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Ebook Digital de Gestão de Riscos (Risco e Estrutura de Capital)

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gente criando o futuro
GESTÃO DE RISCOS
Organizador Pedro Libaldi Neto
GESTÃO 
DE RISCOS
(Risco e 
Estrutura 
de Capital)
Organizador Pedro Libaldi Neto
Gestão de Riscos
GRUPO SER EDUCACIONAL 
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Gestão de Riscos
eBook Completo para Impressao - Gestao de Riscos - Aberto.indd 1eBook Completo para Impressao - Gestao de Riscos - Aberto.indd 1 18/06/2020 18:53:3418/06/2020 18:53:34
© by Editora Telesapiens
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro 
tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia 
autorização, por escrito, da Editora Telesapiens.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Bibliotecário responsável: Nelson Oliveira da Silva – CRB 10/854)
L694g Libaldi Neto, Pedro.
Gestão de riscos [recurso eletrônico]/ Pedro Libaldi Neto. – 
Recife: Telesapiens, 2020. 
148 p. : pdf
ISBN: 978-65-86073-39-3 
1. Gestão de riscos I. Título.
CDU 658.01
eBook Completo para Impressao - Gestao de Riscos - Aberto.indd 2eBook Completo para Impressao - Gestao de Riscos - Aberto.indd 2 18/06/2020 18:53:3418/06/2020 18:53:34
Gestão de Riscos
Fundador e Presidente do Conselho de Administração: 
Janguê Diniz
Diretor-Presidente: 
Jânyo Diniz
Diretor de Inovação e Serviços:
Joaldo Diniz 
Diretoria Executiva de Ensino:
Adriano Azevedo
Diretoria de Ensino a Distância:
Enzo Moreira
Créditos Institucionais
Todos os direitos reservados
2020 by Telesapiens
eBook Completo para Impressao - Gestao de Riscos - Aberto.indd 3eBook Completo para Impressao - Gestao de Riscos - Aberto.indd 3 18/06/2020 18:53:3418/06/2020 18:53:34
Olá, Pessoal! Meu nome é Pedro Libaldi Neto, sou 
formado em Gestão de Políticas Públicas pelo Instituto Federal 
de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, também 
sou especialista em Gestão Pública pela Universidade Federal 
de São João Del-Rei e também sou formado em Administração 
de Empresas pela Universidade Anhanguera. Atuo na área 
de fiscalização e auditoria de órgãos públicos há 12 anos, 
sou professor há 11 anos e leciono em escolas e fundações 
governamentais, além de ser conteudista de cursos preparatórios 
para concursos públicos. Espero propiciar um curso agradável e 
de grande valia para a vida profissional de todos vocês. Um forte 
abraço e bons Estudos!
O AUTOR
PEDRO LIBALDI NETO
eBook Completo para Impressao - Gestao de Riscos - Aberto.indd 4eBook Completo para Impressao - Gestao de Riscos - Aberto.indd 4 18/06/2020 18:53:3418/06/2020 18:53:34
ICONOGRÁFICOS
Esses ícones que irão aparecer em sua trilha de aprendizagem 
significam:
OBJETIVO
Breve descrição do objetivo 
de aprendizagem; +
OBSERVAÇÃO
Uma nota explicativa 
sobre o que acaba de 
ser dito;
CITAÇÃO
Parte retirada de um texto;
RESUMINDO
Uma síntese das 
últimas abordagens;
TESTANDO
Sugestão de práticas ou 
exercícios para fixação do 
conteúdo;
DEFINIÇÃO
Definição de um 
conceito;
IMPORTANTE
O conteúdo em destaque 
precisa ser priorizado;
ACESSE
Links úteis para 
fixação do conteúdo;
DICA
Um atalho para resolver 
algo que foi introduzido no 
conteúdo;
SAIBA MAIS
Informações adicionais 
sobre o conteúdo e 
temas afins;
+++
EXPLICANDO 
DIFERENTE
Um jeito diferente e mais 
simples de explicar o que 
acaba de ser explicado;
SOLUÇÃO
Resolução passo a 
passo de um problema 
ou exercício;
EXEMPLO
Explicação do conteúdo ou 
conceito partindo de um 
caso prático;
CURIOSIDADE
Indicação de curiosidades 
e fatos para reflexão sobre 
o tema em estudo;
PALAVRA DO AUTOR
Uma opinião pessoal e 
particular do autor da obra;
REFLITA
O texto destacado deve 
ser alvo de reflexão.
eBook Completo para Impressao - Gestao de Riscos - Aberto.indd 5eBook Completo para Impressao - Gestao de Riscos - Aberto.indd 5 18/06/2020 18:53:3518/06/2020 18:53:35
SUMÁRIO
UNIDADE 01
Histórico da gestão de riscos ........................................... 12
Gestão de risco em instituições financeiras .................... 23
Basiléia II: Pilar I – Requerimento mínimo de capital ....... 25
Basiléia II: Pilar II – Processo de supervisão .................... 26
Basiléia II: Pilar III – Disciplina de mercado .................... 26
Teoria de risco e retorno ................................................. 27
Identificação e avaliação de riscos .................................. 33
Identificação de riscos ....................................................... 33
Avaliação de riscos ........................................................... 37
UNIDADE 02 .......................................................................
Mercado de capitais ........................................................ 48
Definições e tipos de riscos .............................................. 58
Tipos de análise de investimentos e cálculos de risco e 
retorno ............................................................................. 62
Tipos de análise de investimentos ..................................... 62
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Cálculo de Risco e Retorno ............................................... 68
Distribuição de probabilidades e retorno....................... 73
UNIDADE 03
Modelo de precificação de ativos de capital ................... 80
O downside do modelo de precificação de ativos de capital, 
a medida ômega, a linha de mercado de capitais e a linha 
de segurança de mercado ................................................ 88
Downside do modelo de precificação de ativos de capital ....88
A medida ômega ............................................................... 91
Linha de mercado de capitais (CML) ................................ 93
Linha de segurança de mercado (SML) ............................. 94
Modelo de precificação de ativos de capital expandido . 96
Modelo dos três fatores ................................................. 106
UNIDADE 04
Arbitrage Pricing Theory (APT) .................................. 114
Value at risk (VaR) ........................................................ 122
Basileia III ..................................................................... 132
Caso prático ................................................................... 139
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Gestão de Riscos 9
UNIDADE
01
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Gestão de Riscos10
INTRODUÇÃO
Você quer aprender sobre Gestão de Riscos? Para isso, é 
necessário que haja um efetivo reconhecimento das técnicas e 
metodologias utilizadas no âmbito das instituições financeiras, a 
começar do da conceituação da evolução da gestão de riscos e da 
participação do homem neste processo. Aprenderemos, também, 
as técnicas de análise e de avaliação de riscos, utilizaremos 
ferramentas que nos possibilitarão a identificação de eventos 
causadores de situações anômalas, bem como a verificação do 
conceito de risco e retorno. Entendeu? Ao longo desta unidade 
letiva você vai mergulhar neste universo!
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Gestão de Riscos 11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivoé auxiliar você no atingimento dos seguintes objetivos de 
aprendizagem até o término desta etapa de estudos:
1
2
3
4
Conhecer o histórico e a importância da Gestão de 
Riscos;
Conhecer a gestão de riscos em instituições 
financeiras;
Aprender sobre a teoria de risco e retorno;
Aprender a identificar e avaliar riscos.
Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
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Gestão de Riscos12
Histórico da gestão de riscos
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você haverá compreendido sobre a 
evolução histórica da gestão de riscos, entender a participação 
do homem na relação risco/prevencionismo. Aprender sobre a 
parcela de responsabilidade do erro praticado pelo homem nos 
processos decisórios. Conhecer os conceitos utilizados na gestão 
de riscos. E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então vamos lá. Avante
Todas as atividades, nos mais variados ramos, são 
passíveis de riscos, independente da precaução, do nível de 
técnica, destreza e “know-how”. E de certa forma o resultado 
pode culminar em lesões, perdas físicas, financeiras de ativos e, 
inclusive, determinar o encerramento de atividades econômicas 
e financeiras.
Know-how é um termo bastante utilizado em diversas 
áreas do conhecimento. A tradução mais aplicada é a de “saber 
como” ou “saber fazer”. Sua referência principal está relacionada 
à tríade conhecimento, habilidades e competência, ou seja, 
quando nos referimos ao conhecimento, podemos elucidar 
todo o aprendizado teórico adquirido em cursos, seminários 
e congressos. No que tange às habilidades, podemos citar a 
própria aptidão que cada um possui para aprender determinados 
conteúdos.
Por último, temos a competência que é a destreza do 
indivíduo em colocar em prática os conhecimentos aprendidos 
aliados à aptidão de saber fazer.
eBook Completo para Impressao - Gestao de Riscos - Aberto.indd 12eBook Completo para Impressao - Gestao de Riscos - Aberto.indd 12 18/06/2020 18:53:3518/06/2020 18:53:35
Gestão de Riscos 13
Desde os primórdios, a evolução trouxe consigo fatores 
inerentes como risco, nesse contexto, tarefas realizadas a título 
de sobrevivência do ser primitivo, eram passíveis de acidentes 
ocasionando a redução das atividades realizadas e, mesmo 
que, de maneira incauta, o homem apresentava necessidade de 
evolução. Com o passar dos tempos, os metais auxiliaram a 
rotina dando forma à construção de ferramentas. Ruppenthal 
(2013) ensina que, “dessa forma, surgiram as primeiras doenças 
do trabalho, provocadas pelos materiais utilizados para confecção 
de artefatos e ferramentas”.
No que concerne aos registros materiais de cuidados e 
riscos no trabalho, Ruppenthal (2013, p.34) assevera que: 
A informação mais antiga sobre a necessidade da 
segurança no trabalho, alusiva a preservação da 
saúde e da vida do trabalhador, está registrada num 
documento egípcio, o papiro Anastácio V, quando 
descreve as condições de trabalho de um pedreiro: 
“Se trabalhares sem vestimenta, teus braços se 
gastam e tu te devoras a ti mesmo, pois, não tens 
outro pão que os seus dedos”. Assim, o homem 
evoluiu para a agricultura e o pastoreio, alcançou 
a fase do artesanato e atingiu a era industrial, 
sempre acompanhado de novos e diferentes riscos 
que afetam sua vida e saúde.
Para que houvesse um mínimo de segurança, era necessário 
que se conhecessem os perigos decorrentes de ações e atividades. 
Era importante trilhar caminhos para buscar uma forma de se 
controlar os riscos inerentes e suas situações que implicassem 
em resultados negativos. 
Neste sentido, a utilização de diversas áreas de 
conhecimento tornava imperioso que, a evolução da humanidade 
fosse buscada através de práticas já utilizadas em outras áreas:
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Gestão de Riscos14
A princípio, a necessidade de proteção dominava 
as preocupações individuais. Só muito lentamente, 
em termos históricos, a noção de proteção 
individual foi sendo substituída pela da proteção 
da tribo, da nação, do país, do grupo étnico ou 
civilizacional e só muito mais tarde pela proteção 
da espécie. (RUPPENTHAL, 2013, p.45)
Em se tratando de prevenção, temos que este conceito 
acompanhou os eventos acontecidos na evolução histórica do 
ser humano. Sendo assim, torna-se imprescindível a abordagem 
da prevenção quando do estudo da gestão de riscos.
O médico italiano Bernardino Ramazzini, chamado de Pai 
da medicina do trabalho, bem como outros nomes importantes 
na seara da prevenção proporcionaram uma evolução muito 
grande para a literatura que aborda o assunto.
Dentro do estudo acerca de doenças ocupacionais, destacamos 
o importante papel do médico Ramazzini, cuja importante 
contribuição à medicina. Seu estudo relacionou os riscos à saúde 
causados por agentes químicos, poeira, metais e outros agentes. 
Sua principal contribuição foi a utilização de um derivado do 
quinino no tratamento de malária.
+++ EXPLICANDO DIFERENTE
Ao falarmos da contribuição histórica para o alargamento 
do conhecimento acerca da gestão de riscos, Ruppenthal (2013, 
p.58) agrega que a Revolução Industrial também possui uma 
cota de participação:
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Gestão de Riscos 15
O início da Revolução Industrial em 1780, a 
invenção da máquina a vapor por James Watts em 
1776 e do regulador automático de velocidade em 
1785, marcaram profundas alterações tecnológicas 
no mundo. Foi esse avanço tecnológico que 
permitiu a organização das primeiras fabricas 
modernas, a extinção das fabricas artesanais e o 
fim da escravatura, significando uma revolução 
econômica, social e moral. Os acidentes de trabalho 
e as doenças eram provocados por substâncias e 
ambientes inadequados devido às condições em 
que as atividades fabris se desenvolviam. Grande, 
também, era o número de doentes e mutilados.
À medida que houve um aperfeiçoamento do trabalho e da 
capacidade da mão de obra, a melhoria das condições e a busca 
pela diminuição dos acidentes se transformou em realidade. 
Foram apresentadas técnicas e métodos que culminavam num 
trabalhador mais experiente e apto a realizar as mais diversas 
tarefas.
A proteção ao trabalhador ganhou espaço e repercussão 
após a 1ª Guerra Mundial. Para Ruppenthal (2013), houve 
esforços voltados ao estudo das doenças, das condições 
ambientais, do layout de máquinas, equipamentos e instalações, 
bem como das proteções necessárias para evitar a ocorrência de 
acidentes e incapacidades.
Neste período, podemos citar o trabalho de Mayo acerca 
dos estudos sobre as condições dos trabalhadores das indústrias. 
Este trabalho foi denominado experiência de Hawthorne. Esta 
experiência estudou a fadiga, os acidentes, a rotatividade de 
pessoal, bem como o efeito das condições físicas de trabalho 
sobre a produtividade dos empregados. 
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Gestão de Riscos16
Mayo utilizou esta pesquisa, também, com o intuito de 
apresentar outros fatores encontrados dentro das fábricas, mais 
precisamente a temática voltada aos conflitos entre empregados 
e empregadores, apatia, tédio, a alienação, o alcoolismo, 
dentre outros fatores que tornavam difícil a convivência nas 
organizações.
Insertos na experiência de Mayo, os estudos pretendiam 
confirmar a ação de fatores como a iluminação sobre o 
desempenho dos operários. Contudo, por não apresentar 
resultados concretos, pôde ser descartadaa relação entre fatores 
no ambiente interno de trabalho.
Na sequência do trabalho de Mayo, este foi voltado às 
condições de supervisão branda (sem temor ao supervisor, que 
passou a desempenhar o papel de orientador), ambiente amistoso 
e sem pressões, proporcionando um desenvolvimento social e a 
integração do grupo.
Num último entendimento, foi evidenciado a existência 
de padrões de comportamento dos trabalhadores evidenciando 
uma cultura informal, isto é, os segmentos de trabalhadores se 
agrupam de acordo com a classe e, este tipo de comportamento 
demonstram o jeito de agir e pensar em comum. 
Nos países da América Latina a preocupação com os 
acidentes do trabalho e doenças ocupacionais ocorreu mais 
tardiamente. No Brasil, os primeiros passos surgem no início da 
década de 1930 sem grandes resultados. Na década de 1970, o 
Brasil foi apontado como o campeão em acidentes do trabalho. 
A segurança do trabalho, para ser entendida como prevenção 
de acidentes da indústria, deve preocupar-se com a preservação 
da integridade física do trabalhador, mas também precisa ser 
considerada como fator de produção.
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Gestão de Riscos 17
Figura 1: Indústria no Brasil
Fonte: Wikimedia
Os resultados negativos em função das mais diversas lesões 
trabalhistas acarretam graves consequências como: diminuição 
da mão de obra, déficits de produtividade, perdas de materiais, 
aumento dos encargos securitários, gastos extraordinários com 
acompanhamento médico e psiquiátrico dos trabalhadores, bem 
como redução da eficiência e eventual readaptação de função 
laborativa.
Ruppenthal (2013, p.78) afirma que:
As cifras correspondentes aos acidentes do 
trabalho representam um entrave ao plano de 
desenvolvimento socioeconômico de qualquer 
país. Pois, aparecem sob a forma de gastos com 
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Gestão de Riscos18
assistência médica e reabilitação dos trabalhadores 
incapacitados, indenizações e pensões pagas 
aos acidentados ou suas famílias, prejuízos 
financeiros decorrentes de paradas na produção, 
danos materiais aos equipamentos, perdas de 
materiais, atrasos na entrega de produtos e outros 
imprevistos que prejudicam o andamento normal 
do processo produtivo.
Figura 2: Número de acidentes de trabalho que resultaram em mortes no período de 2012 a 2018
Fonte: Adaptado editorial Telesapiens
Estudiosos da matéria passaram a analisar metodologias 
e práticas que pudessem assegurar um desempenho melhor aos 
trabalhadores e que tornassem as atividades menos desgastantes 
e mais seguras. A fim de aumentar o grau de preservação 
da integridade física dos trabalhadores e reduzir de maneira 
sistemática o índice de acidentes de trabalho. 
Todas estas práticas apresentam o condão, paralelamente, 
de redução das indenizações e, em contrapartida, elevar os 
gastos com medicina preventiva em ações em prol da saúde do 
trabalhador.
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Gestão de Riscos 19
Dentre os nomes mais reconhecidos daqueles que 
apresentaram colaboração ao estudo da prevenção de acidentes, 
podemos destacar Herbert William Heinrich, cujos trabalhos 
resultaram no cálculo 1:29:300, ou seja, para cada lesão 
incapacitante acontecem vinte e nove lesões leves e trezentos 
acidentes sem lesões.
Figura 3: Pirâmide de Heinrich
Fonte: O autor
Herbert William Heinrich era um Superintendente Adjunto 
da Engenharia e Divisão de Inspeção de Travelers Insurance 
Company, quando ele publicou seu livro Industrial Accident 
Prevention, uma abordagem científi ca, em 1931. O seu trabalho 
acabou sendo reconhecido como a Lei de Heinrich. Cujo conceito 
aborda que num determinado ambiente de trabalho, para cada 
acidente resultante num ferimento grave, existem vinte e nove 
acidentes que causam ferimentos leves e trezentos acidentes que 
não causam lesões. Conheça um pouco mais sobre o pesquisador 
acessando: https://bit.ly/38445Lo.
SAIBA MAIS
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Gestão de Riscos20
Frank E. Bird Jr, engenheiro, nascido em Nova Jersey, 
utilizou o trabalho de Heinrich como base e, diante dos estudos 
de acidentes relatados em empresas, cujo número de operários 
abrangidos foi maior do que mil setecentos e cinquenta.
Frank obteve a proporção de 1:10:30:600. Isto é, uma 
lesão incapacitante para cada dez lesões leves, trinta acidentes 
com danos a propriedade e seiscentos incidentes registrados. Tal 
estudo determinou que o escopo das ações deveria ser direcionado 
à base da pirâmide, isso devido as lesões mais importantes serem, 
“eventos raros e, dessa forma, muitas oportunidades para uma 
aprendizagem sobre prevenção estão disponíveis em eventos 
menos graves, principalmente incidentes, primeiros socorros e 
atos inseguros” (RUPPENTHAL, 2013, p.65).
De acordo com Ruppenthal (2013, p.98), o fator humano 
pode influenciar de maneira substancial a confiabilidade de um 
sistema da seguinte forma:
O erro humano é um desvio anormal em relação a 
uma norma ou padrão estabelecido. Dessa forma, 
a caracterização do erro humano não é simples 
e direta, mas depende de uma definição clara do 
comportamento ou do resultado esperado. Os 
processos de percepção e aceitação do risco e 
de tomada de decisão, caracterizam-se como os 
principais catalisadores do erro humano.
Observe na imagem a seguir os principais erros humanos 
por ausência de aptidões físicas ou cognitivas.
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Gestão de Riscos 21
Figura 4: Erro humano por ausência de aptidões físicas ou cognitivas 
Fonte: O autor
Figura 5: Erro humano por falta de formação ou informação
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Observe na imagem a seguir os principais erros humanos 
causados por falta de formação, informação, ou até mesmo 
informações errôneas ou incompletas.
eBook Completo para Impressao - Gestao de Riscos - Aberto.indd 21eBook Completo para Impressao - Gestao de Riscos - Aberto.indd 21 18/06/2020 18:53:3518/06/2020 18:53:35
Gestão de Riscos22
Observe na imagem a seguir as principais causas do erro 
humano por fatores emocionais, motivacionais, especialmente.
Figura 6: Causas do erro humano por falta de motivação
Fonte: O autor
Figura 6: Causas do erro humano por falta de motivação
Fonte: O autor
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o 
que vimos. Você deve ter aprendido que a evolução da gestão de 
riscos trouxe benefícios para toadas as áreas de conhecimento e 
com isso muitas práticas foram aprimoradas trazendo segurança 
e bem-estar àqueles que lidam com as mais variadas atividades.
RESUMINDO
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Gestão de Riscos 23
Gestão de risco em instituições financeiras
Ao término deste capítulo você será capaz de entender como funciona 
a gestão de riscos dentro das instituições financeiras, bem como o 
comportamento dos gestores/operadores diante das mais diversas 
situações encontradas nas instituições. Isto será fundamental para 
o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram realizar 
estas variadas tarefassem a devida instrução tiveram problemas ao 
operar no mercado financeiro. E então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Então vamos lá. Avante! 
OBJETIVO
Conforme Davanzo (2004, p.15, apud Chorafas 1992, p. 
21), eventos de risco são aqueles episódios incertos, no sentido 
de não terem um resultado bem definido: “risco refere-se a uma 
situação, posição ou escolha envolvendo possíveis perdas, pois 
os resultados são incertos. Neste sentido, ele argumenta que 
risco é, em síntese, o custo da incerteza”.
Figura 7: Risco financeiro
Fonte: Freepik
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Gestão de Riscos24
Ainda Davanzo (2004, p. 15, apud Bessis 2002, pag. 12), 
por sua vez, defi ne risco como sendo qualquer tipo de incerteza 
que pode levar a perdas. Segundo ele, os riscos correntes de hoje 
são as perdas potenciais de amanhã: “instituições fi nanceiras 
são verdadeiras máquinas de riscos, pois, os assumem, os 
transformam e ainda os agregam a vários tipos de produtos e 
serviços bancários que oferecem a seus inúmeros clientes”.
Com as mudanças fi nanceiras dentro do ambiente mundial, 
tornou-se o ambiente fi nanceiro e seus riscos cada vez mais 
complexos. 
A integração entre os mercados por meio do processo de 
globalização, o aumento da sofi sticação tecnológicas e outros 
fatores infl uenciaram para que houvesse uma preocupação com 
a gestão de riscos por parte dos órgãos regulamentares e das 
instituições fi nanceiras. 
Assim, o Acordo de Basiléia I foi editado em 1975, tendo 
como fundamento emitir orientações para uma adoção efetiva 
do controle interno de das instituições do comitê do G10.
Figura 8: Acordo de Basiléia de 1988
Fonte: O autor
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Gestão de Riscos 25
O Comitê de Basiléia apresentou vinte e cinco princípios 
orientadores que tornariam o sistema bancário mais eficaz. 
Destes vinte e cinco, treze são considerados como principais 
bases para uma adoção efetiva de controle da atividade bancária.
Davanzo (2004, p.71) considera que:
Os supervisores bancários devem determinar 
que os controles internos mantidos pelos 
bancos sejam adequados para a natureza e para 
a escala de seus negócios. Os instrumentos de 
controle devem incluir disposições claras para a 
delegação de competência e responsabilidade; a 
separação de funções que envolvem a assunção 
de compromissos pelo banco, a utilização de 
seus recursos financeiros e a responsabilidade 
por seus ativos e passivos; a reconciliação de tais 
processos; a proteção de seus ativos; e as funções 
apropriadas de auditoria e de conformidade 
independentes, internas ou externas, para verificar 
a adesão a tais controles, assim como às leis e 
regulamentos aplicáveis.
Mais tarde, em 2001, foi elaborado o acordo chamado de 
“Basiléia II”. Com foco no fortalecimento da estabilidade do 
sistema financeiro global, este foi arraigado em três grandes 
pilares, os quais veremos a seguir.
Basiléia II: Pilar I – Requerimento mínimo 
de capital
A premissa do Pilar I é o fortalecimento da estrutura de 
capitais das instituições, o que se dará a partir das exigências 
mínimas de capital.
Este primeiro pilar estabelece o requisito mínimo de 
capital que todas as entidades devem manter diante dos riscos de 
mercado, de crédito e operacional.
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Gestão de Riscos26
Basiléia II: Pilar II – Processo de supervisão
A premissa do Pilar II é o estímulo à adoção das melhores 
práticas de gestão de riscos, o que se dará a partir de boas práticas 
de supervisão e governança.
Haverá também avaliação constante acerca da adequação 
das instituições financeiras frente às necessidades de capital nos 
riscos incorridos.
Basiléia II: Pilar III – Disciplina de 
mercado
A premissa do Pilar III é a redução da assimetria de 
informação e favorecimento da disciplina de mercado. 
Entende-se que, dessa forma, quanto maior for o nível de 
informação e transparência das informações e práticas de gestão 
de risco, menor o risco em si.
Para saber mais sobre os maiores desafios para a implementação 
do Novo Acordo recomendamos o acesso ao artigo: Desafios 
do Novo Acordo de Basiléia para o Gerenciamento do Risco 
Operacional de Instituições Financeiras, disponível em: 
https://bit.ly/373jytL.
SAIBA MAIS
 E então? Como foi o aprendizado? Agora, só para termos 
certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve 
ter aprendido que as instituições financeiras possuem certas 
peculiaridades e que algumas precauções precisam ser tomadas 
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Gestão de Riscos 27
antes da realização das operações financeiras, bem como 
algumas regras devem ser seguidas para tornarem as operações 
mais seguras, tanto para os tomadores como para os investidores.
Teoria de risco e retorno
Ao término deste capítulo você será capaz de entender como 
funciona a teoria do risco e retorno. Isto será fundamental para 
o exercício de sua profissão e para a aquisição de competências 
que, indubitavelmente, farão a diferença no seu dia a dia de 
trabalho. As pessoas que tentaram realizar as mais variadas 
operações com ativos sem a devida instrução tiveram problemas 
ao executar tais tarefas. E então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Então vamos lá. Avante!
OBJETIVO
As decisões no ambiente das entidades financeiras não 
nem sempre são respaldadas numa esfera de certeza total, haja 
vista as incertezas das ações do mundo financeiro.
Quase sempre, o desvio padrão é utilizado para mensurar 
o risco, sendo aquele utilizado como valor médio para se obter 
um índice estatístico.
Este conteúdo dedica-se à análise e dimensionamento 
do risco e retorno de ativos aplicados às decisões tomadas no 
mercado financeiro. Em particular, são estudados com maior 
ênfase a teoria do portfólio, diversificação do risco, seleção de 
carteiras mais atraentes pela relação risco-retorno, a teoria da 
diversificação e o modelo de Markowitz.
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Gestão de Riscos28
Em se tratando da teoria de risco e retorno, o modelo de Markowitz 
que também é conhecido como Teoria Moderna do Portfólio, 
determina que os investidores são adversos ao risco por natureza 
e, estes podem apresentar seu portfólio para obter mais retorno a 
partir de um determinado nível de risco de mercado.
A estrutura básica desta teoria permite evidenciar que há um 
maior nível de retorno para o nível de risco. Bem como há o 
menor nível de risco para o nível de retorno. Para saber mais 
sobre esse modelo acesse: https://bit.ly/31yktBo
SAIBA MAIS
Na hipótese de eficiência, o preço de um ativo qualquer 
é formado a partir das diversas informações publicamente 
disponíveis aos investidores, sendo as decisões de compra 
e venda tomadas com base em suas interpretações dos fatos 
relevantes.
Um mercado eficiente é entendido como sendo aquele em 
que os preços refletem as informações disponíveis e apresentam 
grande sensibilidade a novos dados, ajustando-se rapidamente a 
outros ambientes.
Mercado eficiente pode ser apresentado como o preço 
de mercado que apresente uma estimativa isenta de tendência 
determinada do valor real adotado num investimento qualquer. 
Um ponto importante da eficiência de mercado é a 
necessidade de queos erros constatados nos preços de mercado 
não apresentem tendências. Sendo assim, estes podem apresentar 
uma valoração ou diminuição destes preços.
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Gestão de Riscos 29
Diante da observação das variáveis envolvidas, as ações 
podem ser avaliadas através de diferentes pontos de vista (sub 
ou superavaliados).
Em se tratando de mercado efi ciente, ações com menores 
índices não podem apresentar subvalorização maior do que 
ações com altos índices.
Sobre o assunto, (Davanzo, 2007 apud DAMODARAN, 
1996) “coloca ainda que a efi ciência de mercado não exige 
que haja sempre uma coincidência entre o preço de mercado 
de um ativo e seu valor real. Apresentando igual probabilidade 
de um ativo encontrar-se sub ou supervalorizado em qualquer 
momento”.
As mais importantes hipóteses básicas do mercado 
efi ciente são explicadas a seguir.
Figura 9: Hipóteses básicas do mercado fi nanceiro
Fonte: O autor
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Gestão de Riscos30
Davanzo apud DYCKMAN & MORSE (2007), a maior 
eficiência demonstrada pelos mercados de ações é determinada, 
basicamente: 
“Pela rapidez com que as ordens de ompra e venda 
são executadas dentro do ambiente organizado 
desses mercados;
Pelo elevado número de participantes que 
se encontram geralmente envolvidos com as 
ações: investidores individuais e institucionais, 
corporações, instituições financeiras etc.;
Pela maior disseminação das informações das 
empresas, muitas vezes analisadas e interpretadas 
por especialistas, permitindo um ajuste mais 
rápido dos valores de mercado das ações.”
Davanzo apud DYCKMAN & MORSE (2007) afirma que 
entre os aspectos de imperfeição de mercado que os modelos 
financeiros precisam ser testados, podem ser citados os seguintes:
“Não há uma homogeneidade nas estimativas 
dos investidores com relação ao comportamento 
esperado do mercado e de seus diversos 
instrumentos financeiros. É verificado na realidade 
prática, ainda, que as informações muitas vezes 
não estão igualmente dispostas a todos os 
investidores, conforme preconizado pelo modelo 
de mercado eficiente, além de não oferecerem 
acesso instantâneo;
Identicamente, o mercado não é composto 
unicamente de investidores racionais. Há um 
grande número de participantes com menor 
qualificação e habilidade de interpretar mais 
acuradamente as informações relevantes. Esse 
grupo, frequentemente, comete erros em suas 
decisões, refletindo sobre o desempenho de 
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Gestão de Riscos 31
todo o mercado. Como consequência, é possível 
observar-se, algumas vezes, preços inadequados 
para muitos ativos negociados, ou seja, um 
desequilíbrio entre o valor real e o preço praticado 
pelos agentes; 
O mercado não é necessariamente sempre eficiente 
para valorar seus ativos negociados, sofrendo 
decisivas influências de políticas econômicas 
adotadas pelo governo, oriundas em grande parte 
de taxações das operações e restrições monetárias 
adotadas”.
Figura 10: Fronteira eficiente do risco e retorno
Fonte: Adaptado editorial Telesapiens
Dentre os vários conceitos utilizados, damos destaque 
ao risco total que pode ser aplicado a qualquer ativo. O Risco 
total apresenta duas partes distintas, sendo parte sistemática não 
sistemática.
O risco sistemático pode ser adotado a qualquer tipo 
de ativo e é representado por eventos variados. Como não há 
possibilidade de se evitar a ocasião de riscos sistemáticos, faz-
se necessário a utilização de uma abertura a vários métodos de 
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Gestão de Riscos32
investimento. “O risco definido por não sistemático é identificado 
nas características do próprio ativo, não se alastrando aos 
demais ativos da carteira. É um risco intrínseco, próprio de 
cada investimento realizado, e sua eliminação de uma carteira 
é possível pela inclusão de ativos que não tenham correlação 
positiva entre si” Davanzo (2004). 
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Você deve ter aprendido que a teoria de risco e 
retorno é de suma importância para o planejamento e realização 
de operações com ativos. Você também conseguiu identificar 
que antes de atuar no mercado financeiro, faz-se necessário uma 
análise detida das probabilidades de investimentos.
RESUMINDO
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Gestão de Riscos 33
 Identifi cação e avaliação de riscos
Ao término deste capítulo você será capaz de entender como 
funciona a sistemática de identifi cação e avaliação dos riscos 
inerentes às operações com ativos. Isto será fundamental 
para que você possa realizar um planejamento detalhado das 
possibilidades de atuar no mercado de ativos. E então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
OBJETIVO
 Identifi cação de riscos
A identifi cação de riscos faz parte de um seleto rol de 
responsabilidades de uma administração. Tomamos por base que 
vários eventos podem ocasionar desvios nas operações e tornar 
mais complexa a atividade de uma instituição fi nanceira.
Figura 11: Técnicas de gerenciamento de riscos e o controle de perdas
Fonte: O autor
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Gestão de Riscos34
Figura 12: Fatores determinantes do tipo de análise
Fonte: O autor
Segundo pronunciamento do COSO 2007, os fatores 
externos, com os exemplos de eventos correlatos e as suas 
implicações, incluem o seguinte:
“Econômicos – os eventos relacionados 
contemplam: oscilações de preços, disponibilidade 
de capital, ou redução nas barreiras à entrada da 
concorrência, cujo resultado se traduz em um 
custo de capital mais elevado ou mais reduzido, e 
em novos concorrentes;
Meio ambiente – refere-se aos seguintes 
eventos: incêndios, inundações ou terremotos, 
que provocam danos a fábricas ou edifi cações, 
restrição quanto ao uso de matérias-primas e 
perda de capital humano;
Políticos – eleição de agentes do governo 
com novas agendas políticas e novas leis e 
regulamentos, resultando, por exemplo, na 
abertura ou na restrição ao acesso a mercados 
estrangeiros, ou elevação ou redução na carga 
tributária;
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Gestão de Riscos 35
Sociais – são alterações nas condições 
demográfi cas, nos costumes sociais, nas estruturas 
da família, nas prioridades de trabalho/vida e a 
atividade terrorista, que, por sua vez, podem 
provocar mudanças na demanda de produtos 
e serviços, novos locais de compra, demandas 
relacionadas a recursos humanos e paralisações 
da produção;
Tecnológicos – são novas formas de comércio 
eletrônico, que podem provocar aumento na 
disponibilidade de dados, reduções de custos de 
infraestrutura e aumento da demanda de serviços 
com base em tecnologia”.
As escolhas que a administração seleciona podem advir 
dos eventos ocorridos e, para que isto ocorra, tanto as aptidões, 
como as habilidades de gestão da organização irão buscarem 
exemplos passados as soluções para uma identifi cação de riscos 
correta. 
Da mesma forma, o COSO (2007) também utiliza os 
fatores externos para implementarem as práticas de identifi cação 
de riscos tais quais as descritas na tabela abaixo:
Tabela 1: Fatores externos que implicam na identifi cação de riscos
Trata-se da relação detalhada de eventos em 
potencial comuns às organizações de um cenário 
industrial, ou para um determinado tipo de processo, 
ou atividade, comum às indústrias. Alguns softwares 
podem gerar listas de eventos relevantes originárias 
de uma base geral de potenciais eventos, que 
servirão como ponto de partida para se identifi car 
eventos. Por exemplo, uma organização envolvida 
em um projeto de desenvolvimento de software 
utiliza-se de uma relação detalhada de possíveis 
eventos referentes a projetos desse tipo.
INVENTÁRIO
DE EVENTOS
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Gestão de Riscos36
Pode ser realizada como parte da rotina do ciclo de 
planejamento de negócios, tipicamente por meio de 
reuniões dos responsáveis pela unidade de negócios. 
A análise interna pode dispor das informações de 
outras partes interessadas (clientes, fornecedores 
e outras unidades de negócios) ou da consulta a 
um especialista no assunto, e de fora da unidade 
(especialistas funcionais internos ou externos ou 
pessoal interno de auditoria). Por exemplo, ao 
considerar o lançamento de um novo produto, uma 
organização usa sua própria experiência histórica 
em conjunto com a pesquisa de mercado para 
identificar eventos que tenham afetado o grau de 
êxito dos produtos da concorrência.
Esses gatilhos servem para alertar a administração 
sobre áreas de preocupação pela comparação de 
transações ou ocorrências atuais com critérios 
predefinidos. Uma vez acionado o gatilho, um 
evento poderá necessitar de nova avaliação 
ou de uma resposta imediata. Por exemplo, a 
administração de uma organização monitora o 
volume de vendas nos mercados determinados 
para receber novos programas de marketing ou 
publicitários e redireciona seus recursos com base 
nos resultados. Outra organização pesquisa as 
estruturas de preços da concorrência e considera a 
hipótese de alterar os seus próprios preços se um 
limite específico for atingido.
Essa técnica reúne as entradas, as tarefas, as 
responsabilidades e as saídas que se combinam para 
formar um processo. Considerando-se os fatores 
internos e externos que afetam as entradas ou as 
atividades em um processo, a organização identifica 
os eventos que podem afetar o cumprimento dos 
objetivos deste. Por exemplo, um laboratório 
médico mapeia os seus processos de recebimento e 
a análise de amostras de sangue. 
ANÁLISE 
INTERNA
ANÁLISE 
INTERNA
ANÁLISE DE 
FLUXO DE 
PROCESSOS
Fonte: O autor
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Gestão de Riscos 37
A modelagem de análise de processos proporciona 
recursos estratégicos às instituições no quesito gestão de riscos. 
Tal fato se deve à visualização da organização ou, em específico, 
de um determinado setor como uma sequência de eventos/
procedimentos que possibilitam aos gestores uma tomada de 
decisão mais assertiva.
Neste diapasão, evidenciamos que tais práticas podem 
ser implementas nos mais variados setores, tal qual o exemplo 
abaixo do Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região:
Figura 13: Modelo de análise de processos
Fonte: Adaptado editorial Telesapiens
Avaliação de riscos
Toda e qualquer organização está sujeita a fatores que 
podem interferir os rumos e até impactar nas ações e nas tomadas 
de decisões. Tais fatores podem ser considerados internos e 
externos.
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Gestão de Riscos38
Para avaliar os riscos, a administração utiliza a projeção 
de cenários futuros, ou seja, “eventos em potencial pertinentes 
à organização e às suas atividades no contexto das questões que 
dão forma ao perfil de riscos, como tamanho da organização, 
complexidade das operações e grau de regulamentação de suas 
atividades” (COSO, 2007).
Outra premissa bastante utilizada é a verificação de 
situações e hipóteses previstas e imprevistas. Haja vista a 
atividade de uma organização poder classificar acontecimentos 
como rotina, a administração também é capaz de mensurar 
a abrangência do que pode ser afetado pela previsibilidade 
ou imprevisibilidade. Isto porque, dependendo do impacto na 
organização, algo previsto pode desencadear ações não previstas 
e acarretar graves transtornos à administração.
Em razão das características das atividades da organização, 
esta deve levar em consideração tudo aquilo que é intrinsecamente 
relacionado com suas atividades, isto é, inerente. E, sendo 
assim, isolando estes eventos e seus respectivos resultados, a 
organização acaba se deparando com eventos que ocasionam 
situações decorrentes daquelas também denominadas residuais 
e tratadas num segundo plano.
Em se tratando de possibilidades e eventos denominados 
incertos, a incerteza pode ser revista a partir de duas perspectivas: 
probabilidade e impacto: “a probabilidade representa a 
possibilidade de que um determinado evento ocorrerá, enquanto 
o impacto representa o seu efeito” (COSO, 2007, p.38).
Ao abordar os conceitos de probabilidade e impacto, as 
organizações podem recorrer ao PMBOK, conjunto de práticas e 
ferramentas de gestão voltados à análise de projetos e operações, 
elaborado pelo PMI Institute.
Uma grande colaboração do PMBOK (2008, p.22) como 
ferramenta de avaliação de riscos, é a Matriz de Probabilidade e 
de Impacto, cuja definição é a seguinte:
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Gestão de Riscos 39
A Matriz de Riscos ou Matriz de Probabilidade 
e Impacto é uma ferramenta de gerenciamento 
de riscos que permite de forma visual identificar 
quais são os riscos que devem receber mais 
atenção. Por se tratar de uma ferramenta para 
priorização de riscos, ela pode ser aplicada na 
etapa de avaliação de riscos. Dessa forma, a 
identificação dos riscos é uma etapa que deve ser 
feita antes da aplicação da ferramenta. O grande 
diferencial da Matriz de Riscos é a facilidade 
que ela proporciona para visualizar informações 
sobre um determinado conjunto de riscos. Por se 
tratar de uma ferramenta gráfica, se torna fácil 
identificar quais riscos irão afetar menos ou mais a 
organização, possibilitando a tomada de decisões 
e a realização de medidas preventivas para tratar 
esses riscos. Além disso, por ser uma ferramenta 
de fácil entendimento e por dispor informações de 
forma clara e precisa, colabora com engajamento 
da equipe no processo de gestão de riscos. A matriz 
de risco consiste em uma matriz (tabela) orientada 
por duas dimensões: probabilidade e impacto. Por 
meio dessas duas dimensões, é possível calcular e 
visualizar a classificação do risco, que consiste na 
avaliação do impacto versus a probabilidade.
O resultado da classificação do risco, indica em 
qual célula da matriz o risco se encaixa. Como pode 
ser visto na figura abaixo, há cores diferenciadas 
entre as células e essas cores indicam o quão 
alta é a classificação do risco, ou seja, o quão 
crítico um determinado risco é. Por exemplo, os 
riscos que resultaram em uma classificação alta 
(cor vermelha na matriz) devem receber maior 
atenção do que os riscos classificados como 
moderados ou médios (cor amarela na matriz) e, 
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Gestão de Riscos40
consequentemente, os riscos classifi cados como 
baixo (cor verde na matriz) podem ter menor 
atenção que os moderados e altos.
Tabela 2: Matriz de probabilidade e impacto
Fonte: O autor
Pr
ob
ab
ili
da
de
Conforme entendimento de Coso (2007, p.46), no que 
tange à periodicidade da análise de cenários, a administração 
deve atuar da seguinte forma:
Levar em conta os cenários de prazos mais 
longos para não ignorar riscos que possam estar 
mais adiante. Por exemplo, uma Companhia 
que atua na Califórnia poderá considerar o risco 
de que um terremoto possa paralisar as suas 
operações comerciais. Sem um horizonte de 
tempo especifi cado para a avaliação de riscos, 
será elevada a probabilidade de um terremoto 
cuja intensidade na escala Richter seja superior a 
6.0, talvez essa probabilidade esteja praticamente 
certa. Por outro lado, a probabilidade de que esse 
tipo de terremoto ocorra dentro de dois anos é, 
substancialmente, mais baixa. Ao estabelecer um 
horizonte de tempo, a organização adquire mais 
informação em relação à importância relativa 
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Gestão de Riscos 41
do risco e uma maior habilidade para comparar 
diversos riscos.
Quando se utiliza a metodologia de probabilidade e 
avaliação de grau de impacto de riscos, podemos, também, 
agregar informações obtidas através de registros de situações 
ocorridas.
A utilização destes dados fornece uma gama de informações 
mais precisas em relação à perspectiva de cenários criados através 
de projeções. Quando usufruímos das informações geradas 
internamente e embasadas em fatos ocorridos anteriormente, 
podemos proporcionar resultados mais fidedignos que os 
indicadores externos. 
A análise de perspectivas pode auxiliar a avaliação de 
riscos através de constatações feitas junto aos administradores 
de corporações e, diante desta pesquisa, os resultados mostraram 
que alguns daqueles não adotaram o reconhecimento do quesito 
incerteza que é capaz de afetar drasticamente o processo de 
tomada de decisão.
De acordo com o COSO (2007, p.93): 
Os gestores sempre fazem julgamentos subjetivos 
sobre a incerteza e ao julgar devem reconhecer 
as limitações inerentes. Estudos demonstram um 
notável “viés de confiança excessiva,” que leva a 
intervalos indevidamente estreitos para o impacto 
e as probabilidades estimadas, por exemplo, as 
metodologias de valor em risco. Essa tendência 
ao excesso de confiança ao estimar a incerteza 
pode ser minimizada pela utilização eficaz de 
dados empíricos obtidos externa ou internamente. 
Na falta desses dados, uma consciência aguçada 
da penetrabilidade do viés poderá ajudar a mitigar 
esses efeitos. As tendências humanas relacionadas 
ao ato de decidir são apresentadas de outra forma, 
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Gestão de Riscos42
na qual não é incomum que as pessoas façam 
escolhas diferentes ao buscar ganhos a fim de evitar 
perdas. Ao reconhecer essas tendências humanas, 
o gestor pode destacar as informações para reforçar 
o apetite e o comportamento perante risco em toda 
a organização. A forma pela qual as informações 
são apresentadas ou “estruturadas” podem afetar 
significativamente a sua interpretação e a forma 
pela qual os riscos associados ou as oportunidades 
são vistos.
As técnicas qualitativas e quantitativas também são 
utilizadas na avaliação de riscos de uma instituição. A metodologia 
qualitativa é comumente mais utilizada em detrimento da 
quantitativa, haja vista a impossibilidade de quantificação pelos 
motivos de: ausência de dados fidedignos, riscos classificados 
com menor prejudicialidade, entre outros. 
As técnicas quantitativas dependem sobremaneira da 
qualidade dos dados e das premissas adotadas e são mais 
relevantes para exposições que apresentem um histórico 
conhecido, uma frequência de sua variabilidade e permitam uma 
previsão confiável (COSO, 2007). 
Destarte, o benchmarking é, indubitavelmente, uma das 
melhores ferramentas de avaliação de riscos, pois este enfoca 
ações ou operações específicas, bem como pode ser utilizado 
para comparações de medições e análise de metas e objetivos.
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Gestão de Riscos 43
O benchmarking é uma referência de ferramenta a ser utilizada 
como condicionante de melhoria de eficiência. Sua utilização 
é baseada em comparações e analogias que possam retratar 
através de pesquisas cujos gestores consideram diferenciais para 
a atuação no seu ramo. O benchmarking pode ser utilizado tanto 
na análise de comportamento, cultura organizacional, produtos e 
serviços e até a sistemática de trabalho de uma organização como 
um todo. Para saber mais sobre isso acesse: https://bit.ly/2H0pxVT
SAIBA MAIS
Tabela 3: Tipos de benchmarking
Fonte: O autor
Utilizado na comparação de setores 
internos de uma organização, podendo ser 
compreendido entre práticas adotadas na 
matriz e repassada às filiais.
Utilizado em ramos similares e que venham 
trazer diferenciais na atuação dentro de um 
mesmo mercado, pode ocasionar buscas por 
profissionais que se destaquem no setor.
Pode ser utilizado em empresas de ramos 
diferentes e tem o intuito principal na 
adoção de boas práticas de gestão, podendo 
ser utilizado em organizações de segmentos 
diferentes.
Bastante utilizado em organizações de 
atuação similares, onde são compartilhadas 
experiências, boas práticas e, inclusive, 
profissionais que se habilitam a treinar e 
capacitar outras equipes.
Benchmarking
 interno
Benchmarking
competitivo
Benchmarking
funcional
Benchmarking 
de cooperação
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Gestão de Riscos44
Dentre as inúmeras técnicas de avaliação, podemos 
destacar, também, a utilização de modelos probabilísticos e não 
probabilísticos.
Você já ouviu falar sobre esses modelos? Veja a seguir 
mais informações sobre eles.
Tabela 4: Técnicas de avaliação de investimentos
Fonte: O autor
PROBABILÍSTICOS
Os modelos probabilísticos associam 
a uma gama de eventos e seu 
respectivo impacto, a probabilidade 
de ocorrência sob determinadas 
premissas. A probabilidade e o 
impacto são avaliados com base 
em dados históricos ou resultados 
simulados que refletem hipóteses de 
comportamento futuro.
 Os exemplos de modelos 
probabilísticos incluem valor 
em risco (value-at-risk), fluxo 
de caixa em risco, receitas em 
risco e distribuições de prejuízo 
operacional e de crédito. Os modelos 
probabilísticos podem ser utilizados 
com diferentes horizontes de tempo 
para estimar os seus resultados, como 
a faixa de prazos dos instrumentos 
financeiros disponíveis. 
NÃO PROBABILÍSTICOS
Os modelos não probabilísticos 
empregam critérios subjetivos 
para estimar o impacto de eventos, 
sem quantificar uma probabilidade 
associada. A avaliação do impacto de 
eventos baseia-se em dados históricos 
ou simulados a partir de hipóteses 
sobre o comportamento futuro.
Os exemplos de modelos não 
probabilísticos incluem medições 
de sensibilidade, testes de estresse e 
análises de cenários.
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Você aprendeu que diante das mais variadas 
situações, vale a pena realizer um estudo pormenorizado dos 
riscos que possam afetar os investimentos, bemcomo avaliar 
se tais riscos podem comprometer a rentabilidade futura. Até a 
próxima!
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Gestão de Riscos 45
UNIDADE
02
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Gestão de Riscos46
Nesta unidade você irá agregar e desenvolver conteúdos 
que o farão conhecer as principais praticadas adotadas no 
Mercado de Capitais, bem como a atuação da Comissão de 
Valores Mobiliários nas transações entre as empresas e as 
instituições financeiras. Aliados a isso, será extremamente 
importante conhecer as definições utilizadas no mundo das ações 
e dos títulos. Será necessário, também, empregar conhecimento 
e práticas de investimentos de modo que os riscos desta atividade 
sejam mitigados, bem como sejam empregados os cálculos que 
possam auxiliar a verificação do risco e retorno. Sem deixar 
de lado as probabilidades que possam contribuir para que as 
atitudes dos responsáveis pela gestão de riscos sejam as mais 
eficientes e eficazes possíveis.
INTRODUÇÃO
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Gestão de Riscos 47
1
2
3
4
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo 
é auxiliar você no atingimento dos seguintes objetivos de 
aprendizagem até o término desta etapa de estudos:
OBJETIVOS
Conhecer o mercado de capitais;
Conhecer as definições e tipos de riscos;
Aprender sobre os tipos de análise de investimentos 
e os cálculos de risco e retorno;
Conhecer a distribuição de probabilidades e retornos.
Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
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Gestão de Riscos48
 Mercado de capitais
Ao término deste capítulo você haverá compreendido a atuação 
do mercado de capitais, conhecido as defi nições e os tipos de 
riscos, entendido sobre análise de investimentos o cálculo de 
risco e retorno e a distribuição de probabilidades e retornos. E 
então? Motivado para desenvolver esta competência? Vamos lá! 
Mãos à obra!
OBJETIVO
Conforme a Comissão de Valores Mobiliários (CVM, 
2015), “O mercado fi nanceiro é aquele que permite e viabiliza 
a transferência de recursos fi nanceiros entre os agentes 
econômicos poupadores, que dispõem de recursos, e aqueles que 
deles necessitam, os tomadores de recursos. Essa transferência 
pode envolver uma intermediação fi nanceira ou não”.
A relação do intermediário fi nanceiro com o poupador 
e o tomador se baseia como credor do tomador e devedor do 
poupador. Assim sendo, a Instituição passa a trabalhar com a 
remuneração dos ativos e, em seguida, negocia os valores com 
o intuito de buscar rendimentos com a diferença do capital 
investido. 
Figura 1: Sistemática do Mercado Financeiro
Fonte: O autor
Figura 1: Sistemática do Mercado Financeiro
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Gestão de Riscos 49
Em se tratando de mercado de capitais, as instituições 
atuam ou não como prestação de serviços necessários ao trâmite 
entre o poupador ou tomador. Veremos agora na fi gura 2 como 
acontece a atuação das instituições fi nanceiras. 
Figura 2: Atuação das Instituições fi nanceiras
Fonte: O autor
Quando da etapa de captação de recursos, o tomador 
pode utilizar o capital próprio ou o capital de terceiros. Para 
uma melhor elucidação, a CVM (2015, p. 1) adota os seguintes 
conceitos:
Na primeira categoria, o aumento de capital se 
dá por meio de emissão de títulos de participação 
que reforçam o capital da empresa e tornam os 
investidores sócios do empreendimento. Em 
contrapartida do capital aplicado e dos riscos 
assumidos, esses investidores podem participar 
dos resultados positivos e a eles são assegurados 
uma série de direitos de informação, de fi scalização 
e de participação nas decisões. A emissão de 
novas ações de uma sociedade por ações é o 
exemplo principal. Na segunda categoria, cria-se 
uma relação de crédito entre as partes tomadora 
e poupadora, mediante a emissão de títulos de 
dívida (capital de terceiros), com condições pré-
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Gestão de Riscos50
pactuadas, como é o caso da emissão de debêntures 
e notas comerciais.
A Lei nº 6.385/76 traz em seu art. 2º que debêntures, bônus 
de subscrição, cotas de fundos de investimento, notas comerciais 
e derivativos também podem ser considerados como valores 
mobiliários.
Criada em 1976, A CVM é uma autarquia do Ministério da 
Fazenda e que tem a fi nalidade de regular o mercado de valores 
mobiliários, veremos abaixo suas atribuições.
Figura 3: Atribuições da CVM
Fonte: O autor
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Gestão de Riscos 51
Para que haja movimentação fi nanceira e, 
consequentemente, geração de dividendos. Faz-se necessário a 
captação de recursos e, neste sentido, temos que a fonte destes 
recursos podem ser consideradas internas e externas. Vamos 
saber mais sobre elas?
Fontes Internas:
�Lucros Retidos: Podem ser considerados como uma 
emissão inteiramente subscrita pelos próprios acionistas 
que tenham direitos aos dividendos. O impacto sobre 
o valor da empresa na distribuição de lucros é tema 
controverso. Basicamente, há duas correntes teóricas: 
uma afi rma que a política de dividendos é irrelevante (o 
que importa é que a empresa tenha projetos rentáveis) e 
a outra que dá importância à distribuição de dividendos 
(alguns investidores preferem receber dividendos face às 
incertezas futuras).
�Rotatividade do Crédito: Uma empresa pode autofi nanciar 
seu crescimento melhorando a relação entre o tempo de uso 
do capital próprio e o de terceiros. Isso pode ser feito, por 
exemplo, reduzindo o período pelo qual o caixa da empresa 
está bloqueado em estoques e outros ativos correntes, antes 
de ter novas receitas pelos produtos e serviços produzidos 
ou encurtando os prazos de recebimento e aumentando os 
de pagamento.
Fontes externas:
�Recursos de terceiros: O capital de terceiros inclui 
qualquer tipo de fundo obtido via empréstimo, com ou 
sem concessão de garantias reais. Dentre eles, estão: 
• Debêntures: são títulos emitidos por sociedades 
anônimas. Caracterizam-se por ter prazo superior a 
um ano e pela fl exibilidade em relação a amortização 
e garantias. Somente as companhias abertas, com 
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Gestão de Riscos52
registro na CVM, podem efetuar emissões públicas 
de debêntures. 
• Commercial papers: são notas de curto prazo 
emitidas por instituições não financeiras. Ao 
contrário das debêntures, os commercial papers 
podem ser emitidos por uma sociedade anônima, 
sem capital aberto. Geralmente, apenas grandes 
empresas, de sólida capacidade financeira, têm 
condições de emitir com sucesso estes títulos de 
curto prazo.
• Créditos: São fontes de financiamento de curto 
prazo fundamentais na estrutura de capital da 
empresa para financiar boa parte do ativo circulante, 
tais como caixa, títulos negociáveis, duplicatas a 
receber e estoques, todos garantindo a operação.A 
forma mais típica de financiamento de curto prazo 
não garantido é a carteira de duplicatas a pagar, que 
se origina da operação da empresa.
• Capitai de não-residentes: As empresas têm 
a opção de se financiarem com a obtenção de 
recursos provenientes do Exterior. Incluem-se, 
nesta modalidade, os créditos comerciais (como 
as export notes – títulos emitidos por empresas 
exportadoras com os quais levantam recursos para 
financiar a produção a ser exportada). Além disso, 
cabe mencionar que, com o lançamento de valores 
mobiliários, as empresas realizam a captação de 
recursos, mediante investimentos de instituições 
nacionais e estrangeiras.
Para a CVM (2017), “ações são valores mobiliários 
emitidos por sociedades anônimas. Representam a fração mínima 
do capital das empresas. Ao comprar uma ação, os investidores 
se tornam coproprietários do empreendimento, tendo direito à 
participação em seu resultado”.
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Gestão de Riscos 53
No mercado primário temos a disponibilização de ações 
ou outros títulos que financiam as atividades das empresas ou 
a expansão destas, bem como a complementação de recursos a 
serem utilizados pelas empresas.
No que tange ao mercado secundário, este disponibiliza a 
negociação dos títulos captados no mercado primário, sendo que 
nesta etapa não há geração de novos recursos, restando apenas 
a negociação.
De acordo com a CVM (2017), as definições das ações 
podem ser:
 �Escriturais: ações que não são representadas por 
certificados, não necessitando da emissão de cautelas para 
sua transferência. São escrituradas por um banco, o qual 
deposita as ações da empresa e realiza os lançamentos 
a débito ou a crédito dos acionistas, não existindo 
movimentação física dos documentos. 
 �Ordinárias: ações que, além de proporcionarem 
participação nos resultados da empresa aos seus titulares, 
conferem o direito a voto em assembleias gerais. 
 �Preferenciais: ações que garantem ao acionista a 
prioridade no recebimento de dividendos (geralmente 
em percentual mais elevado do que o atribuído às ações 
ordinárias) e no reembolso de capital, no caso de dissolução 
da sociedade. Em geral, não conferem direito a voto em 
assembleia.
Ainda acerca das definições, a BMF & Bovespa (2017) 
apresenta o seguinte rol de divisão dos rendimentos aos 
acionistas: 
Proventos – os quais podem ser classificados em: 
 �Dividendos: parcela dos lucros paga aos acionistas em 
dinheiro, estabelecida no estatuto da empresa (no mínimo, 
iguais a 25% dos lucros anuais da empresa);
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Gestão de Riscos54
 � Juros sobre o capital próprio: além da distribuição de 
dividendos, a empresa pode remunerar seus acionistas por 
meio do pagamento de juros sobre o capital próprio baseado 
em reservas patrimoniais de lucros retidos em exercícios 
anteriores. Esse procedimento segue regulamentação 
específica;
 �Bonificação em ações: distribuição gratuita de ações 
aos acionistas de forma proporcional às parcelas que 
os mesmos possuem. Resulta do aumento de capital, 
por incorporação de reservas ou lucros em suspenso. A 
bonificação representa a atualização da cota de participação 
do acionista no capital da empresa;
 �Bonificação em dinheiro: além de distribuir os 
dividendos aos seus acionistas, as empresas poderão, em 
alguns casos, conceder uma participação adicional nos 
lucros, realizando, assim, uma bonificação em dinheiro.
Ao ser autorizada a emissão de ações ou debêntures, as 
empresas realizam uma oferta pública de ações denominada de 
underwriting, através dela os títulos são ofertados no mercado 
primário e, em seguida, instituições passam a adquirir estes 
títulos e os revendem no mercado secundário.
A prática de underwriting ou subscrição ocorre quando ações 
ou obrigações são colocadas no mercado financeiro através de 
um intermediário financeiro contratado pela empresa que tenha 
esta intenção. Estas operações também são consideradas como 
ofertas públicas de títulos e de títulos de crédito representativo 
de empréstimo, em particular. Para saber mais sobre essa prática 
acesse: https://bit.ly/37a6i6P.
SAIBA MAIS
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Gestão de Riscos 55
Apenas instituições autorizadas pelo BACEN podem 
realizar estes tipos de intermediação.
 Continuando a falar sobre Underwrinting, vamos agora 
falar sobre os tipos de subscrições, são elas:
� Underwriting fi rme ou puro: Ocorre quando a 
intermediadora revende no mercado somente após esta 
subscrever e integralizar em sua totalidade.
� Stand-by underwriting ou compromisso fi rme 
de subscrição: Ocorre quando a instituição fi nanceira 
intermediadora não assume um compromisso de 
integralizar as ações lançadas.
�Best-eff orts underwriting ou melhor esforço: Ocorre 
quando a entidade intermediadora assume o compromisso 
de colocar no mercado o máximo de ações. No fi nal, a 
empresa devolve as ações não comercializadas.
Veremos abaixo a sistemática da subscrição.
Figura 4: Sistemática da subscrição
Fonte: O autor
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Gestão de Riscos56
Quando as empresas, através de uma dispersão de ações, 
chegam ao patamar da totalidade das ações serem emitidas, esta 
se transforma em sociedade anônima de capital fechado.
De acordo com a CVM e a Lei das Sociedades Anônimas 
(Lei nº 6.404/76), as OPA’s podem apresentar as seguintes 
características: 
 �OPA para cancelamento de registro: realizada obrigato-
riamente como condição do cancelamento do registro de 
companhia aberta; 
 �OPA por aumento de participação: realizada obriga-
toriamente em consequência de aumento da participação 
do acionista controlador no capital social de companhia 
aberta; 
 �OPA por alienação de controle: realizada 
obrigatoriamente como condição de eficácia de negócio 
jurídico de alienação de controle de companhia aberta; 
 �OPA voluntária: visa à aquisição de ações de emissão de 
companhia aberta, que não deve ser realizada segundo os 
procedimentos específicos estabelecidos nesta Instrução 
para qualquer OPA obrigatória referida nos três casos 
anteriores; 
 �OPA para aquisição de controle de companhia aberta: é 
a OPA voluntária; 
 �OPA concorrente: é formulada por um terceiro que 
não o ofertante ou pessoa a ele vinculada, e que tenha 
por objeto ações abrangidas por OPA já apresentada para 
registro perante a CVM, ou por OPA não sujeita a registro 
que esteja em curso. 
Para melhor compreensão, resumimos na figura abaixo as 
características das OPA’s.
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Gestão de Riscos 57
Fonte: O autor
Figura 5: Características da OPAFigura 5: Características da OPA
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir 
tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que o mercado de 
capitais apresenta vários tipos de operações e ativos a serem 
comercializados, que existem defi nições, termos e operações 
regulamentadas. Você também conheceu a Comissão de Valores 
Mobiliários, órgão responsável pela fi scalização do mercado de 
capitais. 
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Gestão de Riscos58
Definições e tipos de riscos
Ao término deste capítulo você terá conhecido as definições 
utilizadas na gestão de riscos e a sua aplicabilidade nas operações 
financeiras. Conhecerá, também, quais são os tipos de riscos 
inerentes às operações com ativos. Isto será fundamental para o 
exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Então vamos lá. Avante!
OBJETIVO
Segundo o PMBOK (2004), os riscos podem ser 
classificados de acordo a sua natureza, podendo ser divididos 
em: 
 �Riscos de Projeto: Podem causar sérios prejuízos 
se resultarem impactos nos custos e no cronograma 
de execução dos projetos. Apresentam características 
operacionais, organizacionais e relacionadas ao contrato 
em si, assumem a classificação de humanos, tempo e 
organizacional. Haja vista o foco da sua utilização de 
recursos;
 �Riscos de Processos: São localizados no planejamento 
do projeto, na aquisição de recursos humanos, ao longo do 
projeto no controle e acompanhamento e na segurança da 
qualidade;
 �Riscos Técnicos: Estes têm conexão direta com o 
processo tecnológico que está sendo implementado no 
projeto. Por se tratarem da qualidade do projeto, uma 
falha no acompanhamento destes riscos afeta severamente 
a produtividade final;
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Gestão de Riscos 59
 �Riscos de Negócio: Considerado crucial para 
a consecução do projeto, os riscos de negócio são 
considerados essenciais ao projeto pois estes podem 
acarretar na perda total do projeto caso esteja terminado ou, 
interromper o andamento durante as fases de planejamento 
e execução.
Figura 6: Gerenciamento de riscos
Fonte: Freepik
Ainda sobre tipos de riscos, Bertolo (2016, p. 8) adota as 
seguintes definições:
 �O risco de fluxo de caixa - é o risco que os fluxos de 
caixa de um investimento não se materializarão como 
esperado. Para muitos investimentos, o risco de que 
os fluxos de caixa não poderem ser como o esperado – 
no momento (timing), na quantidade, ou ambos – está 
relacionado ao risco do negócio do investimento.
 �O risco financeiro - é o risco associado a como a 
companhia financia suas operações. Se uma companhia 
financia com dívida, ela é obrigada legalmente a pagar 
as quantias compreendidas de suas dívidas quando elas 
vencerem. Se uma companhia financia seu negócio com 
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Gestão de Riscos60
capital próprio, ou gerado das operações (lucros retidos) ou 
da emissão de novas ações, ela não incorre em obrigações 
fixas. Quanto mais obrigações de custo fixo (dívida) forem 
incorridas pela empresa, maior é o seu risco financeiro.
 �Risco financeiro operacional e grau de alavancagem 
operacional - dá-nos uma ideia da sensibilidade dos 
fluxos de caixa operacionais contra as variações nas 
vendas. E o grau de alavancagem financeira dá-nos uma 
ideia da sensibilidade dos fluxos de caixa aos proprietários 
contra as variações nos fluxos de caixa operacional. Mas, 
frequentemente, estamos concentrados acerca do efeito 
combinado de ambos, a alavancagem operacional e a 
alavancagem financeira. 
 �Risco Default - Quando você investe num título, você 
espera juros a serem pagos (em geral, semestralmente) e 
o principal a ser pago na data do vencimento. Mas nem 
todo pagamento de juros e do principal podem ser feitos 
na quantia ou na data esperada: os juros ou o principal 
pode ser mais tarde ou o principal pode não ser pago 
completamente! Quanto mais uma empresa dificultar sua 
dívida – os juros exigidos e os pagamentos do principal 
– mais provavelmente ela poderá ser incapaz de fazer os 
pagamentos prometidos aos detentores dos títulos e mais 
provavelmente poderá sobrar nada para os proprietários.
Falando ainda sobre o Default, segue abaixo as hipóteses 
que o ocasionam.
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Gestão de Riscos 61
Figura 7: Hipóteses que ocasionam o Default
Fonte: O autor
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o 
que vimos. Você deve ter aprendido que o mercado de capitais 
e as operações nele praticadas apresentam defi nições distintas 
e necessitam de um aprendizado efetivo para o auxílio na 
identifi cação dos variados tipos de riscos encontrados.
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Gestão de Riscos62
Tipos de análise de investimentos e cálculos 
de risco e retorno
Ao término deste capítulo você será capaz de entender sobre os 
tipos de análise de investimentos, as técnicas envolvidas, e as 
metodologias. Você também será capaz de utilizar os cálculos 
de risco e retorno utilizados nas operações financeiras. Isto será 
fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
OBJETIVO
Tipos de análise de investimentos
Segundo a CVM (2017), “a análise fundamentalista de 
investimentos pode ser utilizada para diferentes fins. Contudo, 
existem duas principais estratégias de análise de investimentos 
para a escolha do “melhor” ativo – a visão top down e a outra 
bottom up. Na realidade elas são complementares e a maioria 
dos analistas usam-nas de forma complementar”.
Na estratégia top down (de cima para baixo), iniciamos a 
análise do ponto mais alto, isto é, abordamos a macroeconomia, 
sendo necessária a adoção da visão como um todo. Utiliza-se 
também uma segmentação local e, na sequencia, voltamos à 
segmentação por setor, haja vista a decisão de a escolha recair 
sobre aqueles que estão em evidência. Por fim, é feito um rol 
das empresas que apresentam as perspectivas mais promissoras. 
Esta análise utiliza inúmeros indicadores econômicos. 
Sendo assim, em razão de sua complexidade, ela carece tanto 
dos indicadores com impactos indiretos como os diretos. “A 
estratégia bottom up é muitas vezes, preferida por analistas e 
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Gestão de Riscos 63
gestores fundamentalistas, ou seja, tal metodologia procura 
a melhor empresa ou ativo para se investir fazendo análises 
minuciosas sobre os demonstrativos financeiros da companhia, 
fazendo projeções, comparando-as com a de seus concorrentes e 
outras empresas listadas em Bolsa (CVM, 2017).
Quando utilizamos a análise “bottom up”, adotamos 
indicadores como força da marca, alinhamento dos executivos e 
riscos tidos como extra balanço (legal, reputacional, ambiental, 
social, etc), chamados de subjetivos.
Além disso, são adotados, também, indicadores objetivos 
como: Fluxo de caixa, indicadores de balanço e de resultados. 
O principal objetivo buscado pela análise de investimentos é 
a mensuração do valor da empresa, para tanto há utilização do 
bottom up e do top down e, invariavelmente, a soma destes dois 
métodos.
Após a obtenção de informações concisas e seguras, o 
investidor pode chegar a dois tipos de conclusões sobre o os 
valores encontrados:
Tabela 1: Classificação “bottom up” e “top down”
É calculado em função do 
comportamento e das expectativas 
do fluxo de caixa, considerando-se 
o horizonte temporal da análise, o 
comportamento da alavancagem, 
a taxa de desconto formado pelo 
cálculo da taxa de juros livre de risco 
e do risco que a companhia oferece. 
Ela é baseada,

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