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Fichamento visita escolar

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Disciplina: Psicodiagnóstico Interventivo 	 
Semestre: 8°
Fichamento: Visita Escolar
Referência: GUIRINGHELLO, L.&BORGES, S.L.P., Interlocuções entre a clínica psicológica e a escola no psicodiagnóstico Interventivo. In: ANCONA-LOPES, S. psicodiagnóstico Interventivo: evolução de uma prática. Cap 7. São Paulo: Cortez, 2013. 
Os encaminhamentos para atendimento de crianças em grande parte são queixas relacionadas a problema de aprendizagem. O psicodiagnóstico interventivo tem como pressuposto compreender a criança em seu contexto escolar, como a família se relaciona com a escola, e como a escola se relaciona com a família e com a criança. A visita contribui também para aproximar o psicólogo clínico da escola e para desmistificar a sua atuação.
Os pais muitas vezes colocam suas expectativas em seus filhos e acreditam que a escola faz parte de todo esse projeto que eles acreditam ser o melhor para o filho de acordo com as suas concepções e a escola aparece nesse sentido como possibilidade de mudança e oferta de oportunidade, é lá que a criança faz conquistas, descobre amigos, adquire autonomia e se exercita para ser um futuro adulto e cidadão.
No psicodiagnóstico interventivo independente da queixa trazida pelos pais é realizada a visita escolar porque assim é aberta novas possibilidades de compreensão de como a criança se relaciona com o contexto escolar, professor, amigos de classe, diretoria e demais envolvidos no ambiente escolar.
Para um melhor andamento do processo de psicodiagnóstico é necessário que os pais e a escola estejam esclarecidos quanto aos seus objetivos, além de concordarem com a sua realização. É importante lembrar que durante a visita é preciso tomar o máximo de cuidado para que a criança não fique exposta diante dos colegas e seja identificada como aquela que está sendo observada, ou como uma criança problemática.
Avoglia (2006) propõe fazer uma entrevista com a professora para saber como a criança se comporta na sala de aula e como é o seu relacionamento com ela e com os colegas
Na perspectiva do psicodiagnóstico interventivo, após concluída a visita, preparamos uma sessão para os pais na qual expomos nossas impressões sobre o papel da escola na etapa do processo de aprendizagem em que a criança se encontra, as relações pessoais que ela estabelece no ambiente escolar, abordando a estrutura, recursos e condições da escola.
Segundo Santos (2002), os cadernos escolares são como um retrato da criança, e que a análise deste material permite compreender melhor a sua capacidade de entrar em contato com a realidade, perceber e conhecer os objetos que nela se encontram e fazer uma avaliação das funções cognitivas, como memória, linguagem, percepção, habilidades visuais e espaciais. 
No processo de psicodiagnóstico interventivo, a análise do material escolar e das visitas à escola fornece indicadores que auxiliam a pensar em vários aspectos que poderão ser abordados com os professores, pais e crianças. Pode ajudar a mediar situações de conflito familiares ou escolares, porque a maneira como o professor se dirige ao aluno expressa muitas vezes não apenas uma avaliação dos conteúdos ministrados, mas também suas expectativas em relação ao estudante que se estabelecem diante das dificuldades, e a descobrir novas estratégias para lidar com estas situações.
Nessa medida, o psicodiagnóstico interventivo permite às pessoas envolvidas abrirem-se ao outro, deixando de lado preconceitos, na tentativa de penetrar de maneira espontânea nas intuições, compartilhar percepções, sentimentos e sensações, que possibilitam melhor compreender a vivência da criança em relação às questões escolares.

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