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FACULDADE FAIPE CURSO DE ODONTOLOGIA Técnicas anestésicas na maxila Cuiabá-MT 2022 Prof. Dr. Diego Romário Anestesia do palato Anestesia do palato • Necessária para procedimentos envolvendo tecidos moles ou duros no palato; • Experiência traumática para alguns pacientes; • Pode ser atraumática: • Produzir anestesia tópica adequada no local de penetração da agulha; • Manter o controle da agulha; • Injetar a solução lentamente; • Confiar em si próprio. Anestesia do palato • Três injeções palatinas são descritas: • Bloqueio do nervo palatino anterior (ou maior) → porções posteriores do palato duro; • Bloqueio do nervo nasopalatino → palato duro anterior; • Infiltração local. Bloqueio do nervo palatino maior • Procedimentos envolvendo tecidos moles palatinos distais ao canino; • Anestesia profunda dos tecidos moles e duros do palato; • Áreas anestesiadas: • Parte posterior do palato duro e os tecidos moles sobrejacentes → anteriormente até o primeiro pré- molar e medialmente até a linha média. Bloqueio do nervo palatino maior • Indicações: • Restaurações subgengivais e inserção de matriz gengival; • Controle da dor durante procedimentos periodontais ou cirúrgicos orais envolvendo os tecidos palatinos moles e duros. • Contraindicações: • Inflamação ou infecção no local da injeção; • Pequenas áreas da de tratamento (um ou dois dentes). Bloqueio do nervo palatino maior • Vantagens: • Minimiza a penetração de agulha e volume de solução; • Minimiza o desconforto para o paciente; • Desvantagens: • Não há hemostasia, exceto na área próxima da injeção; • Potencial traumático. Bloqueio do nervo palatino maior •Aspiração positiva: • Menos de 1%; • Alternativas: • Infiltração local em regiões específicas; • Bloqueio do nervo maxilar. Bloqueio do nervo palatino maior • Técnica: • Agulha calibre 27; • Área de introdução → decidos moleas anteriormente ao forame palatino maior; • Pontos de referência → forame palatino maior e junção do processo alveolar maxilar e osso palatino; • Trajeto de introdução → avançar a seringa a partir do lado oposto da boca → ângulo reto com a área alvo; • Bisel → voltados para os tecidos moles palatinos • . Bloqueio do nervo palatino maior • Procedimento: • Assumir posição correta; • NPM direito → frente para o paciente (7/8 h); • NPM esquerdo → frente para o paciente (11 h); • Solicitar ao paciente (que está em supina): • Abrir bem a boca; • Estender o pescoço; • Girar cabeça → esquerda e direita (ver); • Localizar o forame palatino maior: • Haste de algodão na junção do processo alveolar maxilar com o palato duro; • Começar na região de 1º molar superior e palpar posteriormente pressionando os tecidos com haste de algodão; • A haste cairá na depressão formada pelo forame palatino maior; • Forame → ponto distal ao 2º molar superior. Bloqueio do nervo palatino maior • Procedimento: • Preparar o tecido para a injeção: • 1 a 2 mm anteriormente ao forame; • Limpar e secar com gaze; • Anestésico tópico; • Após 2 min do tópico → mover haste para cima do forame: • Aplicar pressão considerável (30 s) e ver isquemia; • Enquanto a pressão está sendo aplicada → direcionar a seringa para boca a partir do lado oposto → ângulo reto; • Com o bisel sobre o tecido: • Aplicar pressão para curvar lentamente a agulha; • Depositar um pequeno volume anestésico (formará gotícula); • Retificar a agulha para o bisel perfurar a mucosa; • Continuar injetndo pequenos volumes em todo o procedimento. Bloqueio do nervo palatino maior • Procedimento: • Avançar lentamente a agulha → tocar suavemente o osso palatino: • Profundidade média → 5 mm; • Continuar a injetar pequenos volumes; • Haverá resistência do tecido; • Aspirar: • Aspiração negativa → injeção em 30 s; • Retirar seringa; • Proteger agulha; • Aguardar 2 a 3 min antes de iniciar o procedimento. Bloqueio do nervo palatino maior • Sinais e sintomas: • Subjetivos: dormência na parte posterior do palato; • Objetivos: ausência de dor durante o tratamento odontológico. Bloqueio do nervo palatino maior • Sinais e sintomas: • Aspectos de Segurança: • Contato com o osso; • Aspiração; • Precauções: • Não entrar no canal palatino maior; • Embora isso não seja perigoso, não há nenhuma razão para se entrar no canal para que esta técnica seja bem-sucedida. Falhas da anestesia • Deposição muito anterior → anestesia parcialmente eficaz; • Área de pré-molar → fibras superpostas do nervo nasopalatino → pode haver necessidade de complemento na área. Complicações • Isquemia e necrose dos tecidos moles → vasoconstritor concentrado ou em repetidas doses; • Nunca usar noradrenalina; • Hematoma é possível → porém é raro. Bloqueio nasopalatino • Técnica valiosa para o controle da dor no palato; • Volume mínimo de anestésico → ampla área de tecidos atingida; • Pode ser muito traumática; • Requer seguir RIGOROSAMENTE o protocolo; • Outros nomes→ bloqueio do nervo incisivo ou bloqueio do nervo esfenopalatino. Bloqueio nasopalatino • Área anestesiada: • Porção anterior do palato duro; • Distal de pré-molar à distal de pré-molar; • Indicações: • Tratamento restaurador em mais de dois dentes; • Procedimentos periodontais ou cirúrgicos envolvendo tecidos moles do palato; • Contraindicações: • Inflamação ou infecção no local da injeção; • Pequenas áreas de tratamento (um ou dois dentes). Bloqueio nasopalatino • Técnica: 1. Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada; 2. Área de introdução: mucosa palatina lateral à papila incisiva (linha média atrás dos incisivos centrais); 3. Área-alvo: forame incisivo, sob a papila incisiva; 4. Pontos de referência: incisivos centrais e papila incisiva; 5. Trajeto de introdução: aproximar o local de injeção em um ângulo de 45 graus em direção à papila incisiva; 6. Orientação do bisel: voltado para os tecidos moles do palato. Bloqueio nasopalatino • Procedimento: • Sentar-se na posição de 9 ou 10 horas voltado para a mesma direção do paciente; • Solicitar ao paciente para fazer o seguinte: • Abrir bem a boca; • Estender o pescoço; • Girar a cabeça para a esquerda ou para a direita para melhorar a visibilidade. Bloqueio nasopalatino • Procedimento: • Preparar o tecido imediatamente lateral a papila incisiva; • Limpar e secar com gaze estéril; • Aplicar anestésico tópico por 2 minutos. • Apos 2 minutos de aplicação do anestésico tópico, mover a haste de algodão diretamente sobre a papila incisiva; • Comprimir a área da papila com a haste de algodão; • Observar a isquemia no local da injeção; • Anestesia por pressão; • Retificar a agulha e permitir que perfure a mucosa; • Continuar injetando em todo o procedimento (isquemia); • Continuar pressão do algodão; • Avançar a agulha lentamente em direção ao forame (tocar no osso). Bloqueio nasopalatino • Procedimento: • Profundidade → 5 mm; • Retirar a agulha 1 mm → evitar injeção subperiosteal; • Aspirar → negativa → injetar lentamente → 15 a 30 s; • Retirar seringa lentamente; • Proteger agulha → aguardar 2 a 3 minutos. Bloqueio nasopalatino • Aspectos de segurança: • Contato com o osso • Aspiração; • Falhas na anestesia: • Anestesia unilateral (tendendo a um dos lados); • Complicações: • Hematomas →pouco provável; • Necrose; • Esguicho. Referência Malamed, S.F Manual de anestesia local. 5ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier, 2005.
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