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Disfunções Dermatológicas Aplicada à estética Webconferência IV Professor(a): Dra. Nara Porto PATOLOGIAS UNGLEARES UNHAS • As unhas são placas de células compactadas e queratinizadas que recobrem as falanges distais dos dedos, com função de proteção e auxílio na manipulação de objetos. • Elas são compostas principalmente pela lâmina ungueal, as pregas laterais, próximas e subungueais, o eponíquio (cutícula), hiponíquio (tecido subungueal que fixa a lâmina na pele), leito ungueal, lúnula e matriz ungueal. A lâmina é formada por células organizadas em camadas, o que promove a resistência dela. • Bordas e tecido subungueal, como eponíquio e hiponíquio, são extensões da pele que auxiliam na fixação da lâmina ungueal e também conferem proteção contra a entrada de patógenos ou substâncias externas Componentes epiteliais da Unha • Matriz: forma a lâmina ungueal; • Leito ungueal: fixa a placa na falange distal; • Hiponíquio: barreira natural, trata-se da região da epiderme onde a lâmina ungueal se afasta do leito; • Eponíquio: superfície inferior da prega ungueal proximal, responsável pela formação da cutícula. • Existem muitas doenças que acometem as lâminas ungueais e seus arredores. • Distúrbios na forma da unha são comuns, como mudanças na estrutura, na coloração e em estruturas que compõem a lâmina, podendo causar deformidades com comprometimento da unha e favorecer inflamações e dores. • As principais recomendações para evitar doenças nas unhas são mantê-las limpas e secas, impedindo a proliferação de patógenos e inflamações, evitando dor e constrangimento. Onicomicose Onicomicoses • A onicomicose é a patologia ungueal mais comum no mundo inteiro, correspondendo à metade de todas as afecções ungueais. • Trata-se de uma patologia que pode ocorrer nos dois sexos, mas com maior prevalência no sexo masculino, aumentando sua incidência com o avançar da idade. • Assim, em indivíduos com mais de 60 anos, a incidência de onicomicose pode ultrapassar os 40%. • A patologia afeta a morfologia e funcionalidade das unhas. Além de gerar uma aparência desagradável, afeta as atividades diárias e interfere nos aspectos psicossociais do indivíduo, reduzindo sua qualidade de vida. Onicomicoses • Alguns trabalhos relatam que as pessoas referem constrangimento, baixa autoestima e, em muitos momentos, essas pessoas se isolam socialmente. • O termo onicomicose é utilizado para definir uma infecção fúngica da lâmina ungueal, causada por dermatófitos, leveduras e bolores. • Pode ser classificada como onicomicose primária e onicomicose secundária. Os principais micro-organismos relacionados à doença são: • Trichophyton rubrum; • Trichophyton mentagrophytes ; • Scopulariopsis brevicaulis; • Aspergillus spp; • Fusarium spp; • Acremonium spp; • Alternaria spp.; • Neoscytalidium sp; • Candida albicans; • Candida parapsilosis. • A sintomatologia envolve: • uma variação na coloração da unha, • espessamento, • aparecimento de manchas brancas, • dor, • odor, • onicólise (que corresponde ao descolamento da borda livre) e; • deformidades. • A onicomicose subungueal distal e lateral é o tipo mais comum existente e ocorre por invasão dos fungos por meio do hiponíquio, alcançando a superfície inferior da placa da unidade ungueal e se propagando no sentido proximal. • Assim, a invasão do fungo provoca o descolamento da unha e, nesse caso, a lâmina ungueal pode aparecer de forma branco-amarelada, com hiperceratose subungueal distal. • Mas, com uma frequência menor, a unha pode aparecer com uma descoloração preta, marrom ou laranja. Onicoatrofia • A onicoatrofia é uma condição em que há redução do tamanho e espessura e a unha se torna muito frágil e quebradiça. • É uma condição normalmente congênita ou que acontece em casos de falta de suporte sanguíneo. Essas deformidades podem ocorrer em doenças em que existe comprometimento da matriz ungueal ou do leito ungueal, pois são regiões responsáveis pelo crescimento e nutrição da unha. Anoníquea • Caso menos comum • É a ausência da placa ungueal. • Normalmente, é uma condição de origem congênita, em razão de alguma mutação ou máformação. Também pode ser desenvolvida por doenças, como o líquen plano, que causa atrofia das células na matriz provocando constantes lesões na lâmina. Sulcos Ungleares • Algumas deformidades das unhas se apresentam como sulcos ou estrias, como os sulcos longitudinais. Essas alterações podem aparecer na síndrome das unhas frágeis, em doenças inflamatórias que atingem a lâmina ungueal, como o líquen plano, ou por tumores que afetam as células da matriz ungueal. • Na síndrome das unhas frágeis, as células da lâmina ungueal perdem a adesão intercelular, causando desgaste frequente. • Há uma condição chamada de distrofia de Heller, em que o eponíquio é atrofiado e a lâmina ungueal apresenta várias ondulações tornando-se mais fraca e quebradiça. Onicomicose subungueal superficial branca • Envolve o aparecimento de manchas brancas opacas devido a formações de colônias fúngicas que podem afetar toda a unha. • O microrganismo envolvido mais comum é o Trichophyton interdigitale, que coloniza as camadas mais superficiais da lâmina ungueal. Onicomicose distrófica total • Corresponde ao estágio mais grave e pode ser resultante da cronicidade de outros tipos de onicomicoses. Em uma situação como essa, o aspecto clínico é de destruição da unha com a presença de resquícios de queratina no local. A lâmina ungueal aparece difusamente espessada, friável e amarelada. • As unhas dos pés costumam ser mais afetadas que as unhas das mãos, porque estão mais sujeitas a ambientes úmidos e de temperaturas elevadas, propiciando o desenvolvimento dos fungos. • A apresentação pode ser por descolamento da borda livre, ocorrendo o descolamento da unha pelos cantos e, nesse caso, o aspecto pode ser amarelado ou esbranquiçado, e o espessamento das unhas pode ficar mais grosso e endurecido, deixando as unhas mais escuras. Contribuição da sintomatologia associada à onicomicose • Diabetes mellitus; • Tabagismo; • Microtraumas na região; • Doença vascular periférica; • Doenças sistêmicas; • Deficiências imunológicas; • Uso prolongado de antibióticos; • Uso de calçados fechados; • Contato constante com água e sabão; • Histórico familiar da doença. • Ela pode ser prevenida pela adoção de cuidados com a higiene pessoal, impedindo que os fungos invadam e se instalem no organismo. • Assim, manter as unhas curtas e limpas pode ajudar a impedir a proliferação fúngica. • O tratamento é relacionado ao tipo clínico, à quantidade de unhas envolvidas, ao fungo envolvido e à gravidade da infecção. • Envolve medicamentos orais e antifúngicos tópicos. • Uma combinação entre os diferentes tipos de tratamento, tanto oral quanto tópico, costuma ser a melhor escolha. Unha encravadas • As unhas encravadas (ou onicocriptose), também podendo aparecer em alguns livros como unguius incarnatus, confi guram uma condição patológica do aparato ungueal na qual a unha danifi ca a prega ungueal, ocasionando uma cascata de resposta infl amatória, infecção e mecanismos reparadores. • O indivíduo apresenta todos os sinais flogísticos da inflamação, como dor, calor, rubor, edema e uma limitação funcional. • A condição afeta principalmente o hálux, mas pode ocorrer em qualquer um dos outros dedos. Apresenta maior frequência em homens, podendo acontecer em qualquer faixa etária. • A apresentação clínica da onicocriptose envolve uma lesão dolorosa, com a presença de exsudato purulento (pus) com odor fétido. • O reparo tecidual é contínuo, mesmo com a lâmina ungueal causadora da agressão, o que leva a um crescimento excessivo do tecido de granulação denominado granuloma piogênico. • A avaliação do paciente afetado revela que a etiologia mais comum da afecção deriva do corte incorreto das unhas em um formato arredondado. • No momento do corteinadequado, é criada uma farpa que se ancora nos tecidos periungueais e penetra profundamente à medida em que a lâmina ungueal cresce, agravada pela obesidade e pressão do calçado. • A condição patológica pode se agravar ainda mais quando vai adquirindo uma cronicidade pela falta de tratamento adequado. • Na avaliação, o paciente com a patologia é questionado em relação à cronologia, traumas anteriores, tipos de calçados, profissão e atividades esportivas. • A presença de dor precisa ser avaliada no repouso, em posição ortostática e ao deambular. O paciente deverá estar sem esmaltes para que todo o aparato ungueal dos dedos seja avaliado quanto à cor, espessura, presença de onicólise e curvatura. Também são avaliadas as superfícies dorsais e plantares. • A etiologia da patologia envolve alguns fatores, como: • Corte arredondado das unhas dos pés; • Lesões relacionadas a esportes; • Corte com instrumentos inadequados; • Onicofagia; • Hiperidrose; • Uso de calçados inadequados; • Trauma direto; • Alterações biomecânicas; • Curvatura patológica da unha; • Excesso de peso. • Alguns autores relatam uma redução na taxa de onicocriptose em populações que possuem o hábito de permanecer descalças, reforçando o uso de calçados como causa da patologia. • Existe também uma condição chamada onicocriptose congênita, que corresponde a uma forma bastante rara de unha encravada congênita, por trauma uterino ou herança genética. • Estágio 1 (estágio inflamatório): apresenta eritema, leve edema e dor quando a dobra ungueal lateral é pressionada. Neste caso, a dobra da lâmina ungueal não excede os limites; • Estágio 2 (estágio de abscesso): esse estágio pode apresentar mais duas divisões: 2 a: dor, edema, eritema e hiperestesia e infecção. A dobra ungueal excede a lâmina ungueal em até 3 mm; 2 b: mesmos sintomas apresentados, sendo que a dobra hipertrófica mede mais que 3 mm. • Estágio 3: piora dos sintomas, com formação de tecido de granulação e hipertrofia da prega ungueal. Neste estágio, o tecido hipertrófico cobre amplamente a lâmina ungueal; • Estágio 4: evolução do estágio 3 com deformidade da unha. • O tratamento escolhido irá depender do estágio da afecção patológica. • De qualquer maneira, sabe-se que os três estágios exigem a ressecção da porção lesiva da unha, entretanto, pacientes no estágio 2 precisam ser submetidos à erradicação do granuloma piogênico. Os pacientes pertencentes ao estágio 3 necessitam da excisão do granuloma epitelizado. • Ainda com relação ao tratamento, ressalta-se que pode ser conservador (não cirúrgico) ou cirúrgico. • Contudo, o tratamento conservador é eficaz para o estágio 1, e esse tipo de abordagem terapêutica é utilizada inicialmente para alívio dos sintomas e prevenção de complicações, pois, assim, não há necessidade de um procedimento invasivo com risco de efeitos adversos. Envolve o uso de bandagens, órteses acrílicas e a utilização de medicamentos, como antibióticos. Escabiose • Ou sarna corresponde a uma dermatose parasitária humana, de elevada incidência e grande transmissibilidade, ocasionada pelo micro-organismo Sarcoptes scabiei variedade hominis, que é um ácaro epidérmico. • A forma de contágio ocorre somente entre seres humanos por meio do contato direto com pessoas contaminadas, roupas e objetos, independente do gênero ou idade. • No mundo, há uma prevalência e incidência da doença bastante variável, mas é endêmica nos países subdesenvolvidos. Frequentemente, é encontrada a infecção entre familiares que moram na mesma casa e em locais com aglomeração de pessoas, como lares de idosos, creches e escolas. • É importante ressaltar que o parasita Sarcoptes scabiei é exclusivo da pele e não consegue sobreviver muitas horas no meio ambiente; no máximo, por 48 horas. • A escabiose pode ficar incubada por aproximadamente seis semanas após o contato com o parasita. Durante esse período, mesmo o indivíduo sendo assintomático, pode transmitir a doença para outras pessoas. • Os indivíduos acometidos apresentam coceira ou prurido, principalmente no período noturno, devido à movimentação do ácaro. • Em suas manifestações iniciais, são visíveis pequenas pápulas avermelhadas, podendo estar acompanhadas de escoriações devido ao prurido, mas, à medida em que a fêmea do parasita vai criando os túneis, há uma fina elevação da pele entre os dedos, punhos, cotovelos, axilas, região adjacente ao umbigo, nádegas, coxas, auréolas, pés e genitálias. vitiligo • O vitiligo corresponde ao distúrbio de despigmentação mais comum que existe, em que há uma destruição seletiva do funcionamento dos melanócitos, causando uma despigmentação da pele, cabelo e superfícies mucosas. • Trata-se de uma doença cutânea adquirida, idiopática e caracterizada pela presença de máculas branco-nacaradas de tamanhos e formatos variados, que apresentam uma tendência a aumentar de forma centrífuga. • Sua ocorrência é de aproximadamente 0,5% a 2% da população global, sendo que a idade média de início das manifestações clínicas é aproximadamente 20 anos de idade, não havendo diferenças na taxa de ocorrência entre os sexos. • Embora o vitiligo não leve a uma incapacidade funcional, causa muito incômodo e redução de qualidade de vida dos pacientes que, muitas vezes, se isolam e apresentam problemas psicossociais. • A doença não é contagiosa – isso vale a pena ser sempre ressaltado. • A etiologia da doença é controversa, mas diversos fatores podem estar relacionados, envolvendo uma combinação de fatores ambientais, genéticos e imunológicos que culminam com a destruição dos melanócitos. • Autossômico dominante. • Fatores emocionais e o estresse são relacionados a sua ocorrência. • Diagnóstico clínico Psoríase • A psoríase é definida como uma doença infl amatória crônica e não contagiosa, que acomete a pele de indivíduos que possuem forte predisposição genética e traços patogênicos autoimunes. • De forma geral, sua prevalência global é de aproximadamente 2% da população, sendo que em populações asiáticas e africanas a prevalência é mais baixa do que em populações caucasianas e escandinavas. • A etiologia da patologia é desconhecida, mas está associada a fatores imunológicos, ambientais e genéticos. • A sintomatologia pode variar entre os indivíduos e inclui o aparecimento de manchas vermelhas com escamas secas, pele ressecada, prurido, queimação, dor, alterações ungueais, edema e rigidez das articulações. Fatores de agravo • Estresse; • Obesidade; • Consumo de álcool; • Tabagismo; • Histórico familiar. • Psoríase vulgar: maior prevalência, psoríase em placas. A manifestação clínica envolve placas eritematosas e pruriginosas bem demarcadas, cobertas por escamas prateadas, principalmente no tronco, superfícies extensoras dos membros e o couro cabeludo; • Psoríase inversa: denominada psoríase flexural, é caracterizada por placas e manchas eritematosas ligeiramente erosivas; • Psoríase gutata: afeta principalmente crianças e adolescentes, com início agudo de pequenas placas eritematosas; • Psoríase pustulosa: a manifestação clínica é a presença de múltiplas pústulas estéreis coalescentes, que podem aparecer de forma localizada ou generalizada. Afeta as mãos e os pés; • Psoríase eritrodérmica: nessa condição, mais de 90% da superfície corpórea está eritematosa e inflamada. Foliculite • A foliculite é uma piodermite caracterizada por um processo infl amatório, que tem seu início no folículo piloso, por causas não infecciosas e infecciosas, mas, geralmente, esse processo é secundário a alguma infecção. • Também pode aparecer em decorrência da infl amação de pelos encravados. • A doença pode ocorrer em qualquer indivíduo, porém pessoas com depressão do sistema imunológico, obesas ou que fazem uso de medicamentos (como corticoides a longo prazo) apresentam mais chances de desenvolvê-la. • Ainda não existe uma elucidação da etiologia da foliculite, entretanto, sabe- se que algunsfatores podem estar relacionados a sua ocorrência e potencialização, tais como: • • Transpiração; • • Uso de luvas ou botas de borracha; • • Fricção do barbear; • • Oclusão da pele; • • Traumas; • • Curativos ou fitas adesivas em áreas com pelos. • Os patógenos que podem estar relacionados à foliculite são fúngicos, virais ou bacterianos. • A sintomatologia da foliculite envolve o aparecimento de pequenas espinhas de pontas brancas ao redor de folículos pilosos que coçam e podem até mesmo doer. Em alguns casos, o tecido não consegue se reparar sozinho e, assim, é necessária a busca de tratamento com um profissional especializado. • As áreas de ocorrência da foliculite associam-se àquelas de crescimento capilar terminal, como a cabeça, pescoço, região axilar, região inguinal e glúteos. • A foliculite pode ser superficial ou profunda. A superficial é caracterizada por uma afecção apenas da parte superior do folículo piloso, gerando a formação de pequenas espinhas vermelhas, eritema, hipersensibilidade, inflamação e prurido. • Foliculite estafilocócica: considerada a mais comum e que pode ocorrer em qualquer região do corpo, sendo que os folículos pilosos são infectados por bactérias, como a Staphylococcus aureus. A sintomatologia envolve prurido, eritema e presença de exsudato purulento; • • Foliculite por pseudomonas: popularmente conhecida como foliculite da banheira quente, é causada por infecção por bactérias do tipo Pseudomonas aeruginosa, encontradas comumente em ambientes aquáticos. • São visualizadas lesões eritematosas e com exsudato purulento; Angiodermite pigmentar • A angiodermite pigmentar e purpúrica, também chamada de dermatite ocre, é um tipo de púrpura hipostática que apresenta petéquias e equimoses nas regiões das pernas e na região ao redor dos maléolos. Basicamente, aparecem manchas resultantes do extravasamento de sangue de pequenos vasos sanguíneos. • É observada em indivíduos idosos e adultos que permanecem em posi-ção ortostática, sentados por um tempo excessivo ou em algumas condições não fisiológicas, que promovem a estase venosa, como nos casos de: • Obesidade; • Deformidades ósseas; • Artrites; • Problemas vasculares. Erisipela • A erisipela é uma doença comumente encontrada na prática clínica. Estudos relatam uma incidência de cerca de 10 a 100 casos por 100.000 habitantes/ano, sendo que as mulheres na idade entre os 40 e 60 anos são as mais afetadas. • Em todo caso, sabe-se que pode ocorrer em qualquer idade. Há um predomínio dos membros inferiores (cerca de 85% dos casos) em relação aos outros segmentos. • A doença inflamatória do sistema tegumentar é caracterizada por uma infecção causada principalmente por agentes estreptocócicos do grupo A (Streptococcus pyogenes). Pode acontecer em menor porcentagem por infecção por estreptococos ß-hemolíticos, ou por Staphylococcus aureus. Atinge a derme e o tecido subcutâneo com o envolvimento de vasos linfáticos. • Dentre os fatores de risco locais para sua ocorrência, têm-se o linfedema e solução de continuidade na pele de etiologia traumática ou intertrigo. Como fatores gerais que favorecem sua incidência, têm-se a obesidade, insufi ciência venosa, uso de álcool e diabetes. • A doença apresenta início súbito com a presença de mal-estar, fadiga, febre e calafrios; em seguida, há o aparecimento de uma de placa eritêmato-edematosa de temperatura elevada e que gera muita dor. • Também pode-se visualizar a presença de bolhas e vesículas flácidas. • Por vezes, pode-se observar a ocorrência de púrpura petequial e pústulas. Há o aparecimento de adenomegalia inflamatória. • Existe também a erisipela hemorrágica, com intenso eritema e aspecto equimótico. • O diagnóstico da doença é essencialmente clínico, sendo importante obser_x0002_var as margens da lesão até como forma de diferenciar a erisipela da celulite. • A hemocultura e biópsia podem ser solicitadas em alguns casos específi cos. • O tratamento precisa ser o mais breve possível, evitando-se a propagação da infecção. É preciso investigar o fator desencadeante e, a partir disso, envolver a antibioterapia, repouso com elevação do membro afetado, punção das bolhas, uso de antimicrobianos tópicos e o uso de antibióticos orais. Ceratose Seborreica • A ceratose seborreica, que também pode ser encontrada em livros como queratose seborreica ou até mesmo verruga seborreica, refere-se a uma lesão bastante frequente em ambos os sexos entre os 30 e 40 anos de idade, mas com elevada incidência também em indivíduos idosos. • A etiologia das lesões é desconhecida, mas especula-se que esteja envolvida a fatores genéticos e associada ao envelhecimento. • Envolve uma lesão benigna, assintomática e degenerativa dos queratinó- citos, que são células presentes na epiderme. Essas lesões são encontradas principalmente nas regiões de cabeça e tronco e possuem formato irregular, arredondado, com tamanhos variados. • Em concordância com seus aspectos benignos, possui limite bem defi nido, podendo variar entre amarela, marrom claro, marrom escuro e preto. As lesões são planas em um momento inicial, mas, com o passar do tempo, podem fi car elevadas e maiores. • A consistência pode ser amolecida e friável, com aspecto verrucoso. • Existem alguns tipos de ceratoses: • • Ceratose actínica: a causa das lesões é a luz solar, e a ocorrência se dá em áreas expostas, como face, orelhas, couro cabeludo (em pessoas com calvície), colo, dorso das mãos e antebraços; • • Ceratose seborreica: é a lesão abordada nesse tópico de coloração variada e benigna, geralmente na face e tronco, de causa predominantemente genética; • • Ceratose folicular: envolve pequenas manchas eritematosas ou esbranquiçadas nos braços, pernas, glúteos e face, devido ao acúmulo de queratina nos folículos pilosos. Leucodermia gutata • A leucodermia gutata é uma doença do sistema tegumentar também conhecida como leucodermia solar ou sarda branca. Consiste no aparecimento de lesões hipocrômicas adquiridas, ou seja, de manchas de coloração esbranquiçada, principalmente nas regiões dos antebraços e das pernas. • A condição é bastante prevalente e a incidência é maior em indivíduos de cor clara e de meia idade. • A sintomatologia envolve máculas hipocrômicas ou manchas esbranqui-çadas de formato arredondado e bem delimitadas, que podem chegar até 5 mm de diâmetro em áreas expostas ao sol. Geralmente, a condição começa em membros inferiores e progride, alcançando os membros superiores. Em raras condições, a doença pode acometer a região da face. OBRIGADO(A) web Disciplina DISFUNÇÕES DERMATOLÓGICAS APLICADA A ESTÉTICA Profa. NARA PORTO
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