Tipos de aborto

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Araguaína - TO 
2023 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS 
 
 
KAYO HENRIQUE DINIZ DE SOUZA MACEDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TICS: TIPOS DE ABORTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• ATIVIDADE: Quais os tipos de aborto? 
Existem vários tipos de aborto, cada um com características diferentes. Os prin-
cipais tipos de aborto incluem: 
• Aborto Espontâneo: Também conhecido como aborto natural, ocorre de forma 
involuntária quando a gravidez é interrompida antes do feto atingir a capaci-
dade de sobreviver fora do útero. Pode ser causado por anormalidades gené-
ticas, problemas uterinos, infecções, entre outros fatores. 
• Aborto Induzido: O aborto induzido é a interrupção deliberada da gravidez por 
meio de procedimentos médicos ou cirúrgicos. Pode ser realizado por diversas 
razões, como decisão da mãe, razões de saúde, ou em casos de gravidez in-
desejada. 
• Aborto Terapêutico: Um aborto terapêutico é realizado quando a gravidez ame-
aça a saúde da mãe. É uma intervenção médica necessária para proteger a 
vida ou a saúde da mulher grávida. 
• Aborto Medicamentoso: O aborto medicamentoso envolve o uso de medica-
mentos, como o mifepristone e o misoprostol, para induzir o aborto em um am-
biente médico supervisionado. Geralmente é uma opção para abortos no início 
da gravidez. 
• Aborto Cirúrgico: Os abortos cirúrgicos são procedimentos realizados por um 
médico para remover o feto do útero. Existem diferentes métodos cirúrgicos, 
como a aspiração a vácuo e a dilatação e curetagem (D&C). 
 
 
 
 
 
 
 
• RELAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA: 
Como médico, é fundamental entender a importância de estar bem informado 
sobre os tipos de aborto, pois isso permite uma abordagem mais eficaz e compassiva 
ao lidar com pacientes que enfrentam essa situação delicada. 
Ao realizar uma anamnese, é importante coletar informações detalhadas sobre 
a história da paciente, incluindo a idade gestacional, a presença de sangramento 
vaginal, cólicas, a presença de fatores de risco, como doenças crônicas ou uso de 
medicamentos, e quaisquer sintomas associados. Também é crucial explorar as 
razões subjacentes para o aborto, seja ele espontâneo ou induzido, para fornecer 
apoio emocional adequado. 
No exame físico, é necessário avaliar a estabilidade hemodinâmica da paciente, 
observando sinais de choque, como taquicardia ou hipotensão, que podem estar 
presentes em casos de aborto com sangramento significativo. A avaliação do 
abdômen e pelve é importante para identificar sensibilidade, massas ou sinais de 
infecção. Além disso, uma inspeção cuidadosa do colo do útero pode revelar dilatação 
ou presença de produtos de concepção. 
Exames específicos desempenham um papel fundamental na confirmação do 
diagnóstico e na determinação do tipo de aborto. Uma ultrassonografia pode ser 
usada para avaliar a idade gestacional, identificar a presença de produtos de 
concepção no útero e verificar se há anormalidades fetais. Testes laboratoriais, como 
a dosagem de beta-hCG e hemograma completo, ajudam a avaliar a gravidade do 
sangramento e a função do organismo. 
A abordagem terapêutica varia de acordo com o tipo de aborto. No caso de 
aborto espontâneo, o tratamento pode ser expectante, aguardando a expulsão natural 
dos produtos de concepção, ou pode envolver intervenção médica ou cirúrgica, 
dependendo da gravidade da situação. É essencial fornecer suporte emocional 
durante esse processo, já que a perda de uma gravidez pode ser emocionalmente 
desafiadora. Em situações de aborto induzido, é crucial conduzir a paciente com 
empatia e respeito, garantindo que suas decisões sejam respeitadas e que ela receba 
informações claras sobre os procedimentos, riscos e alternativas. A abordagem 
terapêutica pode envolver a administração segura de medicamentos ou a realização 
de um procedimento cirúrgico, de acordo com as leis locais e as preferências da 
paciente. 
• REFERÊNCIAS: 
ALVES, L. S., & GOMES, C. M.. Aborto no Brasil: uma revisão sistemática da 
literatura. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 23(1), 199-212; 2023. 
FERNANDES, A. C., SOARES, M. M., & Diniz, D. S.. Aborto no Brasil: uma análise 
da situação atual e perspectivas. Revista de Saúde Pública, 56(4), 1-12; 2022. 
REZENDE,J.; MONTENEGRO, C.A.B. Obstetrícia fundamental. 14ª ed. São Paulo: 
Grupo GEN, 2017.