptura de ligamento do membro oposto durante a 
fase de reabilitação.
Caso clínico 2
Fratura de rádio-ulna
Filhote de 3 meses de cão da raça pinscher anão, pesando 0,9kg, apresentou impotência 
de membro com dor em grau intensa após pular do colo da dona em altura do sofá.
Em avaliação observacional, a paciente apresentava perda de continuidade da extensão 
em altura de rádio-ulna, sem ferida de pele. O diagnóstico de fratura foi confirmado 
por exame radiográfico, duas projeções complementares (mediolateral e craniocaudal).
Figura 43. Radiografia de membro torácico esquerdo, com fratura em rádio e ulna, de 27/06/2020.
Fonte: Arquivo pessoal, 2020.
73
CASOS CLÍNICOS | UNIDADE III
Foi realizada tala de Robert-Jones modificada para estabilização e não exposição da 
fratura e recomendado o procedimento cirúrgico.
O cirurgião ortopédico optou por colocação de placa.
O tratamento clínico pré e pós-cirúrgico consistiu em analgesia com dipirona (25mg/
kg/tid), tramadol (2mg/kg/tid), Meloxicam (0,1mg/kg/sid) e gelo.
Foi realizado exame radiográfico em pós-operatório imediato e após 45 dias.
Com 25 dias de pós-operatório, paciente não apresentava nenhuma restrição clínica 
quanto a dor ou restrição de movimento.
Figura 44. Imagem de pós-operatório do mesmo paciente, de 08/07/2020.
Fonte: Arquivo pessoal, 2020.
Figura 45. Imagem radiográfica, 45 dias pós para controle de pós-operatório, de 11/08/2020.
Fonte: Arquivo pessoal.
Notas sobre o caso:
 » Apesar da dor intensa, por se tratar de um filhote, a recuperação do paciente 
foi rápida.
74
UNIDADE III | CASOS CLÍNICOS
 » Não houve necessidade de resgate analgésico durante o processo de 
recuperação.
 » A realização da tala foi com objetivo exclusivo de estabilizar para não ocorrer 
uma fratura exposta, até o tempo de realizar o procedimento cirúrgico. 
A tala não é mantida em pós-operatório.
75
CAPÍTULO 2
Casos clínicos neurológicos
Caso clínico 1
Epilepsia
Paciente canino, macho, da raça schnauzer, 13 anos. Atendido no dia 03/08/2020 
sob a queixa de que o paciente já tratava como epilético há dois anos, porém no 
momento estava apresentando episódios constantes (em média três episódios diários 
durante dois ou três dias seguidos). O paciente fazia uso da medicação fenobarbital 
2mg/kg/sid.
Na avaliação física:
FC: 84bpm com bulhas normofonéticas, normoritmicas.
FR: 32 mrp com campos pulmonares sem alterações.
TPC: 2 segundos com mucosa levemente hipocorada.
Palpação abdominal: presença de estrutura firme, de aspecto circular e grande em 
região possível de mesogástrica. Pelo tamanho da estrutura, não foi possível delimitar 
o órgão acometido.
Temperatura: 38,5C
Na avaliação neurológica:
Paciente estava com nível de consciência semiconsciente, andar normal, porém 
apresentando dificuldade devido às convulsões, com postura levemente cifótica.
Nervos cranianos sem alterações.
Propriocepção de membro pélvico com deficit discreto em ambos membros, e normal 
em membros torácicos.
Reflexos periféricos e reações posturais normais.
Requisitado ao paciente: exame de avaliação ultrassonográfica, hemograma e perfil 
bioquímico renal e hepático.
76
UNIDADE III | CASOS CLÍNICOS
Tabela 9. Valores de hemograma e bioquímico realizado no dia do primeiro atendimento 03/08/2020.
HEMOGRAMA
ERITROGRAMA VALOR REFERÊNCIA
HEMACIAS 4,42x108/uL 5,5-8,5
HEMOGLOBINA 11,7 g/dL 12-18
HEMATÓCRITO 33% 37-55%
LEUCOGRAMA
LEUCOCITOS TOTAIS 8900 6000-17000
SEGMENTADOS 7031 3000-11500
LINFÓCITOS 1157 1000-4800
MONÓCITOS 445 150-1350
EOSINÓFILOS 267 100-1250
PLAQUETAS 628000 150000-500000
BIOQUÍMICO
ALBUMINA 3,1g/dL 2,6-3,3
ALT 615 U/L 21-102
CREATININA 0,8mg/dL 0,5-1,5
FOSFATASE ALCALINA 2824U/L 20-156
Fonte: Arquivo pessoal, 2020.
Na avaliação ultrassonográfica, identificou uma neoplasia em baço, com vascularização, 
no tamanho de 8,3cm de diâmetro.
Com o diagnóstico da neoplasia esplênica, foi recomendado procedimento cirúrgico 
para a excisão do baço, porém a proprietária não quis realizar, optando por tratamentos 
paliativos.
Foi indicado, então, tratamento com: fenobarbital na dose de 4 mg/kg/bid, fórmula 
manipulada com a associação de SAMe (15mg/kg), silirarina (20mg/kg), ursacol (15mg/
kg), vitamina E (5mg/kg) para proteção hepática. Como paliativo para a neoplasia 
esplênica, associamos uma alimentação em baixos níveis de carboidrato e homeopatia 
injetável Viscum álbum.
A proprietária foi orientada a informar se caso paciente apresentasse convulsão nos 
próximos dias pois, se necessário, realizaríamos a administração de benzodiazepínicos 
(diazepam 0,5mg/kg/im).
O retorno foi marcado para 30 dias após. Durante o atendimento, o paciente se 
apresentava alerta, brincalhão, segundo relato da proprietária, não apresentou nenhuma 
convulsão desde o início do tratamento, nesse momento foi realizada a coleta de sangue 
77
CASOS CLÍNICOS | UNIDADE III
para mensuração do fenobarbital sérico e, assim, definir a dosagem e continuidade 
do tratamento.
O resultado saiu em nove dias:
Tabela 10. Resultado fenobarbital sérico, segundo laboratório TECSA-SP.
Fenobarbital 11/09/2020 Referência
Resultado 22mcg/mL 20-40mcg/mL
Fonte: Arquivo pessoal, 2020.
Devido ao paciente se apresentar estável clinicamente e a dosagem ter apresentado 
resultado satisfatório, recomendou-se que paciente mantivesse a mesma dosagem de 
fenobarbital junto aos protetores hepáticos.
A neoplasia e a lesão hepática foram acompanhadas por meio de exame de imagem 
mensalmente, apresentando melhora do quadro hepático e redução do tamanho da 
massa para até 6,1 cm de diâmetro em dois meses.
Paciente não precisou de resgate medicamentoso para o quadro de convulsão. Ficando 
a recomendação de repetir o fenobarbital sérico em seis meses.
Notas sobre o caso:
 » O paciente apresentou episódios epiléticos contínuos devido a duas 
possibilidades: frequência inadequada do fenobarbital e quadro hepático e 
neoplásico gerando inflamação sistêmica.» Fenobarbital é uma medicação que causa lesão hepática a longo prazo, quando 
o tratamento não é acompanhado, pode ocasionar lesões severas ao órgão. 
Dessa forma, optamos pelo tratamento com protetores hepáticos específicos.
 » A neoplasia gera no organismo, o consumo de células vermelhas junto a 
aumento de plaquetas. Essas características devem ser levadas em conta 
para que não haja a ocorrência de trombos. Para uso medicamentoso 
antiplaquetário, as plaquetas devem alcançar níveis mínimos de 700.000.
 » Terapias integrativas são muito empregadas atualmente, é o que consideram 
terapia multimodal. No caso a escolha da homeopatia injetável de Viscum 
álbum é uma terapia adjuvante para tratamento em especial de quadros 
oncológicos e hepáticos.
78
UNIDADE III | CASOS CLÍNICOS
Leia mais sobre Viscum álbum fermentado, disponível em: https://injectcenter.
com.br/viscum-album-fermentado/.
 » A dosagem do fenobarbital sérico deve ser mensurada até se alcançar a 
dosagem mínima, garantindo, assim, o efeito da medicação. O tempo que o 
organismo leva para estabilizar a dosagem é de 15-21 dias ao menos, sendo 
que nesse intervalo podem ocorrer crises convulsivas.
 » O objetivo do tratamento da epilepsia não é a cura total dos episódios, mas 
sim alcançar o maior intervalo possível e menor gravidade de cada episódio.
Caso clínico 2
Doença de disco intervertebral e dor
Cadela da raça maltes, 5 anos de idade. Tutor procurou o serviço de emergência devido 
a intensa dor aguda no paciente. Ela se apresentava em postura chifoide, abdômen 
tensionado, taquipneica, com intensa dor ao toque em todo corpo.
Proprietário relatou que paciente teve quadro de gases intensos durante o dia, e que a 
dor se acentuou depois que saiu da própria caminha e buscou por água. Inicialmente, 
o proprietário associou com algum tipo de picada ou dor abdominal.
Durante avaliação primária, paciente se apresentava com os seguintes valores de 
parâmetros:
Temperatura: 39,5ºC.
FR: 72 (taquipneica).
FC: de 112-120bpm (paciente muito agitado dificultou avaliação).
TPC: 1 segundo.
Pupila em miose.
Palpação abdominal: não foi possível devido a intensa dor. 
Animal apresentava gemidos durante toda a avaliação.
Realizamos medicação analgésica à base de cloridrato de tramadol 4mg/kg, dipirona 
25mg/kg e meloxicam 0,2mg/kg e animal foi mantido em observação.
79
CASOS CLÍNICOS | UNIDADE III
Após trinta minutos a paciente permitiu avaliação, apesar de ainda não estar com 
ausência de dor:
Temperatura após 30 min: 38,9ºC.
Palpação abdominal com intensa quantidade de gases, sem alterações ou sensibilidade 
em órgãos específicos.
Em avaliação ortopédica: contratura muscular de todos os grupos musculares dos 
membros pélvicos.
Em avaliação neurológica: consciência alerta, postura chifoide, andar contraturado. 
Nervos cranianos sem alterações dignas de nota. Deficit proprioceptivo em ambos 
membros pélvicos, proprioceptivo de torácico normais. Aumento de reflexo patelar. 
Dor em palpação de apaxial em região de T11-L1.
Requisitada imagem radiográfica de coluna toracolombar com paciente tranquilizado 
com acepromazina.
A nível radiográfico foi observada imagem radiopaca em epífese dorsal de T13 e 
opacificação do mesmo espaço intervertebral, indicando uma possível doença de disco 
com osteófico, gerando uma lesão contínua em canal medular.
Figura 46. Exame radiográfico de coluna toracolombar com seguimento T13-L1 destacado.
Fonte: Arquivo pessoal, 2020.
Paciente foi mantido em tratamento com Tramadol (Cronidor®) na dose de 3mg/
kg/tid, dipirona 25mg/kg/tid, Meloxicam 0,1mg/kg/sid, durante o período de sete 
dias. Durante esses sete dias, foi necessário realizar resgate analgésico com morfina 
no terceiro dia, além do uso de protetores gástricos.
80
UNIDADE III | CASOS CLÍNICOS
Como a paciente não adaptava com a medicação devido a desconforto gástrico, 
recomendamos iniciar terapêutica com acupuntura.
Proprietário relatou que após dois dias da primeira sessão, a paciente já voltou a se 
alimentar adequadamente e começou a deambular mais confortavelmente pelo espaço 
selecionado.
Paciente recebeu alta do tratamento na terceira sessão de acupuntura (esta realizada 
semanalmente). Continua sendo monitorado mensalmente.
Notas sobre o caso:
 » Dor é uma urgência.
 » Animal pode manifestar uma agudização de dor de um quadro crônico.
 » Animais de porte pequeno tendem a ter sensibilidade gastroentérica 
com medicações, dessa forma, precisamos fazer uso de técnicas eficazes e 
medicações por via injetável.
 » Terapia de dor eficaz é multimodal: analgésico, anti-inflamatórios, termoterapias, 
acupuntura, fisioterapia. Sempre tenha profissionais capacitados das áreas.
 » Nesse caso, optamos por tratar clinicamente antes de requisitar exame de imagem 
avançada. Para isso, tracem uma linha de raciocínio, no caso desse paciente:
 › Analgesia resgate no momento do atendimento.
 › Estabilização da dor.
 › Diagnóstico da localização da dor, exames complementares básicos (raio-x).
 › Melhorou com tratamento instituído em até 5 dias  manter tratamento 
clínico e acrescentar terapêuticas integrativas.
 » Não melhorou com tratamento instituído em até 5 dias  realização de 
exame de imagem avançada para possível procedimento cirúrgico.
1. Sejam claros com os proprietários frente à importância do tratamento e da 
comunicação com o veterinário para se necessário realizar resgates.
2. Dor aguda é uma dor fisiológica de caráter protetor, porém podem cronizar 
e, dessa forma, se torna uma doença por si só. Ou seja, o paciente passa a 
ter a doença de disco E dor crônica.
81
ANEXOS
Tabela 11. Tabela de comportamento frente à dor.
INDICADORES COMPORTAMENTAIS COMUNS DE DOR NO CÃO
Postura anormal
 » Encolhido ou curvado sobre o abdômen.
 » Posição de oração.
 » Senta-se ou deita-se em posição anormal.
 » Descansa em posição anormal.
 » Aparência de estátua.
 » Uma parte do corpo em posição anormal.
Locomoção anormal
 » Rígido.
 » Apoia o peso corporal de forma parcial, ou não apoia, sobre o membro afetado.
 » Claudicação.
 » Relutância em se movimentar.
Movimento anormal
 » Agitação.
 » Atividade contínua.
 » Movimento em círculos.
Vocalização
 » Latidos.
 » Choro e lamentação.
 » Ausente.
Vários
 » Diminuição de interação social.
 » Submissão/agressividade/automutilação.
 » Olha, lambe ou morde a área afetada.
 » Hiperestesia ou hiperalgesia.
 » Dor alodinia.
 » Hiporexia.
 » Não abana a cauda.
 » Posição de orelhas para trás.
 » Falta de higiene.
Fonte: Adaptado de Mathews, 2000.
82
UNIDADE III | CASOS CLÍNICOS
Tabela 12. Pontos de avaliação em escala para dor aguda em felinos em pós-operatório.
Alterações psicomotoras
Postura
Conforto
Atividade
Atitude
Miscelânea de comportamentos
Proteção da área dolorosa
Reação a palpação da ferida cirúrgica
Reação a palpação do abdômen/flanco
Variáveis fisiológicas
Pressão arterial
Apetite
Expressão vocal da dor Vocalização
Fonte: Brondani et al., 2013.
Tabela 13. Escala de dor da Universidade de Melbourne.
CATEGORIA DESCRIÇÃO VALOR
1- PARÂMETROS FISIOLÓFICOS
a. Normal 0
b. Pupila dilatada 2
c. Escolha apenas uma % de aumento de FC comparada com a pré-operatória
>20%
>50%
>100%
1
2
3
d. Escolha apenas uma % de aumento de FR comparada com a pré-operatória
>20%
>50%
>100%
1
2
3
Temperatura retal acima da referência 1
Salivação 2
2- RESPOSTA À PALPAÇÃO
Escolha apenas uma Sem alterações para a pré-operatória
Defesa/reação durante a palpação
Defesa/reação antes da palpação
0
2
3
3- ATIVIDADE
Escolha apenas uma Em repouso: dorme
Em repouso: semiconsciente
Em repouso: alerta
Come
Deprimido
Rolling
0
0
1
0
2
3
83
CASOS CLÍNICOS | UNIDADE III
4- ESTADO MENTAL
Escolha apenas uma
Submissivo 
Amigável
Desconfiado
Agressivo
0
1
2
3
5- POSTURA
a. Defende e protege a área afetada 2
b. Escolhe apenas uma
Decúbito lateral
Decúbito esternal
Sentado e estático, cabeça levantada
Estático, cabeça pendenteEm movimento
Postura anormal
0
1
1
2
1
2
6- VOCALIZAÇÃO
Escolha apenas uma 
Não vocaliza
Vocalização quando manipulado
Vocalização intermitente
Vocalização constante
0
2
2
3
O avaliador deve escolher a classificação de dor ao qual o animal se encaixa. O mínimo de dor é 0 e o máximo é 27. Assim, 
avaliamos o paciente antes e após o procedimento cirúrgico.
Fonte: Universidade de Melbourne.
Tabela 14. Escala curta de Glascow para avaliação de dor aguda pós-operatória em cães.
A
Olhe para o cão dentro do canil. O 
cão está:
(I)
Quieto
Chorando/choramingando
Gemendo
Gritando
(II)
Ignorando a região dolorosa
Olhando a região dolorosa
Lambendo a região dolorosa
Esfregando a região dolorosa
Mordendo a região dolorosa
0
1
2
3
0
1
2
3
4
B
Coloque a guia no cão e o retire do 
canil. Quando o cão anda, ele está:
(III)
Normal
Manca
Devagar ou relutante
Rígido
Recusa a mover-se
0
1
2
3
4
84
UNIDADE III | CASOS CLÍNICOS
C
Aplique uma pressão gentil 5cm ao 
redor da região dolorosa. O cão:
(IV)
Não faz nada
Olha ao redor
Hesita/vacila
Rosna ou protege a área
Morde
Chora
0
1
2
3
4
5
D
No geral, o cão está:
(V)
Feliz/contente
Quieto
Indiferente ou não responsivo ao ambiente
Nervoso ou ansioso ou com medo
Depressivo ou irresponsivo ao estímulo
(VI)
Confortável
Instável
Inquieto
Encurvado ou tenso
Rígido
0
1
2
3
4
0
1
2
3
4
Total
O resgate analgésico deve ser realizado:
>4 quando não avalia item B.
>5 quando se avalia todos os itens.
Fonte: Luna, SPL. Disponível em: https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13734/avaliacao-de-tratamento-da-dor-aguda-e-cronica-em-caes-
e-gatos.
Tabela 15. Escala multidimensional da UNESP-Botucatu para avaliação de dor aguda pós-operatória em gatos – subescala 1 
(0-15).
Subescala 1: ALTERAÇÃO PSICOMOTORA (0 – 15) 
Postura » Postura considerada natural para a espécie e com seus músculos relaxados (ele se 
movimenta normalmente). 
 » Postura considerada natural para a espécie, porém seus músculos estão tensos (ele se 
movimenta pouco ou está relutante em se mover). 
 » Sentado ou em decúbito esternal com suas costas arqueadas e cabeça abaixada; ou o 
gato está em decúbito dorsolateral com seus membros pélvicos estendidos ou contraídos.
 » O gato altera frequentemente sua posição corporal na tentativa de encontrar uma 
postura confortável.
0 
1 
2 
3
Conforto » Confortável, acordado ou adormecido, e receptivo quando estimulado (ele interage com 
o observador e/ou se interessa pelos arredores).
 » Quieto e pouco receptivo quando estimulado (interage pouco com o observador e/ou não 
se interessa muito pelos arredores).
 » Quieto e “dissociado do ambiente” (mesmo se estimulado ele não interage com o observador 
e/ou não se interessa pelos arredores). O gato pode estar voltado para o fundo da gaiola. 
 » Desconfortável, inquieto (altera frequentemente a sua posição corporal) e “dissociado 
do ambiente” ou pouco receptivo quando estimulado. O gato pode estar voltado para o 
fundo da gaiola.
0 
1 
2 
3
85
CASOS CLÍNICOS | UNIDADE III
Subescala 1: ALTERAÇÃO PSICOMOTORA (0 – 15) 
Atividade » Movimenta normalmente (se mobiliza prontamente quando a gaiola é aberta; fora da 
gaiola se movimenta de forma espontânea após estímulo ou manipulação).
 » Movimenta mais que o normal (dentro da gaiola ele se move continuamente de um lado 
a outro).
 » Mais quieto que o normal.
 » Relutante em se mover (pode hesitar em sair da gaiola e se retirado tende a retornar; 
fora da gaiola não se movimenta mesmo após estímulo ou manipulação).
0 
1 
2
3
Atitude Observe e assinale a presença dos estados mentais listados abaixo:
A - Satisfeito: alerta e interessado no ambiente amigável e interagindo com o observador.
* O gato pode inicialmente interagir com o observador por meio de brincadeiras para 
se distrair da dor. Observe com atenção para diferenciar distração de brincadeiras de 
satisfação. 
B - Desinteressado: não está interagindo com o observador.
* Nos gatos que não gostam de brincadeiras, avalie a interação com o observador pela 
resposta do gato aos chamados e carinhos.
C - Indiferente: não está interessado no ambiente.
* O gato pode inicialmente ficar receoso em explorar os arredores. O observador deve 
manipular o gato e encorajá-lo a se movimentar.
D - Ansioso: o gato está assustado ou nervoso.
E - Agressivo: o gato está agressivo.
 » Presença do estado mental A.
 » Presença de um dos estados mentais B, C, D ou E.
 » Presença de dois dos estados mentais B, C, D ou E.
 » Presença de três ou de todos os estados mentais B, C, D ou E. 
A
 
 
B
 
C
 
D
E
0
1
2
3
Miscelânea
de
comportamento
Observe e assinale a presença dos comportamentos listados abaixo:
A - O gato está deitado e quieto, porém movimenta a cauda.
B - O gato está contraindo e estendendo os membros pélvicos e/ou o gato está contraindo 
os músculos abdominais (flanco).
C - O gato está com os olhos parcialmente fechados (olhos semicerrados).
 D - O gato está lambendo e/ou mordendo a ferida cirúrgica.
 » Todos os comportamentos acima descritos estão ausentes.
 » Presença de um dos comportamentos acima descritos.
 » Presença de dois dos comportamentos acima descritos.
 » Presença de três ou de todos os comportamentos acima descritos.
A
B 
C
D
0
1
2
3
Tabela 16. Escala multidimensional da UNESP-Botucatu para avaliação de dor aguda pós-operatória em gatos – subescala 2 
(0-6)
Subescala 2: PROTEÇÃO DA ÁREA DOLOROSA (0 – 6 
Reação a palpação da 
ferida cirúrgica
 » O gato não reage quando a ferida cirúrgica é tocada e quando pressionada; ou não 
altera a sua resposta pré-operatória (se avaliação basal foi realizada).
 » O gato não reage quando a ferida cirúrgica é tocada, porém ele reage quando 
pressionada, podendo vocalizar e/ou tentar morder.
 » O gato reage quando a ferida cirúrgica é tocada e quando pressionada, podendo 
vocalizar e/ou tentar morder.
 » O gato reage quando o observador se aproxima da ferida cirúrgica, podendo vocalizar 
e/ou tentar morder. O gato não permite a palpação da ferida cirúrgica.
0 
 
2 
3
86
UNIDADE III | CASOS CLÍNICOS
Subescala 2: PROTEÇÃO DA ÁREA DOLOROSA (0 – 6 
Reação a palpação do 
abdômen/flanco
 » O gato não reage quando o abdômen/flanco é tocado e quando pressionado; ou não 
altera a sua resposta pré-operatória (se avaliação basal foi realizada). O abdômen/
flanco não está tenso.
 » O gato não reage quando o abdômen/flanco é tocado, porém ele reage quando 
pressionado. O abdômen/flanco está tenso.
 » O gato reage quando o abdômen/flanco é tocado e quando pressionado. O abdômen/
flanco está tenso.
 » O gato reage quando o observador se aproxima do abdômen/flanco, podendo 
vocalizar e/ou tentar morder. O gato não permite a palpação do abdômen/flanco.
0 
 
1 
2 
3
Tabela 17. Escala multidimensional da UNESP-Botucatu para avaliação de dor aguda pós-operatória em gatos – subescala 3 
(0-6).
Subescala 3: VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS (0 – 6) 
Pressão arterial » 0% a 15% acima do valor pré-operatório. 
 » 16% a 29% acima do valor pré-operatório. 
 » 30% a 45% acima do valor pré-operatório.
 » > 45% acima do valor pré-operatório. 
0
1
2
3
Apetite » O gato está comendo normalmente.
 » O gato está comendo mais que o normal. 
 » O gato está comendo menos que o normal. 
 » O gato não está interessado no alimento.
0
1
2
3
Tabela 18. Escala multidimensional da UNESP-Botucatu para avaliação de dor aguda pós-operatória em gatos – subescala 4 
(0-3).
Subescala 4: EXPRESSÃO VOCAL DA DOR (0 – 3) 
Vocalização » O gato está em silêncio; ou ronrona quando estimulado; ou mia interagindo com o observador; 
porém não rosna, geme ou sibila.
 » O gato ronrona espontaneamente (sem ser estimulado ou manipulado pelo observador).
 » O gato rosna ou geme ou sibila quando manipulado pelo observador (quando a sua posição 
corporal é alterada pelo observador).
 » O gato rosna ou geme ou sibila espontaneamente (sem ser estimulado e/ou manipulado pelo 
observador).
0 
1
2 
3
Valor total da somatória das 4 subescalas(Tabelas 
15,16, 17 e 18): (0-30)
Como interpretar:
Inicialmente, observe o comportamento do gato sem abrir a gaiola. Verifique se ele está 
em descanso (decúbito ou sentado) ou em movimento; interessado ou desinteressado 
no ambiente; em silêncio ou vocalizando. Examine a presença de comportamentos 
específicos (item “miscelânea de comportamentos”). 
87
CASOS CLÍNICOS | UNIDADE III
Abra a gaiola e observe se o animal prontamente se movimenta para fora ou hesita em 
sair. Aproxime-se do gato e avalie sua reação: amigável, agressivo, assustado, indiferente 
ou vocaliza. Toque no gato e interaja com ele, observe se está receptivo (se gosta de 
ser acariciado e/ou demonstra interesse por brincadeiras). Se o gato hesitar em sair 
da gaiola, incentive-o a se mover por meio de estímulos (chamando-o pelo nome e 
acariciando-o) e manipulação (alterando sua posição corporal e/ou retirando-o da 
gaiola). Observe se fora da gaiola o gato se movimenta espontaneamente, ou de forma 
reservada ou reluta em se mover. Ofereça alimento palatável e observe sua resposta.* 
Para finalizar, coloque gentilmente o gato em decúbito lateral ou esternal e registre a 
pressão arterial. Observe a reação do animal quando o abdômen/flanco é inicialmente 
tocado (apenas deslize os dedos sobre a área) e na sequência gentilmente pressionado 
(aplique com os dedos uma pressão direta sobre a área). Aguarde alguns minutos, e 
execute o mesmo procedimento para avaliação da reação do gato à palpação da ferida 
cirúrgica.
* Para a avaliação do apetite no pós-operatório imediato, inicialmente ofereça uma 
pequena quantidade de alimento palatável (por exemplo, ração úmida enlatada) logo após 
a recuperação anestésica. Nesse momento, a maioria dos gatos irá comer normalmente, 
independentemente da presença ou ausência de dor. Aguarde um pequeno período, 
ofereça alimento novamente e observe a reação do animal. 
Fonte: http://animalpain.com.br/.
 
 
 
Tabela 19. Modelo de ficha de avaliação neurológica utilizada na rotina clínica.
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
M.V. CAROLINE CHAIENE COMUNIAN
Nome: Idade: Espécie: Raça:
Proprietário:
Telefone:
Estado mental (alerta, obnubilado, esturpor, coma):
Postura (head tilt, pleurótono, cifose, lordose, escoliose, andar plantígrado, ou palmigrado): ________________________
__________________________________________________________________________________________________
____________________
Locomoção (ataxia, paresia, plegia, claudicação): __________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
88
UNIDADE III | CASOS CLÍNICOS
NERVOS CRANIANOS:
REFLEXO DIREITO ESQUERDO
Reação de ameaça
Simetria pupilar
Reflexo pupilar direto
Reflexo pupilar indireto
Reflexo oculocefálico
Estrabismo
Nistagmo
Palpebral
Sensibilidade nasal
Músculos mastigatórios
Simetria facial
Deglutição
Simetria de língua
REAÇÕES POSTURAIS
REAÇÕES POSTURAIS
POSICIONAMENTO MTD MTE MPD MPE
Propriocepção
Saltitamento
Posicionamento tátil
REFLEXOS ESPINHAIS
Flexor
Extensor
Tono extensor
Reflexo patelar
Flexor medial
Flexor lateral
Reflexo perineal: ______________________________________
Tono anal: ___________________________________________
Reflexo cutâneo do tronco: ______________________________
SENSIBILIDADE:
Palpação epaxial: _______________________________________________
Dor superficial: _____________________________________________________________________________________
_________________________________________
Dor profunda:
__________________________________________________________________________________________________
____________________________
Fonte: Arquivo pessoal.
89
REFERÊNCIAS
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BARBOSA, L. M. M. Colocefalectomia em pequenos animais: estudo retrospectivo de 129 
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	Apresentação
	Organização do Caderno de Estudos e Pesquisa
	Introdução
	Unidade I
	URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ORTOPEDIA
	Capítulo 1
	Anatomia e fisiologia musculoesqueléticas
	Capítulo 2
	Exame ortopédico
	Capítulo 3
	Atendimento clínico
	Unidade II
	Urgências E Emergências Na Neurologia
	Capítulo 1
	Sistema nervoso – bases de anatomia e fisiologia
	Capítulo 2
	Avaliação neurológica
	Capítulo 3
	Clínica urgência e emergência neurológica
	Unidade III
	casos clínicos
	CAPÍTULO 1
	Casos clínicos ortopédicos
	CAPÍTULO 2
	Casos clínicos neurológicos
	ANEXOS
	Referências

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