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19
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
ALINE DIAS FRANCISCO SANTOS
MICROCEFALIA NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
RIO DE JANEIRO
2019
ALINE DIAS FRANCISCO SANTOS
MICROCEFALIA NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Trabalho de conclusão de curso apresentado à UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Orientadora: Profª.: Ma. Valquíria Aparecida Dias Caprioli.
RIO DE JANEIRO
2019
Esta conquista eu dedico aos meus pais, que não se encontram mais neste momento presente. Eles me deram o caminho inicial rumo à minha vitoria, à minha filha Tainá, à minha amiga Sedaria Tribulsie, que sempre me apoiou dando força, mesmo de longe nos meus sonhos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a instituição Famad das Ass. Sra.Telma, Rosangela e a minha supervisora Graça Seabra que me passou seu conhecimento na área e a todos da instituição que me acolheram com muito amor e carinho.
Às minhas autoras Ana e Graça, que quando pensei em desistir estiveram sempre ali, não permitindo que eu parasse.
Aos meus amigos e irmãos, coordenadora Bruna, recentemente na unidade, que me apoiaram e ajudaram, entre trabalho da faculdade e estágio conseguir concluir essa trajetória.
Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.
(Isaías Cap. 41).
SANTOS, Aline Dias Francisco. Microcefalia no Âmbito da Educação Inclusiva. 2019. 35 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso em Serviço Social – UNOPAR, Rio de Janeiro, 2019.
RESUMO
Diante do contexto histórico da Educação inclusiva e o seu objetivo de perceber e entender as necessidades específicas de todos os sujeitos-alunos, em um sistema regular de ensino, sabe-se que a discussão sobre essa temática não é de hoje, perpassa por diversos momentos ao longo da história da inclusão da pesoa com deficiência. Recentemente uma nova preocupação surgiu com os casos de microcefalia no Brasil, que além de deixar as famílias transtornadas com as sequelas deixadas em seus filhos, tornou-se fundamental pensar em como inserir essas crianças no contexto escolar com a sua devida assistência social. Após o aumento dos casos de crianças diagnosticadas com microcefalia no segundo semestre de 2015 e a confirmação pelo Ministério da Saúde da relação entre o Zika vírus e a microcefalia, inquietou as autoridades e chamou a atenção dos pesquisadores, pois segundo os estudos recentes, a microcefalia não é a única complicação que o Zika vírus pode causar aos bebês nascidos de mulheres infectadas. Nesse contexto, torna-se importante refletir sobre essa temática no âmbito da inclusão social dessas crianças através da educação inclusiva nas escolas, para que possam ter o direito de aprender como as outros educandos, de ter o seu desenvolvimento estimulado através do acompanhamento de profissionais que possam atender suas necessidades e propor aprendizagens diferentes para que a criança consiga compreender suas dificuldades e superá-las. Do mesmo modo, fazer o acompanhamento das famílias, para que tenham todo o suporte que necessitam. Dessa forma, o objetivo deste estudo justifica-se pela necessidade de reflir sobre o futuro da educação das crianças que nasceram com microcefalia e seu devido acompanhamento profissional. Além disso, mostrar a importância da Educação Inclusiva para o desenvolvimento dessas crianças. Sobre esse aspecto, este estudo é de grande relevância no sentido de aprofundar o conhecimento sobre essa temática e por se tratar de um problema recente da sociedade brasileira. Similarmente, dar maior visibilidade aos cuidados com os casos de microcefalia no âmbito da Educação Inclusiva, bem como averiguar como essa assistência tem sido feita desde o início. 
Palavras-chave: Educação Inclusiva, Microcefalia, Assistência Social.
SANTOS, Aline Dias Francisco. Microcephaly in Inclusive Education. 2019. 35 sheets. Final Paper in Social Work - UNOPAR, Rio de Janeiro, 2019.
ABSTRACT
Given the historical context of inclusive education and its objective to understand and understand the specific needs of all student subjects, in a regular education system, it is known that the discussion on this subject is not from today, it goes through several moments throughout the history of inclusion of people with disabilities. Recently a new concern has arisen with the cases of microcephaly in Brazil, which besides leaving families upset with the sequelae left on their children, it has become fundamental to think about how to insert these children in the school context with their proper social assistance. After the increase in cases of children diagnosed with microcephaly in the second half of 2015 and the confirmation by the Ministry of Health of the relationship between Zika virus and microcephaly, worried the authorities and drew the attention of researchers, because according to recent studies, microcephaly It is not the only complication that Zika virus can cause to babies born to infected women. In this context, it is important to reflect on this issue in the context of social inclusion of these children through inclusive education in schools, so that they can have the right to learn like other students, to have their development stimulated through the accompaniment of professionals who can meet their needs and propose different learning so that the child can understand their difficulties and overcome them. Likewise, accompany families so that they have all the support they need. Thus, the objective of this study is justified by the need to reflect on the future education of children born with microcephaly and their proper professional monitoring. Also, show the importance of Inclusive Education for the development of these children. In this regard, this study is of great relevance in the sense of deepening the knowledge on this subject and because it is a recent problem of Brazilian society. Similarly, giving greater visibility to microcephaly care in Inclusive Education, as well as how this assistance has been provided since the beginning.
Keywords: Inclusive Education, Microcephaly, Social Assistance.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
	AEE
BPC
CIDID
CIEVS
CRAS
CREAS
ECA
INSS
LDB
LDBEN
LIBRAS
LOAS
MEC
MS
NASF
OMS
OPAS
PAEFI
PDE
PEI
PNE
RENEZIKA
SUAS
SECADI
SECADI
SUS
TEA
	Atendimento Educacional Especializado
Benefício de Prestação Continuada
Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens
Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde
Centro de Referência de Assistência Social
Centro de Referência Especializado de Assistência Social
Estatuto da Criança e do Adolescente
Instituto Nacional do Seguro Social
Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
Língua Brasileira de Sinais
Lei Orgânica de Assistência Social
Ministério da Educação
Ministério da Saúde
Núcleo de Saúde da Família
Organização Mundial de Saúde
Organização Pan-americana da Saúde
Proteção e Atendimento Especializado de Assistência Social
Plano de Desenvolvimento da Educação
Plano de Ensino Individual
Plano Nacional da Educação
Rede Nacional de Especialistas em Zika e doenças correlatas
Sistema Único de Assistência Social
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão
Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo
Sistema Único de Saúde
Transtornos do Aspectro Autista 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	10
2 TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL	12
2.1 CONTEXTO HISTÓRICO	12
2.2 LEGISLAÇÃO	15
2.3 PROFISSIONAIS E DEMANDAS...........................................................................19
3 MICROCEFALIA E EDUCAÇÃO INCLUSIVA	20
3.1 ORIGEM DA MICROCEFALIA	20
3.2 INCLUSÃO DE CRIANÇA COM MICROCEFALIA NA ESCOLA	23
3.3 DESAFIOSE PERSPECTIVAS	26
4 PROTEÇÃO SOCIAL ÀS CRIANÇAS COM MICROCEFALIA	27
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	30
REFERÊNCIAS	32
1 INTRODUÇÃO
Aponta-se que a Educação Inclusiva tem ganhado cada vez mais relevância nos últimos anos, está presente em debates e discussões que viabilizam o acesso da pessoa com deficiência na escola, assim como a capacitação dos profissionais e a adequação do local para atender às demandas dessa modalidade de Educação.
Nos últimos anos foi dado maior relevância a essa modalidade de ensino, no entanto, não o suficiênte para atender todas as demandas da sociedade. Acredita-se que ainda exista uma enorme carência de profissionais qualificados para atender as novas demandas de inclusão social. E é exatamente no contexto escolar que essa demanda exige um dos maiores cuidados e preparo dos profissionais, pois é nesse espaço que os professores precisam atender a todos com os diferentes casos de educandos com deficiência e suas especificidades. Do mesmo, a escola precisa estar preparada para recebê-los e garantir que esses educandos tenham acesso ao ensino e possam desenvolver suas habilidades e potencialidades, descobrindo suas limitações e superando-as. 
Sobre esse contexto, diante dos casos de Microcefalia que surgiram entre os anos de 2015 e 2016, a Educação inclusiva passou a ter uma nova discussão sobre a temática de inclusão, já que se trata de uma nova preocupação social.
Dessa forma, este estudo objetiva dar maior visibilidade à temática da inclusão de crianças com microcefalia no âmbito educacional. Do mesmo modo, aprofundar o conhecimento sobre a gravidade das sequelas através do diagnóstico, para entender as necessidades específicas da criança e identificar os resultados positivos que a inclusão escolar pode significar para o seu desenvolvimento.
Sobre esse aspecto, a microcefalia se tornou também uma das discussões mais relevantes para a educação inclusiva, uma vez que a criança necessita que a escola entenda as suas necessidades específicas, pois é através da educação inclusiva que o indivíduo aprende a lidar com as dificuldades, obstáculos e as diferenças.
No Brasil, os esforços por uma educação inclusiva para as crianças com microcefalia tem um caráter inédito, pois os casos geraram grande repercussão tanto para as famílias, como nos âmbitos da saúde, educação, Serviço Social e políticas públicas. Um desafio após a epidemia do Zika vírus, que causou a microcefalia e deixou muitas crianças necessitadas de um suporte especializado para o seu desenvolvimeento. Nesse sentido, faz-se necessário pensar acerca do processo de inclusão ecolar dessas crianças, pois a demanda dos casos é preocupante, no sentido de adequar e tornar as escolas acessíveis para atender esse novo público no âmbito da educação inclusiva.
Esta pesquisa se justifica-se pela necessidade de se fazer refletir sobre o futuro das crianças com microcefalia para o seu desenvolvimento cognitivo, interação social, superação das dificuldades, limitações e frequentar escolas regulares seja possível. Nesse sentido, pensar na capacitação de profissionais para atender as novas demandas de necessidades específicas que chegarão às escolas gradativamente. 
Dessa forma, a adequação dos espaços educacionais e o atendimento especializado para atender as crianças com microcefalia faz-se prioridade nesse novo momento de se fazer inclusão, pois será comum os indivíduos com microcefalia apresentarem dificuldades de aprendizados, além de suas limitações.
Este estudo tem embasamento teórico na pesquisa exploratório-descritivo, com abordagem quantitativa e informações de dados sobre a temática abordada, para que seja feito um aprofundamento da questão em debate neste trabalho. Através de livros, artigos e publicações em revistas.
Assim, este estudo discute sobre o contexto histórico da Educação Inclusiva no Brasil em diferentes épocas. Após o surgimento dessa modalidade de educação e como ela é desenvolvida nos dias atuais com as novas demandas. Nessa perspectiva, é levado ao debate as leis que asseguram os direitos da inclusão da pessoa com deficiência e como isso tem sido feito desde o princípio. Da mesma forma, a pesquisa busca entender como a sociedade reage diante dessa nova problemática de inclusão das crianças com microcefalia no contexto escolar. Nessa perspectiva, averiguar como a escola tem encarado esse novo desafio junto com os profissionais que irão lidar com essas crianças. 
2 TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL
2.1 CONTEXTO HISTÓRICO
A Educação Inclusiva no Brasil teve seu surgimento a partir de diferentes momentos e contextos ao longo do tempo. Nessa perspectiva, essa modalidade de Educação visa ampla participação de todos os estudantes nas instituições de ensino regular, idependentemente das necessidades específicas do educando.
É importante saber que na década de 1990, foi dado início um novo movimento de inclusão que tem continuidade até os dias de hoje. Essa inquietação tem como objetivo a inclusão plena de todos os educandos de ensino regular desde a Educação Infantil. Nessa perspectiva, crianças, jovens e adultos com deficiência têm o direito de aprender como os demais alunos, independentemente das suas diferenças (BAHIA, 2012, p. 28).
Conforme Hazard (2007, p. 12), “teoricamente as pessoas com deficiência usufruem dos mesmos direitos que os demais cidadãos.” Porém, é evidente o quando a sociedade ainda discrimina essas pessoas, pois isso tudo é resultado de um longo processo de exclusão que esses grupos enfrentaram ao longo da história. Consequentemente, esse preconceito ainda enraizado faz da pessoa com deficiência um dos sujeitos mais vulneráveis da sociedade contemporânea.
Para Pitta (2007-2008, p. 21), “o processo histórico revela que a pessoa com deficiência passou a ser alvo da construção de um indivíduo sem perspectiva de vida, colocado e mantido à margem, por não fazer parte do padrão de “normalidade” social.” 
Cabe considerar que a sociedade de hoje é resultado e consequência de uma sociedade de ontem. Ou seja, a história da pessoas com deficiência e os tratamentos voltados para elas em todo o mundo permitem um melhor entendimento sobre os principais discriminação que se passa a sociedade humana até os dias de hoje.
Os preconceitos são inúmeros. Além de imperfeita, inútil, in capaz e dependente, costuma-se pensar que a pessoa com defi ciência é doente e precisa essencialmente de cuidados médicos ou de cura. Pensa-se que ela não tem vontade própria, que não tem sexualidade e às vezes nem sexo, e que não pode ter filhos. Seguem-se os estigmas para cada deficiência: a do surdo, de que é mudo; a do cego, de que não ouve; a do paralisado cerebral, de que é deficiente mental; a da pessoa com seqüelas de hanseníase, de que é um “leproso” contagioso (HAZARD, 2007, p. 15).
Hazard (2007) ressalta que faz-se necessário entender que mesmo muitas dessas ideias estarem apenas nos pensamentos inconscientes das pessoas, elas podem contribuir para a exclusão da pessoa com deficiência. Deste modo, é fundamental desconstruir qualquer forma de preconceito, ao saber que a pessoa com deficiência é igual a todos e ao mesmo tempo diferente, com suas limitações e características, como qualquer outro tem, em graus e natureza variados.
É importante saber que existem inúmeras denominações diante da pessoa com deficiência. Percebe-se que a maioria delas são inapropriadas, mas muito utilizado até hoje pelas pessoas, como as expressões: “aleijado”, “débil mental”, “capenga”, “surdo-mudo”, “ceguinho”, “mudinho”, entre outras denominações que inferiorizam a pessoa, mesmo que não seja essa a intenção. Essas denominações sempre estiveram em debates no decorrer dos últimos anos e chegaram a ter várias interpretações (HAZARD, 2007, p. 16). Em algum momento da história, várias dessas expressões foram tidas como algo normal na sociedade, mas que mudou conforme o tempo foi passando, assim como as conquistas de seus direitos com contínuas lutas. Dessa forma, muitas dessas denominações e expressões sãoinadimissíveis para alguns grupos de pessoas com deficiência, como é o caso da expressão “surdo-mudo”, para a comunidade surda. Para os surdos, essa expressão não é válida porque eles são apenas surdos, não possuem, na sua grande maioria, nenhum problema no seu aparelho fonador (conjunto de órgãos e estruturas que produzem o som da fala). Eles não falam porque não ouvem, pela deficiência auditiva.
Da mesma forma, outras pessoas com diferentes tipos de deficiências podem se sentir ofendidas e/ou inferiores, diante da conduta inadequada quando se dirige a palavra ou quando se fala da sua deficiência.
Como cita Nunes (2014, p. 119) apud Mendes (2016), alguns fatores foram fundamentais para a mudança de pensamento das pessoas diante da inclusão de pessoas com deficiência ao longo da história, como os movimentos sociais, algumas pesquisas ciêntíficas que comprovaram que pessoas com deficiência, antes considerados incapazes de aprender, poderiam desenvolver uma aprendizagem como qualquer outro e a cobrança por políticas públicas advindas de grupos de pessoas com deficiência e seus familiares, com a intenção de lutar pela garantia de seus direitos e combater o preconceito.
Vale lembrar que“Conferência Mundial de Educação para todos, na Tailâncdia, em 1990 e a Conferência Mundial Sobre Necessidades Educativas Especiais, na Espanha, 1994, deu origem a Declaração de Salamanca[footnoteRef:1]” (NUNES, 2014). [1: É uma resolução das Nações Unidas que trata dos princípios, política e prática em educação especial.] 
A Declaração de Salamanca ajudou a expandir o conceito de necessidades educativas especiais para todo aquele que precisasse da adaptação da escola para que suas necessidades fossem atendidas e a escolarização, assim, pudesse se encaminhar. Nesse sentido, a educação inclusiva nos lembra que não apenas os alunos com deficiência têm sofrido dificuldades de inserção nos espaços escolares. É a partir desse marco que a educação inclusiva vai se popularizando, partindo sim da educação especial, mas vislumbrando uma nova concepção de educação: a escola precisa incluir não apenas os “especiais”, mas todos os alunos (NUNES, 2014, p. 1109).
A autora enfatiza que a Educação especial tem sua fundamental importância com relação as particularidades dos alunos com deficiência, no entanto, torna-se necessário uma Educação Inclusiva que, além de atender as crianças com deficiência, possa de fato ser, democraticamente para todos.
Visando sistematizar, pensar e afirmar uma Educação dita Inclusiva é algo desafiador para a sociedade e instituições de ensino, pois ao longo da história as pessoas com deficiência passaram por um extenso período de estigmação social e a constituição de espaços segregados (NEVES, 2019, p. 12).
Diante a contramão deste processo de inclusão, pretende-se ir além da inserção dos alunos na escola, exigindo uma mudança na estrutura social vigente, no sentido de se organizar uma sociedade que atenda aos interesses de todas as pessoas, indiscriminadamente. Sabe-se que o Capitalismo gera a exclusão social, e neste aspecto, as práticas integracionistas favorecem a manutenção deste sistema quando propõe que cabe a cada pessoa adaptar-se à estrutura social vigente. Já o processo de inclusão denuncia as desigualdades e o desrespeito às minorias, reivindicando não só a mudança de estrutura física, mas também de concepções pensamento e planejamentos de sociedade, procura-se uma nova forma de organização social em que as diferenças individuais sejam respeitadas e não menosprezadas (CAMARGO, 2017, p. 683).
Sobre esse aspecto, é fundamental pensar na inclusão da criança com deficiência, porém, torna-se um grande desafio colocar em prática, pois uma sociedade capitalista, organizada de forma excludente ainda prevalece nos dias de hoje. 
De fato, por muito tempo a inclusão do aluno com deficiência foi muito limitado, o ensino praticamente foi oferecido de duas maneiras: o ensino regular e o ensino em escolas especializadas, daí o nome de Educação Especial. Só após algumas ações a favor de melhorias no acesso do aluno com deficiência, sobretudo a partir do XXI, o atendimento especializado passou a ter um novo olhar no sistema educacional brasileiro (SILVA et al., 2017).
A autora ressalta que no passado, as crianças com deficiência não possuiam nehum atendimento específico. Dessa forma, ficavam presas em casa com seus familiares, sem acesso à escola e convívio social. Acredita-se que por esse motivo muitos desses sujeitos eram consideradas “incapazes”, pois não tinham como desenvolver as suas habilidades e competências como qualquer outra pessoa.
2.2 LEGISLAÇÃO
Estima-se que a inclusão de alunos com deficiência passou a ter importância no Brasil ainda no período da colônia portuguesa. Logo depois, a Lei N° 4.024, de 20 de dezembro de 1961, conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) fundamenta o atendimento educacional às pessoas com deficiência. Em seguida, em 11 de agosto de 1971, em plena ditadura militar (1965-1985), a Lei N° 5.692 – Lei de Diretrizes e Bases Educacionais do Brasil, que substitui a anterior. Nesse período, a inclusão não era feita em rede regular, os alunos com deficiência eram destinados a uma escola especial.
A inclusão dos estudantes com deficiência cabe ser lembrado com mais atenção a partir de um marco histórico brasileiro chamado Constituição Federal de 1988, pois ela garante desde o princípio o direito aos grupos sociais considerados marginalizados pela sociedade, como as pessoas com deficiência foram ao longo da história. 
Nos artigos 205 e 206 da Constituição ‘afirma-se, que a Educação é um direito de todos, garantindo o pleno desenvovimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho e a igualdade de condições de acesso e permanência na escola.” No artigo 208, “trata da Educação Básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos, afirma que é dever do Estado garantir “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.” 
Logo após a Constituição Federal de 1988, é sancionado a Lei n° 7.853, de 24 de outubro de 1989, “dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deiciência.” 
No ano seguinte, a Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990, mais conhecida como a Lei do Estatudo da Criança e do Adolescente (ECA) é sancionada. “Ela garante o atentendimento educacional especializado às crianças com deficiência na rede regular. Do mesmo modo, proteção às famílias de crianças nessas condições, tendo prioridade no atendimento e nas políticas públicas.
Com a declaração de Salamanca (1994), passa a ser influência na formulação de políticas públicas voltadas para a Educação Inclusiva. Contuto, ainda no mesmo ano, com a publicação da Política Nacional de Educação Especial, foi proposto a chamada “Integração Institucional”, “que condiciona o acesso ao ensino regular àqueles que “(...) possuem condições de acompanhar e desenvolver as atividades curriculares de ensino comum no mesmo rítimo que os alunos ditos normais” (BAPTISTA, et. al., 2008, p. 8). 
Cabe ressaltar que o texto da Política Nacional de Educação Especial não foi visto como uma boa ação do governo, pois foi considerado um retrocesso. A política excluía grande parte dos alunos com deficiência do ensino regular, colocando-os na Educação Especial, ou seja, separados dos outros alunos “normais” (termo que está em desacordo com os direitos da pessoa com deficiência).
Na Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), possui um capítulo específico da Educação Especial, que afirma os serviços de apoio especializado, quando houver necessidade na escola regular, assim como o atendimento ser realizdo em classes especializadas, quando não for possível a integração em classes comuns. O texto também aborda a formação dos professores, bem como os métodos e currículos, para atender as crianças com deficiência.O Decreto nº 3.298, dispõe sobre a Política Nacional para a integração da pessoa portadora de deficiência à Educação Especial como sendo uma modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de ensino e a destaca como complemento do ensino regular (BAPTISTA, et. al. 2008).
A Lei n° 10172, de 9 de janeiro de 2001, aprova o Plano Nacional da Educação (PNE). Nele destaca-se “que o grande avanço que a década da educação deveria produzir seria a construção de uma escola inclusiva que garantia o atendimento à diversidade humana.”
A resolução CNE/CEB N° 17/2001 cita:
1- Proposta de inclusão de itens ou disciplina acerca dos portadores de necessidades especiais nos currículos dos cursos de 1° e 2° graus (sic.); 2- Outros estudos: a) Desafios para a Educação Especial frente à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. b) Formação de professores para a Educação Inclusiva; c) Recomendações aos Sistemas de Ensino; e d) Referências para a Educação Especial (BRASIL, 2001).
A Lei n° 10.436/02 “reconhece a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como meio legal de comunicação e expressão, “que determina a garantia de seu uso e difusão, como a inclusão da disciplina de Libras nos cursos de formação de professores e fonoaudiologia” (BAPTISTA, et. al. 2008).
Conforme cita Baptista, et. al. 2008), “em 2003, o Ministério da Educação cria o Programa Educação inclusiva: direito à diversidade, visando transformar os sistemas de ensino em sistemas educacionais inclusivos.”
Ainda segundo o mesmo autor cita, no ano 2004 é divulgavo o documento “O acesso de alunos com Deficiência às Escolas e classes comuns da rede regular, com o objetivo de dissiminar os conceitos e diretrizes mundiais para a inclusão.”
Em 2006, é criado o Plano de Educação em Direitos humanos. O documento tem como meta a inclusão dos temas que tenham relação com a pessoa com deficiência nos currículos das escolas. 
No ano seguinte, é lançado o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que trata da infraestrutura das escolas com acessibilidade. No mesmo ano, o Decreto N° 6.094/07, de 24 de abril de 2007:
Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em regime de colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados, e a participação das famílias e da comunidade, mediante programas e ações de assistência técnica e financeira, visando a mobilização social pela melhoria da qualidade da educação básica (BRASIL, 2007).
Em 2008, o Documento “Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva”, “traça o histórico do processo de inclusão e o acompanhamento dos avanços do conhecimento e lutas sociais, visando construir políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para todos (MEC/SEESP, 2007).
De acordo com o Art. 1° do Decreto N° 6.571/2008 da resolução n° 4, de 2 de outubro de 2009, “dispõe sobre o atendimento especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de atendimento educacional especializado da rede pública (BRASIL, 2009).
No Decreto N° 7.612, de 17 de novembro de 2011, no seu art. 1° “fica instituído o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Plano Viver sem Limite[footnoteRef:2], com a finalidade de promover programas e ações (BRASIL, 2011). [2: Mais informações: DEFICIÊNCIA, Viver sem Limite – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com / Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) / Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD) • VIVER SEM LIMITE – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência : SDH-PR/SNPD, 2013.] 
A Lei n° 12. 7.612, de 17 de novembro de 2012, sancionada pela ex-presidenta Dilma Rousseff, em seu Art. 1º “Esta Lei institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e estabelece diretrizes para sua consecução” (BRASIL, 2012).
Em 24 de junho de 2014, entra em vigor o Plano Nacional de Educação (PNE):
Estabelece diretrizes, metas e estratégias para os próximos dez anos da Educação brasileira. Desde a Constituição Federal de 1988, o País tem a obrigação de planejar o futuro de seu ensino, com o objetivo de oferecer uma Educação com mais qualidade para toda população brasileira. Os municípios, estados e o Distrito Federal devem aprovar planos que compreendam as suas realidades, mas que sejam orientados ao PNE (BRASIL, 2018).
Atualmente, conforme publicado no "Todos pela Educação (2019)[footnoteRef:3], o Decreto N° 9.465, de 2 de janeiro de 2019, “cria a secretaria de Modalidades Especializadas de Educação, extinguindo a secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI).” [3: Todos pela educação (ed.). Educação inclusiva: conheça o histórico da legislação sobre inclusão. 2019. Disponível em: <https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/conheca-o-historico-da-legislacao-sobre-inclusao/>.] 
A Secadi pertencia ao Decreto n° 7.690, de 2 de março de 2012, com as seguintes atribuições:
I – planejar, orientar e coordenar, em articulação com os sistemas de ensino, a implementação de políticas para a alfabetização, a educação de jovens e adultos, a educação do campo, a educação escolar indígena, a educação em áreas remanescentes de quilombos, a educação em direitos humanos, a educação ambiental e a educação especial;
II- implementar ações de cooperação técnica e financeira entre a União, Estados, Municípios, Distrito Federal, e organismos nacionais e internacionais, voltadas à alfabetização e educação de jovens e adultos, a educação do campo, a educação escolar indígena, a educação em áreas remanescentes de quilombos, a educação em direitos humanos, a educação ambiental e a educação especial;
III – coordenar ações transversais de educação continuada, alfabetização, diversidade, direitos humanos, educação inclusiva e educação ambiental, visando à efetivação de políticas públicas de que trata esta Secretaria, em todos os níveis, etapas e modalidades; e
IV – apoiar o desenvolvimento de ações de educação continuada, alfabetização, diversidade, direitos humanos, educação inclusiva e educação ambiental, visando à efetivação de políticas públicas intersetoriais. (BRASIL, 2012);
Diante do atual decreto, é possível afirmar que a extinção da Secadi significou um verdadeiro retrocesso no que diz respeito aos direitos da diversidade e a inclusão no âmbito educacional brasileiro.
É importante ressaltar que a legislação brasileira teve grandes avanços ao longo dos anos, no âmbito da inclusão e os direitos humanos, possibilitando o acesso de muitos (crianças, jovens e adultos) em diversos segmentos da sociedade. No entanto, nem sempre o que está na lei é de fato cumprido, muito ainda precisa ser feito para que todos possam ter os seus direitos garantidos como consta na constituição. 
Nesse sentido, é preciso continuar lutando para que as conquistas ao longo da história, no campo da Educação Inclusiva, dos Direitos humanos e da Diversidade, sejam preservadas. Para que possa ser promovido, principalmente, as condições necessárias de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular aos alunos com deficiência e suas necessidades específicas.
2.3 PROFISSIONAIS E DEMANDAS
É necessário investimento em mais políticas educacionais voltadas para a formação inicial e continuada do professor, que garanta mais qualidade no seu trabalho e que possa atender melhor os seus alunos. Do mesmo modo, uma formação que considere a diversidade, no caso específico do educando com deficiência (BAHIA, 2012, p. 20). 
Apesar da formação e capacitação docente serem reconhecidas pelas políticas públicas referentes à educação, a realidade é que os professores não foram e não são formados para uma educação inclusiva, foram formados em um modelo seletivo/excludente para uma escola seletiva/excludente, e tendem a reproduzir este modelo em suas práticas. A proposta de como romper com esse círculo vicioso passa pela formação em um modelo inclusivo para uma escola inclusiva, o que certamente requerprofunda mudança no enfoque da formação acadêmica (CAMARGO, 2017, p. 6837).
Percebe-se que a formação tradicional do professor não tem fundamentação na Educação inclusiva. Deste modo, torna-se inviável aplicar uma Educação inclusiva com profissionais que não conseguem atender adequadamente a criança que necessita de um atendimento diferenciado.
Nessa linha de pensamento, a demanda na escola de alunos com deficiência exige desse profissional um preparo tanto na sua formação acadêmica quanto na sua preparação emocional com os diversos casos e situações que irá ter no contexto escolar. Por isso, torna-se fundamental uma formação contínua e de qualidade, para que possa ser desenvolvido um trabalho com excelência e a escola consiga atender as demandas de todos os educandos, mesmo se tratando de uma demanda diversificada, com diferentes contextos e realidades.
Na perspectiva de uma escola inclusiva, independente do tipo de deficiência, as propostas pedagógicas devem ser de acordo com as necessidades de cada aluno, visto que as deficiências são diversas. Nesse contexto uma escola realmente inclusiva necessita de pessoas preparadas para cada momento desde a entrada do aluno, sua estadia e outras especificidades dentro da escola. Em certos casos os cuidadores são essenciais, como também os intérpretes. Ou o próprio professor deve ser especialista no assunto. (BEZERRA, 2016, p. 3).
Conforme explica Bahia (2012), “é importante assegurar o acesso ao currículo escolar, por meio de práticas pedagógicas diferenciadas que atendam os percursos de aprendizagem de cada estudante”, No entanto, é preciso que haja professores preparados para a realidade da inclusão, não apenas teoricamente, é fundamental que o professor tenha a prática e a vivência de acompanhar cada aluno que está em sala de aula. E tudo isso exige planejamento e estratégias metodológicas de ensino que viabilizam esse trabalho com o educando. 
3 MICROCEFALIA E EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
3.1 ORIGEM DA MICROCEFALIA
Destaca-se a Microcefalia[footnoteRef:4] como uma situação crítica e inédita no Brasil e no mundo, com poucos registros na literatura da medicina até o presente momento. No entanto, o caso chamou a atenção de todos pela gravidade e causa de tal síndrome nos bebês recé-nascidos a partir do ano de 2015. [4: Condição em que a cabeça de um bebê é significativamente menor do que o esperado, muitas vezes devido ao desenvolvimento anormal do cérebro.] 
Cabe ressaltar que “a possibilidade de se tratar de um evento de alta relevância em saúde pública, desencadeou várias respostas da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SUS/MS) (BRASIL, 2017). Em outras palavras, buscou-se aprofundar as informações sobre as possíveis associações epidemiológicas que os casos de microcefalia apontaram ter relação.
A partir das primeiras análises, foi observada forte associação com episódios de exantema nas mães durante os primeiros meses de gravidez desses recém- -nascidos. Entre o amplo espectro de malformações, a microcefalia foi uma característica proeminente e comum a muitos dos casos. Imediatamente, começou a se desenhar uma síndrome congênita, com gravidade variável dos casos e sintomatologia diversa, como artrogripose, malformação da coluna vertebral, ventriculomegalia, microcalcificações no tecido neurológico cerebral, hipotrofia cortical e malformações oculares. Esta nova síndrome passou a ser conhecida nacional e internacionalmente por sua característica predominante, a microcefalia (BRASIL, 2017, p. 11).
Nessa perspectiva, “uma possível associação com a infecção recentemente detectada em território brasileiro passou a ser aventrada: a infecção pelo vírus Zika” (BRASIL, 2017). Tal associação passa a ser investigada com intensificação a fim de desvendar esse problema que passa a preocupar o país, principalmente quem foi infectado com o vírus nesse período.
A partir da associação do vírus da Zika aos casos de microcefalia no Brasil, “essa suspeita se fortaleceu com a detecção de material genético do vírus em pesquisas desenvolvidas por vários laboratórios que ampliavam o conhecimento sobre o agente em circulação no Brasil (BRASIL, 2017, p. 18).
Aponta-se que após o surto de casos de microcefalia no Brasil no segundo semestre do ano de 2015 e início de 2016, o assunto gerou um debate entre as autoridades e pesquisadores nacionais e internacionais. 
Com relação a declaração de epidemia de microcefalia no Brasil, Garcia (2018, p. 12), destaca que “a existência de um sistema de vigilância epidemiológica estruturado no âmbito do SUS, com sistemas consolidados e a atuação do Cievs,[footnoteRef:5] possibilitou a rápida detecção do aumento do número de casos de Microcefalia.” [5: Com o objetivo de aprimorar a resposta às situações de emergência em saúde pública no Brasil, o Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), inaugurou, em outubro de 2005, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS).] 
É impontante pontuar que em 2016, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) iniciaram as investigações sobre o surto de microcefalia no Brasil. E sabe-se que a microcefalia não é a única complicação que o Zika vírus pode causar aos bebês nascidos de mulheres infectadas. Alguns estudos científicos revelam uma gama de efeitos sobre essas crianças.
Nesse sentido, é possível dizer que a microcefalia se tornou uma das maiores preocupações para as mulheres grávidas e que desejam engravidar, pois segundo as pesquisas, o mosquito que pode causar a Zika[footnoteRef:6], Dengue[footnoteRef:7] e Chikungunya[footnoteRef:8], é responsável também pela microcefalia, caso a grávida seja infectada pela picada do mosquito Aedes Aegypti. [6: Doença causada pelo Zika vírus, que é transmitido pela picada de um mosquito.] [7: Doença viral transmitida por mosquitos que ocorrem em áreas tropicais e subtropicais.] [8: Infecção viral transmitida por mosquitos.] 
De posse das evidências produzidas por informações da vigilância epidemiológica nacional e pela identificação do vírus Zika em amostras de sangue, tecidos e órgãos de bebês com malformações, o Ministério da Saúde do Brasil foi pioneiro em declarar comprovada a implicação do vírus Zika na ocorrência do surto de microcefalia ainda em novembro de 2015. Tratava-se de uma associação inesperada e inédita na literatura científica. Contudo, as evidencias existentes até aquele momento não foram consideradas suficientes pelo Comitê de Emergência convocado pela OMS para comprovar que a infecção pelo vírus Zika em gestantes causava microcefalia e outras malformações. Graças a um esforço cientifico coordenado em diversos países, as evidencias faltantes para montar o quebra-cabeça etiológico foram produzidas rapidamente (GARCIA, 2018, p. 21).
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), “microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada.” Pode ser motivado por uma série de fatores de diferentes origens, sendo o Zika vírus o principal responsável por essa sindrome no Brasil entre os anos de 2015 e 2016. Desde então, o país passou por uma epidemia de Zika, Chikungunya e os casos de microcefalia decorrentes do Zika vírus. Após esse momento de tenção, os casos diminuiram, mas as sequelas ficaram.
Enfatiza-se que após ser evidenciado a necessidade imediata de reforços, buscou-se o apoio do Ministério da Saúde e outros órgãos federais, para atuarem na causa da epidemia de microcefalia que o país estava enfrentando (GARCIA, 2018).
Nessa perspectiva, foi criado a Rede Nacional de Especialistas em Zika e doenças correlatas (Renezika), formalizada por meio da Portaria n° 1.046, de 20 de maio de 2016, com os seguintes objetivos:
 I - subsidiar o Ministério da Saúde com informações de pesquisas relacionadas ao vírus Zika e doenças correlatas no âmbito da vigilância, prevenção, controle, mobilização social, atenção à saúde e ao desenvolvimento científico e tecnológico;
II - contribuir na formulação e aperfeiçoamentode protocolos e outros documentos técnicos do Ministério da Saúde relativos ao tema;
III - fortalecer a capacidade de produção de análises epidemiológicas e desenvolvimento de projetos de pesquisa prioritários sobre o assunto para o Sistema Único de Saúde (SUS);
IV - buscar fontes potenciais de financiamento para pesquisas relacionadas ao tema, otimizando a seleção e execução de parcerias;
V - promover a participação em eventos de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica;
VI - apoiar e organizar eventos com especialistas nesta área de atuação; e
VII - fomentar o desenvolvimento de estudos multicêntricos sobre o vírus Zika e doenças correlatas (BRASIL, 2016).
Para Félix (2019), as condições fragilizadas da pobreza e desigualdade social no Brasil colaboraram para a consolidação do Zika vírus no país, caracterizado como um sério problema de saúde. Dessa forma, é possível dizer que o impacto dessa epidemia foi diferente em cada classe, grupo social ou gênero, sendo a região Nordeste a mais atingida com os casos de microcefalia, onde foram registrados os primeiros casos da sídrome no Brasil.
É importante ressaltar que após o anúncio dos casos de microcefalia, o país passou a viver uma instabillidade emocional devido ao futuro incerto dos bebês nascidos nesse momento de medo. A família que teve filho com microcefalia terá de enfrentar a aceitação da diferença no meio externo, assim como outras questões em um contexto de vulnerabilidade social e econômica, tornando-se invisíveis enquanto grupo social (FÉLIX, 2019, p. 4).
Compreende-se que logo depois da epidemia dos casos de microcefalia no Brasil e sua causalidade ter relação com o vírus da Zika durante a gestação, ainda permanecem algumas preocupações que merecem atenção para a prevenção e controle do vírus e suas consequências (GARCIA, 2018, p. 38).
A autora destaca que é de fundamental importância desenvolver algumas medidas a serem tomadas após o surto da microcefalia no país, pois as criança com a sídrome merecem e necessitam da atenção das autoridades, junto com os familiares dessas crianças. Dessa forma, faz-se necessário ter o aprimoramento de novas estratégias para o controle e prevenção do Aedes Aegypti. 
3.2 INCLUSÃO DA CRIANÇA COM MICROCEFALIA NA ESCOLA
Após o grande número de casos de microcefalia no Brasil, procurou-se maneiras de amenizar o sofrimento das famílias que tiveram filhos com essa síndrome no país. Nessa perspectiva, pensou-se também na educação dessas crianças, pois é um direito de todos. 
Nesse mesmo contexto, as crianças com microcefalia se enquadram na Educação inclusiva pela necessidade de um atendimento diferente e especializado, com profissionais que possam atender as suas necessidades específicas que cada criança com deficiência possue.
A microcefalia é associada com retardo mental, agregada a problemas de locomoção, surdez e convulsões, exceto nas de origem familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. Cada caso determina o tipo e o nível de gravidade, desse modo os tratamentos devem ser realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida (SEIBT, 2017).
Dessa forma, surge a preocupação com o futuro dessas crianças no sentido de atender as necessidades específicas através da Educação inclusiva, para que possam ter o seu desenvolvimento acompanhado por profissionais especializados.
De acordo com o CIDID (Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens), 1989:
Deficiência- perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, temporária ou permanente. Incluem-se nessas a ocorrência de uma anomalia, defeito ou perda de um membro, órgão, tecido ou qualquer outra estrutura do corpo, inclusive das funções mentais. Representa a exteriorização de um estado patológico, refletindo um distúrbio orgânico, uma perturbação no órgão. Incapacidade- restrição, resultante de uma deficiência, da habilidade para desempenhar uma atividade considerada normal para o ser humano. Surge como conseqüência direta ou é resposta do indivíduo a uma deficiência psicológica, física, sensorial, ou outra. Representa a objetivação da deficiência e reflete os distúrbios da própria pessoa, nas atividades e comportamentos essenciais à vida diária. Desvantagens- prejuízo para o indivíduo, resultante de uma def iciência ou uma incapacidade, que limita ou impede o desempenho de papéis de acordo com a idade, sexo, fatores sociais e culturais. Caracteriza-se por uma discordância entre a capacidade individual de realização e as expectativas do indivíduo ou do seu grupo social. 
Conforme Alonso (2013), “a Educação Inclusiva compreende a Educação especial na escola regular, transformando esse espaço acessível para todos.” Em outras palavras, a escola é inclusiva a partir do momento que ela considera que todos os alunos possam ter necessidades especiais em algum momento. No entanto, existem necessidades que podem interferir no progresso da aprendizagem da criança, exigindo uma forma diferente e específica de tornar a prática educativa mais viável ao educando, com a utilização de recursos especializados para garantir a aprendizagem da criança.
De acordo com a Declaração de Salamanca (BRASIL, 1994), ficou proclamado que “toda criança possui características, habilidades e necessidades de aprendizagem únicas, tendo por direito a educação, devendo os programas de atendimento tomar conta à vasta, a diversidade de tais características e necessidades.”
É importante destacar que na perspectiva da Educação inclusiva, o suporte para essa educação reunem serviços do (AEE)[footnoteRef:9], pois esse é o novo recurso que precisa ser incorporado às escolas para atender essa nova demanda de aluno com necessidades específicas. [9: Atendimento Educacional Especializado.] 
O AEE tem como função complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem; Parágrafo Único. Para fins destas Diretrizes, consideram-se recursos de acessibilidade na Educação aqueles que asseguram condições de acesso ao currículo dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, promovendo a utilização dos materiais didáticos e pedagógicos, dos espaços, dos mobiliários e equipamentos, dos sistemas de comunicação e informação, dos transportes e dos demais serviços. (CNB/CNE, 2009).
Considera-se de grande importância no âmbito da Educação Inclusiva o formato AEE. É indispensável para a escolarização do aluno com deficiência. Além de uma proposta inovadora, o Atendimento Educacional Especializado pretende compreender e entender às necessidades educacionais dos alunos, dando complementação e suporte que necessitam (GIROTO, 2012).
Ainda conforme o autor ressalta, é de fundamental importância a responsabilidade do professor especializado na AEE acompanhar os alunos de acordo com às suas necessidades educacionais, dando o auxílio que precisam para superar as suas limitações com o grupo classe e a realização de atividades e conteúdos imprecidíveis para a aprendizagem do educando com deficiência.
Nessa mesma linha de pensamento, Neves (2019, p. 8) considera o AEE como sendo “uma modalidade de ensino que configura a Educação Inclusiva, que sofreu mudanças ao longo da história da Educação brasileira, na medida que se apresenta como um espaço dentro ou fora da escola regular.”
Segundo Silva (2018, p. 61), as crianças com microcefalia precisam dos cuidados da primeira infância, além daqueles que a sua condição específica demanda. A autora defende que a criança aprende com mais facilidade através de estímulos precocemente. Nesse sentido, é importante que o ambiente escolar acolha com estímulos e ofereça as condições necessárias que essas crianças precisam para o seu desenvolvimento. 
Faz-se necessário reconhecer a primeira infância como fundamental para o desenvolvimentoinfantil, assim como uma formação adequada dos profissionais que lidam com essa etapa de ensino (LEAL, 2017, p. 23). A autora destaca que existe um outro desafio, atender crianças oriundas de famílias de diferentes contextos e necessidades. 
Dessa forma, a problemática da microcefalia e o atendimento das crianças com a síndrome âmbito da Educação Inclusiva, perpassa por outros problemas sociais que o país enfrenta historicamente. Por esse motivo, o desafio se torna dobrado, pois além das famílias terem de enfrentar essa mudança em suas vidas com a chegada da microcefalia, outras questões sociais já faziam parte do cotidiano da grande maioria.
Muito tem sido feito no sentido de tornar realidade a educação inclusiva, embora grandes desafios ainda possam fazer parte desse processo que se arrasta há anos. Percebe-se que a inclusão tem sido incorporada, assim como práticas que dão suporte ao professor na sala de aula, pois muitas escolas possuem professores de apoio e salas de recursos para atender crianças com necessidades específicas.
Seibt (2017), enfatiza que embora o atendimento possa ser expandido, a reorganização institucional precede da adequação escolar por parte interna, pois a inclusão da educação especial ainda não está totalmente qualificada. A proposta de uma educação inclusiva não garante que o atendimento seja realizado com sucesso, pois existe uma demanda de profissionais especializados maior que a realidade atual para atender as necessidades específicas de cada aluno.
Sabendo da demanda desse novo perfil de crianças com necessidades específicas que chegarão às escolas, é necessário que haja professores especializados em Educação inclusiva, adaptações nos espaços físicos e recursos que possam garantir todo o desenvolvimento da criança (BATISTA, 2019).
Faz-se necessário garantir o direito e a permanência dos alunos com necessidades específicas nas escolas de ensino regular. Por esse motivo, é importante acompanhar como o processo de inclusão das crianças com microcefalia será implementado nas escolas (LIMA, 2017).
3.3 DESAFIOS E PERSPECTIVAS 
Batista (2019), diante dos desafios acerca da inclusão escolar das crianças com microcefalia, considerando as crianças que nasceram no início da epidemia do Zika vírus em 2016, já estão chegando à pré-escola e educação infantil. Nesse sentido, faz-se necessário refletir se as escolas estão preparadas para receber essas crianças e oferecer uma educação inclusiva capaz de atender as necessidades específicas que essa nova demanda de criança que chegará ao contexto educacional nos próximos anos.
Pitta (2007-2008, p. 31), ressalta que muitas vezes, “na tentativa de amenizar os problemas na escola e nos alunos, o trabalho pedagógico acaba agravando as dificuldades de aprendizagem já existentes.” Dessa forma, faz-se necessário diversificar as situações de aprendizagem, a fim de garantir que as especificidades de cada educando seja atendida.
Para Rapoli et al. (2010, p. 9), uma escola só se torna inclusiva quando reconhece as diferenças dos alunos diante do processo educativo e busca a participação e o processo de todos, adotando novas práticas pedagógicas. Nessa perspectiva, torna-se fundamental adotar novas práticas e mudanças que ultrapassam as paredes das salas de aulas, ou seja, é necessário desenvolver novas alternativas de práticas pedagógicas, que possam atender de fato a inclusão e a participação de todos no processo de ensino e aprendizagem, respeitando cada educando com sua maneira de aprender.
Para uma consolidação da perspectiva de uma Educação Inclusiva, torna-se fundamental uma conexão harmoniosa entre o professor do ensino regular e o professor Especializado da sala de recursos – o Plano de Ensino Individual (PEI)[footnoteRef:10], com uma proposta de ensino que esteja na mesma linha pedagógica, tanto no ensino regular como no AEE. Deste modo, o PEI pode ser articulado como um instrumento com um olhar individualizado do educando (NEVES 2019, p, 10). Assim, o professor pode atender cada aluno com sua necessidade e demanda especificidade. [10: É um instrumento de planejamento e acompanhamento do processo de aprendizagem e desenvolvimento de estudantes com deficiência, transtornos do espectro autista (TEA) e altas habilidades/superdotação, cuja referência é a trajetória individual de cada um.] 
Constata-se que o atual sistema educacional brasileiro tem intensificado os esforços, no sentido de buscar fornecer subsídios e a capacitação dos profissionais que atuam diretamente com as crianças com deficiência, no entanto, ainda não o suficiente para suprir as demandas que a inclusão necessita.
4 PROTEÇÃO SOCIAL ÀS CRIANÇAS COM MICROCEFALIA
Segundo informações do Ministério da saúde, com relação a proteção social às crianças com Microcefalia, “o Governo Federal investiu milhões para ampliar e qualificar os serviços de Atenção Básica, expandir a capacidade do diagnóstico e acompanhamento das crianças suspeitas ou com a síndrome” (FIGUEIRÊDO, 2018). No entanto, estima-se que a demanda seja maior, assim como o atendimento adequado para cuidar e dar assistência às famílias ainda é insuficiente.
Conforme a Portaria Interministerial MS/MSD[footnoteRef:11] n° 405, de março de 2016, “institui, no âmbito do sistema único de saúde (SUS) e do Sistema Ùnico de Assistência Social (SUAS), estratégias de fortalecimento e atenção à saúde e da proteção social de crianças com microcefalia.” Com o objetivo de: [11: Ministério da Saúde e Ministério de Desenvolvimento Agrário.] 
•Busca Ativa de crianças com suspeita ou confirmação de microcefalia; 
•Acelerar a confirmação do diagnóstico de microcefalia; 
•Fazer a avaliação clínica (pediátrica, oftalmológica, neurológica, auditiva e outras avaliações necessárias);
•Encaminhar as crianças com microcefalia para os serviços de reabilitação; 
•Custeio dos exames de imagem e deslocamento até unidades de saúde; 
•Instruir as famílias para a possibilidade de benefício da assistência social, nos casos com renda per capita de até R$ 220,00;
•Laudo médico circunstanciado: para acelerar o processo de requerimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) (MDS, 2016).
Reconhece-se que o Benefício de Prestação Continuada (BPC), como o principal benefício oferecido pela política pública do Estado, que assegura uma renda mínima para os sujeitos considerados em situação de vulnerabilidade social, idosos e pessoas com deficiência. Dessa forma, as crianças com microcefalia se enquadram no perfil desse benefício assistencial, especialmente àquelas famílias que se encontram com baixa renda econômica, sem condições de cuidar e dar uma assistência adequada para o filho com a síndrome.
É importante ressaltar que o cadastramento das famílias no Cadastro único[footnoteRef:12] viabiliza o acesso de tais programas assistenciais do Governo Federal. Por isso, é fundamental fazer ou manter atualizado o cadastro para que o BPC, por exemplo, seja concedido ao usuário. [12: O Cadastro Único, também conhecido como CadÚnico, é um sistema de informações do Governo Federal. Esse serviço guarda as informações pessoais e de condição de vida de famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza. ... Além disso, hoje em dia, o cadastro serve como inscrição dos programas sociais do Governo Federal.] 
Para isso, faz-se necessário o acompanhamento do Assistente Social nos casos de microcefalia, bem como no cadastro e/ou atualização do sistema do governo, pois nem sempre as famílias sabem de seus direitos e benefícios.
De acordo com a Política de Assistência Social[footnoteRef:13], é papel do profissional do serviço social é garantir a proteção das crianças com microcefalia, assim como a assistência das famílias dessas crianças, por meio dos serviços socioassistenciais (MDS, 2016): [13: A partir de 1993, com a publicação da Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, é definida como Política de Seguridade Social, compondo o tripé da Seguridade Social, juntamente com a Saúde e Previdência Social, com caráter de Política Social articulada a outras políticasdo campo social.] 
•A rede do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) é responsável pelo acompanhamento das famílias com casos de crianças com microcefalia, garantindo, assim, a proteção social e reduzindo a vulnerabilidade. 
•Para isso é necessário promover a articulação intersetorial entre as redes de Assistência Social, da Previdência Social e de Saúde, gerando ações articuladas nos territórios, com fluxos estabelecidos, conforme arranjos próprios, demandas e necessidades locais; 
•O Centro de Referência da Assistência Social - CRAS tem um papel fundamental como articulador da rede de proteção social no território; identificando as barreiras que impedem o acesso dessas famílias aos serviços públicos e articulando ações entre a sua rede e as outras políticas públicas para atender as necessidades dessas pessoas. 
•Orientar as redes de assistência social e previdência social no estabelecimento de fluxos para viabilizar e agilizar o processo de requerimento do BPC por famílias cujas crianças tiveram diagnóstico confirmado de microcefalia. 
•Estabelecer o registro e o intercâmbio de informações relevantes ao acesso e ao exercício dos direitos sociais pelas famílias com crianças diagnosticadas com microcefalia, para contribuir no monitoramento dos atendimentos realizados a estas famílias. 
•Garantir que a família seja orientada e atendida no processo de requerimento do BPC. 
•As ações desenvolvidas pela Assistência Social organizam-se no território e têm por objetivo atuar preventivamente nas situações de insegurança social vivenciadas pelas famílias e pessoas, garantindo acolhida, inserção, acompanhamento e encaminhamento, quando necessário. 
•Acolher as famílias nos serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família - PAIF, ofertado nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS); 
•Realizar atendimento individualizado, por parte da equipe do PAIF, para escuta qualificada das necessidades da gestante e da família e sua inclusão prioritária no Acompanhamento Familiar; 
• Identificar a família extensa da gestante para fortalecer ou construir a rede de proteção familiar e comunitária; 
•Inserir a família da gestante no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV como público prioritário; 
•Em caso de identificação de violação de direitos, referenciar a família ao Atendimento Especializado, pelo Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI, realizado no Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS; 
•Inserir ou atualizar as informações da pessoa e de sua família no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – Cadastro Único 
•Incluir a temática dos cuidados básicos para combate ao mosquito Aedes aegypti nas atividades desenvolvidas nas unidades da rede socioassistencial (Roda de Conversa, oficinas, grupos, dentre outros); 
•Priorizar a discussão sobre Direitos das Pessoas com Deficiência nas atividades dos serviços socioassistenciais, para evitar estigmatizações e preconceitos. 
•Prestar informações completas e qualificadas quanto à proteção social a que a família e ou a criança tem direito, inclusive as informações referentes aos critérios para acesso ao Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC; 
•Encaminhamento e apoio à família quanto ao processo de requerimento do BPC, conforme fluxo estabelecido com o INSS. 
•Orientar a família para a necessidade de estimulação precoce das crianças nascidas com microcefalia ou sob suspeita, via Unidade Básica de Saúde/Posto de Saúde, por meio do Núcleo de Saúde da Família - NASF, ou por Centro de Habilitação e Reabilitação. 
•No caso de gestante comparecer ao Centro de Referência da Assistência Social - CRAS sem atendimento prévio pela Rede de Saúde, encaminhá-la à Unidade Básica de Saúde / Posto de Saúde com contra referência ao CRAS; 
•Orientar e encaminhar a pessoa com sintomas de virose a uma Unidade Básica de Saúde/Posto de Saúde; 
•Orientar gestantes sobre a importância do acompanhamento do pré-natal e verificar a adesão e comparecimento na Caderneta da Gestante (MDS, 2016).
Diante do exposto, torna-se necessário saber que as redes de Assistência Social, Previdência Social e de Saúde, precisam estar articuladas entre si, com respeito às especificidades existentes, com outras políticas setoriais, que visam à garantia da proteção social para às crianças com microcefalia e a assistência que seus familiares necessitam para lidar com a síndrome. 
Nesse sentido, o trabalho do Assistente social é de fundamental importância para que essas crianças e seus familiares consigam amenizar o problema através de um atendimento que supra as demandas da deficiência causada pelo vírus.
Vale lembrar que, oficialmente o Serviço Social foi instituído na Previdência Social em 1944, com sua competência firmada no artigo 88, da Lei n° 8.313, de 24 de julho de 1991.
Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica da sociedade (BRASIL, 1991).
É importante ressaltar que, diante da realidade que o país se encontra hoje, “as lacunas no conhecimento, os desafios para assistência de pacientes – a maior parte oriunda de famílias de classe econômica menos privilegiada, ainda é um grande desafio” (BRASIL, 2017, p. 46). Entende-se que, para garantir a assistência social para àqueles que necessitam usufruir desse direito, torna-se fundamental uma ação conjunta e bem articulada entre todos os envolvidos nessa problemática.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora a discussão sobre a Microcefalia no Brasil seja recente, o assunto se tornou de grande importância e preocupação de todos, no sentido da inclusão das crianças com essa sindrome no meio social. Na tentativa de reverter a situação e atender com qualidade as famílias que necessitam de apoio e o cuidado com essas crianças, busca-se continuamente estratégias e aperfeiçoamento no atendimento adequado. Nessa perspectiva, fez-se necessário pensar na inclusão dessas crianças no âmbito da Educação Inclusiva, pois se tornou uma nova demanda para essa modalidade de ensino no país.
No Brasil, existe a legislação que garante o acesso e a adequação da escola, assim como a formação dos profissionais que lidam com as crianças com deficiência. Mas, evidencia-se que ainda existem barreiras para uma Educação Inclusiva que atenda de fato todas as demandas de inclusão da sociedade. Embora o país tenha conquistado vários direitos da pessoa com deficiência ao longo da história, muitas dúvidas ainda surgem de como fazer de fato a inclusão acontecer.
Constatou-se que, após o surto do Zika vírus e os casos de microcefalia no Brasil, houve a necessidade de se pensar no atendimento e inclusão dessas crianças no âmbito educacional, pois apesar da diminuição dos casos, a demanda de crianças para um atendimento especializado é grande. Para isso, pensa-se em uma formação profissional para atender esse público.
Considera-se de grande importância a formação continuada do profissional que lida com o educando com deficiência, para que possa atuar de maneira mais ampla, mesmo que a demanda de alunos seja diversificada. Nesse sentido, o preparo permanente do professor lhe dá condições mais adequadas para atender às diferenças que a escola recebe. Com isso, deixa de ser apenas uma inserção física desses educandos no ambiente escolar, e passa a atender com mais precisão o atendimento do aluno com deficiência.
Diante do exposto, acredita-se que a estimulação precoce de crianças com microcefalia possa ter avanços no seu desenvolvimento. Dessa forma, a escola é fundamental para que isso aconteça, pois constitui um importante espaço de estimulação. 
Entende-se que ao pensar em inclusão para as crianças com microcefalia, é possível que seja identificado as necessidades específicas da criança e refletir sobre como incluí-la no ambienteescolar, e de que forma ajudá-la no processo educacional. Deste modo, acredita-se, segundo os estudos, que o atendimento precoce da criança com microcefalia possibilita ganhos e avanços significativos. Dessa forma, a educação inclusiva é um direito de todos e significa educar a todas as crianças no mesmo contexto escolar.
Observou-se que a inclusão de crianças com microcefalia despertou uma preocupação, não apenas por parte dos familiares das crianças, o governo juntamente com as instituições de ensino e profissionais que lidam diretamente com crianças com deficiência, têm mostrado grande interesse com a problemática, com a intenção de um mehor preparo para receber essa nova realidade de deficiência nas escolas, oferecendo o atendimento adequado que essas crianças necessitam.
Embora os casos de microcefalia tenham diminuido significativamente no Brasil, desde o surdo do vírus Zika, ainda podemos vivenciar as sequelas deixadas, e necessitam de atenção e cuidado.
Espera-se que este estudo possa colaborar para a discussão em debate neste momento de se pensar em inclusão da criança com microcefalia na escola, mesmo que a temática seja inédita no âmbito da educação inclusiva, a inclusão dessas crianças precisa de maior visibilidade e ações imediatas, no sentido de tornar realidade uma educação inclusiva de verdade, que atenda a todos com suas diferenças e necessidades específicas. Nesse sentido, há um longo caminho a ser percorrido, pois nem sempre a escola e os profissionais conseguem lidar com os desafios da educação inclusiva.
REFERÊNCIAS
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