Buscar

PROTOCOLO-DE-ULTRASSONOGRAFIA-GERAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROTOCOLO DE ULTRASSONOGRAFIA 
GERAL 
 
 
 
 
1
 
1 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA ................................................................................. 3 
ULTRASSONOGRAFIA .......................................................................... 4 
NORMAS E ROTINAS DO DIAGNÓSTICO POR IMAGEM EXAMES DE 
ULTRASSOM .................................................................................................... 4 
O IMPACTO DO PROJETO DE LEI Nº 3.661/2012 NA ULTRA-
SONOGRAFIA .................................................................................................. 5 
INFARTO PÓS-TRANSPLANTE HEPÁTICO ......................................... 6 
PSEUDOANEURISMA DA ARTÉRIA RENAL APÓS TRANSPLANTE: UM 
RELATO DE CASO........................................................................................... 8 
DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO DE FRATURAS DE 
ESTRESSE EM METATARSOS: SÉRIE DE 7 CASOS CORRELACIONADOS 
COM OUTROS EXAMES DE IMAGEM .......................................................... 10 
DOPPLER COLORIDO TRANSCRANIANO NA MORTE ENCEFÁLICA
........................................................................................................................ 11 
COLANGIOPATIA POR HIV: RELATO DE CASO ................................ 12 
DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO DE TRIORQUIDIA: RELATO 
DE CASO ........................................................................................................ 13 
ACURÁCIA DO ULTRASSOM NA AVALIAÇÃO DA RESSECABILIDADE 
DE TUMORES ABDOMINAIS SÓLIDOS EM CRIANÇAS ............................... 15 
CARACTERIZAÇÃO TECIDUAL ULTRASSONOGRÁFICA (CATUS) DE 
RINS TRANSPLANTADOS: PESQUISA EM FASE DE DESCOBERTA ......... 16 
DOPPLER DAS VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES – SISTEMA 
VENOSO PROFUNDO ................................................................................... 25 
DOPPLER DAS VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES – SISTEMA 
VENOSO SUPERFICIAL ................................................................................ 26 
DOPPLER DAS ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES ............... 28 
 
 
 
2
 
2 
DOPPLER DAS ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES ............. 29 
DOPPLER VENOSO DOS MEMBROS SUPERIORES ........................ 30 
DOPPLER DE ARTÉRIAS RENAIS ...................................................... 31 
DOPPLER HEPÁTICO / SISTEMA PORTA .......................................... 32 
PAREDE ABDOMINAL ......................................................................... 34 
BOLSA TESTICULAR .......................................................................... 35 
BOLSA TESTICULAR COM DOPPLER ............................................... 35 
PRÓSTATA VIA SUPRAPÚBICA ......................................................... 37 
PRÓSTATA VIA TRANSRETAL ........................................................... 37 
DEMAIS EXAMES ................................................................................ 38 
IMPRESSÃO DA DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA ........................ 38 
COMO REALIZAR O EXAME ............................................................... 40 
ACHADOS NORMAIS NA US DE PULMÕES E PLEURAS.................. 41 
SINAIS ULTRASSONOGRÁFICOS DE ALTERAÇÕES PULMONARES, 
PLEURAIS E DA PAREDE TORÁCICA .......................................................... 43 
DESTAQUES NA COVID-19 ................................................................ 49 
O RELATÓRIO DA US DE TÓRAX ...................................................... 50 
SUGESTÃO DE RELATÓRIO .............................................................. 50 
REFERENCIAS .................................................................................... 53 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
 
3 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
4
 
4 
ULTRASSONOGRAFIA 
A ultrassonografia é um método de diagnóstico que se baseia em ondas 
sonoras de alta frequência que são emitidas através do transdutor que desliza 
sobre a pele/mucosa. 
Ao encontrar os diferentes tecidos internos, essas ondas produzem ecos, 
que são convertidos em imagem. Possibilita o estudo dinâmico de diversos 
órgãos e/ou estruturas. 
Há técnicas especificas para o estudo de cada região de interesse. Devido 
aos procedimentos intervencionistas de diagnóstico e tratamento, a 
ultrassonografia tornou-se um dos métodos utilizados para a orientação dos 
mesmos. 
O exame ultrassonográfico deve ser realizado por médico especialista. 
 
 
NORMAS E ROTINAS DO DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 
EXAMES DE ULTRASSOM 
• OBSTÉTRICO 
• DOPPLER 
• PÉLVICO 
• TRANSVAGINAL 
• ABDOMINAL; 
• ORGÃOS ISOLADOS 
• MAMAS 
• E MORFOLÓGICO 
 
 
 
5
 
5 
•ULTRASSONOGRAFIA EM NEONATALOGIA (Transfontanela, 
Abdominal, Renal, Quadril, etc). 
 
 
O IMPACTO DO PROJETO DE LEI Nº 3.661/2012 NA ULTRA-
SONOGRAFIA 
Principais pontos do Projeto de Lei Nº 3.661 de 2012, de autoria original 
do senador Paulo Paim, do Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio Grande do 
Sul, atualmente tramitando na Câmara dos Deputados, sob a liderança da 
Deputada Federal Benedita da Silva, do PT do Rio de Janeiro, que visa atualizar 
a Lei 7.394 de 1985, com a formação do Bacharel em Ciências Radiológicas e a 
inclusão do Tecnólogo em Radiologia na área de Diagnóstico por Imagem, entre 
outros aspectos. ´ 
Material e métodos: Foi avaliado do ponto de vista médico e jurídico o 
impacto a ser gerado pelo referido Projeto de Lei, mediante a análise da 
experiência norte-americana, onde os radiologistas são os legalmente 
responsáveis pelo exame, mesmo quando as imagens em tempo real são 
obtidas pelo tecnólogo em radiologia, e a comparação com o que é feito 
atualmente na Europa e no Brasil. 
Resultados: Em abril de 2012, o Congresso Nacional decretou que a lei 
7.394, de outubro de 1985, dispondo sobre o exercício das profissões de Técnico 
e Tecnólogo em Radiologia, passou a vigorar com a seguinte alteração, entre 
outras: 
“Artigo 1º, inciso II – imagenologia: obtenção de imagens por ressonância 
magnética, ultrassonografia e outros métodos que não utilizam fontes ionizantes. 
A Ultrassonografia é uma área altamente competitiva e muitos 
profissionais, dentro e fora da Medicina, almejam incorporá-la a sua rotina de 
 
 
 
6
 
6 
trabalho, porém nem todos apresentam a habilidade de realizar o exame e 
interpretar adequadamente as imagens. 
Além disso, a demanda por exames de ultrassom tem crescido 
vertiginosamente nas últimas décadas. 
A Radiologia, como especialidade médica, está enfrentando, portanto, 
uma situação arriscada, pois, se aprovado, o Projeto de Lei 3.661/2012, nos 
termos amplos e inespecíficos empregados, ampliaráo leque de profissionais 
habilitados à realização de ultrassonografia, incluindo aqueles não médicos, em 
que pesem as manifestações do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia 
negando tal intuito, e a aprovação, ainda pendente de sanção presidencial, da 
Lei do Ato Médico. 
 
 
INFARTO PÓS-TRANSPLANTE HEPÁTICO 
Complicações vasculares pós-transplante hepático estão associadas a 
altos índices de morbidade e mortalidade. 
A trombose de artéria hepática é a complicação mais frequente, seguida 
de estenose de artéria hepática. Tromboses de veias supra-hepáticas não são 
comumente relatadas. 
Objetivo: Descrever o caso de trombose de veias supra-hepáticas direita 
e esquerda pós-transplante hepático. 
Método: Para o acompanhamento e diagnóstico foi realizada 
ultrassonografia (US) com auxílio de Doppler e colangiorressonância. 
Relato de caso: Paciente feminina, 61 anos, diagnóstico de hepatite C 
através de exames laboratoriais de rotina há 13 anos. 
 
 
 
7
 
7 
Feito acompanhamento ambulatorial mediante dosagem de alfa-
fetoproteína e US de abdome total, em 2012, identificou-se um nódulo suspeito 
de hepatocarcinoma. 
Na ressonância magnética apresentava lesão nodular expansiva, 
captante de contraste nos segmentos hepáticos II e III, medindo 34 × 20 mm de 
diâmetro. Sinais de hepatopatia crônica caracterizada por hipertrofia dos lobos 
esquerdos, além de intensidade de sinal discretamente heterogêneo e contornos 
microlobulares. 
US Doppler revelou veia porta sem sinais de trombose, fluxo monofásico 
centrípeto. 
Tomografia computadorizada não identificou metástase em crânio, tórax 
e abdome. 
Em março de 2013 foi realizado transplante hepático. No pós-
operatório a paciente exacerbou quadro de confusão mental pré-existente e 
apresentou dispneia por derrame pleural bilateral com posterior drenagem. 
Recebeu alta hospitalar com imunossupressão após término de sintomas e 
exame de US com perviedade de vasos hepáticos, fluxo normal. 
Após 26 dias do transplante apresentou aumento de transaminases em 
consulta ambulatorial. Na US Doppler havia vasos hepáticos com perviedade. 
Biópsia demonstrou ausência de endotelite e presença de congestão 
sinusoidal e colestase discreta. 
Em cinco dias retornou com vômitos, dor em hipocôndrio direito e 
dispneia. Ao ser avaliada por US Doppler, identificou-se trombose de veia supra-
hepática direita e esquerda. 
Paciente com RNI de 1,0 em uso de enoxiparina, iniciou marevan. Nos 
seguintes dias ainda mostrava trombose e havia aumento de enzimas 
canaliculares. 
 
 
 
8
 
8 
Ajustados imunossupressores. Paciente recebeu alta com 
imunossupressores e anticoagulante para seguimento ambulatorial. 
Resultados e conclusão: Trombose de veia supra-hepática é incomum, há 
poucos relatos dessa complicação, ainda se as veias direita e esquerda são 
acometidas concomitantemente. 
Muitas vezes assintomática no início, foi feito diagnóstico em vista das 
alterações de transaminases seguidas das de enzimas canaliculares, o que 
incentivou a procura de complicações, que são diagnosticadas somente por 
exames de imagem. 
Ao contrário da maioria das outras complicações vasculares 
póstransplante hepático que são tratadas com revascularização ou re-
transplante, o caso foi conduzido com sucesso com tratamento clínico. 
 
 
PSEUDOANEURISMA DA ARTÉRIA RENAL APÓS 
TRANSPLANTE: UM RELATO DE CASO 
O pseudoaneurisma da artéria renal é uma complicação vascular 
incomum, porém não rara, nos pacientes em pós-operatório de transplante renal. 
Consiste em uma cavidade extravascular que se comunica com a artéria, 
havendo fluxo de entrada e saída no seu interior. 
É um transtorno evidenciado por alterações clínicas e confirmado por 
exames de imagem. 
A ultrassonografia com Doppler colorido é a técnica inicial de escolha para 
avaliar pacientes que não estejam dentro da evolução esperada após a cirurgia, 
indicando a necessidade de outros exames. 
 
 
 
9
 
9 
Objetivos: Relatar o caso de um paciente jovem, sexo masculino, que 
realizou transplante renal devido a doença parenquimatosa por hipertensão 
arterial, tendo evoluído no 10º dia pós-operatório com piora da função renal, 
anúria e necessidade de diálise. 
Foi diagnosticado com pseudoaneurisma da artéria renal após 
ultrassonografia, confirmado também com tomografia computadorizada com 
contraste. 
Iremos ilustrar os achados ultrassonográficos do pseudoaneurisma da 
artéria renal neste paciente através de fotos e vídeos, e correlacionar o caso 
clínico com a literatura vigente, através de uma revisão. 
Discussão: Existem achados ultrassonográficos que identificam o 
pseudoaneurisma e que devem ser prontamente reconhecidos pelos 
ultrassonografistas, uma vez que é necessária uma terapêutica rápida e efetiva 
para evitar ruptura da lesão e choque hipovolêmico. 
Ao modo B, observa-se geralmente uma lesão ovalada, de aspecto 
cístico, em íntimo contato com a artéria renal e/ou artéria ilíaca externa e que 
apresenta fluxo ao estudo Doppler, visto de forma turbilhonada em ying-yang 
(sinal característico). 
Devido ao perigo de rotura iminente, a conduta recomendada 
habitualmente consiste em clampeamento do vaso acometido e remoção do 
enxerto, desfecho que ocorreu na evolução do paciente em questão. 
 
 
 
 
 
1
0 
10 
DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO DE FRATURAS DE 
ESTRESSE EM METATARSOS: SÉRIE DE 7 CASOS 
CORRELACIONADOS COM OUTROS EXAMES DE IMAGEM 
As fraturas de estresse são lesões ósseas causadas por impactos 
repetitivos. Estão relacionadas com aumento súbito da intensidade ou a iniciação 
em exercícios de alto impacto, como corrida, dança e treinamento militar. 
Os ossos mais comumente acometidos incluem tíbia, fíbula e metatarsos. 
Os sintomas e sinais iniciais incluem dor local e aumento de partes moles. 
Na vigência de quadro clínico sugestivo, a confirmação diagnóstica 
precoce por métodos de imagem é essencial para evitar consequências 
catastróficas e até mesmo a necessidade de intervenção cirúrgica em alguns 
casos. 
Os métodos considerados padrão ouro são a ressonância magnética e a 
cintilografia óssea. 
A radiografia convencional possui baixa sensibilidade e especificidade 
para o diagnóstico de fraturas recentes. 
A ultrassonografia tem emergido nos últimos anos como um método com 
boa acurácia para o diagnóstico, inclusive para fraturas recentes, apresentando 
vantagens importantes com relação aos dois principais métodos, incluindo 
menor custo e maior disponibilidade. 
Descrição: Apresentaremos uma série de 7 casos de fraturas por estresse 
em metatarsos diagnosticadas por ultrassonografia. 
Os achados ultrassonográficos são correlacionados com as radiografias 
convencionais dos respectivos pacientes. Um dos casos possui também exame 
de ressonância magnética. 
Discussão: A ultrassonografia como método diagnóstico para o sistema 
musculoesquelético está em crescente avanço nos últimos anos. 
 
 
 
1
1 
11 
Nesse contexto, alguns autores têm evidenciado boa sensibilidade e boa 
especificidade dela no diagnóstico de fraturas de estresse recentes em 
metatarsos quando comparada aos métodos considerados padrão ouro. Sugere-
se, inclusive, que a ultrassonografia deva ser o exame de escolha quando, na 
vigência de quadro clínico sugestivo em metatarsos, a radiografia for normal, 
tendo como vantagens o baixo custo, a boa disponibilidade do método, não ser 
invasiva e a ausência de exposição à radiação ionizante. 
 
 
DOPPLER COLORIDO TRANSCRANIANO NA MORTE 
ENCEFÁLICA 
Conceitua-se morte encefálica como o estado clínico em que as funções 
encefálica e do tronco encefálico estão irreversivelmente comprometidas. 
São três os requisitos para assegurar a morte encefálica:causa conhecida 
e irreversível; ausência de hipotermia, hipotensão ou distúrbio metabólico grave; 
exclusão de intoxicação exógena ou efeito de medicamentos psicotrópicos. 
Ainda, presença de coma sem resposta ao estímulo externo, inexistência 
de reflexos do tronco encefálico e apneia. 
De acordo com o protocolo, o diagnóstico deve ser estabelecido após dois 
exames clínicos, com intervalo de no mínimo seis horas, realizados por 
profissionais diferentes e não vinculados à equipe de transplantes. 
Deve ser comprovada, por intermédio de exames complementares, a 
ausência no sistema nervoso central de perfusão, atividade elétrica ou 
metabolismo. 
Dentre os exames complementares, o Doppler colorido transcraniano 
(DTC) é o método de imagem mais rápido, de baixo custo e não invasivo para 
determinar a morte encefálica. 
 
 
 
1
2 
12 
Segunda a Academia Americana de Neurologia, o DTC para diagnóstico 
de morte encefálica (tipo A, classe II) tem sensibilidade de 91% a 100% e 
especificidade de 97% a 100%. 
No Brasil, o DTC está incluído entre as ferramentas complementares 
obrigatórias para a confirmação de morte encefálica, conforme a legislação 
vigente (CFM, Resolução Nº 1.480 de 8 de agosto de 1997). 
O presente trabalho visa demonstrar casos de morte encefálica em 
crianças e adultos em que o DTC foi utilizado como ferramenta comprobatória, 
e um caso em que, embora o diagnóstico clínico e do eletroencefalograma 
afirmassem morte encefálica, o DTC descartou morte encefálica. Por isso, 
embora o DTC já venha sendo usado em algumas unidades de terapia intensiva 
como exame confirmatório para o diagnóstico de morte encefálica, sua utilização 
ainda pode crescer. 
 
 
COLANGIOPATIA POR HIV: RELATO DE CASO 
A colangiopatia associada ao HIV é frequentemente diagnosticada 
durante a avaliação de colestase em pacientes com SIDA. 
A maioria destes pacientes apresenta um estágio avançado da doença. 
Vários patógenos estão implicados como a causa desta doença, sendo o 
Cryptosporidium o microrganismo mais frequentemente isolado, seguido por 
citomegalovírus. 
Métodos de imagem não invasivos como ultrassonografia e tomografia 
computadorizada são geralmente os primeiros passos para o diagnóstico. 
Apresentamos o caso de um paciente de 39 anos, sexo masculino, com 
diagnostico de SIDA e em uso de antirretrovirais, que evoluiu com dor abdominal 
 
 
 
1
3 
13 
e quadro colestático anictérico, apresentando níveis séricos elevados de 
fostatase alcalina e níveis normais de bilirrubina. 
Ao exame tomográfico observou-se dilatação das vias biliares intra-
hepáticas, sendo discreta à direita e acentuada à esquerda, exibindo 
espessamento parietal, associada a dilatações e estreitamentos focais. Notou-
se também discreta dilatação de vias biliares extra-hepáticas, sem evidência de 
fator obstrutivo. 
No ultrassom feito previamente, confirmaram-se tais achados. Após 
investigação, considerou-se diagnóstico de colangiopatia por HIV. 
O objetivo deste resumo é discutir a possibilidade de colangiopatia em 
pacientes com SIDA com quadro colestático, e exibir os principais achados de 
imagem. 
 
 
DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO DE TRIORQUIDIA: 
RELATO DE CASO 
O escroto é um saco fibromuscular dividido em dois compartimentos por 
um tecido fibroso, a rafe mediana. 
Cada saco contém um testículo, epidídimo, cordão espermático e 
revestimentos de fáscia associados. Todas essas estruturas podem ser afetadas 
por uma ampla variedade de processos patológicos, incluindo alterações 
congênitas, inflamatórias e neoplásicas. 
A poliorquidia, ou testículos supranumerários, é uma rara condição 
resultante embriologicamente de uma divisão anormal da crista genital. 
Apesar de a triorquidia ser a forma mais comum de poliorquidia, achado 
de cinco testículos já foi relatado. 
 
 
 
1
4 
14 
Em aproximadamente 75% dos casos, os testículos supranumerários são 
intraescrotais, e os pacientes relatam massa escrotal não dolorosa. Apesar de 
eles serem histologicamente normais, frequentemente apresentam túbulos e 
espermatogênese anômalos, imaturos. 
Possuem ainda maior risco de torção e de processos neoplásicos. Na 
ultrassonografia, usualmente mantêm ecogenicidade semelhante à dos outros 
testículos, apesar de essa aparência poder ser variável. 
Relato de caso: Menino de 10 anos com queixa de nódulo não doloroso 
na bolsa escrotal. Optou-se pela realização de ultrassonografia, que evidenciou, 
além de dois testículos de ecogenicidade, forma e dimensões normais, uma 
estrutura ovalar. 
Esta apresentou ecogenicidade homogênea similar à dos testículos 
analisados, salientando-se suas menores dimensões e envoltório líquido 
perinodular. Tais achados foram compatíveis com testículo acessório com 
hidrocele. 
Discussão: A triorquidia é uma anomalia da crista genital, geralmente 
assintomática, mas com riscos aumentados de complicações, como neoplasia e 
torção. 
Para o seu diagnóstico e acompanhamento, a ultrassonografia mostra-se 
como um exame muito importante, exequível com facilidade, acessível à 
população, e desprovido de efeitos biológicos deletérios. 
 
 
 
 
1
5 
15 
 
ACURÁCIA DO ULTRASSOM NA AVALIAÇÃO DA 
RESSECABILIDADE DE TUMORES ABDOMINAIS SÓLIDOS EM 
CRIANÇAS 
Determinar a acurácia, as medidas de desempenho e o coeficiente kappa 
do ultrassom (US) na avaliação da ressecabilidade de tumores sólidos intra-
abdominais em uma população pediátrica. 
Material e métodos: Estudo prospectivo e consecutivo de 26 crianças [19 
meninas (73,1%) e 7 meninos (26,9%)], mediana de idade de 50,5 meses (3 
meses a 210 meses), portadoras de tumores intra-abdominais sólidos, que 
realizaram US pré-operatório, no período de outubro de 2008 a setembro de 
2011. 
Os achados cirúrgicos (padrão ouro) foram comparados aos observados 
no US. Foi definido, pelo US, como “órgão livre” quando havia movimento entre 
o tumor e o órgão examinado, e “órgão comprometido” na ausência deste 
movimento. 
 O US foi realizado por médicos radiologistas com experiência no método, 
sendo que cada órgão ou estrutura em contato com o tumor foi considerado uma 
unidade de estudo. 
Resultados: Foram examinados pelo US 409 órgãos e estruturas: 94 
(24,9%) foram considerados aderidos ou comprometidos e 315 (77%), livres. 
Em comparação à cirurgia, a acurácia do US para avaliar a 
ressecabilidade dos tumores intra-abdominais foi 93,6% (IC95: 90,8–95,8%), a 
sensibilidade, 86,2% (IC95: 77,5–92,4%), a especificidade, 95,9% (IC95: 93–
97,8%), o valor preditivo positivo, 86,2% (IC95: 77,5–92,4%), e o valor preditivo 
negativo, 95,9% (IC95: 93–97,8%). O coeficiente kappa foi 0,82 (p < 0,001). 
 
 
 
1
6 
16 
O US apresentou altas acurácia, sensibilidade e especificidade na 
avaliação da ressecabilidade de tumores sólidos intra-abdominais em crianças, 
mostrando que pode ser usado como exame complementar no pré-operatório 
destes pacientes, desde que realizado por radiologista treinado e experiente, e 
com equipamento adequado. 
 
 
CARACTERIZAÇÃO TECIDUAL ULTRASSONOGRÁFICA 
(CATUS) DE RINS TRANSPLANTADOS: PESQUISA EM FASE 
DE DESCOBERTA 
Descoberta de alterações da mediana da escala cinza, ou gray scale 
median (GSM), precedendo anormalidades da hemodinâmica renal e sintomas 
no pós-operatório imediato de rim transplantado, originou estudo CATUS-GSM 
de rins normais. 
Esta compara GSM-CATUS de transplantes renais em seis pacientes 
submetidos a biópsia. Métodos: Amplitudes de brilho de imagens longitudinais, 
obtidas para dimensionar rins, foram classificadas em 14 intervalos: não 
ecogênico, hipoecogênico I a IV, ecogênico I a IV, hiperecogênico I a IV e 
saturado (0–4, 5–7, 8– 26, 27–40, 41–60, 61–76, 77–90, 91–111, 112–132, 133–153, 154–174, 175–196, 197–210, 211–255). GSMs e proporções de pixels em 
intervalos específicos foram comparadas aos dados normais. 
Resultados: 
1) Rejeição aguda vascular grave, acompanhada de nefropatia crônica 
(NC), fibrose intersticial (FI) e atrofia tubular (AT) moderadas, foi constatada em 
transplante com proporções altas em intervalos 0–7 (6,1% vs. 2,1%; p =.15) e 
61–174 (45% vs. 17%; p < 0,001), e proporção baixa no intervalo 8–60 (49% vs. 
81%; p < 0,001); 
 
 
 
1
7 
17 
2) necrose tubular aguda em regeneração apresentou 67% vs. 17% (p < 
0,001) de pixels no intervalo 61–174 e 3% vs. 58% no intervalo 8–40 (p < .0,001); 
3) esclerose glomerular e NC discreta em transplante com 57% e 15% 
para intervalos descritos em 2) (p < 0,001); 
4) nefrotoxicidade à ciclosporina em transplante com proporção alta no 
intervalo 41–90 (91% vs. 35%; p < 0,001); 
5 e 6) NC, FI e/ou AT discretas com proporções 73% e 42% no intervalo 
41–90 (p < 0,001; p = 0,35). GSMs de 1) a 6): 56, 73, 67, 62, 55 e 39. Conclusões: 
CATUS demonstrou alterações de ecogenicidade em transplantes renais 
patológicos. 
GSM alterada poderia indicar estudos adicionais. Este relato, em nível de 
descoberta, justifica estudos CATUS, paralelos e longitudinais, de transplantes 
renais. 
A observação de protocolos de documentação estabelecidos para 
exames de ultrassonografia, além de servir como eventual respaldo jurídico 
comprova que o exame foi realizado esgotando, do ponto de vista técnico, o 
método em questão. As recomendações especificadas neste documento 
abrangem a documentação mínima necessária para permitir uma avaliação da 
qualidade do estudo realizado em casos sem doenças ou alterações específicas. 
Para exames patológicos, além da documentação mínima, imagens específicas 
de cada alteração devem ser registradas. Essas recomendações não podem ser 
usadas para limitar a documentação dos exames. Os médicos devem ter 
autonomia para documentar outras estruturas, ou as mesmas estruturas em 
outros planos, além daqueles aqui especificados, visando a melhor prática e 
cuidado com os pacientes. 
Como os exames enviados ao CBR deverão ser PATOLÓGICOS, 
exceção feita apenas aos exames obstétricos, além da documentação básica 
especificada abaixo, devem ser registradas ao menos mais duas imagens, em 
 
 
 
1
8 
18 
planos ortogonais, de cada alteração, com as respectivas medidas quando 
pertinentes. 
 
 
Observação: A documentação deve conter a medida da veia porta. 
Na presença de hepatomegalia, recomenda-se documentar a medida do 
diâmetro longitudinal do lobo direito e esquerdo. 
Caso haja esplenomegalia, recomenda-se registrar as medidas do maior 
e menor eixo do baço para cálculo do índice esplênico uniplanar. 
 
 
 
1
9 
19 
 
 
 
 
 
2
0 
20 
 
 
 
 
 
2
1 
21 
 
 
 
 
2
2 
22 
 
 
 
 
 
2
3 
23 
 
 
 
 
2
4 
24 
 
 
 
 
 
2
5 
25 
 
Observações: A documentação deve conter a medida da velocidade de 
pico sistólico das artérias carótidas comuns; velocidade de pico sistólico e 
velocidade diastólica final das artérias carótidas internas. 
O ângulo Doppler deve ser corrigido e menor ou igual a 60 graus sempre 
que houver medida de velocidades de fluxo. 
 
 
DOPPLER DAS VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES – 
SISTEMA VENOSO PROFUNDO 
 
 
 
 
2
6 
26 
 
Para exames com achados patológicos, além da documentação mínima 
exigida, realizar imagens específicas (p.ex.: refluxo com mapeamento colorido e 
comprovação com a análise espectral; corte transversal com e sem compressão, 
devidamente identificados, para veias contendo trombos; mapeamento colorido 
para veias contendo trombos e recanalização parcial). 
 
 
DOPPLER DAS VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES – 
SISTEMA VENOSO SUPERFICIAL 
Realizar sempre o exame do sistema venoso profundo, registrando a 
respectiva documentação fotográfica além o mapeamento do sistema superficial. 
 
 
 
2
7 
27 
 
 
Observações: A pesquisa de refluxo deve ser realizada em ortostase; 
Veias com refluxo devem ser documentadas no modo Color e espectral, 
evidenciando o tempo de refluxo; Veias perfurantes dilatadas e insuficientes 
devem ser documentadas no modo B, mapeamento com Doppler colorido e se 
possível com análise espectral; Os sítios de origem e drenagem do refluxo 
venoso devem ser cuidadosamente anotados. 
 
 
 
 
 
2
8 
28 
DOPPLER DAS ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES 
 
 
Observação: O ângulo Doppler deve ser corrigido e menor ou igual a 60 
graus sempre que houver medida de velocidades de fluxo. 
 
 
 
 
 
2
9 
29 
DOPPLER DAS ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
 
 
Observações: 
 Realizar manobras para pesquisa da "Síndrome do Desfiladeiro" e 
registrar as velocidades de pico sistólico durante as manobras. 
 
 O ângulo Doppler deve ser corrigido e menor ou igual a 60 graus sempre 
que houver medida de velocidades de fluxo. 
 
 
 
 
 
3
0 
30 
DOPPLER VENOSO DOS MEMBROS SUPERIORES 
 
Para avaliação pré-operatória de fístula arteriovenosa para hemodiálise, 
realizar adicionalmente: Imagens modo B com corte transversal com medida de 
calibre na veia cefálica nos terços proximal, médio e distal do braço; e terços 
proximal, médio e distal do antebraço; Imagens modo B com corte transversal 
com medida de calibre na veia basílica no terço distal do braço; e terços proximal, 
médio e distal do antebraço; Imagens modo B com corte transversal com medida 
de calibre na veia cefálica: no terço proximal, médio e distal do braço; terço 
proximal, médio e distal do antebraço. Uma imagem modo B com corte 
transversal com medida de calibre da artéria braquial no terço distal do braço; 
Imagens modo B com corte transversal com medida de calibre das artérias radial 
e ulnar no terço distal do antebraço. 
Observações: 
* Realizar manobras de compressão para pesquisa de trombose venosa. 
 
 
 
3
1 
31 
* Para exames com achados patológicos, além da documentação mínima 
exigida, adquirir imagens específicas (p. ex. corte transversal com e sem 
compressão, devidamente identificados, para veias contendo trombos; 
mapeamento colorido para veias contendo trombos e recanalização parcial). 
 
 
DOPPLER DE ARTÉRIAS RENAIS 
 
 
Observações: 
 
 
 
3
2 
32 
Para exames com achados patológicos, além da documentação mínima 
exigida, realizar ao menos duas imagens em planos ortogonais de cada 
alteração, com as respectivas medidas quando pertinentes. 
É obrigatório corrigir o ângulo, que deve ser menor ou igual a 60 graus 
para as medidas de velocidade de fluxo. 
 
 
 DOPPLER HEPÁTICO / SISTEMA PORTA 
 
 
 
 
 
3
3 
33 
 
Observações: 
Recomenda-se documentar a medida do diâmetro longitudinal do lobo 
direito e esquerdo. 
Devem-se registrar as medidas do maior e menor eixo do baço para 
cálculo do índice esplênico uniplanar. 
A pesquisa de circulação colateral sempre deve ser realizada e os 
achados patológicos registrados. 
Se a pesquisa for negativa, faculta-se documentar esta pesquisa. 
Para exames com achados patológicos, além da documentação mínima 
exigida, realizar ao menos duas imagens em planos ortogonais de cada 
alteração, com as respectivas medidas quando pertinentes. 
Se a veia esplênica retropancreatica não for caracterizada, deve-se 
fotografar medir e documentar com Doppler coloridoao nível do hilo esplênico. 
 
 
 
 
 
 
3
4 
34 
 
PAREDE ABDOMINAL 
 
 
Observações: 
A pesquisa de hérnias inguinais e femorais deve ser feita em ortostase 
caso o exame seja negativo com o paciente em decúbito. 
Para exames com lesões focais ou outros achados patológicos, além da 
documentação mínima exigida, realizar ao menos duas imagens em planos 
ortogonais de cada alteração, com as respectivas medidas quando pertinentes. 
 
 
 
 
 
 
 
3
5 
35 
 
 
BOLSA TESTICULAR 
 
 
Observação: Evitar dividir a tela para medir os testículos. 
 
 
BOLSA TESTICULAR COM DOPPLER 
 
 
 
 
3
6 
36 
 
Observações: 
 Evitar dividir a tela para medir os testículos. 
 A pesquisa de varicocele deve ser feita em ortostase caso o exame seja 
negativo com o paciente em decúbito. 
 Se possível, é desejável registrar o refluxo venoso com Doppler 
espectral. 
 Para exames com lesões focais ou outros achados patológicos, além 
da documentação mínima exigida, realizar ao menos duas imagens em planos 
ortogonais de cada alteração, com as respectivas medidas quando pertinentes. 
 
 
 
 
 
 
 
3
7 
37 
 
PRÓSTATA VIA SUPRAPÚBICA 
 
 
 
PRÓSTATA VIA TRANSRETAL 
 
 
 
 
3
8 
38 
 
DEMAIS EXAMES 
Documentar cada exame com ao menos 6 imagens ilustrativas da 
anatomia e/ou características do tecido, estrutura, órgão ou região analisada. 
 
 
IMPRESSÃO DA DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA 
Recomendamos que as imagens sejam impressas em múltiplos de seis, 
pois o formato padrão de impressão é de duas colunas e três linhas com seis 
imagens por página formato carta ou A4 com gramatura 90 ou superior. 
Nos últimos anos, a ultrassonografia (US) de pulmões e pleuras vem 
ganhando espaço na avaliação de pacientes nos setores de emergência e de 
medicina intensiva. 
Diversos protocolos definidos no conceito point of care ultrasound - 
ultrassom dedicado e limitado à solução de uma questão específica - estão bem 
delineados na literatura, seja na abordagem da síndrome respiratória aguda pelo 
protocolo bedside lung ultrasoud in emergency (BLUE) - ultrassom pulmonar à 
beira do leito em situações de emergência -, seja no diagnóstico do choque 
circulatório como parte do protocolo rapid ultrasound for shock and 
hypotension (RUSH) - ultrassom direcionado para o choque e hipotensão. 
Além disso, integra o consagrado extended focus assessment sonography 
for trauma (e-FAST) - avaliação focada com ultrassonografia para o trauma. 
O método é isento de radiação ionizante, dinâmico, de baixo custo e pode 
ser realizado à beira do leito. 
 
 
 
3
9 
39 
No contexto de doença infecciosa de alta transmissibilidade, sua 
realização envolve a exposição de somente um profissional, ao contrário da 
tomografia computadorizada (TC). Esses dispositivos podem ser facilmente 
protegidos com plástico, diminuindo risco de contaminação e facilitando os 
processos de esterilização. 
No cenário atual da pandemia pelo vírus SARS-CoV-2, responsável pela 
doença do novo coronavírus 2019 (COVID-19) iniciada em Wuhan na China em 
dezembro de 2019, todos os continentes (213 países) estão afetados, com 
3.090.445 casos e 217.769 óbitos. 
No Brasil, são mais de 71.886 infectados, com 5.017 óbitos (30/4/2020). 
A US na avaliação dos pulmões e das pleuras ganhou grande importância na 
propedêutica desses pacientes. 
Diversas condições podem ser avaliadas pela US de pulmões e pleuras, 
por exemplo, consolidações, atelectasias, edema intersticial e alveolar, 
pneumotórax, derrame pleural simples e complicado, entre outras. 
Nem todos esses achados são característicos de pacientes com a COVID-
19. Seu conhecimento é de grande importância tanto na abordagem inicial para 
avaliar diagnósticos diferenciais quanto no seguimento de pacientes com 
COVID-19 
A avaliação ultrassonográfica do pulmão é baseada em artefatos, de 
forma que descreveremos vários deles, como linhas A, B e Z. Além disso, 
mencionaremos sinais, alguns com analogias para traduzirem esses artefatos, 
num processo mnemônico, mas que muitas vezes mitificam esse exame. 
Nesse contexto, nos propusemos a elaborar uma revisão dos principais 
achados da US de tórax, destacando os comumente visualizados na COVID-19, 
além de padronizar a realização do exame e fazermos sugestão do relatório 
ultrassonográfico. 
 
 
 
 
 
4
0 
40 
COMO REALIZAR O EXAME 
Por ser um exame dinâmico, o paciente pode ser avaliado em diversas 
posições, a exemplo dos decúbitos dorsal, lateral, posição prona, sentado e em 
ortostase. 
No contexto do desconforto respiratório, ou já com controle de vias 
aéreas, o mais comum é realizá-lo no decúbito dorsal ou até mesmo na posição 
prona, a depender da estratégia ventilatória traçada no momento.. 
Existem diversos protocolos na literatura quanto às regiões torácicas a 
serem avaliadas. Seis áreas são avaliadas em cada hemitórax segundo o 
protocolo BLUE, primeiro a testar a US em afecções pleuropulmonares. 
Na superfície anterior do tórax registramos as regiões anterossuperior e 
anteroinferior (limitadas pelas linhas paraesternal anterior e axilar anterior). 
Na superfície lateral, avaliamos as regiões laterais superior e inferior 
(limitadas pelas linhas axilar anterior e axilar posterior). Por fim, na superfície 
posterior, analisamos as regiões posterossuperior e posteroinferior (posteriores 
à linha axilar posterior). 
Outros protocolos avaliam 14 áreas em cada paciente (duas anteriores, 
duas laterais e três posteriores em cada hemitórax), cuja pontuação, a depender 
dos achados, auxilia no diagnóstico e seguimento desses pacientes. 
Em geral, se inicia o exame com equipamento ajustado para US de 
abdome. Podem ser utilizados transdutores convexos, cuja frequência menor e 
comprimento de onda acústica maior permitirão avaliação de regiões mais 
profundas, porém, com menor resolução de imagem do plano superficial. Por 
outro lado, os transdutores lineares de maior frequência fornecem mais detalhes 
da interface pleuropulmonar. 
Segundo Lichtenstein et al., o ideal seria a sonda de 6 MHz, utilizada no 
seu trabalho. 
Outras estratégias durante a aquisição das imagens na US de tórax 
(incluindo a direcionada ao paciente com a COVID-19) é o uso do índice 
 
 
 
4
1 
41 
mecânico baixo, começando em 0,7 e podendo-se reduzir esse índice para 
melhorar a aquisição da imagem. 
Recomenda-se evitar ao máximo o fenômeno da saturação, filtros 
cosméticos, modalidades específicas de imagem, assim como evitar a utilização 
da imagem harmônica, uma vez que na US de tórax estaremos pautando o 
diagnóstico em artefatos ultrassonográficos. 
A avaliação deve ser preferencialmente com transdutor no sentido 
longitudinal. Nesse plano são observadas duas sombras acústicas, que 
representam artefatos posteriores às costelas. A disposição do transdutor de 
modo paralelo às costelas também pode ser adotada, em que nesse corte o 
campo de avaliação será maior, entretanto, as referências das costelas são 
perdidas. Essa aquisição é especialmente aconselhada quando se caracteriza 
alguma anormalidade. Esse plano, com maior campo de avaliação, também 
pode ser importante no diagnóstico de pneumotórax. 
 
 
ACHADOS NORMAIS NA US DE PULMÕES E PLEURAS 
Linha pleural 
A linha pleural tem aspecto ultrassonográfico hiperecogênico e representa 
seus folhetos parietal e visceral. Por ser um exame dinâmico, podemos verificar 
a movimentação pleural durante as incursões respiratórias, e esse simples 
achado não deve ser menosprezado. Ele pode ser confirmado na avaliação ao 
modo M, no qual o achado característico é o “sinal da praia”, que representao 
bom deslizamento pleural. O contrário é observado na vigência de pneumotórax, 
tubo endotraqueal seletivo e, mais raramente, em atelectasia. 
 
Linhas A 
As linhas A se formam em função da grande diferença de densidade entre 
a pleura e o pulmão. Notamos fenômenos de reverberação acústica pleural, com 
formação de linhas hiperecogênicas. 
 
 
 
4
2 
42 
Essas linhas são esparsas e paralelas à linha pleural e se repetem no 
sentido anteroposterior com a mesma distância da pleura para a pele. Este é um 
achado virtual, fruto de artefato decorrente das características da interface 
pleuropulmonar. 
Nos processos patológicos, suas características podem se alterar, como 
veremos adiante. 
Pacientes acamados por algum tempo podem ter alguns septos 
espessados, principalmente nas regiões posteriores (decúbito-dependentes), o 
que acarretaria a observação de até duas linhas B por espaço intercostal, 
aspecto que ainda é considerado como ausência de alterações significativas. 
 
https://www.scielo.br/img/revistas/rb/v53n4/0100-3984-rb-20200051-gf04-pt.jpg
 
 
 
4
3 
43 
Figura 4 US pulmonar no modo B. 
 
A: Representação com as marcações correspondentes às linhas A, B e 
pleural. A linha B (asteriscos) representa artefatos hiperecogênicos, verticais e 
que percorrem todo o campo anteroposterior avaliado. Uma importante 
característica é o fato de apagarem as linhas A (seta amarela) ao se cruzarem 
(X). A linha pleural mostra-se como linha hiperecogênica (seta 
vermelha). B: Imagem demonstra US pulmonar modo B sem as marcações 
indicativas. 
 
 
Linhas Z 
As linhas Z (conhecidas como “falsas linhas B”) não têm significado 
patológico. São artefatos “em cauda de cometa” que se iniciam na pleura e 
seguem em sentido anteroposterior, porém, não apagam as linhas A, além de 
não alcançarem toda a extensão do campo pulmonar avaliado. 
Diferentemente das linhas B, as linhas Z não são sincrônicas às incursões 
respiratórias. 
 
 
SINAIS ULTRASSONOGRÁFICOS DE ALTERAÇÕES 
PULMONARES, PLEURAIS E DA PAREDE TORÁCICA 
Linhas B patológicas 
Três ou mais linhas B por espaço intercostal traduzem espessamento dos 
septos interlobulares ou intralobulares subpleurais, podendo ser visto em 
doenças que acometem as estruturas que percorrem tais septos, como o 
interstício pulmonar, que contém veias, vasos linfáticos e tecido conjuntivo. 
Exemplos de tais doenças são: edema pulmonar, intersticiopatias, linfangites, 
entre outras. 
 
 
 
4
4 
44 
Quando as linhas B ficam mais espessas (acima de 3,0 mm), temos as 
chamadas linhas B coalescentes, que, por sua vez, correspondem ao vidro fosco 
na periferia pulmonar, evidente na TC. 
No contexto da COVID-19, múltiplas linhas B coalescentes na US 
configuram o padrão white lung (pulmão branco) e apresentam boa correlação 
com o padrão de vidro fosco identificado na TC. 
Há uma correlação inversamente proporcional entre o número de linhas B 
e a relação de pressão parcial de oxigênio/fração inspirada de oxigênio, ou seja, 
quanto maior o número de linhas B, maior é o comprometimento das trocas 
gasosas. O controle ultrassonográfico evolutivo pode ser uma ferramenta auxiliar 
no monitoramento de pacientes nessa condição. 
 
 
Consolidações e as linhas C pulmonares 
As consolidações pulmonares podem se apresentar como áreas 
hipoecogênicas que tangenciam a pleura, descaracterizando o eco pleural nessa 
região. 
Os artefatos “em cauda de cometa” na base das consolidações 
correspondem às linhas C. 
Broncogramas aéreos são imagens hiperecogênicas puntiformes ou 
lineares, cujas características se modificam durante as fases de inspiração e 
expiração. Podem ser observados como movimentações de permeio às 
consolidações (denominados dinâmicos) na US em tempo real, ou seja, 
identifica-se a movimentação do ar no interior da árvore brônquica dentro da 
condensação. Nos aerobroncogramas dinâmicos pode-se registrar um padrão 
tipo “vascular” no estudo Doppler. 
 
 
 
4
5 
45 
 
Figura 9 A,B: Representação esquemática dos aerobroncogramas dinâmicos. 
 Aerobroncogramas dinâmicos (asteriscos) na US modo B (avaliação em 
tempo real) em meio a consolidação pulmonar (seta vermelha). Suas 
características modificam-se durante as fases do ciclo respiratório. Podem 
apresentar sinal de movimentação ao Doppler. 
Atelectasia pulmonar está associada à redução volumétrica pulmonar, 
podendo se apresentar semelhante às consolidações, com aerobroncogramas, 
porém, esses não são habitualmente dinâmicos, sendo denominados estáticos. 
https://www.scielo.br/img/revistas/rb/v53n4/0100-3984-rb-20200051-gf09-pt.jpg
 
 
 
4
6 
46 
Neste caso, não se observa movimentação das imagens hiperecogênicas 
de permeio à consolidação, tampouco a presença do padrão “vascular” no 
Doppler, durante o ciclo respiratório. 
É verdade que em até 6% dos casos de atelectasia aerobroncogramas 
dinâmicos podem ser visualizados. 
 
Figura 10 A,B: Corte ultrassonográfico no terço inferior do hemitórax direito. 
 
Atelectasia (seta vermelha) e derrame pleural (seta amarela). Notar a 
redução volumétrica do segmento pulmonar avaliado e a presença de 
broncograma aéreo estático (círculo). 
https://www.scielo.br/img/revistas/rb/v53n4/0100-3984-rb-20200051-gf10-pt.jpg
 
 
 
4
7 
47 
Durante as incursões respiratórias não há mudança de suas 
características e de fenômeno Doppler. Estes estariam presentes nos 
broncogramas dinâmicos das consolidações. 
As consolidações pulmonares podem dar ao parênquima pulmonar o 
aspecto de “hepatização pulmonar”, também chamado de sinal pseudotissular, 
cuja ecogenicidade é semelhante à do fígado . 
Um estudo de metanálise publicado no ano de 2014 mostrou que no 
contexto clínico a US pulmonar pode ter sensibilidade de 97% e especificidade 
de 94% (IC 95%), com área sob a curva ROC de 0,99 no diagnóstico de 
pneumonia. 
Nos pacientes portadores da COVID-19, consolidações podem adquirir 
aspectos multilobares, pequenas dimensões e associadas a broncogramas 
aéreos dinâmicos. 
Grandes consolidações pulmonares, como nas pneumonias lobares, não 
costumam ser observadas na COVID-19. 
 
Derrame pleural 
O feixe ultrassônico é transmitido facilmente pelo meio líquido, o que torna 
a US método excelente para avaliar derrame pleural. 
Possui aspecto geralmente anecoico, podendo, no entanto, também se 
apresentar hipoecogênico. No modo M, pode-se verificar o chamado “sinal do 
sinusoide”, que ocorre devido ao movimento flutuante do pulmão em meio à 
coleção líquida. 
Na literatura há diversas formas de calcular e estimar o volume da coleção 
pleural. 
Com o transdutor ao nível da linha axilar posterior no fim da expiração 
pode-se medir a distância entre os folhetos visceral e parietal da pleura. 
A distância entre esses folhetos pode estimar o volume de derrame 
pleural. Dessa forma, distância de 3 mm significaria volume de derrame pleural 
 
 
 
4
8 
48 
de 15 a 30 mL; distância de 10 mm, volume de 75 a 150 mL; distância de 20 mm, 
volume de 300 a 600 mL; e distância de 35 mm, volume de 1500 a 2500 mL. 
Outra forma para obter uma estimativa do volume é multiplicar a distância 
entre os folhetos pleurais por 20, resultando no volume (estimado) da coleção 
pleural. 
Vale ressaltar que no nosso serviço não quantificamos o volume do 
derrame pleural, visto que há grande divergência entre as estimativas e o real 
volume. Apenas referimos, de forma subjetiva, se é pequeno, moderado ou 
volumoso. 
A escolha do local anatômico para punção do espaço pleural pode ser 
realizada e demarcada com a US. Sua marcação deve ser feita com o paciente 
na posição em que será puncionado, atentando-se também para oposicionamento dos membros superiores. 
A distância (espessura) entre a pele e o folheto pleural deve ser informada 
no relatório, assim como o local demarcado. 
No contexto da COVID-19, avaliar corretamente o espaço pleural é 
fundamental. 
O derrame pleural é um achado raro nesta condição. 
 
Pneumotórax 
É a presença de ar entre os folhetos pleurais, que irá impedir o adequado 
deslizamento pleural; assim, a pleura visceral, que se movimenta, não estará 
mais acessível. As linhas A, por outro lado, podem estar presentes e com origem 
no folheto parietal. 
Na US modo M, o aspecto fisiológico da interface pleuropulmonar 
(representado pelo “sinal da praia”) é perdido. 
Na presença de pneumotórax, observaremos o “sinal da estratosfera”, 
também denominado “código de barras”, que confirma a ausência de 
deslizamento pleural. 
 
 
 
4
9 
49 
Na COVID-19, a exemplo do derrame pleural, o pneumotórax não é uma 
apresentação usual. Entretanto, esta é uma complicação possível durante o 
tratamento de pacientes em ventilação mecânica invasiva e a US pode fazer 
parte do arsenal diagnóstico desses pacientes. 
 
Enfisema subcutâneo 
É a presença de ar contido no subcutâneo. Na vigência dessa condição, 
observam-se as linhas E, que são linhas verticais. Essas linhas não surgem da 
linha pleural, mas do tecido subcutâneo; como o ar está no subcutâneo (ou seja, 
não se movimenta com a respiração), essas linhas não são sincronizadas com 
os movimentos respiratórios. 
As linhas E são bem definidas e também apagam as linhas A e, portanto, 
podem ser confundidas com as linhas B verdadeiras. 
DESTAQUES NA COVID-19 
Conforme relatado por diversos autores, as áreas superficiais (periféricas) 
basais dos pulmões são as mais afetadas na COVID-19 . 
O acesso a essas regiões pela US é bastante satisfatório, o que faz este 
método uma importante ferramenta auxiliar nessa doença. Entretanto, ainda não 
temos dados na literatura significativos acerca da sensibilidade da US nos 
diferentes graus de acometimento pleuropulmonar na COVID-19 para 
estabelecê-la como método de triagem. 
Alguns achados na TC de tórax de alta resolução mostram concordância 
com aspectos ultrassonográficos. Espessamento, irregularidade pleural e 
consolidações são bem caracterizados em ambos os métodos. Opacidades em 
vidro fosco na TC de alta resolução correspondem às múltiplas linhas B 
coalescentes na US, às vezes com aspecto de pulmão branco, de distribuição 
heterogênea pelo parênquima pulmonar, diferente do aspecto homogêneo do 
edema pulmonar. 
Conforme a doença progride (com pico entre 9 e 13 dias do início dos 
sintomas), aumentam as áreas de linhas B coalescentes na US, que indicam 
 
 
 
5
0 
50 
tanto o aumento das áreas de vidro fosco como o surgimento da pavimentação 
em mosaico na TC. Além disso, surgem consolidações, geralmente pequenas e 
subpleurais. 
 
 
O RELATÓRIO DA US DE TÓRAX 
No relatório da US de tórax devem constar os achados principais de cada 
região torácica avaliada, sendo seis em cada hemitórax. Em cada registro 
fotográfico é importante identificá-las . 
(Recomenda-se relatar nos casos normais: a integridade, regularidade e 
espessura da pleura (atenção ao espessamento pleural, que é um achado inicial 
na COVID-19); a presença de deslizamento pleural; e a presença das linhas A.). 
É importante negar a presença de derrame pleural. Nos casos alterados, relatar 
os achados patológicos e qual perfil predominante de cada região avaliada. 
Caso seja possível, é interessante comparar cada região com exame US 
prévio, a fim de caracterizar a evolução do quadro. 
Achados como espessamento pleural, presença de mais que duas linhas 
B ou linhas B coalescentes por espaço intercostal e consolidações subpleurais 
devem ser criteriosamente avaliados em paciente com suspeita ou diagnóstico 
confirmado da COVID-19, lembrando que esses achados não são 
patognomônicos dessa condição. 
 
 
SUGESTÃO DE RELATÓRIO 
US de tórax 
1 - Técnica: Exame realizado com transdutor convexo (baixa frequência) 
e/ou linear (alta frequência), com o paciente em decúbitos horizontais 
dorsal e laterais e/ou sentado. 
 
 
 
 
5
1 
51 
2 - Pulmões: Foi realizada a varredura dos espaços intercostais, dividindo 
cada hemitórax em seis regiões, sendo encontrados os principais achados 
pulmonares conforme descritos no quadro abaixo: 
Região Pulmão direito Pulmão esquerdo 
1. Anterossuperior 
2. Anteroinferior 
3. Lateral superior 
4. Lateral inferior 
5. Posterossuperior 
6. Posteroinferior 
 
1 - Cada célula do quadro pode ser preenchida com os seguintes 
conteúdos (legenda): 
A - Só foram encontradas linhas A ou até duas linhas B por espaço 
intercostal (aeração normal). 
B1 - Foram encontradas mais que duas linhas B por espaço intercostal 
(espessamento de septos interlobulares ou intralobulares periféricos puro). 
B2 - Foram encontradas linhas B coalescentes (“vidro fosco 
ultrassonográfico”). 
C - Foram encontradas consolidações periféricas, porém pequenas, 
inferiores a 2,5 cm. 
CC - Foram encontradas consolidações periféricas, porém maiores que 
2,5 cm. 
CCC - Foi encontrada consolidação lobar. 
AAA - Foi encontrada atelectasia pulmonar. 
Obs.: Caso haja duas ou mais alterações em uma mesma região, deve 
prevalecer a mais grave ou mais importante no quadro clínico em questão. Caso 
seja importante relatar duas alterações na mesma região, pode-se utilizar o 
modelo: B2 + AAA, por exemplo, para indicar que há linhas B coalescentes e 
atelectasias pulmonares em uma mesma região. 
 
 
 
5
2 
52 
2 - Pleura: Descrever eventuais espessamentos e/ou irregularidades 
pleurais, bem como fazer a avaliação dos espaços pleurais: espaços pleurais 
virtuais ou presença de “pequeno/moderado/volumoso” derrame pleural à 
“direita/esquerda/bilateral”. O derrame é líquido homogêneo ou contém 
septos/loculações/nódulos (especificar). Se houver pneumotórax, também deve 
ser relatado aqui. 
3 - Mobilidade diafragmática: Descrever eventual redução ou paralisia da 
mobilidade diafragmática de algum ou ambos os hemitórax. 
4 - Parede torácica: Não foram encontradas alterações 
significativas ou presença de enfisema de subcutâneo e/ou fratura de arco costal 
em determinada região. 
5 - Outros achados: Descrever eventuais achados que podem ser 
encontrados no exame, por exemplo, derrame pericárdico ou alterações 
significativas da transição toracoabdominal, como o calibre da veia cava inferior, 
importante em pacientes com choque hipovolêmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5
3 
53 
REFERENCIAS 
Lichtenstein DA, Mezière GA. Relevance of lung ultrasound in the diagnosis of 
acute respiratory failure: the BLUE protocol. Chest. 2008;134:117-25. 
 
Ianniello S, Di Giacomo V, Sessa B, et al. First-line sonographic diagnosis of 
pneumothorax in major trauma: accuracy of e-FAST and comparison with 
multidetector computed tomography. Radiol Med. 2014;119:674-80. 
 
Perera P, Mailhot T, Riley D, et al. The RUSH exam: Rapid Ultrasound in SHock 
in the evaluation of the critically ill. Emerg Med Clin North Am. 2010;28:29-56, vii. 
 
Stock KF, Horn R, Mathis G. Lungenultraschall-Protokoll. München: Universität 
München; 2020. 
 
Buonsenso D, Pata D, Chiaretti A. COVID-19 outbreak: less stethoscope, more 
ultrasound. Lancet Respir Med. 2020;8:e27. 
 
Piscaglia F, Stefanini F, Cantisani VS, et al. Benefits, open questions and 
challenges of the use of ultrasound in the COVID-19 pandemic era. The views of 
a panel of worldwide international experts. Ultraschall Med. 2020 Apr 15. [Epub 
ahead of print]. 
 
Zhu N, Zhang D, Wang W, et al. A novel coronavirus from patients with 
pneumonia in China, 2019. N Engl J Med. 2020;382:727-33.World Health Organization. Infection prevention and control during health care 
when COVID-19 is suspected. [cited 2020 Mar 15]. Available 
from: https://www.who.int/publications-detail/infection-prevention-and-control-
during-health-care-when-novel-coronavirus-(ncov)-infection-is-suspected-
20200125. [ Links ] 
https://www.who.int/publications-detail/infection-prevention-and-control-during-health-care-when-novel-coronavirus-(ncov)-infection-is-suspected-20200125
https://www.who.int/publications-detail/infection-prevention-and-control-during-health-care-when-novel-coronavirus-(ncov)-infection-is-suspected-20200125
https://www.who.int/publications-detail/infection-prevention-and-control-during-health-care-when-novel-coronavirus-(ncov)-infection-is-suspected-20200125
javascript:void(0);
 
 
 
5
4 
54 
 
Soldati G, Smargiassi A, Inchingolo R, et al. Proposal for international 
standardization of the use of lung ultrasound for patients with COVID-19: a 
simple, quantitative, reproducible method. J Ultrasound Med. 2020 Mar 30. [Epub 
ahead of print]. 
 
Havelock T, Teoh R, Laws D, et al. Pleural procedures and thoracic ultrasound: 
British Thoracic Society Pleural Disease Guideline 2010. Thorax. 2010;65 Suppl 
2:i61-76. 
 
Francisco Neto MJ, Rahal Junior A, Vieira FAC, et al. Advances in lung 
ultrasound. Einstein (São Paulo). 2016;14:443-8. 
 
Lichtenstein DA, Mezière GA, Lagoueyte JF, et al. A-lines and B-lines: lung 
ultrasound as a bedside tool for predicting pulmonary artery occlusion pressure 
in the critically ill. Chest. 2009;136:1014-20. 
 
Lichtenstein D, Mezière G, Biderman P, et al. The comet-tail artifact. An 
ultrasound sign of alveolar-interstitial syndrome. Am J Respir Crit Care Med. 
1997;156:1640-6. 
 
Volpicelli G, Elbarbary M, Blaivas M, et al. International evidence-based 
recommendations for point-of-care lung ultrasound. Intensive Care Med. 
2012;38:577-91.

Continue navegando